1.1 IDENTIFICAÇÃO: Direito.

1.2 TÍTULO DO PROJETO: Violência contra a mulher: rompendo com o silêncio

1.3 NOME DO IDEALIZADOR: Cacilda Gama

2 JUSTIFICATIVA

O Serviço Social no Centro de Referência realiza uma intervenção importante

na vida das usuárias da instituição, através da escuta, do apoio, dos
encaminhamentos e orientações sociais, atuando como porta de entrada para o início
de uma longa jornada. O Serviço Social busca sempre novas parcerias para o
enriquecimento dos trabalhos.
A implementação do projeto de intervenção, na perspectiva de divulgar os
direitos das mulheres, atendidas no Centro, tem relevância institucional, uma vez que
a divulgação dessas ações e serviços vai ampliar a rede de atenção às mulheres e
disseminar informações sobre a existência de um serviço público fundamental, o qual
a população desconhece.
A importância do projeto também consiste na possibilidade de orientar muitas
mulheres que não tem conhecimento da existência do Centro, sobre as formas de
violências, pois a maioria da população considera somente a violência física, sem o
conhecimento dos outros tipos de violações que sofrem.
De acordo com o Art.7° da Lei Maria da Penha, “As formas de violência são:
violência física qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal, a
violência psicológica qualquer conduta que lhe cause danos emocional, diminuição de
auto – estima que prejudique ou perturbe o pleno desenvolvimento ou até mesmo o
controle de suas ações comportamentos, violência sexual é qualquer conduta que
constranja a presenciar, a manter ou participar de relação sexual não desejada
mediante a intimidação, ameaça ou coação ou uso da força, a violência patrimonial
entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição
parcial ou total de seus objetos instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
valores, direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades, a violência moral é entendida como qualquer conduta que configure
calunia, difamação ou injuria”.
 Enfim, A forma mais comum de violência experimentada pelas mulheres em
todo o mundo é a violência física praticada por um parceiro íntimo, em que as
mulheres são surradas, forçadas a manter relações sexuais ou abusadas de outro
modo. A violência física vem acompanhada dos demais tipos de violência, seja
psicológica, sexual e patrimonial, no entanto esta é mais identificada no relato das
vítimas como violência doméstica.
O Centro de Referência tem por finalidade estabelecer conceitos, princípios,
diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim
como de assistência e garantia de direitos às mulheres em situação de violência,

3 OBJETIVO GERAL

Divulgar os serviços do Centro de Referência e os direitos sociais das

mulheres, tendo em vista o aumento das denúncias, e ampliando o acesso das
mulheres aos programas e projetos sociais.

4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Esclarecer sobre as legislações e os direitos sociais;

Divulgar os serviços que o Centro de Referência oferece as mulheres;
Orientar sobre as formas de violência e a rede de proteção;
Realizar ações educativas com grupos de instituições;
Levantar dados sobre as ocorrências de violência contra as mulheres;
Realizar a sala de espera.

5 RESULTADOS
5.1 Resultados esperados com relação de funcionários

Espera-se que a equipe possa estar contribuindo para informar melhor sobre
a prática abusiva de violência doméstica contra a mulher, instruir as mulheres de seus
direitos, oferecendo apoio total. A proposta é conscientizar estas mulheres dos tipos
de agressões que elas podem estar presenciando ou sofrendo, e orientá-las sobre a
maneira de agir e procurar ajuda. Esta orientação e conscientização se darão por meio
de duas reuniões com as trinta participantes convidadas. Convite este que será feito
durante os atendimentos realizados no Plantão Social.

5.2 Resultados esperados com relação aos dirigentes

Espera-se um respaldo dos dirigentes em relação a este projeto de

intervenção, pois é necessária a atuação de apoio e auxílio às mulheres que precisam
de ajuda, precisam de informações e meios para sair de suas relações abusivas em
todos os sentidos. Veja bem, deve-se atuar em equipe para poder conseguir realizar
os objetivos do projeto.

5.3 Resultados esperados com relação à clientela

O projeto procura levar às mulheres uma maior compreensão de seus direitos,

e órgãos públicos a qual devem procurar no combate e erradicação da violência
doméstica desenvolvendo meios que as auxiliam no reconhecimento, combate e
denúncia.

6 ABRANGÊNCIA E CONTEXTO

O projeto Violência contra a mulher: rompendo com o silêncio apresentará a

realidade da figura feminina em uma sociedade machista e preconceituosa, onde a
mulher se apresenta como vítima da violência doméstica encorajando-a a romper este
ciclo. Por que o medo de denunciar? Qual seria o verdadeiro motivo do silêncio? Essas
e outras possíveis respostas serão discutidas a seguir na busca de propostas na
tentativa de mudar de tal realidade.
A violência contra a mulher é expressão da violência de gênero, que possui
dimensão estrutural, encontrando-se na sua origem o patriarcado que privilegiam o
masculino e ganham significados nos diversos relacionamentos e sociedades. Porém,
mesmo a despeito das contradições que desafia o projeto feminista e apesar de suas
heterogeneidades internas, este movimento até hoje não quebrou nem deixou
enfraquecer seu ímpeto político de lutar contra a dominação e exclusão.
 O silêncio das mulheres que são agredidas e a ideia de que são inferiores tem
contribuído para o aumento da violência doméstica, não só a física, mas também a
psicológica como na reflexão de Azevedo: “violência é toda iniciativa que procura
exercer coação sobre a liberdade de alguém, que tente impedir-lhe a liberdade de
reflexão, de julgamento, de decisão e que termina por rebaixar alguém ao nível de
meio ou instrumento num projeto, que absorve e engloba, sem tratá-lo como parceiro
livre e igual. A violência é uma tentativa de diminuir alguém, de constranger e renegar-
se a si mesmo” (Villela Azevedo, 1985).
Estamos também respaldadas com a Declaração Universal dos Direitos
Humanos nos artigos I ao V, garantindo o direito a dignidade, proteção respeito e a
igualdade. A preocupação com a violência coloca-se hoje como uma questão central
para a sociedade e se expressa de diferentes formas.
O termo violência é geralmente associado a agressões físicas ou sexuais,
resultando em lesões corporais, traumas psicológicos ou mortes, mas é importante
chamar a atenção para o fato de que violência inclui também agressões que afetam a
autoestima e a capacidade de relação de decisão da pessoa agredida. Porém o tipo
de violência que se tem mais visibilidade para as mulheres e para os registros de
delegacias de polícia e para as matérias de jornais ainda é a violência física e sexual.
A violência doméstica e familiar como está inserida na Lei Maria da Penha é
qualquer ação ou omissão praticada contra a mulher baseada no gênero, que lhe
cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral, (artigo V da
Lei 11.340/06- Lei Maria da Penha), à mulher deve ser garantido o respeito, a
valorização baseada nestes propósitos é que este projeto irá ser executado.

7 PLANO DE AÇÃO

O projeto deverá ser iniciado assim que seja formado o grupo previsto de 30
mulheres, no mês de Janeiro/2018.
Haverá monitoramento e avaliação após a primeira reunião, para saber se ainda tem
dúvidas para que seja esclarecida durante a próxima reunião.
Para avaliação serão consideradas as informações contidas nas pesquisas feitas a
cada reunião de como foi o entendimento a respeito de seus conhecimentos sobre os tipos
de agressões, direitos e onde procurar ajuda.
A avaliação deste projeto inicialmente se dará por meio da observação da
participação do público-alvo, da aceitação e da tomada de posse das informações
ministradas, demonstradas através de debates e questionamentos levantados e pôr fim a
motivação para mudança da realidade e fortalecimento da autoestima das mulheres
participantes resultando em um maior número de denúncias e rompimento do silêncio que
está por trás do ciclo de violência em que possam estar sendo vitimadas.

8 CRONOGRAMA

MÊS
Atividades 2017/18 Execução do projeto 11 12 12 12 01 01

1. Levantamento Bibliográfico X X

Formação da equipe para a execução das

2. X X
atividades do Projeto

3. Atividades de Campo X X X

4. Execução do projeto X

5. Execução do projeto X

6. Entrega da versão final X

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Maria Amélia. Mulheres espancadas: a violência denunciada. São

Paulo. Editora Cortez, 1985.

BRASIL. Lei Maria da Penha- Lei n° 11.340 de 07 de agosto de 2006. Secretaria

Especial de Políticas para as Mulheres, Brasília, 2006.