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Joaquim Macedo
Infraestruturas de Transporte
Elementos Essenciais
> Elementos essenciais do sistema de transporte viário:
O Homem;
O veículo;
A estrada.
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Infraestruturas de Transporte
O Homem
> Para desempenhar as suas actividades quotidianas (trabalho,
estudo, lazer, compras, etc.), o Homem tem de se deslocar,
realizando desta forma viagens.
> As deslocações têm de ser rápidas, cómodas e seguras, para que
a utilidade negativa associada à viagem não seja, em valor
absoluto, superior à utilidade positiva resultante da
disponibilidade de acesso que lhe é oferecida.
> Assim, os veículos, as vias e todos os equipamentos a elas
associados têm que ser concebidos tendo em conta as
características físicas e psíquicas do ser humano.
> O Homem interage com a infra-estrutura como condutor, peão e
ciclista.
Ano letivo 2013/2014 Departamento de
Engenharia Civil
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Infraestruturas de Transporte
2
Infraestruturas de Transporte
Infraestruturas de Transporte
3
Infraestruturas de Transporte
Infraestruturas de Transporte
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
30 40 50 60 70 80 90 100
Velocidade (km/h)
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Infraestruturas de Transporte
Infraestruturas de Transporte
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Infraestruturas de Transporte
Infraestruturas de Transporte
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Infraestruturas de Transporte
Infraestruturas de Transporte
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Infraestruturas de Transporte
[mm]
Infraestruturas de Transporte
[mm]
Fonte: Austroads, 1988
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Infraestruturas de Transporte
Infraestruturas de Transporte
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Infraestruturas de Transporte
90
80
Frequência acumulada (%)
70
60
Idosos Adultos Crianças
50 > Para a velocidade média de
40 circulação dos peões pode-se
30 tomar como valor de
20 referência 1,2 m/s
10 (Austroads, 1988, HCM 2000)
0
0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6
Ano letivo 2013/2014 Departamento de
Fonte: CROW, 1998 Velocidade (m/s) Engenharia Civil
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Infraestruturas de Transporte
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Infraestruturas de Transporte
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Classificação dos veículos
> O Código da Estrada1, estabelece a seguinte classificação de
veículos que podem circular nas vias públicas, definindo
também quais as características que cada classe deve possuir:
Automóveis;
Motociclos, ciclomotores e quadriciclos;
Veículos agrícolas;
Outros veículos a motor;
Reboques.
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Classificação dos veículos
> No que respeita aos veículos automóveis, máquinas agrícolas e
florestais e máquinas industriais, estes veículos podem ser
classificados em:
Ligeiros – peso bruto até 3500 kg ou lotação não superior a 9
lugares (incluindo condutor);
Pesados – peso bruto superior a 3500 kg, veículos tractores,
ou lotação superior a 9 lugares.
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Classificação dos veículos
> Os veículos ligeiros ou pesados podem ainda ser classificados em
função da sua utilização em:
De passageiros – destinados ao transporte de pessoas;
De mercadorias – destinados ao transporte de carga;
Mistos – destinados ao transporte, alternado ou em
simultâneo de pessoas e carga;
Tractores – veículos construídos para desenvolver esforço de
tracção, sem comportar carga útil;
Especiais – destinados ao desempenho de uma função
específica, diferente do transporte normal de passageiros ou
carga.
Ano letivo 2013/2014 Departamento de
Engenharia Civil
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Parque automóvel
> Veículos matriculados em Portugal continental, por classes em 2003:
CLASSES Nº DE VEÍCULOS MATRICULADOS
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Parque automóvel
> Estimativa dos veículos de passageiros em circulação (em milhares
de veículos):
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
LIGEIROS E
2 950 3 150 3 350 3 443 3 589 3 885 3 966 4 100 4 200 4 290
MISTOS
TOTAL 2 963 3 163 3 364 3 457 3 604 3 900 3 981 4 115 4 215 4 305
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Taxa de motorização
> Evolução da taxa de motorização:
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Repartição modal
> Repartição modal em Portugal no ano de 2006:
Veículo Veículo
MODO DE Metro e
ligeiro de pesado de Comboio
TRANSPORTE Eléctrico
passageiros passageiros
% DE
81,9 12,6 1,1 4,4
UTILIZAÇÃO
Fonte: CE, 2008
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Dimensões dos veículos
> O Decreto-Lei n.º 99/2005, de 21 de Junho, alterado pelos Decretos-
Lei n.os 131/2006, de 11 de Julho e 203/2007, de 28 de Maio,
aprovou o Regulamento que fixa os pesos e dimensões máximos
autorizados para os veículos em circulação.
> Algumas das dimensões mais importantes:
Largura máxima – 2,55 m (2,60 m veículos de transporte
condicionado);
Altura máxima – 4 m (4,5 m máquinas com motor ou rebocáveis);
Veículos a motor de 2 ou + eixos – 12 m;
Pesados de passageiros 2 eixos – 13,5 m;
Pesados de passageiros 3 ou + eixos – 15 m;
Ano letivo 2013/2014 Departamento de
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Dimensões dos veículos
> Algumas das dimensões mais importantes (cont.):
Pesados de passageiros articulados – 18,75 m;
Conjunto veículo tractor-semi-reboque - 16,5 m;
Conjunto veículo a motor-reboque – 18,75m;
Comboios turísticos – 18,75 m;
Máquinas com motor de propulsão ou rebocáveis – 20 m.
> Dentro destas dimensões máximas a variabilidade de dimensões é
imensa e depende do construtor, pelo que é difícil a definição de um
veículo-tipo para cada categoria. A Norma de Intersecções (JAE
P5/90) considera como veículo tipo um veículo articulado com as
dimensões (comprimento – 18,0 m; largura – 2,50 m; altura – 4,0 m)1
1Estas dimensões correspondem às dimensões máximas do Ano letivo 2013/2014 Departamento de
conjunto veículo-reboque, segundo o Decreto Regulamentar Engenharia Civil
n.º 78/85, de 26 de Abril entretanto alterado. 30
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Dimensões dos veículos
> Veículos-tipo utilizados na Holanda:
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Dimensões dos veículos
> Veículos-tipo utilizados na Holanda:
Pesado de Passageiros
Ano letivo 2013/2014 Departamento de
Fonte: CROW, 1998 Engenharia Civil
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Distância de travagem
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Distância de paragem
TEMPO DE
VELOCIDADE COEFICIENTE
PERCEPÇÃO/ DISTÂNCIA DE
DO VEÍCULO DE
REACÇÃO PARAGEM (m)
(km/h)
(seg.)
ADERÊNCIA V .t V2
Dp = +
Pavimentos Secos 3,6 254 (f + w d ± 0,01.i )
50 2,0 0,62 44
65 2,0 0,60 63 em que:
80 2,0 0,58 88 Dp – Distância de paragem (m);
V – Velocidade do veículo (km/h);
100 2,0 0,56 126
t – tempo de percepção/reacção (seg.)
Pavimentos Molhados f – Coeficiente de aderência longitudinal;
Wd – Resistência específica ao movimento
50 2,0 0,34 57
(N/N) (geralmente, wd = 0,020 N/N);
65 2,0 0,31 90 i – inclinação do trainel (%), com sinal
80 2,0 0,29 131 positivo no caso de um trainel ascendente e
negativo no caso contrário.
100 2,0 0,28 196
Ano letivo 2013/2014 Departamento de
Engenharia Civil
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> O dimensionamento correcto da infra-estrutura rodoviária, requer o
conhecimento de elementos como:
O espaço que um veículo ocupa quando descreve uma dada
trajectória;
O raio de viragem que um veículo consegue descrever;
Largura que o veículo ocupa quando descreve esse raio de
viragem.
> Existem no mercado ferramentas que auxiliam os técnicos na análise
deste tipo de situações. Exemplo: AutoTURN
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> Superfícies de varrimento de um veículo ligeiro a circular a 10 km/h
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> Superfícies de varrimento de um tractor-semi-reboque a circular a
10 km/h
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> Superfícies de varrimento de um autocarro a circular a 10 km/h
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> Superfície de varrimento de um tractor-semi-reboque com 15,5 m
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> Superfície de varrimento de um conjunto veículo-reboque com 18,0 m
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> O Regulamento que fixa os pesos e as dimensões máximos
autorizados para os veículos em circulação, estabelece que
qualquer veículo a motor ou conjunto de veículos deve poder girar
dentro de uma coroa circular com um raio exterior de 12,5 m e um
raio interior de 5,3 m sem que qualquer ponto extremo do veículo
saia dessa coroa.
> Este regulamento estabelece ainda outros requisitos de
manobrabilidade no seu artigo 4.º
Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> O raio exterior de viragem pode ser calculado em função do raio
interior (considerando o veículo rígido), através da expressão
(Carvalho, 2002):
2
Rext = Rint + 2 × Rint × b + b 2 + d 2
d
em que:
b Rext – Raio exterior da curva (m);
Rint – Raio interior da curva (m);
b – Largura do veículo (m);
d – Distância entre a parte da frente
do veículo e o seu eixo traseiro (m).
Rext
Rint
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Infraestruturas de Transporte
O Veículo
Manobrabilidade
> Exemplo da faixa de ocupação em função do Rint de um veículo
ligeiro e de um autocarro:
7
6 ,5
6
Largura da faixa de ocupação (m)
5 ,5
4 ,5
3 ,5
2 ,5
1 ,5
1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
R in t (m )
Ano letivo 2013/2014 Departamento de
Engenharia Civil
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Infraestruturas de Transporte
A Estrada
Classificação segundo o PRN 2000
> O PRN 2000 classifica as estradas em quatro categorias distintas e
considera dois tipos de rede.
> Categorias de estradas:
Itinerários Principais (IP);
Itinerários Complementares (IC);
Estradas Nacionais (EN);
Estradas Regionais (ER).
> Tipos de rede:
Rede Nacional Fundamental – Integra os IP’s;
Rede Nacional Complementar – Integra os IC’s e EN’s
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Infraestruturas de Transporte
A Estrada
Classificação segundo o PRN 2000
Infraestruturas de Transporte
A Estrada
Extensão da rede
> O PRN 2000 prevê uma extensão total de 11 350 km aos quais se se
somam 5 000 km de Estradas Regionais. Total cerca de 16 500 km
> Rede nacional de auto-estradas prevista com cerca de 3 000 km.
> Extensão da rede rodoviária nacional entre 2004 e 2008:
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Infraestruturas de Transporte
A Estrada
Extensão da rede
> Cobertura territorial e populacional:
Infraestruturas de Transporte
A Estrada
Extensão da rede
> Extensão da rede em 2008 em função do tipo de estrada:
2 190 1 732 326 465 1 563 980 1 802 490 4 914 4 409
(a) – Estradas que constam do Plano Rodoviário Nacional 2000 (D.L. nº 222/98, de 17 de Julho), considerando as
alterações previstas na Lei 98/99 de 26 de Julho e pelo D.L. nº182/2003, de 16 de Agosto
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Infraestruturas de Transporte
A Estrada
Rede nacional de auto-estradas
> A Rede Nacional de Auto-Estradas prevista no PRN 2000 é constituída
por IP’s e IC’s numa extensão de aproximadamente 3 000 km.
> O Estado Português decidiu que a construção desta rede se deveria
fazer de duas formas distintas:
Investimento directo – via Estradas de Portugal (12,5% da rede);
Parcerias Público-Privadas em regime de concessão (87,5%).
> Ao nível da exploração, as concessões foram de dois tipos:
Tradicional, com cobrança de portagem;
SCUT – Sem custos para o utilizador. Este modelo foi entretanto
abandonado e actualmente estas estradas são cobradas por via
electrónica.
Ano letivo 2013/2014 Departamento de
Engenharia Civil
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Infraestruturas de Transporte
A Estrada
Elementos básicos do projecto de estradas
> Velocidade: velocidade base; velocidade específica; velocidade de
tráfego.
> Volumes de tráfego: tráfego médio diário anual (TMDA); volume
horário de projecto (VHP)
> Distâncias de visibilidade: distância de visibilidade de paragem;
distância de visibilidade de decisão; distância de visibilidade de
ultrapassagem
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Infraestruturas de Transporte
A Estrada
A sinistralidade rodoviária
> Portugal no contexto europeu:
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