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F - O Príncipe Feliz - 6 - 9 - PCA
F - O Príncipe Feliz - 6 - 9 - PCA
Nome do aluno_________________________________
O PRÍNCIPE FELIZ
Na mais central praça da cidade erguia-se a estátua do Príncipe Feliz. Era uma autêntica joia.
Um dia pousou aos pés da estátua uma formosa andorinha, que estava de passagem para o Egipto. Era
a sua última oportunidade, pois havia-se atrasado ao querer convencer um junco a acompanhá-la na viagem.
Mas o junco não pode separar-se da terra que lhe dá a vida, apesar do amor que o liga à andorinha...!
Olhando com mais atenção para a estátua, a andorinha notou que duas gotas lhe molhavam a cara...
Eram duas grossas lágrimas!
-Porque choras, Príncipe?
-Pelos pobres da cidade, amiguinha. Há tantos! Quando reinava, ninguém me contava nada do que
sucedia, e os altos muros do Palácio não me deixavam ver. Mas desde que me colocaram aqui posso ver a
pobreza e a miséria de tanta gente, e sinto-me angustiado. Queres ajudar-me?
-Estou de passagem para o Egipto... -respondeu-lhe a andorinha.
Mas o Príncipe pediu-lhe tanto, que acabou por dizer que sim.
-Arranca o rubi da minha espada. Leva-o ali àquele casebre em frente. Lá vivem uns meninos pobres
que não podem pagar. Querem pô-los na rua... Impede-o!
A andorinha arrancou o rubi da espada e levou-o ao casebre.
-Olhem, deixou-nos uma coisa.
-É uma joia. Podemos vendê-la e com o dinheiro pagar a renda da nossa casa. -disse a mais velha.
Voltando para junto da estátua, a andorinha disse ao Príncipe:
-Terminei, Príncipe. Agora vou partir para o Egipto.
-Espera um pouco, amiguinha. Há mais pobres na cidade. Leva uma safira a um escritor doente, que é
tão pobre que nem pode pagar os remédios.
-Mas a safira é um dos teus olhos. Vais ficar vesgo se to arrancar.
-Não faz mal! Anda, vai ajudá-lo.
A andorinha voou até à arruinada cabana que o Príncipe lhe tinha indicado. E a safira serviu para salvar
o velho escritor.
Havia mais pobres na cidade. A andorinha tinha que voar para o Egipto, onde passaria o inverno junto
com as irmãs... mas o Príncipe pediu-lhe que tirasse a outra safira do olho.
-Se o fizeres FICARÁS CEGO!
-Não faz mal, andorinha.
Estava muito frio. O inverno já se instalava. E a andorinha foi socorrer outros pobres. Arrancou uma a
uma as lâminas de ouro da estátua. E quando acabou e dela já nada de valor restava, deitou-se aos pés do
amigo. Não o abandonaria assim cego...! E numa noite ainda mais fria a andorinha morreu, o que feriu
profundamente o coração de chumbo do Príncipe Feliz.
Como a estátua sem os enfeites ficara muito feia, um dia baixaram-na do pedestal e levaram-na para
uma fundição. Mas ao fundi-la verificaram que o coração de chumbo resistia ao calor mais elevado. Deram-
no então a outro ferreiro, que também não conseguiu fundi-lo.
-Tragam ao Céu o coração de chumbo do Príncipe Feliz e o corpo da Andorinha -ordenou Deus, sorrindo.
-Nunca na Terra ninguém demonstrou tanto amor pelos pobres -acrescentou. -Por isso vão ficar
eternamente a meu lado.
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II
1. Preenche a tabela.
b) Impede-o!
III
Conta uma história que tenha como título: “Uma agradável surpresa”. Escreve cerca de doze linhas.
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III