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PERÍCIAS EM ACIDENTES DE

TRÂNSITO E VEÍCULOS
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Sumário

PERÍCIAS EM ACIDENTES DE TRÂNSITO E VEÍCULOS ................. 0


NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4

1 O TRÂNSITO NO BRASIL ................................................................. 6

2. ASPECTOS JURÍDICOS ..................................................................... 8

2.1 CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO- CTB (LEI 9.503/97) ........ 8


2.1.1 Trânsito ....................................................................................... 8
2.1.3 Vias e normas de circulação ....................................................... 9
2.3 DA CULPABILIDADE ................................................................... 10
2.4 ACIDENTES DE TRÂNSITO ........................................................ 11
2.5 TIPOLOGIAS DOS ACIDENTES ................................................. 11
2.5.1 Colisão ...................................................................................... 11
2.5.1.1 Colisão lateral ..................................................................... 12

2.5.1.2 Colisão transversal ............................................................. 12

2.5.1.3 Colisão traseira ................................................................... 12

2.5.1.4 Colisão frontal ..................................................................... 13

2.5.2 Choque ...................................................................................... 13


2.5.3 Tombamento ............................................................................. 14
2.5.4 Capotamento ............................................................................. 14
2.5.5 Atropelamento ........................................................................... 15
2.6 A RESPONSABILIDADE PENAL NOS CRIMES DE TRÂNSITO 15
2.8 DA PRODUÇÃO DE PROVAS ..................................................... 16
2.9 DO LAUDO TÉCNICO PERICIAL ................................................ 17
2.10 ETILÔMETRO ............................................................................ 18
2.12 ACIDENTES DE TRÂNSITO - CLASSIFICAÇÃO: ..................... 19

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2.12.1 Acidente somente com danos materiais .............................. 19

2.12.2 Acidentes com vítimas ......................................................... 20

2.12.2.1 Acidentes em que há vítimas com lesões leves: .............. 20

2.12.2.2 Acidentes em que há vítimas com lesões graves ou


gravíssimas ............................................................................................... 20

2.12.2.3 Acidentes com vítima fatal: ............................................... 20

2.13 AÇÕES CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVA ............................. 20


2.13.1 Ação administrativa ............................................................. 21

2.13.2 Ação cível ............................................................................ 21

2.13.3 Ação penal ........................................................................... 21

2.14 A velocidade como causa de acidentes ..................................... 21


2.15 – Causas determinantes ............................................................ 22
3. PERÍCIAS DE VEÍCULOS......................................................... 23
4. INVESTIGAÇÃO E LEVANTAMENTO DE LOCAL DE ACIDENTE
DE TRÂNSITO.............................................................................................. 23
5. CRITÉRIOS PARA REQUISIÇÃO DE PERÍCIA ....................... 27
6. VESTÍGIOS NO LOCAL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO ............. 29

7. LEVANTAMENTO DO LOCAL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO ... 31

8. CONCLUSÃO ............................................................................... 41

REFERENCIAS: .................................................................................... 43

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

Acidentes são acontecimentos inesperado causados por uma somatória


de fatores relacionados ao ser humano, ao ambiente e ao veículo. Ao reconstituir
um acidente todos estes fatores são investigados em busca de evidências
objetivas da contribuição de cada um deles como causa ou agravamento de um
sinistro.

No fator humano é investigado desde a habilitação e treinamento do


condutor até suas condições de saúde e de atenção no momento do acidente.
Avaliasse no fator ambiente o clima e as condições da via, inclusive com relação
a traçado e sinalização. Quanto ao veículo, uma inspeção criteriosa verifica se
existem defeitos pré-existentes que poderiam ter contribuído para o acidente.

A reconstituição de um acidente se inicia à partir da elaboração de um


Parecer Técnico Preliminar ou , fundamentado em levantamentos do local do
acidente, inspeção dos veículos envolvidos ou mesmo de apenas um deles,
entrevista com os condutores e testemunhas e análise dos registros oficiais
como boletins de ocorrência e laudos da polícia científica quando disponíveis.

O Parecer apontará as possíveis causas e responsabilidades,


possibilitando ao cliente decidir a respeito da viabilidade e conveniência da
elaboração do Relatório de Reconstituição Técnico-Científica, onde são
determinadas velocidades, trajetórias, forças e deformações envolvidas e
análises mais aprofundadas sobre todos os fatores contribuintes, o humano, o
veículo e o meio ambiente.

O grau de certeza técnica nas conclusões de um parecer de


reconstituição de acidente depende da qualidade e precisão dos dados e
informações obtidos na investigação. A ausência de informações ou registros
oficiais pode inviabilizar a realização da perícia.

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 Veículos de carga estão presentes em 35% dos Acidentes que


ocorrem nas rodovias Federais.

 26% das fatalidades em acidentes nestas rodovias envolveram


este tipo de veículo, que não representa mais que 14% da frota.

 Além da inestimável perda de vidas, os acidentes geram prejuízos


estimados em 9,7 bilhões de reais ao ano.

Os acidentes de trânsito tem sido uma preocupação mundial em razão do


seu elevado número a partir do avanço da indústria automobilística. Com o seu
desenvolvimento permitiu a fabricação de veículos mais velozes e em grande
quantidade. Desse modo, ao longo dos anos os acidentes passaram a acontecer
com mais frequência e violência. Com esse elevo número de acidentes fez com
que a segurança viária passasse a ser uma das maiores preocupações mundiais.

Os veículos podem ser classificados quanto à:


 Tração: é a força que o veículo necessita para se movimentar.
 Espécie: são os tipos de veículos de acordo com os usos e carga.
 Categoria: indica a finalidade do veículo.

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1 O TRÂNSITO NO BRASIL

O Brasil passa por uma transformação econômica no qual o acesso aos


bens de consumo tem sido uma realidade para todas as camadas sociais. Dentre
esses bens, os veículos tem sido um dos itens mais adquiridos, aumentando
consideravelmente a frota em circulação do país, fato confirmado, segundo
dados estatísticos do DENATRAN.

A frota de veículos em circulação no país tem números expressivos, pois


a política do governo é de incentivo ao consumo facilitando a aquisição desse
bem e mantendo metas de vendas por parte das indústrias automobilísticas,
sendo este um dos propulsores da economia do país.

O avanço da tecnologia tem garantido veículos cada vez mais


confortáveis e mais velozes. Mais pessoas dirigindo, aumentam os acidentes de
trânsito envolvendo veículos automotores, que colocam o Brasil entre os
primeiros no ranking mundial, inclusive em números de vítimas.

Sem entrar no mérito da questão, as indústrias investem em novas


tecnologias visando desenvolver veículos mais seguros. No entanto, falta
maturidade e consciência aos condutores. Um longo caminho ainda precisa ser
percorrido em termos de educação para o trânsito para as pessoas atingirem um
amadurecimento e internalizarem que trânsito é coisa séria e que acidentes
ocorrem, tendo como causas, próximo da totalidade, a imprudência, negligência
e imperícia dos condutores.

As vias destinadas a circulação veicular não comportam a explosão do


consumo e nem mesmo os avanços tecnológicos das indústrias automobilísticas.
O Brasil enfrenta um atraso logístico em infraestrutura em termos de rodovias,
ferrovias, hidrovias e aerovias. Por razões históricas e políticas, priorizou-se o
transporte em rodovias subutilizando as ferrovias e hidrovias e, como
consequência do grande número de veículos em circulação, as cidades que não

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foram planejadas para suportar o tráfego que hoje existe, já enfrentam graves
problemas de congestionamentos.

As rodovias, a maioria de pistas simples, e construídas na década de


sessenta e setenta, muitas vezes possuem traçados de engenharia que são
ultrapassados para os dias atuais, além da notória falta de manutenção.

Os acidentes ocorrem e os números são preocupantes. Quando


acontecem podem ter como resultados apenas danos materiais ou danos
materiais e vítimas. Em tendo vítimas, estas podem ser com lesões leves, graves
ou fatais. De qualquer maneira, ocorrendo o acidente, haverá relações
interpessoais, relações estas conflitantes, pois os veículos são conduzidos por
pessoas.

Essas relações, na grande maioria, acabam em litígio na justiça pelo fato


de que os condutores envolvidos, no calor da emoção e sem conhecimentos
técnicos, julgam estarem corretos.

Na fase processual, um dos fatores que dificultam uma decisão final por
parte do Poder Judiciário ou do Ministério Público corresponde a falta de um
laudo conclusivo elaborado por um profissional competente, com conhecimento
na área, apontando detalhes técnicos de como ocorreu o acidente.

Mas afinal se um acidente de trânsito acorre de quem é a culpa? Um


motorista que ingere bebida alcoólica e se envolve em acidente, pode ser
considerado culpado apenas por ter bebido? O excesso de velocidade por si só
é causa de culpabilidade? Laudo pericial indireto, aquele que é confeccionado
por quem não esteve no local do acidente, é confiável? Como decidir um
procedimento processual se não consta laudo descrevendo a dinâmica do
acidente?

O trânsito de veículos requer constante acompanhamento e evolução das


técnicas em sua administração objetivando neutralizar os fenômenos incidentes
ou determinantes dos acidentes.

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2. ASPECTOS JURÍDICOS

2.1 CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO- CTB (LEI 9.503/97)

As regras que regularizam o trânsito nas vias do território nacional regem-


se pela lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro.

2.1.1 Trânsito

Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais,


isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga e descarga (art. 1º do CTB).

2.1.2 Dos limites de velocidade

Diz o artigo 61 do CTB: “A velocidade máxima permitida para a via será


indicada por meio de sinalização, obedecida as suas características técnicas e

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as condições do trânsito. Onde não existir sinalização regulamentadora, a


velocidade máxima será de:

i. Nas vias urbanas:

a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido

b) setenta quilômetros por hora, nas vias arteriais

c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras

d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais

ii. Nas vias rurais

a) Nas rodovias de pista dupla:


1. cento e dez quilômetros por hora para automóveis, camionetas e
motocicletas;
2. noventa quilômetros por hora para ônibus e micro-ônibus e oitenta
quilômetros por hora para os demais veículos.
b) Nas rodovias de pista simples:

1. cem quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas;

2. noventa quilômetros por hora para os demais veículos.

c) Nas estradas (vias rurais não pavimentadas):

1. sessenta quilômetros por hora”.

2.1.3 Vias e normas de circulação

O CTB juntamente com outras normas de trânsito define ainda conceitos


de vias terrestres, faixas de trânsito, normas de segurança na circulação, regras

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a serem seguidas por pedestres e condutores responsabilidades pela


segurança.

2.2 DECISÃO JUDICIAL

O mecanismo da decisão judicial não é uma tarefa fácil. É uma atividade


das mais complexas. A autoridade que julga cumpre um dever de estado. A
decisão judicial existe justamente onde resta o conflito. Na legislação brasileira
uma decisão judicial precisa ser racional e consistente, estar amparada em
devido processo legal, dentro de uma regra para sua justificação.

A justificação é um princípio metodológico que busca ampliar a


racionalidade. A teoria da decisão opera com a colaboração de investigações
provenientes de diversas disciplinas, pois as provas que compõe um processo
ou procedimento devem ser robustas a fim de subsidiar um raciocínio lógico na
compreensão das causas e dar suporte aos magistrados que precisam estar
convictos nas suas decisões finais, imputando as devidas e justas sanções de
acordo com o ordenamento jurídico.

O artigo 155 do Código de Processo Penal diz que o juiz formará sua
convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos nas investigações. Como se pode ver, a justiça para embasar suas
decisões precisa estar amparada em provas robustas, laudos e documentos
periciais. A decisão precisar ser convicta e segura nos elementos probatórios.

2.3 DA CULPABILIDADE

A Teoria da Culpabilidade é de máxima importância na teoria geral do


direito. A culpabilidade é a atribuição que se faz a alguém da responsabilidade

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de alguma coisa de juízo reprovável, é o conjunto de condições pessoais que


dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de ato
punível por dolo ou culpa.

Tanto no aspecto penal como no aspecto civil, a culpabilidade é a


primeira circunstância a ser aferida pelo juiz para exercer sua função medidora
de uma sanção sobre a conduta praticada pelo agente. O Juiz só decide com
base nos elementos existentes no processo, mas os avalia segundo critérios
técnicos e racionais.

2.4 ACIDENTES DE TRÂNSITO

É qualquer acontecimento inesperado, casual, fortuito, por ação ou


omissão, imperícia, imprudência, negligência, caso fortuito ou força maior, e foge
ao curso normal, do qual advêm danos à pessoa e/ou patrimônio.

É um acontecimento involuntário, inevitável e imprevisível, ou inevitável,


mas previsível, ou seja, imprevisível, mas evitável, do qual participa pelo menos
um veículo em movimento, pedestres e obstáculos fixos, isoladamente ou em
conjunto, ocorrido em via terrestre, e resultando danos ao patrimônio, lesões
físicas ou morte (Aragão 2009).

2.5 TIPOLOGIAS DOS ACIDENTES

Existem diversas formas de unidades veiculares que se acidentam nas


vias, no entanto com certa regularidade quanto à maneira do acontecimento. A
classificação dos tipos de acidente segue a NBR 10.697 de junho de 1.980 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, conforme a seguir:

2.5.1 Colisão

Acidente em que há impacto entre veículos em movimento, podendo ser dividida


em:

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2.5.1.1 Colisão lateral

Impacto lateral entre veículos que transitam na mesma via, podendo ser
no mesmo sentido ou em sentido opostos.

2.5.1.2 Colisão transversal

Impacto entre veículos que transitam em direções ortogonais ou


obliquamente (frente de um e lateral de outro).

2.5.1.3 Colisão traseira

Impacto de veículos que trafegam no mesmo sentido na mesma via, tendo


um dos veículos atingindo de frente a parte traseira do outro veículo.

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2.5.1.4 Colisão frontal

Impacto entre veículos que transitam na mesma via, em sentidos opostos.

2.5.2 Choque

Impacto de um veículo em movimento contra qualquer obstáculo fixo


(postes, árvores, muros ou até outro veículo que esteja parado ou estacionado).

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2.5.3 Tombamento

Acidente em que um dos veículos tomba sobre uma de suas laterais


imobilizando-se

2.5.4 Capotamento

Acidente em que o veículo gira em torno de si mesmo, em qualquer


sentido, chegando a ficar com as rodas para cima, mesmo que
momentaneamente, se imobilizando em qualquer posição.

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2.5.5 Atropelamento

Acidentes em que pedestres ou animais impactam ou sofrem impactos de


veículo motorizada estando pelo menos uma das partes em movimento.

2.6 A RESPONSABILIDADE PENAL NOS CRIMES DE


TRÂNSITO

São atividades humanas provocadas por ação ou omissão que se


amoldam perfeitamente aos tipos previstos no Código de Trânsito Brasileiro. Na
esfera penal somente responde o sujeito que tiver causado o resultado com dolo
ou culpa.

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São previstos diversos crimes como homicídio, lesão corporal, omissão


de socorro, participar de disputas automobilísticas não autorizadas, conduzir
veículo com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência do uso
de álcool ou de outra substância psicoativa que determine a dependência,
violação da suspensão ou do direito de dirigir, gerar perigo de dano na direção,
e outros previstos na legislação em vigor.

2.7 A RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTES DE


TRÂNSITO – NATUREZA JURÍDICA

Responsabilidade civil significa a obrigação de alguém assumir as


consequências jurídicas de sua atividade. No trânsito, alguns valores estão em
jogo como a vida, a integridade material, física e moral, estética do acidentado,
a produtividade, a capacidade laboral das pessoas envolvidas.

Se o acidente de trânsito decorre de um ato ilícito, como consequência


tem que haver uma sanção que visa a restaurar ao lesado o seu patrimônio ou
compensar danos morais sofridos, ter reparado alguma perda através de
indenizações.

A base fundamental para a extração dos elementos necessários à


responsabilidade está no artigo 186 do Código Civil onde são avaliados a
conduta humana, o nexo de causalidade e o dano ou prejuízo.

O artigo 927 do Código Civil diz que aquele que causar dano a outrem fica
obrigado a repará-lo (teoria da culpa subjetiva). Logo, os acidentes de trânsito
podem ter repercussão na esfera criminal, na esfera civil ou em ambas as
esferas. Elas são independentes.

2.8 DA PRODUÇÃO DE PROVAS

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Dispõe o artigo 212 do Código Civil Brasileiro “artigo 212: Salvo o negócio
a que se impõe forma especial o fato jurídico pode ser provado mediante:

I – confissão

II – documento

III – testemunhas

IV – presunção

V – perícia”

Quanto maior o número de acidentes de trânsito, maior serão os números


de ações na justiça. Quando ocorre, vários são os atores envolvidos a exemplo,
os condutores dos veículos, a Polícia que lavra a ocorrência, Bombeiros em caso
de socorro às vítimas, Delegado que lavra o Inquérito, Peritos, Advogados,
Promotores, Juízes Testemunhas, etc.

Mas quem primeiramente chega a um acidente é o policial que toma as


primeiras providências no local e narra o ocorrido em Boletim de Ocorrência
Policial e envia para os órgãos competentes sendo via de regra a à Polícia Civil
que inicia o Inquérito.

2.9 DO LAUDO TÉCNICO PERICIAL

Um dos pontos fundamentais nas ações judiciais de acidentes de trânsito


é definir a dinâmica do fato ocorrido e quem deu causa. Nesse mister o laudo
pericial é imprescindível, pois pode eliminar dúvidas, definir culpados, inocentes,
enfim, auxiliar no trâmite do inquérito e agilizar as decisões a serem tomadas no
âmbito forense.

O código de processo civil denomina prova pericial o exame e a vistoria.


Exame é apreciação de alguma coisa por peritos para auxiliar o juiz a formar sua

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convicção. Vistoria é também perícia, restrita, porém a inspeção ocular. Reza


ainda o artigo 159 do Código de Processo Penal, que na falta de perito oficial, o
exame será realizado por duas pessoas idôneas portadores de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica.

Em caso de infração penal, a autoridade policial deverá dirigir-se ao local,


sendo que, se houver vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
não podendo suprir a confissão do acusado. Já em acidentes em que há apenas
danos materiais não há previsão de laudos periciais.

Mesmo em acidentes com lesões corporais leves e graves não há o


comparecimento de peritos para avaliar os locais de acidentes e lavrar os
competentes laudos. Esse fato representa uma grande falha do sistema, pois
avaliar o grau de uma lesão não é tarefa fácil.

2.10 ETILÔMETRO

Aparelho que serve para medir a concentração alcoólica em uma pessoa.


Atualmente não há a obrigatoriedade do condutor em se submeter a um teste de
alcoolemia quando solicitado pelo agente de trânsito. No entanto, somente o
exame como prova, é questionável. Então em um eventual acidente de trânsito
ocorrido em que apenas um dos condutores esteja com um nível de teor alcoólico
acima do permitido por lei, é suficiente para considerá-lo culpado?

2.11 TACÓGRAFO

É um registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo provido


de disco diagrama sendo obrigatório somente em veículos de transportes
escolares, de transportes de acima de dez passageiros, de cargas perigosas e
nos veículos de carga com algumas restrições de acordo com as resoluções do
CONTRAN.

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Então, não são todos os veículos obrigados a utilizar o tacógrafo, além do


que, embora proibido, está sujeito a adulteração. Mas podemos questionar se
em um eventual acidente de tráfego e que o tacógrafo indique uma velocidade
acima do permitido para aquele trecho da via, é suficiente para considerar o
condutor culpado? É comum os agentes e autoridades de trânsito, em
entrevistas aos meios de comunicação indicar o excesso de velocidade
registrado nos tacógrafos ou o uso de bebidas alcoólicas como sendo causas
em eventuais acidentes.

Seguramente vamos mostrar que por si só, nem sempre esses indícios
são suficientes para imputar a culpa ao condutor que estava com velocidade
acima do permitido ou ao condutor que ingeriu bebida antes de fazer uso da
direção.

Os conhecimentos físicos aplicados em conhecer a dinâmica dos


acidentes de trânsitos são de relevância, devendo fazer parte da física forense
que tem como objetivo somar aos conjuntos probatórios de dados técnicos os
quais vão dar suporte para decisões justas por partes dos magistrados.

2.12 ACIDENTES DE TRÂNSITO - CLASSIFICAÇÃO:

2.12.1 Acidente somente com danos materiais

Nesse tipo de acidente, como o próprio nome especifica, não há vítimas


com lesões. Pode ser entre veículos ou entre veículo e um obstáculo (postes,
muros, saídas de pista etc). Se não houver um acordo nesse tipo de acidente, a
demanda pode ter que ser decidida na justiça pelo condutor que se achar
prejudicado por eventual erro do outro condutor, pela sinalização inadequada e
outros.

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2.12.2 Acidentes com vítimas


Quando os acidentes resultam em vítimas. Classificamos os acidentes
com vítimas de acordo com as lesões sofridas:

2.12.2.1 Acidentes em que há vítimas com lesões leves:

De acordo com o Código Penal em seu artigo 129, as lesões leves são
estabelecidas por exclusão, uma vez que o citado artigo trata apenas dos
agravantes. Em geral são equimoses, escoriações ou feridas.

2.12.2.2 Acidentes em que há vítimas com lesões graves ou


gravíssimas
São os acidentes que resultem em:

I – Incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias,

II – Perigo de vida (como feridas penetrantes no tórax, hemorragias


abundantes, fraturas no crânio e coluna),

III – Debilidade permanente de membro sentido ou função,

IV – Aceleração de parto,

V – Incapacidade permanente para o trabalho,

VI – Perda ou inutilização de membro sentido ou função,

VII – Deformidade permanente,

VIII – Aborto

2.12.2.3 Acidentes com vítima fatal:


Aquele acidente em que ocorre a morte de pessoas no local.

2.13 AÇÕES CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVA

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O arcabouço jurídico brasileiro é bem objetivo e dependendo da natureza


do acidente de trânsito pode desencadear as seguintes ações:

2.13.1 Ação administrativa


Sanções previstas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB. As infrações
administrativas e as penalidades estão previstas nos artigos 161 ao 268.

2.13.2 Ação cível


Ação cujo objetivo é minorar eventuais danos causados. Obriga o
responsável a indenizar a parte prejudicada, estando presente nesse âmbito,
motoristas, setores da indústria automobilísticos, empregadores, órgãos
responsáveis pelas vias, seguradoras, dentre outros. Enfim, para comprovar a
culpa basta o nexo causal entre a pessoa (física ou jurídica) e o dano para então
surgir a responsabilidade de indenizar. Via de regra, o valor da indenização é
medido pela gravidade do dano efetivo.

2.13.3 Ação penal


Trata de ação penal por crimes cometidos no trânsito. Além do Código
Penal, no Código de Trânsito Brasileiro os crimes de trânsito encontram-se
tipificados nos artigos 291 ao 312.

2.14 A velocidade como causa de acidentes

A velocidade sob o ponto de vista físico pode ser examinada quantitativa


e qualitativamente sob o aspecto de excessiva ou inadequada para determinado
local. O objetivo do legislador em assuntos de trânsito, ao fixar limites de
velocidades veiculares é a segurança do trânsito em todo momento.

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Geralmente a primeira concepção em um acidente é de que o excesso de


velocidade seja a causa do evento. Outro fator que conduz a essa análise são
os estados de deformações dos veículos colidentes. É errônea essa impressão
sem antes analisar a dinâmica do evento.

Atualmente os veículos são projetados para, mesmo em baixa energia,


apresentarem grandes deformações, uma vez que quanto mais energia for
absorvida pelos danos, menos energia sobrará para ser absorvida pelos
ocupantes. O excesso de velocidade ou a velocidade inadequada será causa se
esta for fator determinante para a ocorrência do evento.

2.15 – Causas determinantes

Uma das circunstâncias essenciais para se responsabilizar alguém é


estabelecer o nexo de causalidade e o fato ilícito ocorrido. Nesse caso a conduta
humana é o componente primário de todo ato ocorrido. Conhecer a dinâmica do
acidente, como ele ocorreu, para se estabelecer a causa determinante. Não é
tarefa fácil. Muitos são os elementos envolvidos.

Há causas de difícil comprovação pela ausência de vestígios como


sonolências, perda de atenção, efeitos de remédios, stress. Há os fatores
relacionados ao meio, como falhas do sistema viário que levam o condutor ao
erro, fatores ligados a falha mecânica imprevisível e o ser humano quanto ao seu
comportamento.

O acidente de trânsito é um acontecimento complexo e na teoria da causa


para buscar-se a solução é necessário entender o fato como um conjunto de
fatores que contribuíram para o evento.

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3. PERÍCIAS DE VEÍCULOS

Envolve os exames realizados em aeronaves, embarcações e veículos


terrestres, quando se questiona sobre sua função, funcionamento, presença de
danos, adulterações, modificações, vestígios de material ilícito transportado,
bem como na determinação do valor de mercado do veículo, de suas partes ou
peças.

1 -Exame de Aeronave - Exames em aeronaves que são focados nos


aspectos funcionais e operacionais, no estado de conservação, na presença de
danos, bem como na determinação do valor de mercado da aeronave, de suas
partes ou peças. Também envolvem exames em busca de adulterações ou
modificações.

2 -Exame de Embarcação - Exames em embarcações que são focados


nos aspectos funcionais e operacionais, no estado de conservação, na presença
de danos, bem como na determinação do valor de mercado da embarcação, de
suas partes ou peças. Também envolvem exames em busca de adulterações ou
modificações.

3 -Exame de Veículo Terrestre - Exames em veículo automotor terrestre


que são focados nos aspectos funcionais e operacionais, no estado de
conservação, na presença de danos, bem como na determinação do valor de
mercado do veículo terrestre, de suas partes ou peças. Também envolvem
exames em busca de adulterações ou modificações.

4. INVESTIGAÇÃO E LEVANTAMENTO DE LOCAL DE


ACIDENTE DE TRÂNSITO

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O local de acidente de trânsito possui diversas peculiaridades. O


levantamento dos dados deve ser feito em uma sequência lógica que permita ao
responsável pelo levantamento criar uma rotina de trabalho, objetivando que o
levantamento seja feito no menor tempo possível e com melhor qualidade. A
sequência a seguir é uma sugestão que se deve procurar seguir para que se
evitem transtornos, aborrecimentos, esquecimentos ou perdas de informações
durante o levantamento do local.

4.1 ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE ACIDENTE


DE TRÂNSITO

A equipe pericial, via de regra, chega ao local de acidente de trânsito


depois que outras equipes policiais já chegaram ao local. Geralmente, a primeira
a chegar é a Polícia Militar, em seguida equipes do Corpo de Bombeiros ou da
Defesa Civil, posteriormente a Polícia Civil e por último a equipe da Perícia
Oficial.

Nas rodovias federais quem primeiro atende as ocorrências são os


policiais rodoviários federais. Nessas condições é imprescindível primeiramente
a preservação do local seguido de um bom isolamento. Preservar é manter o
estado das coisas conforme foi encontrado. A simples presença da Polícia Civil
ou Militar em um local de acidente de trânsito não é garantia da preservação do
local.

O trânsito de populares, a passagem de veículos, a parada de veículos


com condutores curiosos na pista prejudica sobremaneira no local de acidente
de trânsito, deslocando vestígios, apagando outros e criando também falsos
vestígios, devido a sobreposição de marcas pneumáticos dos que passam pelo
local.

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O responsável direto pela preservação do local é a autoridade policial


(Delegado de Polícia) que deverá estar presente no local para que sejam feitas
as devidas correções quanto ao isolamento. Antes do isolamento propriamente
dito a viatura policial deve ser equipada com giroflex, pintada com faixas de tinta
reflexiva. Deve estar equipada com cones, fitas zebradas, trenas, lanternas,
inclinômetros e máquinas fotográficas para efetuar tal trabalho.

É conveniente também que o agente policial (investigador) esteja


devidamente identificado no local com colete, portanto faixa reflexiva, indicando
sua função e sua Delegacia de origem, uma vez que em locais dessa natureza
há grande concentração de populares e o investigador pode ser confundido com
aqueles, dificultando a comunicação entre os membros do local de acidente.
Igualmente o Perito Criminal deve se identificar no local por meio de colete
apropriado onde conste sua identificação e origem assim como faixas reflexivas.

O isolamento do local de acidente de trânsito deve ser feito das seguintes


formas:

1. Percorra toda a pista para que se possa observar a extensão do


acidente. O isolamento do local não deve se concentrar apenas na região onde
os veículos se encontram em inércia.

2. Caso se faça necessário posicione ou reposicione os cones de modo


que a distância destes ao local do acidente permita que os veículos que transitem
pela pista tenham condições de frear antes do local do acidente ou dele se
desviar. O procedimento em questão deve ser praxe principalmente no período
da noite quando as condições de visibilidade diminuem sensivelmente. Nas
rodovias tal atenção deve ser redobrada, uma vez que os veículos trafegam com
maior velocidade. Nos locais onde houver um fluxo muito grande de veículos se
faz necessário pessoal de apoio (Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal ou
Estadual) para o controle do trânsito evitando-se dessa forma novos acidentes.
Em nenhum momento podemos nos esquecer que o perito de local concentra a

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6

atenção no seu trabalho, o que por certo o deixa de certa forma desprotegido
diante da possibilidade de novos acidentes em uma mesma via.

3. Fragmentos diversos, tais como partes de para-choques, de faróis, de


latarias, entre outros, devem ser deixados na pista do modo como foram
encontrados, ou seja, o isolamento deve compreender também os fragmentos
decorrentes do acidente.

4. Onde houver grande concentração de populares é aconselhável o uso


de fitas zebradas para delimitar a área. Também nesses casos a presença de
pessoal de apoio (PM, PRF e PRE) é de primordial importância, ou seja, os
policiais militares devem de preferência se manter no local durante os
levantamentos.

5. Nos locais onde existir a possibilidade de se fazer desvio, tal


procedimento dever ser adotado, pois diminuí o fluxo de veículos pelo local
aumentando dessa forma a segurança durante o trabalho.

6. Importante item de segurança se relaciona às cargas dos veículos. Ao


se aproximar de locais onde houver cargas voláteis ou inflamáveis a segurança
deve ser redobrada. O levantamento só deve ter prosseguimento quando todas
as condições de segurança forem asseguradas, como por exemplo: não se
aproximar do local com cigarros, evitar inalar substâncias desconhecidas, evitar
inalar fumaça, não percorrer o trecho do acidente transpondo escombros sem o
devido calçado, evitar descer ribanceiras sem equipamentos adequados, evitar
movimentar cargas que se encontram instáveis nos veículos. Quando se fizer
necessário, deve-se acionar o Corpo de Bombeiros para movimento de cargas
e proceder a limpeza do local. Tal procedimento é aconselhável também ao final
dos levantamentos quando os fragmentos, deposição de óleos e combustíveis
se encontram na pista sem sinalização.

7. Nos casos onde houver cadáver ou cadáveres, se faz necessário que


se evite o trânsito de pessoas pelo local. O isolamento deve ser feito de tal modo

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2
7

que os populares e curiosos se encontrem o mais distante possível. Nota: Nos


casos em que houver vítima e que esta tenha sido removida do local, a
autoridade policial ou investigador deverá indicar a posição em que se
encontrava a vítima em relação ao veículo e em relação à via. Importante tópico
a ser discutido se relaciona à Lei N° 5.970, de 11 de maio de 1973, que exclui
da aplicação do disposto nos artigos 6º, inciso I, 64 e 169, do Código de Processo
Penal, os casos de acidente de trânsito, e, dá outras providências:“ Art 1º Em
caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar
conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local,
a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos
veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o
tráfego. Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente
policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas
que o presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias ao
esclarecimento da verdade.”

5. CRITÉRIOS PARA REQUISIÇÃO DE PERÍCIA

Estabelecido o isolamento conforme sequência acima, a autoridade


policial procederá, caso necessário, a requisição de perícia para o local de
acidente trânsito seguindo o seguinte critério:

1. Perícia de Acidentes com vítima fatal. Nos acidentes em que se observa


a ocorrência de vítima fatal é indiscutível a necessidade da requisição para o
referido local de acidente de trânsito.

2. Perícia de Acidentes com vítima - lesão grave. Definir ou determinar se


uma vítima sofreu lesões graves ou leves não é tarefa das mais fáceis para a
autoridade policial que se encontra no local de acidente de trânsito, posto que
tal avaliação de forma regular deve ser feita por um médico. Acrescido das

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condições de tumulto, engarrafamentos e presença de populares e curiosos a


decisão por acionar a Perícia Criminal Oficial fica apertada, associado ao fato de
em muitos casos a vítima ter sido socorrida e ter sido levada para o pronto
atendimento.

Nessas condições, entendemos que a autoridade policial tem como


ferramenta as informações das condições da vítima pelo pessoal de atendimento
direto, as informações do Pronto Socorro, associadas ao relato de testemunhas
no local do acidente e o vulto do acidente de trânsito propriamente. Verificadas
todas essas informações, que levam a crer que a vítima se encontra em
condições grave, entendemos que a autoridade policial deve requisitar a perícia
de trânsito.

3. Perícia de Acidentes envolvendo veículos viaturas oficiais. Os critérios


de requisição de perícia onde se encontra envolvida viatura oficial é de
conformidade a cada Estado, não existindo uma regulamentação geral.

4. Perícia de danos em veículo, caracterizando apenas crime contra o


patrimônio. No entanto, caso se constate posteriormente que um local de
acidente de trânsito, que foi desfeito, produziu vítima fatal ou com lesão grave, a
autoridade policial então poderá requisitar perícia oficial seguindo os seguintes
critérios:

5. Perícia de danos, constando histórico do veículo e do acidente em


questão, com quesitos orientando o exame, como por exemplo: - existe
impregnação de tinta de coloração diversa no veículo objeto de perícia?; - existe
impregnação de sangue, pelos ou de pele no veículo? Caso exista, identificar
sua origem, se humano ou animal; - o veículo apresenta danos característicos
de colisão com outro veículo?; - o veículo apresenta danos característicos de ter
atropelado corpo flácido?; - efetuar levantamento de impressões papiloscópicas
nos casos em que o veículo foi encontrado abandonado após um acidente; -
levantar condições do veículo para se averiguar se este sofreu modificações

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2
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recentes em sua lataria, pintura, vidros e de outros elementos constituintes


pertinentes.

Os quesitos sugeridos acima são apenas para nortear as requisições,


posto que é notório que cada caso de acidente de trânsito oferece um histórico
e evidentemente deve ser tratado de forma particularizada, ou seja, com quesitos
que sejam pertinentes ao caso (ocorrência) em questão. Nos casos de acidentes
de trânsito onde não houver necessidade de perícia oficial no levantamento do
local, o boletim de ocorrência e o relatório final será executado pela autoridade
policial.

6. VESTÍGIOS NO LOCAL DE ACIDENTE DE


TRÂNSITO

Os vestígios comumente encontrados em um local de acidente são os


seguintes:

Marcas pneumáticas de frenagem: produzidas pelos veículos que se


encontram com os pneumáticos travados.

Marcas pneumáticas de derrapagem: produzidas quando o veículo se


desloca em processo de rodagem, mas em curva, com deslocamento
transversal, normalmente são mais largas que os pneus e mais escuras.

Marcas pneumáticas por rolamento: o veículo por movimentação de


terra, por impressão em terra mole, por deposição de algum material define sua
trajetória.

Fragmentos: peças desprendidas dos veículos quando de uma colisão.

Fricções: quando do contato de peças metálicas retira superficialmente


pequena camada da superfície pavimentada.

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0

Sulcagens: quando do contato de peças metálicas retira profundamente


camada da superfície pavimentada.

Líquidos: derramamento de óleo, combustível e água na pista.

Material orgânico: pelo, pele, sangue.

Destacamos: mais importante que catalogar os vestígios em um local de


acidente de trânsito é fazer a correlação desses vestígios entre os veículos
envolvidos, com as vítimas e com a via. Por exemplo, é fundamental definir no
local a que veículo pertence determinada frenagem, a que veículo pertence um
fragmento de farol, ou ainda, qual dos veículos envolvidos em um acidente teve
contato com este ou aquele obstáculo da via. Por óbvio, tais definições só podem
ser feitas no local do acidente.

Não pode um perito a partir de fotografias ou a partir de lembranças do


local fazer ilações quanto à dinâmica de um acidente se não tem elementos
comprobatórios para tal. O princípio físico da ação e da reação pode ser aqui
utilizado para lembrar que aquele que toca também é tocado, e que a busca por
vestígios em local de acidente de trânsito deve ser feita norteada por esse
princípio.

Sítio de colisão: Dentro desse conjunto de vestígios que podemos


encontrar em um local de acidente de trânsito necessariamente devemos
destacar o sítio de colisão. Consiste o sítio de colisão em área na pista de
rolamento, ou mesmo fora dela, onde ocorreu o contato ou impacto entre dois
veículos ou entre um veículo e um ou mais pedestres.

O sitio de colisão é um vestígio secundário, ou seja, a sua determinação


é feita a partir de outros vestígios. A área onde se constata desvio abrupto de
marcas de frenagem, áreas onde se observa superposição de marcas de
frenagem, presença de marcas de fricção e sulcagens concentradas juntamente

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1

com marca de frenagem possuem elementos que auxiliam na determinação de


um sítio de colisão.

Desaconselhamos o uso do termo ponto de colisão, uma vez que


entendemos ser impossível demarcar na pista o exato ponto onde houve uma
colisão, sendo então a nomenclatura sítio de colisão como sendo a mais
adequada, por tratar a região como sendo uma área onde houve a colisão.
Podendo ainda ser demarcada na pista uma área de colisão com seu respectivo
ponto central.

7. LEVANTAMENTO DO LOCAL DE ACIDENTE


DE TRÂNSITO

O levantamento do local de acidente pode ser dividido em 03 fases: sendo


a primeira o levantamento de dados da via, da posição dos veículos e elementos
relacionados com o acidente em questão; a segunda fase corresponde ao
levantamento de dados dos veículos e a terceira e última fase corresponde ao
levantamento de dados dos condutores e proprietários dos veículos com a
respectiva oitiva das versões de cada envolvido, se for possível.

Fase 1 do levantamento - Percorrido todo o local onde ocorreu o


acidente, após o devido isolamento, após a verificação da necessidade de
requisição de perícia para o local, inicie o levantamento fazendo um croqui do
local, que deve ser feito seguindo os seguintes procedimentos:

-Anote data (com dia da semana) e hora do acontecido, preferencialmente


das que são indicadas até 24 horas; por exemplo 18h30min, invés de 06h30min
da noite.

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-Faça um esboço das vias, procurando ocupar a folha de levantamento de


modo a abranger todo o local. Noções de proporções são fundamentais nesses
esboços.

- Posicione os veículos envolvidos no croqui conforme sua posição de


repouso final, dando nomes para os mesmos, como por exemplo V1- Corsa/GM
ou V2-Titan/Honda.

- Represente no croqui o nome das vias com suas respectivas larguras;


indique o sentido (bairro ou outra via) para onde vai cada via.

-Indique o sentido de deslocamento regulamentar da via com setas


demonstrando se as vias são de mão-dupla ou mão-única e as placas de
sinalização, caso existam no local e a sinalização horizontal existente.

- Represente as marcas de frenagem ou de derrapagem, as marcas de


fricção, de sulcagem, o posicionamento dos fragmentos e manchas de óleo, com
seus respectivos comprimentos.

-Escolha dois referenciais de medida de modo que estes sejam


perpendiculares entre si. Use como referenciais de medida as guias (meio-fio)
das vias ou construções como muros ou prédios onde se possa referenciar o
local onde ocorreu o acidente.

- Faça então as medidas necessárias para localizar os veículos, sempre


em função dos referenciais de medida adotados. No caso de veículos de médio
e grande porte faça as medidas nas angulares dos mesmos, preferencialmente
use no mínimo duas angulares de cada veículo. No caso das motocicletas,
motonetas, ciclomotores e também nas bicicletas faça as medidas pelo eixo das
rodas das mesmas.

- Indique no seu levantamento condições do tempo: seco ou chuvoso;

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- As condições da pista: plana ou inclinada (indique a direção do declive);


o traçado da pista: curva ou reta; os obstáculos na via: obras sem sinalização
por exemplo; tipo de pavimentação: asfalto, concreto ou terra; condições da
pista: se bem conservada ou mal conservada e a existência de acidentes
topográficos tais como buracos ou taludes nas laterais.

- Jamais confie plenamente em equipamentos fotográficos analógicos ou


digitais, uma vez que tanto as fotografias digitais como as comuns podem se
perder. A documentação do local deve ser feita de modo que o perito não fique
dependente de um dado que só se poderia ser conseguido por uma fotografia.
Portanto, estando no local faça a escrituração dos dados, ainda que isso tome
tempo. Vide a sequência a seguir, que descreve procedimento para se fazer
croqui de local de acidente de trânsito.

Fase 2 do levantamento- Corresponde ao levantamento de dados de


cada veículo:

- Quanto à documentação e identificação: n° de placa, cor, ano/modelo,


chassi, Renavam, tipo de veículo (vide item da classificação geral dos veículos)
e proprietário.

- Quanto às condições do veículo: sistema de freios, câmbio,


equipamentos de segurança (cinto de segurança, extintor de incêndio),
condições de pneus, sinalização funcionamento das lanternas, funcionamento
dos faróis, funcionamento de limpadores de para-brisa, presença ou ausência de
espelhos retrovisores, entre outros.

- Quanto às sedes de impacto e avarias no veículo: deve-se fazer constar


além das condições gerais do veículo, a região sede de impacto onde o veículo
tenha sofrido o contacto com outro veículo. Neste exemplo o veículo tem sede
de impacto na região lateral direita anterior, compreendendo avarias no
paralama anterior direito, no farol direito, na suspensão anterior direita, entre

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outros. Importante item é a definição do sentido da aplicação da força que


provocou os danos, que deve ser indicado conforme as avarias.

Havendo mais de uma sede de impacto em um mesmo veículo, estas


devem ser enumeradas, de modo que se conheça a sequência provável em que
aconteceram. Essa definição é possível quando se observam quais os materiais
(resíduos) que ficaram impregnados na sede de impacto, tais como impregnação
da pintura do outro veículo marcas pneumáticas, impregnação de asfalto ou de
alvenaria por exemplo.

Fragmentos de peles, sangue, pelos e tecido devem ser coletados, sendo


necessária a devida documentação do setor do veículo em que foi coletado
(tanto no exterior como no interior) e o respectivo envio ao Laboratório Forense
para os devidos exames. O interior do veículo também deve ser averiguado.
Sedes de impacto no interior do veículo, tais como deslocamento e
quebramentos de painéis, quebramento de para-brisas, deslocamentos de
bancos devem ser devidamente examinados, informando a área de impacto e a
devida aplicação de força com sua direção e seu sentido.

Fase 3 do levantamento- A terceira e última fase corresponde ao


levantamento de dados dos condutores e proprietários dos veículos com a
respectiva oitiva das versões de cada envolvido, onde se pode verificar a versão
de cada um, sendo esta fase investigativa e pertinente aos padrões de
procedimentos da polícia civil. O perito de local ao ouvir as versões de cada
envolvido, deve fazê-lo no local e na presença de ambos, ainda que as versões
sejam contrárias entre si.

Embora seja comum o interesse das partes em se fazerem ouvidas, não


devemos nos esquecer que o estudo e a dinâmica do acidente de trânsito deve
ser feito baseado nos vestígios levantados no local, servindo o relato dos
envolvidos apenas como um norteador do entendimento do acidente quando

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5

este se mostrar de difícil compreensão ou quando houver exiguidade de


vestígios.

Preservação de local de acidente de tráfego em caso de acidente sem


vítimas e com testemunhas do ocorrido, as partes envolvidas devem deslocar os
veículos para não obstruir a passagem dos outros carros. Se o acidente foi
simples, como uma colisão de um carro na traseira do outro, caso este em que
a jurisprudência entende que é presumida a culpa do condutor do veículo que
bateu na traseira do outro (salvo prova em contrário), então é dever dos
envolvidos deslocarem os carros para não bloquear o trânsito, sob pena,
inclusive, de infração e aplicação de multa pelo agente da autoridade de trânsito
(Art. 178 do CTB).

Entretanto, se o acidente for mais complexo e houver divergência entre


os envolvidos sobre quem foi o responsável pela colisão, ou houver vítimas, os
condutores e envolvidos devem aguardar os agentes de trânsito, peritos, e
socorristas, se for o caso (Art. 176 do CTB). LEI NO 6.174, DE 09 DE
DEZEMBRO DE 1974 Art.1º da Lei no 6.174 Dispõe sobre a aplicação do
disposto nos artigos 12, alínea a, e 339 do Código de Processo Penal Militar.
“Nos casos de acidente de trânsito, não impede que a autoridade ou agente
policial possa autorizar, independente de exame de local, a imediata remoção
das vítimas, como dos veículos envolvidos nele, se estiverem no leito da via.
Parágrafo único. “A autoridade ou agente policial que autorizar a remoção
facultada neste artigo lavrará boletim, no qual registrará a ocorrência com todas
as circunstâncias necessárias à apuração de responsabilidades, e arrolará as
testemunhas que a presenciaram, se houver.” LEI Nº 5.970 - DE 11 DE
DEZEMBRO DE 1973.

Art. 1º Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial


que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente
de exame do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão,
bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e

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prejudicarem o tráfego. Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade


ou agente policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignado o fato, as
testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias
ao esclarecimento da verdade.

Esse dispositivo tem prejudicado sobremaneira os exames perícias em


locais de acidente de tráfego, uma vez que a exceção virou regra.

Conceitos Trânsito: é a utilização das vias por pessoas, veículos e


animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação,
parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

Tráfego: é o movimento de pedestres, veículos ou animais sobre vias


terrestres, considerando quanto a cada unidade de per si, isto é, a dinâmica do
deslocamento físico de pessoas, animais e veículos no seu aspecto individual.

Acidente de tráfego: é o incidente involuntário do qual participam, pelo


menos, um veículo em movimento; pedestres e obstáculos fixos, isolados ou
conjuntamente, ocorridos numa via terrestre, resultando danos ao patrimônio,
lesões físicas ou morte.

Via: superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais,


compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. São
vias terrestres urbanas ou rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os
caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que tenham seu uso
regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas.

Pista: corresponde à parte da via normalmente utilizada para a circulação


de veículos, possuindo elementos separadores (linha de bordo nas rodovias por
exemplo) ou Acidente de tráfego por diferença de nível em relação às calçadas,
canteiros ou ilhas (meio fio por exemplo), assim chamada de pista de rolamento.

Faixa de trânsito: cada um dos trechos carroçáveis de uma pista de


rolamento.

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Unidade de tráfego: são assim considerados todos os veículos


automotores (caminhões, automóveis, motocicletas, ônibus), os de tração animal
(carroças), os de tração ou propulsão humana (bicicletas), pedestres, animais de
porte arrebanhados ou montados.

Perícia em local de acidente de tráfego: Podemos dizer, de maneira bem


simplista, que a perícia, em locais de acidentes de tráfego, significa registrar os
veículos, destroçados, as posições, as situações, a natureza das avarias, as
condições operacionais dos veículos, suas posições de imobilizações, os
cadáveres, se houver, as manchas em geral, os vestígios de solo (as marcas de
derrapagem, frenagem e outras deixadas no pavimento), os demais elementos
que podem se desprender das carrocerias, o estado do solo, as sinalizações etc.;
e a partir da complexidade de todos os elementos levantados, processá-los, e
através de dedução e indução lógicas, fazer a recomposição do evento, e contar
através da dinâmica o modo como ocorreu o evento, bem como, formular juízo
técnico de valor confiável.

O levantamento de local de acidente de trânsito para posterior redação do


laudo pericial efetuado por perito é instrumento imprescindível nos processos
judiciais envolvendo ocorrências dessa natureza, uma vez que a partir do
trabalho inicial de levantamento é que resultará a definição da causa
determinante para um acidente

Limite da via- Cabe ao perito responsável pelo levantamento um cuidado


especial no uso dos termos técnicos referentes a esse tão importante
procedimento, para que nos laudos periciais se evite ambiguidade de termos,
termos inexistentes ou até mesmo ausência de dados que possam ser ignorados
por não se conhecer a maneira adequada de se relatar .

Classificação geral dos acidentes de tráfego: Os acidentes de tráfego,


segundo Ranvier Feitosa Aragão, são divididos em:

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Acidente Simples: quando envolve somente uma unidade de tráfego.


Temos como exemplo de acidente simples o abandono do veículo de uma artéria
e se choca contra um obstáculo fixo.

Acidente Múltiplo: quando envolve duas ou mais unidades de tráfego.


Temos como exemplo de acidente múltiplo as colisões, os abalroamentos e
atropelamentos.

Acidente sem contato: ocorre quando uma unidade de tráfego contribui


para o acidente, contudo não interage plenamente com a outra, ou seja, não
entra em contato físico.

Tipos de acidentes de tráfego. Pode-se tipificar os acidentes da seguinte


forma:

• colisão: é o embate entre dois ou mais veículo em movimento. Os


acidentes envolvendo ciclistas devem ser tratados como colisão entre veículos
caso o condutor da bicicleta esteja montado na bicicleta. Caso a pessoa
envolvida no acidente esteja apenas empurrando a bicicleta, o acidente deve ser
tratado como atropelamento;

• abalroamento: é o embate de veículo em movimento contra outro que se


encontra parado;

• choque: é o embate de um veículo contra um obstáculo fixo como poste,


árvore, muro, parede ou guarda-corpo;

• atropelamento: ocorre quando um veículo (automóveis, motocicletas e


caminhões) colide contra pessoas ou animais (semoventes, cães, etc);

• capotamento: evento no qual o veículo, por causas as mais diversas,


gira em torno de seu eixo vertical e, na fase final de imobilização, apresenta-se
apoiado sobre a sua cobertura, com as rodas voltadas para cima;

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• tombamento: evento no qual o veículo, por causas as mais diversas, gira


em torno de seu eixo vertical e, na fase final de imobilização, apresenta-se
apoiado sobre uma das laterais;

• precipitação: queda livre de um veículo por ação da gravidade e que


ocorre por causas as mais diversas, como perda de direção, manobra brusca,
etc.;

• colisão em cadeia: conhecida também como colisão sucessiva ou


tamponamento, ocorre quando um veículo embate na traseira de outro que
segue imediatamente a sua frente e este, esbarra no outro que também está à
sua frente, e assim sucessivamente. Pode envolver várias unidades de tráfego;

• mista: conjugação de dois ou mais tipos de eventos em um mesmo


acidente. Evidentemente que um acidente na maioria das vezes ocorre de forma
complexa, podendo dentro de um mesmo acidente ocorrer diversas formas de
colisões e de embates em uma sequência de fatos que cabe ao perito de local
informar em uma sugestão de dinâmica provável.

Designação das interações veiculares

As interações veiculares recebem designações especiais, úteis na


descrição dos acidentes. Assim sendo, o choque, o abalroamento e a colisão
podem ser melhor definidas com a adução da seguinte terminologia.

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8. CONCLUSÃO

O levantamento de dados e coleta de vestígios de um local de acidente


de trânsito é de suma importância para o perfeito entendimento das condições
em que ocorreu um acidente.

A investigação do local de acidente de trânsito para posterior redação do


laudo pericial efetuado por perito é instrumento imprescindível nos processos
judiciais envolvendo ocorrências dessa natureza, uma vez que a partir do
trabalho inicial de levantamento é que resultará a definição da causa
determinante para um acidente.

Cabe ao perito responsável pelo levantamento um cuidado especial no


uso dos termos técnicos referentes a esse tão importante procedimento, para

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4
2

que nos laudos periciais se evite ambiguidade de termos, termos inexistentes ou


até mesmo ausência de dados que possam ser ignorados por não se conhecer
a maneira adequada de se relatar.

O presente material tem como objetivo instruir ou servir de roteiro para


levantamento de locais de acidente de trânsito.

42
4
3

REFERENCIAS:
ALMEIDA, Lino Leite. Manual de pericias em acidentes de trânsito –
Campinas, SP, Millenium editora, 2011

ALONSO, M.S. e FINN, E. J. Física – Edgard Buucher editora, 1972

ARAGÃO, Ranvier Feitosa. Acidentes de trânsito – 3ª Ed. Campinas, SP;


Millenium editora 2003.

ARAGÃO, Ranvier Feitosa. Acidentes de trânsito – Aspectos técnicos e


jurídicos. 3ª Ed. Campinas: Millennium Editora, 2003

ARAGÃO, Ranvier Feitosa - Tratado de Perícia Criminalísitcas - Acidentes


de Trânsito/Aspectos técnicose jurídicos, Editora Sagra Luzzatto

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.


Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n.

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Saraiva 2010

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Código de Processo Penal/Decreto Lei n° 3.689, de 3 de outubro de 1941/


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm

Código de Trânsito Brasileiro/ Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997/


http://www.denatran.gov.br/ctb.htm

DENATRAN, Sistema Nacional de Registro de Veículos / RENAVAN -


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GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil esquematizado v.1, 2ª Ed.


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4ª ed. Rio de Janeiro, LTC 1996

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