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Noções de

Direção Segura
para
Caminhoneiros
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Noções de Direção Segura para


Caminhoneiro – Brasília: SEST/SENAT, 2016.

153 p. :il. – (EaD)

1. Motorista de caminhão - treinamento. 2. Segurança


no trânsito. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.

CDU 656.017.2:005.963.1

ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 8

Módulo 1 10

Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias 11

1 Introdução à Direção Segura 13

2 Distâncias de Segurança no Trânsito 13

3 Traçados da Via e seus Elementos 17

Atividades 21

Referências 22

Unidade 2 | Direção Segura 25

1 Como se Tornar Praticante da Direção Segura? 27

2 O Comportamento do Motorista Praticante da Direção Segura 28

3 As Principais Ações Defensivas do Motorista Profissional 30

4 Preparando-se para os Congestionamentos 31

Atividades 33

Referências 34

Unidade 3 | sinalização Viária 37

1 Sinalização Vertical 39

1.1 Sinalização de Regulamentação 39

1.2 Sinalização de Advertência 40

1.3 Sinalização de Indicação 40

2 Sinalização Horizontal 42

3 Dispositivos Auxiliares 44

4 Sinalização Semafórica 44

5 Outros Tipos de Sinalização 45

Atividades 46

3
Referências 47

Módulo 2 50

Unidade 4 | Legislação: Trânsito, Rodovias e Veículos – Parte 1 51

1 Legislação de Trânsito 53

2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas 54

2.1 A Lei nº 11.442/2007 54

2.2 A Resolução ANTT nº 4.799/2015 55

2.3 A Lei nº 12.619/2012 55

2.4 A Resolução ANTT nº 420/2004 56

3 O Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Carga (RNTrC) 56

4 O Motorista Profissional 57

5 Transporte Rodoviário Internacional de Cargas (TRIC) 59

6 Combinações de Veículos de Transporte de Carga (CVC) 59

7 Vale-Pedágio Obrigatório 60

Atividades 61

Referências 62

Unidade 5 | Legislação: Trânsito, Rodovias e Veículos – Parte 2 65

1 Responsabilidades no Transporte Rodoviário de Cargas 67

1.1 Responsabilidades referentes ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB) 67

1.2 Responsabilidades Referentes ao RNTRC 68

2 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos 70

3 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário Internacional de Cargas 71

4 Responsabilidades Referentes ao Vale-Pedágio Obrigatório 72

Atividades 74

Referências 75

Módulo 3 78

4
Unidade 6 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 1 79

1 Afinal, o Que São os Pontos Críticos das Vias? 81

2 Possíveis Problemas nas Rodovias 81

2.1 Problemas no Projeto Viário 82

2.2 Problemas na Operação Viária 83

2.3 Problemas com a Conservação do Pavimento 84

2.4 Problemas com a Sinalização Viária 85

Atividades 87

Referências 88

Unidade 7 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 2 91

1 Acidentes que Ocorrem em Pontos Críticos 93

1.1 Colisão Traseira 93

1.2 Colisão Frontal 94

1.2.1 Colisão Frontal nas Retas 95

1.2.2 Colisão Frontal nas Curvas 95

1.3 Colisão Lateral 96

1.4 Colisão com Objeto Fixo 97

1.5 Atropelamento de Pessoas 97

1.6 Choque ou Colisão com Animais 97

1.7 Tombamento 98

1.8 Capotamento 98

1.9 Colisão Misteriosa 99

2 Comportamento Seguro em Locais Críticos de Acidentes 99

2.1 Curvas e Terrenos Acidentados 100

2.2 Ultrapassagens 100

Atividades 102

5
Referências 103

Módulo 4 106

Unidade 8 | Circulação e Conduta no Trânsito nas Rodovias – Parte 1 107

1 Entendendo o Que É Dirigir Preventivamente 109

1.2 Elementos da Direção Preventiva 109

1.3 Conhecimento 110

1.4 Atenção 110

1.5 Previsão 111

1.6 Decisão 111

1.7 Habilidade 112

2 Comportamento de Risco e Comportamento Seguro 112

3 Atitudes que Podem Evitar Acidentes com Pedestres e Outros Integrantes do Trânsito 115

3.1 Preveja o Perigo 115

3.2 Descubra o Que Fazer 115

3.3 Aja a Tempo 116

Atividades 117

Referências 118

Unidade 9 | Circulação e Conduta no Trânsito nas Rodovias – Parte 2 121

1 Condições Adversas Presentes nas Estradas 123

1.1 Condições Adversas de Luminosidade 123

1.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima 124

1.3 Condições Adversas na Via 126

1.4 Condições Adversas de Tráfego 126

1.5 Condições Adversas dos Veículos 127

1.6 Condições Adversas dos Condutores 128

1.6.1 Fadiga e Sono 128

6
1.6.2 Álcool 128

1.6.3 Drogas e Medicamentos 129

1.6.4 Aspectos Psíquicos 129

2 Relações Existentes entre o Fator Humano e os Acidentes de Trânsito 130

Atividades 132

Referências 133

Módulo 5 136

Unidade 10 | Manutenção Periódica e Preventiva 137

1 A Manutenção Preventiva 139

2 Elementos da Manutenção Preventiva 139

2.1 Motor e Carroceria 140

2.1.1 Sistema de Arrefecimento (Radiador) 140

2.2 Baterias 140

2.3 Eixo e Suspensão 141

2.4 Pneumáticos 142

2.4.1 Pneu Recapado e Pneu Remoldado 143

2.5 Transmissão e Conjunto Acelerador 144

2.6 Filtros de Óleos 145

2.7 Faróis, Lanternas e Luzes de Advertência 145

2.8 Vazamentos 146

Atividades 147

Referências 148

Gabarito 151

7
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Noções de Direção Segura para Caminhoneiros!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 50 horas e foi organizado em 5 módulos e 10


unidades, conforme a tabela a seguir.

Carga
Módulos Unidades
Horária

Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias 5h

1 Unidade 2 | Direção Segura 5h

Unidade 3 | Sinalização Viária 5h

Unidade 4 | Legislação: Trânsito, Rodovias e


5h
Veículos – Parte 1
2
Unidade 5 | Legislação: Trânsito, Rodovias e
5h
Veículos – Parte 2

Unidade 6 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 1 5h


3
Unidade 7 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 2 5h

Unidade 8 | Circulação e Conduta no Trânsito nas


5h
Rodovias – Parte 1
4
Unidade 9 | Circulação e Conduta no Trânsito nas
5h
Rodovias – Parte 2

5 Unidade 10 | Manutenção Periódica e Preventiva 5h

8
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.

Bons estudos!

9
Noções de
Direção Segura
para
Caminhoneiros

MÓDULO 1
UNIDADE 1 | CONHECIMENTO
DO TRAÇADO DAS VIAS

11
Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias

dd
Os motoristas profissionais possuem experiência suficiente
para encarar as estradas? Será que os profissionais do transporte
ainda precisam de capacitação para uma direção preventiva e
segura? Tecnicamente falando, você sabe o que é uma via
pública?

A estrada representa o local de trabalho para o motorista. Por isso, é importante que ele
conheça e se atualize sobre o traçado da via e seus elementos. E durante a interação com
os demais usuários no trânsito, é essencial que exerça a direção segura.

Nesta primeira Unidade, apresentaremos, incialmente, a introdução à direção segura e


as distâncias de segurança no trânsito. Na sequência, falaremos sobre o traçado da via e
seus elementos.

12
1 Introdução à Direção Segura

Muitas vezes o conceito de direção segura é mal interpretado. Algumas pessoas dizem
que dirigir com segurança é dirigir bem devagar, freando sempre a cada ocorrência no
trânsito. No entanto, esse é o mais comum dos erros quando se fala em direção segura.
Na verdade, a direção segura é uma atitude diferenciada que o condutor deve ter no
trânsito.

Direção segura, também conhecida como direção defensiva, é


uma maneira de dirigir e de se comportar no trânsito que ajuda
a preservar a vida, a saúde e o meio ambiente. É a forma de
dirigir que permite reconhecer, antecipadamente, as situações
de perigo e prever o que pode acontecer com você, com o seu
veículo, com a carga e com os outros usuários da via. (ANDRADE,
2012; DENATRAN, 2015).

2 Distâncias de Segurança no Trânsito

De acordo com Cardo (2015) e Andrade (2012), a partir do


momento em que o condutor vê um obstáculo enquanto está
dirigindo, ele começa a frear. O intervalo de tempo entre o
momento em que ele vê o obstáculo e o momento em que ele
de fato aciona os freios é chamado de Tempo de Reação (Tr).
Podemos entender que o Tr é o intervalo de tempo entre a
observação do obstáculo (outro veiculo, buracos, pedestres) e a
reação necessária (mudança de direção, reduzir, parar, dentre
outras reações).

13
O Tr varia de indivíduo para indivíduo, pois está relacionado com sua capacidade de
reagir aos estímulos visuais. Além disso, o Tr pode ser afetado pelas condições físicas e
psíquicas do condutor como, por exemplo, seu estado de fadiga e o grau de alcoolemia
do indivíduo. Normalmente, o intervalo médio de reação é de aproximadamente 0,75
segundos.

A distância percorrida durante o Tempo de Reação (DTr) varia em função da velocidade


em que se encontra o veículo. Observe alguns exemplos.

Tabela 1: Relação entre velocidades e tempos de reação

TEMPO DE REAÇÃO

NORMAL RETARDADO
VELOCIDADE (km/h)
(0.75 segundos) (2 segundos)

DISTÂNCIA (m) DISTÂNCIA (m)

40 8 22

50 10 24

60 12 28

80 16 33

90 18 37

100 20 41

110 22 45

Fonte: adaptado de Andrade, 2012.

Após acionados os freios, sejam eles convencionais ou com


Sistema Antitravamento (ABS), cada veículo leva um tempo até
parar completamente. Este tempo é denominado de Tempo de
Frenagem (Tf).

A distância percorrida pelo veículo entre o momento em que o


condutor aciona os freios e aquele em que o veiculo para
completamente é chamada Distância de Frenagem (Df).

14
A Df pode variar de acordo com o tipo de veículo. Por exemplo, um veículo em
condições normais de manutenção e condução, que trafega a uma velocidade de 40
km/h, percorre aproximados 6,4 metros. Entre os elementos que podem interferir,
aumentando ou reduzindo, a DF, citam-se:

• Veículo, especialmente quanto ao estado de conservação do sistema de frenagem


(convencional ou ABS);

• Velocidade desenvolvida pelo veículo;

• Aderência dos pneus do veículo à pista, que varia em função do estado de


conservação dos pneus, do estado de conservação da pista e do estado em que
ela se encontra (seca, molhada, com óleo).

O Tempo de Parada (TP) corresponde ao intervalo do Tempo


de Reação acrescido ao Tempo de Frenagem.

A Distância Total de Parada (Dtp) é aquela percorrida pelo


veículo desde o momento em que o condutor percebeu o
obstáculo até o momento em que o veículo parou por completo.

Para que você possa ter ideia da importância de conhecer e respeitar essas distâncias,
um veículo trafegando a 50 km/h pode parar em 45 metros. No entanto, se ele estiver
a 70 km/h, ele precisará de 70 metros para parar.

Ao trafegar atrás de outro veículo, é preciso manter distância para evitar uma colisão,
caso ele freie bruscamente. Uma boa distância permite que você tenha tempo de reagir
e acionar os freios diante de uma situação de emergência e haja tempo também para
que o veículo, uma vez freado, pare antes de colidir.

hh
Mas, qual a distância recomendada? A distância que você deve
manter entre o seu veículo e o que vai à frente é chamada
Distância de Seguimento (DS). Quando você estiver conduzindo
em condições normais de pista e de clima, o tempo necessário
para manter uma distância segura é de, aproximadamente, dois
segundos.

15
Há uma regra simples que ajudará você a manter uma distância segura de outro veículo:

• Escolha um ponto fixo à margem da via (placa de sinalização, poste, marcação


viária entre outros);

• Quando o veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo escolhido, comece
a contar;

• Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar seis palavras em
sequência como: cinquenta e um; cinquenta e dois;

• A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo
passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos e

• Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer
a distância segura.

gg
A distância de seguimento deve ser sempre maior do que a
distância de parada, garantindo que haja espaço suficiente
para que seu veículo pare antes de colidir com o que vai à sua
frente!

Assista a uma reportagem, através do link a seguir, que apresenta


dicas sobre a frenagem dos caminhões e que pode lhe auxiliar
no dia a dia.

https://www.youtube.com/watch?v=d3O0izSkuIU

16
3 Traçados da Via e seus Elementos

A via é muito mais do que o local que chamamos de rua. Ela abrange mais elementos
do que a pista em que o seu caminhão trafega.

A via é a superfície completa por onde transitam os veículos, as


pessoas e os animais. Os componentes básicos das vias são:
pista, calçada, acostamento, ilhas e canteiro central. São também
consideradas partes das vias: as lombadas, as rotatórias, as alças
de acesso, dentre outras. (ANDRADE, 2012; DENATrAN, 2015)

A Tabela 2, apresenta as definições presentes no Anexo I do Código de Trânsito


Brasileiro (CTB) para os principais elementos das vias e para outros componentes
urbanos, configurados a partir da constituição das vias.

17
Tabela 2: Principais elementos das vias e suas definições

Elemento Definição

Parte da via normalmente utilizada para a circulação de


veículos, identificada por elementos separadores ou
Pista
por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou
aos canteiros centrais.

Parte da via, normalmente segregada e em nível


diferente, não destinada à circulação de veículos,
Calçada reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível,
à implantação de mobiliário urbano, sinalização,
vegetação e outros fins.

Parte da via diferenciada da pista de rolamento


destinada à parada ou estacionamento de veículos
Acostamento em casos de emergência, e à circulação de pedestres
e bicicletas, quando não houver local apropriado para
esse fim.

Margem da pista, podendo ser demarcada por linhas


Bordo da pista longitudinais de bordo, que delineiam a parte da via
destinada à circulação de veículos.

Obstáculo físico construído como separador de duas


Canteiro central pistas de rolamento, eventualmente substituído por
marcas viárias (canteiro fictício).

Obstáculo físico, colocado na pista de rolamento,


Ilha destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma
interseção.

Cruzamento Interseção de duas vias em nível.

Todo cruzamento em nível, entroncamento ou


Interseção bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais
cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.

Fonte: Brasil, 1997, com adaptações.

18
hh
Mas, para uma direção segura, não basta apenas conhecer os
elementos das vias. Para evitar situações de risco, é necessário
conhecer, também, os elementos fundamentais do tráfego,
conhecidos como trinômio do trânsito.

Esses elementos estão presentes sempre, em qualquer situação.


Caso contrário, não poderíamos afirmar que existe tráfego.
Esses elementos são:

• Usuário: como o próprio termo diz, é aquele que faz uso da via.
E pode ser usuário da via em diversas condições: como motorista,
passageiro, pedestre, ciclista ou morador do local. Qualquer
estudo de trânsito tem que considerar a percepção, identificação,
decisão e ação de cada um destes usuários. De todos, o mais
participativo é o motorista. E o que exige mais vigilância,
também!

• Veículo: é qualquer meio de transporte: automóveis, ônibus,


motocicletas, bicicletas, caminhões, carroças, trens etc.
Normalmente, para estudos de tráfego são utilizadas unidades
de veículo-padrão, que correspondem aos automóveis.

• Via: contempla todos os percursos, caminhos e espaços onde


usuários e veículos podem circular. O conjunto de todas as vias
corresponde ao sistema viário. Lembre-se de que pedestres e
ciclistas também possuem suas vias (calçadas, ciclo faixas, faixas
especiais, passarelas).

19
Resumindo

Direção segura é a forma de dirigir que permite reconhecer,


antecipadamente, as situações de perigo e prever o que pode acontecer
com você, com o seu veículo, com a carga e com os outros usuários.

Dirigir defensivamente tornou-se uma questão de sobrevivência no trânsito


cada vez mais conturbado das estradas brasileiras. Você, que diariamente
transportará mercadorias pelas rodovias e estradas do nosso país, participa
como elemento fundamental do trânsito e deve ser um dos maiores
defensores dessa prática defensiva.

Para uma direção segura, não basta apenas conhecer os elementos das
vias. Também, é necessário saber interagir com os elementos fundamentais
do tráfego: usuário, via e veículo.

20
Atividades

aa
1) A distância de seguimento deve ser sempre menor do que
a distância de parada, garantindo que haja espaço suficiente
para que seu veículo pare antes de colidir com o que vai à sua
frente.

( ) Certo ( ) Errado

2) Parte da via normalmente utilizada para a circulação de


veículos, identificada por elementos separadores ou por
diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos
canteiros centrais. Estamos falando de qual elemento da
via?

a. ( ) Calçada.

b. ( ) Pista.

c. ( ) Acostamento.

d. ( ) Canteiro central.

3) O conjunto de todas as vias corresponde ao sistema viário

( ) Certo ( ) Errado

4) Constituem o trinômio do trânsito:

a. ( ) Usuário.

b. ( ) Veículo.

c. ( ) Via.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

21
Referências

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos


rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.

______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção –


Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo
Diesel. São Paulo, 2002.

______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.

______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.

______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001.

______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001.

AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015.

ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado


Federal, 2012.

ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 4.799, de


27 de julho de 2015. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Resolução n° 3.665, de 4 de maio de 2011, e suas alterações. Atualiza o


Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Disponível em:
<www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as


Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos
Perigosos. Disponível em: </www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão


de motorista, entre outros. Brasília, 2015. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 15 out. 2015.

22
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de
motorista, entre outros. Brasília, 2012. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso
em: 15 out. 2015.

______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2007.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.


Brasília, 1997. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Lei Complementar n° 121, de 9 de fevereiro de 2006. Cria o Sistema Nacional


de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá
outras providências. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

CARDO, A. Atualização em Transporte Rodoviário de Cargas. Brasília, 2015.

CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 412, de 9 de agosto


de 2012. Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática
de Veículos – SINIAV em todo o território nacional. Disponível em: <www.denatran.
gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

_______. Resolução nº 285, de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II


da Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, entre outros. Disponível em: <www.
denatran.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

_______. Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004. Estabelece novas normas


e procedimentos para a formação de condutores automotores, elétricos, exames,
expedição da CNH, cursos e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran.
gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros)


condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.

DENATRAN. Manual de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em:


<www.denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2016.

DETRAN/SP. Dicas de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em:


<http://www.detran.sp.gov.br>. Acesso em: out. 2016.

DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Identificação


e Priorização de Segmentos Críticos para Estudos de Intervenção. DNIT: 2010.

23
DUALIBI, S.; PINSKY, I.; LARANJEIRA, R. Álcool e Direção: Beber ou Dirigir. Um guia
prático para educadores, profissionais da saúde e gestores de políticas públicas. São
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FILHO, G. B. Custos em Manutenção. Rio de Janeiro: LCM, 2010.

FUNENSEG – ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS. Gerenciamento de Riscos nos


Transporte Rodoviário de Cargas. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.
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GÜNTHER, H. Pesquisas sobre o Comportamento no Trânsito. São Paulo: Casa do


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GRISTEC – ASSOCIAÇÃO DE EMPRESAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE


TECNOLOGIA DE RASTREAMENTO E MONITORAMENTO. Portal Oficial. Portal da
internet, 2016. Disponível em: <www.gristec.com.br>. Acesso em: out. 2016.

HOFFMANN, M. H.; CRUZ, R. M.; ALCHIERI, J. C. Comportamento Humano no Trânsito.


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JB – JORNAL DO BRASIL. Número de mortos emestradas brasileiras supera média


mundial. Disponível em: <www.jb.com.br/pais/noticias/2015/10/19/numero-de-
mortos-emestradas-brasileiras-supera-media-mundial/?from_rss=None>. Acesso em:
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MARIUZA, C. A.; GARICA, L. F. Trânsito e Mobilidade Urbana: Psicologia, Educação e


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PECHANSKY, F.; DUARTE, P. C. A. V.; BONI, R. B. Uso de bebidas alcoólicas e outras


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PEREIRA, M. J. Técnicas Avançadas de Manutenção. Rio de Janeiro: LCM, 2010.

SCHLÜTER, G. H.; SCHLÜTER, M. R. Gestão da Empresa de Transporte Rodoviário de


Carga e Logística: a Gestão Focada no Resultado. Porto Alegre: Horst, 2005.

VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage,


2008.

24
UNIDADE 2 | DIREÇÃO SEGURA

25
Unidade 2 | Direção Segura

dd
Como está o número de acidentes nas estradas brasileiras? Há
alguma relação com o modo de dirigir dos motoristas? Quais são
os comportamentos característicos dos motoristas que exercem
a direção segura? Você conhece algumas ações defensivas dos
motoristas profissionais?

As pressões sobre os caminhoneiros são muitas e variadas, compreendendo desde


os tempos de entrega das cargas, a situação das estradas, os custos dos insumos e da
ausência da família. Contudo, o motorista profissional deve estar maduro para lidar com
estes fatores, de forma a não se esquecer da prática da direção segura.

Nesta Unidade, abordaremos o mecanismo de como se tornar praticante da direção


segura, o comportamento do motorista praticante da direção segura, as principais ações
defensivas e como se preparar para os congestionamentos.

26
1 Como se Tornar Praticante da Direção Segura?

De acordo com a matéria veiculada no Jornal do Brasil em novembro de 2015 (JB,


2015), o número de mortos em acidentes ocorridos em estradas brasileiras cresceu, na
contramão da média mundial, afirma levantamento da Organização Mundial de Saúde
(OMS). No Relatório 2015 sobre a Segurança nas Estradas no Mundo, o órgão levanta
os custos humanos e econômicos de tragédias dessa espécie e aponta o Brasil como o
emergente com mais violência no trânsito do mundo.

Apenas para se ter uma ideia, em 2012,


o Brasil registrou, aproximadamente,
47 mil mortes no trânsito. Desse valor,
apenas 42,2 mil foram efetivamente
registradas. No ranking compilado da
organização, que analisa números desde
2010, o trânsito brasileiro ocupa a 33ª
posição no critério perigo. Quando a
análise se destina apenas a nações latino-
americanas, sobe para a 5ª colocação. Já
no ranking com informações de 2013,
o país é classificado como o 56º mais mortal e o 3º das Américas, atrás apenas da
República Dominicana e de Belize.

Para reverter essa situação, é imprescindível a prática da direção segura. E isso pode
ser realizado mediante dois importantes passos:

(1) Mudar a atitude: essa mudança de atitude começa no respeito mútuo entre os
pedestres e os motoristas, cada um tendo consciência e responsabilidade quanto
aos seus direitos e deveres no trânsito; e

(2) Estar atento às condições adversas: o motorista que está sempre atento a
todas as situações de perigo que possam a vir interferir na condução do veículo
tem menos chance de se acidentar.

27
Um motorista, - como outros profissionais em suas atividades -

ee está sujeito a cometer erros durante uma viagem. Tais erros


podem levá-lo a se envolver em um acidente de trânsito. É a
sucessão diária desses erros, – muitas vezes por hábitos
equivocados arraigados, - que são a principal causa dos
acidentes.

A linha de sucessão de falhas pode ser resumida da seguinte


forma:

Atrasos de horários → abusos do veículo → falta de cortesia


→ infrações de trânsito e transporte → acidente.

hh
E como quebrar essa corrente de vícios? Experimentando e
adquirindo novos hábitos corretos.

Dirigir, mediante um comportamento seguro no volante,


permite que você realize cada viagem sem acidentes, sem
infrações de trânsito e transporte, sem abuso do veículo, sem
atrasos de horários e sem faltar com a devida cortesia.

2 O Comportamento do Motorista Praticante da Direção


Segura

Para Cardo (2015) e Cristo (2012), o motorista amadurecido não precisa afirmar-se pela alta
velocidade ou por uma manobra arriscada, nem dirigir sob efeito de drogas ou com sono.

gg
Assista à reportagem que ilustra irresponsabilidade e imprudência
na condução de um caminhão. Confira no link a seguir.

https://www.youtube.com/watch?v=T46Gij1eAZo

28
Tais atitudes somente demonstram imaturidade e insegurança, como também a falta
da direção segura ou defensiva. A pessoa demonstra ser um motorista defensivo
quando:

• Conhece o seu trabalho e as suas tarefas;

• Tem clareza das suas responsabilidades; e

• Age com profissionalismo no exercício da sua função.

hh
Ser solidário no trânsito também é uma atitude do motorista
defensivo.

O condutor demonstra a sua solidariedade quando:

• Aprende as lições no dia a dia, observando as suas falhas e as dos outros, para
não repeti-las;

• Não usa as falhas dos outros como motivos para discussões;

• Avisa quando percebe algum problema em outros veículos;

• Dá a preferência no trânsito;

• Facilita a ultrapassagem;

• Informa o caminho aos solicitantes; e

• Socorre em casos de defeitos e acidentes;

Enfim, para ser um motorista defensivo, é preciso querer modificar o comportamento,


superando preconceitos e adquirindo novos hábitos.

E você deve estar se perguntando como fazer essa mudança de comportamento. Há


algumas ações que ajudam a transformar o comportamento atual em comportamento
defensivo, tais como:

Fazer uma avaliação sincera do comportamento na direção do veículo;

29
• Reconhecer e superar os erros e limites;

• Aprender a aceitar as deficiências dos outros motoristas e pedestres; e

• Identificar de que maneira você pode evitar um acidente.

3 As Principais Ações Defensivas do Motorista Profissional

De acordo com Cardo (2015) e DENATrAN (2015), podem-se elencar importantes


procedimentos que caracterizam um modo de condução seguro por parte do motorista
profissional:

• Usar sempre o cinto de segurança;

• Guiar sempre com as duas mãos no


volante, com os braços ligeiramente
dobrados, segurando a direção
firmemente. Isso faz com que
possa controlar o veículo com mais
facilidade e reagir, rapidamente, em
qualquer situação de emergência,
como, por exemplo, durante um
estouro de pneu;

• Enxugar sempre o volante, evitando deixá-lo escorregadio;

• Evitar deixar objetos soltos dentro do caminhão, pois em uma curva ou freada
brusca, eles podem deslocar-se, desviando a atenção. E nunca tentar apanhar
estes objetos com o veículo em movimento;

• Parar o veículo, caso precise retirar algum inseto que tenha entrado nele,
para atender ao telefone celular ou para realizar qualquer procedimento nos
computadores de bordo;

• Fazer refeições leves antes de dirigir. Alimentos pesados podem dar sono ou
causar um mal-estar que pode atrapalhar a concentração ao volante;

30
• Usar roupas leves e confortáveis, que permitam liberdade de movimentos para
os braços e as pernas; e

• Dirigir somente com calçados apropriados.

4 Preparando-se para os Congestionamentos

Para Cardo (2015) e DENATrAN (2015), o motorista profissional deve estar preparado
para enfrentar os congestionamentos tanto nas estradas quanto nas confluências com
o tráfego urbano. Eis algumas ações que podem ajudar-lhe:

• Planeje o trajeto antes de sair;

• Evite as vias de tráfego intenso, procurando outro caminho;

• Saia meia hora antes ou depois, em caso de pico de tráfego, e somente se for
necessário;

• Tenha sempre um roteiro alternativo no caso de engarrafamentos inesperados;

• Relaxe, caso você não tenha alternativa, porque não adianta se estressar por
nada;

• Procure sair 15 minutos mais cedo do que deveria, se tiver hora marcada no
destinatário. Com isso, fica mais fácil manter a calma e o humor;

• Dirija fazendo movimentos tranquilos, ficando atento às manobras dos


outros motoristas e percebendo, com antecedência, se existe algum pedestre
atravessando ou um veículo freando mais adiante; e

• Mantenha maior distância dos veículos grandes e fique atento às luzes de freio.

31
Resumindo

Mudar a atitude em relação aos outros motoristas e pedestres e estar


atento às condições adversas do veículo, vias e tempo constituem o cerne
da direção segura.

Realizar uma avaliação sincera do comportamento na direção do veículo e


reconhecer e superar os erros e limites são atitudes maduras do
caminhoneiro na condução pelas rodovias.

Na direção segura, o caminhoneiro também deve estar preparado para


enfrentar os congestionamentos nas rodovias e nas confluências com o
tráfego urbano.

32
Atividades

aa
1) Os atrasos nos horários das viagens não têm qualquer
relação com o estabelecimento da linha de falhas que leva ao
acidente.

( ) Certo ( ) Errado

2) Constituem principais ações defensivas do motorista


profissional, exceto:

a. ( ) Usar sempre o cinto de segurança.

b. ( ) Guiar sempre com as duas mãos no volante.

c. ( ) Enxugar sempre o volante, evitando deixá-lo


escorregadio.

d. ( ) Apanhar os objetos caídos no interior com o caminhão


em movimento.

3) “Dar a preferência” no trânsito em nada contribui para a


direção segura.

( ) Certo ( ) Errado

4) Para se planejar para enfrentar os congestionamentos nas


vias, o motorista deve:

a. ( ) Evitar as vias de tráfego intenso, procurando outro


caminho.

b. ( ) Sair meia hora antes ou depois, em caso de pico de


tráfego.

c. ( ) Ter sempre um roteiro alternativo no caso de


engarrafamentos inesperados.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

33
Referências

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos


rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.

______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção –


Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo
Diesel. São Paulo, 2002.

______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.

______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.

______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção –


Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São
Paulo, 2001.

______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001.

AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015.

ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado


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27 de julho de 2015. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Resolução n° 3.665, de 4 de maio de 2011, e suas alterações. Atualiza o


Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Disponível em:
<www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as


Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos
Perigosos. Disponível em: </www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de


motorista, entre outros. Brasília, 2015. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso
em: 15 out. 2015.

34
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de
motorista, entre outros. Brasília, 2012. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso
em: 15 out. 2015.

______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2007.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.


Brasília, 1997. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Lei Complementar n° 121, de 9 de fevereiro de 2006. Cria o Sistema Nacional


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CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 412, de 9 de agosto


de 2012. Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática
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_______. Resolução nº 285, de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II


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denatran.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

_______. Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004. Estabelece novas normas


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VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage,


2008.

36
UNIDADE 3 | SINALIZAÇÃO
VIÁRIA

37
Unidade 3 | sinalização Viária

dd
Você consegue distinguir a sinalização vertical e horizontal? O
que diferencia a sinalização de regulamentação, de advertência
e de indicação? Quais os tipos de marcas na sinalização
horizontal? Os gestos fazem parte de sinalização nas vias?

Depois de conseguir a habilitação, muito provavelmente a sinalização viária vem


novamente à nossa mente quando nos deparamos com alguma placa desconhecida ou
quando alguém faz algum tipo de manobra e ficamos na dúvida se é permitida ou não.
Porém, o motorista profissional deve estar afinado com os vários padrões de sinalização
viária e reciclar-se sempre!

Nesta Unidade, estudaremos a sinalização vertical, horizontal, dispositivos auxiliares,


sinalização semafórica e outros tipos de sinalização.

38
1 Sinalização Vertical

De acordo com o DENATRAN (2015), a sinalização vertical é um


subsistema da sinalização viária cujo meio de comunicação está
na posição vertical, normalmente em placa, fixado ao lado ou
suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter
permanente e, eventualmente, variáveis, através de legendas e/
ou símbolos pré-reconhecidos e legalmente instituídos.

A sinalização vertical é classificada de


acordo com sua função, compreendendo
os seguintes tipos: sinalização de
regulamentação, sinalização de
advertência e sinalização de indicação.

1.1 Sinalização de Regulamentação

A sinalização de regulamentação tem por finalidade informar


aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições
no uso das vias (DENATRAN, 2015).

Suas mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui infração. A forma


padrão do sinal de regulamentação é a circular, e as cores são vermelha, preta e
branca. Devem ser observadas as dimensões mínimas regulamentadas dos sinais,
conforme o ambiente em que são implantados, considerando-se que o aumento no
tamanho dos sinais implica aumento nas dimensões de orlas, tarjas e símbolos.

39
Os sinais de regulamentação podem ter informações complementares, tais como
período de validade, condições de estacionamento, características e uso do veículo.

1.2 Sinalização de Advertência

A sinalização de advertência tem por finalidade alertar os


usuários da via para condições potencialmente perigosas,
indicando sua natureza (DENATRAN, 2015).

A forma padrão dos sinais de advertência é quadrada, devendo uma das diagonais ficar na
posição vertical. À sinalização de advertência estão associadas as cores amarela e preta.

Há, também, a sinalização especial de advertência, que são sinais empregados nas
situações em que não é possível a utilização das placas de advertência. Referem-se a:
sinalização especial de faixas ou pistas exclusivas de ônibus; sinalização especial para
pedestres; e sinalização especial para rodovias, estradas e vias de trânsito rápido.

1.3 Sinalização de Indicação

A sinalização de indicação tem por finalidade identificar as vias


e os locais de interesse, bem como orientar condutores de
veículos quanto aos percursos, os destinos, as distâncias e os
serviços auxiliares, podendo também ter como função a
educação do usuário (DENATRAN, 2015).

40
Suas mensagens possuem caráter informativo ou educativo e
elas se dividem nos seguintes grupos:

• Placas de identificação: posicionam o condutor ao longo do


seu deslocamento, ou com relação a distâncias ou ainda aos
locais de destino. São elas: placas de identificação de rodovias e
estradas; de municípios; de regiões de interesse de tráfego e
logradouros; de pontes, viadutos, túneis e passarelas;
quilométrica; de limite de municípios, divisa de Estados, fronteira
e perímetro urbano; e de pedágio.

• Placas de Orientação de Destino: indicam ao condutor a


direção que o mesmo deve seguir para atingir determinados
lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias. São elas:
placas indicativas de sentido (direção); placas indicativas de
distância; e placas diagramadas.

• Placas educativas: têm a função de educar os usuários da via


quanto ao seu comportamento adequado e seguro no trânsito.
Podem conter mensagens que reforcem normas gerais de
circulação e conduta. São elas: placas para condutores (área de
estacionamento, serviço telefônico) e placas para pedestres
(travessia de pedestres).

• Placas de atrativos turísticos: indicam aos usuários da via os


locais onde os mesmos podem dispor dos atrativos turísticos
existentes, orientando sobre sua direção ou identificando estes
pontos de interesse. São elas: placas de identificação de atrativo
turístico; placas indicativas de sentido de atrativo turístico; e
placas indicativas de distância de atrativos turísticos.

41
2 Sinalização Horizontal

A sinalização horizontal é um subsistema da sinalização viária


que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas,
pintados ou apostos sobre o pavimento das vias (DENATRAN,
2015).

Tem como função organizar o fluxo de


veículos e pedestres; controlar e orientar
os deslocamentos em situações com
problemas de geometria, topografia
ou frente a obstáculos; complementar
os sinais verticais de regulamentação,
advertência ou indicação. Em
casos específicos, tem poder de
regulamentação.

A sinalização horizontal mantém alguns


padrões cuja mescla e a forma de coloração na via definem os diversos tipos de sinais.

Seu padrão de traçado pode ser:

• Contínuo: são linhas sem interrupção pelo trecho da via onde estão demarcando;
podem estar longitudinalmente ou transversalmente apostas à via.

• Tracejado ou seccionado: são linhas interrompidas, com espaçamentos


respectivamente de extensão igual ou maior que o traço.

• Símbolos e legendas: são informações escritas ou desenhadas no pavimento,


indicando uma situação ou complementando sinalização vertical existente.

Com relação às cores, a sinalização horizontal se apresenta em cinco tonalidades:


amarela, vermelha, branca, azul e preta.

42
A sinalização horizontal é classificada em:

• Marcas longitudinais: separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo


a parte da pista destinada normalmente à circulação de veículos, a sua divisão
em faixas, a separação de fluxos opostos, faixas de uso exclusivo de um tipo
de veículo, reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem e
transposição.

• Marcas transversais: ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os


harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim
como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade e
indicam travessia de pedestres e posições de parada. Em casos específicos têm
poder de regulamentação.

• Marcas de canalização: orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando


a circulação de veículos, regulamentando as áreas de pavimento não utilizáveis.
Devem ser na cor branca, quando direcionam fluxos de mesmo sentido e na
proteção de estacionamento, e na cor amarela, quando direcionam fluxos de
sentidos opostos.

• Marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada: delimitam


e propiciam melhor controle das áreas onde é proibido ou regulamentado o
estacionamento e a parada de veículos, quando associadas à sinalização vertical
de regulamentação.

• Inscrições no pavimento: melhoram a percepção do condutor quanto às


condições de operação da via, permitindo-lhe tomar a decisão adequada, no
tempo apropriado, para as situações que se lhe apresentarem.

gg
Assista ao vídeo acessível no link a seguir e veja como a falta de
sinalização em uma obra pode atrapalhar muito a condução do
caminhoneiro.

http://globoplay.globo.com/v/3488280

43
3 Dispositivos Auxiliares

Os dispositivos auxiliares são elementos aplicados ao


pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos próximos, de
forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via
(DENATRAN, 2015).

São constituídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou não de refletividade,


com as funções de: incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da via
ou de obstáculos à circulação; reduzir a velocidade praticada; oferecer proteção
aos usuários; e alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial ou que
requeiram maior atenção.

4 Sinalização Semafórica

A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária


que se compõe de indicações luminosas acionadas alternada ou
intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja
função é controlar os deslocamentos. (DENATRAN, 2015)

De acordo com o DENATRAN (2015), existem dois grupos:

• Sinalização semafórica de regulamentação: tem a função de efetuar o controle


do trânsito num cruzamento ou seção de via, através de indicações luminosas,
alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.

• Sinalização semafórica de advertência: tem a função de advertir da existência


de obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade
e adotar as medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir
adiante.

44
5 Outros Tipos de Sinalização

De acordo com o DENATRAN (2015), há outros tipos de sinalização, tais como: a


sinalização de obras, os gestos e os sinais sonoros. A sinalização de obras tem como
característica a utilização dos sinais e elementos de sinalização vertical, horizontal,
semafórica e de dispositivos e sinalização auxiliares combinados.

Os gestos (de agentes da autoridade de trânsito e de condutores), sendo que as ordens


emanadas por gestos de agentes da autoridade de trânsito prevalecem sobre as regras
de circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito.

Há, também, os sinais sonoros (silvos), que somente devem ser utilizados em conjunto
com os gestos dos agentes.

Resumindo

O conhecimento da sinalização viário por parte do caminhoneiro é


fundamental para o bom desempenho de suas atividades profissioanais.

Como forma de comportamento relacionado à direção segura, recomenda-


se ao caminhoneiro que sempre consulte as condições de sinalização viária
da rota a percorrer, principalmente se há a realização de obras e os desvios
utilizados.

É importante que o caminhoneiro fique atento e domine outros modos de


sinalização viária, tais como os gestos de agentes da autoridade de trânsito,
pois os mesmos prevalecem sobre as regras de circulação, bem como os
sinais sonoros.

45
Atividades

aa
1) A forma padrão do sinal de regulamentação é a quadrada,
e as cores são vermelha, preta e branca.

( ) Certo ( ) Errado

2) Tem por finalidade informar aos usuários as condições,


proibições, obrigações ou restrições no uso das vias. Estamos
falando de:

a. ( ) Sinalização de advertência.

b. ( ) Sinalização de regulamentação.

c. ( ) Sinalização de indicação

d.( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

3) Os sinais sonoros (silvos) somente devem ser utilizados


em conjunto com os gestos dos agentes.

( ) Certo ( ) Errado

4) São exemplos de sinalização horizontal, exceto:

a. ( ) Marcas longitudinais.

b. ( ) Marcas transversais.

c. ( ) Marcas de canalização.

d. ( ) Placas de orientação de destino.

46
Referências

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos


rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.

______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção –


Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo
Diesel. São Paulo, 2002.

______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.

______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.

______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001.

______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001.

AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015.

ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado


Federal, 2012.

ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 4.799, de


27 de julho de 2015. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Resolução n° 3.665, de 4 de maio de 2011, e suas alterações. Atualiza o


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______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as


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BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de


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47
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2008.

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49
Noções de
Direção Segura
para
Caminhoneiros

MÓDULO 2
UNIDADE 4 | LEGISLAÇÃO:
TRÂNSITO, RODOVIAS E
VEÍCULOS – PARTE 1

51
Unidade 4 | Legislação: Trânsito, Rodovias e
Veículos – Parte 1

dd
Você que comprou um caminhão e deseja ingressar no mercado
de transporte rodoviário de cargas, sabe qual a legislação que
rege o setor? O motorista profissional, conhece as recentes
mudanças nas normas legais? Quais são os direitos e deveres do
caminhoneiro?

Entender e aplicar a legislação que rege o transporte rodoviário de cargas permite ao


caminhoneiro um exercício melhor da sua profissão, podendo fazê-lo destacar-se no
mercado e evitar muitos problemas desnecessários.

Nesta Unidade, ensinaremos o que você precisa saber sobre a legislação de trânsito, do
transporte rodoviário de cargas, do Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários
de Carga (RNTRC), do motorista profissional, do transporte rodoviário internacional de
cargas (TRIC), Combinações de Veículos de Transporte de Carga (CVC) e do Vale-Pedágio
obrigatório.

52
1 Legislação de Trânsito

Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos


e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins
de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou
descarga (BRASIL, 1997).

No Brasil, a legislação de trânsito encontra-se estabelecida, sobretudo, no Código de


Trânsito Brasileiro (CTB), instituído pela Lei no 9.503/2007, nas resoluções do Conselho
Nacional de Trânsito (CONTrAN) e nas portarias do Departamento Nacional de Trânsito
(DENATrAN), que tratam de assuntos específicos da relação do cidadão com o Sistema
Nacional de Trânsito. Esse arcabouço legal trata desde as normas gerais de circulação
e conduta, passando pela sinalização de trânsito, até o estabelecimento de infrações
e penalidades.

Uma das importantes inovações trazidas pela Lei no 13.103/2015 – que dispõe sobre
o exercício do motorista profissional – repercute no CTB e diz respeito à sua jornada
de trabalho:

• Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 (cinco) horas e
meia ininterruptas veículos de transporte rodoviário coletivo de passageiros ou
de transporte rodoviário de cargas.

• §1o. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso dentro de cada 6 (seis)
horas na condução de veículo de transporte de carga, sendo facultado o seu
fracionamento e o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco)
horas e meia contínuas no exercício da condução.

gg
Consulte o Código de Trânsito Brasileiro e leia sobre as inovações
trazidas pela Lei no 13.103/2015 sobre a jornada de trabalho
(art. 67-A, 67-C e 67-E). Acesse a lei através do link a seguir.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm

53
2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

As principais regras definidas para o transporte rodoviário de cargas realizado no Brasil


estão previstas na Lei nº 11.442/2007, e na Resolução ANTT nº. 4.799/2015, que
serão vistas a seguir.

A Agência Nacional de Transporte


Terrestre - ANTT é o órgão regulador
encarregado da regulamentação do
transporte terrestre no Brasil, sendo
que o transporte rodoviário de cargas
opera em regime de mercado livre. Isso
significa que não há grandes exigências
regulamentares para a entrada e
saída de transportadores do mercado.
Qualquer empresa de transporte
rodoviário de cargas ou transportador
autônomo de cargas pode, então, operar neste mercado. Não existem aqui aquelas
concessões, autorizações ou permissões dadas pela ANTT às empresas operadoras de
transporte de passageiros para a entrada no mercado.

Agora, para operarem no mercado, as empresas de transporte rodoviário de cargas


devem obedecer ao disposto no CTB, como qualquer outra empresa ou cidadão, bem
como a legislação específica do transporte rodoviário de cargas.

2.1 A Lei nº 11.442/2007

bb
Lei nº 11.442/2007 define o transporte rodoviário de cargas
como uma atividade econômica de natureza comercial, que
pode ser exercida por pessoa física ou jurídica mediante
remuneração pelo serviço de transporte realizado.

54
Essa legislação prevê que, para atuar no transporte rodoviário de cargas, existe a
obrigatoriedade de obtenção do Registro Nacional do Transportador Rodoviário de
Carga (RNTrC) junto à ANTT. Para efetuar este registro, o transportador - seja ele
autônomo, empresa de transporte ou cooperativa de transporte - deverá satisfazer
requisitos pré-determinados.

2.2 A Resolução ANTT nº 4.799/2015

A Resolução ANTT nº 4.799/2015 detalha os critérios e requisitos para a inscrição


no RNTrC, além de tratar de questões acerca da identificação dos veículos, do
conhecimento necessário em transportes, das infrações e das penalidades que podem
incidir sobre o transportador.

gg
Consulte a Resolução ANTT nº 4.799/2015 e verifique os
requisitos para inscrição e manutenção no RNTrC para os vários
tipos de transportadores rodoviários acessando o link a seguir.

http://w w w.antt .gov.br/index.php/content/view/355/


Legislacao.html

2.3 A Lei nº 12.619/2012

Já a Lei nº 12.619/2012 regula o exercício da profissão de motorista profissional que


exerce a atividade mediante vínculo empregatício, ou seja, aquele que é contratado
por empresa de transportes sob as condições estabelecidas na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT). A Lei nº 12.619/12 foi alterada pela Lei nº 13.103/2015, que dispõe
sobre o exercício da profissão de motorista, seja ele do transporte rodoviário de
passageiros, seja do transporte rodoviário de cargas.

55
2.4 A Resolução ANTT nº 420/2004

A Resolução ANTT nº 420/2004 define como produto perigoso, para fins de transporte,
toda substância ou artigo encontrado na natureza ou produzido por qualquer processo
que, por suas características físico-químicas, represente risco para a saúde das pessoas,
para a segurança pública ou para o meio ambiente. Essa mesma Resolução estabelece
as condições para o transporte rodoviário desse tipo de carga.

gg
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece restrições que
devem ser obedecidas no uso de vias, inclusive em relação à
circulação de veículos trafegando com cargas excepcionais e
indivisíveis, pois estes veículos não estão classificados pelo CTB
e devem receber atenção especial. Para saber mais, consulte o
Capítulo III do CTB que traz o conjunto de normas gerais de
circulação e conduta. Acesse o link a seguir e confira na íntegra

www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm

3 O Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de


Carga (RNTrC)

O exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por conta de terceiros


e mediante remuneração, depende da prévia inscrição e manutenção de cadastro no
Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Carga (RNTrC).

Todos os veículos inscritos no RNTrC devem estar identificados, conforme determina a


Resolução ANTT nº 4.799/2015.

56
Uma inovação trazida pela Resolução ANTT nº 4.799/2015 diz

ff respeito à identificação eletrônica do veículo automotor de


carga inscrito no RNTrC, na forma a ser estabelecida pela ANTT,
mediante instalação de Dispositivo de Identificação Eletrônica
(por exemplo: tags).

4 O Motorista Profissional

A Lei nº 13.103/2015 estabelece que é livre o exercício da profissão de motorista


profissional, atendidas as condições e qualificações profissionais exigidas. De forma
geral, são direitos dos motoristas profissionais, sem prejuízo de outros previstos em
leis específicas:

(a) Ter acesso gratuito a programas de formação e aperfeiçoamento profissional,


preferencialmente mediante cursos técnicos e especializados normatizados pelo
Conselho Nacional de Trânsito (CONTrAN), em cooperação com o poder público;

(b) Contar, por intermédio do


Sistema Único de Saúde (SUS),
com atendimento profilático,
terapêutico, reabilitador,
especialmente em relação às
enfermidades que mais os
acometam;

(c) Receber proteção do Estado


contra ações criminosas que lhes
sejam dirigidas no exercício da
profissão;

(d) Contar com serviços especializados de medicina ocupacional, prestados por


entes públicos ou privados à sua escolha.

57
Agora, se os motoristas profissionais forem empregados, terão os seguintes direitos:

(a) Não responder perante o empregador por prejuízo patrimonial decorrente da


ação de terceiro, ressalvado o dolo ou a desídia do motorista;

(b) Ter jornada de trabalho controlada e registrada de maneira fidedigna mediante


anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, ou sistema
e meios eletrônicos instalados nos veículos, a critério do empregador; e

(c) Ter benefício de seguro de contratação obrigatória assegurado e custeado


pelo empregador, destinado à cobertura de morte natural, morte por acidente,
invalidez total ou parcial decorrente de acidente, traslado e auxílio para funeral
referentes às suas atividades, no valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes
o piso salarial de sua categoria ou valor superior fixado em convenção ou acordo
coletivo de trabalho.

hh
A preocupação em regular a carga de trabalho dos motoristas
tem o objetivo de proporcionar maior segurança ao transportador
e aos usuários da via.

Mas, ao mesmo tempo, os motoristas devem:

• Estar atentos às condições de segurança do veículo;

• Conduzir o veículo com perícia, prudência, zelo, e com observância aos princípios
de direção defensiva;

• Respeitar a legislação de trânsito e, em especial, normas relativas ao tempo de


direção e de descanso;

• Zelar pela carga transportada e pelo veículo;

• Colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização na via pública;

• Submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga e de bebida


alcoólica, instituídos pelo empregador com ampla ciência do empregado.

58
5 Transporte Rodoviário Internacional de Cargas (TRIC)

O transporte rodoviário internacional de cargas é regido, basicamente, pelo Acordo


sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT).

O Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT) objetiva a utilização de


uma norma jurídica única, que reflita os princípios de integração dos países da região
do Mercosul e promova a eficiência dos serviços de transporte terrestre. Dentre outras
especificidades, o convênio determina que cada país assegure às empresas dos demais
países tratamentos equivalentes ao que oferece às suas próprias empresas.

O Acordo também define que sejam adotadas medidas especiais para produtos
perigosos ou que representem riscos à saúde de pessoas, à segurança pública ou ao
meio ambiente, medidas que são aplicadas em todos os países signatários.

A Resolução ANTT nº 1.474/2006 dispõe sobre as licenças e


autorizações para o transporte rodoviário de carga internacional
por empresas nacionais e estrangeiras.

6 Combinações de Veículos de Transporte de Carga (CVC)

De acordo com o DENATRAN (2015), a Portaria nº 63/2009 homologa os veículos


e as combinações de veículos de transporte de carga, com seus respectivos limites
de comprimento, peso bruto total (PBT) e peso bruto total combinado (PBTC) para
circulação nas vias públicas.

gg
Consulte a Portaria DENATRAN nº 63/2009 e verifique as
combinações CVC homologadas, acessando o link a seguir.

www.denatran.gov.br.

59
7 Vale-Pedágio Obrigatório

O Vale Pedágio Obrigatório foi instituído pela Lei nº 10.209/2001, com o principal
objetivo de atender a uma das principais reivindicações dos caminhoneiros autônomos
- a desoneração do transportador do pagamento do pedágio. É regulamentada pela
Resolução ANTT no 2.885/2008 e suas alterações.

Com isso, elimina-se a possibilidade de embutir o custo do pedágio no valor do frete


contratado, prática que era utilizada com frequência, enquanto o pagamento do
pedágio era feito em espécie, fazendo com que o seu custo recaísse, diretamente,
sobre o transportador rodoviário de carga.

Resumindo

O caminhoneiro deve estar atento ao fato de que o transporte rodoviário


de cargas possui legislação que compreende desde os critérios de ingresso
na atividade de transportador até as regras de operação no mercado.

Para determinados tipos de carga, existe legislação específica às condições


de transporte, que visam garantir a segurança da carga, do meio ambiente
e, principalmente, do transportador.

O caminhoneiro deve estar sempre informado acerca das normas da


atividade, acompanhando permanentemente a atualização das normas
legais.

60
Atividades

aa
1) A Lei nº 11.442/2007 define o transporte rodoviário de
cargas como uma atividade econômica de natureza comercial,
que pode ser exercida apenas por pessoa jurídica.

( ) Certo ( ) Errado

2) A Resolução ANTT nº 420/2004 dispõe sobre o:

a. ( ) RNTRC.

b. ( ) Transporte rodoviário de produtos perigosos.

c. ( ) Vale-Pedágio obrigatório.

d. ( ) Transporte rodoviário internacional de cargas.

3) Constituem deveres dos motoristas profissionais, exceto:

a. ( ) Estar atentos às condições de segurança do veículo.

b. ( ) Conduzir o veículo com perícia, prudência e zelo.

c. ( ) Respeitar a legislação de trânsito e, em especial, normas


relativas ao tempo de direção e de descanso.

d. ( ) Zelar pelo veículo, mas não pela carga transportada de


terceiros.

4) O Vale-Pedágio obrigatório foi instituído, sobretudo, para


se eliminar a possibilidade de embutir o custo do pedágio
rodoviário no valor do frete contratado.

( ) Certo ( ) Errado

61
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______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as


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64
UNIDADE 5 | LEGISLAÇÃO:
TRÂNSITO, RODOVIAS E
VEÍCULOS – PARTE 2

65
Unidade 5 | Legislação: Trânsito, Rodovias e
Veículos – Parte 2

dd
Você conhece os principais pontos da legislação de trânsito e
transporte que regem a movimentação rodoviária de cargas?
Tem conhecimento de suas responsabilidades?

Atentar-se às responsabilidades estabelecidas nas normas legais pode poupar muitos


problemas ao caminhoneiro. E mais do que isso, pode fazê-lo destacar-se no tão concorrido
mercado, aumentando a eficiência das operações e evitando custos desnecessários com o
pagamento de multas.

Agora, vamos mostrar as responsabilidades referentes ao Código de Trânsito Brasileiro


(CTB), RNTRC, transporte rodoviário de produtos perigosos, transporte rodoviário
internacional de cargas e Vale-Pedágio obrigatório.

66
1 Responsabilidades no Transporte Rodoviário de Cargas

De forma geral, as responsabilidades, infrações e penalidades relacionadas ao


transporte rodoviário de cargas constam tanto na legislação de trânsito quanto de
transporte. Quando o aluno se depara, por exemplo, com a caracterização de uma
infração, já pode ter em mente qual a responsabilidade foi descumprida.

Do ponto de vista pragmático, constitui infração tudo aquilo


que contraria ou desobedece ao estabelecido em leis e legislação
complementar de trânsito e de transporte (CARDO, 2015).

O infrator pode ficar sujeito às penalidades e medidas administrativas que são:


advertência por escrito, multa, suspensão de direitos, apreensão do veículo e frequência
obrigatória de cursos de reciclagem.

1.1 Responsabilidades referentes ao Código de Trânsito


Brasileiro (CTB)

As responsabilidades dos proprietários e condutores de veículos, embarcadores e


transportadores, entre outros agentes, estão dispostas ao longo de todo o CTB.
Permeiam desde o porte obrigatório da Carteira Nacional de Habilitação, passando
pela questão do excesso de peso, até a jornada de trabalho.

Em consonância com o estabelecido no art. 161 do Código de


Trânsito Brasileiro (CTB, 2015), constitui infração de trânsito a
inobservância de qualquer preceito do Código, da legislação
complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator
sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas em
cada artigo, além das punições previstas em seu Capítulo XIX.

67
O art. 256 do CTB preceitua que a
autoridade de trânsito, na esfera das
competências estabelecidas neste
Código e dentro de sua circunscrição,
deve aplicar, às infrações nele previstas,
as seguintes penalidades: advertência
por escrito; multa; suspensão do direito
de dirigir; apreensão do veículo; cassação
da Carteira Nacional de Habilitação;
cassação da Permissão para Dirigir; e
freqüência obrigatória em curso de
reciclagem.

gg
De acordo com o art. 257 do CTB, as penalidades serão impostas
ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao
transportador.

Consulte o CTB e verifique as principais infrações e penalidades


(Capítulos XV e XIX), acessando o link a seguir.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm

1.2 Responsabilidades Referentes ao RNTRC

As principais responsabilidades referentes ao RNTRC estão na Lei nº 11.442/2007 e na


Resolução ANTT nº. 4.799/2015.

gg
Para saber mais detalhadamente sobre as infrações e
penalidades constantes na Resolução ANTT Nº 4.799/2015,
confira a lei a partir do link a seguir.

http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/41053/
Resolucao_n__4799.html

68
Para inscrição e manutenção do cadastro no RNTRC, o transportador deve atender
a requisitos específicos, podendo ser: Transportador Autônomo de Cargas (TAC),
Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC) e Cooperativas de Transporte
Rodoviário de Cargas (CTC).

De modo prático para o aluno e de acordo com a ANTT (2015), podem ser observadas,
na Tabela 3, alguns exemplos de infrações e penalidades aplicáveis ao descumprimento
da legislação de transporte relativa ao Registro Nacional dos Transportadores
Rodoviários de Carga (RNTRC).

Tabela 3: Exemplos de Infrações e penalidades concernentes ao RNTRC

Infração Penalidade

O transportador, inscrito ou não no


RNTrC, evadir, obstruir ou, de qualquer Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil
forma, dificultar a fiscalização durante o reais).
transporte rodoviário de cargas.

O contratante contratar o transporte


rodoviário remunerado de cargas de
Multa de R$ 1.500,00 (mil e
transportador sem inscrição no RNTrC
quinhentos reais).
ou com inscrição vencida, suspensa ou
cancelada.

O embarcador ou destinatário deixar de Multa de 5% sobre o valor


fornecer documento comprobatório do da carga, limitada ao mínimo
horário de chegada e saída do transportador de R$550,00 (quinhentos e
nas dependências da origem ou do destino cinquenta reais) e máximo
da carga ou apresentar informação em de R$10.500,00 (dez mil e
desacordo com o regulamentado. quinhentos reais).

O embarcador ou destinatário emitir


o documento obrigatório para fins de
Multa de R$ 550,00 (quinhentos
transporte rodoviário de cargas por conta
e cinquenta reais).
de terceiro e mediante remuneração, em
desacordo ao regulamentado.

Fonte: ANTT, 2015.

69
2 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário
de Produtos Perigosos

As responsabilidades relativas ao transporte rodoviário de produtos perigosos


estão dispostas, principalmente, na Resolução ANTT no 3.665/2011, que atualiza o
Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, e na Resolução ANTT
no 420/2004, que estabelece as Instruções Complementares ao Regulamento do
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

gg
Consulte a Resolução ANTT no 3.665/2011 e leia o Capítulo IV –
Dos Deveres, Obrigações e Responsabilidades, acessando o link
a seguir.

http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4665/
Resolucao_3665.html

De acordo com a Resolução ANTT no 3.665/2011, as penalidades podem ser atribuídas


ao embarcador, ao transportador e ao destinatário. As infrações classificam-se, de
acordo com a sua gravidade, em três grupos:

• I - Primeiro Grupo: punidas com


multa de valor equivalente a R$
1.000,00;

• II - Segundo Grupo: punidas com


multa de valor equivalente a R$
700,00; e

• III - Terceiro Grupo: punidas com


multa de valor equivalente a R$
400,00.

70
hh
Infrações punidas com multa do Primeiro Grupo:

(a) Transportador: transportar produtos perigosos cujo


deslocamento rodoviário seja proibido pela ANTT.

(b) Embarcador: expedir produtos perigosos a granel que não


constem no Certificado de Inspeção para o Transporte de
Produtos Perigosos (CIPP).

3 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário


Internacional de Cargas

As responsabilidades referentes ao transporte rodoviário internacional de cargas


(TrIC) concentram-se, sobretudo, na obtenção e manutenção da Licença Originária
e da Autorização de Caráter Ocasional. Conforme previsto na Resolução ANTT no
1.474/2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de Licença
Originária e de Autorização de Caráter Ocasional para o transporte rodoviário
internacional de cargas (TrIC), as empresas estão sujeitas às penalidades:

(a) Art. 25: as empresas detentoras de Licenças Originária ou Complementar ficam


sujeitas, conforme o caso, à aplicação de multas, suspensão ou cancelamento da
respectiva Licença, sempre que infringirem as disposições contidas nos acordos
internacionais vigentes e nas normas e regulamentos próprios, assegurado
amplo direito de defesa.

(b) Art. 26: a prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas


para a consecução de atividade ilícita sujeita o infrator, mediante prévio processo
administrativo, às penalidades de suspensão ou cancelamento da respectiva
Licença, na forma da lei.

71
4 Responsabilidades Referentes ao Vale-Pedágio
Obrigatório

De acordo com a Lei nº 10.209/2001, que instituiu o Vale-Pedágio obrigatório, e a


Resolução ANTT no 2.885/2008, que o regulamenta, as responsabilidades caem,
sobretudo: (a) no embarcador, que deve adquiri-lo e repassá-lo ao transportador
rodoviário de carga e realizar os registros no documento comprobatório de embarque;
e (b) nas operadoras de rodovia sob pedágio, que devem aceitar todos os modelos
e sistemas operacionais aprovados pela ANTT, das empresas fornecedoras do Vale-
Pedágio obrigatório habilitadas em âmbito nacional.

gg
Assista à reportagem que mostra a fiscalização do Vale-Pedágio
obrigatório, em que se verifica ainda a prática da Carta-Frete,
através do link a seguir. Confira!

http://www.vectio.com.br/site/wp-content/uploads/2013/09/
Reportagem_Blitz_Dutra.mp4

Em consonância com a ANTT (2015), as principais infrações relativas ao Vale- Pedágio


obrigatório são:

(a) Não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador (responsabilidade


do embarcador);

(b) Não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-Pedágio obrigatório no


documento de embarque (responsabilidade do embarcador); e

(c) Não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório (responsabilidade de todas as


operadoras de rodovias sob pedágio - aceitação obrigatória).

Com relação às penalidades, são previstas:

(a) Ao embarcador ou equiparado será aplicada multa no valor de R$ 550,00 por


veículo, para cada viagem na qual não fique comprovada a antecipação do Vale-
Pedágio obrigatório; e

72
(b) A operadora de rodovia sob pedágio que não aceitar o Vale Pedágio obrigatório
será penalizada com multa no valor de R$ 550,00, a cada dia que deixar de aceitar
os modelos de Vale Pedágio obrigatório habilitados pela ANTT ou descumprir as
demais determinações legais sobre a matéria.

Resumindo

Para inscrição e manutenção do cadastro no RNTrC, o transportador deve


atender a requisitos específicos, podendo ser: Transportador Autônomo de
Cargas (TAC), Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC) e
Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC).

Com relação ao Vale-Pedágio obrigatório, o caminhoneiro deve estar


atento ao fato de que o embarcador deve adquiri-lo e repassá-lo ao
transportador rodoviário de carga e realizar os registros no documento
comprobatório de embarque

A prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas


para a consecução de atividade ilícita sujeita o infrator às penalidades de
suspensão ou cancelamento da Licença Originária ou Complementar.

73
Atividades

aa
1) O infrator às regras estabelecidas no Código de Trânsito
Brasileiro (CTB) está sujeito apenas às penalidades, e não
também às medidas administrativas.

( ) Certo ( ) Errado

2) No transporte rodoviário de produtos perigosos, as


penalidades podem ser atribuídas ao:

a. ( ) Embarcador.

b. ( ) Transportador.

c. ( ) Destinatário.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

3) Para a realização do transporte rodoviário internacional


de cargas (TrIC), o transportador deve obter a Licença
Originária.

( ) Certo ( ) Errado

4) As principais infrações relativas ao Vale- Pedágio


obrigatório são:

a. ( ) Não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador


(responsabilidade do embarcador).

b. ( ) Não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-


Pedágio obrigatório no documento de embarque
(responsabilidade do embarcador).

c. ( ) Não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório (responsabilidade


de todas as operadoras de rodovias sob pedágio - aceitação
obrigatória).

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

74
Referências

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos


rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.

______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção –


Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo
Diesel. São Paulo, 2002.

______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.

______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.

______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001.

______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001.

AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015.

ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado


Federal, 2012.

ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 4.799, de


27 de julho de 2015. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Resolução n° 3.665, de 4 de maio de 2011, e suas alterações. Atualiza o


Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Disponível em:
<www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as


Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos
Perigosos. Disponível em: </www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de


motorista, entre outros. Brasília, 2015. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso
em: 15 out. 2015.

75
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de
motorista, entre outros. Brasília, 2012. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso
em: 15 out. 2015.

______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2007.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.


Brasília, 1997. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

______. Lei Complementar n° 121, de 9 de fevereiro de 2006. Cria o Sistema Nacional


de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá
outras providências. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

CARDO, A. Atualização em Transporte Rodoviário de Cargas. Brasília, 2015.

CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 412, de 9 de agosto


de 2012. Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática
de Veículos – SINIAV em todo o território nacional. Disponível em: <www.denatran.
gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

_______. Resolução nº 285, de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II


da Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, entre outros. Disponível em: <www.
denatran.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.

_______. Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004. Estabelece novas normas


e procedimentos para a formação de condutores automotores, elétricos, exames,
expedição da CNH, cursos e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran.
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CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros)


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DETRAN/SP. Dicas de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em:


<http://www.detran.sp.gov.br>. Acesso em: out. 2016.

76
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Identificação
e Priorização de Segmentos Críticos para Estudos de Intervenção. DNIT: 2010.

DUALIBI, S.; PINSKY, I.; LARANJEIRA, R. Álcool e Direção: Beber ou Dirigir. Um guia
prático para educadores, profissionais da saúde e gestores de políticas públicas. São
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FILHO, G. B. Custos em Manutenção. Rio de Janeiro: LCM, 2010.

FUNENSEG – ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS. Gerenciamento de Riscos nos


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GÜNTHER, H. Pesquisas sobre o Comportamento no Trânsito. São Paulo: Casa do


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GRISTEC – ASSOCIAÇÃO DE EMPRESAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE


TECNOLOGIA DE RASTREAMENTO E MONITORAMENTO. Portal Oficial. Portal da
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HOFFMANN, M. H.; CRUZ, R. M.; ALCHIERI, J. C. Comportamento Humano no Trânsito.


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mundial. Disponível em: <www.jb.com.br/pais/noticias/2015/10/19/numero-de-mortos-
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MARIUZA, C. A.; GARICA, L. F. Trânsito e Mobilidade Urbana: Psicologia, Educação e


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PECHANSKY, F.; DUARTE, P. C. A. V.; BONI, R. B. Uso de bebidas alcoólicas e outras


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PEREIRA, M. J. Técnicas Avançadas de Manutenção. Rio de Janeiro: LCM, 2010.

SCHLÜTER, G. H.; SCHLÜTER, M. R. Gestão da Empresa de Transporte Rodoviário de


Carga e Logística: a Gestão Focada no Resultado. Porto Alegre: Horst, 2005.

VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage,


2008.

77
Noções de
Direção Segura
para
Caminhoneiros

MÓDULO 3
UNIDADE 6 | PONTOS CRÍTICOS
EM RODOVIAS – PARTE 1

79
Unidade 6 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 1

dd
Você está ciente de que em nossas rodovias existem os
denominados pontos críticos? Sabe o que pode ocorrer neles?
Conhece as causas que originam os problemas nesses pontos?

Pegar a condução do veículo e enfrentar a viagem nas rodovias brasileiras sem um mínimo
preparo, certamente, significa dar muita chance ao azar! Para uma condução preventiva,
o caminhoneiro deve entender o que representam os pontos críticos das vias e identificar
o que pode ocorrer durante a passagem por eles!

Nesta Unidade, abarcaremos o conceito de pontos críticos das vias e os possíveis problemas
relacionados ao projeto viário, operação, conservação do pavimento e sinalização.

80
1 Afinal, o Que São os Pontos Críticos das Vias?

Os pontos críticos ou segmentos críticos são aqueles locais


em que, devido às deficiências de projeto viário ou, ainda, às
características operacionais das vias, ocorre determinada
concentração de acidentes, seja em quantidade, seja na
gravidade dos mesmos (DNIT, 2010; DENATrAN, 2015).

Os segmentos críticos podem ser agrupados em categorias segundo o número de


faixas (simples ou dupla), uso do solo (urbano ou rural) e a configuração do terreno
(plano, ondulado e montanhoso).

Nas vias urbanas, os principais locais de ocorrência de segmentos críticos são:

• Travessias urbanas, especialmente de pedestres;

• Interseções em nível;

• Curvas; e

• Pontes e viadutos.

Agora, identifiquemos os possíveis problemas nas rodovias.

2 Possíveis Problemas nas Rodovias

Para DENATRAN (2015) e Valente et al. (2008), em seu dia a dia de trabalho, o
caminhoneiro enfrenta situações de perigo no trânsito. Infelizmente, muitas situações
de risco são causadas por problemas que as vias apresentam e a seguir, serão discutidas
algumas dessas questões, pois, para cada circunstância apresentada, procuramos
identificar técnicas de direção segura, de desaceleração e algumas manobras que
podem prevenir acidentes.

81
2.1 Problemas no Projeto Viário

De acordo com Cardo (2015), algumas vezes, as vias não são projetadas adequadamente
para o local onde estão inseridas ou, devido às características de uso (operacionais), elas
apresentam problemas em sua configuração. Dentre as principais falhas, ressaltam-se:

• Largura das faixas de rolamento e


dos acostamentos;

• Quantidade de faixas, em razão do


volume e velocidade de tráfego;

• Quantidade de faixas em relação


ao uso e à classe da via;

• Raios de curva e distância de


visibilidade de ultrapassagem, em
aclives, de acordo com a velocidade
permitida;

• Conflitos presentes nas interseções, com fluxos que se cruzam;

• Entrelaçamentos necessários para acesso de retornos; e

• Sinalização insuficiente ou inadequada.

hh
Para trafegar de maneira segura em todos os locais, o primeiro
passo é estar sempre atento ao desenho geométrico da via.

Além disso:

• Procure manter contato visual com a via, enxergando alguns metros à frente do
veículo. Lembre-se: durante a noite, esse contato visual fica prejudicado.

82
• Fique atento para identificar, antecipadamente, cruzamentos ou entrelaçamentos
e, caso necessário, reduza sua velocidade mesmo estando em uma via preferencial.
Lembre-se: cortesia e educação também fazem parte da direção segura.

• Quando utilizar alças ou acessos em desnível, reduza a velocidade e procure


fazer as curvas com raios abertos.

2.2 Problemas na Operação Viária

De acordo com Cardo (2015), um dos grandes problemas das estradas é a interrupção
de alguns trechos para obras de manutenção. Nesse caso, devem ser providenciados
desvios seguros e sinalizados, para que o tráfego não seja interrompido. A fiscalização
ajuda a prevenir possíveis problemas com o trânsito na via, que, devido às condições de
circulação deficitária, podem apresentar lentidão e acidentes.

A desobediência à velocidade regulamentada por parte dos

ff condutores é outro problema importante! Como você já sabe, a


velocidade é calculada em função do uso que se faz da via.
Portanto, são avaliados, por exemplo, o tipo e a quantidade de
veículos, os acessos, a presença de conversões e retornos, a
existência de praças de pedágio e a quantidade de faixas.

Faça a sua parte para manter uma condução segura do seu caminhão:

• Obedeça sempre à velocidade regulamentada na via;

• Ao perceber a aproximação de outros veículos, especialmente os de grande


porte, procure manter uma distância de segurança e, se necessário, reduza a
velocidade; e

• Se notar um veículo com velocidade acima da sua, ou acima da velocidade


permitida, deixe que ele ultrapasse, evitando situações de conflito.

83
2.3 Problemas com a Conservação do Pavimento

Consoante Cardo (2015), DETrAN/SP


(2015) e DNIT (2010), a conservação
do pavimento deve ser um trabalho
constante, com o objetivo de mantê-lo
em perfeitas condições de circulação, tão
próximo quanto possível de sua condição
imediata à construção. No entanto, muitas
vezes as vias apresentam problemas
na conservação e o caminhoneiro vê-se
obrigado a conduzir em vias com buracos,
rachaduras, asfalto irregular e óleo na
pista.

bb
Você, motorista profissional de caminhões deve-se diferenciar
no mercado de trabalho. Mostre que é um dos responsáveis
diretos pela conservação do pavimento, em especial quando se
fala nos limites de capacidade de carga do veículo. Não trafegue
com excesso de carga, nem permita que outros motoristas o
façam. Com isso, terá sempre boas rodovias e estradas para
transitar.

Esteja atento a estas orientações:

• Fique atento à presença de óleo ou água na pista. Se notar sua presença, reduza
a velocidade;

• Se a via apresentar buracos e rachaduras, reduza a velocidade. Se for necessário


desviar de algum obstáculo, sinalize adequadamente com o uso de seta;

• Ao conduzir sob chuva, fique atento às poças d’água, pois elas podem esconder
verdadeiras armadilhas para seu veículo (buracos).

84
gg
Veja como os problemas nas vias podem lhe causar transtornos
e prejuízos. Assista, através do artigo disponível no link a seguir,
a uma reportagem de um problema com buraco que atolou
ônibus e caminhão em um anel viário em São Luís, Maranhão.

http://g1.globo.com/ma/maranhao/jmtv-1edicao/videos/t/
edicoes/v/problema-com-buraco-que-atolou-onibus-e-
caminhao-de-lixo-no-anel-viario-foi-resolvido/3365864

2.4 Problemas com a Sinalização Viária

Como você transita diariamente por rodovias e estradas, você sabe muito bem que
a sinalização - que é tão importante para uma direção segura - nem sempre está
disponível. Os motivos são diversos: falhas de projeto, depredação, desgaste natural e
falta de manutenção e reposição (CARDO, 2015).

As várias formas de sinalização são importantes para mostrar ao condutor o que é


permitido e o que é proibido. Ela funciona como um alerta permanente sobre os
perigos das vias além de orientar quanto aos caminhos a tomar.

Mas, em alguns locais, as placas de sinalização são encobertas por outras placas,
árvores e demais elementos do cenário, exigindo uma atenção maior do motorista.
A experiência, o bom senso e a velocidade sob controle são grandes aliados dos
caminhoneiros nessa hora, e podem ajudá-los muito na obtenção das informações que
a sinalização não lhes fornece.

hh
Se você precisar parar no acostamento, lembre-se de verificar se
há sinalização indicando local de parada.

85
Tome os seguintes cuidados:

• Domine a situação: verifique o movimento de veículos atrás e ao lado do seu. Veja


se não há alguém tentando ultrapassá-lo pelo acostamento ou se há veículos
estacionados no mesmo. Tome cuidado adicional em locais e horários de muito
movimento.

• Sinalize sua intenção: ligue as luzes indicadoras de sentido com antecedência,


avisando ao condutor do veículo de trás que você vai parar.

• Diminua a velocidade gradativamente, para sair da via em segurança. Saídas


bruscas podem causar acidentes.

• Se precisar ir para o acostamento, sinalize e deixe o maior espaço possível entre


seu veículo e a pista. Ao parar no acostamento, faça com que todos os ocupantes
saiam do veículo e fiquem longe da pista.

• Use sempre o triângulo, colocando-o a uma distância mínima de 30 metros da


traseira do veículo. Durante a noite, utilize o dobro dessa distância.

• Se precisar parar em local perigoso (próximo à pista, em uma curva, após uma
lombada) coloque outros avisos além do triângulo. Comece a sinalizar a uma
distância maior do que 30 metros do veículo.

Resumindo

Os pontos críticos apresentam a maior possibilidade de ocorrência de algo


indesejado. Por isso, é fundamental que o caminhoneiro esteja alerta e
empregue tudo o que sabe sobre a direção segura.

Os principais problemas nos pontos críticos nas rodovias são devidos a


problemas existentes nos projetos viários, operações viárias, conservação
do pavimento e sinalização.

Ao perceber a aproximação de outros veículos, especialmente os de porte


maior que o seu, procure manter uma distância de segurança e, se
necessário, reduza a velocidade.

86
Atividades

aa
1) Se o caminhoneiro notar um veículo com velocidade acima
da sua, ou acima da velocidade permitida na rodovia, deve
deixar que ele ultrapasse, evitando situações de conflito.

( ) Certo ( ) Errado

2) Constituem problemas no projeto viário de uma rodovia,


exceto:

a. ( ) Largura das faixas de rolamento e dos acostamentos


insuficiente.

b. ( ) Buraco na pista.

c. ( ) Quantidade de faixas insuficiente, em razão do volume e


velocidade de tráfego.

d. ( ) Quantidade de faixas insuficiente, em relação ao uso e à


classe da via.

3) Em geral, o triângulo de segurança deve ser colocado a


uma distância do veículo de, no máximo, 30 metros.

( ) Certo ( ) Errado

4) Com relação à sinalização nas rodovias, o motorista de


caminhão deve:

a. ( ) Sinalizar sua intenção, ligando as luzes indicadoras de


sentido com antecedência.

b. ( ) Se precisar ir para o acostamento, sinalizar e deixar o


maior espaço possível entre seu veículo e a pista.

c. ( ) Usar sempre o triângulo de segurança quando necessário.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

87
Referências

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos


rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.

______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção –


Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo
Diesel. São Paulo, 2002.

______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.

______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.

______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


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2008.

90
UNIDADE 7 | PONTOS CRÍTICOS
EM RODOVIAS – PARTE 2

91
Unidade 7 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 2

dd
Você sabe o que é um acidente de trânsito? Quais os acidentes
que ocorrem com mais frequência nos pontos críticos das
rodovias? Como evitá-los?

Há vários tipos de acidentes e o motorista profissional deve atentar-se para as suas várias
denominações técnicas, desenvolver atitudes para evitá-los e estar preparados para agir
na ocorrência de um infortúnio.

Vamos abordar os acidentes mais comuns que ocorrem nos pontos críticos das vias, tais
como colisões, atropelamento, tombamento e capotamento. Ainda, vamos dedicar um
tempo ao estudo do comportamento seguro em locais críticos de acidentes.

A seguir, vamos compreender os tipos de acidentes e as ações a serem adotadas que


podem evitá-los.

92
1 Acidentes que Ocorrem em Pontos Críticos

O acidente de trânsito é todo acontecimento desastrado, casual


ou não, tendo como consequências danos físicos e ou materiais,
envolvendo veículos, pessoas e ou animais nas vias públicas
(DENATRAN, 2015).

1.1 Colisão Traseira

Para DENATRAN (2015) e Andrade (2012),


uma das principais causas de colisões
na traseira do veículo é motivada por
condutores que têm o hábito de dirigir
muito próximo ao veículo da frente
(colado). Por isso, nem sempre o motorista
da frente consegue avisá-lo da manobra
que pretende fazer, principalmente, nas
situações de emergência. Outro motivo
é a falta de consciência dos condutores
em sinalizar suas manobras de conversão
e parada repentina.

Estas atitudes podem trazer consequências graves para o veículo e seus ocupantes.
Quando ocorre o impacto, a cabeça do condutor é lançada violentamente para trás,
podendo, em alguns casos, provocar a fratura de pescoço, deixá-lo paraplégico, ou
ainda levá-lo à morte. Este é um dos motivos que justificam a utilização do encosto de
cabeça nos veículos.

93
hh
As quatro atitudes que os alunos do SEST SENAT devem ter em
mente para evitar colisão traseira são:

(1) SAIBA O QUE FAZER: não fique indeciso, principalmente


para entrar à direita ou esquerda. Planeje o seu trajeto com
antecedência, para não confundir o condutor que vem atrás.

(2) SINALIZE SUAS INTENÇÕES: informe, ao condutor que o


segue, o que você pretende fazer. Não deixe que ele tente
adivinhar. Ligue o pisca alerta, pise no freio lentamente para
que as luzes das lanternas se acendam avisando-o de suas
intenções. Se necessário, faça sinais com as mãos de maneira a
melhorar a interpretação do que você deseja transmitir.

(3) PARE SUAVE E GRADATIVAMENTE: muitos condutores, ao


passarem do local em que iriam parar, pisam repentinamente no
freio e até tentam dar marcha à ré, sem lembrar que existem
outros veículos. Esta manobra obriga o condutor de trás a dar
um golpe no volante para não bater no seu, podendo projetar-se
contra outros veículos.

(4) NÃO PERMITA QUE VEÍCULOS O SIGAM MUITO PRÓXIMO:


use o princípio da cortesia ajudando a ultrapassá-lo, sem correr
os riscos de uma viagem interrompida por falta de percepção.
Facilite a ultrapassagem com a redução da velocidade e/ou
deslocando e até parando no acostamento.

1.2 Colisão Frontal

De acordo com o DENATrAN (2015) e Andrade (2012), sem indício de dúvida, a mais
perigosa das colisões é aquela que ocorre entre veículos que trafegam na mesma
direção, porém, em sentidos contrários. Nessa situação, a velocidade do choque é a
soma das velocidades dos veículos. No instante do choque, ambos param, enquanto os

94
condutores continuam se deslocando, podendo ser esmagados pela lataria do veículo.
Se não estiverem com cinto de segurança devidamente colocado, correm o risco de se
chocarem com as partes internas do veículo.

Os principais locais em que ocorrem as colisões frontais são: nas retas, nas curvas e nos
cruzamentos.

1.2.1 Colisão Frontal nas Retas

Na lição do DENATrAN (2015) e Andrade (2012), a principal causa dos acidentes em


vias retas é a ultrapassagem em locais de pouca visibilidade. Também, é comum que
os condutores não avaliem com precisão as relações entre espaço, tempo, potência e
condições do veículo, arriscando-se na ultrapassagem mesmo sem condições e, quando
encontram outro veículo em sentido contrário, podem ter dúvida sobre o que fazer.

hh
O condutor defensivo deve ser o primeiro a decidir tão logo
aviste a situação de perigo. Sinalizar ou desviar para o
acostamento são algumas manobras que você pode fazer antes
do outro condutor, mostrando a ele o caminho que deve tomar.

1.2.2 Colisão Frontal nas Curvas

Em consonância com o DENATRAN (2015) e Andrade (2012), a


reunião de vários fatores (velocidade, tipo de pavimento, o
ângulo da curva, as condições de pneus) pode provocar a saída
de um veículo da sua mão de direção, empurrando-o para a
contramão ou para o acostamento. A força responsável por este
perigoso deslocamento chama-se força centrífuga.

95
Em curvas para a direita, essa força empurra o veículo para a esquerda, no sentido da
faixa da contramão. Ao fazer uma curva para a esquerda, a Força Centrífuga o empurra
para a direita no sentido do acostamento.

Podemos concluir, assim, que a curva para a direita se torna mais perigosa para o
envolvimento de outros veículos que vêm em sentido contrário, em razão da invasão
que o veículo em curva faz na outra faixa de rolamento. Dessa maneira, se não forem
tomadas providências, a colisão é praticamente inevitável.

hh
O que fazer para evitarmos colisões em curvas?

CURVAS À DIREITA: reduza a marcha e a velocidade ao


aproximar-se da curva, mantendo o seu veículo no lado direito
da faixa e bem próximo ao acostamento. Acelere suavemente
ao entrar na curva, pois a força do motor, ou força motriz,
compensa a ação da força centrífuga.

CURVAS À ESQUERDA: reduza a marcha e a velocidade ao


aproximar-se da curva, mantendo o seu veículo mais próximo do
meio da pista. Acelere suavemente ao fazer a curva, para que a
força motriz compense os efeitos da força centrífuga.

1.3 Colisão Lateral

Para Cardo (2015) e Andrade (2015), muitos condutores afirmam que é mais fácil dirigir
em uma rodovia do que nas vias urbanas, devido à amplitude de visão. Esta informação,
sob determinado aspecto, parece coerente, porque, dentro da cidade, o condutor cruza
muitas vias e não tem visão ampla já que, em muitos casos, as construções, bancas de
jornal, veículos estacionados irregularmente, árvores, etc., escondem outros veículos
que transitam em sentido transversal.

96
Desta maneira, o condutor enfrenta risco maior de colisão lateral em cruzamentos.
Estatisticamente, um terço de todos os acidentes de trânsito ocorre nos cruzamentos,
sendo causas principais: falta de visibilidade; desconhecimento e desrespeito das
regras de circulação e conduta; manobras inesperadas de condutores de veículos; e
trânsito de pedestres.

1.4 Colisão com Objeto Fixo

Acidente que se caracteriza pelo impacto de um veículo em movimento contra qualquer


obstáculo fixo (por exemplo: árvore, poste, veículo parado).

1.5 Atropelamento de Pessoas

Acidente em que uma ou mais pessoas são atingidos por um veículo em movimento,
tendo como consequências lesões leves ou graves (morte).

1.6 Choque ou Colisão com Animais

Acidente em que um ou mais animais são atingidos por um veículo em movimento,


tendo como consequência lesões leves ou graves (morte).

97
1.7 Tombamento

Acidente em que um veículo em movimento declina sobre um de seus lados,


imobilizando-se.

1.8 Capotamento

Acidente em que o veículo em movimento gira em torno do seu eixo longitudinal,


chegando a tocar com o teto no solo, imobilizando-se em qualquer posição.

98
1.9 Colisão Misteriosa

Acidente de trânsito que envolve apenas um veículo. O condutor não sabe exatamente
a razão pela qual aconteceu o acidente; isso quando consegue sair ileso ou com leves
lesões do acidente.

hh
Após diversas pesquisas sobre o assunto, identificaram-se os
elementos causadores da chamada colisão misteriosa: pista de
rolamento; condições climáticas; correntes aerodinâmicas;
veículo; o outro condutor; e estado físico e mental do condutor.

2 Comportamento Seguro em Locais Críticos de Acidentes

De acordo com Cardo (2015) e DENATRAN (2015), para o condutor, a principal


recomendação é obedecer sempre ao limite de velocidade regulamentada para a via.
Lembre-se que os limites de velocidade foram calculados considerando seus aspectos
físicos e geométricos, sempre com o intuito de preservar a segurança de todos.

hh
Não se esqueça: quanto maior a velocidade, maior o risco de
sofrer acidentes e maiores as possibilidades de consequências
sérias. Cada 15 quilômetros a mais, acima da velocidade de 80
quilômetros, duplicam as chances de morte do motorista em
caso de colisão.

99
2.1 Curvas e Terrenos Acidentados

Em estradas com presença de curvas é necessário cautela e sempre ficar atento à


sinalização.Desta forma quando estiver trafegando em curvas:

• Diminua a velocidade antes de entrar na curva, utilize o sistema de freio, inclusive


o freio motor e, se necessário, reduza a marcha.

• Execute a curva com movimentos suaves.

• Retome gradativamente a velocidade original, após a conclusão do trajeto


curvilíneo.

• Não esqueça: obedeça sempre aos limites permitidos.

hh
Nos locais em que o relevo seja muito acidentado, preste
especial atenção nas descidas. Teste os freios antes de iniciá-las
e mantenha o carro engrenado. Quando ocorrer uma situação
de perigo ou inesperada, se o seu veículo estiver desengatado,
certamente você não terá a força do motor para ajudar a parar
ou a reduzir a velocidade.

2.2 Ultrapassagens

As situações de ultrapassagem são sempre situações de risco. Principalmente, quando


você é obrigado a dirigir na contramão para realizar a ultrapassagem. Nesse caso,
sempre há risco de ocorrer colisão frontal.

Sempre que a situação envolver ultrapassagem, tomar algumas atitudes são


imprescindíveis:

• Ultrapasse somente nos locais em que a sinalização horizontal permita essa


manobra;

100
• Se você estiver sendo ultrapassado, colabore. A situação de risco está com o
outro, mas, você também está envolvido. Reduza a velocidade, se necessário,
para facilitar a manobra do outro motorista;

• Se você for ultrapassar, calcule bem a distância e o tempo que você vai utilizar
para a manobra. Considere, ainda, a velocidade do veículo que vem no sentido
contrário.

gg
Preste atenção no vídeo disponível no link a seguir, em que um
motorista realiza uma ultrapassagem proibida e quase joga a
viatura da Polícia Rodoviária Federal para fora da pista.

https://www.youtube.com/watch?v=7iqtMZVccYc

Resumindo

Sempre se deve ter em mente o conceito de acidente de trânsito: é todo


acontecimento desastrado, casual ou não, tendo como consequências
danos físicos e/ou materiais, envolvendo veículos, pessoas e ou animais nas
vias públicas.

A regra de ouro para o comportamento seguro do caminhoneiro em locais


críticos de acidentes é obedecer sempre ao limite de velocidade
regulamentada para a via. Tal limite foi calculado considerando seus
aspectos físicos e geométricos, sempre com o intuito de preservar a
segurança de todos.

Ao entrar em curvas, o caminhoneiro deve diminuir a velocidade, utilizar o


sistema de freio, inclusive o freio motor e, se necessário, reduzir a marcha.
E executar a curva com movimentos suaves.

101
Atividades

aa
1) Na colisão denominada misteriosa, o condutor sabe
exatamente a razão pela qual aconteceu o acidente.

( ) Certo ( ) Errado

2) Dentre as atitudes que o caminhoneiro deve ter em mente


para evitar colisão traseira, podem ser citadas:

a. ( ) Saiba o que fazer: não ficando indeciso, principalmente


para entrar à direita ou esquerda.

b. ( ) Sinalize suas intenções: informe, ao condutor que o segue,


o que você pretende fazer. Não deixe que ele tente adivinhar.

c. ( ) Pare suave e gradativamente: muitos condutores, ao


passarem do local em que iriam parar, pisam repentinamente no
freio.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

3) Na ultrapassagem, o caminhoneiro deve calcular bem a


distância e o tempo que utilizará para a manobra.

( ) Certo ( ) Errado

4) Os locais descritos abaixo são aqueles principais em que


ocorrem as colisões frontais, exceto:

a. ( ) Nas retas.

b. ( ) Nos estacionamentos.

c. ( ) Nas curvas.

d. ( ) Nos cruzamentos.

102
Referências

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105
Noções de
Direção Segura
para
Caminhoneiros

MÓDULO 4
UNIDADE 8 | CIRCULAÇÃO E
CONDUTA NO TRÂNSITO NAS
RODOVIAS – PARTE 1

107
Unidade 8 | Circulação e Conduta no Trânsito nas
Rodovias – Parte 1

dd
Honestamente, você dirige preventivamente? Quais os
elementos de uma direção preventiva? Você apresenta mais
comportamentos de risco ou seguro no trânsito? Suas atitudes
são no sentido de evitar os acidentes?

Já foi o tempo em que saber conduzir um caminhão era apenas dominar sua parte
mecânica e tirar a maior potência do possante. Atualmente, o mercado exige do motorista
profissional atitude preventiva de direção, ou seja, comportamento que evite conflitos,
acidentes, perdas desnecessárias e mácula na imagem da empresa.

Nesta Unidade, explicaremos sobre o que é dirigir preventivamente, como diferenciar


um comportamento de risco de um comportamento seguro e identificar as atitudes que
podem evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito.

108
1 Entendendo o Que É Dirigir Preventivamente

Dirigir preventivamente é conduzir o veículo procurando evitar


situações de conflito e acidentes no trânsito, mesmo em
condições adversas e apesar das ações incorretas dos outros
usuários do trânsito, prevendo antecipadamente a possibilidade
de ocorrerem acidentes e agindo instantaneamente para evitar
que aconteçam (CARDO, 2015; DENATRAN, 2015).

O motivo principal, claro, é a preservação da vida e da saúde. Mas, a direção preventiva


envolve muitos outros aspectos como reduzir a perda de tempo, de dinheiro, e diminuir,
também, os impactos ao meio ambiente.

hh
Essa é uma visão totalmente nova sobre o ato de dirigir. Para
dirigir preventivamente, portanto, não basta apenas conhecer a
legislação, as placas e os outros sinais de trânsito. A direção
preventiva trabalha a atitude do condutor. Para o motorista
defensivo, a atitude correta pode significar a diferença entre
chegar bem em casa ou se envolver em um acidente no trânsito.

1.2 Elementos da Direção Preventiva

Para DENATRAN (2015) e Andrade (2012), como você já observou, dirigir defensivamente
é uma questão de atitude. Essa atitude envolve, principalmente, a capacidade de
prevenir acidentes, antecipando possíveis situações de risco e preparando-se para
contorná-las. Para isso, o condutor defensivo deve conhecer os cinco elementos da
direção defensiva: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.

109
1.3 Conhecimento

Dirigir com segurança requer uma gama


de informações que devem ser aplicadas
ao se conduzir um veículo. A experiência
de cada um é, também, uma grande e
importante fonte de conhecimentos.
É fundamental reconhecer os riscos e
saber qual a maneira de se defender
deles. As informações das condições de
dirigibilidade do veículo, do percurso
a ser realizado e da real capacidade do
condutor são outros elementos a serem
considerados na condução veicular.

O motorista de veículos pesados ou semipesados deve ser

ff considerado um condutor exemplar, pois está em permanente


contato com os elementos do trânsito. Portanto, deve sempre
aplicar seus conhecimentos na condução, tais como: usando
cinto de segurança, dirigir utilizando as duas mãos no volante,
guardar distância de segurança, sinalizar a mudança de direção,
dirigir com velocidades compatíveis na via.

1.4 Atenção

Você passa quantas horas por dia dirigindo seu caminhão? Já se pegou olhando alguma
coisa que acontece na estrada, um acidente, um outdoor chamativo? Está sempre alerta
ou se distrai passando mensagem no celular ou atendendo a alguma ligação?

110
A condução de veículos de grande porte em estradas exige muita atenção do
condutor, pois é necessário estar observando todos os fatores do trânsito: sinalização,
comportamento dos outros condutores, pedestres, ciclistas, animais, demais veículos
não motorizados. Além disso, ele deve zelar por sua própria segurança, dos passageiros,
de terceiros e das cargas que estiver transportando.

Estar alerta à direção significa estar atento aos fatores causadores de acidentes e
possuir a habilidade de reconhecê-los instantaneamente e de reagir e agir contra os
mesmos. O condutor alerta vê tudo à sua frente, e atrás, pelos espelhos retrovisores, e
ainda o que ocorre nas laterais de seu veículo, podendo tomar as medidas de segurança
necessárias.

1.5 Previsão

Prever é antecipar situações de perigo, sejam elas mediatas ou


imediatas. Se você consegue prever o que pode acontecer em
uma viagem e se prepara para isso, você faz uma previsão
mediata. Se você enfrenta a rotina do trânsito e antecipa uma
possível situação de perigo, esta é uma previsão imediata.

Ser preventivo significa lembrar-se, por exemplo, de verificar as condições do veículo


antes de uma viagem. Um motorista descuidado pode enfrentar sérios problemas, pois
não há habilidade na direção que contorne uma falha mecânica.

1.6 Decisão

Uma boa decisão implica no conhecimento das alternativas que se apresentam em uma
determinada situação no trânsito, bem como a capacidade de se fazer uma escolha
inteligente de manobra, a tempo de evitar acidentes.

111
No momento da situação de risco não pode haver hesitação, sob risco de não se tomar
a decisão certa e se envolver em acidentes. A ação correta é a principal ferramenta da
direção defensiva, numa combinação baseada no conhecimento, atenção e previsão.

1.7 Habilidade

Você consegue frear rapidamente? Sabe como se desviar de obstáculos sem perder o
controle do veículo? O que fazer em caso de pane elétrica?

A habilidade se desenvolve por meio do aprendizado e do desenvolvimento constante


dos automatismos corretos. Teoricamente, quanto mais um indivíduo desenvolve
uma ação, mais qualificado ele estará. Porém, esta regra não pode ser considerada
para o condutor, pois, a dinâmica do trânsito na prática da direção veicular faz com
que ele adquira de maneira inconsciente gestos ou ações incorretas, chamadas de
automatismos incorretos.

Adquirir habilidades para conduzir um veículo significa conhecer o veículo e seus


equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear os
controles e saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias em cada situação
de risco.

gg
Assista, através do link a seguir, a um vídeo do Programa Brasil
Caminhoneiro sobre direção defensiva. Confira!

https://www.youtube.com/watch?v=H4xl7oJeHPU

2 Comportamento de Risco e Comportamento Seguro

Para Mariuza e Garica (2010) e Hoffmann & Alchieri (2003), algumas ações favorecem
a inclusão do condutor em um comportamento de risco, considerado prejudicial ao
trânsito, direta ou indiretamente:

112
• Não acionar freio de estacionamento;

• Dirigir com o pé sobre a embreagem, prejudicando a vida útil do sistema;

• Não usar cinto de segurança ou deixar de solicitar aos ocupantes do veículo que
o façam;

• Dirigir com apenas uma das mãos


(falar ao celular, mão para fora do
veículo, mão sobre a alavanca do
câmbio, manuseio constante do
rádio, não olhar para frente com a
devida atenção);


Não regular os espelhos
retrovisores, criando “pontos
cegos”;

• Deixar de sinalizar mudança de direção;

• Acionar a embreagem antes do freio, desfavorecendo o uso do freio motor;

• Realizar leitura ao dirigir (jornais, revistas, mapas, propaganda);

• Não regular o assento (distância, inclinação e postura);

• Fumar dirigindo;

• Ingerir bebidas (refrigerante, café, suco, água de coco);

• Usar o telefone celular ao dirigir, mesmo que seja no modo viva voz;

• Assistir à televisão ou DVD a bordo enquanto dirige;

• Ouvir aparelho de som em volume que não permita escutar os sons do seu
próprio veículo ou dos outros veículos;

• Transportar animais soltos e desacompanhados no interior do veículo;

• Transportar na cabine ou sobre os bancos objetos que possam deslocar-se


durante o percurso;

113
hh
Geralmente, nós não conseguimos manter nossa atenção
durante o tempo todo enquanto dirigimos. Constantemente,
somos levados a pensar em outras coisas, sejam elas importantes
ou não. Concentre-se no ato de dirigir, acostumando-se a
observar sempre e alternadamente enquanto dirige:

• As informações no painel e os sinais luminosos;

• Os espelhos retrovisores;

• A movimentação de outros veículos em todas as direções;

• A movimentação dos pedestres, em especial próximo aos


cruzamentos; e

• A posição de suas mãos no volante.

Agora, de acordo com Mariuza e Garica (2010) e Hoffmann & Alchieri (2003), para um
comportamento seguro, o motorista:

• Sabe que, ao sentar-se ao volante você está correndo algum risco;

• Diante desse risco, assume a atitude de reduzi-lo, em vez de contar com a sorte;
e

• Ao optar por reduzir os riscos, decide assumir o controle da situação.

No volante do veículo ao lado, pode estar um motorista despreparado, agressor ou


distraído. Ele pode ser um condutor que dirige criando situações que contribuem para
aumentar o caos do trânsito, colocando em risco a vida de quem se depara com ele.

114
3 Atitudes que Podem Evitar Acidentes com Pedestres e
Outros Integrantes do Trânsito

De acordo com Cardo (2015), Pechansky et al. (2010) e Günther (2015), o método básico
de prevenção de acidentes deve ser utilizado para o desenvolvimento de qualquer
atividade do dia a dia que envolva riscos. Basicamente, o método consiste em três
ações interligadas descritas a seguir.

3.1 Preveja o Perigo

A previsão de situações de risco, que indicam a possibilidade de que os acidentes


aconteçam, deve ser efetuada com antecedência, podendo ser de horas, dias, ou até
semanas, caracterizando a previsão mediata.

3.2 Descubra o Que Fazer

A mesma falha que provoca um acidente leve pode causar um acidente fatal. Isso
quer dizer que os acidentes, mesmo os pequenos, merecem ser revistos, analisando-
se o tipo de erro cometido para afastar a possibilidade de repetição. Muitas vezes, o
acidente ocorre porque o motorista não agiu em tempo, não sabia como se defender,
ou, ainda, que desconhecia o perigo.

115
3.3 Aja a Tempo

Além de estar consciente sobre as atitudes que devem ser tomadas, é preciso saber agir
imediatamente, sem esperar para ver o que vai acontecer. Algumas vezes, os acidentes
ocorrem porque o motorista conta com a atitude dos outros e tem a expectativa de
que os demais conheçam e respeitem as regras de trânsito.

Resumindo

Vimos que dirigir preventivamente é conduzir o veículo procurando evitar


situações de conflito e acidentes no trânsito; mas isso não basta.

Deve-se ter atitude. Essa atitude envolve, principalmente, a capacidade de


antecipar possíveis situações de risco e preparando-se para contorná-las.
Para isso, o condutor defensivo deve conhecer os cinco elementos da
direção defensiva: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.

É preciso incorporar no nosso dia-a-dia as atitudes preventivas de prever o


perigo, descobrir o que fazer na hora certa e agir a tempo. E lembre-se de
que, no volante do veículo ao lado, pode estar um motorista despreparado,
agressor ou distraído.

116
Atividades

aa
1) A direção preventiva possui cinco elementos: conhecimento,
atenção, previsão, decisão e habilidade.

( ) Certo ( ) Errado

2) Constituem comportamento de risco do caminhoneiro:

a. ( ) Não acionar freio de estacionamento.

b. ( ) Dirigir com o pé sobre a embreagem, prejudicando a vida


útil do sistema.

c. ( ) Não usar cinto de segurança.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

3) O caminhoneiro, em um comportamento seguro, sabe que,


ao sentar-se ao volante, está correndo algum risco.

( ) Certo ( ) Errado

4) O motorista, ao concentrar-se no ato de dirigir, deve


acostumar-se a observar sempre e alternadamente, exceto:

a. ( ) As informações no painel e os sinais luminosos.

b. ( ) Os espelhos retrovisores.

c. ( ) As promoções anunciadas no rádio.

d.( ) A movimentação de outros veículos em todas as direções.

117
Referências

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rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.

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Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo
Diesel. São Paulo, 2002.

______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.

______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.

______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001.

______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção,


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AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015.

ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado


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______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as


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em: 15 out. 2015.

118
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de
motorista, entre outros. Brasília, 2012. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso
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VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage,


2008.

120
UNIDADE 9 | CIRCULAÇÃO E
CONDUTA NO TRÂNSITO NAS
RODOVIAS – PARTE 2

121
Unidade 9 | Circulação e Conduta no Trânsito nas
Rodovias – Parte 2

dd
Você sabe o que é uma condição adversa?Tem conhecimento
que as condições adversas interferem nas vias, no comportamento
e nos veículos?

Às vezes, nem sempre são as rodovias que estão com problemas. O veículo e até o próprio
condutor podem alojar a causa da ocorrência de acidentes. Por isso, é importante conhecer
cada um desses elementos.

Continuando nosso estudo, abarcaremos sobre as condições adversas presentes nas


estradas, veículos e condutores, bem como das relações existentes entre o fator humano
e os acidentes de trânsito.

122
1 Condições Adversas Presentes nas Estradas

De acordo com Cardo (2015) e DENATRAN (2015), muitos


acidentes são causados por situações adversas, que são aquelas
situações contrárias ao desejado ou esperado. Para evitar
acidentes, o caminhoneiro precisa estar preparado para
reconhecer essas condições e empregar técnicas de direção
preventiva.

1.1 Condições Adversas de Luminosidade

Para Cardo (2015) e DENATRAN


(2015), a luz deficiente ou em excesso
afeta a nossa capacidade de ver ou
de sermos vistos, seja ela natural ou
artificial. Sem que o motorista tenha
condições de ver ou de ser visto
perfeitamente, há um risco muito
grande de ocorrerem acidentes. Pode
haver ofuscamento da visão causado
pelo farol alto de um veículo que vem
em sentido contrário ou pela luz solar
incidindo diretamente nos olhos do condutor.

Quando estiver conduzindo em rodovias, opte por deslocar-se com o farol baixo aceso,
assim você contribui para que os outros motoristas possam identificá-lo com facilidade.

123
hh
Tome cuidado com o uso indevido dos faróis. A vista humana
pode levar até 7 segundos para se recuperar de um ofuscamento.
Um veículo a uma velocidade de 80 km/h percorre uma distância
superior ao tamanho de um campo de futebol antes que seu
condutor recupere a visão plena. Lembre-se: o alcance do farol
alto de seu veículo é de, aproximadamente, 120 metros.

No período noturno, ocorre uma redução da visibilidade e, em função disso, o motorista


deve conduzir com velocidade menor e aumentar a distância de segurança. É importante
tomar cuidados especiais ao dirigir nos períodos noturnos, pois a visibilidade humana
nessas circunstâncias fica reduzida para 1/6 em relação à capacidade visual durante o
dia.

1.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima

Na lição de Cardo (2015) e DENATRAN (2015), a ocorrência de chuva, granizo, vento


forte e neblina afetam a percepção e o controle do veículo e grande parte dos acidentes
ocorre em dias chuvosos. Isso acontece porque, com a chuva, a pista fica escorregadia.

Ao dirigir com pista molhada ou em dias chuvosos - independentemente da quantidade


de água na pista - diminua a velocidade, aumente a distância de outros veículos, não
utilize o freio, nem tampouco mude de direção bruscamente.

Com a pista molhada, pode ocorrer o que se chama de


aquaplanagem ou hidroplanagem, que consiste na perda de
controle do veículo em decorrência da diminuição do atrito e da
diminuição da aderência dos pneus ao solo. A falta de contato
dos pneus com a pista faz com que o veículo derrape e o condutor
perca seu controle, podendo causar um acidente.

124
Além das condições de chuvas, os condutores podem enfrentar situações de ventos
fortes. Se os ventos forem transversais, o condutor deverá abrir os vidros e reduzir a
velocidade e se os ventos forem frontais, deverá reduzir a velocidade, segurando com
firmeza o volante.

gg
Assista, pelo link a seguir, à reportagem que trata das condições
adversas devido ao tempo e veja quais os melhores
procedimentos indicados.

https://www.youtube.com/watch?v=8O1Gqrf6vw8

Durante o inverno, as estradas podem ser invadidas por neblina, que exige dos
condutores mais atenção. Analise as sugestões que visam reduzir o risco de acidentes
nesta condição adversa:

hh
• Acenda os faróis (luz baixa), mesmo durante o dia, caso não
disponha de faróis de neblina;

• Reduza a velocidade, mantendo ritmo constante, sem


acelerações ou reduções bruscas;

• Redobre a atenção;

• Não use luz alta;

• Nunca trafegue com o pisca alerta ligado, exceto em caso de


emergência ou se a via assim o permitir;

• Caso se faça necessário parar no acostamento, aí sim, deve


ligar o pisca alerta; e

• Evite ultrapassagens.

As orientações para a condução em neblina servem também


para o caso de fumaça na estrada. Caso você perceba a presença
de um foco de incêndio, avise a polícia rodoviária assim que
possível.

125
1.3 Condições Adversas na Via

O desenho geométrico, a largura, o tipo e o estado da pavimentação da pista é que


definem as velocidades máximas indicadas para cada via. As vias nem sempre estão em
bom estado de conservação ou sinalizadas adequadamente, por isso o condutor deve
estar sempre atento a fim de evitar acidentes (CARDO, 2015; DENATRAN, 2015).

1.4 Condições Adversas de Tráfego

As condições de tráfego envolvem os


demais usuários da via e o condutor deve
estar atento aos congestionamentos ou
trânsito lento resultantes do excesso
de veículos e ao trânsito rápido, por que
muitos motoristas ignoram a distância
de segurança e, ocorrendo alguma
adversidade, não conseguem parar o
veículo a tempo, provocando colisões ou
mesmo os chamados engavetamentos
(CARDO, 2015; DENATRAN, 2015).

hh
Seu caminhão possui dimensões superiores aos demais veículos.
Com isso, você precisa de maior espaço e tempo para executar
suas manobras. Portanto considere com atenção os pontos
cegos, existentes em seu veículo antes de efetuar qualquer
manobra.

126
1.5 Condições Adversas dos Veículos

Consoante Cardo (2015) e DENATRAN (2015), manter o caminhão em bom estado de


conservação é um dever compartilhado pela empresa e o motorista. Dessa forma, faça
ou solicite que seja feita a manutenção preventiva ou corretiva. São procedimentos
que podem reduzir prejuízos:

• Calibre os pneus de acordo com a indicação do manual do fabricante;

• Esteja atento para o peso da carga a ser transportada;

• Faça o rodízio dos pneus;

• Faça a manutenção preventiva de todo o veículo. Amortecedores, molas, freios,


rolamentos, eixos e rodas atuam diretamente sobre os pneus;

• Siga as medidas de rodas e pneus indicadas pelo fabricante do veículo. Alterações


nessas medidas causam instabilidade ao veículo e prejudicam o perfeito
funcionamento do sistema de suspensão;

• Alinhe o sistema de direção e suspensão e balanceie os pneus conforme indicações


do fabricante do veículo;

• Observe periodicamente o desgaste da banda de rodagem (TWI). Este indicador


existe em todos os pneus e permite verificar o momento adequado de efetuar
sua troca.

• Evitar o contato do pneu com derivados de petróleo e/ou solventes. Estes


produtos atacam a borracha, reduzindo sua vida útil; e

• Evite dirigir de forma agressiva, com freadas fortes e mudanças bruscas de


direção. Cuidado com lombadas, buracos e imperfeições na pista.

127
1.6 Condições Adversas dos Condutores

Para Dualibi et al. (2012) e Cristo (2012), as condições físicas e mentais são
muito importantes, pois são elas que alteram o modo de dirigir do condutor e seu
desempenho. Contam fatores físicos como: fadiga, capacidade de atenção, audição e
visão. E fatores mentais e emocionais como: inexperiência, familiaridade com a via,
excitação ou depressão. Essas características levam o motorista a dirigir com pressa ou
sem atenção, com raiva, ira, calor, frustração e insegurança.

1.6.1 Fadiga e Sono

Um motorista cansado não tem condições de dirigir com segurança. O cansaço e o


sono, muitas vezes, são mais fortes do que a capacidade de permanecer acordado e o
condutor adormece sem perceber. Muitas vezes, o caminhoneiro realiza longas viagens
durante o período noturno e não descansa corretamente durante o dia.

Lembre-se que é importante descansar nos momentos de folga

ee para poder dirigir com tranquilidade durante o tempo de


direção.

1.6.2 Álcool

Para dirigir com segurança, o motorista precisa estar com boas condições físicas e
mentais. O álcool, ao contrário do que se imagina, é uma droga depressora do sistema
nervoso.

Quando ingere bebida alcoólica, o motorista pode se envolver mais facilmente em


acidentes, pois o álcool afeta o cérebro, diminuindo o senso de cuidado, torna mais
lentos os reflexos, prejudica a visão e a audição, enfim, compromete toda a capacidade
para dirigir.

128
1.6.3 Drogas e Medicamentos

A automedicação é uma prática prejudicial à saúde, pois pode acarretar sérias


consequências ao organismo e atrapalhar o ato de dirigir. Como o caminhoneiro
normalmente está nas estradas, longe de casa, ele adia a ida ao médico, mesmo quando
não se sente bem, comprometendo a saúde. Por conta própria, ele muitas vezes recorre
à automedicação.

hh
Mas, atenção! Não se deve tomar medicamentos sem prescrição
médica.

1.6.4 Aspectos Psíquicos

As pessoas diferem muito entre si quanto aos aspectos psíquicos, e estes influenciam
bastante na maneira de ser e agir das pessoas. Alguém que passou por uma emoção
muito forte, como, por exemplo, o falecimento de uma pessoa querida, poderá ter o
seu comportamento alterado.

Há pessoas que se irritam com mais facilidade no trânsito, outras são mais tranquilas. Há,
ainda, aquelas que não se deixam abalar por fatos desagradáveis. Mas, independente
do tipo psíquico do indivíduo, uma coisa é certa: ao dirigir irritado, nervoso ou sob
emoções fortes, o motorista pode causar acidentes.

129
2 Relações Existentes entre o Fator Humano e os Acidentes
de Trânsito

Você já parou para refletir no quanto seu trabalho exige equilíbrio emocional? Essa
exigência está muito acima do que se espera de um motorista comum.

Motoristas que dirigem por longas distâncias estão sujeitos a extenuante carga de
trabalho, aos desgastes emocionais produzidos pelas adversidades nos ambientes de
serviço e ao pouco ou nenhum contato com os colegas. Somando-se a isso, os
trabalhadores de transporte de cargas são obrigados a conviver com os riscos dos
assaltos, dos roubos de cargas, além da imprudência no trânsito – o que os leva ao
estresse (GRISTEC, 2015; FUNENSEG, 2015).

Estresse ou stress (em inglês) é o conjunto de reações do


organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e
outras, capazes de perturbar o equilíbrio do nosso corpo.

hh
Algumas dicas que o motorista pode aplicar no dia a dia,
mudando seu estilo de vida, e que podem evitar o estresse:

• Alimentar-se de maneira saudável, evitando longos períodos


sem se nutrir;

• Não faça uso de tranquilizantes e medicamentos sem


orientação médica;

• Evite o fumo, café e bebidas alcoólicas;

• Mantenha atividade física periódica, com orientação


profissional;

• Programe seus descansos e tire férias anuais;

130
• Não abandone atividades de lazer e momentos com sua
família;

• Durma o suficiente para seu descanso;

• Procure conhecer seu organismo, não ultrapassando os limites.

Resumindo

O trânsito é parte da sua vida e do seu sustento. É nele que você passa a
maior parcela do dia, e onde seu comportamento pode tanto ser sua própria
defesa quanto transformar-se em causa de acidentes.

A saúde física e mental dos caminhoneiros é, certamente, reflexo das


condições de trabalho e de vida. Procure manter a serenidade e o controle
sobre as situações que você enfrenta no cotidiano.

Um inadequado comportamento de vida afeta decisivamente sua saúde,


diminuindo a produtividade no trabalho e podendo causar acidentes
graves.

131
Atividades

aa
1) Com a pista molhada, pode ocorrer o que se chama de
aquaplanagem ou ferroplanagem.

( ) Certo ( ) Errado

2) São exemplos de ações que visam reduzir o risco de


acidentes na ocorrência de neblina nas vias:

a. ( ) Acender os faróis (luz baixa), mesmo durante o dia.

b. ( ) Reduzir a velocidade, mantendo ritmo constante.

c. ( ) Redobrar a atenção.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

3) Alimentar-se de maneira saudável, evitando longos


períodos sem se nutrir não contribui para a redução do
estresse dos caminhoneiros.

( ) Certo ( ) Errado

4) Os procedimentos abaixo listados contribuem para reduzir


as condições adversas dos veículos, exceto:

a. ( ) Calibrar os pneus de acordo com a indicação do manual


do fabricante.

b. ( ) Estar atento para o peso da carga a ser transportada.

c. ( ) Evitar o rodízio dos pneus.

d.( ) Fazer a manutenção preventiva de todo o veículo.

132
Referências

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos


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2008.

135
Noções de
Direção Segura
para
Caminhonieros

MÓDULO 5
UNIDADE 10 | MANUTENÇÃO
PERIÓDICA E PREVENTIVA

137
Unidade 10 | Manutenção Periódica e Preventiva

dd
Quais os objetivos da manutenção preventiva? Quais os itens
principais do caminhão devem ser verificados? Você sabe que
deve verificar cada um deles?

A manutenção veicular é um dos fatores que contribuem para a redução dos custos
operacionais, melhoria das condições de segurança e para a conservação do meio ambiente.
Lembre-se: o caminhão não é apenas um veículo. Ele é o seu principal instrumento de
trabalho.

Nesta Unidade, vamos abordar a manutenção preventiva e os seus principais elementos,


indo do motor a carroceria, passando pelos pneus, até chegar aos vazamentos.

138
1 A Manutenção Preventiva

A manutenção preventiva é aquela efetuada periodicamente,


com o objetivo de garantir o perfeito e contínuo funcionamento
do veículo a partir de procedimentos que diminuam a chance de
quebra ou mau funcionamento. (PEREIRA, 2010; FILHO, 2010)

Os tipos de manutenção preventiva mais comuns são:

• Manutenção sistemática: também chamada de manutenção programada. É realizada


de acordo com o tempo de uso do equipamento, obedecendo a intervalos fixos.

• Manutenção condicional: executada de acordo com o estado do equipamento,


quando e sempre que verificado algum sintoma de falha ou desgaste significativo.

Com relação aos principais objetivos da manutenção preventiva, citam-se:

• Otimizar os insumos garantindo segurança e reduzindo os impactos ambientais;

• Manter o controle histórico da manutenção, aumentando o período de vida útil


do veículo.

2 Elementos da Manutenção Preventiva

A seguir, relacionam-se alguns itens que


poderão orientá-lo na manutenção do
seu veículo. Normalmente, de acordo com
Valente et al (2008) e Schlüter e Schlüter
(2005), a manutenção dos caminhões
é realizada por um setor específico da
empresa. Porém, muitos cuidados podem
ser tomados pelo motorista, a fim de
evitar danos maiores.

139
2.1 Motor e Carroceria

Para Cardo (2015), devem ser inspecionados: os espelhos externos e internos; as


portas; para choques; bancos; borrachas de vedação; frisos e acabamentos laterais;
tampas do conjunto de baterias, do motor, traseiras; grade dianteira; e tampas do ar
condicionado.

2.1.1 Sistema de Arrefecimento (Radiador)

O principal elemento responsável por evitar o exagerado aquecimento do motor é


o fluido de arrefecimento presente no radiador, que, basicamente, consiste em uma
mistura de água destilada e aditivos especialmente preparados para esta serventia.
Esses aditivos ajudam a evitar: o congelamento em ambientes de baixa temperatura;
a fervura em altas temperaturas; o surgimento de impurezas internas ao motor; e a
geração de espuma ou borra.

hh
Durante a inspeção, verifique se o fluido de arrefecimento está
entre os níveis mínimo e máximo. Não se esqueça de verificar as
condições da tampa, pois ela também possui válvulas que
controlam a pressão interna do reservatório. Se houver
necessidade, complete o radiador com água destilada e aditivo.

2.2 Baterias

De acordo com um fabricante de bateria, o adequado funcionamento de um veículo


é totalmente dependente das baterias. Por isso, antes de iniciar uma viagem com o
veículo, deve-se:

• Verificar o nível da água e completá-lo, se necessário;

140
• Lavar as baterias e seu compartimento;

• Verificar a fixação das baterias; e.

• Verificar a fixação de cabos.

2.3 Eixo e Suspensão

De forma prática, proceda ao indicado na Tabela 4.

Tabela 4: Itens a verificar na manutenção preventiva de eixo e suspensão

DIANTEIRA TRASEIRA

A fixação dos estabilizadores A fixação dos estabilizadores

A fixação e o estado das barras


A fixação e o estado dos amortecedores
estabilizadoras

A fixação e a folga na barra de direção A fixação e o estado dos amortecedores

A folga nas mangas de eixo O estado das bolsas de ar

O estado das válvulas reguladoras de


A folga dos cubos de roda
nível

A espessura das lonas de freio A folga nas mangas de eixo

O funcionamento das catracas de


A folga dos cubos de rodas
acionamento

O estado das borrachas das cuias de freio A espessura das lonas de freio

A folga nos eixos de acionamento dos O funcionamento das catracas de


freios acionamento

O estado das borrachas das cuícas de


O estado dos balões de ar
freios

O estado das válvulas reguladoras de A folga nos eixos de acionamento de


nível. freios.

Fonte: adaptado de Cardo, 2015.

141
2.4 Pneumáticos

O conjunto de pneus é responsável pela sustentação do veículo e sua movimentação


com segurança. Para isso, é importante que as partes do pneu que entram em contato
com o solo (a banda de rodagem) estejam sempre em perfeita condição. Os sulcos
devem ter a profundidade mínima de 1,6 mm, suficiente para permitir o escoamento
da água do centro do pneu para os lados, evitando derrapagens e aquaplanagem.

Os pneus de um caminhão são peças fundamentais para a segurança do motorista e


dos passageiros. Portanto, as seguintes ações devem ser realizadas:

• Checar a pressão sempre que os pneus estiverem frios; e

• Checar e identificar avarias, como cortes, desgaste ou perfurações.

gg
Assista ao vídeo, disponível no link a seguir, que mostra a
importância da calibragem correta dos pneus.

https://www.youtube.com/watch?v=lvGil8KnXeA

A pressão de enchimento deve obedecer àquela indicada pelo fabricante do veículo e


do pneu. Sua inspeção visual deve ser diária e sua aferição deve ser realizada sempre
que se realiza o abastecimento de combustível.

A pressão ideal dos pneus é função do tipo, da aplicação e da quantidade de carga que
será transportada. A calibragem deve ser realizada com os pneus não aquecidos e deve
incluir o pneu sobressalente (estepe).

hh
A calibragem com o pneu aquecido pode levar ao erro na leitura,
pois a maior agitação das moléculas de ar dentro do pneu em
função da temperatura, normalmente, provocará aumento na
informação da pressão.

142
2.4.1 Pneu Recapado e Pneu Remoldado

Consoante Cardo (2015), no pneu recapado, é inserida borracha


que “encapa” a banda frontal ou superior, ou ainda de rodagem,
e uma pequena parcela da banda lateral do pneu. A carcaça e a
borracha entram em moldes que contêm o desenho da banda de
rodagem do pneu. Esses moldes exercem pressão sobre o pneu
e trabalham a aproximadamente 150 graus Celsius.

Já, no pneu remoldado, a borracha encapa a banda de rodagem


e toda a lateral do pneu. Nesse caso, uma quantidade maior de
borracha é aplicada ao pneu.

A maior desvantagem do remoldado é a dificuldade de identificar a “carcaça” (marca)


original do pneu, uma vez que a borracha envolve toda a lateral do pneu. Assim, você
pode estar utilizando pneus com diferentes projetos e/ou estruturas em seu caminhão,
podendo ocasionar prejuízos.

hh
Seja qual for o tipo de modelo utilizado em seu caminhão,
verifique sempre o Selo de Certificação de Qualidade do
Inmetro.

Para manutenção preventiva, recomenda-se:

• Verifique a calibragem uma vez por semana;

• Faça o rodízio a cada 10 mil quilômetros, aliado ao alinhamento de rodas e


direção; e

• Não adie a troca de pneus. Quando a borracha atingir a marca de desgaste, é a


hora de trocar.

143
2.5 Transmissão e Conjunto Acelerador

De acordo com a Alisson Transmissões (2015), é necessário realizar o reaperto de todos


os parafusos de fixação e acoplamento de cruzetas.

Durante as inspeções do conjunto acelerador, é necessário checar:

• A folga nos terminais (ponteiros);

• O encosto da alavanca no batente da bomba (aceleração máxima);

• O lacre na bomba e no regulador; e

• O estrangulador do motor.

Para o comando do freio motor, devem-se corrigir e reapertar:

• A folga nos terminais;

• A folga no eixo da borboleta;

• O distanciamento e empenos nas hastes; e

• O funcionamento do corte de combustível.

144
2.6 Filtros de Óleos

Na manutenção dos pré-filtros, é


necessário desmontá-los, limpando-se
os copinhos e verificando-se a pressão.
Deve-se verificar o nível do óleo nos
reservatórios sempre com o motor em
funcionamento. E deve ser realizado o
controle do óleo:

• Do motor;

• Hidráulico da direção;

• Hidráulico de acionamento de freios;

• Hidráulico de acionamento de embreagem;

• Da caixa de marcha; e

• Do eixo traseiro (diferencial).

Finalmente, há necessidade de lubrificação do chassi, sempre utilizando o plano de


lubrificação específico do tipo e do modelo do veículo utilizado.

2.7 Faróis, Lanternas e Luzes de Advertência

Os fabricantes de faróis recomendam que, antes de qualquer viagem, verifique se estes


estão bem regulados e se as lanternas traseiras e luzes de freios estão funcionando. As
lanternas, os faróis e as luzes de advertência são itens importantes para praticar uma
direção segura. Se eles apresentarem defeito, podem prejudicar ou impedir o controle
em uma situação de emergência, colocando em risco a sua vida e a de outras pessoas.

145
2.8 Vazamentos

Para Cardo (2015), uma das principais causas inesperadas de quebra dos veículos são
os vazamentos dos fluidos e/ou líquidos. Antes de acionar o veículo, em especial após
um razoável tempo parado, o motorista deve observar por baixo do veículo se há
marcas ou vestígios de vazamentos, bem como, em caso positivo, que tipo de fluido
e/ou líquido vazou. Caso seja confirmado o vazamento, e a quantidade vazada seja
considerável, o veículo não deve ser ligado e, imediatamente, deve ser submetido a
uma manutenção corretiva.

Ao verificar a parte de baixo e de cima do motor, observe as mangueiras, as juntas, os


retentores e, caso haja algum vazamento, providenciar o encaminhamento à oficina
para reparação.

Resumindo

A manutenção preventiva com a realização das inspeções e ações periódicas


é fundamental para o bom funcionamento do veículo.

Além disso, o condutor deve sempre verificar se a carga está acondicionada


e amarrada corretamente e se não existe sobrecarga de peso nos eixos e
em todo o veículo.

O hábito de fazer a checagem nos itens de segurança poupa tempo e


recursos financeiros com manutenção corretiva.

146
Atividades

aa
1) Para a manutenção preventiva dos pneus, recomenda-se
realizar o rodízio periódico, aliado ao alinhamento de rodas e
direção.

( ) Certo ( ) Errado

2) No que diz respeito à manutenção das baterias, antes de


iniciar uma viagem com o veículo, deve-se, exceto:

a. ( ) Verificar o nível da água e completá-lo, se necessário.

b.( ) Lavar as baterias e seu compartimento.

c. ( ) Verificar a fixação das baterias.

d. ( ) Não verificar a fixação de cabos, porque já vêm fixos da


fábrica.

3) O controle de óleo deve ser realizado apenas para o motor


e da caixa de marcha.

( ) Certo ( ) Errado

4) Durante as inspeções do conjunto acelerador, é necessário


checar:

a. ( ) A folga nos terminais (ponteiros).

b. ( ) O encosto da alavanca no batente da bomba (aceleração


máxima).

c. ( ) O lacre na bomba e no regulador.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

147
Referências

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150
Gabarito

Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4

Unidade 1 E B C D

Unidade 2 E D E D

Unidade 3 E B C D

Unidade 4 E B D C

Unidade 5 E D C D

151
Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4

Unidade 6 C B E D

Unidade 7 E D C B

Unidade 8 C D C C

Unidade 9 E D E C

Unidade 10 C D E C

152

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