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1.1.

Conceito de direção defensiva

O que é Direção Defensiva? 

Direção defensiva é a maneira adequada de conduzir o veículo, com atenção e cuidado, a fim de não se
envolver em acidentes de trânsito.

Dirige defensivamente o condutor que zela pela sua própria segurança, bem como pela segurança dos
demais usuários das vias.

Conduzir veículo

Muitos afirmam que direção defensiva é dirigir para você e para os outros condutores de veículos. De
fato, essa definição pode ser considerada verdadeira, pois há momentos em que os condutores
cuidadosos e atenciosos são envolvidos em situações de perigo (criadas pelos condutores imprudentes) e
acabam tendo que se livrar delas para evitar um acidente.

A direção defensiva permite que o condutor do veículo reconheça, antecipadamente, o perigo existente
nas vias, além de capacitá-lo a tomar decisões corretas frente a situações de risco.

Cavalo em rodovia

1.2. Tipos de direção defensiva

Existem 2 (dois) tipos de direção defensiva: Preventiva e Corretiva

1) Direção Defensiva Preventiva: maneira adequada de conduzir o veículo, em que o condutor prevê as
possíveis causas de acidentes de trânsito e age a fim de evitá-los. Essa maneira de conduzir o veículo faz
com que o condutor tenha condições de antecipar procedimentos a fim de preservar a sua segurança e a
de todos os que estejam na via.

Condutor preventivo é aquele que observa tudo o que ocorre na via, prevê o perigo e decide o que fazer
para não se envolver em acidentes. Também é importante lembrar que o condutor que utiliza a direção
defensiva preventiva está sempre preparado para reagir frente aos erros dos demais usuários da via
pública.

Exemplo de conduta preventiva: reduzir a velocidade do veículo ao ultrapassar um ônibus que está


parado efetuando embarque e desembarque de passageiros; nesse caso o condutor que reduz a
velocidade está prevendo a possibilidade de algum passageiro desembarcar e atravessar a pista passando
pela frente do ônibus.

Ponto de ônibus

Para a prática da direção defensiva preventiva é necessário que o condutor tenha:


» Conhecimento: conhecer a sinalização, as normas de trânsito, o funcionamento do veículo
(equipamentos e dispositivos) e as técnicas de direção defensiva para que possa agir de forma correta e
segura;

» Atenção: estar atento, a todo instante, na sinalização de trânsito e em tudo que está ocorrendo na via
pública para antecipar as ações necessárias a fim de não correr riscos (o condutor deve ter atenção difusa,
ou seja, atenção em todos os sentidos);

» Habilidade: ter capacidade para a prática de condutas necessárias, ao prever o perigo; é praticar


automatismos corretos para reduzir riscos de acidentes;

» Decisão: tomar iniciativa imediatamente ao prever situações de risco de acidentes;

» Previsão: ser capaz de conhecer os perigos existentes nas vias públicas e de escolher a melhor conduta
para evitá-los.

2) Direção Defensiva Corretiva: acontece quando o condutor se envolve em uma situação de risco e
consegue escapar, evitando um acidente (podemos dizer que é um "quase acidente"). Essa situação de
risco pode ocorrer por culpa do condutor (quando deixa de utilizar uma conduta preventiva) ou não
(quando a situação de risco se dá em razão de uma condição adversa, imprevisível ao condutor).
Exemplo de conduta corretiva: conseguir parar o veículo e evitar o atropelamento de um pedestre
bêbado que, de uma hora para outra, entra na frente do veículo.

Para a prática da direção defensiva corretiva é necessário que o condutor tenha:

» Prática para saber executar as ações corretas e de forma rápida e segura;

» Experiência para possibilitar a escolha da conduta necessária para evitar o acidente;

» Reflexo para perceber, de forma apurada e rápida, uma situação de risco.

O bom motorista não é aquele que sai de situações perigosas, mas sim aquele que não entra em
situações perigosas. Pratique a direção defensiva preventiva!
1.3. Dirigir com segurança

A condução de um veículo de forma segura requer vários procedimentos e cuidados por parte de seu
condutor.

Geralmente, o tempo faz com que muitos condutores deixem de se preocupar com alguns detalhes e de
tomar algumas medidas de segurança determinantes para evitar um acidente.

Cuidados na condução do veículo

Conforme as estatísticas dos Órgãos Públicos é bem elevado o número de acidentes com condutores
habilitados há mais de 15 (quinze) anos.  O "excesso de autoconfiança" e “o pensamento de que o
acidente não vai ocorrer com os referidos condutores” contribuem para que deixem de tomar os cuidados
necessários à condução do veículo de forma segura.

Portanto, nunca é demais lembrarmos alguns procedimentos que, embora simples, aumentam a segurança
ao dirigir, vejamos:

» dirigir concentrado e atento a tudo o que está ocorrendo na via - possibilita prever riscos para
antecipar procedimentos de segurança;
» realizar revisões periódicas no veículo - mantém o veículo em boas condições de uso;
» realizar uma pequena inspeção no veículo, antes de colocá-lo em movimento - testar o freio,
verificar se os pneus não estão vazios, verificar o funcionamento da seta e luz de freio, verificar se o farol
está funcionando, verificar os símbolos do painel (para ver se há algo irregular com o veículo);

Calibragem de pneus

» verificar o estado e o funcionamento do cinto de segurança;


» regular o encosto de cabeça - que deve ser posicionado na altura dos olhos;» segurar o volante com
as duas mãos, como se elas fossem os ponteiros de um relógio marcando 9 (nove) horas e 15
(quinze) minutos, ou, 10 (dez) minutos para as 2 (duas) horas - o que possibilita um melhor e mais fácil
acesso aos comandos do veículo, melhor visibilidade do painel de instrumentos e melhor funcionamento
do air bag, caso haja no veículo;

Segurar o volante corretamente

» dirigir com calçado que se fixe aos pés - calçados de enfiar o pé são proibidos porque podem dificultar
o acesso rápido e seguro dos pedais do veículo;
» regular corretamente o banco do veículo - que deve ser posicionado em um ângulo de
aproximadamente 90 (noventa) graus;
» sentar-se adequadamente no banco do veículo - para melhor acionar seus comandos e evitar
desgaste físico ao dirigir;
» não se distrair com conversas de pessoas dentro do veículo;
» não dirigir com o som em volume muito alto - para não se distrair e para escutar melhor o ruído dos
motores dos outros veículos que se aproximam e o funcionamento de seu próprio veículo;
» regular os retrovisores após a regulagem do banco e antes de colocar o veículo em movimento -
não colocar nenhum objeto em local que impeça a visão através do retrovisor interno;
» olhar constantemente nos retrovisores quando o veículo estiver em movimento;
» antes de realizar manobras, movimentar a cabeça para alcançar ângulos de visão que os
retrovisores não alcançam (os chamados pontos cegos);
» avaliar se suas condições físicas e mentais lhe permitem dirigir com segurança - consumo de
bebida alcoólica, uso de alguns medicamentos, ter participado de discussões em casa ou no trabalho, ficar
muitas horas sem dormir ou dormir mal, ingerir alimentos pesados e preocupações excessivas são alguns
fatores que diminuem consideravelmente os reflexos e aumentam o risco de acidentes;
» não transportar animais e objetos soltos dentro do veículo para não se distrair com o movimento
deles.

Essas condutas são apenas algumas dentre as várias outras que possibilitam a redução de riscos de
acidentes de trânsito!

Não se descuide, não deixe que a prática o leve a tomar menos cuidado ao dirigir!
2. CONDIÇÕES ADVERSAS

São as circunstâncias das vias, dos veículos, do ambiente, dos demais condutores de veículos e
pedestres, que determinam os riscos e os perigos do trânsito. 
2.1. Condutores

Conduzir um veículo não é simplesmente colocá-lo em movimento.


Condutores de veículos são aqueles que apresentam conhecimento atualizado sobre as normas e
sinalização de trânsito, sabem o significado e o funcionamento de todos os dispositivos e equipamentos
existentes no veículo e praticam sempre a direção defensiva.

O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito” (Art. 28 do Código de Trânsito Brasileiro).
2.2. Veículos

São meios de transporte que devem ser mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento,
para a manutenção da segurança de seus ocupantes e das pessoas que transitam pelas vias públicas.
2.2.1. Estado de conservação

Sem dúvida, um veículo em boas condições de funcionamento e em bom estado de conservação reduz os
riscos de acidentes, pois atenderá, fielmente, aos comandos de seu condutor. Porém, muitos veículos que
transitam pelas vias públicas não apresentam, sequer, as condições mínimas de segurança para o trânsito!

Estado de conservação do veículo

Um veículo em mau estado de conservação compromete a segurança não só de seus ocupantes, mas de
todos os usuários da via pública. Como exemplo, por falha na luz de freio do veículo, o condutor pode
causar um acidente com quem vem atrás; por falha nos freios do veículo, o condutor pode causar o
atropelamento de inúmeras pessoas na via pública; enfim, por falta de cuidado com o estado de
conservação e funcionamento do veículo (parte mecânica e todos os seus equipamentos e dispositivos), o
condutor poderá se envolver em um acidente grave, perder a vida e acabar com a vida de outras pessoas.

Portanto deve-se tomar algumas precauções:

» realize inspeções nos dispositivos de segurança e equipamentos do veículo (farol, luz de freio, setas,
buzina, limpador de para-brisa, água do sistema de refrigeração, óleo lubrificante etc.), todos os dias, antes
de transitar;

» faça manutenção preventiva (revisão) periodicamente;

Manutenção do veículo

» realize manutenção corretiva (levar para consertar) logo que surgir um defeito no veículo – não deixe
acumular pequenos defeitos para depois consertar tudo junto;

» ao perceber um barulho diferente no funcionamento de seu veículo, vá ao seu mecânico de confiança e


peça a ele que verifique o que pode ser;

» teste os freios logo nos primeiros movimentos do veículo;

» antes de sair com o veículo, dê uma volta em torno dele, verifique se não houve vazamento de algo e se
os pneus estão normais;
Vazamento no veículo

» dentre outras condutas que visem manter o veículo em bom estado de conservação e,
consequentemente, em condições seguras para transitar pelas vias públicas.
2.2.2. Falha mecânica

A falha mecânica também é causa de muitos acidentes de trânsito.

Infelizmente, na maioria das vezes, a falha mecânica é previsível! Isso ocorre quando o proprietário só
quer saber de andar no veículo e não verifica o estado de conservação e funcionamento de suas peças,
equipamentos e dispositivos de segurança.

Acidentes provocados por falha mecânica muitas vezes são classificados como “obras do destino”. Porém,
se o proprietário não faz por onde evitar a ocorrência de uma falha mecânica (cuidando de seu veículo,
realizando manutenção preventiva e corretiva), com certeza um acidente irá acontecer, pois com o uso, é
natural que as peças, equipamentos e dispositivos de um veículo se desgastem e apresentem falhas.

Desse modo, esses acidentes serão classificados como “acidentes evitáveis” (que poderiam ser evitados
pelo proprietário do veículo) sendo o “destino” descartado como a causa.

O proprietário é o principal responsável por um acidente causado por uma falha mecânica apresentada
pelo seu veículo. Isso porque o acidente só ocorreu em razão da falta de cuidado e zelo pela conservação
e bom funcionamento dos equipamentos e dispositivos de seu veículo.
2.3. Via

Via é qualquer espaço aberto à circulação de veículos, pessoas e animais. É o local onde o cidadão exerce
seu direito constitucional de ir e vir.
2.4. Animais

Os condutores de veículos devem estar sempre atentos nas placas que advertem a possível presença de
animais na pista.

Animal na rodovia

É necessário aumentar a atenção e reduzir a velocidade do veículo nas regiões de fazendas, mata fechada
e campos abertos.

Durante a noite, ao se deparar com um animal na pista, o condutor deve usar luz baixa (farol baixo) para
permitir que o animal o enxergue – o farol alto do veículo pode ofuscar a visão do animal e fazer com que
ele tenha um comportamento imprevisível.

Animais

Se um animal, de uma hora para outra, entrar na frente do veículo, o condutor não deve dar um “golpe” no
volante para desviar, pois isso provoca a perda do controle da direção.

Antes de praticar qualquer conduta (frear, desviar, parar) em razão de um animal na pista o condutor deve
verificar, pelos retrovisores, a existência de algum veículo do seu lado ou próximo da traseira de seu
veículo – para evitar uma colisão.
Se há um animal de grande porte atravessando a pista e o condutor pretende desviar, ele deve passar
com o veículo por trás do animal, pois se o animal se assustar, normalmente, ele correrá para frente e o
risco de atropelamento será menor.

Na existência de animais na pista, o condutor do veículo não deve buzinar, pois o animal poderá se
assustar e ter uma reação diferente da esperada.
2.5. Objetos jogados nas vias

É muito comum encontrarmos objetos (latas de refrigerante e cerveja, sacos de plástico, papéis etc.)
jogados nas pistas.

Objetos na pista

Nesse caso, o condutor não deve dar golpe na direção para poder desviar (pois ele poderá perder o
controle da direção do veículo).

Ao avistar algo diferente na pista, o condutor deve reduzir a velocidade e manter firmeza no volante.

Antes de desviar de um objeto, o condutor deve verificar, por meio dos retrovisores, o trânsito ao seu lado
e atrás, para evitar colisões com outros veículos. Antes de desviar também é fundamental que o condutor
sinalize (seta ou sinal de braço) essa intenção.

Verificar tráfego pelos retrovisores

Para preservação do meio ambiente e para preservação da segurança do trânsito, os condutores,


passageiros e pedestres não devem atirar objetos nas vias públicas.
2.6. Neblina, fumaça e cerração

Sob neblina, fumaça ou cerração, o condutor deve reduzir a velocidade e acender a luz baixa do farol,
mesmo durante o dia.

Não se deve utilizar farol alto porque ele irá refletir nas partículas de água e diminuir mais ainda a
visibilidade (a luz baixa no caso de fumaça permite que o condutor tenha melhor visão da pista).

Atenção à neblina

O condutor também deve ligar o farol de neblina, caso haja em seu veículo.

Neblina e farol de neblina

Para maior segurança, o condutor deve aumentar a distância do veículo que segue à sua frente.
Se a visibilidade estiver muito comprometida e o trânsito se tornar muito perigoso, o condutor deve
procurar um local seguro (fora da pista) para imobilizar o seu veículo e aguardar. Por questão de
segurança, o condutor não deve parar no acostamento.

Neblina em via

Antes de transitar é importante verificar o funcionamento das luzes do veículo. Em casos de neblina,
fumaça ou cerração a luz vermelha das lanternas traseiras (farolete e luz de freio) serão fundamentais para
evitar colisão com o veículo de trás. Portanto, as lanternas traseiras deverão funcionar, quando for
necessário.

Neblina e luzes de freio

No caso de neblina e cerração a aderência dos pneus diminui, pois a pista fica escorregadia. Por isso é
extremamente importante reduzir a velocidade. 
2.7. Chuva

Grande parte dos acidentes de trânsito ocorre no momento em que está chovendo.

A chuva reduz consideravelmente a visibilidade dos condutores de veículos (e pedestres), diminui a


aderência dos pneus com o solo (podendo causar derrapagens, pois a pista fica mais escorregadia), pode
causar “aquaplanagem”, pode causar danos nas pistas (buracos, erosões etc.) além de formar poças de
água nas pistas (principalmente nas  que não apresentam um bom escoamento de água).

Chuva em via

Quando começa a chover (primeiros minutos) a pista fica mais escorregadia. A água da chuva espalha
toda a sujeira (areia, óleo e demais resíduos) que está na pista, fazendo com que o traçado limpo (que se
formou com o movimento dos veículos, na pista seca) se desfaça. Nesse caso, a possibilidade de
derrapagem (perda parcial de aderência dos pneus com a pista) será maior.

Após os primeiros minutos de chuva, a pista fica mais limpa, pois a água da chuva acaba “lavando-a”  e
removendo toda sujeira e resíduos que existiam sobre ela. Nesse caso o risco de derrapagem será menor,
porém, o risco de aquaplanagem vai aumentar (pois o volume de água que pode permanecer sobre a pista
será maior, além da possibilidade da formação de poças de água).

Desse modo, é muito importante reduzir a velocidade do veículo em todo o período da chuva.

Na chuva, além de transitar com velocidade reduzida, o condutor deve:

» ligar, imediatamente, o limpador de para-brisa;

» durante o dia, ligar o farol do veículo – para que os outros condutores de veículos e os pedestres possam
enxergá-lo melhor.
Chuva e faróis dianteiros

» aumentar a distância de segurança entre o seu veículo e o veículo que segue à sua frente;

» à noite, utilizar luz baixa do farol;

» manter uma pequena abertura nas janelas do veículo (aproximadamente dois dedos), para que os vidros
não embacem;

» ligar, se houver, o desembaçador (dianteiro e traseiro) de vidros;

» reduzir, consideravelmente, a velocidade do veículo;

» evitar transitar por vias movimentadas;

» aumentar a atenção no trânsito de veículos e pedestres;

» utilizar os retrovisores com mais frequência;

» se for necessário e mais seguro, parar o veículo em local seguro (fora da pista), acionar o pisca-alerta e
aguardar melhores condições de trânsito.

Se o condutor resolver parar o seu veículo (por falta de condições seguras para continuar dirigindo – o que
pode ocorrer nos casos de chuva muito forte, chuva de granizo etc.), ele não deverá imobilizá-lo no
acostamento – pois no acostamento os veículos só podem parar ou estacionar por motivo de emergência
(como prevê o Código de Trânsito).

Quando for necessário frear, o condutor deve evitar pisar no freio de forma brusca – para não causar o
travamento de rodas, evitando assim uma derrapagem.

Enfim, o condutor do veículo deve dirigir com o maior cuidado possível quando estiver chovendo!
2.8. Aquaplanagem ou hidroplanagem

A Aquaplanagem ou hidroplanagem acontece quando o pneu do veículo perde (totalmente) a aderência


com o solo – o veículo flutua sobre a água.

Ocorre a aquaplanagem porque uma fina camada de água (película de água) se coloca entre o pneu e a
pista – o pneu flutua sobre a água perdendo todo contato com a pista.

GIF Exemplo de aquaplangem

A aquaplanagem pode ocorrer com qualquer veículo e em qualquer tipo de pista.


O risco de ocorrer uma aquaplanagem varia de acordo com a aderência que os pneus apresentam, ou
seja, quanto menor a aderência dos pneus com a pista maior será o risco de ocorrer a aquaplanagem.

Portanto, para que não ocorra a aquaplanagem é necessário que o condutor utilize meios para manter uma
boa aderência dos pneus do veículo com o solo, tais como:

» calibrar adequada e periodicamente os pneus do veículo;


» não transitar com pneus em más condições de segurança (sulcos com profundidade inferior a 1,6 mm);
» fazer uma adequada divisão de peso no interior do veículo;
» utilizar apenas pneus recomendados pelo fabricante do veículo (largura, altura etc.);
» realizar rodízio dos pneus do veículo;
» realizar, periodicamente (e todas as vezes que mexer nos pneus/rodas) o balanceamento e o
alinhamento das rodas do veículo.

Causas da aquaplanagem:
» não reduzir a velocidade do veículo na chuva ou ao passar sobre poça de água (a partir de 50 km/h pode
ocorrer aquaplanagem);

» realizar uma má distribuição de peso (pessoas, bagagem e mercadoria) no interior do veículo;

» fazer uso de pneu em más condições de segurança (sulcos com profundidade inferior a 1,6 mm);

Calibragem recomendada

» transitar com pneus acima ou abaixo da calibragem recomendada;

» utilizar pneus não recomendados pelo fabricante do veículo;

» não se atentar aos “espelhos de água” (água acumulada) que se formam sobre as pistas, deixando de
reduzir a velocidade ao passar por eles.

Observações:

a) apesar de o pneu largo ter mais aderência (do que um pneu mais fino), traz um maior risco de
aquaplanagem, pois uma vez que sua área de contato com a pista é maior (do que a de um pneu mais
fino), o peso do veículo fica mais distribuído, (é como se o veículo fosse mais leve) aumentando, assim, o
risco de ocorrer a aquaplanagem.

Medidas do pneu

b) a aquaplanagem (perda total de aderência) não pode ser confundida com derrapagem (perda parcial de
aderência). No caso de barro, areia, sujeira e resíduos na pista o veículo poderá derrapar – perder
parcialmente a aderência.

O condutor sente que o seu veículo está flutuando sobre a água quando:

» ele percebe que a direção fica mais leve;


» ele percebe que o veículo não obedece aos seus comandos (virar para direita, virar para esquerda, frear
etc.);
» ele não enxerga, ao olhar no retrovisor, o rastro do pneu na pista.

Ao perceber (sentir) que o seu veículo está aquaplanando, o condutor deve:

» tirar o pé, imediatamente, do acelerador e do freio;


» não passar marcha (deixar na marcha que estiver no momento);
» não pisar na embreagem;
» manter firmeza no volante e direcioná-lo para frente (em linha reta).

Ao dirigir na chuva, observe, pelos retrovisores, se os pneus estão deixando suas marcas (rastros) pela
pista. Enquanto elas forem visíveis, de forma nítida, significa que não há tanto problema. Porém, quando o
pneu não deixa rastro pela pista é sinal que ele está perdendo (ou já perdeu) a aderência com o solo
(aquaplanagem).
 Rastro na pista

2.9. Fortes correntes de vento

O condutor do veículo deve estar atento às fortes correntes de vento, uma vez que causam o
deslocamento do veículo. Assim, quando um veículo em movimento é atingido por elas, ocorre perda de
sua estabilidade e seu condutor perde o controle da direção.

Quanto maior a velocidade, maior o perigo, pois um veículo em alta velocidade fica com a traseira
praticamente “solta” (pela interferência das correntes aerodinâmicas), tornando-se facilmente influenciável
por qualquer outra movimentação de ar que o atingir.

Os condutores de veículos mais altos também correm mais risco de perder o controle da direção. Muitos
casos de tombamento de caminhão (transportando sacos de carvão, caminhão baú etc.) já ocorreram
devido às fortes correntes de vento.

Em determinadas partes das vias públicas (rodovias em serras e montanhas, viadutos, pontes etc.) a


frequência de fortes correntes de vento é maior. Geralmente esses locais são sinalizados por placas de
advertência.

Vento Lateral

Mas como nem todo local é sinalizado, o condutor de veículo deve estar atento ao movimento das árvores
e arbustos nas laterais das pistas – que são boas referências da existência de fortes correntes de vento.

Também é importante lembrar sobre as fortes correntes de vento causadas pelo deslocamento
dos veículos de grande porte que, com suas frentes altas e largas, deslocam uma grande quantidade de ar
para os lados.

Quando essa grande massa de ar lateral (ondas de vento lateral) atinge um veículo menor que transita no
sentido oposto, provoca grandes oscilações e perda de sua estabilidade – o que leva o condutor a perder o
controle da direção.

Veículo e vento lateral

Portanto, esteja atento às placas de advertência (vento lateral), ao movimento dos veículos que transitam
no sentido oposto e aos sinais (vegetação nas laterais das pistas) de fortes correntes de vento. Nestes
casos o condutor deve manter firmeza no volante e reduzir a velocidade do seu veículo.
2.10. Ofuscamento

Várias podem ser as causas de ofuscamento (perda de visão) dos condutores de veículos, no trânsito.

O ofuscamento é grande causa de acidentes de trânsito. O condutor do veículo pode levar até 7 (sete)
segundos para voltar a enxergar, quando ocorre ofuscamento de sua visão. Numa velocidade de 80 km/h
(oitenta quilômetros por hora), 7 (sete) segundos corresponde a percorrer 154 m (cento e cinquenta e
quatro metros).

No trânsito, o ofuscamento pode ser provocado pelo farol alto (ou farol desregulado) dos veículos e pelo
sol (ao amanhecer ou entardecer).
Algumas medidas podem ser tomadas para evitar o ofuscamento e para não causá-lo aos demais
condutores de veículos.

Para não sofrer ofuscamento:

» não olhar diretamente para o facho de luz do veículo que transita no sentido oposto (o condutor deve
voltar a sua atenção para a margem direita da pista, devendo usar a faixa de acostamento ou a linha de
bordo como referência do limite lateral da pista);

» não olhar diretamente para o sol, além de utilizar o quebra-sol (pala de proteção interna) e óculos
escuros;

» utilizar o dispositivo contra ofuscamento, existente no retrovisor interno – para evitar que a luz do farol do
veículo de trás reflita em seus olhos, pelo retrovisor interno. 

Para não causar ofuscamento:

» ao cruzar com outro veículo, à noite, em rodovias, usar luz baixa (farol baixo);

» utilizar luz baixa quando transitar atrás de um veículo;

» manter sempre os faróis do veículo devidamente regulados. 

3. SITUAÇÕES DE RISCO

São as circunstâncias perigosas do trânsito. Estas circunstâncias podem ser perfeitamente previstas pelos
condutores de veículos, quando praticam a direção defensiva preventiva.
3.1. Nas ultrapassagens

Uma das colisões mais graves, que é a colisão frente a frente, acontece nas ultrapassagens.

Ultrapassagem em local proibido

Sem sombra de dúvidas, o maior perigo existente nas rodovias é exatamente o perigo de uma batida de
frente, que geralmente é causada por uma ultrapassagem inadequada ou inoportuna. Não diferente das
demais situações do trânsito, os condutores de veículos são os principais causadores desses acidentes.

É preciso muito cuidado ao ultrapassar.

Proibido ultrapassar

Também é necessário muito cuidado com os veículos que transitam no sentido oposto, pois seus
condutores podem realizar uma ultrapassagem indevida e colocar em risco a vida de muitos.

Há também uma colisão muito comum que ocorre durante as ultrapassagens: a colisão lateral. Essa
colisão acontece porque o condutor que está ultrapassando se descuida das medidas necessárias para
não colidir com o veículo que está ultrapassando ou porque o condutor que está sendo ultrapassado não
facilita a ultrapassagem.
Algumas medidas são essenciais para evitar acidentes em razão de uma ultrapassagem. O condutor de
veículo deve:

» realizar ultrapassagens somente em locais permitidos pela sinalização;

Ultrapassagem em local permitido

» quando for permitido, certificar-se se a faixa do sentido contrário está livre e se há espaço e tempo
suficiente para realizar a ultrapassagem com segurança;

» antes de ultrapassar, considerar a potência do veículo (principalmente se for uma subida – onde é
necessário mais potência do motor) e a velocidade do veículo da frente, para não correr risco quando
estiver ultrapassando;

» sinalizar a manobra de ultrapassagem com seta para a esquerda e, antes de retornar à faixa de origem,
seta para a direita;

» manter uma distância lateral de segurança, do veículo que está sendo ultrapassado;

» observar pelo retrovisor interno e externo do lado direito se é possível retornar à faixa de origem sem
interferir no trânsito do veículo que está sendo ultrapassado;

» avisar ao condutor do veículo que está sendo ultrapassado sobre a intenção de retornar para a direita da
pista, por meio da seta.

GIF Como ultrapassar

Respeito, educação e paciência são fundamentais para evitar acidentes nas ultrapassagens, pois são
qualidades de um condutor consciente dos riscos que essa manobra traz aos usuários das vias.
Vale lembrar que o condutor que está sendo ultrapassado também precisa se comportar defensivamente
adotando alguns procedimentos que visam sua segurança, bem como a segurança do condutor que está
lhe ultrapassando e dos demais usuários da via. Assim, ao ser ultrapassado, deve-se facilitar a
ultrapassagem mantendo-se à direita da pista, não aumentar a velocidade de seu veículo e, se necessário,
reduzi-la para facilitar o retorno do veículo para a direita da pista.
 
3.2. Nas derrapagens

Em determinados momentos em que o condutor utiliza o freio, ocorre a derrapagem das rodas do veículo.
Isso acontece por causa do travamento de rodas no momento da freada – que, normalmente ocorre nas
freadas bruscas.

Derrapagem do veículo

O pior é que o travamento de rodas faz a distância de frenagem (que veremos no item 3.6.2) aumentar,
além de causar a perda do direcionamento do veículo.
 
Portanto, ao perceber que a roda travou (com o barulho da derrapagem) o condutor deve aliviar (não é tirar
e nem “bombear”) imediatamente a pressão sobre o pedal do freio (para que a roda volte a girar) e manter
o veículo em linha reta (não virar a direção). Agindo assim o condutor cessa a derrapagem e a distância de
frenagem vai diminuir.
Freada brusca

Observação: o sistema de freio ABS (anti-lock brake system) evita o travamento de rodas. Assim, esse
sistema oferece mais segurança aos usuários do veículo, pois possibilita uma distância de frenagem
menor e a manutenção do controle do direcionamento do veículo.
3.3. Nas ondulações e buracos

Os buracos e ondulações existentes nas pistas podem provocar a perda do controle do veículo.

Além disso, quando o condutor passa num buraco ou em fortes ondulações, o seu veículo pode ser
danificado.

Via com ondulação

Ao se deparar com um buraco na pista, o condutor não deve dar um “golpe” no volante para desviar – isso
causa a perda de controle do veículo. Antes de desviar de um buraco, o condutor deve verificar, pelos
retrovisores, o trânsito ao seu lado e atrás, para evitar colisões com outros veículos. Antes de desviar
também é necessário sinalizar (seta ou sinal de braço) essa intenção.

Buraco

É necessário ter muito cuidado com buracos cheios de água, pois podem ser bem profundos e causar
acidentes.

Buraco com água

Ao perceber a existência de buracos na pista, o condutor deve reduzir a velocidade, pois ao passar num
buraco com velocidade mais alta, os pneus podem estourar (principalmente se estiverem subcalibrados ou
sobrecalibrados), além de existir maior possibilidade de danos no sistema de suspensão do veículo.

Passar por buracos causa “trancos” na direção – o condutor deve reduzir a velocidade e manter firmeza no
volante ao perceber a existência de buracos na pista.

O uso do freio faz com que o peso do veículo se concentre em seu eixo dianteiro. Portanto, se for
inevitável passar num buraco, não passe freando. O uso do freio durante a passagem por um buraco pode
danificar a parte dianteira do veículo além de aumentar a pressão que o impacto causa na direção (o que
pode levar à perda da dirigibilidade).

Para não perder o equilíbrio, os motociclistas não devem se manter sentados ao passar em buracos ou
ondulações (devem se levantar, um pouco, do assento da motocicleta).
Transposição de buracos

3.4. Nos cruzamentos

A maioria dos acidentes, nas vias urbanas, acontece nos cruzamentos.

O cruzamento de vias é um local de alta periculosidade. Nos cruzamentos, sempre haverá uma norma ou
uma sinalização estabelecendo de quem é a preferência entre dois) ou mais veículos.

Então, porque acontecem acidentes nos cruzamentos?

Quando dois condutores de veículos se encontram num cruzamento, uma norma de circulação ou uma
sinalização de trânsito sempre determinará qual deles terá a preferência sobre o outro. Porém, o acidente
ocorre porque o condutor que não tem a preferência, por imprudência, invade o cruzamento e o condutor
que tem a preferência, por excesso de confiança na norma ou na sinalização, não faz por onde evitar o
acidente. Portanto, a atitude imprudente de um, somada ao excesso de confiança e falta de prevenção do
outro, resultam em acidente no cruzamento.

Assim, para reduzir os riscos de acidentes nos cruzamentos, algumas medidas devem ser tomadas pelos
condutores de veículos, tais como:

» não confiar em preferência;

» respeitar a sinalização e normas de preferência;

» sempre reduzir a velocidade do veículo;

» aumentar a atenção;

» olhar primeiro para a esquerda, antes de entrar no cruzamento (pois o primeiro veículo que poderá lhe
atingir vem da esquerda);

» apoiar o pé sobre o freio, para que dê tempo de frear, se necessário;

» ter bom senso e ceder passagem aos condutores que desrespeitam as regras e a sinalização;

» arrancar com cuidado, quando o semáforo ficar verde e você for o primeiro da fila – pois os condutores
da via que cruza com a sua podem passar no semáforo que acabou de fechar para ele;

» não passar no semáforo na cor amarela – a não ser que você já esteja na zona do cruzamento;

» ter atenção nos condutores de carroças, charretes e nos ciclistas, pois muitos deles não respeitam a
sinalização (principalmente os semáforos).

Nos cruzamentos é necessário que o condutor também tenha muita atenção na travessia de pedestres. 

Travessia de pedestres

A maioria das faixas de pedestres está nas esquinas, próximas dos cruzamentos. Desse modo, além de
toda a preocupação com os demais veículos, os condutores devem zelar pela segurança absoluta dos
pedestres que, devido à localização das faixas de segurança a eles destinadas, estarão também nas
proximidades deste local tão perigoso que é o cruzamento de vias.
Redução da velocidade, aumento da atenção, respeito e bom senso são as regras básicas para se evitar
acidentes nos cruzamentos de vias.  
3.5. Nas curvas

Nestes trechos das pistas, o condutor corre o risco de o veículo deslocar-se para o lado de fora (passar
direto) ou deslocar-se para o lado de dentro da curva.

Curva em rodovia

Na curva, quando o condutor exagera na aceleração (acelera mais do que o necessário) de seu veículo,
ele corre um grande risco de perder o controle da direção e passar direto. Do contrário, quando o condutor
utiliza excessivamente o freio do veículo durante a curva ele também corre um grande risco de perder o
controle da direção, pois as rodas traseiras podem derrapar e o veículo deslocar-se para o lado de dentro
da curva.

Vejamos porque ocorrem referidos riscos:

Para ter total controle do veículo é necessário que haja uma boa aderência (atrito) de seus pneus com o
solo.

A quantidade de aderência é diretamente proporcional à quantidade de peso, ou seja, reduzindo o peso


sobre determinada roda do veículo menos aderência o pneu terá com o solo.

Quando o condutor acelera ou freia o seu veículo ocorre um fenômeno físico denominado “transferência de
massa” – que é a troca de peso entre os eixos (traseiro e dianteiro) do veículo. Ao acelerar, o peso do
veículo se transfere para o eixo traseiro levando-o a perder aderência na parte dianteira (que ficou mais
leve devido a aceleração). Ao frear, o peso do veículo se transfere para o eixo dianteiro levando-o a perder
aderência na parte traseira (que ficou mais leve devido ao uso do freio).

Transferência de massa

Por isso, nas curvas, ao acelerar mais do que o necessário, o veículo perde aderência nas rodas dianteiras
e passa direto. Ao frear com mais intensidade, as rodas traseiras perdem aderência, o veículo “joga” a
traseira para fora e, a dianteira, para o lado de dentro da curva (a traseira derrapa para fora e o carro
desloca-se para o lado de dentro da curva).

Portanto, para não perder o controle da direção do veículo, o condutor deve ter extremo cuidado ao
realizar uma curva. É necessário que o condutor:

» observe e respeite as placas de sinalização;

Respeito à placa

» reduza a velocidade (e a marcha, se necessário) com antecedência;

» utilize com cuidado o freio do veículo (imprimindo pouca força sobre o pedal de freio), se for necessário
frear na curva;
» mantenha o veículo engrenado (não usar ponto morto e não ficar com o pé na embreagem durante a
curva);

» mantenha firmeza no volante;

» mantenha uma aceleração uniforme durante a curva (a aceleração deverá ser apenas para manter a
rotação do motor e não para aumentar a velocidade);

» vire o volante de forma contínua e progressiva (sem movimentos bruscos ou repentinos);

» desvire gradativamente a direção após o alinhamento do veículo (ao término da curva).

Outro perigo oferecido pelas curvas é a falta de visibilidade do que está acontecendo na pista. Pode ser
que o condutor acabe de entrar na curva e se depare com um animal atravessando a pista, um veículo na
contramão, um pedestre ou até mesmo um acidente ocorrido. Portanto, é sempre necessário reduzir a
velocidade do veículo antes de entrar numa curva para que o condutor tenha tempo de reagir se houver
algum obstáculo na pista.
3.6. Frenagem normal e de emergência

Um veículo em movimento sempre gastará um espaço para ser completamente imobilizado por seu
condutor, quando necessário. Esse espaço que o veículo gasta para ser completamente imobilizado é
denominado “distância de parada”.

A distância de parada é a distância total que o veículo gasta para parar – que é medida desde a intenção
de parar (de seu condutor) até sua completa imobilização. Assim, a distância de parada é o resultado da
soma da distância de reação mais a distância de frenagem. Logo, ao reduzir a distância de reação ou a
distância de frenagem o condutor estará reduzindo a distância de parada de seu veículo – o que
proporcionará mais segurança, pois o risco de acidente vai diminuir.
3.6.1. Distância de reação

Distância de reação é a distância percorrida pelo veículo, contada desde o momento em que seu condutor
teve a intenção de parar até o momento em que ele pratica o primeiro ato para imobilizar o veículo.

Essa primeira distância percorrida pelo veículo (antes da utilização do freio) varia de acordo com a
habilidade, reflexos, atenção e condições físicas do condutor – um condutor embriagado, por exemplo,
gastará mais tempo para reagir frente a uma situação de perigo (o que aumentará a distância de reação
que o veículo percorrerá).

Para se ter uma ideia da distância de reação que o veículo percorre, vejamos um exemplo do que ocorre
na realidade:

» em seu estado físico normal, um condutor de veículo gastará de ¾ a 1 segundo para reagir, frente a uma
situação de risco.

» fazendo a devida conversão, transitar a 80 Km/h corresponde a transitar a 22,22 metros/segundo.

» portanto, considerando um condutor (mais habilidoso) que gaste ¾ de segundo para reagir (frente a uma
situação de perigo) em seu veículo a uma velocidade de 80 Km/h (que corresponde a exatamente 22,22
metros/segundo), 16,66 metros será a distância de reação que seu veículo percorrerá.

GIF Distância de reação


O condutor que consegue enxergar o perigo com antecedência gasta menor distância de reação. Assim, o
condutor que dirige com atenção e concentração corre menos risco de se envolver em acidentes.
Por isso, é importante que o condutor de veículo evite tudo o que possa diminuir sua concentração e
atenção no trânsito, como dirigir:

» após o consumo de bebidas alcoólicas;


» após o uso de drogas;

» após o uso de medicamentos que alterem seu estado físico;

» após ter participado, recentemente, de fortes discussões (em casa, no trabalho ou em qualquer outro
lugar);

» após ficar muito tempo sem dormir, dormir pouco ou dormir mal;

» após ingerir alimentos pesados, que provocam sonolência;

» utilizando o telefone celular;

» assistindo televisão portátil;

» ouvindo som em volume excessivamente alto;

» veículo transportando animais soltos e desacompanhados em seu interior;

» veículo transportando objetos que possam se deslocar durante o percurso;

» distraidamente, de uma maneira geral.

Concentração na direção

3.6.2. Distância de frenagem

Frenagem ou distância de frenagem é a distância que o veículo percorre para parar após o condutor ter
acionado o seu freio.

Tempo de parada

Essa distância varia de acordo com a velocidade, a aderência dos pneus e as condições do freio do
veículo, ou seja:

» quanto maior a velocidade maior a distância de frenagem;

» quanto menor a aderência maior a distância de frenagem;

» quanto pior as condições do freio maior a distância de frenagem.

A aderência dos pneus varia de acordo com:

» a velocidade do veículo (quanto maior a velocidade menor a aderência de seus pneus com o solo);

» o tipo de solo onde trafega o veículo (quanto mais áspero o piso, maior será a aderência);

» o clima (chuva, fumaça, neblina, orvalho, cerração e neve diminuem a aderência);

» o pneu (a profundidade de seus sulcos, a calibragem, a temperatura e a largura dos pneus influenciam
na quantidade de sua aderência);
» o peso do veículo (aumentando o peso a aderência irá aumentar).

Para se ter uma ideia da distância de frenagem que um veículo percorre, vejamos um exemplo do que
ocorre na realidade:

Numa velocidade de 80 Km/h (oitenta quilômetros por hora), pista seca, pneus em bom estado e freio em
boas condições de uso, um carro percorre uma distância aproximada de 50 m (cinquenta metros) para
parar, depois que seu motorista pisa no freio. Assim, um veículo a 80 km/h (oitenta quilômetros por hora)
percorrerá 50 m (cinquenta metros) de frenagem.

Portanto, para diminuir a distância de frenagem, o condutor deve transitar em velocidade moderada, zelar
por uma boa aderência dos pneus de seu veículo e manter o freio em excelentes condições de uso.
3.6.3. Frenagem de emergência

Haverá momentos em que o condutor precisará imobilizar seu veículo num menor espaço possível. E para
essa frenagem de emergência ocorrer de forma eficiente e segura, algumas providências devem ser
tomadas pelo condutor do veículo, tais como:

» decidir o que fazer de forma rápida, quando precisar parar o veículo;

» passar o pé do acelerador para o freio o mais rápido possível;

» ao parar, pisar primeiro no pedal do freio para depois pisar no pedal da embreagem;

» manter o freio do veículo em boas condições de uso (conferir pastilhas, fluido de freio etc.);

Fluido de freio

» destravar as rodas, caso ocorra o travamento no momento da freada;

» sentar-se adequadamente no banco do veículo – de forma a alcançar devidamente os pedais, quando


necessitar;

» regular devidamente o banco do veículo – também para melhor utilização de seus comandos;

Regulagem do banco do veículo

» manter firmeza no volante e o veículo em linha reta ao frear;

» estar atento à movimentação de tudo que ocorre à frente;

» estar atento à movimentação dos pedestres, principalmente nas proximidades de cruzamentos;

Atenção à movimentação na via

» posicionar adequadamente as mãos no volante;

» estar atento às placas e demais sinais de trânsito.


Placa atenção reduza a velocidade

Com a adoção dessas providências, o risco de se envolver em acidentes irá diminuir consideravelmente.
3.7. Passagens de nível (cruzamentos com ferrovias)

Todo condutor de veículo é obrigado a parar antes de transpor uma passagem de nível – essa é a regra.

A maioria das passagens de nível nas cidades é sinalizada por placas de advertência. Ao verificar uma
placa de advertência de passagem de nível o condutor deverá reduzir a velocidade, pois terá que parar o
seu veículo. 

Trem e cruzamentos

Assim que o condutor parar o seu veículo, antes de transpor uma passagem de nível, ele deverá observar
cuidadosamente se é possível transpor a ferrovia sem nenhum risco de acidentes.

Caso os vidros do veículo estejam fechados, é aconselhável abri-los para ouvir melhor o barulho indicando
a aproximação de uma locomotiva. Também deve ser desligado o rádio, para uma melhor percepção
auditiva (se for necessário, desde que não comprometa a segurança, o condutor deve desligar o motor do
veículo).

À noite, é aconselhável desligar o farol do veículo para verificar se há aproximação de uma locomotiva pela
forte luz de seu farol.

Enfim, os condutores de veículos devem seguir a antiga e eficaz recomendação àqueles que irão transpor
uma ferrovia, qual seja: Pare, Olhe e Escute.

Cruzamento via férrea

3.8. Declives

O perigo de um declive está, basicamente, na perda do controle da direção do veículo.

Os declives mais perigosos geralmente são sinalizados por meio das placas de advertência. Porém, é
necessário lembrar que a sinalização pode não estar em boas condições de visibilidade devido à
vegetação que a encobriu, devido ao seu desgaste natural, devido à atitude de vândalos (que a
quebraram, nela picharam etc.) ou por causa de qualquer outro motivo.

Declive

Também há declives que não são sinalizados por placas de advertência.

Algumas medidas podem e devem ser tomadas pelos condutores de veículos, para não se envolverem em
acidentes ou situações de risco nos declives.

Os condutores devem:
» testar o freio do veículo antes do declive (o teste do freio deve ser feito logo após avistar a placa que
adverte o declive);

» transitar com mais cuidado e atenção por pistas desconhecidas, pois nem todo declive será sinalizado
por placas;

» no declive, ter atenção (por meio dos retrovisores) no deslocamento dos veículos que transitam atrás,
pois ao perceber algum movimento anormal de algum desses veículos, o condutor deverá deslocar-se o
máximo para a direita, deixando a esquerda livre;

» manter o veículo engrenado por todo o declive – utilizar o “freio-motor”.

Para alguns condutores, o declive acaba sendo um local para que possam “pegar embalo” com seus
veículos. Essa atitude é extremamente perigosa, pois assim como todas as peças do veículo, o freio pode
falhar e o condutor perderá o domínio sobre seu veículo, causando um grave acidente.
4. ABORDAGEM TEÓRICA DA CONDUÇÃO DO VEÍCULO COM PASSAGEIROS E OU CARGAS

Para manutenção da segurança, alguns cuidados devem ser tomados, pelo condutor, ao conduzir veículo
com passageiros ou com carga.
4.1. Condução do veículo com passageiros

O cinto de segurança deve ser utilizado ao transitar em qualquer via pública, até nos locais onde não
haja fiscalização por policiais (como nas estradas de terra), pois o que importa é a eficácia do cinto de
segurança. Assim, o condutor e todos os passageiros devem usar o cinto de segurança.

As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não tenham atingido 1,45m (um metro e quarenta e
cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo de retenção
adequado para cada idade, peso e altura.

Criança na cadeirinha

O condutor nunca deve permitir o transporte de crianças no colo de adultos, pois além de ser proibido é
muito perigoso.

As condições de uma viagem podem afetar o sistema nervoso das crianças e causar vômitos, insônia, falta
de apetite, agitação, irritabilidade e nervosismo. A divisão de uma viagem prolongada em etapas (duas ou
mais) ameniza a situação. Paradas, de 15 (quinze) a 20 (vinte) minutos, a cada 2 (duas) horas de viagem,
também serão fundamentais para reduzir o estresse e a ansiedade que uma viagem prolongada causa às
crianças. Uma boa alternativa para distração e redução da ansiedade das crianças é a utilização de
televisor portátil com exibição de filmes, desenhos e programas infantis, no veículo.

Televisor portátil

Pessoas idosas merecem cuidados especiais. Se o veículo é de 2 (duas) portas, o idoso deve ser
acomodado no banco da frente – o que facilita a sua entrada e saída do veículo. Para veículos de 4
(quatro) portas, o idoso deve ser acomodado no banco traseiro (lateral), para maior segurança.

Idoso e sua acomodação no veículo

O condutor deve evitar que os passageiros se alimentem dentro do veículo em movimento, pois além de
ser perigoso engasgar (principalmente com líquidos), os alimentos podem cair e dispersar a sua atenção.
O condutor do veículo deve orientar os passageiros para que não atirem nada pelas janelas do veículo.
Objetos lançados pela janela podem causar acidentes com os demais usuários das vias, além de poluir o
meio ambiente. Por este motivo, os  condutores devem manter pequenos sacos de lixo no interior do
veículo para devida utilização.

Quem conduz o veículo necessita de atenção no trânsito a todo instante e não deve se distrair por causa
dos passageiros.

O condutor deve ponderar os “palpites” dos passageiros, sobre o que fazer no trânsito.

O condutor deve zelar pelo uso do cinto de segurança por todos os passageiros, inclusive os que não
gostam de utilizá-lo.

O cinto de segurança deve ser usado de forma correta (não pode passar pelo pescoço). Assim, o condutor
deve conferir se todos os passageiros colocaram o cinto de segurança de forma adequada e realizar a
devida regulagem (se houver) quando for necessário.

Regulagem do cinto de segurança

A capacidade máxima de transporte deve ser obedecida, o condutor jamais deve transportar passageiros
em número superior à capacidade do veículo. 

Quando o passageiro pedir para parar o veículo, o condutor não deve parar repentinamente e sem os
devidos cuidados com os condutores de veículos que transitam atrás.

O condutor não deve deixar as janelas do veículo totalmente abertas, durante o transporte de crianças.

As portas do veículo deverão estar trancadas durante todo percurso. Para as crianças não abrirem as
portas traseiras do veículo, deve ser utilizado o dispositivo que permite a abertura apenas pelo lado de fora
do veículo.

O condutor é responsável pela segurança dos passageiros que está transportando no veículo.
4.2. Condução do veículo com cargas

Os objetos devem ser colocados no porta-malas de maneira que o peso seja distribuído e não
sobrecarregue um só lado do veículo, para não interferir na estabilidade.

Acomodação de carga no porta-malas

Também é importante acomodar os objetos de forma que não seja necessário esvaziar todo o porta-malas
para ter acesso ao estepe e às ferramentas, quando for necessário.

Objetos não devem ser transportados soltos no interior do veículo, junto com os passageiros. Com os
passageiros só podem ser transportados os objetos que não causam risco de machucá-los, em casos de
freadas fortes, colisões e capotamento do veículo – blusa de frio, casacos etc.

Roupas que serão transportadas no interior do veículo não devem obstruir o ângulo de visão, pelo
retrovisor, do condutor.

Ao transportar carga no bagageiro, o condutor deve lembrar que a dinâmica do veículo será alterada – o
bagageiro interfere na estabilidade do veículo, além de aumentar o consumo de combustível. Na utilização
do bagageiro, o condutor deve sempre estar atento ao aumento de peso e altura do veículo, o que exigirá
mais cuidado, principalmente nas curvas e em situações de fortes correntes de vento.
Carga no bagageiro

Animais domésticos nunca devem ser transportados soltos dentro do veículo. Animais soltos podem se
deslocar de um lado para o outro, tentar pular pela janela, subir no colo do motorista ou terem outras
reações que desviem a sua atenção. Os animais devem ser transportados no banco de trás, amarrados
por cintos especiais de segurança ou presos nas pequenas caixas de transporte – para não tirar a atenção
(no trânsito) do condutor do veículo e para própria segurança deles.

Transporte adequado de animais

Nos caminhões nunca deve ser transportada uma quantidade de carga superior à sua capacidade. O
condutor também deve zelar pela adequada distribuição de peso da carga na carroceria do caminhão
(mesmo quando a quantidade de carga não ocupar toda a carroceria do veículo) para manutenção de sua
estabilidade.

A carga deve ser devidamente amarrada no veículo, para não ter perigo de cair e provocar um acidente.

Se for necessário rebocar outro veículo, deve ser utilizado um “cambão”. É proibido utilizar corda, corrente,
cabo de aço ou qualquer outro cabo flexível para esse fim, pois além do perigo de se soltar, o veículo
rebocado pode colidir com o veículo da frente (além do risco para os demais motoristas que podem não
perceber que o veículo está sendo rebocado e, numa ultrapassagem, tentarem se colocar entre os dois
veículos).

É proibido (porque é extremamente perigoso) o transporte de carga (seja qual for) nas partes externas do
veículo.

Reboque de outro veículo

Também é proibido (e perigoso) o transporte de carga que ultrapasse a largura ou o comprimento do


veículo.

Zelar pela segurança de todos os usuários da via é uma das responsabilidades de quem efetua o
transporte de carga.
5. COMO EVITAR ACIDENTES

Diariamente as ações das pessoas, por mais simples que sejam (descer uma escada, trocar uma lâmpada,
descascar uma laranja etc.), geralmente lhes trazem algum tipo de perigo (que, em grande parte,
corresponde a um perigo individual).

Acidente de trânsito
E o que dizer do perigo relacionado ao ato de colocar um veículo (máquina extremamente pesada) em
movimento junto com vários outros (com seus diversos condutores, cada qual com seu objetivo e interesse
individual) e perto, a todo instante, de várias pessoas que se movimentam pelas vias?

Caminhão em rodovia

Sem dúvida, trata-se de uma das ações que mais gera riscos de acidentes e cujo perigo é coletivo.

Pessoas na faixa de pedestres

O pior é que muitos condutores, apesar de conscientes sobre os perigos de se conduzir um veículo pelas
vias públicas, ignoram os riscos ou consideram-se diferenciados e imunes aos acidentes – deixando de
tomar os cuidados necessários à segurança do trânsito. E é por esse motivo que ocorre a maioria dos
acidentes de trânsito.

Riscos de acidentes - notícias

5.1. Principais causas de acidentes

Como exposto anteriormente e, com a devida confirmação das pesquisas realizadas pelos Órgãos
Públicos, 90% dos acidentes de trânsito, lamentavelmente, ocorrem por culpa dos condutores de veículos,
em razão de atos inseguros por eles praticados. Por isso, não é correto afirmar que acidentes acontecem
por acaso, por obra do destino ou por azar (como muitos dizem).

Portanto, podemos afirmar que a maioria dos acidentes de trânsito (em nosso país) são acidentes evitáveis
(aqueles em que os condutores deixaram de fazer tudo o que, razoavelmente, poderiam ter feito para
evitá-los).

As espécies de atos inseguros, praticados pelos condutores de veículos, são:

 » Imperícia - falta de habilidade (exemplo: não saber fazer controle de embreagem etc.);

 » Imprudência - falta de moderação, falta de cautela – é praticar atos contrários às normas de conduta e
segurança (exemplo: avançar sinal fechado, ultrapassar em local proibido etc.);

Imprudência

» Negligência - descuido, desleixo, desatenção – omissão quanto às normas de conduta e segurança


(exemplo: dirigir em estado de embriaguez alcoólica, utilizar veículo com pneus em péssimas condições de
segurança etc.).
Ato inseguro

Dentre as principais causas de acidente de trânsito, em nosso país, temos:

1º - falta de atenção dos condutores;

2º - velocidade excessiva;

3º - não manter distância de seguimento (do veículo que segue à frente);

Distância de seguimento

4º - desobediência à sinalização;

5º - ultrapassagem proibida ou indevida;

6º - dirigir sob efeito de álcool ou substância entorpecente;

7º - dormir na direção do veículo;

- Além das causas de menor reincidência.

Sim! É possível reduzir consideravelmente o número de acidentes de trânsito! Para isso, é fundamental
conduzir o veículo de forma defensiva, correta e responsável, utilizando a inteligência e, principalmente, o
bom senso, a educação e o respeito pela própria vida, bem como pela vida e sentimento dos semelhantes
que transitam pelas vias públicas.
5.2. Efeitos dos acidentes

Os efeitos dos acidentes são:

 danos materiais: despesas com oficina mecânica, oficina de lanternagem, peças, perda de renda,
afastamento do trabalho etc.

Danos materiais
 danos pessoais: ferimentos, incapacidade temporária, incapacidade permanente parcial, incapacidade
permanente total, morte, dano moral, dor, sofrimento, dano estético, perda de motivação para a vida,
desestruturação da família etc.

Danos pessoais

“Depois do acidente, em que atropelei e matei aquele garotinho que entrou de bicicleta, de uma vez, na frente
mais dirigir, mesmo sabendo que eu não tive culpa”
(palavras de um motorista de uma empresa de ônibus da região centro-oeste de Minas Gerais)

5.3. Formas de evitar

De um modo geral, podemos dizer que para evitar acidentes o condutor de veículos deve:
 conhecer e considerar sua própria capacitação e limitação;
 dirigir somente quando estiver em perfeitas condições físicas e emocionais;
 estar atento às condições das vias;
 manter o veículo em ótimas condições de uso e segurança (realizar inspeção e manutenção preventiva,
periodicamente);
 ter conhecimentos básicos sobre o funcionamento de seu veículo e seu comportamento nas diversas
situações de trânsito (inclusive sobre os fenômenos físicos e corpos);
 ponderar a velocidade que está sendo utilizada no veículo;
 ter atenção no movimento dos demais veículos e pedestres;
 ter conhecimento sobre normas de circulação e sinalização;
 ter respeito e educação ao se relacionar com as diferentes pessoas no trânsito;
 considerar os possíveis erros e limitações dos demais usuários das vias públicas;
 conhecer e praticar as técnicas de segurança frente às condições adversas do trânsito, das vias, dos
pedestres e do seu próprio veículo.
 cumprir os deveres de um condutor de veículo, estabelecidos na legislação de trânsito.

Livro do CTB

5.4. Procedimentos específicos

Para evitar acidente com o veículo que segue à frente:

 manter distância do veículo que segue à frente (2 segundos, quando na direção de um veículo de
pequeno porte e 4 segundos em casos de chuva e quando na direção de um veículo de grande
porte);

Distância segura

 ter atenção nos sinais do veículo à frente (seta, luz de freio, luz de ré, pisca-alerta etc.);

Atenção aos sinais dos veículos à frente

 saber frear (não frear com força e de uma vez para a roda não travar); 
 manter o freio do veículo em boas condições de uso (conferir nível do óleo de freio, estado das
pastilhas de freio etc.); 
 ter atenção difusa (principalmente no que está acontecendo bem mais à frente do veículo que
transita à frente);
 ao parar, pisar primeiro no freio para depois debrear (pisar no pedal da embreagem).
Para evitar acidente com o veículo que transita atrás:

 evitar freadas bruscas (ao parar, procurar utilizar o freio de forma suave e gradativa); 
 usar, a todo o momento, os retrovisores (uso recomendado: a cada 5 segundos); 
Uso constante dos retrovisores

 sinalizar as intenções; 
 planejar as ações e o itinerário com antecedência (não praticar atos repentinos); 
 quando for necessário imobilizar o veículo, parar sempre fora da pista de rolamento (nunca parar
no meio da pista e nem em fila dupla); 

Imobilizar veículo

 tomar a iniciativa para se livrar dos condutores que transitam bem próximo da traseira do veículo
induzindo uma ultrapassagem (quando houver condições seguras) por meio do deslocamento e
seta para a direita; 
 manter as luzes das lanternas traseiras (farolete, luz de freio, seta, ré e pisca-alerta) em perfeitas
condições de funcionamento.
Para evitar acidente frontal (frente a frente) com outro veículo:

Colisão frontal

 transitar mais à direita de sua mão de direção (não “comer” a faixa central, que divide os sentidos
da pista); 

Transitar mais à direita de sua mão de direção

 ultrapassar somente quando houver segurança;


 ter atenção no trânsito dos veículos do sentido oposto;
 atingir o ponto central dos cruzamentos em determinadas conversões à esquerda e fechar bem as
conversões à direita, para não invadir a contramão.

 As consequências de um acidente não são previsíveis, portanto, previna-se.

6. CUIDADOS NA DIREÇÃO E MANUTENÇÃO DOS VEÍCULOS

Dirigir com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito é dever de todo condutor de
veículo. Além dos cuidados na direção, para evitar acidentes de trânsito é necessário que os condutores e
proprietários realizem periódicas manutenções preventivas e necessárias manutenções corretivas em seus
veículos.
6.1. Cuidados na direção

Infelizmente, é grande o número de pessoas que coloca o veículo em movimento sem ter total
conhecimento sobre o funcionamento de todos os seus equipamentos, sistemas e dispositivos.

Conduzir um veículo vai muito mais além do que simplesmente colocá-lo em movimento.
Conduzir um veículo é ter conhecimento sobre:

Utilização e funcionamento do veículo

» o funcionamento e utilização de todos os seus equipamentos;

» o significado de todos os sinais e símbolos de seu painel de instrumentos;

Atenção: Veja os símbolos do painel de instrumentos, assim como seus significados em nosso
infográfico!

» as necessidades básicas para o funcionamento do motor (água, óleo etc.);


» os cuidados com os sistemas importantes para evitar situações de perigo (sistema de freio, suspensão,
direção, iluminação dentre outros);

» o tempo recomendável para a troca das peças fundamentais à manutenção da segurança (pneu,
amortecedor etc.);

» dentre outros conhecimentos importantes para o bom funcionamento do veículo e, consequentemente, a


manutenção da segurança do condutor e demais usuários do veículo.

Daí a importância de se realizar uma leitura completa do “manual do veículo” – e seguir todas as suas
recomendações (feitas por especialistas).

Leitura do manual do veículo

Para “conduzir” um veículo também é necessário que o seu condutor tenha amplo conhecimento sobre
normas e sinalização de trânsito, sobre os seus deveres, bem como as técnicas de direção defensiva.

Também é essencial que o condutor não tenha pressa e esteja em perfeitas condições físicas e
psicológicas para conduzir seu veículo pelas vias públicas.

Portanto, conduzir veículo é um ato sério que requer amplo conhecimento e muita responsabilidade. Trata-
se, pois, de um ato que envolve a vida de várias pessoas, inclusive a do próprio condutor.
Responsabilidade ao conduzir

6.2. Manutenção dos veículos

Sem sombra de dúvidas, quando se fala em “segurança no trânsito” não há como deixar de falar sobre a
importância da “manutenção periódica e preventiva dos veículos”.

Para um trânsito seguro, é fundamental que o veículo esteja em perfeito estado de conservação e
funcionamento. Para isso, a realização periódica de manutenções preventivas é fundamental.

Todos sabem que os componentes, sistemas e peças de um veículo se desgastam com o uso. O desgaste
de um componente pode prejudicar o funcionamento de outros, comprometendo o funcionamento do
veículo e a segurança de seus ocupantes. E isso pode ser perfeitamente evitado observando-se a vida útil
e a durabilidade (estabelecida pelos fabricantes) dos dispositivos e peças do veículo.

Daí a importância das manutenções preventivas, pois visam “prever possíveis defeitos nos componentes e
peças do veículo” para antecipação da substituição ou do reparo.

Desse modo, para manter o veículo em condições seguras para o trânsito é importante criar o hábito de
realizar, periodicamente, a manutenção preventiva. Ela é fundamental para minimizar o risco de acidentes
de trânsito.

A “revisão” é um tipo de manutenção preventiva. Deve ser feita de acordo com as recomendações do
fabricante do veículo – em geral, a cada 10.000 Km.

Também é necessário destacar a importância de uma manutenção corretiva. Esse tipo de manutenção
visa “consertar os defeitos” apresentados pelo veículo.

É importante lembrar que para manutenção da segurança, o proprietário do veículo deverá consertar o
defeito tão logo seja constatado. Jamais o proprietário deve deixar “juntar” defeitos para depois consertar
tudo – conduta contrária às técnicas de direção defensiva, embora muito comum dentre vários
proprietários de veículos.

Além da manutenção preventiva e corretiva, é importante que o próprio condutor realize uma simples
inspeção visual no veículo, para certificar:

» se os faróis estão funcionando e se não estão desregulados;

Funcionamento dos faróis da moto

» se as lanternas (dianteira e traseira), setas, luz de freio e luz de ré não estão queimadas;

» o funcionamento do desembaçador de vidros;

» o estado das palhetas do limpador de para-brisa;

Verificar palhetas do limpador de para-brisa

» se o nível de óleo do sistema de lubrificação, sistema de freio e do sistema de transmissão está dentro
do recomendado;
Atenção: Veja quais são os componentes do sistema de lubrificação, assim como suas funções em
nosso infográfico!

» se existe água no sistema limpador de para-brisa;

Água no sistema limpador de para-brisa

» se o nível de água do sistema de refrigeração está dentro do recomendável;

» se os pneus estão devidamente calibrados;

Pneus devidamente calibrados

» se a buzina está funcionando;

» dentre outras pequenas e fáceis observações.

Um veículo em boas condições de funcionamento e em bom estado de conservação atenderá, fielmente,


os comandos de seu condutor – o que irá reduzir riscos de acidentes de trânsito.
7. CUIDADO COM OS DEMAIS USUÁRIOS DA VIA

Para a segurança do trânsito, os motoristas e motociclistas devem ter uma atenção difusa e muito cuidado
com os demais usuários das vias.

A seguir, veremos algumas importantes técnicas que visam aumentar a segurança do próprio condutor do
veículo bem como de todos aqueles que transitam junto com ele pelas vias públicas.
7.1. Pedestres

O condutor de veículo deve respeitar os pedestres e sempre lembrar que, em determinados momentos, ele
também será um pedestre que transitará pelas vias públicas e terá o mesmo direito de ser respeitado pelos
condutores de veículos.

Uma das prioridades do Código de Trânsito Brasileiro foi exatamente “zelar pela integridade física e vida
dos pedestres”, haja vista o grande número de atropelamentos, com vítimas fatais, que vem ocorrendo por
todo país.

Por isso, no Código de Trânsito está prevista a seguinte regra: “em ordem decrescente, os veículos de
maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres”.
Portanto, os condutores de veículos (obrigados a zelar pela segurança dos pedestres) além de estarem
atentos aos locais sinalizados por faixa de pedestre, devem:
» ter atenção e cuidado com os pedestres que transitam distraídos pelas vias públicas;

Pedestre distraído

» ter atenção e cuidado com os pedestres que desrespeitam a sinalização de trânsito;

» ter paciência com os pedestres que abusam da prioridade que têm;

» reduzir a velocidade e aumentar a atenção ao aproximar-se de escolas, procissões, portas de templos


religiosos, praças e demais locais onde haja aglomeração de pessoas;

» reduzir a velocidade e aumentar a atenção ao aproximar-se de um cruzamento de vias;

» dirigir sempre atento ao movimento de pedestres nas vias públicas.

Também é necessário que o condutor tenha cuidado com as crianças próximas às pistas, pois elas podem
ter atitudes inesperadas e serem causas de atropelamentos.

Crianças brincando

A buzina do veículo não deve ser utilizada quando o condutor de veículo se depara com um pedestre
distraído na pista, pois ela pode assustá-lo fazendo com que ele tenha uma reação inesperada.

O condutor deve verificar se o pedestre, que está prestes a atravessar, está lhe enxergando – para isso o
condutor deve olhá-lo nos olhos.

À noite, há pedestres que transitam de roupas escuras, dificultando para o condutor lhes enxergar – o
condutor deve transitar com mais atenção e em menor velocidade.

Saiba que, a noção de tempo, espaço e perigo que um condutor de veículo tem não é a mesma que tem
um pedestre. Portanto, não espere que o pedestre aja como você agiria se fosse ele – preveja o pior,
pratique a direção defensiva preventiva.
7.2. Condutores de veículos não automotores

Os motoristas e motociclistas devem ter atenção e cuidado com o trânsito de veículos não automotores.

Condutores de veículos não automotores

É importante lembrar que a maioria dos condutores de bicicletas, carroças, charretes e carrinhos de mão


(produtos recicláveis, picolé, sorvete etc.) nunca tiveram a oportunidade de conduzir um carro ou uma
moto (e saber sobre as particularidades da condução desses veículos) e que muitos nunca estudaram
sobre normas de trânsito ou participaram de um curso de direção defensiva (até porque, não é obrigatório
para eles).

Portanto, os motoristas e motociclistas devem sempre lembrar disso, principalmente quando se deparam
com atitudes “sem noção” praticadas por eles (que, por falta de oportunidade, realmente não têm
conhecimento das consequências de alguns de seus atos, no trânsito).

Prática de conduta perigosa

Desse modo, os motoristas e motociclistas devem respeitar as limitações desses condutores de veículos,
ter paciência e zelar pela segurança deles:

» não transitando próximo de referidos veículos;

» mantendo uma distância de segurança (aproximadamente um metro e meio) quando for ultrapassá-los;

Ciclista

» tendo cuidado com as condutas repentinas praticadas por eles;

» não buzinando, pois podem se assustar e terem uma reação diferente da esperada;

» prevendo como podem se comportar nas vias públicas, considerando suas limitações. 
8. ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR

As condições físicas e mentais dos condutores interferem diretamente na segurança do trânsito.

Pessoas estressadas tendem a se comportar de forma imprudente no trânsito.

O cansaço reduz a capacidade de reagir rapidamente frente a uma situação de risco, pois causa perda da
concentração e dos reflexos.

Cansaço ao dirigir

Pessoas que dirigem com dores, em alguma parte do corpo, tendem a apresentar ansiedade para chegar
logo ao seu destino – o que leva a aumentar a velocidade do veículo e a ignorar condutas de segurança.

Dirigir logo após passar por uma forte discussão (em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar) não é
recomendável, pois a pessoa, psicologicamente abalada, tende a se comportar de forma agressiva no
trânsito.

A pressa também é outro fator que interfere no comportamento dos condutores de veículos que, para
chegarem mais rápido, infringem as normas de segurança no trânsito.

O uso de certos tipos de medicamentos (como os analgésicos e antialérgicos, por exemplo) pode reduzir
os reflexos e interferir na habilidade dos condutores de veículos, pois podem causar sonolência.

Uso de medicamentos
A ingestão de bebida alcoólica ou substâncias psicoativas altera a percepção, a coordenação motora e a
capacidade de autoavaliação.

Uso de bebida alcoólica

Desse modo, antes de conduzir o veículo, é extremamente importante que o condutor realize uma
avaliação honesta sobre seu estado físico e mental, a fim de certificar-se se o ato de dirigir não lhe trará
nenhum risco e nem colocará em risco a vida dos demais usuários da via pública!
8.1. Consequências da ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias psicoativas (drogas)

Grande parte dos acidentes graves está relacionada com a ingestão de bebida alcoólica e substâncias
psicoativas (que causam dependência) pelos condutores dos veículos.

O álcool e as substâncias psicoativas alteram o comportamento e a consciência das pessoas, pois agem
diretamente no sistema nervoso central alterando a função cerebral. Pessoas que utilizam essas
substâncias ao dirigir, geralmente apresentam atitudes inconsequentes no trânsito.

Ao dirigir sob a influência de álcool ou substâncias psicoativas:

» o tempo de observação que o condutor gastará para avaliar situações do trânsito (mesmo as mais
comuns) será maior;

» o condutor perde a noção de perigo;

» o condutor fica impossibilitado de sair de uma situação de perigo ocorrida repentinamente (pois ele perde
a capacidade de agir com rapidez);

» o condutor apresenta falta de atenção ou atenção num só ponto (o que reduzirá sua capacidade de
desviar a atenção para fatos relevantes que estejam ocorrendo em outros pontos da via);

» o condutor perde a concentração e coordenação motora, fundamentais para dirigir com segurança;

» a noção de espaço, tempo e distância (fundamental para um condutor de veículo) torna-se imprecisa;

» o condutor se torna agressivo e transita com velocidade incompatível, realiza manobras arriscadas,
avança sinal vermelho dentre várias outras condutas imprudentes.

Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência
é infração gravíssima cuja penalidade será de multa (no valor de R$ 2.934,70) e suspensão do direito de
dirigir por 12 (doze) meses.

Essas penalidades sequer se aproximam das consequências mais graves que podem ocorrer quando se
conduz um veículo sob influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa, tal como a morte
do condutor do veículo e de várias outras pessoas inocentes.

Portanto, já que você também é um condutor de veículo, reflita sobre o que foi exposto acima e faça a sua
parte!
8.2. Substâncias contra o sono

Há condutores de veículos que fazem uso de medicamentos e substâncias (guaraná em pó, café etc.) para
espantar o sono. Esse tipo de conduta não é segura! Pelo contrário, traz um grande risco de acidentes.

Após a ingestão desse tipo de medicamento ou substância, o condutor reduz apenas por alguns
instantes o seu estado de sonolência. Porém, a necessidade de sono do cérebro não para de aumentar de
forma que, quando o efeito do medicamento (ou da substância) passa, o condutor dorme de uma só vez –
ele não chega nem a cochilar.

Alguns condutores de veículos relatam que “ao passar o efeito do medicamento sentiram como se
tivessem levado uma pancada na cabeça e logo adormeceram na direção, se envolveram num acidente”.

Aos primeiros sinais de sono (esforço para manter os olhos abertos, cabeça pesada e bocejos com
frequência) procure um local seguro para descansar – até que você se recupere.
9. NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

Para regulamentar o comportamento dos condutores de veículos e garantir a segurança pública foi
previsto, no Código de Trânsito Brasileiro, um capítulo que estabelece as normas de circulação e conduta,
a serem cumpridas por todos os condutores de veículos.

Referidas normas só irão prevalecer se não houver sinalização de trânsito determinando o contrário, pois
existe uma ordem de prevalência (uma hierarquia) entre a sinalização e as normas de trânsito, que é a
seguinte:

1º - as ordens do agente de trânsito prevalecem sobre as normas de circulação e outros sinais de trânsito;

2º - as indicações do semáforo prevalecem sobre os demais sinais de trânsito;

3º - as indicações dos sinais de trânsito prevalecem sobre as demais normas de trânsito.

Vejamos agora o que dizem as normas de circulação e conduta, contidas no Código de Trânsito Brasileiro.
9.1. Normas gerais

Os usuários das vias terrestres devem:

a) deixar de praticar atos que possam constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de
pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;

b) não obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou
substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.

Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as
boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da
existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino.

Combustível no veículo

O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito.

A circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas.

O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem
como em relação ao bordo (canto) da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas.

Distância de segurança na via


Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita
destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte (quando não houver faixa especial
a eles destinada) e as da esquerda destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior
velocidade. 
Pista de rolamento
O trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos só poderá ocorrer para que se
adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento.
Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável (semáforo na cor verde), nenhum
condutor pode entrar em uma interseção (cruzamento) se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar
o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal.

Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no leito viário, em situação de
emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de advertência (com o triângulo de
segurança e o pisca-alerta).

É obrigatório o uso do cinto de segurança para o condutor e os passageiros, em todas as vias do território
nacional.

Em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos
menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Ciclo da responsabilidade no trânsito

9.2. Normas para veículos especiais

Os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as demais normas de


circulação.

Cruzamento em faixas com indicação

Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação


de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre
circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de
presevação da ordem pública, observada as seguintes disposições:

- quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente estiverem acionados,


indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da
esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário;
- os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz intermitente, deverão aguardar no passeio e
somente atravessar a via quando o veículo já tiver passado pelo local;
- o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando
da efetiva prestação de serviço de urgência;
- a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os
devidos cuidados de segurança.
Observações:
 as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplicadas somente quando os veículos
estiverem identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente;
 a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os veículos estiverem
identificados por dispositivos regulamentares de iluminação intermitente;
 deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação
vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização
de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados, constitui infração média com penalidade de
multa;
 referidos veículos, de forma exclusiva, poderão utilizar lanternas especiais de emergência que
emitem luz de cor azul quando em efetiva prestação do serviço de urgência e devidamente
identificados.
 

Ambulância e prioridade no trânsito

Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública (energia, água, telefonia etc.), quando em
atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
devidamente sinalizados e identificados – por lâmpadas amarelas (âmbar) intermitente ou rotativa.

Veículos prestadores de serviçoes de utilidade pública

Os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os demais.

Cruzamento em passagem de nível

9.3. Normas de ultrapassagem

A ultrapassagem por outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização
regulamentar e as demais normas de trânsito, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver
sinalizando o propósito de entrar à esquerda.
Sinalizar ao ultrapassar

Todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que:

a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;

b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassar um terceiro;

c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua manobra não o
ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário.

Todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:

a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou
por meio de gesto convencional de braço;

b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral
de segurança;

c) retomar, após a efetivação da manobra, à faixa de trânsito de origem, acionando a luz indicadora de
direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não
pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou.

Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá:

a) se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha;

b) se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a
marcha.

Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter distância suficiente entre si para permitir que
veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança.

O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte coletivo que esteja parado,
efetuando embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção
redobrada ou parar o veículo visando a segurança dos pedestres.

O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de direção e pista única, nos
trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos
e nas travessias de pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem.

Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar ultrapassagem.


9.4. Normas para a realização de manobras

O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para
os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua
direção e sua velocidade.

Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral (transposição de faixas,
movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos), o condutor deverá indicar seu propósito de
forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo (setas) ou
fazendo gesto convencional de braço.

O condutor que for ingressar numa via procedente de um lote lindeiro deverá dar preferência aos veículos
e pedestres que por ela estejam transitando.
Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos
locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para
cruzar a pista com segurança.

Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:

a) ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito da pista e executar sua
manobra no menor espaço possível;

b) ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou da linha divisória da
pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo,
tratando-se de uma pista de um só sentido.

Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas,
aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas
de preferência de passagem.

Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto determinados, quer por meio
de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam
condições de segurança e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das condições
meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.
9.5. Normas para uso de luzes

O condutor manterá acesos os faróis do veículo, por meio da utilização da luz baixa:

 à noite;

 durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração.

Uso das luzes em túneis

Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo.

A troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com o objetivo de advertir
outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à
frente ou para indicar a existência de risco à segurança para os veículos que circulam no sentido contrário.

Os veículos que não dispuserem de luzes de rodagem diurna deverão manter acesos os faróis nas
rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo durante o dia.

O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:

a) em imobilizações ou situações de emergência;

b) quando a regulamentação da via assim o determinar.

Durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de placa. 

O condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver parado para fins de
embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias.

Os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em faixas ou pistas a eles


destinadas, e as motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o
dia e à noite.
Faixa destinada ao transporte coletivo de passageiros

9.6. Normas para uso de buzina

O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações:

a) para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;

b) fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de
ultrapassá-lo.

É proibido o uso de buzina entre 22 (vinte e duas) e 6 (seis) horas, nas vias urbanas.

Proibido acionar buzina ou sinal sonoro

9.7. Normas de velocidade

Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as condições físicas da via, do


veículo e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos limites
máximos de velocidade estabelecidos para a via, além de:

a) não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa justificada, transitando a
uma velocidade anormalmente reduzida;

b) sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo
sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja perigo iminente;

c) indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a manobra de redução
de velocidade.

Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência


especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para
dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência.

Prudência em cruzamento de vias

Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões de segurança.

A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas suas
características técnicas e as condições de trânsito.
Limite máximo de velocidade

Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:

a) vias urbanas:

» 80 km/h (oitenta quilômetros por hora), nas vias de trânsito rápido;

» 60 km/h (sessenta quilômetros por hora), nas vias arteriais;

» 40 km/h (quarenta quilômetros por hora), nas vias coletoras;

» 30 km/h (trinta quilômetros por hora), nas vias locais.

b) vias rurais:

Nas rodovias

* rodovias de pista dupla:

» 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e motocicletas;

» 90 km/h (noventa quilômetros por hora), para os demais veículos.

* rodovias de pista simples:

» 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e motocicletas;

» 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos.

Nas estradas

» 60 km/h (sessenta quilômetros por hora) para todos os veículos.

A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as
condições operacionais de trânsito e da via.
9.8. Normas de parada e estacionamento

Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo indispensável para
embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou
a locomoção de pedestres.

Embarque ou desembarque de passageiros

A operação de carga ou descarga será regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a


via e é considerada estacionamento.

Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado
no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas
as exceções devidamente sinalizadas.

Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados ou em operação de carga ou


descarga deverão estar situados fora da pista de rolamento.
O estacionamento dos veículos motorizados de 2 (duas) rodas será feito em posição perpendicular à guia
da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que determine outra condição.

Área de estacionamento em via para motos

O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer sem antes se
certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para outros usuários da via.

O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.

Embarque e desembarque do lado da calçada

O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às
condições de segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
9.9. Normas para condutores de veículos de duas rodas

Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias:

a) utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;

Vestuário de segurança motos

b) segurando o guidom com as duas mãos;

Segurar guidom corretamente

c) usando vestuário de proteção (luvas de motociclismo, calçado fechado e roupas de tecido grosso e
resistente).

Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser transportados:

a) utilizando capacete de segurança;

b) em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do condutor;

c) usando vestuário de proteção.


9.10. Normas para transporte de crianças

• As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e
cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros dos veículos automotores
usando individualmente cinto de segurança ou dispositivo de retenção equivalente (adequado para cada
idade, peso e altura), da seguinte forma:

a) "Bebê conforto ou conversível" – para crianças com até 1 (um) ano de idade ou crianças com peso
de até 13 (treze) kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo.

Bebê conforto
b) "Cadeirinha" – para crianças com idade superior a 1 (um) ano e inferior ou igual a 4 (quatro) anos ou
crianças com peso entre 9 (nove) a 18 (dezoito) kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do
dispositivo.

Cadeirinha

c) "Assento de elevação" – para crianças com idade superior a 4 (quatro) anos e inferior ou igual a 7
(sete) anos e meio ou crianças com até 1,45 m (um metro e quarenta e cinco centímetros) de altura e peso
entre 15 (quinze) a 36 (trinta e seis) kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo.

Observação: excepcionalmente as crianças com idade superior a 4 (quatro) anos e inferior ou igual a 7


(sete) anos e meio podem ser transportadas utilizando cinto de segurança de 2 (dois) pontos sem o
dispositivo “assento de elevação”, nos bancos traseiros, quando o veículo for dotado originalmente destes
cintos.

Assento de elevação
d) “Cinto de segurança do veículo” – para crianças com idade superior a 7 (sete) anos e meio e inferior
ou igual a 10 (dez) anos ou crianças com altura superior a 1,45 m (um metro e quarenta e cinco
centímetros).

Cinto de segurança - criança

• Entende-se por DRC o “dispositivo de retenção para o transporte de crianças”.


• As exigências relativas ao sistema de retenção para o transporte de crianças com até 7 (sete) anos e
meio de idade (expostas anteriormente), não se aplicam:

- aos veículos de transporte coletivo de passageiros;


- aos veículos de aluguel;
- aos veículos de transporte remunerado individual de passageiros (durante a efetiva prestação do
serviço);
- aos veículos escolares; e
- aos demais veículos com peso bruto total superior a 3,5 t (três toneladas e meia).

• O transporte de criança com idade inferior a 10 (dez) anos pode ser realizado no banco dianteiro do
veículo, com o uso do dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura, nas seguintes situações:

- quando o veículo for dotado exclusivamente deste banco;


- quando a quantidade de crianças com esta idade exceder a lotação do banco traseiro;
- quando o veículo for dotado originalmente (fabricado) de cintos de segurança subabdominais (dois
pontos) nos bancos traseiros; ou
- quando a criança já tiver atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco centímetros) de altura.

Observações: nos veículos equipados com dispositivo suplementar de retenção (airbag) para o


passageiro do banco dianteiro, o transporte de crianças com até 10 (dez) anos de idade neste banco pode
ser realizado desde que utilizado o dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura e observados os
seguintes requisitos:

- é vedado o transporte de crianças com até 7 (sete) anos e meio de idade, em dispositivo de
retenção posicionado em sentido contrário ao da marcha do veículo;

- é permitido o transporte de crianças com até 7 (sete) anos e meio de idade, em dispositivo de
retenção posicionado no sentido de marcha do veículo, desde que não possua bandeja, ou
acessório equivalente, incorporado ao dispositivo de retenção; e

- salvo instruções específicas do fabricante do veículo, o banco do passageiro dotado de airbag deve


ser ajustado em sua última posição de recuo, quando ocorrer o transporte de crianças neste banco.

• Com a finalidade de ampliar a segurança dos ocupantes, adicionalmente às prescrições referentes ao


transporte de crianças (expostas anteriormente), o fabricante ou o importador do veículo pode estabelecer
condições e/ou restrições específicas para o uso do dispositivo de retenção para crianças com até 7 (sete)
anos e meio de idade em seus veículos, sendo que tais prescrições devem constar do manual do
proprietário.

• Os manuais dos veículos automotores devem conter informações a respeito dos cuidados no transporte
de crianças, da necessidade de dispositivos de retenção e da importância de seu uso.

• Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de segurança especiais
expostas anteriormente constitui infração gravíssima com penalidade de multa e medida administrativa de
retenção do veículo, até que a irregularidade seja sanada.

• Crianças com idade inferior a 10 (dez) anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar
de sua própria segurança não poderão ser transportadas em motocicletas, motonetas e ciclomotores.
9.11. Normas de preferência nas interseções (cruzamentos)

Quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, terá
preferência de passagem:

a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por ela;
Via com sinalização dê a preferência

b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;

Via com rotatória

c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.

Preferência na via

10. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA DO CONDUTOR

São equipamentos que visam reduzir as consequências de um acidente. É importante entender que o uso
destes equipamentos será determinante para a preservação da vida do condutor que se envolver num
acidente de trânsito.
10.1. Cinto de segurança

O cinto de segurança é um equipamento que tem como objetivo limitar o movimento das pessoas no
interior do veículo em casos de freadas bruscas e acidentes. O cinto também é útil nos casos em que as
forças físicas atuam sobre o veículo (curvas, saliências, depressões, ondulações etc.), servindo para
manutenção da adequada postura do corpo de seus ocupantes (principalmente do condutor – que precisa
estar sentado adequadamente, a todo instante, para melhor acionar os comandos do veículo), junto aos
bancos.

Uso do cinto de segurança

Nos acidentes, o cinto de segurança impede que as pessoas se choquem umas com as outras ou com as
partes internas do veículo, além de impedir que sejam arremessadas para fora, reduzindo a gravidade de
seus ferimentos e lesões.
Muitos usam o argumento de que o cinto não é eficaz como um pretexto para não utilizá-lo. Porém, estas
pessoas geralmente tomam como referência “fatos isolados” (exemplo: o carro caiu na água e o motorista
não conseguiu sair porque estava de cinto etc.), que não podem servir de base para chegar à conclusão
do que é melhor. O que deve ser considerado é que em 99% dos acidentes, o cinto de segurança reduziu,
consideravelmente, as lesões corporais das vítimas e as mortes no trânsito.

É proibida a utilização de dispositivos no cinto de segurança que travem, afrouxem ou modifiquem o seu
funcionamento normal (conduta comum de quem se sente “incomodado” com o uso do cinto ou dos que
querem evitar “amarrotar” a roupa).

Gestantes também devem utilizar o cinto de segurança, de preferência o cinto de 3 (três) pontos, passando
a parte horizontal do cinto por baixo da barriga (na cintura) e a parte diagonal acima da barriga.

Grávidas e cinto de segurança

A responsabilidade pelo não uso, por qualquer pessoa, do cinto de segurança é sempre do condutor
(infração grave). Portanto, é importante verificar se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para
serem utilizados pelos passageiros.

O cinto de segurança não pode passar sobre objetos como: óculos, canetas, lapiseiras etc., pois numa
colisão (ou até mesmo numa freada brusca) o objeto pode ferir gravemente aquele que está utilizando o
cinto sobre referidos objetos.

Ao colocar o cinto, o usuário deve verificar se não está cortado e se o seu “travamento” está funcionando.

No cinto de 3 (três) pontos, a parte diagonal deve passar sobre o ombro (nunca pelo pescoço), atravessar
o tórax e, a parte subabdominal, deve passar abaixo do abdome.

Tipos de cinto de segurança: 

 de 2 (dois) pontos (subabdominal e diagonal);


 de 3 (três) pontos;
 de 4 (quatro) pontos (usados em veículos de competição).

Tipos de cinto de segurança

10.2. Airbag

O “airbag” (bolsa de ar) é um equipamento de segurança, existente em vários veículos, que serve para
amortecer o choque (pois distribui uniformemente as forças de uma colisão pelo corpo) e evitar, em casos
de acidentes, que a cabeça e a parte superior do corpo dos ocupantes batam nas partes internas do
veículo, evitando, assim, danos físicos no rosto, na coluna e no tórax. Quando há um grande impacto no
veículo, sensores são acionados e sinais são emitidos para uma central de controle, que aciona
o airbag necessário. Depois de acionado e tendo cumprido sua função, o ele vai esvaziando para evitar o
sufocamento da vítima.
Airbag

Os ocupantes do veículo devem estar a uma distância de pelo menos 25 cm (vinte e cinco centímetros) do
local onde o airbag está instalado – no caso do motorista, por exemplo, deve ser mantida uma distância de
25 cm (vinte e cinco centímetros) do volante do carro.

Ao transportar crianças, com idade entre 1 (um) e 12 (doze) anos, no banco da frente (nos veículos que
não possuem banco traseiro e quando o número de crianças excede o número de bancos traseiros) ou
quando o motorista não conseguir manter uma distância de 25 cm (vinte e cinco centímetros) entre o seu
peito e o volante do carro, o airbag deve ser desligado (chave liga/desliga).

Não se deve manter os dedos ou as mãos no local onde está instalado o airbag, pois lesões serão
provocadas no caso de seu acionamento, numa colisão.

Posicionamento incorreto das mãos

Para evitar lesões graves, nada deve estar no rosto da pessoa (óculos, cigarro na boca, pirulito, picolé etc.)
quando o airbag for acionado.

Assim como o cinto de segurança, o airbag é um equipamento que salva vidas.


10.3. Encosto de cabeça

O encosto de cabeça é um equipamento obrigatório que serve para evitar lesões na coluna cervical.

Numa colisão com o veículo da frente ou colisão frontal, o corpo de um ocupante do veículo se projeta
para frente e em seguida cai de volta sobre o banco, o que faz com que sua cabeça dobre para trás e sofra
uma fratura na coluna cervical – “efeito chicote”. Com a correta utilização do encosto de cabeça, o efeito
chicote não ocorrerá.

Também é importante numa colisão com o veículo de trás, pois o encosto de cabeça evita que a cabeça se
dobre para trás – e não ocorra fratura do pescoço.

O encosto de cabeça deve ser regulado de forma que seu centro seja posicionado na altura dos olhos.
10.4. Capacete

O capacete é um equipamento obrigatório ao condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor,


triciclo motorizado e quadriciclo motorizado.

O capacete deve ser devidamente fixado na cabeça do usuário, utilizando-se do conjunto formado pela
cinta jugular e engate, abaixo do maxilar inferior. Os capacetes que não estão devidamente presos na
cabeça dos motociclistas costumam se soltar em casos de acidentes – o que leva a vítima a sofrer lesões
graves na cabeça.
Motociclista de capacete

A não utilização do capacete constitui infração gravíssima com multa e suspensão do direito de dirigir.

Todo capacete deverá ser devidamente certificado por organismo acreditado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, de acordo com regulamento de avaliação da
conformidade por ele aprovado.

Observação: todo capacete deve apresentar o “selo” de identificação da conformidade do INMETRO ou a


“etiqueta” interna com a logomarca do INMETRO.

O capacete deve estar dentro do prazo de validade (geralmente 3 anos) e conter viseira de proteção.
Quando o capacete não tiver viseira, os óculos de proteção devem ser utilizados. Óculos de sol, óculos
corretivos ou óculos de segurança do trabalho não servem para substituir os óculos de proteção.

Capacete

Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou os óculos de proteção deverão estar posicionados de
forma a dar proteção total aos olhos. Somente para os capacetes com queixeira será permitido utilizar a
viseira com uma pequena abertura, de forma a garantir a circulação de ar.

Quando o veículo estiver imobilizado na via, independentemente do motivo, a viseira poderá ser totalmente
levantada, devendo ser imediatamente restabelecida para a posição frontal aos olhos quando o veículo for
colocado em movimento.

No caso dos capacetes modulares, além da viseira, a queixeira deverá estar totalmente abaixada e
travada.

À noite, somente a viseira cristal é permitida, pois as demais são para o uso exclusivo durante o dia.

É proibida a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos de proteção.

Película na viseira do capacete

O capacete motociclístico deve contribuir para a sinalização do usuário durante o dia e a noite, em todas
as direções, por meio de elementos retrorrefletivos, aplicados na parte externa do casco (frente, atrás,
direita e esquerda).

Para facilitar ainda mais a identificação de sua presença na via, o motociclista (assim como o passageiro)
deve optar pela utilização de capacete de cor clara.
10.5. Vestuário dos motociclistas
Para maior proteção do corpo, os motociclistas devem usar calçados fechados, luvas de motociclismo e
roupas de tecido grosso e resistente.

Vestuário dos motociclistas

Além de proteger, em casos de acidentes, as luvas evitam o enrijecimento das mãos em épocas de frio – o
que compromete o uso das alavancas (manetes) de freio e embreagem e o domínio do veículo.

As roupas de tecido grosso devem ser mais justas e não podem dificultar os movimentos do motociclista.

A regra para o motociclista é “ver e ser visto”. Por isso, à noite e em dias chuvosos os motociclistas devem
dar preferência às roupas claras – para que os motoristas e demais motociclistas possam lhes enxergar
com mais facilidade.
11. RENOVAÇÃO DA HABILITAÇÃO

A validade da Carteira Nacional de Habilitação está condicionada ao prazo de vigência do exame de


aptidão física e mental. Portanto, quando se fala em renovar a Carteira de Habilitação, na verdade trata-se
da renovação do exame de aptidão física e mental, que deverá ser feita:
 a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade inferior a 50 (cinquenta) anos;
 a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade igual ou superior a 50 (cinquenta) anos e inferior
a 70 (setenta) anos; e
 a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual ou superior a 70 (setenta) anos.

Exame de aptidão física e mental

Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal enviarão por meio
eletrônico, com 30 (trinta) dias de antecedência, aviso de vencimento da validade da Carteira Nacional de
Habilitação a todos os condutores cadastrados no RENACH (Registro Nacional de Condutores Habilitados)
com endereço na respectiva unidade da Federação.

O condutor que exerce atividade remunerada de transporte de pessoas ou bens, além do exame de
aptidão física e mental, deverá também ser submetido à avaliação psicológica para renovação da Carteira
de Habilitação.

O condutor que estiver com o Exame Médico vencido há mais de 5 (cinco) anos também deverá ser
submetido a um curso de atualização para renovação de sua habilitação.

Depois de vencida a habilitação (ACC, PPD ou CNH) o condutor terá um prazo de tolerância de 30 (trinta)
dias para conduzir seu veículo – com sua habilitação vencida.

O condutor que não frequentou curso de direção defensiva e primeiros socorros quando tirou sua
habilitação deverá frequentar os referidos cursos (carga horária de 15 (quinze) horas/aula: 10 (dez)
horas/aula de Direção Defensiva e 5 (cinco) horas/aula de Noções de Primeiros Socorros) quando for
renovar sua habilitação.

O condutor habilitado na categoria “C”, “D” ou “E” será submetido a avaliação dos distúrbios do sono
quando renovar a habilitação. A avaliação dos distúrbios do sono também será feita nos casos de adição e
mudança para as categorias “C”, “D” e “E”.

Aqueles que pretendem obter ou renovar as categorias “C”, “D” ou “E” deverão comprovar resultado
negativo em “exame toxicológico”. Referido exame tem como objetivo aferir o consumo de substâncias
psicoativas que, comprovadamente, comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela de
detecção mínima de 90 (noventa) dias. O resultado de referido exame só deverá ser divulgado para o
interessado. É garantido o direito de contraprova e de recurso administrativo, sem efeito suspensivo, no
caso de resultado positivo para os exames toxicológicos. A validade do exame toxicológico será de 90
(noventa) dias, contados a partir da data da coleta da amostra.  

Observações:

a) os condutores das categorias C, D e E com idade inferior a 70 (setenta) anos serão submetidos a
novo exame toxicológico a cada período de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir da obtenção ou
renovação da Carteira Nacional de Habilitação, independentemente da validade do exame de
aptidão física e mental (exame médico). Neste caso, o resultado positivo acarretará a suspensão do
direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da suspensão à
inclusão, no RENACH, de resultado negativo em novo exame, e vedada a aplicação de outras
penalidades, ainda que acessórias.

b) “conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E após 30 (trinta)
dias de vencido o período (dois anos e seis meses) para realização do exame toxicológico sem que
se tenha realizado o mesmo” ou “deixar, o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, de
comprovar a realização do exame toxicológico periódico (a cada dois anos e seis meses) por
ocasião da renovação do documento de habilitação nas categorias C, D ou E” constitui infração
gravíssima cuja penalidade será multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 3 (três)
meses, condicionado o levantamento da suspensão à inclusão no RENACH de resultado negativo
em novo exame.
12. INFRAÇÕES E PENALIDADES

Infração de trânsito é a inobservância de qualquer preceito do Código de Trânsito Brasileiro ou da


legislação complementar.
12.1. Processo administrativo

Processos administrativos
Veremos, neste momento, como é o procedimento para a aplicação das penalidades por infrações
cometidas pelos condutores de veículos.
Primeiramente é necessário diferenciar uma infração administrativa de uma infração penal (crime).

A maioria das infrações, praticadas pelos condutores de veículos (tais como: avançar sinal vermelho,
ultrapassar em faixa contínua etc.), é infração administrativa (e não crime).

Ao cometer uma infração de trânsito, o infrator está sujeito a penalidades, medidas administrativas e perda
de pontos em seu prontuário (perda de pontos na carteira).

Para aplicação de uma penalidade é necessário que seja instaurado um Processo (para que sejam
garantidos todos os direitos do cidadão que está prestes a ser penalizado, tais como: ampla defesa,
contraditório, recursos etc.). Uma penalidade só será valida se forem cumpridos todos os procedimentos
legalmente estabelecidos para a sua aplicação.

Ao constatar que um condutor cometeu uma infração o Agente de Trânsito deve confeccionar o "Auto de
Infração de Trânsito" - AIT.

Lavrado o Auto de Infração, o Agente vai levá-lo à Autoridade de Trânsito - que, dentro de sua
competência e de sua circunscrição, julgará a consistência do mesmo para que seja aplicada a devida
penalidade.

Após certificar a consistência do AIT, a Autoridade de Trânsito irá instaurar um Processo, que, por não se
tratar de um crime, é denominado Processo Administrativo.

Instaurado o Processo Administrativo a Autoridade deverá expedir e enviar (via postal) um comunicado ao
infrator. Este comunicado recebe o nome de "Notificação de Autuação". 
Notificação de autuação

O órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela autuação deverá oferecer ao proprietário do
veículo ou ao condutor autuado a opção de notificação por meio eletrônico – que será feita através do
SNE (Sistema de Notificação Eletrônica). O SNE é um meio de comunicação virtual, disponibilizado pelo
órgão máximo executivo de trânsito da União aos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de
Trânsito (SNT) e aos proprietários de veículos e condutores habilitados, que permite receber e enviar
informativos, comunicados e documentos em formato digital, mediante adesão prévia.
O proprietário e o condutor autuado deverão manter seu cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito
do Estado ou do Distrito Federal.

No caso de notificação por meio eletrônico, o proprietário ou o condutor autuado será considerado
notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema eletrônico e do envio da respectiva
mensagem.
Observações:

a) O Auto de Infração valerá como Notificação da Autuação quando for assinado pelo condutor e este for o
proprietário do veículo ou o principal condutor previamente identificado, desde que conste a data do
término do prazo para a apresentação da Defesa de Autuação.

b) O Auto de Infração deverá ser arquivado (pela Autoridade de Trânsito) e seu registro julgado
insubsistente:

I - se considerado inconsistente ou irregular;

II - se, no prazo máximo de 30 (trinta dias), não for expedida a Notificação da Autuação.

c) O Agente competente para lavrar o Auto de Infração de Trânsito (AIT) poderá ser servidor civil,
estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela Autoridade de Trânsito com circunscrição
sobre a via no âmbito de sua competência.

d) Para que possa exercer suas atribuições como Agente da Autoridade de Trânsito, o servidor ou policial
militar deverá ser credenciado, estar devidamente uniformizado, conforme padrão da instituição, e no
regular exercício de suas funções.

e) Os órgãos e entidades executivos de trânsito deverão publicar, na internet, cópia dos convênios que
delegam a atividade de fiscalização de trânsito bem como a listagem contendo o nome e o código dos
Agentes e Autoridades credenciadas para atuar na fiscalização de trânsito (lavratura de autos de infração
de trânsito).

f) As Autoridades de Trânsito e seus Agentes poderão utilizar o sistema de videomonitoramento das vias
públicas para fins de fiscalização de trânsito – fiscalização remota (por meio das câmeras de
monitoramento) dos condutores de veículos para que possam autuar aqueles que forem detectados, “on-
line”, descumprindo qualquer norma de circulação e conduta prevista no CTB. A fiscalização pelo sistema
de videomonitoramento somente poderá ser exercida em vias que estejam devidamente sinalizadas para
esse fim.

Recebida a Notificação de Autuação o infrator terá direito de apresentar (ou não) sua Defesa da
Autuação (Defesa prévia).
Entrega de notificação de autuação

Na Notificação da Autuação e no Auto de Infração (quando este valer como Notificação de Autuação)
deverá constar o prazo para apresentação de defesa prévia, que não será inferior a 30 (trinta) dias,
contado da data de expedição da notificação.

Observações:

a)  Na apresentação de defesa, em qualquer fase do processo, para efeitos de admissibilidade, não seão
exigidos documentos ou cópia de documentos emitidos pelo órgão responsável pela autuação.

b) Para fins de responsabilidade, o proprietário poderá indicar, ao órgão executivo de trânsito, o “ principal
condutor” do veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do
cadastro do veículo no Renavam. O principal condutor será excluído do Renavam:

* quando houver transferência de propriedade do veículo;

* mediante requerimento próprio ou do proprietário do veículo; ou

* a partir da indicação de outro principal condutor.

c) Quando o Agente de Trânsito não realiza a imediata identificação do infrator (no momento da autuação),
o principal condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo de 30 (trinta) dias, contado da Notificação da
Autuação, para apresentá-lo na forma em que dispuser o CONTRAN, e, transcorrido o prazo, se não o
fizer, será considerado responsável pela infração o principal condutor ou, em sua ausência, o proprietário
do veículo. Para fins de indicação do condutor infrator, o principal condutor equipara-se ao proprietário do
veículo.

d) Se o infrator não tiver sido identificado e o veículo for de propriedade de pessoa jurídica, será lavrada
nova multa ao proprietário do veículo (multa NIC), mantida a originada pela infração, cujo valor será igual a
2 (duas) vezes o da multa originária, garantidos o direito de defesa prévia e de interposição de recursos
previstos no CTB, na forma estabelecida pelo Contran. As infrações iguais cometidas por condutor infrator
regularmente identificado deverão ser excluídas da multiplicação. Não há necessidade de lavratura de
Auto de Infração e de Notificação de Autuação no Processo Administrativo destinado à aplicação da multa
NIC.

Se o cidadão apresentar defesa e ela for deferida (acolhida), o Auto de Infração será cancelado, seu
registro será arquivado e a Autoridade de Trânsito comunicará o fato ao proprietário do veículo.
Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja apresentada no prazo estabelecido, será aplicada a
penalidade e expedida a “Notificação de Penalidade” ao proprietário do veículo ou ao infrator, por
remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil que assegure a ciência da imposição da
penalidade.

A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do veículo ou por recusa em


recebê-la será considerada válida para todos os efeitos.
Sempre que a penalidade de multa for imposta ao condutor, a Notificação de Penalidade será
encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu pagamento.
Na notificação deverá constar a data do término do prazo para apresentação de recurso pelo responsável
pela infração, que não será inferior a trinta dias, contados da data da notificação da penalidade.

No caso de penalidade de multa, a data do término do prazo para apresentação de recurso será a data
para o recolhimento de seu valor.

O prazo para expedição da “Notificação de Penalidade” é de 180 (cento e oitenta) dias ou, se houver
interposição de defesa prévia, de 360 (trezentos e sessenta) dias, contado:         

I - no caso das penalidades de “advertência por escrito” e “multa”: da data do cometimento da


infração;        
II - no caso das penalidades de “suspensão do direito de dirigir”, “cassação da CNH”, “cassação da
PPD” e “frequência obrigatória em cursos de reciclagem”: da conclusão do processo administrativo
da penalidade que lhe der causa.

No caso das autuações que não sejam em flagrante, o prazo para a expedição da “Notificação de
Penalidade” de “advertência por escrito” ou de “multa” será contado da data do conhecimento da infração
pelo órgão de trânsito responsável pela aplicação da penalidade, na forma definida pelo CONTRAN.          

O descumprimento dos prazos para expedição da “Notificação de Penalidade” previstos anteriormente


implicará a decadência do direito de aplicar a respectiva penalidade.

Observações:

a) O Sistema de Notificação Eletrônica (SNE) deve disponibilizar, na mesma plataforma, campo destinado
à apresentação de defesa prévia e de recurso, quando o condutor não reconhecer o cometimento da
infração.

b) O pagamento da multa poderá ser efetuado até a data do vencimento expressa na notificação,
por 80% (oitenta por cento) do seu valor.

c) O recolhimento (pagamento) do valor da multa não implica renúncia ao questionamento administrativo,
que pode ser realizado a qualquer momento.

d) O infrator, optante pelo Sistema de Notificação Eletrônica (SNE), que não quiser apresentar defesa
prévia nem recurso (por reconhecer o cometimento da infração) poderá efetuar o pagamento da multa por
60% (sessenta por cento) do seu valor, em qualquer fase do processo, até o vencimento da multa. Neste
caso, o pagamento da multa implicará renúncia ao questionamento administrativo.

e) Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão integrar-se ao
RENAINF (Registro Nacional de Infrações de Trânsito) para registro de todas as infrações de trânsito, das
suas respectivas penalidades e arrecadação, bem como da pontuação delas decorrentes.
12.2. Recurso

Em se tratando de Processo Administrativo, há duas instâncias para apresentação de recurso, vejamos:

Recurso

PRIMEIRA INSTÂNCIA

O recurso (em primeira instância) contra a penalidade imposta será interposto perante a autoridade que
imputou a penalidade e terá efeito suspensivo.      
O recurso intempestivo ou interposto por parte ilegítima não terá efeito suspensivo. O recurso intempestivo
será arquivado.
Recebido o recurso tempestivo, a autoridade o remeterá à Jari, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data
de sua interposição.
Observações:

 há Municípios que, por não terem JARI independente, mantém convênio com outros Municípios,
para a prestação deste tipo de serviço ao cidadão.
 recurso contra a imposição de multa poderá ser interposto, no prazo legal, sem o recolhimento do
seu valor. Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar recurso, se julgada improcedente a
penalidade, ser-lhe-á devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por índice legal de
correção dos débitos fiscais.
 na apresentação de recurso, em qualquer fase do processo, para efeitos de admissibilidade, não
serão exigidos documentos ou cópia de documentos emitidos pelo órgão responsável pela
autuação.
 se a infração for cometida em localidade diversa daquela do licenciamento do veículo, o recurso
poderá ser apresentado junto ao órgão ou à entidade de trânsito da residência ou domicílio do
infrator. A autoridade de trânsito que receber o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade
que impôs a penalidade acompanhada das cópias dos prontuários necessários ao julgamento.
SEGUNDA INSTÂNCIA

Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação
ou da notificação da decisão. Referido recurso será interposto:

 da decisão do não provimento: pelo responsável pela infração;


 da decisão de provimento: pela autoridade que impôs a penalidade.
Para onde enviar o segundo recurso, ou seja, quais são os órgãos de segunda instância?

O que vai determinar quem vai julgar o segundo recurso será “o órgão a que pertence a autoridade que
aplicou a penalidade e o tipo de penalidade aplicada”, vejamos:

01) Tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou entidade de trânsito da União (órgão nacional), o
recurso deverá ser enviado para o “Colegiado Especial” integrado pelo Coordenador-Geral da Jari, pelo
Presidente da Junta que apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta.

Observações:
 quando houver apenas uma JARI o recurso será julgado por seus membros;
 quando necessário, novos colegiados especiais poderão ser formados, compostos pelo Presidente
da Junta que apreciou o recurso e por mais dois Presidentes de Junta, na forma estabelecida pelo
CONTRAN.
02) Tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade de trânsito Estadual e Municipal, o recurso
deverá ser enviado para o CETRAN.

03) Tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade de trânsito do Distrito Federal, o recurso
deverá ser encaminhado para o CONTRANDIFE.

Observações:

 A instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades se encerra:


a)  com o julgamento do recurso em segunda instância;

b)  com a não interposição do recurso no prazo legal; e

c)  com o pagamento da multa, com reconhecimento da infração e requerimento de encerramento do


processo na fase em que se encontra, sem apresentação de defesa ou recurso.

 Encerrada a instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades, a multa não paga


até o vencimento será acrescida de juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais acumulada mensalmente,
calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e
de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.
 Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de
licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a instância administrativa de julgamento
de infrações e penalidades.
 Esgotados os recursos, as penalidades aplicadas nos termos do CTB serão cadastradas
no RENACH.
12.3. Penalidades

Penalidade é um castigo, ou seja, a consequência advinda da prática de uma infração de trânsito.


As penalidades poderão ser aplicadas separadamente ou cumulativamente – a depender da infração
cometida.

A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou às entidades executivos de trânsito


responsáveis pelo licenciamento do veículo e pela habilitação do condutor.

A autoridade de trânsito, dentro do que lhe compete e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar,
aos infratores, as seguintes penalidades:

I – ADVERTÊNCIA POR ESCRITO – deverá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à


infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, caso o infrator não tenha cometido
nenhuma outra infração nos últimos 12 (doze) meses.
II – MULTA – é uma penalidade pecuniária. Sempre que o condutor for multado ele perderá pontos em seu
prontuário.

O valor das multas é o mesmo em todo território nacional.

É nula a penalidade de multa aplicada quando o infrator se enquadrar nos requisitos para a aplicação da
penalidade de advertência por escrito.

Multa Agravada – é quando o valor da multa (conforme a gravidade da infração) é multiplicado por 3
(três), 5 (cinco), 10 (dez) ou 20 (vinte) vezes – isso só ocorre para algumas infrações de natureza
gravíssima.

As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em 4 (quatro) categorias:

 Infração de natureza gravíssima – multa de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e


quarenta e sete centavos) – perda de 7 (sete) pontos;

 Infração de natureza grave – multa de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três
centavos) – perda de 5 (cinco) pontos;

 Infração de natureza média – multa de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos) –
perda de 4 (quatro) pontos;

 Infração de natureza leve – multa de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos) – perda
de 3 (três) pontos.

As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou pela entidade de trânsito com circunscrição sobre a
via onde haja ocorrido a infração.

As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa daquela do licenciamento


do veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável pelo seu licenciamento, que
providenciará a notificação.

O recebimento das multas (pela rede arrecadadora) poderá ser feito à vista (dinheiro ou cartão de débito)
ou parcelado por meio de cartão de crédito (com encargos e eventuais diferenças de valores a cargo do
titular do cartão de crédito que aderir a essa modalidade de pagamento). O parcelamento poderá englobar
uma ou mais multas de trânsito.

A aprovação e efetivação do parcelamento das multas por meio de Cartão de Crédito, pela Operadora do
Cartão libera o licenciamento do veículo e a emissão do respectivo documento.

Além das multas, os demais débitos relativos ao veículo também poderão ser pagos mediante o uso de
cartões de débito ou crédito (tudo sem ônus para o órgão de trânsito). Sendo assim, deverão ser
disponibilizadas, ao proprietário do veículo (ou infrator), alternativas para que possam quitar seus débitos à
vista ou em parcelas mensais, com imediata regularização da situação de seu veículo.
Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional de Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o
aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por meio do compartilhamento da receita arrecadada
com a cobrança das multas de trânsito.

O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na rede mundial de computadores (internet), dados
sobre a receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua destinação.

No caso de infração cometida no Brasil com veículo licenciado no exterior, a multa respectiva deverá ser
paga antes da saída do veículo do País.
III - SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR – o mesmo que “apreensão da carteira” (CNH).

Ocorrerá a Suspensão do Direito de Dirigir:

01) Sempre que o infrator atingir, no perído de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de pontos:

a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas na pontuação;

b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação;

c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação;

d) 40 (quarenta) pontos, independentemente da natureza das infrações cometidas, para condutor


que exerce atividade remunerada ao veículo.

Prazo de Suspensão: de 06 (seis) meses a 01 (um) ano e, no caso de reincidência no período de 12


(doze) meses, de 08 (oito) meses a 02 (dois) anos.

02) Por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas infrações preveem, de forma
específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir;

Prazo de Suspensão: de 02 (dois) a 08 (oito) meses (exceto para as infrações com prazo específico)
e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 08 (oito) a 18 (dezoito) meses (exceto
para as reincidências que geram a cassação do documento de habilitação).

Observações:

a) A imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir elimina a quantidade de pontos


computados para fins de contagem subsequente.
b) O prazo de suspensão do direito de dirigir será estabelecido, de acordo com a gravidade da
infração, as circunstâncias em que foi cometida e os antecedentes do infrator.
c) O condutor que dirigir veículo em via pública após ter sido notificado da penalidade de suspensão
do direito de dirigir incorrerá na infração “dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou
Permissão para Dirigir cassada ou com suspensão do direito de dirigir”.
d) A penalidade de suspensão de dirigir e a data do início do seu cumprimento serão inscritas no
RENACH.
e) O Processo Administrativo de suspensão do direito de dirigir por transgressão às normas
estabelecidas no CTB deverá ser instaurado concomitantemente com o processo de aplicação da
penalidade de multa e ambos serão de competência do órgão ou entidade responsável pela
aplicação da multa.
f) O Processo Administrativo de suspensão do direito de dirigir decorrente do “acúmulo de pontos” ou
de “resultado positivo no exame toxicológico” deverá ser instaurado pelo órgão ou entidade
executivo de trânsito de registro do documento de habilitação.
g) No caso de suspensão, a CNH ficará apreendida e só será devolvida depois de cumprido o prazo
e comprovada a realização do curso de reciclagem, de 30 (trinta) horas/aula.
h) O condutor que exerce atividade remunerada em veículo poderá optar por participar de
“curso preventivo de reciclagem” sempre que, no período de 12 (doze) meses, for autuado por
infrações cuja soma atinja 30 (trinta) pontos.
i) Também poderá optar pelo “curso preventivo de reciclagem” o condutor (que exerce atividade
remunerada ao veículo) autuado por infrações cuja soma de pontos, no período de 12 (doze) meses,
seja inferior a 30 (trinta) e que for uma vez mais autuado, em referido período, e a soma de todos os
pontos seja superior a 30 (trinta) e não ultrapasse os 39 (trinta e nove) pontos.
j) Concluído o "curso preventivo de reciclagem" o condutor terá eliminado os pontos que lhe
tiverem sido atribuídos, para fins de contagem subsequente.
k) O motorista que optar pelo "curso preventivo de reciclagem" não poderá fazer nova opção no
período de 12 (doze) meses, contados da data de conclusão do último curso.
l) Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão punitiva da penalidade de suspensão do direito de dirigir.
IV – CASSAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO – significa a eliminação de todos os
exames realizados na época em que o condutor se habilitou, ou seja, o condutor não mais terá direito de
conduzir veículo (sua CNH será cancelada).

A Reabilitação somente poderá ocorrer após 2 (dois) anos da cassação da CNH, devendo o condutor ser
submetido a todos os exames necessários à obtenção da CNH na categoria que possuía ou em categoria
inferior, preservada a data da primeira habilitação.

Observação: também prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão punitiva da penalidade de cassação da


Carteira Nacional de Habilitação.

V – CASSAÇÃO DA PERMISSÃO PARA DIRIGIR – também significa eliminação de todos os exames


realizados na época em que o condutor se habilitou, ou seja, o condutor não mais terá direito de conduzir
veículo (sua PPD será cancelada).

Ocorrerá quando o condutor cometer qualquer infração de natureza gravíssima, qualquer infração de
natureza grave ou 2 (duas) infrações de natureza média.

A Reabilitação poderá ser imediata (não há prazo a esperar) devendo o infrator ser submetido a todos os
exames necessários à habilitação.

VI – FREQUÊNCIA OBRIGATÓRIA EM CURSO DE RECICLAGEM (30 HORAS/AULA) – será


obrigatório:

- para infrator que for suspenso de dirigir (salvo se a suspensão for em razão de resultado positivo no
exame toxicológico periódico realizado por condutor habilitado nas categorias C, D ou E);

- para condutor que envolver-se em acidente grave para o qual haja contribuído (independentemente de
processo judicial);

- quando o condutor for condenado judicialmente por delito de trânsito;

- a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando em risco a segurança do trânsito.
12.3.1. Pessoas que podem ser penalizadas

A legislação de trânsito estabelece quais são as pessoas que poderão ser penalizadas e quando cada uma
delas será considerada responsável pela prática de determinada infração de trânsito, como veremos a
seguir.  
Condutores – por infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo.

Proprietários do veículo – por infrações referentes à prévia regularização e preenchimento das


formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e
inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus
condutores.

Embarcadores – por infrações relativas ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no
peso bruto total quando ele for o único remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal for inferior
àquele aferido.

Transportadores – por infrações relativas ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou
quando a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto total.

Observações:

- Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as penalidades quando


houver responsabilidade solidária;

- Também ocorrerá responsabilidade solidária entre o transportador e o embarcador por infração relativa
ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal for superior ao limite legal.
12.3.2 Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC)

O Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), administrado pelo órgão máximo executivo de
trânsito da União (que deverá atualizá-lo mensalmente), tem como finalidade cadastrar os condutores que
não cometeram infração de trânsito, sujeita à pontuação, nos últimos 12 (doze) meses.
A abertura de cadastro junto ao RNPC requer autorização prévia e expressa do potencial cadastrado. Após
a abertura do cadastro, a anotação de informação no RNPC independe de autorização e de comunicação
ao cadastrado.

A exclusão do RNPC dar-se-á:

I - por solicitação do cadastrado;

II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;

III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso;

IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado estiver cassada ou com validade


vencida há mais de 30 (trinta) dias;

V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de liberdade.

A consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos.

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar o RNPC para conceder benefícios
fiscais ou tarifários aos condutores cadastrados, na forma da legislação específica de cada ente da
Federação.
12.4. Medidas administrativas

São medidas tomadas pelas autoridades de trânsito ou seus agentes, dentro de sua circunscrição, para
proteção da vida e incolumidade física da pessoa e para que se cumpram as penalidades a serem
aplicadas.

São elas:

I – RETENÇÃO DO VEÍCULO: imobilização por tempo determinado (para regularização), que poderá


ocorrer no próprio local em que o condutor foi autuado ou em depósito específico (mediante recolhimento
do CLA).

Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veículo será liberado tão logo seja
regularizada a situação.

Quando não for possível sanar a falhar no local da infração, o veículo, desde que ofereça condições de
segurança para circulação, deverá ser liberado e entregue a condutor regulamente habilitado, mediante
recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao
condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a situação, e será considerado
notificado para essa finalidade na mesma ocasião.

Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será removido ao depósito.

O CLA será devolvido ao condutor no órgão ou na entidade aplicador da medida administrativa, tão logo o
veículo seja apresentado à autoridade, devidamente regularizado.

A critério do agente não se dará a retenção imediata quando tratar-se “de veículo de transporte coletivo
transportando passageiros” ou “veículo transportando produto perigoso ou perecível”, desde que ofereça
condições de segurança para circulação em via pública.

II – REMOÇÃO DO VEÍCULO: retirá-lo de onde se encontra e levá-lo ao depósito (pátio).

O veículo será removido para o depósito fixado pelo órgão ou pela entidade competente, com
circunscrição sobre a via.

Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade for sanada no local da infração.  

Quando não for possível sanar a irregularidade no local da infração, o veículo, desde que ofereça
condições de segurança para circulação, será liberado e entregue a condutor regularmente habilitado,
mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra a apresentação de recibo. Um prazo
razoável, não superior a 15 (quinze) dias, será assinalado ao condutor para regularizar a situação, o qual
será considerado notificado para essa finalidade na mesma ocasião. Não efetuada a regularização no
prazo estabelecido, o veículo será recolhido ao depósito e será feito registro de restrição administrativa no
RENAVAM por órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, o qual será
retirado após comprovada a regularização.
O veículo não será liberado para regularização, conforme previsto no parágrafo anterior, nas infrações
“conduzir o veículo que não esteja registrado e devidamente licenciado” e “transitar com o veículo
efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo
casos de força maior ou com permissão da autoridade competente”. 
A restituição dos veículos removidos só ocorrerá mediante o pagamento das multas, taxas e despesas
com remoção e estada, além de outros encargos previstos na legislação específica.

A liberação do veículo removido também está condicionada ao reparo de qualquer componente ou


equipamento obrigatório que não esteja em perfeito estado de funcionamento. Se o reparo demandar
providência que não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável pela remoção liberará o
veículo para reparo, na forma transportada, mediante autorização, assinalando prazo para reapresentação.

O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no ato de remoção do veículo, sobre as providências
necessárias à sua restituição e sobre a possibilidade de leilão, se o proprietário não tomar nenhuma
providência em até 60 dias.

Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente no momento da remoção do veículo, a autoridade
de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá expedir ao proprietário a
notificação sobre as providências necessárias à restituição do veículo. A notificação deverá ser feita por
remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil que assegure a sua ciência, e, caso reste frustada,
poderá ser feita por edital. A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do
veículo ou por recusa desse de recebê-la será considerada recebida para todos os efeitos. Em caso de
veículo licenciado no exterior, a notificação será feita por edital.             

Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo poderão ser realizados por órgão público,
diretamente, ou por particular contratado por licitação pública, sendo o proprietário do veículo o
responsável pelo pagamento dos custos desses serviços.

O pagamento das despesas de remoção e estada será correspondente ao período integral, contado em
dias, em que efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado ao prazo de 06 (seis) meses.  Os
custos dos serviços de remoção e estada prestados por particulares poderão ser pagos pelo proprietário
diretamente ao contratado.

No caso de o proprietário do veículo objeto do recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente,


que o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no período de retenção em depósito, é da
responsabilidade do ente público a devolução das quantias pagas, segundo os mesmos critérios da
devolução de multas indevidas. 

O veículo apreendido ou removido a qualquer título e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo
de 60 (sessenta) dias, contado da data de recolhimento, será avaliado e levado a leilão, a ser realizado
preferencialmente por meio eletrônico, vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à circulação.

III - RECOLHIMENTO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO: será aplicada sempre que for


prevista a penalidade de Suspensão do Direito de Dirigir ou Cassação da CNH.

IV – RECOLHIMENTO DA PERMISSÃO PARA DIRIGIR: será aplicada sempre que for prevista a


penalidade de Cassação da PPD.

Observações:

 O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante


recibo.
 Ocorrerá o recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permissão para Dirigir sempre
que houver suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.
 No caso de documentos em meio digital, as medidas administrativas de "Recolhimento da Carteira
de Habilitação" e "Recolhimento da Permissão para Dirigir" serão realizadas por meio de registro no
Renach.
V – RECOLHIMENTO DO CERTIFICADO DE REGISTRO: ocorre nas seguintes situações:

- quando houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;

- se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade no prazo de 30 (trinta) dias.
VI – RECOLHIMENTO DO CERTIFICADO DE LICENCIAMENTO ANUAL (CLA): ocorre nas seguintes
situações:

- quando houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;

- se o prazo de licenciamento estiver vencido;

- no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não puder ser sanada no local.

Observações:

 O recolhimento do Certificado de Registro e do Certificado de Licenciamento Anual dar-se-á


mediante recibo.

 No caso de documentos em meio digital, as medidas administrativas de "Recolhimento do


Certificado de Registro" e "Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual" serão realizadas
por meio de registro no RENAVAM.

VII – RETIRADA OU TRANSBORDO DO EXCESSO DE CARGA: é condição para que o veículo possa
prosseguir viagem e será efetuado a expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.
Não sendo possível a realização do transbordo do excesso de carga, o veículo será recolhido ao depósito,
sendo liberado depois de sanada a irregularidade e pagas as despesas de remoção e estada.

Observações:

 Ao condutor que evadir-se da fiscalização, não submetendo veículo à pesagem obrigatória nos


pontos de pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade de multa (grave) além da
obrigação de retornar ao ponto de evasão para fim de pesagem obrigatória.
 No caso de fuga do condutor à ação policial será aplicada multa (gravíssima), suspensão do direito
de dirigir e apreensão do veículo tão logo seja localizado.
VIII – REALIZAÇÃO DE TESTE DE DOSAGEM DE ALCOOLEMIA OU PERÍCIA DE SUBSTÂNCIA
ENTORPECENTE OU QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA: a infração de
trânsito “dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência” será configurada quando o condutor for pego com qualquer concentração de álcool por litro
de sangue ou por litro de ar alveolar.
Observações:

a) O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração “dirigir sob a influência de álcool ou
de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência” for apurada por meio de aparelho de
medição, observada a legislação metrológica.
b) O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de
trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios
técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa que determine dependência. O condutor que recusar a submeter-se ao teste, exame
clínico, perícia ou outro procedimento para certificação de seu estado, será penalizado como se estivesse
dirigindo sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.

c) A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão da influência de álcool ou de outra


substância psicoativa que determine dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um dos seguintes
procedimentos a serem realizados no condutor de veículo automotor:

 exame de sangue;

 exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito
competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas que
determinem dependência;

 teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar (etilômetro);

 verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora do condutor;

 prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer outro meio de prova em direito admitido.

IX – RECOLHIMENTO DE ANIMAIS: que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de


circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos.
X – REALIZAÇÃO DE EXAMES: de aptidão física e mental, de legislação, de prática de primeiros
socorros e de direção veicular.

Observações:

 Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido poderá ser submetido a novos exames, a
juízo da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada ampla defesa ao condutor. A
autoridade executiva estadual de trânsito poderá apreender o documento de habilitação do
condutor até a sua aprovação nos exames realizados.
 Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador instantâneo de
velocidade e tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento pericial poderá retirar o
disco ou unidade armazenadora do registro.

Acidente com vítima

13. INFRAÇÕES, PENALIDADES E MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

Infração de trânsito é a inobservância de qualquer norma estabelecida pela legislação de trânsito, e o


infrator sujeita-se às penalidades e às medidas administrativas, como veremos a seguir.
13.1. Casos de Suspensão do Direito de Dirigir

A seguir, veremos as infrações cuja legislação de trânsito estabelece a penalidade de “Suspensão do


Direito de Dirigir” acompanhada de outras consequências.

 Disputar corrida.

Infração: gravíssima;
Penalidade: multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo;         
Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.

Observação: a multa será aplicada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses.

 Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em


manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito
com circunscrição sobre a via

Infração: gravíssima;

Penalidade: multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo;         


Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.

Observações:

a) a multa será aplicada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses.

b) as penalidades são aplicáveis aos promotores e aos condutores participantes.

 Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca,
derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus.

Infração: gravíssima;

Penalidade: multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo;          


Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.

Observação: a multa será aplicada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses.

 Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial.


Infração: gravíssima;

Penalidade: multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir;

Medida administrativa: remoção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.

 Dirigir sob influência de álcool (qualquer concentração de álcool por litro de sangue) ou de qualquer
outra substância psicoativa que determine dependência.

Infração: gravíssima;        
Penalidade: multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;         
Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo.
Observações:

a) a multa será aplicada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses;

b) não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será removido a depósito.
 Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na
via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre ela.

Infração: gravíssima;          

Penalidade: multa (vinte vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;          

Medida administrativa: remoção do veículo.

Observações:

a) a multa será aplicada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses;

b) o condutor será proibido de receber incentivo creditício por 10 (dez) anos para aquisição de
veículos;

c) aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos organizadores da conduta;

d) as penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou jurídicas que incorram na infração, devendo a
autoridade com circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se possível, as condições de
normalidade para a circulação na via. 

 Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública ou os demais veículos.

Infração: gravíssima;

Penalidade: multa e suspensão do direito de dirigir;

Medida administrativa: retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.

 Recusar-se, o condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de
fiscalização de trânsito, a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que
permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa.

Infração: gravíssima;
Penalidade: multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;          
Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo.  
Observações:

a) a multa será aplicada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses;

b) não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será removido a depósito.
 Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E sem realizar o
exame toxicológico, após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo estabelecido.       

Infração: gravíssima;      
Penalidade: multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 3 (três) meses, condicionado o
levantamento da suspensão à inclusão no RENACH de resultado negativo em novo exame.
Observação: incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo
e não comprova a realização de exame toxicológico periódico por ocasião da renovação do
documento de habilitação nas categorias C, D ou E.       
 Deixar o condutor, envolvido em acidente, com vítima, de: prestar ou providenciar socorro, podendo
fazê-lo; adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no local;
preservar o local para facilitar os trabalhos da polícia e da perícia; adotar providências para
remover o veículo do local, quando determinadas por policial ou agente da autoridade de trânsito;
identificar-se ao policial e de prestar-lhe informações necessárias à confecção do boletim de
ocorrência.

Infração: gravíssima;

Penalidade: multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir;

Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação.

 Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, em mais de 50% (cinquenta por
cento).

Infração: gravíssima;        

Penalidade: multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir.

 Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor: sem usar capacete de segurança ou vestuário de


acordo com as normas e as especificações aprovadas pelo CONTRAN; com capacete não
encaixado na cabeça ou com capacete indevido; transportando passageiro sem o capacete de
segurança ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
transportando passageiro com capacete não encaixado na cabeça ou com capacete indevido;
fazendo malabarismo ou equilibrando-se em apenas uma roda; transportando criança menor de 10
(dez) anos de idade ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
segurança.

Infração: gravíssima; 

Penalidade: multa e suspensão do direito de dirigir;

Medida administrativa: retenção do veículo (até regularização) e recolhimento do documento de


habilitação.

 Forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos opostos, estejam na iminência de
passar um pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem.

Infração: gravíssima;

Penalidade: multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir.

Observação: a multa será aplicada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses.
13.2. Casos de Cassação da Carteira Nacional de Habilitação

A “Cassação da Carteira Nacional de Habilitação” ocorrerá:

 Quando suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo;

 Quando o condutor for condenado judicialmente por delito de trânsito;

 Quando o condutor for condenado (com decisão judicial transitada em julgado) por “utilizar-se do
veículo para a prática do crime de receptação, descaminho ou contrabando”, previstos no Código
Penal (neste caso o prazo para o infrator poder se reabilitar será de 5 anos, contados a partir da
data da cassação de sua CNH);

 Quando constatada, em processo administrativo, a irregularidade na expedição do documento de


habilitação;

 No caso de reincidência, no prazo de doze meses, das seguintes infrações:


- disputar corrida;
- promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em
manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito
com circunscrição sobre a via;

- utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca,
derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus;

- dirigir sob influência de álcool (qualquer concentração de álcool por litro de sangue) ou de qualquer
outra substância psicoativa que determine dependência;

- dirigir com CNH ou PPD de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo;
- entregar a direção do veículo (ou permitir que tome posse e passe a conduzi-lo na via): a pessoas
inabilitadas; a pessoas que estiverem com sua CNH ou PPD cassada; a pessoas suspensas de
dirigir; a condutor sem lentes, aparelho auxiliar de audição ou prótese física; a pessoas com CNH ou
PPD de categoria diferente da categoria do veículo que esteja dirigindo.
13.3. Casos de Multa e Apreensão do Veículo

Veremos, neste momento, os casos de apreensão do veículo estabelecidos pela legislação de trânsito.
Vale lembrar que a medida administrativa de “remoção do veículo” sempre precede a penalidade de
apreensão do veículo.

 Transitar com o veículo na faixa ou via de trânsito exclusiva, regulamentada com circulação
destinada aos veículos de transporte público coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e
com autorização do poder público competente (gravíssima).

 Veículo com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer outro elemento de
identificação do veículo violado ou falsificado (gravíssima).

 Transportar passageiros em compartimento de carga (salvo por motivo de força maior e com
permissão da autoridade competente) (gravíssima).

 Veículo com dispositivo antirradar (gravíssima).

 Veículo sem qualquer uma das placas de identificação ou com placa ilegível (gravíssima).

 Veículo que não esteja registrado e devidamente licenciado (gravíssima).

 Veículo com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e
visibilidade (gravíssima).

 Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de identificação do veículo (gravíssima).

 Recusar-se a entregar a autoridade de trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos


de habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, para averiguação
de sua autenticidade (gravíssima).

 Retirar do local veículo legalmente retido para regularização, sem permissão da autoridade
competente ou de seus agentes (gravíssima).

 Bloquear a via com veículo (gravíssima).

 Transitar com o veículo em desacordo com a autorização especial, expedida pela autoridade
competente para transitar com dimensões excedentes, ou quando a mesma estiver
vencida (grave).
 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: rebocando outro veículo (salvo semirreboques
especialmente projetados para esse fim e devidamente homologados pelo órgão competente); sem
segurar o guidom com ambas as mãos (salvo eventualmente para indicação de manobras);
transportando carga incompatível com suas especificações; efetuando transporte remunerado de
mercadorias em desacordo com as normas que regem a atividade profissional dos
mototaxistas (grave).

 Transitar com ônibus articulado ou biarticulado com dimensões superiores aos limites estabelecidos
legalmente, e que apresentem informações divergentes em relação à Autorização Especial de
Trânsito (AET) já expedida (grave).
 Transitar com ônibus articulado ou biarticulado com dimensões superiores aos limites estabelecidos
legalmente, e a Autorização Especial de Trânsito (AET) estiver vencida (grave).

 Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o
sossego público (média).
13.4. Casos de Multa e Remoção do Veículo

A seguir, veremos as infrações cuja legislação de trânsito estabelece a “multa” como penalidade
acompanhada da medida administrativa de “remoção do veículo”.

 Conduzir veículo escolar sem portar a devida autorização (gravíssima)


Observação: multa cinco vezes.

 Transitar com o veículo efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens quando não for
licenciado para esse fim (gravíssima)

 Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo nas pistas de rolamento de rodovias e vias de
trânsito rápido (salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo
esteja devidamente sinalizado) (grave).

 Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de
trânsito (média).
 Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível (média).

 Estacionar o veículo:

 na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias
dotadas de acostamento (gravíssima);

 nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem credencial que comprove
tal condição (gravíssima);

 afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro (grave);

 no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas
ilhas, nos refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, nos divisores de pista de rolamento,
nas marcas de canalização, gramados ou jardim público (grave);

 ao lado de outro veículo em fila dupla (grave);

 na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres (grave);

 nos viadutos, pontes e túneis (grave);

 em aclive ou declive, não estando devidamente freado e sem calço de segurança, quando se
tratar de veículo com peso bruto total superior a 3.500 kg (três mil e quinhentos
quilogramas) (grave);

 em locais e horários de estacionamento e parada proibidos pela sinalização – placa de


“proibido parar e estacionar” (grave);

 em desacordo com as condições regulamentadas especificamente pela sinalização – placa


de “estacionamento regulamentado” (grave);

 nas esquinas e a menos de 5 m (cinco metros) do bordo do alinhamento da via


transversal (média);

 em desacordo com as posições estabelecidas nas regras de trânsito (média);

 junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou tampas de poços de visita de


galerias subterrâneas, devidamente identificados (média);

 onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada a entrada ou saída de


veículos (média);

 impedindo a movimentação de outro veículo (média);


 onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto de embarque ou desembarque de
passageiros de transporte coletivo ou, na inexistência dessa sinalização, no intervalo
compreendido entre 10 m (dez metros) antes e depois do marco do ponto (média);

 em locais e horários proibidos especificamente pela sinalização – placa de “proibido


estacionar” (média);

 afastado da guia da calçada (meio-fio) de 50 cm (cinquenta centímetros) a 1 m (um


metro) (leve);

 nos acostamentos, salvo motivo de força maior (leve).


13.5. Casos de Multa e Retenção do Veículo 

A seguir, veremos as infrações cuja legislação de trânsito estabelece a “multa” como penalidade
acompanhada da medida administrativa de “retenção do veículo”.

 Dirigir sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para
Conduzir Ciclomotor (gravíssima, multa: três vezes).

Observação: a retenção ocorrerá até a apresentação de condutor habilitado.

 Dirigir veículo portando PPD vencida há mais de 30 (trinta) dias (gravíssima, multa: três vezes).

Observação: a retenção ocorrerá até a apresentação de condutor habilitado.

 Entregar, permitir ou deixar que tome posse da direção do veículo; pessoas inabilitadas; pessoas
que estiverem com sua CNH ou Permissão cassada; pessoas suspensas de dirigir; condutor sem
lentes, aparelho auxiliar de audição ou prótese física; pessoas com CNH ou Permissão de
categoria diferente da categoria do veículo que esteja dirigindo (gravíssima, multa: três vezes).

Observação: a retenção ocorrerá até a apresentação de condutor habilitado.

 Dirigir com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente da do
veículo que esteja conduzindo (gravíssima, multa: duas vezes).

Observação: a retenção ocorrerá até a apresentação de condutor habilitado.

 Dirigir com validade da CNH vencida a mais de 30 (trinta) dias (gravíssima).

Observações:

a) nesse caso também haverá o “recolhimento da CNH”;

b) a retenção ocorrerá até a apresentação de condutor habilitado.


 Dirigir o veículo sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de audição, prótese física ou
adaptações no veículo, quando necessário (gravíssima).

 Transportar crianças de forma irregular (gravíssima).

 Veículo danificando a via, suas instalações e equipamentos (gravíssima).

 Veículo derramando, lançando ou arrastando, na via, carga, combustível, lubrificante ou qualquer


objeto que possa acarretar risco de acidente (gravíssima).

 Transportar, em veículo destinado ao transporte de passageiros, carga excedente (neste caso


haverá transbordo da carga excedente) (grave).

 Transitar com o farol desregulado ou com o facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro
condutor (grave).

 Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança (grave).

 Conduzir ou transportar passageiro em motocicleta, motoneta ou ciclomotor: com capacete


motociclístico não certificado pelo INMETRO; com capacete sem aposição de dispositivo
retrorrefletivo de segurança nas partes laterais e traseira; com capacete sem o selo ou etiqueta de
identificação da conformidade do INMETRO; com capacete com avarias ou danos que identifiquem
a sua inadequação para o uso (grave).    
 Usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência que não sejam
autorizados (grave).

 Veículo com cor ou característica alterada (grave).

 Veículo sem ter sido inspecionado (grave).

 Veículo sem equipamento obrigatório ou estando esse ineficiente ou inoperante (grave).

 Veículo com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou


inoperante (grave).

 Veículo utilizando Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) como combustível (grave).

 Equipamentos, dispositivos ou acessórios proibidos (grave).

 Equipamentos do sistema de iluminação e sinalização alterados (grave).

 Veículo com registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo viciado ou


defeituoso (grave).

 Veículo com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter publicitário afixados ou pintados
no para-brisa e em toda a extensão da parte traseira, excetuadas as hipóteses permitidas pelas
normas de trânsito (grave).

 Veículo com vidros total ou parcialmente cobertos por películas refletivas ou não, painéis
decorativos ou pinturas, excetuadas as hipóteses permitidas pelas normas de trânsito (grave).

 Conduzir veículo mantendo cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas pela


legislação (grave).

 Veículo em mal estado de conservação (grave).

 Conduzir veículo reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e


ruído (grave).

 Não acionar o limpador de para-brisa na chuva (grave).

 Veículo produzindo gases, partículas ou fumaça excessivas (grave).

 Veículo com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites estabelecidos legalmente ou
pela sinalização, sem autorização (grave).

 Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo (grave).

 Veículo com falta de inscrição ou simbologia necessária à sua identificação (grave).

 Transitar com ônibus articulado ou biarticulado com dimensões superiores aos limites estabelecidos
legalmente e não houver a expedição da correspondente Autorização Especial de Trânsito –
AET (grave).

 Transitar com ônibus articulado ou biarticulado com dimensões superiores aos limites estabelecidos
legalmente e a sinalização especial de advertência na traseira não tiver sido instalada ou não
atender aos requisitos previstos nas normas de trânsito (grave).

 Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as especificações e os modelos


estabelecidos pelo CONTRAN (média) – neste caso haverá também apreensão das placas
irregulares.

 Veículo com excesso de peso (média) – neste caso haverá transbordo da carga excedente.

 Veículo com lotação excedente (média).

 Descer declives com o veículo desligado ou desengrenado (média).


 Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor com a utilização de capacete de segurança sem
viseira ou óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo com a
regulamentação do CONTRAN (média).

 Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor transportando passageiro com o capacete de


segurança sem viseira ou óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo
com a regulamentação do CONTRAN (média).

 Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório (leve).

 Transitar com ônibus articulado ou biarticulado com dimensões superiores aos limites estabelecidos
legalmente e não estar portando a Autorização Especial de Trânsito (AET) regularmente
expedida (leve).

 13.6. Infrações com penalidade única



 A seguir, veremos as infrações com penalidade única, qual seja: multa.
13.6.1. Infrações gravíssimas – penalidade: multa

A cada infração gravíssima cometida são computados 7 (sete) pontos no prontuário do condutor infrator.
São elas:
 Dirigir o veículo com apenas uma das mãos, no caso de o condutor estar segurando ou
manuseando telefone celular.

 Confiar ou entregar a direção do veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico-
psíquico, não esteja em condições de dirigi-lo com segurança.

 Transitar pela contramão de direção em vias com sinalização de regulamentação de sentido único
de circulação.

 Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de incêndio e


salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço
de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitentes.

 Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios,
ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de
canalização, gramados e jardins públicos (multa: três vezes).

 Ultrapassar outro veículo pelo acostamento, em interseções e em passagens de nível (multa: cinco
vezes).

 Ultrapassar, pela direita, veículo de transporte coletivo ou de escolares, parado para embarque ou
desembarque de passageiros (salvo quando houver refúgio de segurança para o pedestre).

 Ultrapassar (pela contramão) outro veículo nas curvas, nos aclives e declives (sem visibilidade
suficiente), nas faixas de pedestre, nas pontes, nos viadutos e nos túneis (multa: cinco vezes. A
multa será cobrada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 meses).
 Ultrapassar (pela contramão) veículo parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas,
cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre circulação (multa: cinco vezes. A multa será
cobrada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 meses).
 Ultrapassar (pela contramão) veículo onde houver marcação viária longitudinal de divisão de fluxos
opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua amarela (multa: cinco vezes. A multa será
cobrada em dobro em caso de reincidência no período de até 12 meses).
 Retornar em locais proibidos pela sinalização, nas curvas, nos aclives, nos declives, nas pontes,
nos viadutos e túneis.
 Retornar passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardinamento ou canteiros de divisões de
pista de rolamento, refúgios e faixas de pedestres e de veículos não motorizados.

 Retornar nas interseções, entrando na contramão de direção da via transversal;

 Retornar com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda que em locais permitidos.

 Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória, exceto onde houver sinalização
que permita a livre conversão à direita.
 Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto
no leito da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente (multa, agravada em
até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. A penalidade
será aplicada à pessoa física ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade com
circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às expensas do responsável,
ou, se possível, promover a desobstrução).

 Fazer falsa declaração de domicílio para fins de registro, licenciamento ou habilitação.

 Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea.

 Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva marcha for interceptada por agrupamento de
pessoas, como préstitos, passeatas, desfiles e outros.

 Deixar de dar preferência de passagem a pedestre que se encontre na faixa a ele destinada ou que
não haja concluído a travessia, mesmo que ocorra sinal verde para o veículo.

 Deixar de dar preferência de passagem a veículo não motorizado.

 Deixar de dar preferência de passagem a portadores de deficiência física, crianças, idosos e


gestantes.

 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito quando
se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos, préstitos, desfiles, nas proximidades de
escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, onde haja intensa
movimentação de pedestres ou ao ultrapassar ciclista.
13.6.2. Infrações graves – penalidade: multa

A cada infração grave cometida são computados 5 (cinco) pontos no prontuário do condutor infrator. São
elas:
 Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela
autoridade e seus agentes.
 Parar o veículo na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das
demais vias dotadas de acostamento.

 Parar o veículo sobre ciclovia ou ciclofaixa.


 Transitar com o veículo na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de circulação exclusiva
para determinado tipo de veículo.

 Transitar pela contramão de direção em vias com duplo sentido de circulação (exceto para
ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário, respeitada a preferência do veículo que
transitar em sentido contrário).

 Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de passagem devidamente
identificada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente.

 Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem
como em relação ao bordo da pista.

 Transitar em marcha à ré (salvo na distância necessária a pequenas manobras e de forma a não


causar riscos à segurança).

 Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de trânsito ou de seus agentes.

 Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de
direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de
direção ou de faixa de circulação.

 Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, ou
deixar de adentrar as áreas destinadas à pesagem de veículos.

 Evadir-se da cobrança pelo uso de rodovias e vias urbanas para não efetuar o seu pagamento, ou
deixar de efetuá-lo na forma estabelecida.

 Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial
ou qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados.
 Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista
ou entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para operação de retorno.

 Executar operação de conversão à direita ou à esquerda em locais proibidos pela sinalização.

 Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva marcha for interceptada por agrupamento de
veículos como cortejos, formações militares e outros.

 Deixar de dar preferência de passagem a pedestre que houver iniciado a travessia mesmo que não
haja sinalização a ele destinada e a pedestre que esteja atravessando a via transversal para onde
se dirige o veículo.

 Deixar de dar preferência de passagem, em interseção não sinalizada, a veículo que estiver
circulando por rodovia ou rotatória e a veículo que vier da direita.

 Deixar de dar preferência de passagem nas interseções com sinalização de regulamentação de “Dê
a Preferência”.

 Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, em mais de 20% (vinte por
cento) até 50% (cinquenta por cento).

 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito: nos
locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo agente da autoridade de trânsito (mediante
sinais sonoros ou gestos); ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou acostamento; ao
aproximar-se de ou passar por interseção não sinalizada; nas vias rurais cuja faixa de domínio não
esteja cercada; nos trechos em curva de pequeno raio; ao aproximar-se de locais sinalizados com
advertência de obras ou trabalhadores na pista; sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
quando houver má visibilidade; quando o pavimento se apresentar escorregadio, defeituoso ou
avariado; à aproximação de animais na pista; em declive.

Atenção: Veja quais são os gestos dos agentes de trânsito em nosso infográfico!

 Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os demais condutores e, à noite, não manter acesas
as luzes externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para tornar visível o local, quando
tiver de remover o veículo da pista de rolamento, permanecer no acostamento ou quando a carga
for derramada sobre a via e não puder ser retirada imediatamente.

 Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão
ou da entidade de trânsito com circunscrição sobre a via (neste caso também haverá a medida
administrativa de remoção da mercadoria ou do material – a penalidade e a medida administrativa
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável).
13.6.3. Infrações médias – penalidade: multa

A cada infração média cometida são computados 4 (quatro) pontos no prontuário do condutor infrator. São
elas:
 Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos, água ou detritos.

 Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias.

 Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar providências para remover o
veículo do local, quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito.

 Estacionar na contramão de direção.

 Parar o veículo em local e horário proibidos especificamente pela sinalização – placa de “proibido
parar”.

 Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso.

 Parar o veículo nas esquinas e a menos de 5 m (cinco metros) do bordo do alinhamento da via
transversal.

 Parar o veículo nos viadutos, nas pontes e nos túneis.

 Parar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de 1 m (um metro).

 Parar o veículo na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres.

 Parar o veículo na contramão de direção.

 Quando o veículo estiver em movimento, deixar de conservá-lo na faixa a ele destinada pela
sinalização de regulamentação (exceto em situações de emergência) ou deixar de conservá-lo nas
faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte.

 Transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação estabelecida pela autoridade
competente.

 Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando o trânsito.

 Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita,
dentro da respectiva mão de direção, quando for manobrar para um desses lados.

 Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado.

 Ultrapassar pela direita (salvo quando o veículo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der
sinal de que vai entrar à esquerda).

 Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar


bicicleta.

 Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequadamente posicionado para ingresso na via e sem
as precauções com a segurança de pedestres e de outros veículos.

 Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem dar preferência de passagem a pedestres e a
outros veículos.

 Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, em até 20% (vinte por cento).

 Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade máxima estabelecida para a
via, retardando ou obstruindo o trânsito (a menos que as condições de tráfego e meteorológicas
não o permitam), salvo se estiver na faixa da direita.

 Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha sido utilizado para sinalização temporária da via.
 Conduzir veículo de carga, com falta de inscrição da tara, lotação e peso bruto.

 Conduzir veículo com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com lâmpadas


queimadas.

 Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, salvo em casos de emergência.

 Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de posição, quando o veículo estiver parado, para fins
de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias.

 Deixar de manter acesa a luz baixa (quando o veículo estiver em movimento):

 durante a noite;

 de dia, no caso de veículos de transporte coletivo de passageiros em circulação em faixas ou


pistas a eles destinadas;

 de dia, no caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores;

 de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;

 de dia, em rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, no caso de
veículos desprovidos de luzes de rodagem diurna.

 Deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite, quando o veículo estiver em movimento.

 Utilizar luzes baixa e alta de forma intermitente em desacordo com as normas de trânsito.

 Utilizar o pisca-alerta em desacordo com as normas de trânsito.

 Dirigir o veículo com o braço do lado de fora.

 Dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e as
pernas.

 Dirigir o veículo com incapacidade física ou mental temporária que comprometa a segurança do
trânsito.

 Dirigir o veículo usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos
pedais.

 Dirigir o veículo com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de
braço, mudar a marcha do veículo ou acionar seus equipamentos e acessórios.

 Dirigir o veículo utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de


telefone celular;

 Dirigir o veículo realizando a cobrança de tarifa com o veículo em movimento.


 Transitar com ônibus articulado ou biarticulado com dimensões superiores aos limites estabelecidos
legalmente e existir restrição de tráfego, referente ao local e/ou horário, imposta pelo órgão com
circunscrição sobre a via e não constante na Autorização Especial de Trânsito – AET.
13.6.4. Infrações leves – penalidade: multa

A cada infração leve cometida são computados 3 (três) pontos no prontuário do condutor infrator. São elas:
 Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo nas pistas de rolamento de estrada, via arterial, via
coletora e via local.

 Ultrapassar veículo em movimento que integre cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo
com autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes.

 Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias providas de iluminação pública.

 Dirigir sem atenção ou sem cuidados indispensáveis à segurança.


 Parar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) de 50 cm (cinquenta centímetros) a 1 m (um
metro).

 Parar o veículo em desacordo com as posições estabelecidas pelas regras de trânsito.

 Parar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas ilhas, nos refúgios, nos
canteiros centrais e divisores de pista de rolamento e nas marcas de canalização.

 Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de habilitação do condutor.

 Transitar com o veículo na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circulação exclusiva
para determinado tipo de veículo, exceto para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à direita.

 Usar buzina: em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a
condutores de outros veículos; prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; entre as 22 (vinte
duas) e às 6h (seis horas); em locais e horários proibidos pela sinalização; em desacordo com os
padrões e frequências estabelecidas pela lei.

 Conduzir ou transportar passageiro em motocicleta, motoneta ou ciclomotor: com capacete sem


estar devidamente fixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por debaixo
do maxilar inferior; de tamanho inadequado ou no caso de queixeira não abaixada ou travada.   

 13.7. Infrações cometidas por condutores de ciclos



 Conduzir ciclos fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda; sem segurar o
guidom com ambas as mãos (salvo eventualmente para indicação de manobras); transportando
carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto na regulamentação
dos mototaxistas; conduzindo passageiro fora da garupa ou do assento especial a ele destinado;
transitando em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamento ou faixas de
rolamento próprias; transportando crianças que não tenham, nas circunstâncias, condições de
cuidar de sua própria segurança.
 Infração: Média
 Penalidade: Multa
 Medida Administrativa: Remoção da bicicleta, mediante recibo, para o pagamento da multa.


 Infração por condutores de ciclos

 13.8. Infrações cometidas por pedestres


 • permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;
 • cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes ou túneis, salvo onde exista permissão;
 • atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim;
 • utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer
folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da
autoridade competente;
 • andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;
 • desobedecer à sinalização de trânsito específica.
 Infração: leve
 Penalidade: multa, em 50% (cinquenta por cento) do valor da infração de natureza leve.


Infrações cometidas por pedestres

14. CRIMES DE TRÂNSITO


Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores aplicam-se as normas gerais do Código Penal,
do Código de Processo Penal e dos Juizados Especiais Criminais quando o CTB não dispuser de modo
diverso.

14.1. Suspensão e proibição judicial

O condutor que pratica um crime de trânsito está sujeito à penalidade (Judicial) de suspensão ou proibição
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Referidas penalidades podem ser
impostas isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo
automotor, tem a duração de 2 (dois) meses a 5 (cinco) anos.

Transitada em julgado a sentença condenatória (vencido o prazo para recorrer), o réu será intimado a
entregar à Autoridade Judiciária, em 48 (quarenta e oito) horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de
Habilitação.

A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo


automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a
estabelecimento prisional.

Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem
pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda
mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão
ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação será
sempre comunicada pela autoridade judiciária ao CONTRAN e ao órgão de trânsito do Estado em que o
indiciado ou réu for domiciliado ou residente.

Se o réu for reincidente na prática de um crime de trânsito, o Juiz aplicará a penalidade de suspensão da
permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
14.2. Multa reparatória

A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima,
ou seus sucessores, de determinada quantia, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.

A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.

Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.


14.3. Agravantes

São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo
cometido o crime:

I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a
terceiros;

II – utilizando veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;

III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da categoria do veículo;

V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de
carga;
VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua
segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações
do fabricante;

VII – sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.


14.4. Espécies de crimes de trânsito

Neste momento, veremos os crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro e as respectivas penas para
quem praticá-los. Deverá ser verificado junto ao Código Penal Brasileiro a caracterização, como crime, de
quaisquer outras condutas não previstas no Código de Trânsito Brasileiro.
01) Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas – detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.

02) Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:


Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.
Observação: nos crimes de homicídio culposo e de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor
(crimes 01 e 02, acima), a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
    I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
    II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;   
   III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
  IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

03) Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não
podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais
grave.
Observação: o condutor do veículo receberá as mesmas penas quando sua omissão for suprida por terceiros
ou quando tratar de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.

04) Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil
que lhe possa ser atribuída:
Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ou multa.

05) Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool
ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de 06 (seis) meses a 03 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Observações:
a)    a conduta criminosa prevista acima será constatada por:
   I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3
miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
  II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
b)    a verificação da conduta criminosa prevista acima poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou
toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos,
observado o direito à contraprova.
c)    O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito
de caracterização das condutas criminosas previstas acima.
 
06) Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor:
Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de
suspensão ou de proibição.

07) Deixar de entregar, em 48h (quarenta e oito horas), a Permissão para Dirigir ou a Carteira de
Habilitação para o Juiz:
Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de
suspensão ou de proibição.

08) Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade
pública ou privada:
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Observações:
    a)    se da prática do crime acima resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de
liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas acima.
    b)    se da prática do crime acima resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o
resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez)
anos, sem prejuízo das outras penas previstas acima.
09) Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou,
ainda,
Atenção! se
 De acordo com o Código Penal, as penas restritivas de direitos são autônomas e cassado
substituem as privativas de liberdade quando aplicada pena privativa de liberdade não o direito
superior a 4 (quatro) anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça de
à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo. Entretanto, dirigir,
gerando
esta regra (do Código Penal) não será aplicada aos crimes de trânsito:
perigo
- de homicídio culposo na direção de veículo automotor, se o agente conduz veículo de
automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que dano:
determine dependência; e Penas -
- de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, se o agente conduz o veículo
com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de
natureza grave ou gravíssima.
 Nas situações em que o Juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por
pena restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a
entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em
outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem
vítimas de acidente de trânsito e politraumatizados;
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados
de trânsito;
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de
acidentes de trânsito.

detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ou multa.

10) Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação
cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou
mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ou multa.

11) Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais,
estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande
movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ou multa.

12) Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou
de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito ou juiz:
Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ou multa.
 
15. NOÇÕES DE RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E DE CONVÍVIO SOCIAL NO TRÂNSITO

Considerando que todas as pessoas dependem de um meio ambiente ecologicamente equilibrado para
uma saudável qualidade de vida, é importante transmitir conhecimentos sobre as formas de se respeitar o
meio ambiente, assim como as que serão expostas a seguir.
“Meio Ambiente” é todo e qualquer espaço, modificado ou não pelo homem, que proporciona a manutenção e o
desenvolvimento da vida (em geral), interferindo em sua qualidade.
Desse modo, a saúde, o bem-estar e a harmo nia entre as pessoas (seres vivos, em geral) estão diretamente
condicionados a um meio ambiente ecologicamente equilibrado – o que dependerá da consciência de cada
indivíduo.

Porém, a produção desordenada e desenfreada de resíduos e subprodutos resultantes das atividades


humanas (em busca de benefícios individuais, na maioria das vezes) vem causando, ao longo dos anos,
alto índice de poluição ambiental – o que afeta, ou vai afetar, diretamente e indiretamente, a vida de todas
as pessoas (sob pena, inclusive, de extinção de seres vivos, tal como o homem).

Portanto, somente com respeito podemos melhorar a qualidade do ar, da água, do solo, dos alimentos,
enfim, do meio ambiente – do qual somos dependentes.

Ambiente ecologicamente equilibrado

15.1.1. Poluição do ar

Atualmente a poluição do ar é uma das mais graves ameaças à qualidade de vida das pessoas. As
indústrias e os veículos são as principais fontes desse tipo de poluição.

Veículo poluidor

A grande quantidade de resíduos lançados pelas indústrias e pelos veículos (gases e fumaça que saem do
tubo de escapamento) desequilibra o meio ambiente, acarretando inúmeras consequências, tais como:
poluição dos rios, poluição dos mares, mudanças na composição do ar (alteração da composição química
atmosférica), danos irreparáveis à fauna, à flora, ao solo, dentre outras graves consequências, que afetam
a saúde e o bem-estar do homem.

Os veículos têm poluído o meio ambiente (ar) em quantidade maior do que deveriam. Isso ocorre porque
consomem combustível de má qualidade, porque muitos motores apresentam uma mecânica ultrapassada,
porque os proprietários não se preocupam com a regulagem do motor de seus veículos (para melhor
queima do combustível), por falta de manutenção preventiva e corretiva dos veículos e, principalmente, por
falta de consciência de muitos condutores – quanto a importância da preservação ambiental.

Na atmosfera, é cada vez maior a presença de monóxido de carbono, hidrocarbonetos, fuligem e dióxido
de enxofre, lançados pelos veículos.

O monóxido de carbono (gás incolor, sem cheiro e sem gosto) diminui o transporte de oxigênio pelo
sangue (comprometendo os órgãos), reduz a capacidade de percepção, retarda os reflexos, causa
sonolência, enxaqueca, afeta o sistema nervoso central e o coração. Em maior dose é letal – mata por
asfixia (daí a importância da ventilação em túneis, garagens e locais fechados, onde haja veículos com
motor ligado).
Os hidrocarbonetos são cancerígenos. Causam irritação dos olhos, nariz, pele e aparelho respiratório,
tosse, sonolência e doenças no sangue.

A fuligem (minúsculas partículas, líquidas e sólidas, de carbono) retém compostos químicos altamente
tóxicos que entram nos pulmões (quando inalados) e agravam bronquite e asma, além de possuir ação
cancerígena. Os motores a diesel produzem, consideravelmente, mais fuligem do que os motores movidos
a gasolina e a álcool.

Tosse por fumaça

O dióxido de enxofre, produzido na combustão de combustíveis fósseis, causa danos irreversíveis aos
pulmões e pode ser fatal em altas doses e ambientes fechados.

Além das consequências expostas acima, a poluição do ar é causa:

• da chuva ácida que ocorre devido a grande quantidade de gás sulfídrico e óxidos de enxofre lançados
na atmosfera e, quando em contato com a água presente no ar, se transforma em ácido (sulfúrico) que,
juntamente com a chuva (ou neve, neblina, sereno, orvalho), cai na terra. A chuva ácida é corrosiva (corrói
prédios, monumentos, objetos de metal etc.) e aumenta a acidez (ph) do solo e das águas (rios, lagos etc.)
– dificultando, assim, a agricultura, matando plantas e destruindo parte da vida no meio ambiente aquático.

Chuva ácida

• da destruição da camada de ozônio que é a camada de gás, da atmosfera, que protege as pessoas,


animais, plantas, solo etc., contra os nocivos raios solares (raios ultravioletas – radiação UV), que podem
causar câncer de pele, irritação dos olhos, queimaduras, envelhecimento da pele etc. O clorofluorcarbono,
gás utilizado em ar condicionado dos veículos mais antigos, é um dos principais destruidores da camada
de ozônio, quando ocorre o seu vazamento.

Camada de ozônio

• do efeito estufa que é o superaquecimento das camadas inferiores da atmosfera devido a uma maior
absorção da radiação infravermelha. Isso se deve a um aumento de gases poluentes (gás carbônico,
óxidos de nitrogênio, gás metano, clorofluorcarbono) emitidos pelos veículos e indústrias (que tem o poder
de destruir a camada de ozônio).
15.1.2. Poluição sonora
Também vale lembrar sobre a grande poluição sonora emitida pelos veículos, principalmente nos centros
urbanos.

O tráfego de veículos com descarga irregular e escapamento aberto, o uso ilegal e/ou imoderado de
buzinas estridentes e irregulares, o som estridente e contínuo dos alarmes (contra roubo) e os alto-falantes
(nos carros de som) emitindo som em volume não autorizado são as principais causas da poluição sonora.

As consequências da poluição sonora são: dor de cabeça, incômodo, distúrbios gástricos, fadiga,
zumbidos e deficiência auditiva, agitação, surdez nervosa irreversível, insônia, irritabilidade e tendência a
comportamento agressivo, dispersão etc.
15.1.3. Objetos lançados nas vias

Lamentavelmente, em pleno século XXI, ainda encontramos condutores (e passageiros) que lançam
objetos pelas janelas dos veículos. Mais do que uma infração de trânsito, esse tipo de conduta é
extremamente prejudicial ao meio ambiente e perigosa aos demais usuários das vias.

Objetos lançados nas vias

Uma lata de alumínio pode causar um acidente grave quando lançada na pista de rolamento! Um
motociclista pode perder o equilíbrio e sofrer um acidente ao querer desviar da lata ou ao passar sobre ela!
O condutor de carro pode se assustar com ela, podendo causar um acidente com outros condutores de
veículos!

Também é importante lembrar que, uma lata de alumínio (que leva cerca de 500 anos para se decompor)
lançada na via pública pode causar (juntamente com os outros objetos jogados nas ruas) entupimento de
determinada parte da rede pública de esgoto e, com uma forte chuva, causar inundações – como as
inúmeras que vêm atingindo as grandes cidades.

Alagamentos

Além disso, a lata jogada na via pública aumenta a quantidade de lixo e, consequentemente, de insetos e
ratos – que podem invadir as residências e trazer doenças ao homem.

Lixo na via

15.1.4. Respeito ao meio ambiente


É necessário que os condutores de veículos automotores adotem procedimentos que contribuam para a
redução da poluição atmosférica, poluição sonora e poluição das vias (solo), para melhor qualidade de vida
de todos.

Alguns simples procedimentos são essenciais à redução da poluição, como exemplo:

Manutenção periódica

 manter o tubo de escapamento e o silenciador de barulho em boas condições;


 não ficar acelerando quando o veículo estiver parado, no trânsito;
 não transportar excesso de peso, no veículo;
 regular, periodicamente, o motor do veículo;
 evitar constantes reduções de marcha, acelerações bruscas e freadas excessivas;
 não utilizar buzina com som em volume não autorizado por lei;
 utilizar as marchas de forma adequada (não passar marcha desnecessariamente);
 desligar o motor quando precisar parar o veículo por tempo prolongado;
 fazer manutenção periódica do catalisador (equipamento que reduz a quantidade de poluentes emitidos
pelos veículos);
 utilizar a buzina somente em toque breve e como advertência (para evitar acidentes) aos demais
condutores e pedestres;
 utilizar alarmes, que apresentem sinal sonoro em conformidade com o que é permitido;
 realizar, periodicamente, manutenções (preventiva e corretiva) no veículo (bomba injetora, bico injetor,
sistema de ignição, injeção eletrônica, escapamento etc.);
 não atirar objetos e substâncias nas vias – manter, no veículo, pequenas sacolas de lixo para serem
utilizadas tanto pelo condutor quanto pelos passageiros!
 dentre outras.

Qualidade de vida

 A preservação do meio ambiente está em nossas mãos. Reflita e faça a sua parte!

 
15.2. Convívio social no trânsito

O trânsito faz parte da vida de todas as pessoas. De uma forma ou de outra, toda pessoa se utiliza do
trânsito para atingir seus objetivos e interesses individuais. Ora como pedestres, ora como passageiros,
ora como condutores de veículos, cada um necessitará conviver com outras pessoas (mesmo que por um
pequeno tempo) nas vias públicas, ao transitar.
Convívio social no trânsito

Por isso, é fundamental que haja um bom convívio social entre todos que utilizam as vias públicas.

O resultado desse convívio social harmonioso nas vias públicas é a possibilidade de cada um atingir seus
objetivos e concluir seu percurso de forma segura, tranquila e pacífica.

E como o trânsito é constituído principalmente de pessoas, alguns princípios são essenciais para
possibilitar o convívio social nas vias públicas, tais como:

 o princípio de dignidade da pessoa humana - princípio base dos direitos humanos e dos valores a
serem respeitados e preservados para uma convivência social tranquila e pacífica no trânsito, tais como
o respeito mútuo, o comportamento civilizado, a igualdade entre as pessoas e o repúdio às
discriminações.

Inclusão de todos no trânsito

 o princípio da igualdade de direitos - respeitadas as diferenças entre as pessoas, o princípio da


igualdade de direitos visa garantir tratamento igual às pessoas, de forma a possibilitar o exercício da
cidadania plena, para maior aproximação da justiça social.
 o princípio da participação - esse princípio possibilita a participação direta de cada um dos integrantes
da sociedade frente aos problemas e situações de risco no trânsito. Cada integrante da sociedade tem a
prerrogativa de exercer sua cidadania com a solicitação de recursos para promoção de um trânsito mais
seguro.
 o princípio da corresponsabilidade pela vida social - trata-se, pois, da responsabilização de todo
cidadão pela paz social, integridade física de seu semelhante e pela harmonia nas relações com os
demais usuários das vias públicas. Ao mesmo tempo em que é concedido a cada cidadão o direito de
transitar pelas vias públicas, é estabelecido o dever de preservar a segurança no trânsito.

Preservar a segurança no trânsito

Respeito e educação sempre possibilitarão um bom relacionamento entre as pessoas tornando o trânsito
mais seguro. É importante que cada um faça sua parte para que todos se beneficiem durante o convívio
social que, inevitavelmente, haverá ao conduzir um veículo pelas vias públicas.
15.2.1. Relacionamento interpessoal, diferenças individuais e respeito mútuo entre condutores

Cada indivíduo tem sua característica física e comportamental que o difere dos demais membros da
sociedade.
GIF Comportamento essencial do condutor

O importante é entender que todos compõem um ou vários grupos de pessoas (família, escola, bairro,
cidade, lazer, trabalho, religião, política etc.), que somados, constituem a sociedade.

Diversidade no trânsito

Desse modo, o indivíduo deve sempre refletir sobre seu comportamento frente à diversidade de situações
a que é submetido constantemente, pois suas atitudes poderão influenciar ou modificar a vida e o
comportamento dos demais integrantes de seu grupo de convívio.

O ato de conduzir um veículo em alta velocidade ao sair atrasado para o trabalho, causará, no mínimo, um
repúdio por parte de vários integrantes do meio social de convivência desse condutor – por melhor que
seja sua intenção (demorar menos para chegar no trabalho).

Isso ocorre em virtude de riscos não tolerados pela sociedade, tal como a condução de um veículo de
forma imprudente, como citado.

É certo que o simples fato de colocar um veículo em movimento na via pública traz um risco às pessoas
que nela transitam. Porém, a condução do veículo de forma adequada, cumprindo as normas de
segurança, inclui uma série de riscos permitidos e aceitáveis por todos os integrantes da sociedade.
Assim, a sociedade, em busca de sua própria evolução, cria riscos permitidos e não permitidos, cabendo a
cada indivíduo, em prol de uma convivência harmônica, entender que, embora livre para transitar pelas
vias públicas, está sempre à mercê de normas de convívio social (que regulamentam a prática de condutas
causadoras de riscos aceitáveis), que visam garantir a sua segurança, bem como a segurança coletiva no
trânsito.

Atitudes no trânsito

E para formalizar o que os diversos grupos sociais irão ou não tolerar de cada um de seus integrantes, são
estabelecidas as normas de convívio social (tais como as “regras de circulação e conduta no trânsito”,
contidas no Código de Trânsito Brasileiro), que visam o bem-estar e a segurança de todos.

O importante é que cada indivíduo, na busca de seus objetivos, respeite as normas de convívio social,
estabelecidas pelos próprios integrantes da sociedade, para a garantia de sua segurança, bem como dos
demais usuários das vias.

A educação, o respeito, a ponderação das ações, o equilíbrio no relacionamento interpessoal são as


grandes marcas dos “novos tempos”.

Conflitos de trânsito acontecem porque os pedestres e os diversos condutores, cada qual com seu veículo,
têm interesses e necessidades diferentes e precisam dividir os mesmos espaços nas vias públicas. O
convívio social pacífico no trânsito só é possível se os usuários das vias públicas (pedestres, motociclistas,
ciclistas, passageiros e motoristas) se respeitarem mutuamente, levando em consideração as diferenças e
necessidades individuais.

Respeitar todos no trânsito

Colocar-se no lugar do outro é uma boa forma de manter o equilíbrio emocional em um relacionamento
interpessoal.

Ao transitar, esperamos que os demais usuários da via se comportem de acordo com as normas de
trânsito impostas à sociedade. Porém, o histórico de vida de cada pessoa diversifica os comportamentos
de cada integrante da sociedade, frente à mesma situação no trânsito. Devemos lembrar que os usuários
das vias podem se comportar de forma inesperada. E essa diversidade de comportamentos advém dos
valores e princípios adquiridos quando da formação da personalidade de cada indivíduo (seus atos
refletem o que ele apresenta internamente como valores e princípios). Cada um tem uma base de
formação (na família, na escola, nos grupos sociais etc.) que irá interferir em seus comportamentos para o
resto da vida, inclusive no trânsito. Muitas vezes, as condutas imprudentes no trânsito resultam do
desprezo e descaso dos responsáveis pela educação desses condutores agressivos. Daí a importância de
uma reflexão (sobre a maneira que estamos dirigindo) e de informações a induzir um bom comportamento
no trânsito para evitar desentendimentos e principalmente acidentes – propósito de um curso de Direção
Defensiva.
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dirigir com segurança envolve a constante busca de informações sobre as normas de trânsito e técnicas
de direção defensiva. Mais importante que conhecer é colocar em prática todo o conhecimento adquirido.
17. RESUMO

Você chegou ao final da disciplina de Direção Defensiva!

Durante o estudo deste conteúdo, você teve a oportunidade de relembrar os tipos de direção defensiva,
assim como quais são as principais condições adversas ocasionadas pelo condutor, pelo veículo ou
mesmo pela má conservação da via e como deve proceder em relação aos demais usuários.

Pôde, ainda, ampliar seus conhecimentos sobre as diversas situações de risco – que podem acontecer em
cruzamentos, curvas, passagens de nível, declives e ultrapassagens – e os cuidados que deve ter durante
a direção de um veículo automotor, bem como com sua manutenção.

Além disso, compreendeu a importância da imobilização do veículo – abordando a distância de reação, a


frenagem, a derrapagem e a frenagem de emergência – a principal causa dos acidentes e seus efeitos e,
também, quais são os principais equipamentos de segurança do condutor.

Esta disciplina teve como objetivo expor e relembrar o conceito e os elementos da direção defensiva
relacionando-os às situações atuais de trânsito, e a relação existente entre o comportamento diante das
normas gerais de circulação e conduta e os fatores de risco e prevenção de acidentes. Explicar os
diferentes fatores e as percepções de risco necessárias de acordo com o veículo conduzido, assim como a
importância das manutenções preventivas e corretivas, nos veículos, para a prevenção de acidentes de
trânsito.

Objetivou, ainda, informar as principais causas de acidentes de trânsito e induzir a utilização dos
equipamentos de segurança do veículo e dos equipamentos de proteção individual.

Agora, para dar continuidade aos seus estudos no curso de Renovação, você deverá ler os conteúdos
disponíveis no Material de Apoio, realizar os Exercícios de Fixação para avaliar sua aquisição de
conhecimentos.

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