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Apresentação
Conceito
Direção é o modo correto de dirigir um veículo, reduzindo assim a possibilidade
de envolver-se com terceiros em acidentes de trânsito.
Dirigir com segurança significa adotar atitudes e princípios de tal forma a dirigir
na Defensiva. O motorista deve ser defensivo, determinado em suas ações,
mas não cauteloso em excesso o que pode ser prejudicial.
Dirigir com segurança não depende apenas da observância das regras de
trânsito, a correta utilização do veículo é muito importante. Prever possíveis
situações de risco aumenta a chance de se livrar ileso de acidentes. Quando
você dirige cuidando dos outros motoristas, você está cuidando de si mesmo.
O conhecimento do veículo e de suas condições permite ao condutor dirigir
com segurança, propiciando maior tranqüilidade aos seus ocupantes.
As orientações abaixo visam mostrar as diversas precauções e ações
relacionadas de como dirigir adequadamente, aumentando assim a sua
segurança e diminuindo a agressividade no trânsito.
POSIÇÃO DO MOTORISTA
Deve sentar-se confortavelmente de maneira que tenha acesso a todos os
comandos e retrovisores sem a necessidade de mudar de posição para acioná-
los.
Os braços não podem ficar esticados ou dobrados, devem permitir gestos
folgados. As mãos deverão permanecer no volante o maior tempo possível,
principalmente nas curvas. Os pés devem ser apoiados no assoalho do veículo
para evitar o cansaço das pernas
Homens = 88%
Dados técnicos :
Mesmo estando preparado para enfrentar condições adversas, você sabe que
não basta simplesmente ver o perigo para o seu carro parar. Você vê o perigo,
toma uma decisão e depois reage. Nada acontece instantaneamente, se ao ver
o perigo, você decidir frear; até que o veículo pare terá passado algum tempo.
Por isso temos que saber o seguinte:
Tempo de Reação – é o tempo que transcorre desde o momento em que você
viu o perigo até a tomada de decisão.
Tempo Médio de Reação – é o tempo que o motorista, em estado normal,
gasta para reagir. Este tempo varia de ¼ a ¾ de segundo.
Tempo de Frenagem – é o tempo gasto, depois de acionado o mecanismo de
freio, até o veículo parar.
Tempo de Parada – é o tempo gasto, desde que o motorista percebe o perigo,
até o veículo parar.
Você sabe que o veículo não pára instantaneamente. Desde que o perigo é
visto até a parada total existe um espaço de tempo em que o veículo continua
em movimento, percorrendo uma certa distância. Para caracterizar melhor essa
distância, precisamos de algumas definições:
Distância de Reação – é aquela que o veículo percorre, desde que o perigo foi
visto, até que o motorista tome qualquer providência.
Distância de Frenagem – é aquela que o veículo percorre, depois de acionado
o mecanismo de freio, até parar.
Distância de Parada – é aquela que o veículo percorre, desde que o perigo foi
visto, até parar.
Distância de Seguimento – é a distância que deve ser mantida entre o seu
veículo e o que vai à frente. Esta distância, em pista seca e de asfalto, deve ser
de dois segundos, e de quatro segundos em pista de asfalto molhada ou de
terra.
Tempo de Reação :
O tempo que o motorista leva para executar as manobras e operar os controles
do carro, nós chamamos de tempo de reação.
Exemplo: ( Um carro a 60Km/h ) e ( 90 Km/h ).
60 Km/h
0 ---------------------- 16,6 metros
1 segundo
90 Km/h
0 ---------------------- 24,9 metros
1 segundo
Obs.: Tempo para tirar o pé do acelerador e frear – 1,0 segundos
- A 60 Km/h nessa operação o carro desloca 16,6 metros
- A 90 Km/h nessa operação o carro desloca 24,9 metros.
- A 120 Km/h (bater o cigarro no cinzeiro), 3 segundos, o carro desloca 99,6
metros aproximadamente.
120 Km/h
0 ----------------------- 99,6 metros
3 segundos
1- FADIGA
O cansaço diminui o grau de atenção do motorista, sua coordenação motora e
seus reflexos.
Fadiga, estado alcoólico, sono, visão deficiente, audição deficiente,
perturbações físicas, devem ser analisadas neste tópico.
A fadiga é o grande inimigo dos motoristas. Num dos trabalhos publicados no
Programa Volvo de Segurança nas Estradas, é vista como o resultado de
vários fatores adversos: monotonia, que se dá em estradas, principalmente à
noite; a intensidade do trabalho mental e físico (mesmo sentado, o motorista se
movimenta e troca de marchas, o que cria a forte “dor do motorista”, no lado
direito do tronco); a carga horária, nem sempre limitada (entre condutores de
caminhões, o índice de acidentes cresce entre a 7ª e a 10ª hora de direção e
passa do dobro entre a meia-noite e as oito horas).
A temperatura, ruídos e vibrações que cercam o motorista também afetam seu
trabalho ao volante. Para sentir-se bem, o motorista de um ônibus deve estar a
27°C, mas no verão, a temperatura dentro de um veículo lotado chega a 50°C.
Isso pode causar desordem psiconeurótica e afetar sua habilidade. Igualmente,
ruídos provocam irritações, tensão, dores de cabeça e má digestão. A vibração
também causa estresse mecânico dos tecidos e estimulação dos terminais
nervosos.
Na verdade, os motoristas enfrentam condições cada vez mais estressantes. A
quantidade de veículos, os congestionamentos, os perigos e todos os tipos de
distrações, cobram seu preço. Esses fatores impõem novos desafios aos
engenheiros, que, com a segurança fisiológica, estão apresentando aos
motoristas novos equipamentos, no sentido de aliviar o estresse físico e mental
e fazer com que sua concentração aumente.
RECOMENDAÇÃO – Assumir o turno de trabalho o mais descansado possível.
Fazer pausas a cada hora e meia de tráfego ininterrupto, procurando relaxar
através de movimentação das pernas, braços e pescoço.
2 - ÁLCOOL
Cerca de 90% do álcool, em apenas uma hora e meia após a ingestão, já é
absorvido pela corrente sangüínea. Todavia, seu efeito dura por horas
cessando somente com o passar do tempo.
Sua presença na corrente sangüínea causa danos temporários à coordenação
motora, aos reflexos, e à noção de perigo, e o que pior, dá falsa sensação de
auto - segurança, estimulando o arrojo e a sub estimação do perigo.
O organismo humano compõe-se de água e de sais minerais. O abuso do
álcool interfere, tumultua e destrói a sua organização funcional de modo
traiçoeiro e, muitas vezes, de forma irresistível.
Quando chega ao estômago, o álcool é rapidamente absorvido e transportado
para a corrente sangüínea, especialmente se a pessoa que o ingeriu estiver em
jejum. A absorção ocorre com menor rapidez quando há ingestão de alimentos,
principalmente gordurosos.
A dosagem alcoólica distribui-se por todos os órgãos e líquidos orgânicos, mas
concentra-se, elevadamente, no cérebro. Cria um excesso de confiança, reduz
o campo de visão e altera a audição, a fala e o senso de equilíbrio. A aparente
euforia que domina a pessoa, chamada de excitação alcoólica, nada mais é do
que a anestesia dos centros cerebrais, controladores do comportamento.
O organismo elimina o álcool pela transpiração (10%) e pela oxidação (90%). A
oxidação ocorre, principalmente, no fígado, mediante um processo químico que
transforma o álcool em acetaldeído (comportamento tóxico), depois em ácido
acético (encontrado no vinagre) e, finalmente, em água e dióxido de carbono.
O processo de eliminação realiza-se num tempo determinado e não pode ser
acelerado por exercícios físicos, café forte, banho frio ou remédios. Esses
recursos populares conseguem apenas transformar um ébrio sonolento num
bêbado bem acordado. A única maneira de eliminar a bebida alcoólica é
esperar passar o tempo necessário para a transformação do álcool, pelo
fígado, em água e dióxido de carbono.
É considerado estado de embriaguez alcoólica a concentração mínima de 0,6g
de álcool por litro de sangue. Entretanto, a taxa percentual de álcool no
organismo é influenciada por variações entre pessoas no que se refere ao
peso, altura, quantidade e espécie de alimentos existentes no estômago, assim
como o tempo decorrido após o ato de beber.
Muitas drogas podem ser fatais, mormente quando associadas a bebidas
alcoólicas.
Aspecto legal
No Brasil, a resolução 413/69 diz: “Com 8 mg de álcool por litro de sangue você
está em estado de embriaguez alcoólica”. Isto equivale a aproximadamente
0,09% de álcool no sangue.
Observe a regra prática:
- Até 0,04% - caso precise dirigir, seja extremamente prudente.
- De 0,05% a 0,08% - você está fisicamente impedido. Peça alguém para
dirigir ou chame um táxi.
- De 0,09% ou mais – não dirija! Nunca!
3 - ALIMENTAÇÃO
As refeições abundantes, com excesso de gordura ou condimentos, ou
acompanhadas por líquidos em demasia, dificultam a boa digestão, causando
sonolência e relaxamento, podendo também trazer incômodos gástricos e
intestinais.
Sob o ponto de vista médico, o socorro às vítimas de acidentes de trânsito é
consideravelmente mais fácil quando os aparelhos digestivos e urinários estão
vazios. Em contrapartida a sensação de fome perturba o equilíbrio emocional,
gerando nervosismo, tontura e dor de cabeça.
RECOMENDAÇÃO - Fazer refeições leves, em quantidades moderadas, se
possível sem acompanhamentos de líquidos, os quais quando inevitáveis,
devem ser ingeridos antes dos alimentos sólidos. Evitando sobrecarregar o
estômago.
5 - DEFICIÊNCIA VISUAL
Deficiências visuais perturbam a percepção do motorista, dificultam a
visualização da sinalização, causam erros de avaliação, podendo provocar
irritação dos olhos, náuseas, tonturas ou dor de cabeça, dependendo do tipo e
da intensidade.
RECOMENDAÇÃO – Consultar o oftalmologista ao sentir a manifestação de
qualquer sinal que indique a existência de deficiência visual. Quando usar
óculos, prefira as armações de hastes finas, a fim de não prejudicar a visão
lateral.
6 - VESTIMENTA
Roupas muito justas impedem a livre movimentação dos braços e das pernas,
atrapalhando manobras bruscas e provocando dormência, em conseqüência de
má circulação sangüínea.
Calçados do tipo “sandália” ou “chinelo”, ou muito folgados, podem escapar dos
pés, prendendo-se entre os pedais.
RECOMENDAÇÃO – Trajar-se com roupas que permitam o livre movimento
dos membros e calçar sapatos que se ajustem adequadamente aos pés.
Cuidado com os tecidos sintéticos, pois dificultam a transpiração da pele.
7 - CINTO DE SEGURANÇA
De cada 10 acidentes 8 acontecem a velocidades inferiores a 65 Km/h. Muitas
pessoas se ferem, às vezes fatalmente, a velocidades tão baixas como a 20
Km/h. Observe os dados abaixo:
- Bater contra o volante causa lesões fatais em 30% das pessoas nas
colisões.
- Bater no pára-brisa ou no painel de instrumentos causa a morte de 40%
das pessoas.
- Quando a pessoa é arremessada fora do veículo, a chance de morrer
aumenta em 25 vezes. As estimativas revelam que 4 em cada 5 pessoas
morrem em acidentes, porque foram lançadas fora do carro.
- Uma em cada cinco lesões acontece porque pessoas dentro do veículo
batem umas contra as outras.
- Uma em cada duzentas colisões que causam vítimas envolve incêndio
do veículo ou queda dentro d’água. Usando o cinto de segurança você
terá mais chance de sobreviver à colisão e ficar consciente para sair do
carro.
- Pode ser fatal levar uma criança no colo; para uma criança de 14 Kg,
uma colisão a 50 Km/h tem o mesmo efeito de uma queda livre do 2º
andar de um prédio.
- Crianças menores de 4 anos de idade devem viajar seguras por cintos
de segurança apropriados para criança. Se não tiver o cinto específico,
deve-se usar o cinto do carro.
- Mulheres grávidas devem usar o cinto de segurança. A fita da cintura
deve ficar abaixo do ventre.
DISTÂNCIA DE SEGURANÇA
Quando tiver tráfego à frente, o motorista deve se manter a uma distância em
metros de cerca de um terço da velocidade com a qual trafega.
Por exemplo, se estiver à cerca de 60 Km/h, mantenha a distância de pelo
menos 20 metros do veículo que estiver à frente. Isto fará com que possa evitar
a colisão na traseira do auto que o precede, permitindo ainda boa visibilidade
do tráfego contrário em caso de ultrapassagens.
1 - VENTOS
Os ventos laterais podem, muitas vezes, causar perturbações súbitas na
dirigibilidade do veículo, afetando o seu equilíbrio.
RECOMENDAÇÃO – Sob efeito de ventos laterais de grande intensidade,
baixar a velocidade e empunhar com firmeza o volante, medida esta que deve
ser também observada à saída de cortes de morro, evitando a surpresa de um
vento do qual o veículo estava protegido pelo morro.
2 - DESLOCAMENTO DE AR
Veículos de grande porte deslocam grandes massas de ar, as quais podem
afetar o equilíbrio de veículos de menor porte, quando trafegando lado a lado.
RECOMENDAÇÃO – Ao pressentir a possibilidade de manifestação de
deslocamento de ar provocado por veículo de grande porte, empunhar
firmemente o volante. Se o fenômeno se manifestar de fato, acelerar em caso
de estar ultrapassando e desacelerar no caso de estar sendo ultrapassado pelo
veículo de grande porte.
3 - LUMINOSIDADE
A falta de luz, o excesso de luz e o contraste de iluminação podem prejudicar a
eficiência visual do motorista.
RECOMENDAÇÃO – Evitar ultrapassagens com o sol próximo ao horizonte, à
frente ou às costas. Diminuir a velocidade na entrada de túneis.
À noite, usar o facho de luz baixa dos faróis quando cruzar com veículo no
sentido contrário, mesmo que este trafegue com luz alta, ocasião em que se
deve centrar a vista à direita da faixa de rolamento, a fim de se evitar o
ofuscamento.
NUNCA FAÇA “GUERRA DE FARÓIS”, isto só agrava a situação, tomando
ambos os motoristas ofuscados pelas luzes.
4 - NEBLINA
A névoa implica em diminuição de visibilidade e, quando úmida, também dá
aderência ao pavimento.
RECOMENDAÇÃO – Reduzir a velocidade. Aumentar a distância de
segurança. Acender os faróis baixos. Baixar o volume, ou se possível, desligar
o rádio. Manter as janelas abertas, intensificando a atenção auditiva. Evitar
conversas. Acionar os limpadores do pára-brisa no caso de névoa úmida.
Quando o nevoeiro for intenso, parar no acostamento, comunicando o fato por
rádio e ficar fora do veículo à margem da estrada.
NUNCA se orientar pelas luzes de veículo que siga em frente, lembrando-se
que se não há condição de enxergar a pista deve-se parar.
O fato de se conhecer a estrada e dela fazer uso habitual não diminui o risco
frente à neblina, pois pode sempre haver uma avaria que antes não existia, um
veículo com problemas mecânicos, um acidente ou um animal na pista,
gerando surpresas desastrosas.
5 - CHUVA
As garoas, chuviscos e chuva em geral diminuem a visibilidade, a aderência ao
solo e provocam o embaçamento dos vidros.
RECOMENDAÇÃO – Mantenha os vidros defletores (“Quebra - Ventos”),
abertos e as janelas com os vidros abaixados pelo menos com um vão de três
dedos, isto porque o vapor de água da respiração vai saturando o ambiente
que encontra o vidro frio, existindo assim a condensação (passagem do estado
gasoso para o líquido). Diminuir a velocidade, aumente a distância de
segurança e previna-se quanto à aderência ao solo, principalmente nos
primeiros instantes de chuva, quando o piso ainda está sujo de óleo diesel e
restos de borracha dos pneus, e com a adição de água toma-se mais
escorregadio.
Aquaplanagem
Aquaplanagem, ou hidroplanagem, é a falta de aderência do pneu com a pista,
que faz com que a viatura derrape e o condutor perca o seu controle. Isso
significa que o pneu está rodando sobre o topo da água, ao invés de rodar
sobre a pista. A estabilidade de uma viatura depende do contato entre seus
pneus e o solo.
Á medida que a velocidade aumenta, esse contato diminui devido à penetração
de ar entre a pista e a unidade móvel. O bom agente motorista precisa manter
aderência suficiente para manter a inércia, que puxa o veículo para frente,
numa freada, ou para fora da pista, em uma curva. A alta velocidade, a pista
molhada, os pneus mal calibrados e/ou em mau estado de conservação, são os
elementos mais comuns presentes em ocorrências de Aquaplanagem.
Para evitar essa situação, o agente motorista deve tomar os seguintes
cuidados:
Em dias de chuva, reduza a velocidade;
Rode com pneus novos ou em bom estado de conservação;
Calibre os pneus, segundo as especificações do fabricante e do
veículo;
Verifique a calibragem, pelo menos, uma vez por semana;
A velocidade depende do tipo de pista; no asfalto pode-se
manter uma velocidade maior, mas, em pista de terra ou
molhada, a velocidade tem que ser menor; não utilize poças
d'água para “lavar” seu veículo, provocando Aquaplanagem e
desgovernando a viatura.
Sugestão prática
Se a viatura aquaplanar, tire imediatamente o pé do acelerador e não utilize o
freio, em hipótese alguma.
Não faça nenhum movimento brusco na direção, mantendo o seu sentido.
Ao diminuir a velocidade, a viatura retoma a aderência na pista.
Pedestres
O comportamento do pedestre é imprevisível. Para evitar acidentes, tenha
muita cautela, sempre, dando-lhe preferência. Problemas com álcool não são
exclusividade de motoristas imprudentes. Pedestres embriagados também são
muito comuns e, geralmente, acabam atropelados. Quase todas as vítimas são
pessoas que não sabem dirigir, não tendo, portanto, noção de distância de
frenagem. Muitos são desatentos e confiam demais na ação do motorista para
evitar atropelamentos. O motorista defensivo deve dedicar atenção especial a
pessoa idosas e deficientes físicos, que estão mais sujeitos a atropelamentos.
Igualmente, deve ter muito cuidado com as crianças que brincam nas ruas,
correndo entre os carros estacionados, atrás de bolas ou animais de
estimação.
Geralmente atravessam a pista sem olhar, estando sob alto risco de sofrer
acidentes.
Sugestão prática
Se um pedestre atravessar na sua frente, pise no freio, com cautela, a fim de
que o carro que estiver atrás não venha a colidir com sua traseira. Se não der
para frear, tente desviar a viatura para o lado que apresentar menor risco de
colisão.
Faixa de pedestre
Reduza, sempre, a velocidade ao se aproximar de uma faixa de pedestres. Se
houver pessoas querendo cruzar a pista, pare completamente a viatura. Só
retorne a mancha depois que os pedestres houverem completado a travessia.
Sugestão prática
Mesmo com o sinal verde para a viatura, existem pedestres que não têm noção
de tempo e espaço e acabam atravessando na frente do veículo.
Animais
Muitos motoristas envolvem-se em acidentes causados por animais; esteja
atento, portanto, ao trafegar por regiões rurais, de fazendas ou em campo
aberto, principalmente à noite. A qualquer momento, e de onde menos se
espera, pode surgir um animal.
Choca-se contra um animal, ainda que de pequeno porte, como um cachorro,
geralmente acarreta conseqüências graves.
Sugestão prática
Ao perceber a presença de animais, reduza a velocidade e siga devagar, até
que os tenha ultrapassado completamente. Isso evitará que o animal se
assuste e, na tentativa de fugir, venha de encontro à viatura.
Bicicletas
A bicicleta é um veículo de passageiros, como qualquer outro. A maioria dos
ciclistas, porém, é constituída de menores, que desconhecem as regras de
trânsito. Por isso, a possibilidade de acidentes envolvendo ciclistas é muito
grande. Além daqueles que se utilizam da bicicleta, apenas como meio de
transporte, há, também, os desportivas, ciclistas amadores ou profissionais.
Estes últimos, em geral, fazem uso de todo equipamento de segurança. Com
freqüência, usam roupas bastantes coloridas, que permitem sua fácil
visualização. Mas, por outro lado, circulam em velocidades bem mais altas,
comparáveis, em alguns casos, às dos veículos automotores, sobretudo em
descidas. Fique atento com os ciclistas, principalmente à noite. A bicicleta é um
veículo silencioso e, muita vezes, o agente policial não percebe sua
aproximação.
Os ciclistas, com freqüência, circulam em alta velocidade por entre carros
parados ou estacionados.
Sugestão prática
Circulam ao abrir a porta. Cuidado, também, quando dobrar uma esquina, pois
um ciclista pode introduzir-se entre sua viatura e o meio-fio, sem ser notado.
Percebendo que o ciclista está desatento, dê uma leve buzinada, antes de
ultrapassá-lo.
Motocicletas
As motocicletas e os ciclomotores são, hoje, partes integrantes do trânsito.
Muitos dos seus condutores são inexperientes, apesar de arrojados. Assim, o
agente motorista precisa estar alerta em relação àqueles, aumentando a
distância de seguimento, sempre que possível.
Sugestão prática
Ao ultrapassar, deve-se manter a mesma distância que se deixaria se estivesse
ultrapassando um carro. Tome muito cuidado ao abrir a porta do trânsito; os
motociclistas têm o péssimo hábito de trafegar entre os veículos.
Direção e segurança
Existem várias precauções que o motorista deve tomar desde o início do
percurso até seu final, a fim de que não tenha surpresas durante o seu
desenrolar, realizando o trajeto sem acidentes, sem infrações de trânsito, sem
abusos com a viatura, sem atrasos de horário e com cortesia.
O acidente de trânsito é, em geral, conseqüência de muitas causas. Portanto, é
preciso identificar algumas delas, objetivando interromper o perigoso percurso.
Quando se afirma que um acidente é evitável, levanta-se a seguinte questão:
Evitável, por quem?
Várias pessoas e entidades colaboram, direta ou indiretamente, na prevenção
de acidentes de trânsito.
Pode-se conceituar acidente evitável, portanto, como aquele em que o
motorista deixou de fazer tudo o que razoavelmente poderia ter sido feito para
evitá-lo.
A arte de ficar vivo
Praticar direção defensiva “é planejar todas as ações pessoais ao volume,
prevendo, com antecedência, o comportamento de outros motoristas e de
condições adversas”.
Bem acentua o Conselho Interamericano de Seguridade que “o motorista
defensivo é o que reconhece que não tem nenhum domínio sobre as
ações irrefletidas dos outros condutores ou pedestres, nem sobre as
condições do tempo e das estradas e, então, desenvolve várias práticas
defensivas contra esses riscos”.
Dessa forma, pode-se dizer que uma condição adversa, independente da
vontade do motorista, pode causar acidentes.
Maneira de dirigir
A maneira de conduzir o veículo é, também, uma das causas de acidentes.
Os motivos para o volante escapar das mãos do motorista são os mais
variados. Os mais comuns são, dirigir apenas com uma das mãos, apanhar
objetos dentro do veículo em movimento, efetuar manobras bruscas com
veículo, estar o volante escorregadio devido o suor das mãos do motorista,
usar telefonia móvel celular, a não ser que se opere o equipamento especial de
viva voz.
É importante lembrar que as condições adversas não aparecem isoladas. Mas
mesmo quando houver apenas uma, o motorista deve estar consciente e
procurar ajustar o seu modo de dirigir, de maneira a não ser afetado por ela.
Quanto menor for as paredes do pneu em altura, maior será a sua banda de
rodagem. A altura das paredes deve ser 70% da medida da banda de rodagem.
30/700Kg
A pressão dos pneus é, sem dúvida, um dos itens mais importantes.
Na performance do automóvel em manobras bruscas. Quanto maior for
a pressão, mais peso os pneus suportam.
Quando nós fazemos uma curva, o peso do carro é transferido para as rodas
opostas à curva, ou quando damos um cavalo - de - pau existe transferência de
peso para certas rodas.
Se o pneu, por exemplo, suporta segundo o fabricante 700 Kg com 30 libras, e
nós numa manobra brusca transferimos 700 Kg e esse pneu estiver, por
exemplo, com 25 libras, não irá suportar o peso podendo sair do aro e ainda
não responder à manobra.
Por isso, é aconselhável trabalhar com a pressão máxima indicada pelo
FABRICANTE DO CARRO (Carga Máxima), para evitar surpresas numa
situação de emergência.
PRESSÃO BAIXA – O pneu não adere corretamente ao solo.
PRESSÃO ALTA – O pneu adere mais ao solo.
AMORTECEDORES
Os carros que serão utilizados por executivos e escolta, assim como carros de
polícia, devem necessariamente utilizar amortecedores a gás. O uso de tais
amortecedores melhora a performance do carro em manobras de emergência,
levando muita vantagem sobre os amortecedores hidráulicos (a óleo).
A função básica dos amortecedores é manter o pneu do carro no chão o
máximo possível. Ele controla a velocidade de ação das molas quando as
mesmas se comprimem. Sua manutenção deve ser feita com cautela, pois
interfere substancialmente no controle do veículo.
FREIOS
Existem basicamente dois sistemas de freios:
1. A tambor
2. A disco (com pastilhas metálicas, semi metálicas, orgânicas).
O freio a tambor é o mais antigo sistema.
Atualmente, os carros modernos estão utilizando o sistema a disco.
Um sistema de freio torna-se mais eficiente, quando maior for a sua
capacidade de dissipar o calor.
O freio a disco trabalha mais refrigerado, melhorando assim a eficiência do
sistema. Quando ocorre super aquecimento do sistema, o óleo pode ferver e
criar bolhas de ar na tubulação e a eficiência fica comprometida.
O uso de pastilhas metálicas melhora a eficiência do sistema. A escolha do
fluído é muito importante, porque seu ponto de fusão e nível de corrosão são
muito importantes.
- Óleos com a classificação DOT-3 (agüentam mais ou menos 700°C antes de
ferverem, sendo que os comuns mais ou menos 450°C).
- Óleos com a classificação DPT-3 são à base de silicone e segurança não
corroem o sistema por mais ou menos 20 anos.
FRENAGENS
O uso dos freios deve ser bem dosado. Se possível, deve-se recorrer à
adequada redução de marchas, quando se pretender diminuir a velocidade ou
parar.
Nas frenagens de emergência deve-se acionar repetida e vigorosamente os
freios, evitando perda de eficiência por fadiga ou super aquecimento.
Obs.: - NUNCA PISE FORTE NO PEDAL DE FREIOS POIS ESTARÁ
PERMITINDO O TRAVAMENTO DAS RODAS ( o carro deslizará com a roda
travada).
ULTRAPASSAGENS
A ultrapassagem é uma das manobras mais arriscadas no que diz respeito ao
ato de dirigir, por exigir providências antes, durante e depois de sua execução,
as quais não podem ser relegadas a segundo plano, sob pena de se envolver
em grave acidente. Todavia, sendo estas providências obedecidas, pode-se
executar a ultrapassagem com plena segurança.
Quando estiver sendo ultrapassado
- Verificar o trânsito contrário.
- Manter o seu veículo o mais à direita possível.
- Sinalizar com a seta à esquerda a falta de condições para a ultrapassagem, e
à direita quando as condições forem favoráveis.
- Reduzir a marcha quando o outro veículo buscar espaço à sua frente para
voltar.
Quando estiver ultrapassando
- Só ultrapasse com plenas condições de segurança.
- Mantenha sempre à distância de segurança.
- Verificar pelos espelhos, e mediante rápida visada direta à esquerda, se não
há outro veículo que esteja ultrapassando.
- Acelere durante a ultrapassagem, dando preferência a marcha mais reduzida
(3ª. Por exemplo), a fim de obter mais aceleração.
- Sinalize com seta à esquerda o início e à direita o final da manobra.
- NUNCA tente derivar para o acostamento a sua esquerda se perceber que a
ultrapassagem foi indevida, pois o motorista que vem no sentido contrário
buscará o mesmo local e ambos acabarão colidindo frontalmente.
Nesta oportunidade, mantenha a seta ligada para a direita e buzine para o
carro que estiver à sua direita, a fim de que lhe dê espaço para retornar à sua
mão. Todavia, lembre-se que é uma situação de emergência, a qual deve ser
evitada a todo custo.
Quando avistar ultrapassagem no sentido oposto.
- Fique alerta para o caso do veículo que vem na contramão encontrar
dificuldades para completar a manobra.
- Se perceber que a ultrapassagem está demorando, acione a seta à direita,
diminua a velocidade e fique o mais à direita possível, prevenindo com breves
toques no freio o veículo que estiver à sua retaguarda, preparando até mesmo
para parar se necessário.
Nunca ultrapasse em:
- Lombadas.
- Curvas fechadas.
- Pontes e viadutos.
- Frente a postos de serviço.
- Frente a cruzamentos.
- Frente a confluências.
- Frente a escolas e hospitais.
- Trechos em obras.
- Sob luz direta nos olhos ou às costas.
- Na presença de animais à margem da rodovia.
- Sob luz ou nevoeiro intenso.
TRECHO EM CURVAS
Quando descrever uma curva, o veículo fica sujeito à ação da FORÇA
CENTRÍPETA, a qual será tanto maior quando maior for a velocidade do
veículo e menor for o raio da curva - ( FCf = M . V2 / R; M = massa; V =
velocidade;
R = raio).
Para descrever perfeitamente uma curva, o veículo depende da geometria da
suspensão, do estado das molas e dos amortecedores, da calibragem e do
estado dos pneumáticos, da distribuição do peso e do toque do motor.
Ao se aproximar da curva, a velocidade deve ser reduzida mediante utilização
do câmbio e dos freios, os quais podem ser acionados até as imediações do
ápice da curva, após o que se deve acelerar firme e gradualmente o veículo,
obtendo-se maior aderência ao solo.
Quando as condições de tráfego e a visibilidade permitem, pode-se adentrar a
faixa de contramão antes de iniciar e descrição da curva, retomando a mão no
ápice e terminando a curva na contramão novamente, de maneira a se
“tangenciar” a curva, descrevendo-a segundo um raio maior, a propósito de
diminuir a ação da força centrífuga.
CORREÇÃO DE DERRAPAGENS
Se a curva for descrita na velocidade crítica, o veículo pode se apresentar
instável. Alguns veículos tendem a “sair de traseira”, outros tendem a “sair de
dianteira”.
VEÍCULOS SAINDO DE DIANTEIRA
“Tração Traseira” – Tire o pé do acelerador e gire adequadamente o volante
no sentido contrário ao da curva, corrigindo a trajetória
“Tração Dianteira” – Acelere o veículo de maneira a fazer com que a dianteira
“puxe” o carro e corrija a trajetória.
VEÍCULO SAINDO DE DIANTEIRA
Esta situação só se verifica com veículos de tração dianteira. Tire o pé do
acelerador e “puxe” o carro para dentro da curva através da direção.
DIREÇÃO EVASIVA
CONCEITO
Direção Evasiva é a técnica utilizada por um motorista para dar evasão rápida
ao seu veículo, quando este sofre uma perseguição ou emboscada.
VELOCIDADE E DESLOCAMENTO DO VEÍCULO
O controle da velocidade numa situação de evasão é importantíssimo, porque
em função dele é que teremos ou não sucesso em nossa ação.
DESLOCAMENTO DE BLOQUEIO
Quando estivermos bloqueados por um veículo ou mais, podemos deslocar um
dos carros para tentarmos a evasão. Para isso, temos que aplicar uma força
em uma das rodas do carro agressor, deslocando-se com uma marcha
reduzida - ( 1ª . ou Ré ).
O emprego desta força deve ser progressivo, pois se nós o atingirmos com
excesso de velocidade, podemos danificar nosso veículo e ficarmos
inoperantes. É preciso saber controlar a velocidade em cada situação.
No caso de perseguição e reversão 180°, temos que empregar uma velocidade
média de 60/65 Km/h para termos sucessos na ação, porque em velocidades
abaixo dessas as chances de sucesso são pequenas.
No caso de perseguição em estrada, podemos deslocar o carro perseguido
para fora da ação. Induzindo-o a atingir uma velocidade média de mais ou
menos 80/90 Km/h, deixando que tente a ultrapassagem e quando seu pára-
lama traseiro emparelhar com o nosso dianteiro, jogamos o carro rapidamente
contra o mesmo que irá perder completamente o controle do veículo.
ADAPTAÇÃO DO EQUIPAMENTO DO VEÍCULO
Algumas adaptações podem ser feitas no veículo, para que o mesmo possa
oferecer melhores condições de dirigibilidade e segurança.
A suspensão do carro pode ser melhorada para ações de evasão, colocando-
se molas mais duras, pois molas suaves são boas para passeios e mais nada.
O freio de estacionamento pode ser adaptado para ser acionado com o pé,
sem que fique travado. Podemos colocar um dispositivo para não deixar que a
alavanca do freio de mão fique travada ao ser acionada, quando o carro estiver
em andamento, etc.
Os pneus podem ser adequados a uma situação mais segura, com banda mais
larga. Podemos colocar um líquido especial dentro dos pneus para que o ar
não vaze rapidamente quando furado etc.
REAÇÃO CONDICIONADA
Toda ação de evasão somente terá chance de sucesso se for feita
rapidamente, sem perda de segundos decisivos.
A reação inesperada do condutor em relação aos agressores será a chave do
sucesso da ação.
A esta reação imediata e inesperada, chamamos de Reflexo Condicionado.
Este reflexo só é conseguido com muito treinamento e muita simulação.
É preciso uma manutenção regular nos treinamentos, para que esteja sempre
pronto para agir, sem ter que perder tempo em pensar.