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CIPAA

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e


Acidentes

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CONTEÚDO PROGRAMATICO
● Objetivos do curso
● Legislação Trabalhista e Previdenciária
● Segurança e a Saúde do trabalhador
● Documentação Relacionada ao SESMT
● Normas Regulamentadoras
● NR-5 CIPA:
- Objetivo da CIPA
- Conceitos da CIPA
- Organização da CIPA
- Atribuições do Cipeiro
- Funcionamento
● NR-6 EPI:
- Conceito
- Deveres e responsabilidades
- Ficha de controle de entrega de EPIs
● EPC
● Higiene do Trabalho
● NR-7 PCMSO
● NR-9 PPRA
● NR-17 Ergonomia
● Acidentes de Trabalho
- Tipos
- Causas
- CAT – Comunicado de Acidente de Trabalho
● Investigação e Análise de Acidentes
● Classificação dos Riscos Ambientais
● Mapeamento de Riscos
● Inspeção de segurança
● Prevenção e Combate a incêndios
● Noções de Primeiros Socorros
● Meio Ambiente
● HIV/ AIDS

OBJETIVOS DO CURSO
• Levar o conhecimento aos membros da CIPA, das principais normas, instruções e rotinas
sobre segurança e saúde do trabalhador;
• Definir competências relativas as atividades desenvolvidas pelo membro da CIPA;
• Conhecer e identificar Riscos Ambientais;
• Fixar diretrizes de atuação da CIPA.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
• 1943 – No governo de Getúlio Vargas foi criada a C.L.T. através do decreto – lei 5452 em 1º
de maio, reunindo em um só diploma legal as Leis trabalhistas até então existentes.
● Férias
● Salário Mínimo
● Hora extra
● CTPS
● 13º Salário
• 1944 – Através do decreto – lei 7036 de 10 de novembro, foi instituída a obrigatoriedade da
criação da CIPA em todas as empresas que admitem trabalhadores como empregados.
• 1960 - Juscelino Kubitschek de Oliveira tinha em mente um lema de campanha que era
“crescer 50 anos em 5 anos”, com isso melhorou o mercado de trabalho:
• Instalou-se no Brasil as primeiras montadoras automotivas;
• Começou a exigência das Normas de Segurança do Trabalho;
• 1975 – Primeira formação de profissionais na área de Segurança e Medicina do Trabalho;
• 1978 – Portaria 3214 de 8 de junho institui as Normas Regulamentadoras do Trabalho
Urbano; Regulamentando principalmente artigos relacionados a CIPA inclusive PPRA e
PCMSO;
• 1994 – Em dezembro ocorreram alterações legais importantes nas Normas:
• NR-7 PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
• NR-9 PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, instituindo-se o Mapa de Riscos

SEGURANÇA DO TRABALHO

O que é Segurança do trabalho?


Segurança do trabalho é o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os
acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade do trabalhador e sua
capacidade laborativa.

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DOCUMENTAÇÃO RELACIONADA AO SESMT
• PPRA – Programa de prevenção riscos ambientais
• PCMSO – Programa de controle medico de saúde ocupacional
• Relatório Anual
• AET – Analise Ergonômica do Trabalho
• PCA – Plano de conservação Auditiva
• LTCAT – Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho
• APR – Análise Preliminar de Risco
• INVENTÁRIO NR 12 – Máquinas e Equipamentos
• PLANO EMERGÊNCIA

NR-5 CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

OBJETIVO DA CIPA
“A CIPA tem como objetivo, desenvolver atividades voltadas para a prevenção de acidentes e doenças
do trabalho e a promoção da qualidade de vida dos trabalhadores”

CONCEITOS DA CIPA
• COMISSÃO: Grupo de pessoas formado por representantes do empregador e empregados.
• INTERNA: seu campo de atuação é restrito a própria empresa.
• PREVENÇÃO: antecipar-se a situações de riscos.
• ACIDENTES: qualquer ocorrência inesperada que interfere no andamento normal do trabalho
causando danos materiais e lesão ao colaborador.

ORGANIZAÇÃO DA CIPA
• A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com
o dimensionamento previsto no Quadro I da NR 5;
• Os representantes do empregador, titulares e suplentes serão por eles designados.
• Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos pelos próprios
empregados.
• O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
• É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção
de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até
um ano após o final de seu mandato (titulares e suplentes);
• O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes
dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
• Será indicado de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto,
entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso, necessária a concordância do
empregador.
• A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas de eleição e de
posse e o calendário anual de reuniões ordinárias, deve ficar no estabelecimento a disposição
da fiscalização do MTE;
• O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e de posse aos membros titulares e
suplentes da CIPA, mediante recibo.

ATRIBUIÇÕES GERAIS
• Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar Mapa de Riscos;
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva;
• Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho;
• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas; e discutir as situações
de risco que foram identificadas;
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

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• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
• Participar em conjunto com o SESMT, da análise das causas das doenças e acidentes do
trabalho e propor medidas de solução;
• Promover, anualmente em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - SIPAT;
• Participar, anualmente, em conjunto com a empresa de Campanhas de Prevenção da AIDS;
• Atribuições do PRESIDENTE:
• Convocar os membros para as reuniões da CIPA;
• Coordenar as reuniões da CIPA;
• Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
• Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
• Delegar atribuições ao Vice-Presidente;

• Atribuições do VICE-PRESIDENTE:
• Executar atribuições que lhe forem delegadas;
• Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos
temporários;

• Atribuições do (a) SECRETÁRIO (A):

• Acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura


dos membros presentes;

• Atribuições do PRESIDENTE e VICE-PRESIDENTE em conjunto:


• Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus
trabalhos;
• Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que seus objetivos sejam
alcançados;
• Divulgar das decisões da CIPA aos trabalhadores;
• Constituir comissão eleitoral

FUNCIONAMENTO DA CIPA
• Reuniões ordinárias
• A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
• As reuniões da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em local
apropriado.
• As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para
todos os membros.
• As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e
Emprego.

• Reuniões extraordinárias
Deverão ser realizadas quando:
• Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas
corretivas de emergência;
• Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
• Houver solicitação expressa de uma das representações.

• Todos os membros da CIPA deverão participar da reunião;

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• O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais
de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
• No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois
dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
• No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representação
dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.
• Sequencia sugerida para reunião:
• Abertura (presidente)
• Leitura da ata anterior (secretário)
• Avaliar pendencias e suas soluções
• Determinação dos responsáveis e prazos para realização das medidas preventivas
• Discussão sobre os acidentes ocorridos no mês
• Avaliação do cumprimento das metas fixadas
• Encerramento (presidente)

NR-06 EPI - Equipamento de Proteção Individual


É todo meio ou dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física
do trabalhador. Quando não for possível eliminar o risco, ou neutralizá-lo através de medidas de
proteção coletiva, implanta-se o Equipamento de Proteção Individual - EPI.
• Obrigação do Empregador
• Fornecer gratuitamente
• Adquirir o tipo adequado à atividade
• Adquirir o EPI aprovado pelo MTE
• Exigir o uso
• Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado.

• Obrigação do Empregado
• Usá-lo para a finalidade a que se destina
• Responsabilizar-se por sua guarda e conservação
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso

Ficha de entrega dos EPI’s


• É necessário que sempre que seja fornecido um EPI ao funcionário seja registrado na ficha de
controle de entrega de EPI, a ficar de posse da empresa, para eventuais esclarecimentos que
possam ser necessários em causas trabalhistas;

EPC - Equipamento de Proteção Coletiva


São equipamentos instalados nos locais de trabalho, com objetivo de dar proteção a todos que ali
executam suas tarefas.
• Ex.: proteção das máquinas

NR-07 PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

• Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os


empregadores, do PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto
dos seus trabalhadores.
• O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à
saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da
existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.

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O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.

Os exames compreendem:
• Avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional, exame físico e mental;
• Exames complementares, realizados de acordo com o risco da atividade.
Os exames deverão ser feitos:
• Admissional: deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas atividades;
• Periódico: anualmente;
• Retorno ao trabalho: deverá ser realizada obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao
trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de
doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
• Mudança de função: será obrigatoriamente realizada antes da data da mudança;
• Demissional: será obrigatoriamente realizada até a data da homologação.

NR-09 PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA, visando à preservação


da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente
de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

O PPRA deverá incluir as seguintes etapas:


a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.

• Os membros da CIPA deverão discutir o PCMSO e PPRA em reunião;

NR-17 ERGONOMIA
O que é?
• Ergonomia é a ciência que estuda as relações entre o homem e o seu trabalho.
• Estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.

Doenças relacionadas ao trabalho


• LER (Lesões por Esforços Repetitivos)
• DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)

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• Referem-se a um conjunto de doenças que atingem principalmente os membros superiores,
atacam músculos, nervos e tendões provocando irritação e inflamação dos mesmos, geralmente
curáveis quando detectadas precocemente.

Como evitar?
• Fazer alongamento;
• Procurar os recursos médicos;
• Evitar atividades repetitivas;
• Adotar posturas corretas.

Manuseio de Materiais
● Não faça esforço de levantar cargas estando o tronco torcido. Isso pode acarretar sérias
consequências para a coluna.
● Dobrar os joelhos para levantar o peso com os músculos da perna é o requisito básico de
segurança. Se tiver pegando uma caixa, posicione-a em diagonal pegando pelos cantos opostos.
● A coluna deve ficar quase reta. Se encurvar a coluna em demasia poderá ocorrer lesões graves
na coluna vertebral.
● Levantar lentamente é outra recomendação básica de segurança. Coloque lentamente sua força
no levantamento. Levante lentamente esticando suas pernas, mantendo as costas retas e a
caixa próxima ao corpo. Se a carga for muito pesada, logo no inicio você saberá retornar a carga
para a posição original.

ACIDENTE DE TRABALHO
• É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional, resultando a morte, a perda ou a redução, permanente ou temporária
da capacidade para o trabalho.

TIPOS DE ACIDENTES
• Acidente típico
Ocorrem no desenvolvimento do trabalho na própria empresa ou a serviço desta.

• Acidente de trajeto
Acidente de ocorre no seu trajeto diário da residência para o trabalho e vice-versa.
● Desvio de rota descaracteriza o acidente de trabalho.
● CAT emitida mediante apresentação de BO.

DOENÇAS PROFISSIONAIS
• Doença Ocupacional
• Produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho por determinada atividade.
Exemplo: LER ou DORT
• Doença do Trabalho
• Adquirida ou desencadeada em função de condições especiais no ambiente de trabalho e com
ele se relacione diretamente.
Exemplo: surdez

Não são consideradas como doenças do trabalho:


• Doença degenerativa = diabetes;
• A inerente a grupo etário = reumatismo;
• A que não produza incapacidade laborativa = miopia;
• Doença endêmica = gripe A.

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CAUSAS DOS ACIDENTES
• Fator Pessoal de Insegurança
São atitudes, atos, ações ou comportamentos do trabalhador contrários as normas de segurança.
Exemplos:
- Não usar o EPI;
- Deixar materiais espalhados pelo corredor;
- Operar maquinas/ equipamentos sem habilitação;
- Utilizar ferramentas inadequadas;
- Burlar dispositivos de segurança;
- Improvisar ferramentas;
- Entre outros.

• Condição insegura
São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas instalações físicas, máquinas e
equipamentos que presentes no ambiente podem causar acidentes de trabalho.
Exemplos:
- Falta de corrimão em escadas;
- Piso irregular;
- Escadas inadequadas;
- Equipamentos mal posicionados;
- Falta de sinalização;
- Falta de proteção em partes móveis;
- Ferramentas defeituosas;
- Falta de treinamento;

CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho


De acordo com a legislação trabalhista todo acidente de trabalho deve ser registrado e investigado
pela CIPA a fim de conhecer suas causas e evitar reincidência.
Todo acidente de trabalho deve ser imediatamente comunicado a previdência social por meio
de formulário próprio denominado CAT.
Deve ser comunicado até o primeiro dia útil após o acidente.

Para que serve a CAT?


• O acidente seja legalmente reconhecido pelo INSS;
• O trabalhador receba o auxílio acidente, bem como, as indenizações que o acidente gerar;
• Os servidores de saúde e profissionais do SESMT tenham informações sobre os acidentes.
Investigação de acidentes
• Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido;
• Analisar o acidente, identificando suas causas;
• Definir as medidas preventivas, acompanhando sua execução.

RISCOS AMBIENTAIS
• São agentes presentes nos ambientes de trabalho, capazes de afetar o trabalhador a curto,
médio e longo prazo, provocando acidentes com lesões imediatas e/ou doenças ocupacionais
ou do trabalho, que se equiparam aos acidentes de trabalho.
• Uma das atribuições da CIPA, é identificar os riscos e relatar os riscos existentes nos setores
e processos de trabalho.
• Para isso é necessário que se conheça os riscos que possam existir nesses setores, solicitando
medidas para que os mesmos possam ser eliminados e/ou neutralizados.

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RISCOS FÍSICOS
São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como: ruídos, temperaturas
excessivas, vibrações, pressões anormais, radiações, etc.

Riscos físicos Consequências

Ruído Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição,


problemas do aparelho digestivo, taquicardia, perigo de infarto.

Vibrações Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do


movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos
moles.

Calor Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, prostração


térmica, choque térmico, fadiga térmica, perturbação das funções
digestivas, hipertensão etc.

Umidade Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da pele, doenças


circulatórias.

RISCOS QUÍMICOS
Considera-se risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no
organismo do trabalhador pela via respiratória, cutânea, oral.
Ex.: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos e produtos
químicos em geral.

Riscos Químicos Consequências

Poeiras Silicose, asbestose, bissinose, bagaçose, enfizema pulmonar,


potencializa nocividade.

Fumos Metálicos Intoxicação específica de acordo com o metal, febre dos


fumos metálicos, doença pulmonar obstrutiva.

Névoas, Neblinas, Irritação das vias aéreas superiores.


Gases e Vapores

RISCOS BIOLÓGICOS
Considera-se Risco Biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos. Esses
agentes são capazes de provocar danos à saúde humana, podendo causar infecções, efeitos tóxicos,
efeitos alergênicos, doenças auto-imunes e a formação de neoplasias e malformações.
Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as
culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons.

Risco Biológico Consequências

Vírus Hepatite, poliomielite, herpes, varíola, febre amarela,


raiva (hidrofobia), rubéola, aids, dengue, meningite

Bactérias/Bacilos Hanseníase, tuberculose, tétano, febre tifóide,


pneumonia, difteria, cólera, leptospirose, disenterias

Protozoários Malária, mal de chagas, toxoplasmose, disenterias

Fungos Alergias, micoses

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RISCOS ERGONÔMICOS
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada,
controle rígido de produtividade, situação de estresse, etc.

Riscos Ergonômicos Consequências

Esforço físico intenso, levantamento e De um modo geral, devendo haver


transporte manual de peso, exigência de uma análise mais detalhada, caso a caso,
postura inadequada, Controle rígido de tais riscos podem causar:
Produtividade, Imposição de ritmos Cansaço, dores musculares,
excessivos, Trabalho em turno ou noturno, fraquezas, doenças como hipertensão
Jornada prolongada de trabalho, Monotonia e arterial, úlceras, doenças nervosas,
repetitividade, Outras situações causadoras agravamento do diabetes, alterações do
de “stress” físico e/ou psíquico sono, da libido, da vida social com reflexos
na saúde e no comportamento, acidentes,
problemas na coluna vertebral, taquicardia,
cardiopatia (angina, infarto), agravamento
da asma, tensão, ansiedade, medo,
comportamentos estereotipados.

RISCOS DE ACIDENTES
Riscos de Acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador
ou afetam sua integridade física ou moral.
Ex.: arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou
defeituosas, etc.

Risco de acidentes Consequências

Arranjo físico inadequado Acidentes, desgaste físico

Máquinas e equipamentos sem proteção Acidentes graves

Ferramentas inadequadas ou Acidentes com repercussão nos membros


defeituosas superiores

Iluminação inadequada Acidentes

Eletricidade Acidentes graves, queimaduras, perda de


membros

Armazenamento inadequado Acidentes graves

Animais peçonhentos Acidentes graves

MAPA DE RISCOS
• Objetivo:
• Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação;
• Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre funcionários;

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Elaboração do Mapa de Riscos
• Conhecer o processo de trabalho no local analisado;
• Identificar os riscos existentes no local analisado;
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados;
• Elaborar o Mapa de Riscos sobre o layout da empresa, indicando através de círculos colocando
em seu interior o risco levantado (cor), agente especificado e número de trabalhadores
expostos.

MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS


• Técnica:
● EPC: Elimina/ neutraliza/ sinaliza o risco
● EPI: evita ou diminui a lesão

• Médica:
● Desenvolver o PCMSO;
● Submeter os trabalhadores a exames médicos;
● Controlar e avaliar causas de absenteísmo;
● Trabalhar em conjunto com o SESMT na investigação e analise de acidentes.

• Administrativa:
● Ações administrativas para controlar a exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais, tais
como: rodizio de atividades; pausas programadas; mudança de layout; ginastica laboral.

• Educativas:
● Programas de treinamentos, palestras e cursos destinados a informar e capacitar os trabalhadores
na execução segura de suas atividades.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
• É a parte do controle de riscos que consiste em efetuar vistorias nas áreas e meios de trabalho,
com o objetivo de descobrir e corrigir situações que comprometam a segurança dos
trabalhadores.
• Uma verificação para ser bem aproveitada precisa ser planejada, e o primeiro passo é definir o
que se pretende com a inspeção e como fazê-la.

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NOÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

• Teoria básica do fogo;

• Tetraedro do fogo;

• Classificação dos combustíveis;

• Formas de propagação do fogo;

• Classes de incêndio;

• Métodos de extinção do fogo;

• Tipos de extintores;

TEORIA DO FOGO
Fogo é uma reação química rápida e consistente, liberando energia em forma de luz e calor,
resultante da combustão de materiais combustíveis.

TETRAEDRO DO FOGO

Combustível: material consumido pelo fogo;

Comburente (oxigênio): elemento que combina com o


combustível para que o fogo ocorra;

Calor: energia necessária para iniciar o fogo;

Reação em cadeia: é o processo químico que permite a


continuidade da combustão.

COMBUSTÍVEL

É o elemento que alimenta o fogo e facilita a sua propagação:

• SÓLIDOS: madeira, papel, papelão, plásticos, tecidos, etc.

Sua principal característica é a queima em superfície e profundidade, ou seja a queima acontece


por fora e por dentro do material. Quando todo o combustível for consumido restarão resíduos
(cinzas).

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• LÍQUIDOS: gasolina, álcool, éter, acetona, etc.

A combustão só acontece em superfície. Assim se colocarmos fogo num copo contendo álcool
ou outro líquido combustível qualquer, o fogo irá consumindo o líquido, de cima para baixo, até
que o combustível se acabe. Dentro do copo não sobrará nenhum resíduo.

• GASOSOS: butano, metano, propano, etc.


O gás inflamável que se encontrar suspenso no ar, em
finíssimas gotículas, na forma de névoa, também está sujeito
a entrar em combustão ao simples contato com uma fagulha
e também de maneira explosiva.

COMBURENTE
É o elemento que ativa e dá vida ao fogo. Trata-se do oxigênio (O2) presente na atmosfera, na
proporção de 21% ao nível do mar, sendo o restante constituído por 78% de nitrogênio (N2) e 1% de
outros gases como argônio, hélio, gás carbônico, etc.

CALOR
O calor é responsável pela produção de vapores inflamáveis nos corpos combustíveis.

Maneiras com a qual se adquire calor:

 Atrito;
 Reação química;
 Energia Elétrica;
 Radioatividade.

O calor é o componente que serve para dar início ao fogo; que mantém e incentiva a propagação.
Os combustíveis em geral, precisam ser transformados em gases para queimar, e a quantidade de calor
necessário para vaporizá-los varia de corpo para corpo.

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PROPAGAÇÃO DO FOGO

CONDUÇÃO
É a transmissão de calor de molécula para molécula, dentro da mesma matéria.

Como exemplo, podemos citar uma experiência bastante simples: colocamos a ponta de uma
barra de ferro em uma chama. Depois de algum tempo a outra ponta também estará quente. O calor
foi transmitido de molécula para molécula da barra de ferro tomando conta da mesma como um todo.

CONVECÇÃO
Normalmente a convecção se faz no sentido vertical, mas, correntes de ar podem conduzir o
calor por convecção para todas as direções.
Como exemplo, podemos citar o incêndio em um edifício. Temos por exemplo, o segundo andar
pegando fogo e de repente verificamos que no quarto ou quinto andar também começa um novo foco
de incêndio.
O incêndio que começou no segundo andar super aquece o ar neste andar. O ar e os gases de incêndio
super aquecidos sobem pelo poço do elevador e aquecem materiais dois ou três andares acima. Estes
materiais são aquecidos até atingirem seu ponto ignição, entrando em combustão e gerando novos
focos de incêndio.

IRRADIAÇÃO
É a transmissão de calor por meio de ondas caloríficas que se propagam através do espaço, sem
utilizar qualquer tipo de material.
A energia é transmitida na velocidade da luz e ao encontrar um corpo as ondas são absorvidas
ou refletidas.
Como exemplo podemos citar as ondas de calor emanadas do sol, de uma fogueira, de um forno,
etc.

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CLASSES DE INCÊNDIO

Os incêndios são classificados de acordo com as características do material, levando-se em conta ainda,
as condições em que queimam, sendo divididos em quatro classes principais que veremos a seguir.

É de suma importância que, no combate ao fogo, o brigadista saiba identificar imediatamente a que
classe de incêndio pertence aquele que está à sua frente. Somente com o conhecimento do material
que está queimando, poderá descobrir o melhor método à ser utilizado para uma extinção rápida e
segura.

INCÊNDIOS CLASSE “A”

Nesta classe enquadram-se os incêndios


produzidos por materiais sólidos tais como o papel,
a madeira, tecidos, algodão, e outros.

Uma característica importante, é que estes


materiais queimam em superfície e profundidade.

Outra característica é que deixam como resíduos da queima, brasas e cinzas, necessitando para
sua extinção um agente extintor que absorva calor e tenha poder de penetração (água e seus
derivados).

INCÊNDIOS CLASSE “B”

Ocorrem em líquidos inflamáveis, graxas,


óleos e em outros líquidos voláteis e são materiais
que queimam em superfície.

Os incêndios de classe B ocorrem frequentemente em tanques abertos, derramamentos ou


vazamentos.

INCÊNDIOS CLASSE “C”

Ocorrem em equipamentos elétricos


energizados como motores elétricos,
transformadores, cabos elétricos, etc., podendo
ser extinto somente com agentes específicos, que
não conduzam corrente elétrica.

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MÉTODOS DE EXTINÇÃO

Para que o combate ao fogo seja realizado de maneira eficiente o brigadista deve conhecer também
os métodos de extinção para poder utilizá-los corretamente.

Temos três métodos de extinção:

• RESFRIAMENTO que é quando se retira o calor


• ABAFAMENTO que é quando se retira o comburente (oxigênio)
• ISOLAMENTO que é quando se retira o combustível

RESFRIAMENTO

Remoção do calor da reação, sendo a forma mais comum,


através da absorção do calor pela água.

ABAFAMENTO
A grande maioria dos combustíveis só queima na presença do oxigênio (comburente) portanto
se conseguirmos retirá-lo o fogo será extinto.

• Impede que o combustível tenha contato com o comburente.


Ao tampar uma panela em chamas, abafa-se o fogo, retirando o
oxigênio.

ISOLAMENTO
A retirada do combustível diminui muito a grandeza que
tomaria o incêndio, pois estaria diminuindo as possibilidades de
propagação do fogo por contato ou condução.

Muitas vezes a retirada do combustível é perigosa e difícil,


mas há exceções.

O combustível poderá ser retirado isolando-o, bloqueando seu


suprimento, transferindo-o, etc., sempre que houver condições de segurança para a equipe que está
realizando o trabalho.

AGENTES EXTINTORES

São certas substâncias químicas, líquidas ou gasosas, que são utilizadas para extinção de um
incêndio, dispostas em aparelhos portáteis de utilização imediata (extintores), conjuntos hidráulicos
(hidrantes) e dispositivos especiais (sprinklers ou baterias fixas de CO2).

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ÁGUA

É o mais comum agente extintor utilizado no combate ao fogo,


sendo também o mais barato e o mais fácil de encontrar na maioria dos
casos. Utilizado principalmente nos incêndios de classe A.

GÁS CARBÔNICO

Trata-se de um gás e age por abafamento. Possui também a ação


de resfriamento. Mais eficiente em incêndios de equipamentos elétricos
energizados.

São armazenados em cilindros de aço e quando liberado da


compressão, se vaporiza e sua rápida expansão abaixa violentamente a
temperatura que pode chegar a menos 78o C, sendo que parte do gás se
solidifica em pequenas partículas formando uma neve carbônica conhecida
como “gelo seco”.

PÓ QUÍMICO SECO – PQS

O Pó químico comum é fabricado com 95% de bicarbonato de sódio,


micropulverizado e 5% de estearato de potássio, de magnésio e outros, para
melhorar sua fluidez e torná-lo repelente à umidade e ao empedramento.

Age por abafamento e é o agente mais eficiente para incêndios classe


B. Podem ser utilizados naqueles ocorridos em equipamentos elétricos
energizados (fogo de Classe C), pois são maus condutores de eletricidade.
Contudo, deve-se evitá-lo em equipamentos eletrônicos pois pode danifica-los.

18
EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIOS

EXTINTORES

Todos os estabelecimentos deverão ser dotados de extintores de incêndio portáteis a fim de


combater as chamas em seu início, devendo serem apropriados à classe do fogo a extinguir.
Os extintores deverão ser inspecionados pelo menos uma vez por mês, examinando-se o seu
aspecto externo, os lacres e os manômetros quando o extintor for do tipo pressurizado.
Devem, os extintores, possuir uma etiqueta de identificação presa em seu bojo, constando data
da carga, data para recarga, e número de identificação, devendo esta ser convenientemente protegida
a fim de que estes dados não sejam danificados.
Os extintores de água pressurizada e pó químico seco possuem manômetros que indicam as
condições de pressão de trabalho, sendo normalmente compostos de três cores:

• VERMELHO PARA A ESQUEDA: o extintor está sem pressurização ou


descarregado;

• VERMELHO PARA A DIREIRA: o extintor está com pressão elevada;

• VERDE: o extintor está em condições normais de operacionalidade

Os extintores deverão estar localizados em locais onde haja menos probabilidades do fogo
bloquear o seu acesso.

Devem possuir sinalização aérea e de solo, imediatamente abaixo do extintor, a qual não poderá
ser obstruída de forma alguma, devendo esta área ter no mínimo 1m x 1m, não podendo os mesmos
terem a sua parte superior a mais de 1,60 m acima do piso.

Manuseio e operação:

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HIDRANTES

O sistema de proteção por hidrantes é composto pelo conjunto


de canalizações, abastecimento de água, válvulas ou registros,
colunas ou tomadas d’água, mangueiras de incêndio, esguichos,
chaves de mangueiras e meios de aviso e alarme.

Manuseio e operação:

SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio,
alertando para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco,
que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para
abandono seguro da edificação em caso de incêndio.

20
COMO EVITAR UM INCÊNDIO
O primeiro passo para se prevenir um incêndio, é prevenir que surja o fogo.
As substâncias que tem a propriedade de pegar fogo e queimar são chamadas de combustíveis. Existem
3 tipos de combustíveis: sólidos, líquidos e gasosos.
Além dos combustíveis, para que haja fogo, também é necessária uma fonte de calor, que em
alguns casos, até o calor do sol é suficiente para combustão.
Todo fogo é alimentado pelo oxigênio, portanto completando o triângulo do fogo, existe o
comburente.
Eliminando-se qualquer um desses elementos, não haverá fogo.

DICAS DE PREVENÇÃO
• Faça a revisão de painéis elétricos periodicamente. Atendendo a NR10;
• Não sobrecarregue o sistema elétrico;
• Permaneça na cozinha enquanto houver chama no fogão;
• Não permita que crianças brinquem com fósforos ou isqueiros;
• Instale o botijão de gás no lado externo;
• Não fume enquanto estiver na cama;

RECOMENDAÇÕES GERIAS
• Manter a calma;
• Caminhar em ordem sem atropelos;
• Não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gás;
• Deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal de socorro médico;
• Nunca voltar para apanhar objetos. Ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-
las;
• Nunca utilizar o elevador;
• Não subir, procurar sempre descer;
• Utilizar as escadas de emergência, descer sempre utilizando o lado direito da escada.
• Nunca retirar as roupas, procurar molhá-las a fim de proteger a pele da temperatura elevada;
• Se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo, roupas,
sapatos e cabelo. Proteger a respiração com um lenço molhado junto à boca e o nariz, manter-
se sempre o mais próximo do chão, já que é o local com menor concentração de fumaça;
• Sempre que precisar abrir uma porta, verificar se ela não está quente, e mesmo assim só abrir
vagarosamente;
• Se ficar preso em algum ambiente, procurar inundar o local com água, sempre se mantendo
molhado;
• Não saltar, mesmo que esteja com queimaduras ou intoxicações.

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MEIO AMBIENTE

É um conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, e incluem toda
a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem
ocorrer em seus limites. Meio ambiente também compreende recursos e fenômenos físicos como ar,
água e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo.

Resíduos sólidos
Resíduos sólidos constituem aquilo que genericamente se chama lixo:
materiais sólidos considerados sem utilidade, supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade humana,
e que devem ser descartados ou eliminados.
Dentro de diversos problemas ambientais, a questão do lixo é uma das mais importantes e
depende de cada uma de nós!

Separação de Resíduos

É importante que sejam separados pelo menos os orgânicos dos recicláveis...


Isso facilita o trabalho das cooperativas, e aumenta a quantidade de materiais reciclados!

3R’s

Os três R's são um conceito muito importante, tanto para termos em mente quanto para
exercitarmos. Eles não estão nesta ordem à toa. A ideia é reduzir ao máximo a produção de lixo para
evitar, além da degradação do ambiente pela extração dos materiais, evitar a degradação também
pelo depósito do lixo gerado. Para isto devemos atacar as duas pontas da cadeia, a produção (envolve
comprar menos e melhor) e a destinação (envolve transformar o lixo em novas coisas). Reduzir,
Reutilizar e Reciclar, apesar de ainda hoje serem atitudes voluntárias de algumas pessoas, já dão
mostras de serem as atitudes inevitáveis a se seguir no futuro. A escassez de material para se produzir,
a poluição do ar e da água, a falta de energia e outros fatores nos estão levando a um caminho que a
muito já havíamos esquecido, o de que tudo um dia acaba, por maior que seja sua quantidade.

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Reduzir:
Reduzir significa avaliar tudo que consumimos atualmente, avaliar o que é importante e o que é
absolutamente supérfluo e procurar reduzir estes últimos.

Reutilizar:
Lembra daqueles copos de requeijão que acabavam fazendo parte dos utensílios domésticos? Este é
um exemplo clássico da reutilização. Reutilizar significa dar um novo uso para as coisas, evitando que
estas virem lixo.

Reciclar:
Finalmente chegamos ao último dos R's, mas nem por isto o menos importante. Reciclar é a solução
para aquilo que não pode ser reutilizado e mesmo dependendo do tipo de material a reciclarem ainda
não é a solução.

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA


Ambiental:
✔ Diminuir a exploração de recursos naturais renováveis e não renováveis;
✔ Evitar a poluição do solo, da água e do ar;
✔ Melhorar a limpeza da cidade;
✔ Possibilitar o reaproveitamento de materiais que iriam para aterro sanitário;
✔ Prolongar a vida útil dos aterros sanitários;
✔ Diminuir o desperdício.
Econômico:
✔ Gerar renda pela comercialização de recicláveis;
✔ Diminuir os gastos com a limpeza urbana;
✔ Prolongar a vida útil dos aterros sanitários;
Social:
✔ Criar oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;
✔ Gerar empregos para a população;
✔ Incentivar o fortalecimento de associações cooperativas.

TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO

MATERIAL TEMPO
Papel 3 a 6 meses
Pano 6 meses a 1 ano
Nylon Mais de 30 anos
Plástico Mais de 100 anos
Metal Mais de 100 anos
Madeira pintada 13 anos
Filtro de cigarro 5 anos
Chicletes 5 anos
Vidro 1 milhão de anos
Borracha Tempo indeterminado

23
24
PRIMEIROS SOCORROS

Primeiros Socorros é o atendimento imediato e provisório prestado à vítima. Em cada minuto que
se abrevia o início do socorro, vidas serão salvas, sequelas reduzidas e o custo final do atendimento
hospitalar e do tratamento do paciente serão menores. A vida do acidentado depende do modo e da
rapidez com que tais atendimentos são dados.

AVALIAÇÃO DA CENA
Antes de iniciar qualquer atendimento de primeiros socorros, o agente de socorro deve avaliar
criteriosamente o local do acidente.

O Principal objetivo da avaliação da cena do acidente é determinar condições de segurança no local


pois a segurança da cena de atendimento previne que outros acidentes aconteçam e envolvam a vítima
novamente, as demais pessoas presentes no local ou inclusive o agente que presta o socorro.

SIGA OS SEGUINTES PASSOS:


 Segurança própria;
 Segurança da equipe e demais pessoas presentes;
 Acionar outros serviços se necessário: Bombeiros, Polícia, Companhia de Energia, etc.

ATENDIMENTO INICIAL

TÉCNICAS DE PRIMEIROS SOCORROS:


1° Segurança do local e sua segurança;

2° Cinemática do trauma; (verificar o que houve)

*Acionar serviços de apoio

Clínico SAMU 192

Trauma SIATE 193.

Identificar-se para a vítima.

3° Aplicar o A B C D do trauma.

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AVALIAÇÃO PRIMARIA:
A = Vias aéreas e controle cervical;

B = Respiração;

C = Circulação e Controle de grandes Hemorragias;

D = Estado neurológico;

O passo “E” corresponde à avaliação secundária que só deve ser realizada após completar todos os
passos da avaliação primária e as condições da vítima permitirem.

A avaliação secundária consiste na observação geral do corpo da vítima a fim de encontrar lesões que
passaram despercebidas na avaliação inicial.

REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR – RCP

É o conjunto de procedimentos utilizados na tentativa de restabelecer a circulação sanguínea e


ventilação pulmonar.

São sinais de parada cardiopulmonar:

 Inconsciência (ausência de responsividade);


 Ausência de pulso;
 Ausência de movimentos respiratórios.

Siga os seguintes passos:

• Chame por ajuda (acionar o serviço médico especializado 192


ou 193);
• Inicie as compressões no tórax da vítima (comprima rápido e
forte):
• Colocar as duas mãos sobrepostas e com os dedos
entrelaçados na metade inferior do esterno da vítima;
• Fazer a seguir uma pressão com bastante vigor;
• Realizar de 100 à 120 compressões por minuto.
• Mantenha a RCP até a chegada do serviço de emergência.

DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS


A asfixia é uma causa comum de morte após engasgo com alimentos Provoca uma súbita queda
de oxigenação podendo levar a morte em poucos minutos se não solucionada rapidamente.

As principais causas de obstrução das vias aéreas são:

 Queda de língua (vítimas inconscientes);


 Regurgitação do conteúdo do estômago (vômitos);
 Corpos estranhos (peças de brinquedos, balas, chicletes);
 Alimentos (carne, miolo de pão, bolacha).
 Sangramento nas vias aéreas.

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Reconhecendo a obstrução:

Manobra de Heimlich

O agente deve ficar atrás da vítima, colocando-lhe os braços em volta da cintura;

• Fechar uma mão e colocar o lado do polegar contra o abdome da vítima, pouco acima do
umbigo;
• Envolver a mão fechada com a outra mão e pressionar o abdome da vítima com um golpe
rápido para cima;
• Repetir os golpes (até 4 tentativas) e continuar até que o objeto seja expelido das vias
aéreas ou o paciente fique inconsciente;
• Cada golpe deve ter movimento separado e distinto;

FERIMENTOS E HEMORRAGIAS

Ferimento é toda e qualquer lesão da pele ou outro tecido produzida por traumatismo.

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HEMORRAGIA
É o extravasamento de sangue através de ruptura da parede do vaso sanguíneo que se não for
controlada imediatamente pode causar a morte num espaço curto de tempo.

É classificada em:

 Externa: O sangue extravasa para fora do corpo através de um orifício ou ferimento.


 Interna: Quando o sangue fica retido dentro de uma cavidade do corpo, sendo percebida por sinais
como queda de pressão, sudorese, palidez, enchimento capilar acide de 2 segundos.

TÉCNICAS DE CONTROLE DE HEMORRAGIAS


Nas hemorragias de pequena intensidade em braços e pernas:

 Eleva-se o membro ferido, fazendo compressão com gaze ou pano limpo.

Nas hemorragias abundantes:

 O procedimento deve ser rápido e seguro, iniciando por cortar ou rasgar


rapidamente as roupas para que o ferimento fique bem exposto;
 Em seguida com gaze ou mesmo uma toalha fazer compressão sobre a ferida;
 1º Pressão direta no local lesionado;
 2º Elevação da área;
 3º Aplicação de gelo;
 4º Pressão digital;

QUEIMADURAS
É qualquer lesão causada pela ação do calor, frio, eletricidade ou substância química sobre o
organismo.

Queimadura de 1° grau
Queimadura superficial. Envolve somente a camada de cima da pele. Causa pele avermelhada, com
edema e dor intensa.

 Como socorrer:
• Resfriar o local com água corrente

Queimadura de 2°grau
Causa bolhas sobre uma pele vermelha, manchada ou de coloração variável, edema, exsudação e dor.

 Como socorrer:
• Esfriar o local com água corrente;
• Nunca romper as bolhas;
• Nunca utilizar produtos caseiros, como: pó de café, pasta de dente, etc.

28
Queimadura de 3°grau
Neste tipo de queimadura, a pele fica esbranquiçada ou carbonizada, quase sempre com
pouca ou nenhuma dor (aqui se incluem todas as queimaduras elétricas). Se estende por todas as
camadas da pele.

 Como socorrer:
• Assistência médica é essencial;

DESMAIOS
É a perda de consciência de curta duração com recuperação espontânea.

CARACTERÍSTICAS
São causados por diversos motivos, tais como:

 Cansaço;
 Excesso de sol;
 Stress;
 Nervosismo;
 Angústia;
 Emoções fortes;
 Intercorrência de doenças.

ATENDIMENTO

 Manter a vítima deitada com membros inferiores elevados;


 Não dar nada para beber ou comer;
 Levar para um local ventilado;
 Encaminhar para avaliação médica.

29
HIV/ AIDS

O que é HIV/ AIDS?


HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana.
AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
O HIV é o vírus causador da AIDS, ataca o sistema imunológico (responsável por defender o
organismo de doenças) destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4). A falta desses linfócitos
diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por
microorganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema
imune normal.
Esse vírus está presente no:
- Sangue
- Sêmen/ esperma
- Secreção vaginal
- Leite materno

TRANSMISSÃO
• Sexo sem camisinha. Pode ser vaginal, anal ou oral;
• De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação;
• Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa;
• Transfusão de sangue contaminado com o HIV;
• Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

1º Fase
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser
atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da
exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6
semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os
primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a
maioria dos casos passa despercebido.

2º Fase
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas
mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois
os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é
chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até
serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase
sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema
imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis,
esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores
noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por
se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a
aids. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode
sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.

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A pessoa pode ter o vírus e não desenvolver a AIDS?
Sim. A doença assintomática é o período entre a infecção e o aparecimento de sinais e sintomas
relacionados à AIDS. Este período poderá variar de pessoa para pessoa; poderá ser em média de seis
meses a 10 anos, pois o sistema imunológico pode ficar preservado e com contagens normais de
linfócitos.

PREVENÇÃO
o Usar preservativo;
o Não compartilhar seringas ou objetos perfurocortantes;
o Acompanhamento durante a gravidez;

INFECÇÃO
Como saber se estou infectado?
o Fazer o teste de sangue.
o São realizados gratuitamente nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em outras
unidades das redes pública de saúde, incluindo um grande número de maternidades.
o Ligue para o Disque Saúde (136) e veja o melhor local para fazer o teste.
o Quando o exame apresenta resultado positivo, significa que a pessoa está infectada pelo vírus
e pode transmitir.
o Procurar imediatamente orientações médicas, para verificar necessidade do início do tratamento
(coquetel) com medicamentos específicos.
o Fazer análise periódica para evitar o aparecimento de manifestações oportunistas (infecções ou
tumores).

TRATAMENTO
o A AIDS ainda não tem cura, mas tem tratamento.
o Os medicamentos antirretrovirais são importantes para evitar o avanço da doença protegendo
o portador de problemas mais graves.
o Tomando corretamente os remédios o paciente pode melhorar sua qualidade de vida.
o O Brasil distribui 22 medicamentos antirretrovirais na rede pública de saúde. Esses
medicamentos retardam o aparecimento da Aids e possibilitam maior qualidade de vida ao
portador do vírus. Os antirretrovirais agem na redução da carga viral e na reconstituição do
sistema imunológico.

31
Quanto tempo o HIV pode sobreviver fora do organismo humano?
• O vírus da aids é bastante sensível ao meio externo. Estima-se que ele possa viver em torno de
uma hora fora do organismo humano.
• Graças a uma variedade de agentes físicos (calor, por exemplo) e químicos (água sanitária,
álcool, água oxigenada) pode tornar-se inativo rapidamente.

AIDS no Brasil
• Em 2015, 81 mil pessoas começaram a tomar os antirretrovirais, um aumento de 13% em
relação a 2014.
• De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou
97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso significa que, em seis anos, o país
praticamente dobrou o número de brasileiros que estão infectados.

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GEVO ESTRUTURAS EM AÇO

TELEFONES ÚTEIS
CORPO DE BOMBEIROS/ SIATE 193

SAMU 192

IBAMA 152 IAP (41) 3213-3700

DEFESA CIVIL 199


POLICIA MILITAR

Hospital do Trabalhador (41) 3212-5700

Hospital Cajuru (41) 3271-3000

Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (41) 3240-5000

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