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MANUAL

DO
MOTORISTA

JULHO/2017
ÍNDICE

APRESENTAÇÃO..................................................................................................................3

RESPONSABILIDADES.........................................................................................................3

MÓDULO I...............................................................................................................................4
Políticas (Qualidade, Álcool e drogas, desarmamento e anti-discriminação)
Política de restrição ao uso de telefone celular ou rádio comunicador
Politica de restrição ao uso de celular e/ou rádio de comunicação
Política de jornada de trabalho
Política de restrição ao fumo
Fadiga
Política do limite de velocidade
Política de faróis ligados
Política do uso do cinto de segurança
Política de atendimento a cliente (relacionamento interpessoal)
Sanções disciplinares
Realização dos exames periódicos
Uso de EPI’s
Descrição de cargo do motorista

MÓDULO
II..............................................................................................................................18
Legislação para o Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos (MOPP)
Compatibilidade de cargas
Carregamento do produto
Planejamento de trajeto (rotograma)
Locais de parada e estacionamento
Descarregamento do produto
Rastreamento/Computador de bordo
Freios e desaceleração
Pneus
Inspeção Caminhão tanque Check-List diário e mensal
Identificação de produto
Documentação para o transporte
Espaço confinado / trabalho em altura

MÓDULO
III............................................................................................................................33
Eletricidade estática
Aterramento
Recomendações de Segurança
PCI (Prevenção e combate a incêndios)
Prevenção de derrames
Comunicação de acidentes
Qualidade de vida

MÓDULO
IV............................................................................................................................38
Conceito direção defensiva
SCD – Sistema Consult de Direção
Manobra em marcha à ré
Distância de Segmento

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Identificando usuários Vulneráveis
Prevenção de Furto / Roubo / Security
Primeiros Socorros (A, B, C do atendimento de urgência)

APRESENTAÇÃO

A meta da Caravaggio é zero Acidente. Entendemos que todo acidente pode


ser evitado. Alertar a todos o que um acidente com um Caminhão Tanque pode causar,
inclusive ao meio ambiente. O objetivo desse treinamento é conscientizar nossos
colaboradores a importância do comportamento e um comprometimento seguro para
obtermos o resultado que esperamos ZERO ACIDENTE. Buscamos, em ordem de
prioridade, preservar a vida, meio ambiente, patrimônio e por fim, a imagem da
transportadora e companhias ou distribuidoras.

NORMAS:
O motorista deve estar constantemente alerta para situações que causam
acidentes, por isso todo funcionário com a função de conduzir um caminhão tanque,
obrigatoriamente recebe um treinamento específico de suas funções. Após esse período o
motorista deverá participar de uma reciclagem, a qual deve ser realizada conforme a
periodicidade solicitada pela companhia para qual transporta ou em caso de afastamento por
mais de 30 (trinta) dias, com exceção de férias.
No mínimo uma vez ao mês o motorista deverá participar de uma Reunião de
Segurança, onde serão abordados assuntos como: Direção Defensiva, Legislação de
Trânsito, Análise de Acidentes, etc. Em complemento a todas as medidas adotadas de
conscientização para um comportamento seguro o DSS (Diálogo Semanal de Segurança) é
realizado durante a semana de trabalho.
A aplicação de testes de bafômetro para identificar a ingestão de bebidas
alcoólicas será ao menos uma vez durante a jornada de trabalho e não se restringe somente
as instalações da transportadora, ou seja, pode ser aleatório sem qualquer aviso prévio e
local.
Alguns testes serão aleatórios para detectar drogas onde o motorista será
sorteado conforme o número de motoristas na sua base de operação.

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RESPONSABILIDADES
O condutor de um veículo e responsável pela sua segurança e dos demais
ocupantes do veículo estendendo-se a terceiros que estão no trânsito a sua volta. Quando
falamos de um condutor profissional essa responsabilidade é maior ainda devido ao seu
conhecimento. Sua responsabilidade começa antes mesmo de iniciar sua condução do
veículo realizando um check-list com atenção principalmente a itens críticos de segurança
do veículo para transitar e carregamento de produto.
Sua responsabilidade vai encerrar somente depois de cumprir sua jornada com
sua direção, carregamento e descarregamento e volta para a garagem ou local seguro para
descanso. Lembre-se sua integridade física e mental e dos que estão a sua volta depende
das suas ações.

MÓDULO I

POLÍTICA DE QUALIDADE, SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE


A Transportadora Nossa Senhora de Caravaggio compromete-se, através do seu
corpo gerencial, a assegurar a conscientização e a responsabilidade de todos os
seus colaboradores, encorajando-os a:
 Prestar serviços de transportes com segurança e qualidade;
 Buscar a satisfação plena dos clientes;
 Melhorar continuamente os processos;
 Atender às questões legais:
 Preservar o meio ambiente;
 Promover a saúde e segurança dos colaboradores e da
comunidade.

POLÍTICA DE ÁLCOOL E DROGAS

4
AT
os seus colaboradores internos, compromete-se a garantir um ambiente de
trabalho livre de álcool e drogas, pautando-se pelos princípios da informação,
prevenção e companheirismo.

POLÍTICA DE DESARMAMENTO

Em
realiza um trabalho de conscientização junto aos seus colaboradores,
reprovando o uso de arma de fogo e proibindo o seu porte nas suas
dependências e nas atividades ligadas ao trabalho da empresa.

POLÍTICA ANTI-DISCRIMINAÇÃO

5
AT
combater o preconceito promovendo em seu ambiente interno condições de
igualdade de desenvolvimento entre seus colaboradores, independentemente
de etnia, religião, sexo. Idade ou outros fatores que possam causar
discriminação.
POLÍTICA DE RESTRIÇÃO AO USO DO TELEFONE CELULAR E RADIO
COMUNICADOR

Em atendimento à legislação, a
Transportadora Nossa Senhora de Caravaggio realiza um trabalho
de conscientização junto aos seus colaboradores, reprovando o uso
de telefone celular e radio comunicador durante a direção do veiculo.
(Na condução de veículos e durante carga e descarga de produtos inflamáveis)
Deparamo-nos com freqüência com diversas pessoas conduzindo veículos e
utilizando ao mesmo tempo, o aparelho de telefone celular. Um estudo da Universidade de
Toronto, no Canadá, alertou para o risco do uso do telefone celular. Segundo a pesquisa, o
risco de acidentes quadruplica quando um motorista conversa ao aparelho. A rede Globo de
televisão realizou também com pilotos uma matéria e os dados comprovam que os
incidentes como colisão traseira e obstáculos os condutores faziam uso do telefone celular.
Não é o ato de segurar o aparelho ou de discar o número desejado e sim
porque utilizamos a mesma área de concentração do cérebro para dirigir e falar ao celular.

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Os pesquisadores foram motivados pelo surgimento de inovações tecnológicas que deixam
as mãos do condutor livres como os fones de ouvido e o viva-voz, dando a ele uma falsa
noção de segurança.
Outro dado da pesquisa é que dos acidentes registrados por causa do celular,
42% foram ligações recebidas. O simples tocar do aparelho com o carro em movimento é
suficiente para desconcentrar o motorista. O desvio rápido do olhar, em tráfego pesado, é
suficiente para causar uma colisão. Mas se estes motivos não bastam, aí vai outro:
De acordo com o artigo 252, do Código de Trânsito Brasileiro, dirigir, falar ou
manusear o telefone celular e/ou equipamento de comunicação é uma infração gravíssima,
com multa prevista de R$ 293,47 e quatro pontos na carteira de habilitação.
O Agente de Trânsito, para este tipo de infração, não é obrigado a parar o
condutor para fazer a autuação.
Então não atenda o celular durante a direção do veículo, a melhor saída é
desligar o aparelho enquanto está conduzindo um veículo. Acima de tudo: DIRIJA COM
ATENÇÃO E SEGURANÇA! [MOTOR LIGADO? CELULAR DESLIGADO!]
Quando for usar seu celular, lembre-se: seu direito termina onde começa o do
outro. Respeite seus semelhantes e não use o celular em lugares e ocasiões impróprias,
enfim, ser educado é respeitar o direito do outro, mesmo no uso do celular.

PENSE:

OS ACIDENTES NÃO ACONTECEM POR ACASO. DIRIGIR É UMA HABILIDADE QUE


SE APRENDE E SE APERFEIÇOA.

POLÍTICA DE JORNADA DE TRABALHO

Em atendimento à legislação, a
Transportadora Nossa Senhora de Caravaggio realiza um trabalho

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de conscientização junto aos seus colaboradores, quanto ao limite de
sua jornada de trabalho visando à segurança nas operações,
respeitando os limites físicos e tempo de direção.

Obs.: Quando em percursos longos ou viagens de longa distância, a cada 2 horas de


direção recomenda-se uma parada mínima de 15 (quinze) minutos aproveitando esse
tempo para descer, verificar o caminhão, fazer uma pequena caminhada até o
banheiro ou lanchonete. Esse procedimento é aplicado a todos os motoristas da frota
e agregados a empresa. Não se devem ultrapassar as 04 (quatro) horas de direção
contínua, isso é infração grave. Mas ao se conduzir por 04 (quatro) horas contínuas
deve obrigatoriamente fazer uma parada com tempo mínimo de 30 minutos para
descanso.
Sempre que ultrapassar as 02 horas de direção a parada para descanso deve ser de
no mínimo 30 minutos. Recomendamos que preferencialmente não se ultrapasse as
03h de direção contínua e faça uma parada de 30 minutos para descanso. Assim o
sucesso em se evitar a fadiga mental momentânea é quase garantida.
No que se refere à função de motorista de caminhão tanque é um fator
preocupante quanto à segurança no carregamento e descarregamento. O ato de fumar
torna-se compulsivo e às vezes não consegue deixar de fumar mesmo em locais proibidos
ou que ofereçam riscos a sua segurança e de outros.
O período da jornada de trabalho do motorista começa a partir do momento
que esta a disposição da transportadora findando o seu horário de jornada com o veículo
estacionado em alguma garagem da transportadora e/ou local seguro para seu descanso.
Exceção apenas para os caminhões tanques que trabalham em turnos. Fica bem claro que o
caminhão pode trabalhar às 24 horas, mas o motorista não.
Os motoristas, que exercem funções para os clientes, Ipiranga ou outra
companhia, não devem ultrapassar 13h00min (treze horas), já inclusa 01h00min (uma hora)
de refeição. Quando atingir esse limite, deve descansar ininterruptamente 11h00min (onze
horas). O desrespeito a essa jornada de trabalho só poderá ocorrer com autorização dos
clientes, (Em Nível Gerencial). Para a companhia Raízen devemos respeitar a tabela abaixo.

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Lembrando que jornada é sempre fixa, ou seja, não pode haver excesso, já
quando falamos de interstício esses horários são sempre mínimos.
Não há uma fórmula para definir qual deveria ser a duração adequada de um
bom sono noturno. Acreditar que todas as pessoas necessitam da mesma quantidade de
sono é tão absurdo quanto crer que cada uma deva ingerir a mesma quantidade de
alimentos todos os dias. Podemos supor que sete horas e meia seja uma média adequada.
Sem dúvida, podemos afirmar que só uma ou duas pessoas em 100 (cem) sintam-se bem
com um sono de cinco horas e somente uma pequena minoria precisaria do dobro.
Cada indivíduo parece ter um apetite inato de sono que provém de sua
programação genética tanto como a cor de seu cabelo, pele ou peso corporal.
Uma maneira simples de investigar sobre sua necessidade de horas de sono é
levantar todas as manhãs na mesma hora, não importando a hora em que foi deitar no dia
anterior. Você está atordoado depois de cinco ou seis horas de sono? Talvez uma hora a
mais lhe de essa energia? Seria muito agregar duas horas?
Se prestarmos atenção na linguagem de nosso corpo e respondermos estas
perguntas relacionando as repostas às horas de sono, poderemos determinar um hábito de
sono adequado. Alternativa válida é ter um diário de sono. Anote nele, durante uma semana,
a que horas vai deitar e a que horas levanta; como se sentia ao deitar e quanto tempo
levaram para dormir. Depois, anote como se sentiu no dia seguinte. No final de cada
semana, revise quais foram os dias em que se sentiu com maior energia e vitalidade.
Controle quantas horas havia dormido no dia anterior e tome esta quantidade como o tempo
máximo de horas que dedicará a dormir na próxima semana. Repita a metodologia e
encontrará seu padrão.

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Durante a condução, siga os 05 passos da inicio da fadiga ou sono.
1 – Começa e se ajeitar ou se remexer demasiadamente no banco;
2 – Os olhos começam a ficar pesados com se estivessem com areia;
3 – O banco parece que não tem ajuste para você, ou seja, não tem posição que agrade;
4 – Realize uma parada, tome água um café e quando retornar a direção à inquietação
persiste;
5 – Procure um local seguro para fazer uma parada e durma. Não coloque nada para lhe
acordar, esse sono é natural e entre 20 a 30 minutos acordará sozinho, o corpo esta refeito.
Lembre-se a nossa jornada de trabalho desde que você descanse nos horários de
interstício, seu corpo e mente nunca estará sobre uma fadiga excessiva ou um cansaço
excessivo.

POLÍTICA DE RESTRIÇÃO AO FUMO


Um dos requisitos desejáveis, mas não obrigatório para contratação é não ser
fumante. Sabemos de todos os malefícios que o tabaco faz ao organismo do ser humano.
Através de pesquisas científicas, hoje sabemos que até mesmo os bichos de estimação são
atingidos pela fumaça expelida pelo fumante. O fumante passivo, aquele que inala o resíduo
do fumante, é tão ou até mais prejudicado do que o próprio fumante.

POLITICA DE CARONAS NO CT
Em cargas perigosas, o decreto 96.044/88 regulamentado hoje pela resolução
da ANTT 3886/12 estabelece:
Art. 12. É proibido:
I - conduzir pessoas em veículos transportando produtos perigosos além dos
auxiliares.
Ou seja, somente pode ter na cabine de um veículo transportando Produtos
Perigosos pessoas que façam parte do transporte, podendo ser outro motorista, da
companhia ou recebedor, mas devidamente identificado.
Isso é o que diz a lei, mas para a transportadora e companhias transportar
pessoas desconhecidas na cabine é terminantemente PROIBIDO. Entendesse por pessoas
desconhecidas qualquer que não esteja autorizada a estar com o motorista durante o seu
trajeto. Temos algumas exceções como, por exemplo, motorista monitor, outro motorista em
treinamento ou devidamente autorizado pela transportadora.

FADIGA

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FADIGA SE DEFINE COMO: Classe de efeitos agudos que prejudicam o desempenho;
Redução reversível da capacidade funcional em conseqüência do exercício; Declínio da
capacidade de gerar força muscular com estimulação repetida; Progressiva deterioração da
performance. O grande problema que a DEPRESSÃO tem o mesmo sintoma de fadiga o
que confunde muitos tratamentos médicos. Não temos mais esse tipo de profissional em
nossas operações ou seja que trabalha de maneira prolongada sem estar devidamente
amparado pelo nível gerencial o seu descanso mínimo, mas temos que lembrar da fadiga
momentânea ou seja a mental, onde após em geral 2 (duas) horas de direção nosso
consciente tende a se desligar e provocar a famosa frase “ DORMIR DE OLHO ABERTO” ou
seja a hipnoze na condução de um veículo.

POLITICA DE VELOCIDADE

PISTA SECA (tempo bom): 75 Km/h. Sabemos que um veículo pesado precisa
de embalo para ser econômico e ganhar maior velocidade média, por isso nossa
determinação de velocidade não é engessada, quando passar da velocidade estabelecida
não gera infração, mas o que não pode ocorrer é ficar conduzindo por tempos prolongados
acima dessa velocidade, onde a máxima é de 80 Km/h. Lembrando que temos a campainha
para auxiliar o motorista a identificar quando esta na velocidade máxima permitida e isso
geram um desconforto na cabine. Quando passar da velocidade máxima permitida de 80
Km/h em qualquer tempo ou máxima haverá advertências podendo até mesmo conforme a
gravidade demissão imediata.

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PISTA MOLHADA OU CHUVA: 55 Km/h. Para essa situação temos a mesma
prática de não ser engessada, pode se chegar até 60 Km/h, passando dessa máxima
qualquer tempo haverá advertências podendo até mesmo conforme a gravidade demissão
imediata.
O motorista deve se adequar a velocidade compatível para o local e no
percurso a ser realizado, velocidade máxima indicada nem sempre é a mais segura.
O controle do limite de velocidade é feito através da análise do disco de
diagrama do tacógrafo e computador de bordo, no caso de caminhões que possuam esse
equipamento.
Ao substituir o disco de tacógrafo, o motorista deverá preencher corretamente
as informações requeridas no disco novo, na frente e no verso do mesmo, sendo que no
verso é onde se encontra o carimbo específico para preenchimento. A frente do disco é para
cumprimento da legislação, pois o não preenchimento do mesmo é passível de multa e
pontuação na CNH (carteira nacional de habilitação). Ao fazer a troca o motorista deve
entregar o disco retirado na filial mais próxima por onde passe, ou deixar na caixa de discos
na portaria da matriz. A troca de disco deve ser feita toda segunda-feira, mesmo que o
veículo fique parado.
NOTA: O DISCO DE TACÓGRAFO DEVE SER ENTREGUE ATÉ O 5 (QUINTO) DIA DO
MÊS SUBSEQÜENTE À MATRIZ.

POLITICA SOBRE FARÓIS LIGADOS


Visando melhorar a visualização e agir preventivamente, a Transportadora
Nossa Senhora de Caravaggio recomenda a todos os seus motoristas que dirijam com os
faróis ligados mesmo durante o dia. Essa atitude facilita a visualização do Caminhão pelos
demais motoristas que trafegam pela rodovia e evita a ocorrência de acidentes. (ao dar
partida todos os caminhões já ligam os faróis automaticamente). “VER E SE FAZER SER
VISTO”

POLITICA DO USO DO CINTO DE SEGURANÇA

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Cinto de Segurança. Por que devo usar?
Além da exigência do CTB em seus Art. 65 e Art. 167, o cinto de segurança é
um equipamento que tem a finalidade de proteger os ocupantes de um veículo em caso de
acidente. Caso o veículo sofra um impacto, a finalidade do cinto de segurança é não deixar
que as pessoas no interior do veículo venham a sofrer uma segunda colisão, ou seja, contra
a estrutura do veículo.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO Art 65 - É obrigatório o uso do cinto de
segurança para condutor e passageiro em todas as vias do território nacional, salvo em
situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança,
conforme previsto no art. 65:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator.
O uso de cinto de segurança é obrigatório para todos os motoristas e
passageiros autorizados nos caminhões.
O motorista que utiliza o cinto de segurança tem menos probabilidade de
sofrer lesões graves ou fatais em um acidente em relação ao motorista que não utiliza.
O cinto de segurança é projetado para manter o motorista em seu assento no
caso de uma colisão ou um impacto forte, se você não utilizar o cinto de segurança, poderá
ser lançado para fora do veículo, o que poderá trazer conseqüências gravíssimas e até
fatais.
Existem alguns mitos como, por exemplo, (é perigoso em caso de incêndio ou em que o
veículo caia na água). Porém estes tipos de acidentes raramente ocorrem.
É preciso saber que o cinto de segurança evita a perda da consciência
provocada por choque contra o pára-brisa, ou outras partes internas do veículo que o corpo
venha a ser jogado. Você pode estar consciente para retirar o cinto de segurança e escapar
ileso.
Mais do que respeitar a lei é preciso estar consciente de que essa é uma
maneira segura e confortável de dirigir.

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Não podemos esquecer que os passageiros que estão no banco de trás, em
um veículo de passeio também precisam utilizar o cinto de segurança, pois em uma colisão,
ou até mesmo em uma freada brusca, seus corpos são arremessados para frente sobre o
passageiro e o condutor à frente e seu peso pode ferir-los ou até mesmo matá-los. Vale
lembrar que uma criança de 04 (quatro) anos, a uma velocidade de 40 km/h tem seu peso
equivalente a um filhote de elefante, em torno de 1.500kg (1 tonelada e meia). UTILIZE O
CINTO DE SEGURANÇA E FAÇA COM QUE TODOS COM VOCÊ O UTILIZEM.

ATENDIMENTO AO CLIENTE

Tratar todos os clientes com educação e respeito, buscando uma forma de


comunicação profissional e respeitosa possível, iniciando sempre com um cumprimento de
saudação conforme o horário lembre-se de encantar o cliente, ou seja, superando suas
expectativas.
Fazer cumprir todas as ações de segurança exigidas pela Caravaggio e seus
clientes no momento da descarga visando estar sempre em acordo com total segurança e
responsabilidade nas suas ações. Todas as não conformidades devem ser comunicadas à
Caravaggio que reportará cada caso a companhia qual representa no momento.

SANÇÕES DISCIPLINARES
A Transportadora Nossa Senhora de Caravaggio possui um procedimento
disciplinar para penalizar os colaboradores que não cumprem as políticas e normas
definidas pela empresa. As sanções disciplinares podem ser orientações verbais,
advertência escrita, suspensões de até três dias e desligamento do colaborador,
dependendo da gravidade e/ou reincidência das infrações cometidas pelo motorista.
SGI: Estrutura organizacional composta por manual do SGI, procedimentos, instruções de
trabalho e registros do sistema de gestão integrado, com o objetivo de assegurar a
qualidade da prestação dos serviços executados, a saúde e a segurança dos funcionários e
a preservação do meio ambiente.
SSC: Área de Saúde, Segurança e Comportamento.

Procedimento

A Caravaggio, buscando melhoria em serviços prestados, institui e normaliza


este processo disciplinar aplicável a todos os funcionários, sendo objetivo principal a
qualidade das atividades executadas. Os funcionários deverão atender as orientações do
Manual de Integração de funcionários Caravaggio e demais documentos do SGI. No caso de

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motoristas, devem também atender as orientações do Manual do Motorista e dos Manuais
de Transporte Rodoviário (MTRs) dos clientes.
Processo Disciplinar
Objetivo: Área de aplicação:
Sistematizar o processo de controle de infração e
punições aplicadas aos colaboradores e terceiros. Aplica se ao RH e demais setores envolvidos.
Histórico da Revisão:
Citação sobre o Código de Ética e Conduta e Manual de Integração da empresa. Alteração da responsabilidade de
aplicação da ação disciplinar para o RH. Alteração do fluxo de aplicação do processo disciplinar e inclusão do anexo V.

Análise Aprovação
Cargo: Cargo:
Armando Bertoli Alves – Gerente Administrativo Jovino Darci Gasparin - Diretor
Assinatura: Assinatura:

1- PROCEDIMENTO
TABELA I
Atividade Responsáveis Informações Complementares
Havendo infração por parte de colaboradores às
Levantamento de evidencias normas descritas pela Caravaggio (Cf. Código de
quando houver ocorrência de Ética e Conduta, Manual de Integração e anexo VI
1 infração às normas internas da Superior imediato deste procedimento) ou outra a qual está
Caravaggio e comunicação ao submetida, o responsável pelo setor deve levantar
RH. todas as evidências necessárias e encaminhá-las
ao RH para que seja registrada a infração.
Aplicação das medidas
A aplicação das medidas disciplinares se dará
disciplinares (Orientação formal, Superior
2 pelo RH da empresa, seguindo sempre o fluxo
carta de infração, advertência, imediato/ RH
apresentado em Nota 4 deste procedimento.
suspensão, demissão).
O gerente irá definir a partir do fluxo de aplicação
e da gravidade da situação a ação disciplinar a ser
aplicada e informar ao RH da empresa
formalizando por e-mail. O mesmo deverá
encaminhar o funcionário ao RH para que a ação
disciplinar seja aplicada. O RH deverá gerar duas
vias do documento formal específico (Anexos I e
RH
II) conforme definido pelo gerente. Nas filiais da
Emissão do documento de -
3 empresa, a aplicação da ação disciplinar será
disciplinar Administrativo
dada pelo encarregado de transporte. Uma das
(Agregados)
vias do documento ficara em posse do funcionário
e a outra será arquivada na pasta do mesmo. No
caso de infrações cometidas por motorista
agregado, este será notificado através do anexo
(IV) aplicado pelo Diretor/Dono da respectiva
transportadora após envio do responsável pelos
agregados na Caravaggio.
Além das infrações convencionais, os motoristas
estão sujeitos a infrações durante o trajeto, que
podem ser identificadas através do tacógrafo,
computador de bordo, como desvio de rota,
jornada, velocidade, cerca eletrônica, banguela,
freada brusca parada em local não autorizado e
Identificação de infrações Área de ainda as visíveis como: Uso de telefone celular
4 cometidas por motoristas transporte/ durante a direção, não utilização do cinto de
através do tacógrafo. Monitoramento segurança, carona, entre outros.
Havendo a ocorrência, o responsável pela área de
transporte emite uma notificação de irregularidade
(Anexo V) e encaminha ao SSC, que convocará o
motorista para uma reunião e apresentar a
notificação, solicitando ao mesmo que a preencha,
justificando sua atitude e assinando o documento.
5 Registro e controle de ações RH O RH bem como o setor de Agregados devem
disciplinares - gerar histórico do colaborador e controlar as
Administrativo medidas aplicadas.
(Agregados) Os documentos físicos relativos a medidas
disciplinares serão arquivados na pasta dos

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motoristas.
Situações mais graves deverão ser tratadas, pelo
setor de RH, juntamente com suporte jurídico da
6 Situações adversas RH empresa. Para que seja cumprida as
determinações legais, principalmente no que se
refere à Demissão por Justa Causa.

Nota 1: Caso o colaborador se recuse a assinar o aviso prévio, o gestor pode solicitar assinatura de duas
testemunhas.
Nota 2: As irregularidades mais comuns dentre os motoristas são: estouro de jornada, de interstício, de
velocidade, de tempo de descanso, de tempo de direção, uso de rotas e paradas não autorizadas, entre outras.
Nota 3: O transportador agregado e seus motoristas seguirão a sistemática descrita neste procedimento
conforme contrato. A evidência de sua aplicabilidade será comprovada através do processo/medidas
disciplinares (cópias) arquivadas junto a Caravaggio no setor ADMINISTRATIVO–AGREGADOS.
Nota 4:
Fluxo de Aplicação

1. Advertência por escrito;


2. Suspenção de 01 (um) dia;
3. Suspenção de 02 (dois) dias;
4. Suspensão de 03 (três) dias e
Demissão (Por justa causa ou Sem justa causa).
2 - REGISTROS

Meio de Local de Tempo de Destino Após


Documento Responsável Indexação
arquivo arquivo Arquivo o Prazo
Pasta do
Advertência RH Físico Cronológico 5 anos N.A
Funcionário
Pasta do
Suspensão RH Físico Cronológico 5 anos N.A
Funcionário
Pasta do
Aviso Prévio RH Físico Cronológico 5 anos N.A
Funcionário
Notificação de
ADM Pasta do Motorista
Infração - Físico Cronológico 5 anos N.A
(Agregados) Agregado.
AGREGADOS
Notificação de
Pasta do
violação a RH Físico Cronológico 5 anos N.A
Funcionário
condução/jornada.

3- ANEXOS
Número Descrição
I Advertência
II Suspensão
III Aviso Prévio
IV Notificação de Infração – AGREGADOS
V Notificação de Irregularidade.
VI Violações

Peso 01
 - Jornada;
- Interstício;
- Freada Brusca;
- Banguela;
- Velocidade em pista seca - entre 81 a 83;
- Velocidade em pista molhada - entre 61 a 63;
 
- Fluxo de aplicação ( 1.2.3.4.5)
  
Peso 02
 - Velocidade em pista seca - entre 84 a 85;
- Velocidade em pista molhada - entre 64 a 65;
- Carona;

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- Parada em local não autorizado;
- Desvio de rota;
 
- Fluxo de aplicação (2.3.4.5.)
Peso 03
 - Bafômetro;
- Exame Toxicológico;
- Cinto;
- Armamento;
- Uso de celular durante a direção;
- Furto/Roubo;
- Velocidade em pista seca acima de 86;
- Velocidade em pista molhada acima de 66;
 
- Fluxo de aplicação
   - Será avaliado caso a caso, envolvendo a área jurídica, Recursos Humanos e Diretoria para a
tomada de decisão junto ao funcionário, sendo que o motorista será afastado das operações da
Raizen.

REALIZAÇÃO DOS EXAMES PERIÓDICOS


Os motoristas devem realizar na admissão e periodicamente (semestralmente,
anualmente e/ou afastamento de suas funções por mais de 30 dias e na demissão) os
exames de saúde.
Os exames de saúde que devem ser realizados periodicamente são: exames
clínicos, eletroencefalograma, eletrocardiograma, oftomológico, audiometria, avaliação
psicológica, entre outros.
O exame periódico também estará em sua relação os de detectar uso de
substâncias como metanfetaminas e anfetaminas de larga escala realizadas através de
coleta do pêlo e/ou cabelo com validade de 02 anos e meio, os aleatórios será utilizado com
coleta de urina.
Uma cópia dos resultados dos exames deve ser apresentada ao RH, que
controla a data de validade dos mesmos e agenda a realização dos exames periódicos.

USO DE EPI’s
Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual todo aquele
composto por vários dispositivos, associados contra um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
A importância do uso do EPI é devida a proteção à saúde dos colaboradores
contra riscos que estão expostos no seu dia-a-dia.

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Os EPI’s devem ser fornecidos pelo empregador. O mesmo é obrigado a
fornecer aos seus colaboradores, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado
de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
 Sempre que as medidas de ordem geral ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
 Para atender a situações de emergência.
São obrigações do empregador:
 Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
 Exigir o seu uso;
 Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
 Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação do
EPI;
 Substitui-lo imediatamente, quando danificado ou extraviado.
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.
 Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade
observada
São obrigações do Empregado
 Usar, utilizando-o apenas para finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso;
 Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

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Descrição de cargo do motorista:
HIERARQUIA
Gerente de Transportes; Supervisor de Transporte ou Encarregado de
Superior Direto
Transporte (bases e filiais)
Superior Indireto Gerente de Manutenção.
Subordinados Diretos Não aplicável.

PERFIL DO CARGO
REQUISITOS OBRIGATÓRIOS
Alfabetizado, com conhecimentos básicos de matemática e língua
Escolaridade
local (4ª série do ensino fundamental).
Informática Não aplicável
Línguas Não aplicável
Curso do MOPP; Possuir CNH – Carteira Nacional de Habilitação
Cursos/Treinamentos/CNH
conforme o veículo para o qual está sendo contratado.
Ter no mínimo 1 ano de experiência no veículo para o qual está sendo
Experiência Anterior contratado. Esta experiência deve estar comprovada por CTPS, carta
de recomendação, contrato de agregado ou outro equivalente.
Capaz de expressar claramente suas opiniões, entender os requisitos
Habilidades Comportamentais do trabalho, ter iniciativa, ser assíduo e pontual. Aprecia claramente
regras / responsabilidades bem definidas.
Habilidades Físicas Não aplicável
Ter, no mínimo, 21 anos de idade. Escrita legível, baixa rotatividade
de empregos, estar com a carteira de habilitação valida, possuir CNH
Outros categoria exigida para o veiculo a ser dirigido, não ter envolvimento
em acidentes de transito graves e pontuação de acordo com a
legislação.

19
REQUISITOS DESEJÁVEIS
Escolaridade Ensino médio completo
Informática Conhecimento básico
Línguas Não aplicável
Direção econômica, Direção defensiva, primeiros socorros e mecânica
Cursos/Treinamentos
básica.
Ter no mínimo 2 anos de experiência no veículo para o qual está
Experiência Anterior sendo contratado. Esta experiência deve estar comprovada por CTPS,
carta de recomendação, contrato de agregado ou outro equivalente.
Habilidades Comportamentais Não aplicável
Habilidades Físicas Não aplicável
ESPECIFICAÇÕES DO CARGO
Grau de esforço físico Alto
Grau de complexidade Médio
Grau de iniciativa Médio
Grau de liderança Baixo
Grau de cooperação Alto
Grau de risco ambiental Alto
Grau de risco de saúde e segurança Alto
Responsabilidade por equipamentos Caminhão, equipamentos de segurança e ferramentas.

MISSÃO

Responsável por transportar produtos perigosos como combustíveis entre outros ao seu destino final com toda a
segurança e perfeitas condições, seguindo as normas do Sistema de Gestão Integrado e atendendo aos requisitos
de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente.

RESPONSABILIDADE E ATIVIDADES

Efetuar o transporte praticando uma direção segura e econômica;


Respeitar as leis de trânsito,limite de velocidade,placas, sinalização e etc.
Carregar e descarregar o produto usando os equipamentos de segurança individual-EPI’s necessários;
Ser atento no carregamento, seguindo as instruções passadas através de treinamento e reciclagem;
Fazer uma descarga segura seguindo as instruções passadas através de treinamento e reciclagem;
Cuidar da documentação do produto que está transportando;
Cuidar da documentação do veiculo que está utilizando;
Fazer check-List de segurança diário do veiculo utilizando;
Comunicar ao seu superior imediato as não conformidades evidenciadas durante o carregamento, o transporte e a
descarga
Zelar pela organização, higiene e limpeza da área de trabalho, visando manter um ambiente propicio ao trabalho;
Zelar pela conservação do equipamento de proteção individual (EPI)
Cumprir de maneira ética as políticas,informações, treinamento da empresa e os procedimentos aplicados ao seu

20
trabalho.

Lembrando que para atender a legislação para o transporte de produtos perigosos na classe
pertencente nossos produtos o óculos deve ser o de ampla visão contra respingos de
produtos químicos.

MÓDULO II

OBJETIVO:
Efetuar todas as operações dentro da legislação (MOPP e CTB) e
procedimentos internos (Caravaggio) e externos (companhia).
NORMAS PARA O TRANSPORTE E MANUSEIO DE PRODUTOS PERIGOSOS

TODA CARGA É PERIGOSA, MAS NEM TODA CARGA É UM PRODUTO PERIGOSO

O Transporte de Cargas e Produtos Perigosos deve ser feito seguindo


rigorosamente o CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, dentro das normas da ABNT e
CONTRAN.
A gravidade em um acidente envolvendo esse tipo de carga pode incluir um
grande dano ambiental além dos prejuízos materiais imediatos, podendo haver também
perdas humanas.
O que regulamenta o Transporte de Produtos Perigosos no Brasil é o Decreto
nº 96.044/88. Esse Decreto de 18 de maio de 1988 é o que determina o que pode ser feito
e o que não pode ser feito em todas as etapas que envolvem o Transporte de Produtos
Perigosos. Esse Decreto está dividido em 7 (sete) capítulos, que formam a base de toda
regulamentação sobre o assunto. A partir de 12/02/2004 as resoluções ficam a cargo da
ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre).
- Capítulo 1 – Determina que o Transporte de Produtos Perigosos para a saúde
humana e para o meio ambiente, pelas vias públicas, fica sujeito às normas do
Decreto nº96. 044/88.
- Capítulo 2 – Estabelece as normas do Transporte.
- Capítulo 3 – Este capítulo prevê quais os procedimentos corretos a serem
utilizados em casos de acidentes, avarias e outras emergências, bem como
todas as variáveis possíveis envolvendo estas ocorrências.
- Capítulo 4 – Este capítulo trata dos deveres, obrigações e responsabilidades
das diversas pessoas e entidades envolvidas no transporte de produtos
perigosos, para cada uma das quais existe um conjunto de atribuições que

21
deverão ser cumpridas (fabricante ou importador, contratante e transportador e
seus condutores).
- Capítulo 5 – Trata dos procedimentos que serão adotados pela fiscalização,
quanto ao estado de conservação, documentação e cumprimento de
exigências
- legais relativas a veículo, carga, embalagens, rótulos, etc., tomando e exigindo
providências em caso de desacordo com as normas.
- Capítulo 6 – Trata das infrações e penalidades a que os infratores deste
regulamento estão sujeitos, bem como da forma de aplicação destas
penalidades e das defesas e recursos cabíveis.
- Capítulo 7 – Trata de informações complementares diversas, sobre os órgãos
envolvidos neste regulamento e outras.
Os PRODUTOS PERIGOSOS estão divididos em 9 (nove) classes e outras 10
(dez) subclasses. Conforme relacionado abaixo:

CLASSE PRINCIPAL CLASSE SECUNDÁRIA


1 EXPLOSIVO 1 EXPLOSIVO
2 GASES 2 EMANA GÁS
3 LIQUIDO INFLAMÁVEL 3 INFLAMÁVEL
4 SÓLIDO INFLAMÁVEL 4 FUNDIDO
5 PERÓXIDOS E OXIDANTES 5 PERÓXIDOS E OXIDANTES
6 TÓXICOS E INFECTANTES 6 TÓXICOS E INFECTANTES
7 RADIOATIVOS 7 RADIOATIVOS
8 CORROSIVOS 8 CORROSIVOS
9 SUBSTÂNCIAS DIVERSAS 9 VIOLENTA REAÇÃO
0 AUSÊNCIA DE OUTRO RISCO
X REAGE VIOLENTAMENTE COM ÁGUA

COMPATIBILIDADE DE CARGAS
Nos produtos da classe 3 (três) liquido inflamável, onde a Caravaggio tem a
maior parte da frota nesse segmento, não há problemas de incompatibilidade entre esses
produtos, apenas o risco de contaminação durante carga ou descarga.
Em relação ao transporte de lubrificantes, o motorista deve sempre verificar se
o caminhão tanque está vazio e limpo ao realizar o carregamento, pois se houver produto ou
resíduo no compartimento a ser carregado poderá acontecer uma contaminação de produto.
NOTA: Caso o caminhão tenha sido utilizado para transportar produtos claros (gasolina,
álcool etc.) e o próximo carregamento for lubrificante ou vice versa, o caminhão tanque deve
ser lavado antes do carregamento. Estes são os casos que necessitam de cuidados
especiais e maior atenção do motorista que deve fazer a comunicação ao encarregado à
manutenção que providenciará a limpeza do veículo em local determinado.

22
CARREGAMENTO DE PRODUTO (anexo)
O carregamento de produtos deve ser realizado conforme descreve o PR TRA 002
e a IT TRA 001
Instrução de Trabalho

1. Antes de entrar na Base para Carregamento do CT

 Estacionar em local seguro em frente à companhia pela qual vai carregar,


certificando-se que o freio estacionário esteja acionado;
 Desligar o caminhão,
 Colocar o calço na tração do veículo no lado direito;
 Dirigir-se ao escritório da base e apresentar a documentação (calibragem,
certificado de capacitação do veículo e certificado do veículo) e os lacres da viagem
anterior;
 Aguardar a liberação para carregamento;
 Uma vez autorizado (através de OR ou cartão ou do painel eletrônico nas bases
informatizadas), receber os lacres, conferi-los e retornar ao veículo. Conferir
também a carga programada na OR/cartão com a compartimentação e capacidade
do veículo;
 No veículo, verificar o fechamento das válvulas de fundo e fecho rápido e lacrar;
 Certificar-se de que o veículo está atendendo às normas de segurança;
 Conferir placas, simbologias dos produtos a serem carregados e os EPIs,
 Identificar o C.T.
 Aguardar a vez de carregar.
2. Na Base de Carregamento
 Ao ser chamado para carregar, identificar-se na portaria;
 Dirigir-se à laje de enchimento compatível com a carga, respeitando sempre a
sinalização da Base e seguindo a orientação dos operadores;
 Acionar o freio de estacionamento;
 Desligar o caminhão,
 Desligar a chave geral do veículo (se exigido pelo pool);
 Fechar os vidros e o teto solar;
 Vestir os EPI´S conforme indicado no item 5 deste mapeamento;
 Conectar o cabo terra;

23
 Estando sobre a plataforma de carregamento colocar o cinto trava quedas;
 Utilizar escada pantográfica da plataforma para subir no tanque do CT;
 Verificar os compartimentos assegurando-se que estejam completamente vazios,
limpos e isentos de materiais ou corpos estranhos;
 Determinar a distribuição da carga considerando a ordem de entrega e o volume
programado;
 Posicionar-se a favor do vento, afim de não inalar os vapores desprendidos;
 Iniciar o carregamento pelo compartimento mais próximo da cabine. Não poderá
ocorrer a concentração de peso na traseira do CT;
 Após conferir a capacidade do compartimento, digitar o volume a ser carregado;
 Introduzir verticalmente o bico de carregamento até o fundo do compartimento,
deixando-o encostado na boca de visita;
 Colocar a trava de segurança no bico e o dispositivo antiderrame;
 Acionar a alavanca do medidor e iniciar o carregamento. Em caso de qualquer
anormalidade, acionar a válvula de fecho rápido, segurando firmemente, para
interromper o fluxo de produto, ou tirar o pé do dispositivo de carregamento;
 Não conversar durante o carregamento. Qualquer dúvida na operação, pedir
orientação ao Operador;
 Após o enchimento total do compartimento, escorrer e retirar o bico de
carregamento e colocar, em seguida, a caneca aparadora de respingo;
 Verificar se o nível do produto carregado está no nível indicado pela seta;
 Fechar e travar a tampa do compartimento. Somente o compartimento que estiver
sendo carregado deve permanecer aberto;
 Realizar o carregamento dos demais compartimentos, seguindo os mesmos
passos;
 Após a conferência, o operador deve assinar o bilhete orientador/medidor;
 Fechar e lacrar todos os compartimentos;
 Erguer a escada pantográfica e travá-la em posição de descanso;
 Retirar o cinto trava quedas;
 Desconectar o cabo terra;
 Ligar a chave geral;
 Ligar o motor, liberar o freio de estacionamento e movimentar o CT em direção à
saída, observando a sinalização e o limite de velocidade;

24
 Dirigir-se ao escritório da base, com o rotograma em mãos, receber a Nota Fiscal
e demais documentos necessários para o transporte do produto, conferindo a Nota
fiscal, o cliente e o destino;
 Fazer o check list diário,
 Seguir viagem observando informações contidas no Rotograma.
3. Documentação necessária para o transporte
Antes de iniciar a viagem, verificar se está de posse de toda a documentação
necessária:
Documentos de porte pessoal.
 CNH (carteira nacional de habilitação)
 Identidade caso CNH sem foto
 Comprovante de curso do MOPP (movimentação e operação de produtos
perigosos)
Documentos da carga:
 Nota fiscal
 Conhecimento de transporte (fora do estado de origem)
 Ficha de Emergência
 Envelope para transporte
Documentos do veículo.
 CRVL – Certificado de registro e licenciamento do veículo
 Certificado de Capacitação para o Transporte de Produto Perigoso
 Certificado de Aferição para produtos a granel
4. Em Situações de Emergência
Em caso de emergência durante carregamentos, o plano de emergência a ser
seguido é o do cliente e não o da Caravaggio, portanto, o motorista deverá nestes
casos sempre aguardar as instruções do cliente, atentando para o seguinte:
Derrames: Interromper imediatamente a operação e somente reiniciá-la após a
autorização do operador. Não ligar o motor do CT.
Incêndio: Interromper imediatamente a operação, se possível fechar a tampa do
compartimento, recolher o bico, desarmar o medidor, recolher a escada pantográfica,
desconectar o cabo-terra, posicionar-se na cabine e aguardar orientação do operador
ou da brigada de incêndio para retirada do CT.
Espumação: No caso de produtos escuros, interromper imediatamente a operação e
aguardar o fim do fenômeno.
5. Observações para Carregamento de Produtos Escuros:

25
Seguir as mesmas instruções acima com a seguinte diferenciação:
 Após introduzir e travar o bico de carregamento, passar a corrente;
 Acionar a bomba (quando houver), ao iniciar o carregamento;
 Manter-se atento ao carregamento para evitar a possibilidade de transbordamento
do CT;
 Em caso de qualquer anormalidade, acionar a válvula de fecho rápido.
Nota 1: É importante ressaltar que o maior risco para o motorista está na operação de carga
de óleos combustíveis ultraviscosos, em função da temperatura mais elevada, necessária
para o escoamento do produto e da possibilidade de obstrução das tubulações, resultante do
endurecimento do combustível em seu interior, tendo como conseqüência o espargimento do
óleo aquecido.

6. Equipamento de Proteção Individual para Carregamento Produtos Claros:


Devem ser utilizados nas operações de carregamentos de produtos claros os
seguintes EPI’s:
 Capacete MSA;
 Luva de PVC com forro, cano curto;
 Óculos de segurança;
 Calçado de segurança e uniforme de algodão.
 Cinto de Segurança tipo Pára-quedista para atividades superiores a 2,00 Mts
7. Equipamento de Proteção Individual para Carregamento Produtos Escuros:
Devem ser utilizados nas operações de carregamentos de produtos escuros os
seguintes EPI’s:
 Capacete MSA com protetor facial;
 Luva de PVC com forro, cano médio;
 Avental de raspa de couro com 1,3 m de comprimento
 Avental em raspa de couro tipo barbeiro, com 1,3m de comprimento;
 Protetor facial tipo “Apolo”, instalado no capacete;
 Perneira em raspa de couro, com velcro (não utilizar fixação com presilhas que
possibilitam maior perigo de queda do CT);
 Calçado de segurança e uniforme de algodão.
 Cinto de Segurança tipo Pára-quedista para atividades superiores a 1,80 Mts
Nota 2: Produtos a partir da classificação 4A. (OC4, OC5, etc.), usar luva de raspa de couro.

26
Nota 3: Para correta proteção do motorista em caso de projeção de OC, é importante que as
luvas se sobreponham à manga do avental e que este se sobreponha em 5 a 10 cm a altura
das perneiras.
PLANEJAMENTO DE TRAJETO (ROTOGRAMA)
Essa ferramenta foi criada para obter uma padronização mínima de
procedimentos no levantamento de situações de riscos durante trajetos, longos ou curtos de
rotina ou não. O conhecer e entender do rotograma pelos condutores é de suma importância
até por que a atualização depende de sua utilização de forma constante e diária para todos
os trajetos. A elaboração passou por vários processos onde os condutores participaram de
forma ativa então nada mais justo que comunicar e informar qualquer mudança relevante em
um trajeto.

LOCAIS DE PARADA E ESTACIONAMENTO


A Transportadora Nossa Senhora de Caravaggio identificou pontos de parada
para pernoite, pontos que oferecem uma melhor segurança para o motorista e a carga. Há
uma proibição de paradas em outros locais, e são identificadas através de cercas
eletrônicas. Caso seja necessário parar em pontos não identificados, deve haver uma
comunicação ao encarregado de base local e solicitar autorização ou comunicação caso não
seja possível antes do fato. Os locais de parada estão identificados nos rotogramas os que
tenham necessidade de pernoite ou parada para interstício de direção contínua. Todo
veículo estacionado deve estar calçado. A colocação do calço deve ser feita no lado direito
do veículo com o calço na roda da tração. Em casos de bitrens onde temos um peso maior,
devemos calçar também um eixo de uma das carretas, sempre observando para qual lado
pode ocorrer o movimento do caminhão.

DESCARREGAMENTO DO PRODUTO
O descarregamento de produtos deve ser realizado conforme descreve o PR TRA
002 e a IT TRA 002.
Instrução de Trabalho
Atividade Responsáveis Informações Complementares
1  Respeitar as regras internas;
 Estacionar o veículo no local indicado
pelo rotograma;
Chegada às  Acionar o freio de estacionamento;
instalações do  Desligar o motor do veículo;
Cliente

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 Desligar a chave geral do veículo;

Motorista  Trancar as portas do veículo do lado


direito;
 Colocar o calço na tração do veículo;
 Apresentar a nota fiscal ao cliente e
informá-lo sobre o produto a ser
descarregado;
 Solicitar que o cliente indique o tanque
no qual será efetuada a descarga e
conferir o mesmo;
 Vestir os EPI’S indicados no item 4;
 Fazer o isolamento da área, colocando
a placa de
advertência, os extintores de incêndio
(devem ser o
primeiro item a ser colocado e o último
a ser guardado), os cones com a fita/
corda de isolamento (considerar um
raio mínimo de 3 metros do local de
descarga, quando possível);
Procedimentos de
2 Motorista  Solicitar que o cliente confira os lacres
Segurança
dos
compartimentos a serem
descarregados abrindo-os em seguida
para confirmação do nível do produto,
 Confirmar se o produto contido no
tanque é do mesmo tipo daquele que
será descarregado;
 Verificar a disponibilidade de espaço
juntamente com o responsável pelo
recebimento do produto;
3 Descarga Motorista  Engatar o dispositivo de descarga
selada (joelho/ cotovelo) no local do
tanque recebedor;
 Fazer o aterramento primeiro no ponto

28
de aterramento quando não houver,
utilizar o joelho da descarga selada e
depois no CT;
 Posicionar o balde sob a tubulação de
descarga do compartimento e aterrá-lo
ao CT;
 Conectar a mangueira de descarga
primeiro no joelho da descarga selada
do tanque recebedor e, posteriormente,
na tubulação de descarga do CT. Os
engates devem estar bem fixados, a fim
de evitar o risco de se desprenderem
durante a descarga do produto;
 Abrir válvula de fundo, liberar o produto
e manter-se próximo ao fecho rápido e
atento para uma possível situação de
emergência;
 Terminada a descarga, fechar o fecho
rápido, desengatar, drenar e guardar a
mangueira de descarga;
 Drenar o compartimento e mostrar ao
cliente que a descarga está concluída;
 Colocar o produto drenado no tanque
recebedor, aterrando o balde ao funil ou
ao bocal de descarga;
 Fechar o bocal do tanque do cliente,
recolher todo o material e deixar os
extintores como último equipamento a
ser recolhido;
 Fechar a válvula de fundo e a tampa do
compartimento descarregado sem
travá-la;

4 Documentos de Motorista  Conferir o cheque se houver, e verificar


entrega se o canhoto está carimbado e

29
assinado;
 Quando não houver carimbo, solicitar a
assinatura, nome legível e número da
identidade;
 Entregar a 5ª via da nota fiscal (via
frete) ao responsável na Caravaggio.

 Realizar a pesagem do CT cheio


Particularidades
(quando existir balança);
para Descargas
 Realizar a pesagem do CT vazio;
5 de Produtos Motorista
 Utilizar somente vapor ou resistência
Escuros
elétrica para desobstrução da válvula
de fundo. É proibida a utilização de
chama (fogo) para esta atividade;

 Derrames: Interromper imediatamente


acionando o fecho rápido e utilizando o
kit para derrames para conter o líquido
vazado, seguindo os procedimentos do
Situações de Plano de Emergência.
6 Emergência Motorista  Incêndio: Utilizar o extintor de incêndio,
seguindo as demais instruções do
Plano de Emergência.
 Contaminação: Interromper o
descarregamento e seguir instruções do
Plano de Emergência.

7 Equipamento de Motorista  Devem ser utilizados nas operações de


Proteção descarregamentos de produtos claros
Individual para os seguintes EPI’S:
Descarregamentos  Capacete MSA;
 Óculos de segurança
 Luva de PVC com forro, cano curto;
 Calçado de segurança e uniforme de
algodão.

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 Cinto de Segurança Tipo Pára-quedista
em
atividades superiores a 1,80 Mts.
Por causa da possibilidade de
queimaduras proporcionadas pelo
manuseio dos óleos combustíveis,
devem ser utilizados nas operações de
descarregamentos de produtos escuros
os seguintes EPI’S:

 Capacete MSA;
 Protetor facial tipo “Apolo”, instalado no
capacete;
 Luva de PVC com forro, cano médio;
 Avental de raspa de couro tipo
“barbeiro”, com 1,3m de comprimento;
 Perneira de raspa de couro, com velcro
(não utilizar fixação com presilhas que
possibilitam maior perigo de queda do
CT);
 Calçado de segurança e uniforme de
algodão.
 Cinto de Segurança Tipo Pára-quedista
em atividades superiores a 1,80 Mts.

Nota 1: A coleta de amostras é de responsabilidade do cliente, entregando somente o


envelope plástico numerado quando a amostra for feita por compartimento, preenchendo os
dados e anotando o número do envelope plástico no canhoto da nota fiscal. Exceto para os
postos com bandeira Shell, neste postos a responsabilidade da coleta de amostra pode ser
compartilhada conforme o cliente.
Nota 2: Em função do risco de explosão, é terminantemente proibida a utilização do
maçarico durante a operação de descarga.
Nota 3: Não devem ser utilizadas vestimentas que possuam fibras sintéticas (ex: nylon) ou
malhas de lã, durante os procedimentos de descarga.

31
Nota 4: Para que os EPI’S possam efetivamente proteger o motorista em caso de projeção
de óleo combustível, é importante que as luvas se sobreponham à manga do avental e que
este se sobreponha em 5 a 10 cm a altura das perneiras.
Nota 5: Para os motoristas envolvidos na operação Raízen, alem de todos os procedimentos
de descarga também realizar o preenchimento do CCDS – CERTIFICADO DE
CARREGAMENTO E DESCARGA SEGURA, esse documento e de uso obrigatório e auxilia
o motorista e o cliente no momento da descarga em postos para evitar as contaminações.
Nota 6: Sempre manter a o veículo trancado, sempre do lado oposto de onde realiza a
descarga, ou seja, se estiver descarregando do lado direito a porta e janela do lado
esquerdo devem permanecer trancados. Os vidros e teto solar devem sempre estar
fechados durante a descarga.

RASTREAMENTO E COMPUTADOR DE BORDO


Veículos da empresa possuem o sistema de rastreamento via satélite que nos
permite interagir em caso de emergência, como por exemplo, roubo de cargas. O
Computador de bordo nos garante uma informação precisa sobre a condução do veículo
pelo motorista. Pode-se monitorar caso o motorista esteja em uma condução insegura, como
por exemplo, freadas bruscas e velocidade são alguns dos itens informados.

FREIOS E DESACELERAÇÃO

Toda utilização de freio deve ser calculada e feita de maneira correta para não
sobrecarregar o sistema de freio em freadas excessivas ou bruscas. Uma maneira de se

32
utilizar o sistema de freio corretamente é mantendo uma boa distância de seguimento e
começando a
usar o freio motor mais cedo. O freio motor deve ser utilizado antes de qualquer freada, ele
permite uma boa redução de velocidade e assim diminui a carga de parada do veículo sobre
o sistema de freio. Em serras ou declives longos deve-se engrenar uma marcha mais
pesada e utilizar o freio motor em toda a extensão do declive ou da serra. Lembre-se quanto
mais se acelera mais se freia e uma freada desnecessária agora pode ser a mesma que
falte em uma situação de emergência.

PNEUS
Todo o conjunto de suspensão e freios depende exclusivamente de uma boa
manutenção dos pneus, por que como sabemos os pneus é que fazem ligação de carro e
solo, seja ele de asfalto ou terra. Uma boa calibragem garante um rodar mais macio, seguro
e econômico, tanto para consumo de combustível quanto para outros componentes da
suspensão do veículo. Em caso de pista molhada uma boa calibragem faz a diferença de se
manter sobre a pista ou não. Em pneus mal calibrados há um superaquecimento, podendo
originar um princípio de incêndio passando, caso não seja extinto, para um incêndio de
grandes proporções.
Outro fator que pode originar fogo em pneu é o superaquecimento de lonas de
freio em descidas de serra ou no caso de um rolamento de cubo quebrar ou simplesmente
travar. A boa conduta de um motorista de veículo, principalmente pesado como é o caso de
CT, é necessariamente fazer uma parada a cada 02hmin ou 100 km percorridos. Essa
parada serve para que o condutor, além de ter que descer do veículo, (onde fará um
alongamento, melhorará sua circulação sanguínea entre outros fatores pessoais), irá rodear
o veículo, bater pneus para conferir calibragem e vistoriar se está tudo dentro da
normalidade. Esse processo já reduz em muito o caso de um superaquecimento que esteja
se iniciando pelos fatores citados acima.
Outro fator importante é sempre lembrar que transportamos produtos
inflamáveis. Mesmo estando com o Ct vazio, ainda há gases que podem explodir. Caso
entram em contato com qualquer tipo de faísca, centelha ou superaquecimento.

INSPEÇÃO DO CT CHECK-LIST DIÁRIO E MENSAL

Verificação diária do estado geral do veículo, tanto parte mecânica como


elétrica, fazem parte de uma condução segura.
O motorista é responsável pela verificação dos itens abaixo:
VERIFICAÇÃO DIÁRIA O QUE VERIFICAR

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( )Mesa , Quinta Roda e Pino Rei Trincas, rachaduras ou folgas
( )Buzina Funcionamento
( )Conexões de Ar / Sist. de Freio Vazamentos
( )Guarda Corpo Eu funcionamento de levantar e abaixar
( )Cinto de Segurança Funcionando normalmente travando
( )Rotograma Atualizados e de todas as operações do dia
( )Fluido de Freio Hidráulico Nível
( )Freio Estacionário Acionamento, sem vazamento de ar
( )Níveis de Água, óleo e lav. vidro Nível
( )Computador de Bordo Esta funcionando, sinal sonoro ativo sem chave
( )Para brisas e Janelas Limpos e sem trincas adesivos insufilm
( )Pneus e Rodas Sem trincas, pneus em bom estado
( )Triângulo 2 triângulos
( )Marcação dos Compart. Estão visíveis dos 2 lados do tanque
( )Pontos de Aterramento Sem corrosão ou abrasão
( )Limpador de Para Brisa Funcionando e com água no reservatório
( )Alarme de Marcha à Ré/Cavalo Funcionando
( )Extintores de Incêndio Carregados, com retirada fácil do suporte
( )Calços: 2 caminhões 4 bitrens Em local de fácil manuseio e sem risco de cair
( )Tanques Sinais de vazamento
( )Todas as luzes e parte elétrica Funcionando sem emendas ou soltos
( )Doc. Pessoais e do Veículo Em dia, validades de todos em conforme
( )Baterias protegidas e liga/desl. Tampas travadas sem trincas ou quebrada
( )Espelhos Limpos e regulados
( )Faixas Refletivas (limpas) Limpos e refletindo
( )Kit de Emergência (NBR-9735)
( )Simbologia (NBR-7500)
( )Marcação RNTRC
( )Telefones Emergência
( )Mangote Juntas, cortes, abrasões, bolhas e extremidades
( )Balde Aterramento, sem amassados ou furos
( )Funil De aluminio
( )Placas de advertência desc. Com escrita legível e visível
( )Lanterna certificada INMETRO
( )Descarga Selada Travando sem vazamentos pelas borrachas

O check-list diário será feito pelo motorista seguindo o quadro acima e


evidenciado através da ficha que acompanha o veículo. Deve ser concluído e caso haja
algum item que não esteja de acordo com o estabelecido deve ser comunicado
imediatamente ao Gerente de Operações ou na falta deste ao Supervisor de Transporte ou
Encarregado de Transporte. Em hipótese nenhuma o caminhão tanque deve ser colocado a
disposição da base com qualquer item em desacordo com o bom andamento do serviço e
principalmente da segurança. Durante o dia qualquer irregularidade deve ser anotada no
formulário de check-list diário. O check-list diário esta em uma folha única dividida para a

34
semana. Não havendo nenhum item critico que comprometa a segurança do veículo essa
deve ser entregue toda segunda-feira após sua utilização na semana.

CHECK-LIST DA FROTA
O check-list é um documento que visa verificar o perfeito estado de
funcionamento do veículo e itens de segurança exigidos por lei e para manter o padrão da
companhia para o transporte de cargas perigosas. Nele também é verificada a postura do
motorista com relação a sua higiene pessoal e utilização dos EPI´s(Equipamento de
Proteção Individual). O objetivo é equipar a frota com todos os itens de segurança exigidos
por lei para o transporte, evitando-se possíveis multas e notificações pelos órgãos
competentes, bem como manter o padrão para a companhia a qual está agregado.
Os supervisores, Instrutores, Monitores e Encarregados de transporte junto
com o motorista aplicarão mensalmente o check-list. Cabe ao motorista ficar atento para
estar com o check-list mensal dentro do prazo de validade, lembrando para que seja
realizado.

IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTO
Essa identificação se dará por duas situações:
 Pela nota fiscal e ficha de Emergência;
 Pela simbologia colocada no veículo de transporte;
O motorista após identificar o produto a ser transportado fará a mudança dos
painéis de segurança no veículo. Quando no transporte de mais de um produto, porém todos
pertencentes a classe 3 (líquido inflamável), utilizará a simbologia do produto de maior risco.

DOCUMENTAÇÃO PARA O TRANSPORTE


Divide-se em três partes:
1- Documentos de porte pessoal.
 CNH (carteira nacional de habilitação)
 Identidade caso CNH sem foto
 Comprovante de curso do MOPP (movimentação e operação de produtos
perigosos)
2 - Documentos da carga:
 Nota fiscal
 Conhecimento de transporte (fora do estado de origem)
 Ficha de Emergência

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 Envelope para transporte

3 - Documentos do veículo.
 CRVL – Certificado de registro e licenciamento do veículo
 Certificado de Capacitação para o Transporte de Produto Perigoso
 Certificado de Aferição para produtos a granel
ESPAÇO CONFINADO / TRABALHO EM ALTURA
A Transportadora Nossa Senhora de Caravaggio Ltda, não realiza limpeza
interna de tanques. Caso seja necessário o motorista deve comunicar ao responsável pela
manutenção onde encaminhará o veículo para o local específico para a realização da
limpeza. O motorista este terminantemente PROIBIDO entrar no tanque de produtos para
realizar qualquer tipo de tarefa e/ou espaço confinado sem uma PT (permissão de trabalho)
onde será acompanhado de forma segura com EPI’s adequados para a situação.
Para subir no tanque ou em qualquer outro local acima do nível deve-se utilizar
o cinto trava queda ou no caso de ser sobre o tanque em local de descarga do caminhão
que irá subir acionar o guarda corpo.
Todo e qualquer outra forma de trabalho em altura não tendo a proteção do
cinto trava queda ou um guarda corpo é PROIBIDA.

MÓDULO III
OBJETIVO:
Esclarecer a necessidade de um comprometimento com a segurança através
do comportamento seguro e de uso de equipamentos de segurança adequados a cada
situação.

ELETRICIDADE ESTÁTICA
DEFINIÇÃO:
A fricção ou atrito entre corpos e substâncias é a principal fonte de eletricidade
estática, que se acumula na superfície dos mesmos até que aja contato com outros corpos
ou substâncias, quando as cargas elétricas acumuladas passam para estes últimos.
Quando a formação das cargas é mais rápida do que o escoamento, produz-se
fenômenos que podem tornar-se perigoso, especialmente a formação de faíscas.

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Em qualquer processo o perigo de incêndio proveniente de eletricidade estática
pode ser avaliado, comparando as cargas geradas no processo e a possível descarga
elétrica com a sensibilidade do produto a inflamar pela faísca.

ATERRAMENTO
Portanto algumas precauções de segurança deverão ser seguidas quanto ao
risco eletrostático.
A geração de eletricidade estática ocorre nas seguintes situações:
a) Fluxo do líquido (em tubulação, filtros, válvulas).
b) A queda livre do líquido.
c) A oscilação do líquido (misturando e agitando).
d) O atrito com ar.
Cuidados especiais devem ser observados nas operações de transferência,
armazenagem, enchimento e descarga.
Para que haja equilíbrio elétrico é necessário aterrarmos os equipamentos fixos
(tanques, tubulações, válvulas, motores, bombas, plataformas, etc.), por ocasião da
instalação do equipamento, utilizando-se um fio condutor ligando a carcaça metálica do
equipamento à haste ou à malha de aterramento existente.
Nos veículos devemos utilizar um fio de cobre medindo 3 metros de
comprimento, dotado de garras metálicas nas extremidades para ligação do equipamento ao
sistema de aterramento. Este equipamento é denominado CABO TERRA.
A finalidade do cabo terra é equilibrar a eletricidade estática gerada durante as
operações de abastecimento de aeronaves, carros-tanques, vagões-tanques, chatas-tanque,
postos de serviços e instalações de clientes.
Confeccionado em cobre ou latão naval, é dotada de ressalto para impedir o
desprendimento da garra de fixação. Todo equipamento, veículo ou dutos para carga e
descarga, deverá possuir placa de ligação a terra.
Em se tratando de operações com equipamentos móveis, tais como
caminhões-tanques, vagões-tanques, chatas-tanque, navios-tanque, unidades de
abastecimento de aeronaves, etc., deverá ter uma de suas garras afixadas na placa de
aterramento, que por sua vez deverá estar eletricamente ligada ao tanque do veículo. A
outra deverá ser afixada na placa de aterramento encontrada na instalação fixa, próxima aos
locais de enchimento ou descarga, como plataformas, junto ao tanque, etc.
Não instale o cabo terra em locais que estejam pintados, enferrujados, sujos de
graxa ou outros agentes que impeçam a passagem da corrente. Lembre-se, isto também é

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importante. O aterramento deverá ser realizado antes da abertura do tanque recebedor e do
acionamento do bico de enchimento.
Condutivímetro, este aparelho é utilizado para testar o Cabo Terra. Qualquer irregularidade,
que possa impedir a passagem da corrente elétrica, será logo detectada pelo operador.
Tratando-se de cabo terra, não confie em inspeção visual; use o aparelho
CONDUTIVÍMETRO que é mais confiável.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
Inspecionar periodicamente todos os componentes do aterramento verificando
a condutividade e o estado geral das partes;
Instalar e manter sinalização de alerta para uso do aterramento a ser fixado
nas proximidades dos pontos de carga e descarga de produto;
A ligação à terra deve preceder quaisquer operações envolvendo a
transferência de combustível.
Engatar o cabo terra primeiro na boca do tanque e depois no caminhão, caso
aja alguma faísca não correrá o risco de, com os gases no tanque, haver um incêndio ou
explosão.

PCI (PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS)

FOGO: reação química controlada pelo homem que produz luz e calor
O fogo que constrói, pode destruir. O homem conhece a natureza do fogo. O
fogo sempre começa pequeno e quando foge do controle deve ser evitado e combatido.
O fogo deve ser combatido rapidamente e no seu início, os primeiros cinco
minutos valem mais que as próximas cinco horas. O fogo é composto por três elementos
encontrados na natureza que podem ser exemplificados através de um triângulo.

COMBURENTE CALOR, FAÍSCA OU


CENTELHA

COMBUSTÍVEL
CLASSES DE INCÊNDIOS

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EXTINTORES

AGENTES EXTINTORES:
EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA:
Utilizado em princípio de incêndio classe A: Fogo que queima em profundidade.
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO:
Utilizado em princípio de incêndio classe B: Fogo que queima em superfície.
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO E CO2:
Utilizado em princípio de incêndio classe C: Fogo que queima em superfície e equipamentos
energizados.
EXTINTOR PÓ QUÍMICO SECO A BASE DE CLORETO DE SÓDIO E GRAFITE:
Utilizado em princípio de incêndio classe D: Fogo que queima metais pirofóricos, magnésio,
titânio etc.
A classe E não é muito comum por que o combustível utilizado para sua queima é de
material radioativo.
PREVENÇÃO DE DERRAMES/ VAZAMENTOS
Alguns procedimentos que se deve seguir para evitar qualquer tipo de derrame:
 Sempre efetuar reparos no Ct, fazendo-se testes para detectar vazamentos.
 Verifique o correto fechamento das válvulas de fundo do tanque antes de
carregar.
 Verificar se o compartimento a ser carregado não tem resíduo de produto da
última entrega realizada.
 Conferir se não há produto dentro do tanque antes de começar carga ou
descarga
 Quando teclar a litragem tenha certeza que é a correta de carregamento.
 Ter certeza que o compartimento a ser carregado é de capacidade
compatível com a litragem a ser carregada.

COMUNICAÇÃO DE QUASE-ACIDENTES E ACIDENTES OU PRÁTICAS INSEGURAS


(RO)

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Acidente é um evento indesejável e inesperado que causa danos pessoais,
materias (danos ao patrimônio), danos financeiros e que ocorre de modo não intencional.
Exemplos físicos incluem colisões e quedas indesejadas, lesões por tocar em algo afiado,
quente, elétrico ou ingerir veneno. Exemplos não-físicos são revelar um segredo não
intencionalmente, esquecer um compromisso, etc. Se os resultados dessa negligência eram
previsíveis e não foram tomadas as precauções necessárias para evitá-la, a pessoa pode
ser responsabilizada por eventuais consequências de tal negligência. Em um "acidente",
ninguém pode realmente ser responsabilizado porque o acontecimento é imprevisível ou
muito pouco provável, apesar de que o causador, mesmo involuntariamnete, pode ter que
ressarsir o bem danificado. Muitas vezes os acidentes são investigados para que possamos
aprender a evitá-los no futuro e é muitas vezes chamado análise das causas, mas
geralmente não se aplica aos acidentes que não pode ser previsto com o mínimo de certeza.

Todos os quase-acidentes e acidentes devem ser comunicados, no caso de


quase-acidentes para o encarregado da filial/base de apoio, e no caso de acidentes
comunicam-se os Coordenadores de Emergência, a Matriz, a filiais/bases de apoio mais
próximo:
São considerados quase-acidentes:
 Violação as leis de trânsito;
 Um escorregão e quase queda.
São consideradas práticas inseguras:
 A não utilização do cinto trava queda;
 Aproveitar-se do semáforo amarelo.
São considerados acidentes:
 Derramamentos, em água ou solo;
 Contaminação do produto;
 Quaisquer ferimentos a terceiros;
Obs.: Todos os condutores recebem um cartão de bolso com os números de
todos os coordenadores de Emergência e das filiais e pontos de apoio da
Caravaggio
Podemos utilizar um elemento do Sistema Alerta o qual é fundamental para
prevenção da acidentes o AAS – Auto Avaliação de Segurança.
O comportamento Seguro durante qualquer atividade é o fator primordial para sua
segurança, a mudança somente se dará quando você Conhecer, Acreditar e
Praticar.

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QUALIDADE DE VIDA
Qualidade de vida começa com uma boa alimentação, descanso e lazer.
Quando estiver em seu horário de folga (interstício) procure descansar, relaxar e em finais
de semana aproveite para ficar com a família e também exercícios físicos ajudam na saúde
de modo geral.

MÓDULO IV
OBJETIVO:
Em viagem ou entregas urbanas, utilizar todo o conhecimento de direção
preventiva e estar preparado para agir de forma rápida e eficaz em situações de
emergência.

ATENDIMENTO AO CLIENTE

PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS
Tratar todos os clientes com educação e respeito, buscando uma forma de
comunicação profissional e respeitosa possível;

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Fazer cumprir todas as ações de segurança exigidas pela Caravaggio e seus
clientes no momento da descarga visando estar sempre em acordo com total segurança e
responsabilidade nas suas ações. Todas as não conformidades devem ser comunicadas à
Caravaggio que reportará cada caso a companhia qual representa no momento.

CONCEITO DE DIREÇÃO DEFENSIVA


Dirigir conscientemente é estar atento ao volante, superar ações incorretas de
outros e evitar situações desfavoráveis que possam provocar acidentes.
A linguagem no trânsito e a sinalização, tanto a que o condutor faz como a que
ele vê. Todas são importantíssimas para evitar acidentes. Por isso, qualquer manobra dever
ser sinalizada, mesmo que não venham outros carros, a sinalização deve ser feita para
orientar os pedestres. A sinalização orienta, indica os pontos críticos e alerta aos perigos
que podem provocar acidentes. Conhecê-la é condição básica de segurança ao dirigir.
Para ser um bom motorista é necessário seguir à risca às leis de trânsito, dirigir
habitualmente seu veículo e estar bem física e emocionalmente. É comum hoje em dia o
motorista descarregar todo seu stress quando está atrás do volante, sabemos que isso é um
dos fatores que levam a acidentes, perdas materiais e até humanas. Sendo assim
recomendamos seguir os dez mandamentos do motorista consciente descritos abaixo:

 Conheça as leis de trânsito e obedeça a sinalização;


 Use sempre o cinto de segurança, os passageiros do banco traseiro inclusive;
 Conheça o veículo que você está conduzindo e saiba comandá-lo;
 Mantenha sempre seu veículo em bom estado de funcionamento;
 Tente prever a possibilidade de um acidente e seja capaz de evitá-lo;
 Seja capaz de decidir corretamente em situações de perigo;
 Não aceite desafios ou provocações;
 Não dirija sob efeito de álcool, drogas ou cansado;
 Ver e ser visto;
 Não abuse da autoconfiança.

Temos que ser responsáveis para não cometermos erros. Temos que estar
atentos o suficiente para que falhas de outros não afetem nossa segurança.
O motorista deve, portanto ter uma conduta profissional elevada, participando
sempre dos treinamentos teóricos e práticos que estejam ao seu alcance, buscando um
aproveitamento máximo nos cursos de reciclagem.
Ter sempre em mente uma DIREÇÃO DEFENSIVA, colocando seus cinco
pontos de relevância sempre em primeira ordem quando estiver ao volante:
CONHECIMENTO, ATENÇÃO, PREVISÃO, DECISÃO E HABILIDADE.

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Considerar sempre como fator de risco as condições adversas ao trânsito:
ILUMINAÇÃO, TEMPO, VIAS, TRÂNSITO, VEÍCULO, CARGAS, PASSAGEIRO e a
principal: o MOTORISTA.
Destas, a mais difícil de mudar é o MOTORISTA, pois envolve questões
culturais, físicas e emocionais. O motorista está sujeito a sofrer variações no seu
comportamento que podem comprometer a segurança da viagem.

SCD – SISTEMA CONSULT DE DIREÇÃO

MANOBRAS EM MARCHA À RÉ

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Toda e qualquer manobra em marcha a ré com um caminhão, seja ele um
truck, uma carreta, um bi-trem ou rodotrem, requer o máximo de atenção e cuidados
especiais. Por ser uma manobra de alto risco, o motorista deverá estar atento para as
seguintes posturas:
Se o motorista necessitar realizar uma manobra em marcha a ré para entrar ou
sair de uma área de entrega, deverá:
• Obter ajuda de um guia ou orientador competente;
• Instrua o guia:
• Onde ficar.
• Como dar os sinais e quais os sinais de mãos para usar.
• A distância mínima permitida entre o veículo e qualquer parede /barreira de
perigo.
• O motorista deverá dar estas instruções ao guia todas as vezes.
• Caso não exista a possibilidade de usar um guia, o motorista deve sair da cabine do
caminhão, inspecionar a área onde vai ser efetuada a marcha ré e posicionar cones
para isolamento da área a ser ocupada pelo veículo.

DISTÂNCIA DE SEGMENTO
Devido ao seu maior tamanho e peso, os caminhões rígidos e semi-reboques
devem manter uma distância de no mínimo 6 segundos, e os bitrens uma distância de, no
mínimo, 8 segundos. Lembre-se que esses são tempos mínimos para a distância a ser
mantida. Se as condições meteorológicas e de trânsito piorarem ou se o estado do
motorista, por alguma razão, não for perfeito devido à doença ou cansaço, deve-se
aumentar a distância a ser mantida.
1 segundo para VER
1 segundo para REAGIR
5 a 7 segundos para PARAR

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IDENTIFICANDO OS VULNERÁVEIS

No trânsito o pedestre é o que se considera o mais vulnerável, pois qualquer


veículo pode machucar seriamente ou até mesmo levar a fatalidade. Precisamos estar
conscientes que qualquer veículo menor que o caminhão é vulnerável em qualquer situação.
O próprio código de trânsito brasileiro no artigo 29 estabelece essa regra de
segurança.
 § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em
ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos
menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

PREVENÇÃO DE FURTO / ROUBO DE CARGA


A Caravaggio não tem histórico de veículos roubados, mas trafegamos em
áreas com grande probabilidade de roubo ou furto de veículos e cargas. Portanto siga as
recomendações abaixo para ficar o mais seguro em suas operações.
A responsabilidade da carga no veículo é do motorista e a co-responsabilidade
da transportadora. Durante sua viagem não pare em locais suspeitos ou que não estejam
identificados em seu rotograma, quando nesses locais procure estacionar em uma área
iluminada se possível próximo a vigilância.
Durante o trajeto permaneça atento a veículos estacionados em locais
suspeitos e se notar que esta sendo seguido mantenha-se calmo e se possível pare no
posto de serviço mais próximo ou de fiscalização rodoviária.
Se for alcançado ou pego pelos bandidos não reaja, entregue a chave e
colabore, sua vida é mais importante que qualquer veículo ou carga.

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PRIMEIROS SOCORROS
Um conhecimento mínimo de atendimento à vítima, mas na verdade a
resolução 168 de 14/12/2004 vem colocar em conhecimento de todos que o fato de não
abandonar o local, sinalizar, preservar o local do acidente, chamar órgãos competentes
como: SIATE e Policiamento de Trânsito consideram-se como primeiro atendimento à vítima.
Caso não aja dessa maneira será considerado como omissão de socorro caso seja
identificado por alguém no local do acidente. Mas caso aja a possibilidade e tenha
conhecimento deve agir com calma, utilizar luvas para se proteger, e realizar o ABC – A –
Controle cervical; B- Respiração e C – Circulação.
ENCERRAMENTO
Chegamos ao final de mais um treinamento e/ou reciclagem.

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Contamos com a colaboração de todos para que possamos ter sucesso em
nossas tarefas, lembrando sempre que cada um de nós forma um elo da corrente chamada
Caravaggio, uma empresa de qualidade e excelência em serviços junto com nossos clientes
e você é a linha de frente em todas as nossas operações.

PARABÉNS A TODOS POR BONS SERVIÇOS ATÉ AQUI PRESTADOS E A MELHORIA


CONTÍNUA QUE VÊM SENDO EMPREGADA EM CADA TAREFA. E A VOCÊ QUE
COMEÇA, SEJA BEM VINDO A FAMÍLIA CARAVAGGIO QUE TENHA GRANDE ÊXITO
EM SUAS TAREFAS.

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