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Meios de Prova Digital
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Meios de Prova Digital
Artigo 25.º do RCE (Dec.‐Lei n.º 7/2004, de 07.01)
É livre a celebração de contratos por via
electrónica, sem que a validade ou eficácia destes
seja prejudicada pela utilização deste meio”.
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Excepção ao Princípio
Existem matérias que pela natureza do seu objecto ou do fim dos contratos, a lei
exclui a sua possibilidade de celebração através da Internet dos seguintes negócios
jurídicos:
b) Que exijam a intervenção de tribunais, entes públicos ou outros entes que exerçam
poderes públicos, nomeadamente quando aquela intervenção condicione a produção
de efeitos em relação a terceiros e ainda os negócios legalmente sujeitos a
reconhecimento ou autenticação notariais.
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Regra geral
Requisito ad probationem
O art.º 26.º, n.º 1 do RCE preceitua, ainda, que “as declarações emitidas por via electrónica satisfazem a
exigência legal de forma escrita quando contidas em suporte que ofereça as mesmas garantias de
fidedignidade, inteligibilidade e conservação”.
Não é, assim, necessário que o contrato electrónico seja reduzido a escrito, bastando que possa ser
reproduzido, quer seja em termos meramente informáticos (passível de visualização através do monitor) ou
em termos físicos (exteriorizados para um suporte físico, v.g., por print screen)
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Valor probatório
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Especiais cuidados
Todavia, a intercepção e a gravação das comunicações via e‐mail entre o arguido e o seu defensor só é possível
se o juiz tiver razões fundadas para crer que constituem objecto ou elemento do crime.
Essas comunicações por correio electrónico devem ser gravadas e levadas imediatamente ao conhecimento do
Juiz, acompanhadas de auto de intercepção e gravação. Por motivos de urgência, o órgão de polícia criminal que
proceda à investigação pode tomar conhecimento do conteúdo da comunicação interceptada a fim de praticar
os actos cautelares necessários para assegurar os meios de prova (art.º 188.º, n.º 2 do CPP).
O conteúdo das gravações só será transcrito e junto ao processo se o Juiz considerar os elementos recolhidos ou
algum deles relevantes para a prova. Caso os não considere relevantes serão destruídos e os participantes nas
operações que tiverem tomado conhecimento deles ficam sujeitos pelo dever de segredo. A transcrição deverá
ser feita no mais breve período temporal possível e verificada pela entidade que presidiu ao acto. A transcrição
poderá ser examinada pelo arguido, pelo assistente e pelas pessoas cujas mensagens de correio electrónico
tenham sido interceptadas e gravadas, às quais assiste o direito de pedir cópia (art.º 101.º, n.os 2 e 3, art.º
188.º, n.os 2 e 3 do CPP).
Cumpre consignar que as provas que tenham sido obtidas por métodos proibidos, ou seja, não seguindo a
forma e processo referidas supra, não podem ser utilizadas como meio de prova. Além disso, a nulidade
resultante de proibição de prova pode ser, a todo o tempo, conhecida oficiosamente pelo Juiz.
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Valor Probatório
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