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Dialnet OColapsoTeoricoDoPopulismo 5860344 PDF
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Abstract: This work aims to investigate the theoretical construction of the concept of
populism and the negative connotation of the term. For that, it was emphasized: the influence
of the state tradition in the intellectuals of the twentieth century's first half; the relationship
between democracy and corporatism; and the silencing of labor tradition performed between
the 1960s and 1980s.
Keywords: populism - labor tradition - state tradition - corporatism.
populismo?
Para responder a essa pergunta, pretendo desenvolver uma discussão sobre os
produtores deste discurso, chamados genericamente de teóricos do populismo, a partir de três
pontos que, ao meu ver, são essenciais para a compreensão da construção do conceito de
populismo: a influência de uma “matriz estatista” sobre os teóricos do populismo; a relação
entre corporativismo e democracia; a produção do “silêncio” em torno da tradição trabalhista.
Esses e outros pontos serão debatidos neste artigo que tem como principal objetivo colaborar
com o debate em torno da teoria do populista, as suas problemáticas e os possíveis caminhos.
Populismo e neopopulismo
O populismo latino-americano tem sido bastante estudado a partir da década de
1950 especialmente por sociólogos e cientistas políticos. É um tema controverso, complexo,
que recebeu várias interpretações e suscitou muitas polêmicas. De início, convém lembrar que
há inúmeros fenômenos históricos, muito diversos no tempo e no espaço, denominados
populistas. Assim, movimentos sociais e políticos ocorridos na África, Ásia, Rússia e Estados
Unidos receberam essa avaliação. Também na América Latina, a categoria populismo foi
utilizada para as mais diversas situações históricas. Já foram considerados populistas os
governos de Getúlio Vargas, João Goulart e Jânio Quadros no Brasil, o de Juan Domingo
Perón na Argentina, o de Lázaro Cárdenas no México, o aprismo no Peru e outros.
Na década de 1950, os sociólogos argentinos Gino Germani e Torcuato de
Tella pretenderam dar conta da explicação do fenômeno. Para isso, construíram modelos que
partiam do pressuposto de que o populismo ocorria numa situação de “transição” entre a
sociedade tradicional, agrária, pré-capitalista, atrasada para uma sociedade moderna,
capitalista, urbana e industrial. As raízes do populismo estariam, então, no descompasso entre
os processos de transição de uma sociedade para outra. Na Europa, a passagem de uma
democracia com participação limitada para uma democracia com participação ampliada se fez
sem rupturas do ponto de vista político, ocorrendo uma integração através de canais políticos
legalizados pelo sistema vigente. Na América Latina, ao contrário, a mobilização prematura
das massas, gerando pressões sobre o aparelho político, não encontrou amadurecidos os
canais de participação política exigidos. Assim a integração da população não ocorreu como
no modelo europeu, surgindo a possibilidade da manipulação das massas por intermédio das
elites dominantes.
Esses modelos genéricos usados para efetuar a compreensão da sociedade
latino-americana tiveram grandes influências para as primeiras formulações sobre o
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aspectos dos interesses das classes populares. Ele, inclusive, sugeriu, de forma inovadora, a
idéia de aliança entre as massas urbanas e alguns grupos representados pelo Estado. No
entanto, por mais ambígua que possa ser a categoria manipulação, havia a noção, no dizer de
Ângela de Castro Gomes, que na relação entre o Estado e a classe trabalhadora “um dos
termos é concebido como forte e ativo e o outro é fraco e passivo, não possuindo capacidade
de impulsão própria por não está organizado como classe”.10
Esta noção de Estado onipresente perpassou toda a trajetória do populismo
como categoria analítica para o entendimento da sociedade brasileira. No entanto, qual é a
origem desta matriz estatista sobre os teóricos do populismo?
Podemos identificá-la no início deste século, em um conjunto de obras no qual
se destacavam as de Alberto Torres, Oliveira Vianna, Azevedo Amaral e Francisco Campos.11
Correndo o risco de simplificação, podemos dizer que esta matriz teórica interpretava a
experiência política da República Velha como um grande divórcio entre nossa realidade física
e cultural e o modelo político de Estado. O liberalismo só via valores quantitativos do mundo
e pretendia construir o progresso sem pensar no homem em sua dimensão subjetiva e
espiritual; não estava atento para as especificidades nacionais, não oferecendo ao homem
brasileiro uma direção própria, um objetivo de luta pela construção nacional. Havia dois
mundos distintos, o do homem e o da natureza, e a política era algo distante de tudo e de
todos.12
Com a Revolução de 1930 e a instauração do Estado Novo, estes mesmos
autores, que antes criticavam o modelo político-institucional da República Velha, passaram a
justificar o regime vigente através de obras pessoais ou por intermédio de publicações
patrocinadas pelo governo, como as revistas Cultura Política e Ciência Política. Para esses
teóricos, o Estado instaurado em 1930 e reafirmado em 1937 tinha o objetivo de libertar o
homem brasileiro de sua tragédia liberal, reconhecendo a prioridade da questão social, da
situação de pobreza em que vivia o povo brasileiro. Para solucionar esses problemas, era
necessário um Estado forte que desse atenção e interviesse nas questões políticas e sociais em
nome do bem público. Portanto, era necessária a constituição de Estado totalmente oposta à
concepção do Estado liberal neutro em face dos interesses em choque no mercado. O novo
Estado brasileiro – intervencionista, antiliberal e promotor da justiça social – seria o
coordenador da distribuição da riqueza nacional. O povo brasileiro não era visto como
passivo, mas também não era visto como independente do Estado. O Homem Novo somente
adquiriria sua plena cidadania a partir da valorização do seu trabalho e de sua plena
participação na comunidade maior, o Estado Nacional. Nesse sentido, o preguiçoso, o
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malandro e o subversivo eram vistos como ameaças que deveriam ser combatidas. Portanto,
esses autores utilizaram, construíram e defenderam uma ideologia “estatista” como o único
caminho para a realização da nação e do cidadão.13
Após 1945, a matriz estatista se manteve, mas sob outra visão. Uma obra da
década de 1950 que mostra a permanência desta matriz é Os donos do poder de Raymundo
Faoro.14 Nela, o autor defendeu a tese de que um regime patrimonialista desenvolvido por
Portugal foi trazido para o Brasil e vinha se adaptando eficazmente a todas as novas situações,
demonstrando, com isso, uma perturbadora capacidade de se perpetuar, mesmo em condições
de capitalismo ou socialismo. O patrimonialismo tinha como conseqüência a criação de
condições nas quais a mobilização das massas populares se tornava muito problemática: ou o
povo era enredado na burocracia ou era posto sob a liderança de tipo paternalista que não lhe
permitia organizar-se por sua conta. A partir das conceituações de Max Weber sobre Estado e
burocracia, Faoro procurava pensar na marca específica da herança ibérica sobre a
organização política brasileira fazendo um histórico da politização do aparato administrativo
no Brasil e da cristalização do que ele definiu como um “estamento burocrático”:
“burocrático” porque monopolizava as técnicas da administração da coisa pública e
“estamento” porque consistia em grupo social particular, com suas regras próprias de
recrutamento, seus dispositivos específicos de exclusão, sua peculiar concepção do mundo.
Nessas circunstâncias, o exercício do poder se combinava com o particularismo de uma
camada social, com conseqüente enrijecimento do Estado e asfixia da sociedade. Dentro dessa
perspectiva, Faoro chegava à conclusão de que, no Brasil, o Estado refazia, de tempos a
tempos, o pacto do patronato político que o utilizava como coisa sua e não como coisa
pública, manipulando as camadas populares. Após a Revolução de 1930, o pacto de poder
existente entre as oligarquias agrárias da República Velha, que considerava a “questão social”
como um simples “caso de polícia”, foi parcialmente desarticulado. No entanto, o conteúdo
do Estado continuou a moldar a fisionomia do chefe de governo, gerado e limitado pelo
quadro que o cercava. Para Faoro, desenhava-se um sistema onde o chefe, como símbolo ou
como realidade, tutelava os interesses particulares, concedia benefícios e incentivos, distribuía
mercês e cargos e fazia justiça sem atenção às normas objetivas e impessoais. No soberano
concentrava-se todas as esperanças, de pobres e ricos, porque o Estado refletia o pólo
condutor da sociedade. Essa era a política de D. João, de D. Pedro, de Getúlio Vargas.
Portanto, para o autor, o Estado brasileiro se caracterizava pelo seu caráter não democrático,
sem acesso real para a sociedade civil.
A matriz estatista também é verificada entre os teóricos do populismo aqui
7
analisados. Weffort percebeu que nenhum dos principais protagonistas da trajetória do regime
democrático entre 1945 e 1964 deixou de atuar através da exaltação política do Estado. Uns
mais, outros menos, todos foram rigorosamente estatistas quanto aos aspectos políticos das
relações entre Estado e sociedade. Mesmo os políticos mais sinceros e comprometidos com a
democracia e com as classes populares, todos cultivavam uma tradição que se achava
convencida da utilidade do Estado como instrumento de democratização da economia e da
sociedade. Exercitavam, em essência, uma concepção instrumental de democracia, onde esta
servia apenas como veículo para a conquista do poder no Estado, para implantar, a partir daí,
seus projetos. Esta visão também é compartilhada por Chauí, acrescentando, a exemplo de
Faoro, um tom excessivamente pessimista: um fatalismo que responsabiliza a tradição ibérica,
o patrimonialismo ou a matriz teológico-política como a razão da existência entre nós de um
Estado soberano e um povo vitimizado.15
Ao fazer a comparação entre diversos autores, pretendeu-se mostrar que as
origens da dicotomia entre Estado poderoso e povo vitimizado não são novas e têm suas
raízes nos pensadores autoritários do início do século. Esses autores viam a maior
interferência do Estado na sociedade como uma solução para os problemas nacionais; como o
“caminho” para o Brasil se tornar uma potência desenvolvida e como um meio dos brasileiros
adquirirem a sua plena cidadania. Contudo, após o Estado Novo, essa herança passou por uma
inversão de valores: manteve-se a visão estatista, não mais como a solução da sociedade
brasileira, mas como a causa de seus problemas. Eles viam no Estado um possível obstáculo
para a execução de seus projetos político-sociais: o empecilho para o desenvolvimento pleno
de uma democracia liberal ou para que as classes trabalhadoras tomassem consciência de si
mesmas e caminhassem para a revolução. Pode-se verificar, nos autores pós-1945, um
conflito entre uma desejada transformação social e uma sociedade civil frágil atrelada à
burocracia do Estado e incapaz de realizar as transformações almejadas. Assim, buscou-se a
explicação para a “apatia” da sociedade brasileira de duas maneiras: ou enfatizando a
persistência das tradições culturais ibéricas, ou enfatizando a fragilidade das classes
populares, facilmente manipuláveis por qualquer líder carismático.
Corporativismo e democracia
Um argumento fundamental a ser ressaltado pelos teóricos do populismo
quanto ao caráter não democrático do período 1945-1964 é a distinção que fazem entre
democracia e corporativismo. Para eles, a democracia somente seria plena se a sociedade
adotasse o modelo pluralista de representação e, se optasse pelo modelo corporativista, seria
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rotulado de fascista. O pluralismo seria uma forma de articulação entre Estado e sociedade
que se caracteriza pela competição de múltiplos interesses organizados, os quais alcançam
expressão na arena política principalmente através das eleições partidárias, logrando a
possibilidade de integração na agenda pública. Em contraste, o corporativismo, associado ao
fascismo, seria caracterizado pelo atrelamento do sindicato ao Estado, retirando-lhe a
autonomia política, tão defendida pelo anarcossindicalismo. Seria a própria negação de luta de
classes e a tentativa de estabelecer uma política colaboracionista. Dessa forma, estava vedado
o acesso político para os operários, a não ser que se definissem pelo apoio ao governo e a
classe dominante. Por outro lado, criava-se o mito de um estado protetor, doador das leis
sociais.
É este o raciocínio que está por trás da interpretação da fragilidade e
instabilidade do regime democrático no Brasil entre 1945 e 1964, como conseqüência da
incapacidade de cada um desses sistemas de canalizar a participação política. Portanto, o
esgotamento do populismo em 1964 deveu-se a inviabilidade de um arranjo que, ao procurar
compatibilizar as ordens autoritárias e liberais, gerou um equilíbrio instável, incapaz de
suportar as pressões por participação política pela via eleitoral ou incorporação pela via da
cooptação corporativa.
No entanto, como diz Daniel Aarão Reis Filho, esta é uma falsa questão: “há
movimentos operários autônomos em sociedades não democráticas (o caso russo antes de
1917 pode ser um exemplo entre muitos) e há democracias sem movimentos operários
autônomos (o caso brasileiro antes de 1965)”.16 Se observarmos a Europa do pós-1945,
veremos que o neocorporativismo representou a resolução do conflito classista, incentivado
precisamente pela força dos partidos social-democratas, com base num acordo coletivo. Essa
solução institucional, em que convivem partidos fortes e interesses organizados
corporativamente, teria viabilizado tanto a consolidação da democracia quanto uma estratégia
de crescimento econômico. Já no caso do Brasil, como admite Ângela Araújo, o projeto
corporativista não operou com a lógica da exclusão dos trabalhadores, já que a produção de
consentimento exigia o atendimento das necessidades e interesses da classe operária,
reconhecendo seus direitos sociais e políticos.17 Portanto, em ambos os casos, na Europa e no
Brasil, o corporativismo não se opôs à democracia.
Populismo e trabalhismo
Um outro ponto que merece ser ressaltado ao estudarmos os teóricos do
populismo se refere ao ocultamento da memória de uma forte cultura política entre os
9
autora, as origens do projeto trabalhista podem ser encontradas durante o Estado Novo,
especificamente após 1942, quando ocorreu uma significativa reorientação política
externamente e internamente. Externamente, com os rumos da política internacional da
Segunda Guerra, agora a favor das forças identificadas com o liberalismo e a democracia. E,
internamente, com a busca de uma mudança para um regime liberal democrático que, então,
se mostrava como inevitável, sem perdas políticas para os grupos que estavam no poder.
Buscava-se um projeto de continuidade política em uma ordem democrática. A principal
questão colocada no momento era como efetuar a mudança para uma ordem democrática sem
perder os ganhos políticos efetuados entre a classe trabalhadora desde 1930. Era necessária a
construção de uma ideologia trabalhista. Para isso, várias agências do Estado foram
acionadas, como o Ministério do Trabalho e os mais modernos meios de comunicação de
massa (rádios, jornais, discos etc.). Também foi necessário efetuar um diálogo direto com os
trabalhadores, onde os valores simbólicos dos trabalhadores da República Velha foram
redimensionados em um outro contexto. Foram enfatizados o valor fundamental do trabalho e
a dignidade do trabalhador. A cidadania era efetuada no gozo dos direitos sociais do trabalho.
Foi dentro deste contexto que se construiu o sindicato corporativista – não simplesmente
como uma proposta repressiva ou como um cálculo utilitário por interesses materiais, mas
com o objetivo de mobilizar os trabalhadores, preparar lideranças e seguidores – e o Partido
Trabalhista Brasileiro – voltado especificamente para articular politicamente os trabalhadores
organizados pela nova máquina sindical. Portanto, era sancionado um pacto entre o Estado e
os trabalhadores onde ambos os atores se reconheciam mutuamente.
Atualmente, são inúmeras as pesquisas realizadas e em andamento que estão
preocupadas em resgatar a cultura política de cidadãos comuns que encontraram no getulismo
e no trabalhismo a resposta de suas demandas políticas. Este é o caso da pesquisa de Jorge
Ferreira, Os trabalhadores do Brasil22, onde o autor procura demonstrar que os trabalhadores,
através de cartas remetidas ao governo Vargas entre 1930 e 1945, eram sujeitos históricos
com uma relativa autonomia para realizar escolhas e não meros objetos de um Estado todo-
poderoso. Outro exemplo é o livro Trabalhismo e populismo no Rio Grande do Sul, de
Miguel Bodea23, que mostra, através de um exaustivo estudo do sistema partidário gaúcho,
lideranças como Alberto Pasqualini, João Goulart, Leonel Brizola e até Getúlio Vargas longe
de estarem acima do partido, manipulando todos com seu carisma; foram políticos que
firmaram suas lideranças primeiramente na estrutura partidária local para depois se
projetarem a nível nacional. Já o estudo de Hélio da Costa24 questiona a clivagem existente
entre lideranças e trabalhadores, mostrando que, ao contrário das teses que enfatizam a
11
Conclusão
Ao tentar responder a questão inicial do porquê do sentido pejorativo do termo
populismo, sempre relacionado a um Estado opressor, um povo vitimizado e um líder
carismático, procurei mostrar como esse conceito foi construído pelos seus produtores: os
teóricos do populismo. Primeiramente, enfatizei a influência e a “inversão” da tradição
estatista dos teóricos da primeira metade do século XX ao caracterizarem o Estado
negativamente; destaquei também a relação entre democracia e corporativismo que, ao
contrário do que diziam, é perfeitamente compatível; e finalmente ressaltei os interesses e as
apostas políticas dos teóricos do populismo que, ao indicarem que o inimigo interno a ser
combatido era o trabalhismo, levaram ao ocultamento toda uma tradição legítima entre os
trabalhadores da época.
Atualmente, devido à construção feita por esses teóricos, é impossível dissociar
a categoria populismo de um sentido vitimizador das classes populares ou isolá-la de outras
categorias como manipulação, demagogia e cooptação. Estas significações já fazem parte do
senso comum. Também é um termo vago e impreciso, geralmente utilizado para abarcar
fenômenos de realidades distintas: épocas diferentes, regiões diferentes, políticos diferentes e
grupos sociais diferentes. Se o termo explica muitas realidades, ele acaba explicando
nenhuma delas.
Não seria o momento de abandonarmos essa categoria?
Notas:
1
CÁRCERES, Florival. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1994, pp. 293-294.
2
FERREIRA, Jorge. “O nome e a coisa: o populismo na política brasileira”. In: FERREIRA,
Jorge (org.). O populismo e sua história: debate e crítica. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001, p. 59-124.
3
LIMA, Hildebrando de; BARROSO, Gustavo (orgs.). Pequeno dicionário brasileiro da
língua portuguesa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1957, p. 971.
12
4
GOMES, Ângela de Castro. “O populismo e as ciências sociais no Brasil: notas sobre a
trajetória de um conceito”. In: FERREIRA, Jorge (org.). O populismo e sua história. op. cit.,
p. 17-57.
5
Ver: VIANNA, Luis Werneck. “Estudos sobre sindicalismo e movimento operário: resenha
de algumas tendências”. BIB - Boletim Informativa e Bibliográfico de Ciências Sociais, Rio
de Janeiro, nº 3, p. 9-24, 1978; VIANNA, Luis Werneck. “Atualizando uma bibliografia:
‘novo sindicalismo’, cidadania e fábrica”. BIB - Boletim Informativa e Bibliográfico de
Ciências Sociais, Rio de Janeiro, nº 17, p. 53-68, 1984.
6
Ver: WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1980.
7
IANNI, Otávio. O colapso do populismo no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1968.
8
CHAUÍ, Marilena. “Raízes teológicas do populismo no Brasil: teocracia dos dominantes,
messianismo dos dominados”. In: DAGNINO, Evelina (org.). Anos 90: política e sociedade
no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 19-30.
9
Idem, p. 28.
10
GOMES, Ângela de Castro. “O populismo e as ciências sociais no Brasil: notas sobre a
trajetória de um conceito”. op. cit., p. 34-35.
11
LAMOUNIER, Bolivar. “Formação de um pensamento autoritário na Primeira República:
uma interpretação”. In: FAUSTO, Fausto (dir.). História da civilização brasileira. O Brasil
republicano: 2. Sociedade e instituições (1889-1930). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997,
p. 345-374.
12
OLIVEIRA, Lúcia Lippi; VELLOSO, Mônica Pimenta; GOMES, Ângela de Castro. Estado
Novo: ideologia e poder. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
13
LAMOUNIER, Bolivar. “Formação de um pensamento autoritário na Primeira República:
uma interpretação”. op. cit..
14
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. São
Paulo: Globo, 1995.
15
Parece que Faoro e Chauí, ao quererem mudar a sociedade, cada um ao seu modo, entraram
num dilema, um tudo ou nada: ou muda-se radicalmente a sociedade, diminuindo a presença
excessiva do Estado, extirpando o corporativismo e adotando o modelo pluralista ou
estaremos condenados a lideranças populistas, a cidadãos manipulados e a uma tradição
ibérica patrimonial, teocrática e messiânica. No entanto, ao ampliar o pessimismo, não
estariam correndo o risco de um efeito contrário ao desejado: de uma desmobilização?
16
REIS FILHO, Daniel Aarão. “O colapso do colapso do populismo ou a propósito de uma
herança maldita”. In: FERREIRA, Jorge (org). O populismo e sua história. op. cit., p. 366.
17
ARAÚJO, Ângela. A construção do consentimento: corporativismo e trabalhadores nos
anos trinta. São Paulo: Scritta, 1998.
18
REIS FILHO, Daniel Aarão. “O colapso do colapso do populismo ou a propósito de uma
herança maldita”. op. cit, p. 319-377.
19
IANNI, Otávio. O colapso do populismo no Brasil. op. cit.
20
WEFFORT, Francisco. “Democracia e movimento operário: algumas questões para a
história do período 1945-1964 (1ª parte)”. Revista de Cultura Contemporânea, nº 1. São
Paulo, CEDEC, jul. 1978, p. 7-13; WEFFORT, Francisco. “Democracia e movimento
operário: algumas questões para a história do período 1945-1964 (2ª parte)”. Revista de
Cultura Contemporânea, nº 2. São Paulo, CEDEC, jan. 1979, p. 3-11.
21
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Relume-Dumará,
1994.
22
FERREIRA, Jorge. Trabalhadores do Brasil: o imaginário popular. Rio de Janeiro: FGV,
1997.
23
BODEA, Miguel. Trabalhismo e populismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS,
1992.
24
COSTA, Hélio da. Em busca da memória: comissão de fábricas, partido e sindicato no pós-
guerra. São Paulo: Scritta, 1995.
13
25
DELGADO, Lucília de Almeida Neves. PTB: do getulismo ao reformismo. 1945-1964. São
Paulo: Marco Zero, 1989.
26
D’ARAÚJO, Maria Celina. Sindicatos, carisma e poder: PTB de 1945-65. Rio de Janeiro:
FGV, 1996.
27
FIGUEIREDO, Argelina Cheilub. Democracia ou reforma?: alternativas democráticas à
crise política (1961-1964). São Paulo: Paz e Terra, 1993.
Referências Bibliográficas: