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INTRODUÇÃO

Anular multas de trânsito é possível, mas para que isto ocorra é necessário conhecer as
Leis de Trânsito, solicitar para que um especialista faça isto para você, ou ter boas
teses ou bons modelos para você mesmo elaborar sua defesa, nunca se esqueça
que multa de trânsito é algo muito sério, e que dependendo, pode fazer com que tenha
a Carteira de Habilitação suspensa ou cancelada.

Neste material, irei te mostrar o que fazer para aumentar a probabilidade de seu recurso
ser aceito e sua multa cancelada em 72%, são erros que podem ser facilmente corrigidos
e que 90% das pessoas que fazem recursos cometem. Mas tendo as teses corretas, se
torna muito fácil realiza-los.

Não tenha dúvida, que cada infração tem suas peculiaridades, e para isto é preciso usar
bons argumentos jurídicos, e estes argumentos, nós podemos lhe mostrar. Com nosso
pacote de teses para recurso de multa de trânsito, você irá aumenta em 72% as chances
de cancelar-las, ficando livre dos pontos e não correndo o risco de perder a Carteira de
Habilitação.

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Tendo dúvidas, entre em contato conosco através do email transitto@transitto.com.br que


iremos te ajudar.

Danilo da Rocha Liberato


Fundador do Trânsitto – Recursos de Multas e autor deste Livro Digital.
UMA VISÃO GERAL DE COMO ELABORAR O
RECURSO

PRIMEIRO PASSO
ENDEREÇAMENTO

Toda a elaboração de uma defesa, seja ele de autuação ou de penalidade, começa com
o endereçamento do recurso, ou seja, para quem será encaminhado a defesa. Caso
você encaminhe para o órgão errado, a sua defesa não será julgada e além disto perderá
o prazo do recurso.

Muitas pessoas imaginam que o recurso sempre será encaminhado para o Detran de
onde o carro está registrado, mas esta informação não é verdadeira.

As defesas são encaminhadas sempre para o Órgão que te autuou, então se quem te
autuou foi o município de São Paulo/SP ou Belo Horizonte/MG por exemplo, as defesas
serão encaminhadas para estes órgãos.

Na própria notificação vem descrito para qual endereço deverá encaminhar a defesa, e
este endereço é do órgão que te autuou.

Além de encaminhar para o órgão que te autuou, é importante que especifique se é uma
defesa de autuação ou uma defesa de penalidade (JARI) e até mesmo o Cetran.

Então, o endereçamento será para onde irá encaminhar sua defesa, e ele deve ir no topo
do seu recurso, no modelo ao final deste livro você terá uma noção de como ficará, mas
caso queira ter acesso a todos os endereçamentos, basta adquirir nosso pacote de teses
e modelos de recursos CLICANDO AQUI.
SEGUNDO PASSO

DADOS PESSOAIS DO RECORRENTE E DADOS DO VEÍCULO

Após o endereçamento, um recurso tem que conter os dados pessoais do recorrente,


que consiste em nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, número do RG,
CPF da CNH e endereço completo.

É sempre importante que se mantenha o endereço atualizado junto ao Detran onde o


veículo está cadastrado, pois é neste endereço que será enviada a notificação.

É muito importante também, colocar os dados do veículo, tais como marca, modelo,
renavan e também, a placa do veículo.

Esses dados são de fundamental importância para uma ótima defesa, e para mante-la
com padrão profissional.
TERCEIRO PASSO

BREVE RELATO DO OCORRIDO

É muito importante que se faça um breve relato do ocorrido, contando exatamente o que
ocorreu no dia, no entanto sempre diga a verdade.

Este breve relato deve ser um resumo do ocorrido, e é bom que tenha apenas dados
importantes, com no máximo dois parágrafos cada um com cinco linhas.
QUARTO PASSO
FUNDAMENTAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO

A fundamenta é o amparo jurídico que o recorrente irá expor no defesa, para provar que
este agiu de maneira correta, ou que na notificação existe um erro na forma ou na matéria.

Um erro formal na notificação é aquele que está em desacordo com a lei, como por
exemplo código da multa disposto de maneira errada, ou quando um radar não teve a
manutenção periódica e isto deve constar da notificação.

Já um erro material ocorre quando por exemplo consta na notificação uma placa diversa
da do veículo autuado, ou até mesmo endereço do local da infração errado ou até mesmo
insuficiente.

O amparo jurídico pode ser colocado por meio de um artigo de lei, jurisprudência ou o
recorrente irá provar que o ato que praticou não feriu nenhuma normativa legal, e que
sempre esteve amparado em lei.

Argumentos são de grande importância para convencer o julgador, é ele que divide um
recurso de ser julgado procedente ou não, e é o ponto onde as pessoas mais pecam na
hora da elaboração de uma defesa.

E pensando nisto é que colocamos à sua disposição nosso Pacote de Teses e Modelos
para Recurso de Multa de Trânsito.

Este é o momento mais importante do recurso, que entrará as teses para recurso que
disponibilizamos para nossos clientes, com ela, será possível fazer recurso de qualquer
multa de trânsito, e com uma chance de 72% de cancela-la e você terá acesso a todas as
teses que utilizamos em nosso escritório, e são teses vencedoras, ou seja, teses que já
deram certo e cancelaram multas de trânsito.
QUINTO PASSO

PEDIDO

Sem o pedido, o seu recurso não valerá de nada, isto pelo fato de o julgador só poder
cumprir apenas o que lhe foi pedido.

Por isto é muito importante pedir o que deseja que seja feito, seja uma conversão de
multa em advertência ou até mesmo o arquivamento da notificação e a baixa dos pontos
na Carteira de Habilitação.

Com o Pacote de Teses e Modelos disponibilizado para você adquirir, será possível
realizar o pedido de maneira correta, e evitar que seu recurso seja arquivado por falta
de pedido ou por ter realizado o pedido de maneira errada.

Clique aqui para saber mais sobre nosso Pacote de Teses.


UTILIZANDO O PACOTE DE
TESES

REALIZANDO A IDENTIFICAÇÃO DO SEU AUTO DE INFRAÇÃO

1 - Identifique quem é o Autor da Infração.


Com o Auto em mãos, que é o documento que o órgão enviou para a sua residência,
verifique quem te enviou a infração. Normalmente este nome vem no topo da Carta
recebida, e na parte da frente vem escrito o nome de quem te enviou, e este nome será o
do órgão.
Escreva este nome pois será o primeiro item do seu recurso.

2 - Identifique em que fase se encontra o seu auto de infração. São duas fases:
No topo virá escrito a descrição da Notificação, podendo ser uma “Notificação de
Autuação” ou uma “Notificação de Penalidade”

Notificação de Autuação: A Notificação de Autuação será direcionado ao Diretor do


Órgão, sempre atento ao prazo de vencimento.

Notificação de Penalidade: Caso tenha recebido uma “Notificação de Penalidade”, ela


será direcionada à Comissão da Junta Administrativa de Recursos de Infrações. Após ser
direcionada para a Junta Administrativa, caso o recurso não seja aceito, você poderá
envia-lo para o Cetran, que é o Conselho Estadual de Trânsito.

3 - Para quem será endereçado?


O recurso sempre será endereçado para quem aplicou a infração. Se foi o Detran de São
Paulo, será enviado para o Detran de São Paulo. Se foi a Polícia Rodoviária Federal, será
enviado para a Polícia Rodoviária Federal.
4 – Qual é o número do Auto de Infração?
O número do seu auto de infração constará da Notificação de Autuação, ou na Notificação
de Penalidade, está em um campo descrito como: AIT ou Auto de Infração. Guarde bem
este número, pois será usado no seu recurso.

5 – Qual é a infração realizada?


Você deverá saber o nome da infração realizada, e no Auto de Infração haverá um campo
com o seguinte nome: Descrição da Infração, e a suposta infração que foi cometido, como
por exemplo: “Transitar em velocidade superior a máxima permitida em mais de 50%”.

Com isto se terá finalizado a primeira etapa da identificação da notificação, e o próximo


passo é o início da elaboração da sua defesa utilizando nossas teses. Caso ache mais
fácil, poderá usar alguns modelos disponibilizados.
ELABORAÇÃO DO RECURSO
UTILIZANDO AS TESES
Após passar a fase de identificação do seu auto de infração, agora é o momento de iniciar
a elaboração.

Neste passo irei pedir que abra uma página em branco no editor de texto “Word” ou o que
preferir, e copiar e colar as teses necessárias, conforme a explicação de cada tese.

CASO AINDA NÃO TENHA ADQUIRIDO NOSSO PACOTE DE TESES, BASTA


CLICAR AQUI.

Com nosso pacote de teses, é possível você realizar recurso de qualquer multa recebida,
basta abrir bloco a bloco, onde conterão várias teses com suas respectivas explicações e
a que se encaixar ao seu caso você irá copiar e colar no seu recurso.

Terá os seguintes blocos:

BLOCO I – TIN – Este é o bloco com as Teses Iniciais, como cabeçalho, dados do veículo,
dados da infração e da multa.

BLOCO II – TCO – Este bloco conterá as Teses Comuns, que são as teses utilizadas em
todos os recursos de multa, tais como Dirigir sem cinto de segurança, Sinal Vermelho,
Estacionar em local proibido, e inclusive em recurso de Processo Administrativo.

BLOCO III – TDA – Este bloco conterá as Teses utilizadas apenas nos recursos de multa
e processo administrativo por Dirigir Alcoolizado, lembrando que você deverá utilizar neste
tipo de recurso as teses do Bloco I e Bloco II.
BLOCO IV – TEV – Este bloco conterá as Teses utilizadas apenas nos recursos de multa
e processo administrativo por Excesso de Velocidade, lembrando que você deverá utilizar
neste tipo de recurso as teses do Bloco I e Bloco II.

BLOCO IV – TJR – Este bloco conterá as Teses utilizadas apenas nos recursos que serão
direcionados para a Jari, que é a Junta Administrativa de Recursos de Infração, no entanto
para utiliza-lo é necessário que se tenha recorrido da Notificação de Autuação. Se este é
o seu primeiro recurso, e tenha que fazer diretamente para a Junta Administrativa, não
utilize estas teses.

BLOCO V – TCE – Este bloco conterá as Teses utilizadas apenas nos recursos que serão
direcionados para a CETRAN, sempre tenha recorrido para a Jari e tenham sidos
indeferidos.

BLOCO VII – TPA – Este bloco conterá as Teses utilizadas apenas nos recursos para
Processos Administrativos, tanto de multa específicas como de acúmulo de pontos.
Lembrando que você poderá utilizar neste tipo de recurso as teses de todos os outros
Blocos.

BLOCO VIII – TP – Este bloco conterá os modelos de pedidos, e deverão ser utilizados
sempre ao final de todos os recursos, é obrigatório que se utilize.
Não se esqueça que ao final de cada recurso deverá colocar o nome da cidade e a data
em que se está protocolando o recurso, além de ter que assinar e juntar alguns
documentos.
ENVIANDO O RECURSO
Após finalizar a elaboração do seu recurso, agora é o momento de preparar seu recurso
para ser protocolado no órgão que te autuou.

Após imprimi-lo, irá dar um visto em todas as páginas e na última irá fazer uma assinatura
igual a da sua Carteira de Habilitação.

DOCUMENTOS QUE ENVIARÁ JUNTO COM O RECURSO.

- Cópia da Carteira de Habilitação.

- Cópia do documento do veículo.

- Cópia frente e verso da notificação recebida.

- Ou demais documentos exigidos na própria notificação.

PROTOCOLANDO O RECURSO

O recurso poderá ser protocolado de duas maneiras, poderá se dirigir ao órgão e realizar
o protocolo, e caso não esteja ou não resida no local onde está situado o órgão, poderá
protocolar se dirigindo aos Correios e enviando uma Carta Registrada com AR.

Não envie mais de um recurso no mesmo envelope, mesmo que seja para o mesmo órgão.
Caso envie no mesmo envelope, o recurso será indeferido, ou seja, não irão aceitar o
recurso.
CONCLUSÃO
Seguindo estas dicas preciosas e utilizando nosso pacote de teses para recurso de
multa de trânsito, seu recurso ficará impecável e terá 72% de chances de ser aceito
pelas autoridades.

Caso ainda reste alguma dúvida, nossa equipe de consultores e advogados estão à sua
disposição, entre em contato pelo email transitto@transitto.com.br.
MODELO PRÁTICO
Ilmo. Senhor Diretor da Polícia Rodoviária Federal - MJ

Auto de Infração nº [...]

[...], [...], casado, [...], portador da CI-RG nº [...], CPF nº [...] e CNH nº [...], residente e
domiciliado na Rua [...], nº [...], CEP [...], nesta cidade de [...], vem mui respeitosamente,
interpor, amparada na Lei 9503/97 e Artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal:

[...]

Contra Auto de Infração supramencionado, com o objetivo de proporcionar a oportunidade de


exercitar o legítimo direito de ampla defesa pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

XXX - DADOS DO VEÍCULO


Espécie/Tipo: [...]; Marca/Modelo: [...]; ano fab/mod: [...]/[...]; PLACA: [...]; Renavam: [...];
Chassi nº [...]; e Cor: [...].
XXX - DOS FATOS DA SUPOSTA INFRAÇÃO
Consta do Auto de Infração nº [...], que na data de [...], trafegava pela [...] na cidade de [...],
onde supostamente teria cometido a infração de [...]., onde teria infringido o artigo [...] do
Código de Trânsito Brasileiro.

XXX – DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO


O presente recurso está sendo impetrado dentro prazo legal, conforme normatizado pelo
Código de Trânsito Brasileiro, artigo 282, § 4º e 5º combinado com Artigo 6º da Resolução
299/2008, com sua redação alterada pela Resolução nº 692/2017 do Contran, com a seguinte
redação:

Art. 6º A defesa ou o recurso deverá ser


protocolado no órgão ou entidade de trânsito
autuador ou enviado, via postal, para o seu
endereço, respeitado o disposto no artigo 287 do
C.T.B.
§ 1º Para verificação da tempestividade, deverá
ser considerada:
I - a data da entrega na Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (ECT), no caso de
defesa ou recurso apresentado por via postal; ou
II - a data de protocolo no órgão ou entidade de
trânsito da residência ou domicílio do
proprietário ou infrator, quando utilizada a
forma prevista no art. 287 do CTB.

Sendo o presente recurso perfeitamente tempestivo, respeitando a data limite constante da


Notificação de Autuação de Infração de Trânsito nº [...] anexo à defesa.

X - DOS FATOS E FUNDAMENTOS LEGAIS


XXXX DA MULTA GENÉRICA E EM DESACORDO COM O CÓDIGO DE
TRÂNSITO BRASILEIRO
A suposta autuação recebida se faz um tanto quanto incompreensível, pois a mesma dita a
seguinte tipificação:

[...]
Perceba que há duas infrações possíveis, uma em razão de [...], e outra que faz a respeito da
[...], todavia causa uma grande confusão, por não saber especificamente qual das duas regras
fora infringida.

Ainda, a respeito da descrição da infração de acordo com o artigo 211 do Código de Trânsito
Brasileiro, diz:

ULTRAPASSAR VEÍCULOS EM FILA,


PARADOS EM RAZÃO DE SINAL
LUMINOSO, CANCELA, BLOQUIEO
VIÁRIO PARCIAL OU QUALQUER
OUTRO OBSTÁCULO, COM EXCEÇÃO
DOS VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS;

Note que a legislação é clara a respeito dos demais sinais que deveriam ser seguidos e/ou
cumpridos no momento da fiscalização, para que perpetuasse a suposta infração, pois de
acordo com o campo observação da Notificação de Autuação recebida, houve um acidente na
rodovia em questão e o trânsito estava parcialmente interditado, momento em que a recorrente
reduziu a velocidade e seguindo todas as normas de segurança e direção defensiva, seguiu
viagem, sem ao menos RECEBER NENHUM TIPO DE SINAL, ALERTA OU QUALQUER
OUTRO OBSTÁCULO, pois simplesmente segui o fluxo da via, e se realizasse uma parada,
poderia ocasionar um outro grave acidente.

(INCLUIR FOTO DA NOTIFICAÇÃO RECEBIDA)

De se notar que existe no campo observações uma informação a respeito do ocorrido, na versão
do agente que me autuou, e se isto tivesse ocorrido, caso houvesse demais dúvidas cairiam por
terra pela clareza das informações.

O recorrente se vê acusado por algo que não cometeu, e sem se a devida especificação do
ocorrido, informação esta de fundamental importância e que não me foi fornecida por esta
Notificação de Autuação. Não deve esta perpetuar, no sentido de ser transformada em multa,
devendo sim, ser arquivada em todos os seus efeitos, amparado pelo artigo [...], parágrafo [...],
inciso [...] do Código de Trânsito Brasileiro, pois sobre ela recai uma inconsistência.

XXX DA FALTA DE SINALIZAÇÃO NO SUPOSTO LOCAL DO BLOQUEIO


No referida rodovia, onde fui autuada, na data em questão, não havia em nenhum local
bloqueio policial, desta forma, se houvesse, estaria mal sinalizado. De se saber que toda
mudança de percurso deve ser muito bem sinalizada e instruída, para não causar danos aos
usuários da rodovia, como o próprio artigo em que fui enquadrada indica:

Art. 211.
ULTRAPASSAR VEÍCULOS EM FILA,
PARADOS EM RAZÃO DE SINAL
LUMINOSO, CANCELA, BLOQUIEO
VIÁRIO PARCIAL OU QUALQUER
OUTRO OBSTÁCULO, COM EXCEÇÃO
DOS VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS;

Caso houvesse algum bloqueio policial, não importando qual a razão para tanto, seria
necessário à implantação de placa de sinalização, sinais luminosos, ou o próprio agente através
de sinais ou até mesmo cones indicativo de tal mudança de percurso, o que de fato não ocorreu.

E como se sabe, o artigo 90 do Código de Trânsito Brasileiro PROIBE a aplicação de qualquer


sanção no caso de inobservância de sinalização, ou quando esta for insuficiente, e quem
responderá pela sua falta será o órgão ou entidade responsável pela implantação:

Art. 90. Não serão aplicadas as sanções


previstas neste Código por inobservância à
sinalização quando esta for insuficiente ou
incorreta.

§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com


circunscrição sobre a via é responsável pela
implantação da sinalização, respondendo pela
sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.

§ 2º O CONTRAN editará normas


complementares no que se refere à
interpretação, colocação e uso da sinalização.

E é neste sentido já fora decidido pelo Tribunal:


-RECURSO INOMINADO. DECLARATÓRIA
DE NULIDADE DE ATO
ADMINISTRATIVO C/C INEXIGIBILIDADE
DE DÉBITO. COMPETÊNCIA DO JUIZADO
ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA.
OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA
INFORMALIDADE E ECONOMIA.
MULTAS DE TRÂNSITO. FALTA DE
SINALIZAÇÃO EM VIA PÚBLICA. ARTIGO
90 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO
BRASILEIRO. CONJUNTO PROBATÓRIO
QUE COMPROVA AS ALEGAÇÕES DA
PARTE AUTORA. ARTIGO 333, I DO CPC.
NULIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO
RECONHECIDA. SENTENÇA MANTIDA
POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
Recurso conhecido e desprovido. , decidem os
Juízes integrantes da 1ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado
do Paraná, por unanimidade de votos, conhecer
e negar provimento ao recurso, nos exatos
termos deste vot (TJPR - 1ª Turma Recursal -
0001215-27.2010.8.16.0038/0 - Fazenda Rio
Grande - Rel.: LEO HENRIQUE FURTADO
ARAÚJO - - J. 03.12.2014)
(TJ-PR - RI: 000121527201081600380 PR
0001215-27.2010.8.16.0038/0 (Acórdão),
Relator: LEO HENRIQUE FURTADO
ARAÚJO, Data de Julgamento: 03/12/2014, 1ª
Turma Recursal, Data de Publicação:
17/12/2014).

Sendo assim, resta comprovado apenas pela demonstração acima, que o presente Auto de
Infração não deve perpetuar, no sentido de ser transformada em multa, devendo sim, ser
arquivado em todos os seus efeitos, pelo fato de os agentes que realizavam o suposto bloqueio
terem agido em desconformidade com a lei.

XXX – DO CÓDIGO LANÇADO DA SUPOSTA INFRAÇÃO DE MANEIRA


ERRONEA NO AUTO DE INFRAÇÃO, E EM DESACORDO COM A LEI
Como é de conhecimento deste nobre julgador, os códigos de autuação são padronizados
conforme o Capítulo 7 da resolução 561/2015, e exatamente da maneira que consta no anexo
da Portaria nº 3 de 6 de Janeiro de 2016, é como deverá constar do auto de infração. O código
infracional é formado pela raiz, que são os seus 3 (três) primeiros dígitos, e neste caso a
colocação do código está em DESACORDO com a resolução citada.

Autuação é ato administrativo da Autoridade de


Trânsito ou de seus agentes quando da
constatação do cometimento de infração de
trânsito, devendo ser formalizado por meio da
lavratura do AIT. O AIT é peça informativa que
subsidia a Autoridade de Trânsito na aplicação
das penalidades e sua consistência está na
perfeita caracterização da infração, devendo ser
preenchido de acordo com as disposições
contidas no artigo 280 do CTB e demais normas
regulamentares, com registro dos fatos que
fundamentaram sua lavratura. 13 O AIT não
poderá conter rasura, emenda, uso de corretivo,
ou qualquer tipo de adulteração. O seu
preenchimento se dará com letra legível,
preferencialmente, com caneta esferográfica de
tinta azul. Poderá ser utilizado o talão
eletrônico para o registro da infração conforme
regulamentação específica. O agente só poderá
registrar uma infração por auto e, no caso da
constatação de infrações em que os códigos
infracionais possuam a mesma raiz (os três
primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma
infração. Exemplo: veículo sem equipamento
obrigatório e com equipamento obrigatório
ineficiente/inoperante, utilizar o código 663-71
e descrever no campo ‘Observações’ a situação
constatada (ex: sem o estepe e com o extintor de
incêndio vazio).
Como visto, é de obrigação dos órgãos de trânsito, realizar a PERFEITA autuação dos mesmos,
OBRIGATÓRIO QUE SE TENHA O CAMPO “CÓDIGO DA INFRAÇÃO” E
TAMBÉM O CAMPO DO “DESDOBRAMENTO DO CÓDIGO”, e de fato existe na
Notificação de Autuação, porém estão descritos de maneira errônea, onde existe uma mistura
de código de infração com o desdobramento, o que causa grande confusão, principalmente
para pessoas leigas.

A Portaria nº 3/2016 em seu anexo, que é onde consta a regular padronização destes códigos,
exige que a maneira como seja posto o código seja diverso de que consta, pois na Notificação
de Autuação, consta o campo denominado CÓDIGO DA INFRAÇÃO Nº [...], e o campo
denominado DESDOBRAMENTO: 3, QUANDO NA REALIDADE DEVERIA CONSTAR
O CÓDIGO DA NOTIFICAÇÃO E O SEU DESDOBRAMENTO, sendo que neste caso há
uma mistura do código de infração com o código de desdobramento, em um campo
denominado enquadramento, ocasionando na Notificação um ERRO MATERIAL, o que por
si só já ocasionaria o arquivamento da presente Notificação de Autuação, e a anulação de todos
os seus efeitos.

(IMAGEM DO CÓDIGO DE AUTUAÇÃO)

O correto, em conformidade com os respeitosos regulamentos citados acima, era constar o


código de autuação da seguinte maneira: [...]-[...], e não como constou, DESRESPEITANDO
UMA NORMATIVA DE PADRONIZAÇÃO DOS CÓDIGOS DE INFRAÇÃO.

(IMAGEM DO CÓDIGO CORRETO DA INFRAÇÃO)

Pois conforme o anexo da resolução citada, o código é dividido em duas etapas, onde na
primeira conta TRÊS NÚMEROS sequenciais, o qual é denominado código de infração, e
que o correto seria [...], e os próximos dígitos faz parte do desdobramento da multa, o qual
seria o número [...], sendo que para estar de acordo com o regulamento, o correto código na
Notificação seria [...]-[...], e não da maneira como está, fazendo uma confusão e ocasionando
uma insegurança jurídica ao ato.
Sendo assim, resta comprovado apenas pela demonstração acima, que a presente Notificação
de Autuação não deve perpetuar pois está VICIADA, COM ERRO MATERIAL
INSANÁVEL, tendo-a como inconsistente, devendo a presente com base no artigo [...], inciso
[...] do Código de Trânsito Brasileiro, ser arquivada em todos os seus expressos termos.
XXX – DO DESRESPEITO AO §2º DO ARTIGO 280 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO
BRASILEIRO.

A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade de trânsito, por qualquer
aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual.

Art. 280. Ocorrendo infração prevista na


legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de
infração, do qual constará:

[...]

§ 2º A infração deverá ser comprovada por


declaração da autoridade ou do agente da
autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico
ou por equipamento audiovisual, reações
químicas ou qualquer outro meio
tecnologicamente disponível, previamente
regulamentado pelo CONTRAN.

O legislador foi bem enfático ao dizer que a INFRAÇÃO DEVERÁ, não é uma faculdade, E
SIM UMA OBRIGAÇÃO DO AGENTE AUTUADOR, de utilizar aparelhos eletrônicos ou
equipamento audiovisual, regulado pelo Contran.

E como se pode notar, a foto é amplamente utilizada e autorizada pelo CONTRAN, tendo em
vista que, seria obrigatório anexar à Notificação de Autuação, uma foto do ato da fiscalização
ou até mesmo requerer a prova testemunhal de pessoas que tenham presenciado o ocorrido, e
com isto daria mais segurança jurídica ao ato.

Sendo assim, resta comprovado apenas pela demonstração acima, que a presente Notificação
de Autuação não deve perpetuar, no sentido de ser transformada em multa, devendo sim, ser
arquivada em todos os seus efeitos, por se encontrar eivada de VICIO FORMAL ABSOLUTO,
o qual deve ser sanado imediatamente.

XXX - DO CÓDIGO DO MUNICÍPIO DE [...] DESCRITO DE MANEIRA ERRONEA


NA SUPOSTA INFRAÇÃO

Outro erro que se contém a presente Notificação de Autuação é um erro no preenchimento do


código do município, o qual se encontra ausente na referida notificação.
Resolução nº 001/98 do Contran deixa claro, que há informações mínimas que se deve conter
em uma auto de infração, e dentre eles os caracterizados no BLOCO 5 onde diz da identificação
do local do cometimento da infração, sendo que no campo 4 existe a determinação para
inserção do código do município.

BLOCO 5 – IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL


DE COMETIMENTO DE INFRAÇÕES
CAMPO 1 – “LOCAL DA INFRAÇÃO”
CAMPO 2 – “DATA”
CAMPO 3 – “HORA”
CAMPO 4 – “CÓDIGO DO MUNICÍPIO”

No presente caso, não constou o número relativo ao município de Bataguassu/MS como sendo
[...], como mostrado a seguir.

(IMAGEM DE COMO CONSTA A NOTIFICAÇÃO NO AUTO DE INFRAÇÃO)

Todavia, o código do município de Bataguassu/MS é o de nº [...], conforme deveria constar na


Notificação de Autuação:

(IMAGEM DO CÓDIGO CORRETO DO MUNICÍPIO)

Desta feita, se tem um VÍCIO FORMAL passível de anulação do referido auto, merecendo
prosperar, inclusive por estar amparado no artigo [...], parágrafo único, inciso ... do Código de
Trânsito Brasileiro, ser arquivada em todos os seus expressos termos.

X. DOS PEDIDOS

Ex positis, foi o que coube alegar por hora em minha defesa, passando a requerer o que se
segue:

XXX Ante todo o exposto, requer o deferimento do presente recurso, na forma da Lei 9503/97,
determinando o arquivamento do Auto de Infração em todos os seu termos.

XXX Que o presente recurso seja recebido de maneira tempestiva, conforme o alegado no item
[...] da presente defesa.
XXX Requer ainda, amparado no artigo 285, § 3º do Código de Trânsito Brasileiro, que se por
motivo de força maior, o recurso não for julgado dentro do prazo de 30 dias, seja concedido o
efeito suspensivo da Notificação de Autuação.

XXX Que recurso seja recebido pelo Departamento competente, inclusive em seu prazo
tempestivo, amparado pelo Artigo 6º da Resolução 299/2008, com sua redação alterada pela
Resolução nº 692/2017 do Contran.

XXX Que a decisão seja favorável, com o acatamento da alegação constante no item
XXX.XXX da presente defesa, no sentido do ARQUIVAMENTO DA NOTIFICAÇÃO DE
AUTUAÇÃO/AUTO DE INFRAÇÃO, em todos os seus expressos termos, amparado pelo
artigo [...], inciso [...] do Código de Trânsito Brasileiro, pelo fato da descrição da multa
genérica e em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro.

XXX Que a decisão seja favorável, com o acatamento da alegação constante no item 4.2 da
presente defesa, no sentido do ARQUIVAMENTO DA NOTIFICAÇÃO DE
AUTUAÇÃO/AUTO DE INFRAÇÃO, em todos os seus expressos termos, amparado pelo
artigo [...], inciso [...] do Código de Trânsito Brasileiro, pelo fato de não estar sinalizado o
suposto local de bloqueio.

XXX Que a decisão seja favorável, com o acatamento da alegação constante no item 4.3 da
presente defesa, no sentido do ARQUIVAMENTO DA NOTIFICAÇÃO DE
AUTUAÇÃO/AUTO DE INFRAÇÃO, em todos os seus expressos termos, amparado pelo
artigo [...], inciso [...] do Código de Trânsito Brasileiro, em razão do código de autuação
constar de maneira errônea no Auto de Infração.

XXX Que a decisão seja favorável, com o acatamento da alegação constante no item 4.4 da
presente defesa, no sentido do ARQUIVAMENTO DA NOTIFICAÇÃO DE
AUTUAÇÃO/AUTO DE INFRAÇÃO, em todos os seus expressos termos, em razão do
desrespeito ao [...]º do artigo [...] do Código de Trânsito Brasileiro.

XXX Que a decisão seja favorável, com o acatamento da alegação constante no item 4.5 da
presente defesa, no sentido do ARQUIVAMENTO DA NOTIFICAÇÃO DE
AUTUAÇÃO/AUTO DE INFRAÇÃO, em todos os seus expressos termos, e em razão de sua
inconsistência, amparada pelo artigo [...], parágrafo [...], inciso [...] do Código de Trânsito
Brasileiro, e pelo fato do código de município de Bataguassu/MS, estar preenchido de maneira
errônea.
XXX E caso o presente recurso não seja acolhido, que a decisão venha motivada, item a item
de forma explícita, nos moldes do artigo [...], §[...]º, da Lei nº [...]/[...]

Aproveito a oportunidade para renovar os mais sinceros protestos de estima e consideração,


me colocando à disposição para eventuais esclarecimentos.

[...]/[...],[...]. de [...] de 201[...].

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[...]
CNH nº [...].

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