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Curso: Português

Teoria e Questões Comentadas


Prof. Bruno Spencer - Aula 00
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Aula 00 – Pronomes
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APRESENTAÇÃO

Olá amigos!!!
Vamos direcionar este curso ao certame da Controladoria e Ouvidoria
Geral do Estado do Ceará – CGE CE, cargo de Auditor de Controle Interno,
com uma abordagem super direta e objetiva.
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O EDITAL SAIU, a banca será o CESPE, portanto não podemos


perder tempo!!!
Meu nome é Bruno Spencer, atualmente, exerço a função de Auditor
Fiscal da Receita Federal do Brasil - AFRFB, cargo que persegui por alguns
anos. Fui aprovado em 27º lugar no histórico concurso de 2012.
Para chegar a esse resultado, podem ter certeza que foi necessário muito
PLANEJAMENTO e DEDICAÇÃO. Milagres acontecem todos os dias, mas é
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fundamental que façamos a nossa parte da melhor maneira possível,


com disciplina, fé e perseverança.
Quando me vi desempregado, em 2007, após dar muita "cabeçada" e não
obter sucesso no mercado de trabalho, resolvi entrar de vez no mundo dos
concursos.
O primeiro que tentei verdadeiramente foi o da Caixa Econômica de
2008. Como estava desempregado, estudava de manhã e de tarde, à noite
frequentava um cursinho e, quando chegava em casa, estudava mais um pouco
só para relaxar. Resultado?? Consegui o primeiro lugar do polo Recife.
Isso foi o que eu precisava para ganhar mais autoconfiança, daí decidi
que seria AFRFB. Então dei seguimento aos estudos e em 2009 passei no ATA-
MF, em 2010 na SAD-PE e no MPU em 2012 no ACE - MDIC (excedente) e
AFRFB.
Devemos, pois, lembrar que vida de concurseiro não é feita só de
sucessos. Aqui, não mencionei minhas derrotas, mas podem ter certeza que
foram tantas quantos os sucessos.
O que vejo em comum entre as pessoas que passam em concursos é que
todas estudam com confiança que um dia chegarão à vitória, por isso
conseguem manter o foco e a disciplina. Não há concorrentes para
quem está preparado.
Trabalhe sua mente, não se deixe desanimar, estude hoje para estar
preparado amanhã.
Vamos lá pessoal!!!!!!!!!!!
FOCO, DISCIPLINA E PERSEVERANÇA!

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Análise do Edital 2018

O estudo da Língua Portuguesa é um investimento seguro para


qualquer concurseiro.
Não é preciso apenas dominar a disciplina, é necessário estar bem
treinado na resolução de questões com precisão e boa velocidade. Isso
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vai lhe dar uma boa pontuação e tempo para dedicar-se à resolução outras
matérias.
Vamos ver como foram dispostos os assuntos no EDITAL 2018:

Item Assunto Aula

1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados 10


2 10
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Reconhecimento de tipos e gêneros textuais


3 Domínio da ortografia oficial. 11
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual 9

Emprego de elementos de referenciação, substituição e


4.1 repetição, de conectores e de outros elementos de 9
sequenciação textual
4.2 Emprego de tempos e modos verbais 2
5 Domínio da estrutura morfossintática do período 3, 4
5.1 Emprego das classes de palavras. 0, 1, 2

5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da 4


oração

5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da 4


oração
5.4 Emprego dos sinais de pontuação 8

5.5 Concordância verbal e nominal 5


5.6 Regência verbal e nominal 6
5.7 Emprego do sinal indicativo de crase 7
5.8 Colocação dos pronomes átonos 0
6 Reescrita de frases e parágrafos do texto 9
6.1 Significação das palavras. 11
6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 9

6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do 9


texto.
6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de 9
formalidade.

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O curso abrangerá todos os pontos constantes do edital 2018,


organizados de forma didática, para que você estude e aprenda a matéria de
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forma gradual e estruturada, sempre com foco na objetividade e na


eficiência.
Neste curso, comentaremos mais de 430 questões sobre esse conteúdo,
sendo aproximadamente 340 questões do CESPE, que é a banca
organizadora do concurso.
Ao final, você terá como BÔNUS, nada menos que CINCO PROVAS
realizadas pelo CESPE 100% COMENTADAS, para que possa avaliar seu
aprendizado e concluir a sua preparação!!!
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Aula Conteúdo

00 Pronomes
01 Classes Gramaticais
02 Verbo
03 Função Sintática
04 Períodos e Conectivos
05 Concordância Verbal e Nominal
06 Regência Verbal e Nominal
07 Crase
08 Pontuação
09 Coerência e Coesão Textual
10 Texto
11 Ortografia, Acentuação e o Novo Acordo Ortográfico
12 Bônus - Prova CESPE Comentada
13 Bônus - Prova CESPE Comentada
14 Bônus - Prova CESPE Comentada
15 Bônus - Prova CESPE Comentada
16 Bônus - Prova CESPE Comentada
*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, na página
do curso.
Boa aula a todos!

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Aula 00 – Pronomes

Olá amigos!
Hoje vamos ao estudo dos PRONOMES. Este é um assunto
importantíssimo e que se reflete em muitos outros, mas que também é muito
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abordado diretamente por algumas bancas.


Atentem aos conceitos de cada espécie de pronome. Procurem
entender suas formas de utilização e deem especial ATENÇÃO ao item 2.3 –
Colocação Pronominal.
Vamos nessa!!!
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Sumário

1 – Classificação .................................................................................. 6
2 – Pronomes Pessoais ........................................................................ 7
2.1 - Retos .......................................................................................... 7
2.2 - Oblíquos ..................................................................................... 8
2.3 – Colocação Pronominal ................................................................ 10
2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais.................................. 13
3 – Pronomes Possessivos ................................................................. 15
4 – Pronomes Demonstrativos ........................................................... 16
5 – Pronomes Relativos ..................................................................... 18
6 – Pronomes Interrogativos ............................................................. 19
7 – Pronomes Indefinidos .................................................................. 19
8 – Pronomes de Tratamento ............................................................. 20
9 – Questões Comentadas ................................................................. 21
10 - Lista de Exercícios ...................................................................... 51
11 – Gabarito ..................................................................................... 74
12 – Referencial Bibliográfico ............................................................ 74

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1 – Classificação

Os pronomes são palavras que acompanham ou substituem o nome


(substantivo). Como consequência, podem ser (pronomes ADJETIVOS) ou
(pronomes SUBSTANTIVOS).
Pronomes Adjetivos - acompanham
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Pronomes Substantivos – substituem

Exemplos:
Meu carro é vermelho.
meu - pronome adjetivo - acompanha e qualifica o nome “carro”
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Ele é vermelho.
ele - pronome substantivo - substitui o termo “meu carro”

Quem pegou meu livro?


quem - pronome substantivo – pode ser substituído por um nome.

O menino pegou meu livro?


meu - pronome adjetivo – acompanha e qualifica o nome “livro”

Veja as espécies de pronomes no quadro abaixo:


eu, tu, ele/ela, nós,
Reto
vós, eles/elas
me, te, se, o, a, lhe,
Oblíquo Átono nos, vos, se, os, as,
PESSOAIS lhes
mim, comigo, ti,
contigo, si, ele, ela,
Oblíquo Tônico
nós, conosco, vós,
convosco, si, eles, elas
meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s),
POSSESSIVOS
nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s)
este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
DEMONSTRATIVOS
aquele(s), aquela(s), aquilo

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quem, onde, como, quando, quanto, que, o qual,


RELATIVOS
a qual, cujo(s), cuja(s)
INTERROGATIVOS quem, onde, que, quanto(a)(s)
algum(a), nenhum(a), todo, tudo, nada, algo,
INDEFINIDOS muitos, vários, tanto, qualquer, alguém, ninguém,
mais, menos, que, qualquer um...
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Você, Senhor(a), Vossa Senhoria, Vossa


TRATAMENTO
Excelência, Vossa Santidade, Vossa Alteza...

2 – Pronomes Pessoais

São os pronomes que substituem (pronomes substantivos) as pessoas


do discurso. Têm um destaque dentro da oração, pois podem ser sujeitos,
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objetos ou predicativos.
Exemplos:
• João foi ao teatro. / Ele foi ao teatro.
• Mário entregou o livro a sua amiga. / Mário entregou-o a sua amiga.
Os pronomes pessoais podem ser RETOS ou OBLÍQUOS.
Vamos ver cada um deles!

2.1 - Retos

Fazem o papel de sujeito nas orações.


Exemplos:
• Eu trabalhei muito.
• Tu estudarás o suficiente.

Eu (singular)
1a Pessoa Quem fala
Nós (plural)

Tu (singular)
2a Pessoa Para quem se fala
Vós (plural)

ele(a) (singular)
3a Pessoa De quem se fala
eles(a) (plural)

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2.2 - Oblíquos

Fazem o papel de objetos ou complementos nas orações.


Exemplos:
• Beijou-a pela manhã.
• Sempre te apoiamos.
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• Fê-lo esquecer dos problemas.


Os pronomes oblíquos se dividem em ÁTONOS e TÔNICOS.

ÁTONOS TÔNICOS

me (singular) mim, comigo


1a Pessoa
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nos (plural) nós, conosco

te (singular) ti, contigo


2a Pessoa
vos (plural) vós, convosco

se, o, a lhe (singular) si, consigo, ele(a)


3a Pessoa
se, o, a, lhe(s) (plural) si, eles(a)

Um ponto importante nesse assunto é a contração dos verbos com os


pronomes o, a, os, as, que fazem-nos assumir as formas lo(s), la(s), no(s),
na(s).

Em formas verbais terminadas em R, S, Z acrescentamos o L antes de


o(s), a(s).

Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
• Escolhemos o livro. / Escolhemo-lo.
• Fez as pessoas felizes. / Fê-las felizes.
• Vou cortar as cebolas. / Vou cortá-las.

Note que as consoantes R, S e Z são cortadas e por vezes acentua-se a


sílaba final do verbo.

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Em formas verbais terminadas em sons nasais AM, EM, ÃO, ÕE


acrescentamos a consoante N antes de o(s), (a)(s).
Exemplos:
• Enrolavam o novelo. / Enrolavam-no.
• Eles fazem o trabalho. / Eles fazem-no.
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• Estudarão a aula. / Estudarão-na.


• Põe o livro sobre a mesa e estuda. / Põe-no sobre a mesa e estuda.
NOTE que nesses casos NÃO se corta qualquer letra do verbo!!!

Quando o verbo for transitivo direto e indireto temos as seguintes opções


para utilização dos pronomes:
Exemplos:
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Entreguei o livro a minha colega.


Entreguei-o a minha colega. (substituiu-se o termo “o livro” - objeto direto –
OD)
Entreguei lhe o livro. (substituiu-se o termo “a minha colega” - objeto indireto
– OI) Repare que o “a” é uma preposição.
Entreguei lho. (substituindo os dois termos; lho = lhe + o)

Pronomes Oblíquos Reflexivos


Os pronomes oblíquos, exceto o(s), a(s) lhe(s), podem referir-se ao
próprio sujeito da oração. Nesses casos são chamados de REFLEXIVOS.
Exemplos:
• Achei-me em um lugar distante.
• Nós aperfeiçoamo-nos nas matérias da prova.
• Endireita-te antes que seja tarde.
Ele machucou-se enquanto lutava.
• Ela pensou consigo a respeito de sua vida.

1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012

Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído


corretamente por um pronome em:

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a) alçar a turma = alçar-lhe

b) retirou um conjunto deles = retirou-nos

c) guiar os estudantes = guiar-os

d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe

e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos


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Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Como o verbo “alçar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo A (alçá-la).

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “retirar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O, no entanto a forma verbal “retirou” não termina
em som nasal, portanto não deve receber o N (retirou-o).
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Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “guiar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O, no entanto, como a forma verbal “guiar” termina
em R, devemos cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (guiá-los).

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “desconstruir” é transitivo direto,


devemos utilizar o pronome oblíquo A. Como a forma verbal termina em R,
devemos cortá-lo e adicionar o L ao pronome A (desconstrui-la).

Alternativa E – Correta - Como o verbo “analisar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo OS. A forma verbal “analisaram” termina em som
nasal, portanto deve receber o N (analisaram-nos).

Gabarito: E

2.3 – Colocação Pronominal

Esse é um assunto importantíssimo para concursos, seja para a prova


objetiva, seja para a discursiva.
Os pronomes oblíquos podem vir antes, no meio ou após os verbos,
dessa forma ocorrerá o que se chama de próclise, mesóclise ou ênclise.
Exemplos:
• Não o deixarei desanimar. (próclise)
• Falar-te-ei a respeito de tudo. (mesóclise)
• Falou-nos de sua experiência. (ênclise)

Vamos esquematizar algumas regras:

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•Ocorrência de palavras de ATRAÇÃO (invariáveis), tais como


advérbios, pronomes indefinidos, pronomes relativos,
Próclise
conjunções subordinativas, palavra "só", palavras
negativas.
•Ex. Não me abandone. / Nada lhe tira o foco. / Ele é o
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homem de quem lhe falei. / Pedi a ele que os avisasse. / Só


lhe sobrou uma alternativa.

• Nas orações: optativas, exclamativas ou interrogativas


nas formas seguintes:
•Ex. Deus o abençoe! / Quanto te maltratas! / Quem se
disponibilizará?
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•É PROIBIDO o uso de pronomes átonos no início de


períodos, ou após pausas* sem palavra de atração!!!

•Verbo no FUTURO DE PRESENTE ou FUTURO do PRETÉRITO,


caso não haja palavra atrativa.
Mesóclise •Ex. dar-te-ei, fazê-lo-ia

•Regra geral, caso não seja caso de próclise ou mesóclise.


•Ex. Suas palavras deixaram-nos tranquilos. / As pessoas
Ênclise aplaudiam-no calorosamente.

1. Quando vier a forma infinitiva precedida da preposição “a”, os pronomes


o(s), a(s) virão após o verbo.
Ex. Não tornaremos a encontrá-los tão cedo.

2. Quando o verbo no GERÚNDIO for precedido de preposição teremos


obrigatoriamente PRÓCLISE.
Ex. Em se tratando de carros, prefiro os importados.

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3. Enquanto a proibição de iniciar períodos com pronomes átonos é


ABSOLUTA, a proibição após as “pausas” comporta exceções.

Ex. Atendeu todos aquele que, mesmo envergonhados, lhe solicitaram ajuda.

Nesse caso, o pronome é atraído pelo pronome relativo QUE, mesmo estando
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antes do termo intercalado.

Note como na linguagem informal muitas vezes “atropelamos” as regras


gramaticais:
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“Eu te darei o céu meu bem e o meu amor também. ” – A rigor a frase está
gramaticalmente ERRADA.
Apesar de todo o romantismo do autor, a grafia correta seria a seguinte:
Eu dar-te-ei o céu... (futuro do presente sem palavra atrativa = mesóclise)
Repare que, caso houvesse uma palavra atrativa, aí sim, poderíamos usar a
próclise normalmente.
Ex. Não te darei... (correto)
Entretanto, essa linguagem usual em verbos no futuro, vem sendo a
cada dia mais aceita, sendo inclusive abonada por alguns gramáticos mais
modernos, devido à estranheza que pode causar o uso da quase arcaica
mesóclise.
Nesse caso, poderíamos até utilizar a próclise após uma vírgula.
Exemplo:
Ela, que você julgou ser má, far-te-á um vitorioso.
ou
Ela, que você julgou ser má, te fará um vitorioso.

Fique ligado!
Nos exercícios, verifique o posicionamento da banca a respeito do tema.

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2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
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empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:


a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!
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Comentários:
Alternativa A - Incorreta – A palavra “não” atrai o pronome, por isso seria
correto a próclise nesse caso. “Não me queira mal...”
Alternativa B - Correta – Não se começa período com pronome átono, por
isso está correto o emprego da ênclise.
Alternativa C - Incorreta – Por mais esquisito que seja, a nossa gramática atesta
como correto o uso da mesóclise para os tempos futuro de presente e futuro
do pretérito do indicativo. “Encontrar-nos-emos depois...”
Alternativa D - Incorreta – ATENÇÃO, note que “sempre” também é uma palavra
atrativa por ser advérbio.
Eis algumas palavras atrativas: advérbios, pronomes indefinidos, pronomes
relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras negativas.
“Quando sempre me chamarem...”
Alternativa E - Incorreta – “Jamais” também é classificado como advérbio,
assim como palavra de negação, por isso atrai o pronome “te” para antes do
verbo. “Jamais te desesperes...”
Gabarito: B

2.4 – Colocação Pronominal nas locuções verbais

As locuções verbais formam-se por VERBO AUXILIAR + VERBO


PRINCIPAL (INFINITIVO, GERÚNDIO OU PARTICÍPIO). As regras já vistas
anteriormente continuam válidas, porém como temos dois verbos, vamos ver
como se aplicam.

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Quando NÃO há palavra atrativa:


1. Próclise em relação ao auxiliar – OK – (se conseguiu livrar) – Caso não
seja início de período!!!
2. Ênclise em relação ao auxiliar – OK - (conseguiu-se livrar)
3. Próclise em relação ao principal – OK - (linguagem usual falada)
(conseguiu se livrar)
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4. Ênclise em relação ao principal – OK - (conseguiu livrar-se) – PERFEITO


– Essa é a forma recomendada!

OBSERVAÇÃO:
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1 - As formas verbais no PARTICÍPIO NÃO admitem ÊNCLISE!!!


Ex. Eles haviam ajudado-nos. (ERRADO)
2 - No caso de o verbo principal estar no PARTICÍPIO, a forma ideal será a
segunda (ênclise em relação ao auxiliar).

Quando há palavra atrativa:


1. Próclise em relação ao auxiliar – OK – (não se conseguiu livrar) - Forma
recomendada!
2. Ênclise em relação ao auxiliar – ERRADO - (não conseguiu-se livrar)
devido à existência da palavra atrativa
3. Próclise em relação ao principal – OK - (linguagem usual falada) (não
conseguiu se livrar)
4. Ênclise em relação ao principal – OK - (não conseguiu livrar-se – a
palavra atrativa “perde a força”)
Veja o resumo abaixo:

Quando NÃO há palavra atrativa

Caso não seja início


1 Próclise ao auxiliar OK se conseguiu livrar
de período

2 Ênclise ao auxiliar OK conseguiu-se livrar OK

3 Próclise ao principal OK conseguiu se livrar linguagem usual


Perfeito!!!
4 Ênclise ao principal OK conseguiu livrar-se Forma
recomendada!!!

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Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
recomendada!!!
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2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO

linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.

OBSERVAÇÃO
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Quando há preposição entre o verbo auxiliar e verbo principal, admite-se a


próclise ou ênclise, desde que não esteja no particípio.
Ex. O médico deixou de se cuidar. / O médico deixou de cuidar-se.

3 – Pronomes Possessivos

Servem para designar a POSSE de algo. Determinam ou qualificam os


nomes. Nas orações, possuem função de adjunto adnominal.
Exemplos:
• Minha casa é amarela, a tua é branca.
• Nosso objetivo é um só.
• Estude e realizará seu sonho.

meu(s), minha(s)
1a Pessoa
nosso(s), nossa(s)

teu(s),tua(s)
2a Pessoa
vosso(s), vossa(s)

3a Pessoa seu(s), sua(s)

Há situações que o uso dos pronomes possessivos seu(s), sua(s), pode gerar
certa confusão quanto a quem ou a que se referem.
Exemplo:
O cachorro comeu o seu almoço.

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Nesse caso devemos usar os termos dele(s), dela(s).


O cachorro comeu o almoço dele.

4 – Pronomes Demonstrativos
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Servem para indicar a posição das pessoas da oração em relação a


espaço, tempo ou posição textual.
Os mais conhecidos são: este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
aquele(s), aquela(s) e aquilo.
Também são pronomes demonstrativos: aqueloutro(a)(s), mesmo(a)(s),
próprio(a)(s), semelhante, tal e tais.
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➔ Usamos ESTE(A)(S), quando:


1. O objeto está PERTO de quem FALA.
Ex. Estas canetas são suas. (as canetas devem estar na mão ou bem próximo
a quem fala)
2. Refere-se a um momento PRESENTE.
Ex. Esta semana está demorando a passar. (a semana ainda está acontecendo)
3. ANTES de enunciar algo.
Ex. Os pronomes possessivos são estes: meu, minha, teu, tua...

➔ Usamos ESSE(A)(S), quando:


1. O objeto está PERTO de quem OUVE.
Ex. Essas canetas são suas. (as canetas devem estar próximo de que ouve)
2. Refere-se a um momento PASSADO PRÓXIMO.
Ex. Essa semana demorou a passar. (a semana já aconteceu, mas não está tão
distante)
3. Refere-se a algo DEPOIS de mencionado.
Ex. Os pronomes possessivos são meu, minha, teu, tua... Esses pronomes são
usados para indicar posse.

➔ Usamos AQUELE(A)(S), quando:


1. O objeto está LONGE de quem FALA e de quem OUVE.
Ex. Aquelas canetas são suas. (as canetas devem longe das duas pessoas)

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2. Refere-se a um momento PASSADO DISTANTE.


Ex. Aquela semana está demorou a passar. (a semana aconteceu em um
passado remoto)
3. Quando falamos de dois aspectos em uma oração, para falarmos do
MENCIONADO PRIMEIRAMENTE.
Ex. Os pronomes pessoais podem ser retos ou oblíquos, estes servem como
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complementos, enquanto aqueles servem com sujeitos de orações. (“estes”


referem-se a “oblíquos” – “aqueles” referem-se a “retos”)

Vamos ver alguns exemplos da utilização dos demais pronomes demonstrativos:


• Tais atitudes não são permitidas aqui.
• Nunca vi coisa semelhante.
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• Ela sabe o que aconteceu. (aquilo)


• O próprio presidente pediu desculpas.
• Ele mesmo admitiu o erro.
• Aqueloutro carro é mais novo que esse.

QUANDO USAR...

ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados
objeto está momento
ESSE(A)(S) algo DEPOIS de
PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO

objeto está momento


LONGE de quem para citar o PRIMEIRO
AQUELE(A)(S) PASSADO
FALA e de quem DISTANTE TERMO entre dois já
OUVE citados

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5 – Pronomes Relativos

Eles têm esse nome, pois referem-se a termos ANTERIORMENTE


MENCIONADOS na oração. São eles: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo(s),
cuja(s), quanto(s), quanta(s), quem, que, como, quando e onde.
Vamos a alguns exemplos e observações:
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• Aquela é a garota por quem ele apaixonou-se.


Repare que “quem” refere-se ao nome “garota” já mencionado na oração.

• O livro que estou lendo é ótimo. / O livro o qual estou lendo é ótimo.
• Falei com a mãe do seu amigo que esteve lá na delegacia.
Para evitar duplo sentido, melhor seria usar “o qual” ou “a qual”, a
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depender de quem “esteve lá na delegacia”.

• Falei com a mãe do seu amigo o qual esteve na delegacia.


Nesse caso, fica claro que o amigo é quem esteve na delegacia.

• A cidade onde nasci é a mais bela.


• Esse é o hospital cujos médicos são os melhores.
Veja que o pronome “cujos” dá uma idéia de posse do “hospital” em relação
aos “médicos”.

OBSERVAÇÃO:
1. O pronome QUEM é usado apenas para PESSOAS.
2. O pronome ONDE é usado apenas para LUGARES.
3. NÃO se usa artigo após o pronome CUJO(A)(S).

• Esse é o carro cuja a porta está quebrada. (ERRADO)


• Esse é o carro cuja porta está quebrada. (CORRETO)

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6 – Pronomes Interrogativos

São usados em frases interrogativas na 3a pessoa no modo direto ou


indireto.
Exemplos:
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• Que aconteceu? (direto)/ Ele perguntou o que aconteceu. (indireto)


• Quem será? / Imagino quem será o próximo.
• Qual o motivo? / Todos sabem qual o motivo da sua falta.
• Quantas pessoas chegaram? / Imagine quantas pessoas virão à festa.
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7 – Pronomes Indefinidos

Servem para designar algo de forma imprecisa, vaga, indefinida ou


indetermidada, referindo-se sempre à 3 a pessoa.
Podem ocorrer como pronomes substantivos, pronomes adjetivos ou
locuções.
Exemplos:

• Alguém acredita nisso?


• Algo importante aconteceu.
• Vi tantas pessoas que não pude contar.
• Há muito a se fazer.
• Gosto de quem gosta de mim.

Eis alguns outros:


• algum(a)(s), nenhum(a)(s), todo(a)(s), outro(a)(s), muito(a)(s),
certo(a)(s), vários(a), demais, tanto(a)(s), quanto(a)(s), qualquer,
alguém, ninguém, tudo, nada, cada, algo, mais, menos, que, quem, qual,
pouco(a)(s), tal, tais, bastante(s) (= muito(s)), uns, uma(s)
Algumas LOCUÇÕES:
• cada qual, tal qual, qualquer um, quem quer, um ou outro

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8 – Pronomes de Tratamento

Servem para nos dirigirmos adequadamente a pessoas de acordo com


critérios de familiaridade ou formalidade que a situação exija.
Quando nos dirigimos diretamente a uma autoridade, um juiz por
exemplo, devemos falar da seguinte maneira:
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• Vossa Excelência chegou a alguma decisão?


Note que o verbo fica na 3ª pessoa do singular.

No entanto, quando em sua ausência, para nos referimos à mesma


autoridade, devemos falar da maneira seguinte:
• Sua Excelência chegou a alguma decisão?
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O verbo permanece na 3ª pessoa do singular.

Vamos a um pequeno quadro resumo:

VOCÊ •Informal, familiar

SENHOR(A) •Respeitoso

VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados

VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades

VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes

VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais

VOSSA SANTIDADE •Papa

VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

É isso aí pessoal! Vamos praticar???

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9 – Questões Comentadas

3) CESPE/AUFC/TCU/Apoio Técnico e Administrativo/Tecnologia da


Informação/2010
A multiplicidade dos seres humanos traduz-se por uma forma de ordem singular.
O que há de único na vida em comum dos homens gera realidades particulares,
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especificamente sociais, que são impossíveis de explicar ou compreender a


partir do indivíduo. A língua é uma boa ilustração disso. Que impressão nos
causaria descobrir, ao acordarmos numa bela manhã, que todos os outros
homens falam uma língua que não compreendemos? Sob uma forma
paradigmática, a língua encarna esse tipo de dados sociais, que pressupõem
uma multiplicidade de seres humanos organizados em sociedades e os quais,
ao mesmo tempo, não param de se reindividualizar. Esses dados como que se
reimplantam em cada novo membro de um grupo, norteiam seu comportamento
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e sua sensibilidade, e constituem o habitus social a partir do qual se


desenvolverão nele os traços distintivos que o contrastarão com os outros no
seio do grupo. O modelo linguístico comum admite variações individuais, até
certo ponto.
Mas, quando essa individualização vai longe demais, a língua perde sua função
de meio de comunicação dentro do grupo. Entre outros exemplos, citemos a
formação da consciência moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos
numa dada civilização, ou o dinheiro e o tempo. A cada um deles correspondem
maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo
compartilha com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade.
Norbert Elias. Sobre o tempo. Vera Ribeiro (Trad.). Jorge Zahar editor, 1998,
p.19 (com adaptações).
No que se refere à organização das ideias e à estrutura do texto acima, julgue
o item.
A retirada do pronome em "se reindividualizar" provocaria erro gramatical e
incoerência textual, pois não se explicitaria o que seria reindividualizado.
Certo
Errado
Comentários:
“...seres humanos organizados em sociedades e os quais, ao mesmo tempo,
não param de se reindividualizar (reindividualizar a si mesmos)”
Observe que, no trecho acima, o “SE” é um pronome reflexivo (tem sentido de
a si mesmos), por isso sua ausência provocaria tanto incoerência textual
quanto erro gramatical, uma vez que o verbo ficaria sem complemento.
Gabarito: C

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4) CESPE/AnaTA/MIN/2009
Rousseau defendia que o que, de fato, distingue os animais do ser humano é
algo que ele denominou perfectibilidade. O nome é um neologismo um tanto
inusitado, mas seu significado é por ele esclarecido: a perfectibilidade é a
capacidade que o homem tem de aperfeiçoar-se.
Atualizando um pouco a distinção, poder-se-ia dizer que é como se os animais
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viessem com um software instalado, de fábrica, o qual os condiciona e limita


durante toda a existência. Já os humanos seriam, nesse sentido, ilimitados,
porque são seres que se aperfeiçoam, desenvolvem cultura, fazem história.
Enquanto um pombo morreria de fome diante de um pedaço de carne, ou um
felino, frente a um punhado de grãos, pois são programados por natureza a
alimentar-se diversamente, o homem é um ser que supera determinações
naturais. Não sendo condicionado por natureza, o homem é capaz de vivenciar
novas experiências, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo,
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voar ou explorar o mundo subaquático, quando não foi dotado por natureza
para voar e permanecer sob a água. Diante disso, Rousseau defende que o
homem é o único animal a possuir liberdade, porque ele pode fazer escolhas
que vão contra seus instintos ou determinações naturais.
Lília Pinheiro. Homem, o ser tecnológico. In: Filosofia, Ciência&Vida. Ano III,
n.º 27, p. 278 (com adaptações).
Julgue o seguinte item quanto às ideias e às estruturas linguísticas do texto
acima apresentado.
No desenvolvimento das relações de coesão do texto, o pronome "lhe" retoma
"homem" e, por isso, sua substituição pelo pronome o preservaria a coerência
e a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
Comentários:
Enquanto o pronome O é utilizado como objeto direto, o pronome LHE é
utilizado com a função de objeto indireto. Portanto, um não serve para
substituir o outro, visto que possuem funções distintas.
Fazendo uma análise detalhada:
“o homem é capaz de vivenciar novas experiências, de inventar artefatos que
lhe possibilitem, por exemplo, voar ou explorar o mundo subaquático”
No trecho acima, o pronome “lhe” que se refere ao termo “homem” é exigido
pela forma verbal “possibilitem” que é transitivo direto e indireto (TDI)
(possibilitar algo (OD) a alguém (OI)).
“Voar ou explorar o mundo...” é o OD.

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“Lhe” = a ele = ao homem é o OI, por isso não pode ser substituído pelo
pronome “o”, que é utilizado apenas para OD.
Gabarito: E

5) CESPE/AA/PRF/2012
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A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre


estradas federais, estaduais e municipais. Essa modalidade de transporte é
responsável por 96,2% da locomoção de passageiros e por 61,8% da
movimentação de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do
Transporte.
Foi a partir da década de 30 do século XX, com a expansão do desenvolvimento
econômico também para o interior do país, que foram feitos os primeiros
grandes investimentos em estradas nacionais. Entre as décadas de 50 e 60
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daquele século, a implantação da indústria automobilística foi determinante para


que essa modalidade de transporte se estabelecesse como a mais comum no
Brasil até os tempos atuais.
Em agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em
Logística: um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que irá injetar R$
133 bilhões em infraestrutura nos próximos vinte e cinco anos. Serão
concedidos à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de rodovias federais.
Durante o primeiro período de investimentos, as concessionárias deverão
realizar obras de duplicação, vias laterais, contornos e travessias. A empresa
vencedora de cada contrato será aquela que propuser a menor tarifa de pedágio
(que só poderá ser cobrado após a conclusão de 10% das obras previstas no
contrato). No trecho urbano, o pedágio não será cobrado.
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
A correção gramatical do período ficaria prejudicada caso se substituísse o
termo “aquela” por a.
Certo
Errado
Comentários:
“A empresa vencedora de cada contrato será aquela que propuser a menor
tarifa...”
É possível e correta a substituição do pronome demonstrativo “aquela” pelo
pronome demonstrativo “a”.
“A empresa vencedora de cada contrato será a que propuser a menor tarifa...”

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Repare que o “a” também pode exercer a função de pronome demonstrativo ou


seja pode ter a mesma função de “aquela”.
Gabarito: E

6) CESPE/AJ/STJ/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2012
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Texto para o item


Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de
Alexandria representa uma epígrafe perfeita para a discussão sobre a
materialidade da comunicação. As escavações para a localização da biblioteca,
sem dúvida um dos maiores tesouros da Antiguidade, atraíram inúmeras
gerações de arqueólogos.
Inutilmente. Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez
nunca tivessem existido? Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que
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descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. E


eis a solução do enigma. O acervo da biblioteca de Alexandria era composto por
rolos e não por livros — pressuposição por certo ingênua, ou seja, atribuição
anacrônica de nossa materialidade para épocas diversas. Em vez de um
conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um
edifício próprio, a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de
estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés.
Ora, mas não era essa a melhor forma de colecionar rolos, preservando-os
contra as intempéries? Os arqueólogos que passaram anos sem encontrar a
biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos olhos, mesmo ao alcance
das mãos. No entanto, jamais poderiam localizá-la, já que não levaram em
consideração a materialidade dos meios de comunicação dominante na época:
eles, na verdade, procuravam uma biblioteca estruturada para colecionar livros
e não rolos. Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à
negligência com a materialidade dos meios de comunicação?
O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da
materialidade específica mediante a qual os valores de uma cultura são, de um
lado, produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade envolve tanto o
meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da
cultura e, em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de comunicação,
instituições e hábitos mentais de uma época determinada. Vejamos: para o
entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro
na Grécia clássica ou na Inglaterra elizabetana; o romance nos séculos XVIII e
XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador em nossos dias —, o
estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade
do meio de comunicação. Assim, no teatro, a voz e o corpo do ator constituem
uma materialidade muito diferente da que será criada pelo advento e difusão da
imprensa, pois os tipos impressos tendem, ao contrário, a excluir o corpo do
circuito comunicativo. Já os meios audiovisuais e informáticos promovem um

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certo retorno do corpo, mas sob o signo da virtualidade. Compreender, portanto,


como tais materialidades influem na elaboração do ato comunicativo é
fundamental para se entender como chegam a interferir na própria ordenação
da sociedade.
João C. de C. Rocha. A matéria da materialidade: como localizar a biblioteca
de Alexandria? In: João C. de C. Rocha (Org.). Interseções: a materialidade da
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comunicação. Rio de Janeiro: Imago; EDUERJ, 1998, p. 12, 1415 (com


adaptações).
Com relação às estruturas linguísticas do texto, julgue o item seguinte.
O trecho, “jamais poderiam localizá-la”, poderia ser corretamente reescrito da
seguinte forma: jamais a poderiam localizar.
Certo
Errado
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Comentários:
Muito bom o tema abordado na questão!
Veja que há uma palavra atrativa “jamais” que, naturalmente, atrai o pronome
“A”, portanto, é correto o emprego de “jamais a poderiam localizar”.
No entanto, pergunto, por que o autor utilizou a forma “jamais poderiam
localizá-la”?
Como temos uma locução verbal “poderiam localizar”, a distância da palavra
atrativa em relação ao segundo verbo enfraquece-a. Portanto as duas
maneiras são igualmente corretas.

Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
recomendada!!!
2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO

linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.

Gabarito: C

7) CESPE/EPF/PF/2013
O processo penal moderno, tal como praticado atualmente nos países
ocidentais, deixa de centrar-se na finalidade meramente punitiva para centrar-

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se, antes, na finalidade investigativa. O que se quer dizer é que, abandonado o


sistema inquisitório, em que o órgão julgador cuidava também de obter a prova
da responsabilidade do acusado (que consistia, a maior parte das vezes, na sua
confissão), o que se pretende no sistema acusatório é submeter ao órgão
julgador provas suficientes ao esclarecimento da verdade.
Evidentemente, no primeiro sistema, a complexidade do ato decisório haveria
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de ser bem menor, uma vez que a condenação está atrelada à confissão do
acusado.
Problemas de consciência não os haveria de ter o julgador pela decisão em si,
porque o seu veredito era baseado na contundência probatória do meio de prova
“mais importante” — a confissão. Um dos motivos pelos quais se pôs em causa
esse sistema foi justamente a questão do controle da obtenção da prova: a
confissão, exigida como prova plena para a condenação, era o mais das vezes
obtida por meio de coações morais e físicas.
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Esse fato revelou a necessidade, para que haja condenação, de se proceder à


reconstituição histórica dos fatos, de modo que se investigue o que se passou
na verdade e se a prática do ato ilícito pode ser atribuída ao arguido, ou seja, a
necessidade de se restabelecer, tanto quanto possível, a verdade dos fatos, para
a solução justa do litígio. Sendo esse o fim a que se destina o processo, é
mediante a instrução que se busca a mais perfeita representação possível dessa
verdade.
Getúlio Marcos Pereira Neves. Valoração da prova e livre convicção do juiz. In:
Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n.º 401, ago./2004 (com adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o
item que se segue.
Seriam mantidas a correção gramatical e a coesão do texto, caso o pronome
“os”, em “não os haveria de ter”, fosse deslocado para imediatamente depois
da forma verbal “ter”, escrevendo-se tê-los.
Certo
Errado
Comentários:
No caso de locução verbal com palavra atrativa, temos duas opções corretas
para colocação do pronome oblíquo: antes do primeiro verbo (devido à atração)
ou após o segundo (regra geral – ênclise – a palavra atrativa perde a força em
função da distância).
Portanto, as duas formas são corretas: “não os haveria de ter” ou “não haveria
de tê-los”.

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Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
recomendada!!!
2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO
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linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.

Gabarito: C
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8) IBFC/Perito Crim./PC RJ/Biologia/2013


Texto
Para Ver as Meninas
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
Quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E anda mais nos braços
Só este amor
Assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer

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Um samba sobre o infinito


Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
(Marisa Monte) Disponível em
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

http://letras.mus.br/marisamonte/47291/Acesso em 19/07/2013
Nos versos “E nada mais nos braços/ Só este amor”, ocorre um pronome
demonstrativo que tem seu uso justificado por fazer referência:
a) temporal apontando para um fato passado.
b) textual substituindo uma palavra já citada anteriormente.
c) temporal indicando um fato futuro.
d) temporal indicando um fato futuro;
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e) especial referindo-se a uma proximidade do enunciador.


Comentários:
No trecho acima, o pronome demonstrativo ESTE refere-se a “amor”, indicando
algo que está próximo de quem fala.
Veja o quadro abaixo:
QUANDO USAR...

ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados
objeto está momento
ESSE(A)(S) algo DEPOIS de
PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO

objeto está momento


LONGE de quem para citar o PRIMEIRO
AQUELE(A)(S) PASSADO
FALA e de quem DISTANTE TERMO entre dois já
OUVE citados

Gabarito: E

9) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/2005

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A exaltação do indivíduo, como representante dos mais elevados valores


humanos que esta sociedade produziu, combinada ao achatamento subjetivo
sofrido pelos sujeitos sob os apelos monolíticos da sociedade de consumo,
produz este estranho fenômeno em que as pessoas, despojadas ou
empobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se a cultuar a imagem de outras,
destacadas pelos meios de comunicação como representantes de dimensões de
humanidade que o homem comum não reconhece em si mesmo. Consome-se a
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

imagem espetacularizada de atores, cantores, esportistas e alguns (raros)


políticos, em busca do que se perdeu exatamente como efeito da
espetacularização da imagem: a dimensão, humana e singular, do que pode vir
a ser uma pessoa, a partir do singelo ponto de vista de sua história de vida.
Maria Rita Kehl. O fetichismo. In: Emir Sader (Org.). Sete pecados do capital.
Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 1999.
Com base nas idéias e nos aspectos morfossintáticos do texto, julgue o seguinte
Cópia registrada para Monique Araújo (CPF: 023.257.243-79)

item.
O emprego do pronome "esta" tem o efeito de marcar a atualidade do texto.
Certo
Errado
Comentários:
O pronome demonstrativo “esta”, em relação ao tempo, indica algo que está
acontecendo (momento presente). No texto acima, “esta” qualifica o nome
“sociedade”, dando o sentido de algo presente ou atual.
QUANDO USAR...

ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados
objeto está momento
algo DEPOIS de
ESSE(A)(S) PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO

objeto está momento


LONGE de quem para citar o PRIMEIRO
AQUELE(A)(S) PASSADO
FALA e de quem TERMO entre dois já
DISTANTE
OUVE citados

Gabarito: C

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10) CESPE/Agente/PF/2009
Nossos projetos de vida dependem muito do futuro do país no qual vivemos. E
o futuro de um país não é obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se
constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos e, às vezes, até
violentos entre grupos com visões de futuro, concepções de desenvolvimento e
interesses distintos e conflitantes.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Para muitos, os carros de luxo que trafegam pelos bairros elegantes das capitais
ou os telefones celulares não constituem indicadores de modernidade.
Modernidade seria assegurar a todos os habitantes do país um padrão de vida
compatível com o pleno exercício dos direitos democráticos. Por isso, dão mais
valor a um modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população
alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo, bibliotecas, parques
públicos. Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário
eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça; são instituições
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públicas sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões econômicas.


Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.).
Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 279 (com
adaptações).
Considerando a argumentação do texto acima bem como as estruturas
linguísticas nele utilizadas, julgue o item a seguir.
Na linha 1, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em
que ou onde em lugar de "no qual".
Certo
Errado
Comentários:
Perfeito. Os termos ”no qual” e “em que” têm o mesmo significado.
Nesse caso, é possível também a utilização de “onde”, por se tratar de lugar,
pois o nome “país” presume a existência de um território.
Gabarito: C

11) CESPE/ATA/MF/2009
O administrador interino
Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não
ganhava muito, mas a mulher gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a
casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era
propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete
de loteria, dez contos de réis. A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o
prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a
mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns

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pássaros etc.; mas a mulher, esta D. Fortunata que ali está à porta dos fundos
da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabeça,
os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a
casa, e guardar o que sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou
muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha mãe, a quem D. Fortunata
pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia
chegou a salvar a vida ao Pádua. Escutai; a anedota é curta.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em


comissão. Pádua, ou por ordem regulamentar, ou por especial designação, ficou
substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta mudança de
fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou
de reformar a roupa e a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à
mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos
sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna
interinidade. Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e desvairado, ia perder o
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lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã. Pediu a minha mãe que velasse
pelas infelizes que deixava; não podia sofrer desgraça, matava-se. Minha mãe
falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a coisa nenhuma.
Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu prostrado alguns dias,
mudo, fechado na alcova, − ou então no quintal, ao pé do poço, como se a ideia
da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:
− Joãozinho, você é criança?
Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir a
minha mãe que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que se queria
matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que
maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma
gratificação a menos, e perder um emprego interino?
Machado de Assis. Dom Casmurro, cap. XVI (com adaptações).
Julgue o item com relação a aspectos gramaticais e ortográficos do texto.
Os pronomes empregados em "quando lhe saiu o prêmio" e "atirou-se às
despesas supérfluas" devem ser interpretados como reflexivos.
Certo
Errado
Comentários:
Na segunda oração, de fato, o pronome “se” é reflexivo, pois refere-se ao
próprio sujeito, tem o significado de “si mesmo”. Na primeira, no entanto,
percebam que o pronome “lhe” tem sentido de posse igualmente ao
pronome possessivo “seu” (“quando saiu o seu prêmio”).
Gabarito: E

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12) CESPE/TEFC/TCU/2004
Em uma iniciativa inédita, dez grandes corporações assinaram um compromisso
com o Fórum Econômico Mundial para divulgar regularmente o volume de suas
emissões de gases poluentes. Com isso, elas se antecipam aos governos que
ainda estão aguardando a entrada em vigor do protocolo de Kyoto. Pelo acordo,
denominado Registro Mundial de Gases que Causam o Efeito Estufa, as
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multinacionais passam a informar o seu grau de poluição do meio ambiente,


atendendo a expectativas de acionistas, que cobram mais transparência sobre
o tema. Juntas, essas empresas são responsáveis pela emissão de 800 milhões
de toneladas de dióxido de carbono por ano, o que representa cerca de 5% das
emissões mundiais.
O Globo, 23/1/2004, p. 30 (com adaptações).
A partir do texto acima e considerando aspectos marcantes da questão
ambiental no mundo contemporâneo, julgue os itens seguintes.
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Para tornar o texto mais formal e adequado a uma redação oficial, mantendo a
correção gramatical e as relações semânticas, deve-se reescrever o trecho
"passam a informar o seu grau" da seguinte forma: passam a informar-lhe o
grau.
Certo
Errado
Comentários:
O pronome LHE pode, em alguns casos, ser utilizado para indicar posse. No
entanto, devido à regência do verbo informar que é TDI (informar algo a
alguém). A substituição gera um segundo sentido na oração que é de “informar
o grau a alguém", em vez de preservar o sentido possessivo, que é o original.
Gabarito: E

13) CESPE/Agente Administrativo/MTE/2014


Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando,
andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, enfiou depois
pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem saber
como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem
saber como, entrou em um Café. Pediu alguma cousa e encostou-se à parede,
olhando para fora. Tinha medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas
papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa principal das
reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que
achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma
expressão irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com
ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que
devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe

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dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no


a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a
tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.
Machado de Assis. A carteira. In: Obra completa de Machado de Assis, vol. II.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994
Julgue o item subsequente, referente às ideias e às estruturas linguísticas do
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texto acima.
Na linha 12, a forma pronominal “la”, em “anunciá-la”, refere-se a “polícia”.
Certo
Errado
Comentários:
Lendo o parágrafo do texto com atenção, vemos que a forma pronominal “LA”
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refere-se ao termo “carteira”.


“A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira
à polícia, ou anunciá-la.” (anunciar o quê?? a carteira)
Gabarito: E

14) CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015
A persecução penal se desenvolve em duas fases: uma fase administrativa, de
inquérito policial, e uma fase jurisdicional, de ação penal. Assim, nada mais é o
inquérito policial que um procedimento administrativo destinado a reunir
elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e de sua
autoria. Em outras palavras, o inquérito policial é um procedimento policial que
tem por finalidade construir um lastro probatório mínimo, ensejando justa causa
para que o titular da ação penal possa formar seu convencimento, a opinio
delicti, e, assim, instaurar a ação penal cabível. Nessa linha, percebe-se que o
destinatário imediato do inquérito policial é o Ministério Público, nos casos de
ação penal pública, e o ofendido, nos casos de ação penal privada.
De acordo com o conceito ora apresentado, para que o titular da ação penal
possa, enfim, ajuizá-la, é necessário que haja justa causa. A justa causa,
identificada por parte da doutrina como uma condição da ação autônoma,
consiste na obrigatoriedade de que existam prova acerca da materialidade
delitiva e, ao menos, indícios de autoria, de modo a existir fundada suspeita
acerca da prática de um fato de natureza penal. Dessa forma, é imprescindível
que haja provas acerca da possível existência de um fato criminoso e indicações
razoáveis do sujeito que tenha sido o autor desse fato.
Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que serão
coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do titular
da ação penal, isto é, a opinio delicti. É com base nos elementos apurados no

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inquérito que o promotor de justiça, convencido da existência de justa causa


para a ação penal, oferece a denúncia, encerrando a fase administrativa da
persecução penal.
Hálinna Regina de Lira Rolim. A possibilidade de investigação do Ministério
Público na fase pré-processual penal. Artigo científico. Rio de Janeiro: Escola
de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, 2010, p. 4. Internet :
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

<www.emerj.tjrj.jus.br>. (com adaptações).


Julgue o item que se segue, a respeito das estruturas linguísticas do texto.
Em “Evidencia-se”, o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser tanto
posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se
evidencia.
Certo
Errado
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Comentários:
Não é possível a próclise neste caso, pois trata-se de início de frase.
É absolutamente PROIBIDO iniciar períodos com pronome átono.
Gabarito: E

15) CESPE/Tec./MPU/Administração/2013
Dependerá da adesão dos demais ministros o êxito de um apelo feito pelo
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja extinta a prática
de esconder os nomes de investigados em inquéritos criminais na mais alta corte
do país. Ele defende que o STF deve livrar-se do costume de manter identidades
em segredo, ou estará contrariando todos os esforços em busca de maior
transparência. Enfatiza o ministro que o bom senso recomenda a mudança,
mesmo que alguns dos integrantes do Supremo defendam a manutenção do
procedimento adotado em 2010.
É ultrapassado o entendimento de que, ao não identificar os investigados, o STF
estaria protegendo pessoas que, no desfecho dos processos, poderiam vir a ser
absolvidas ou ter seus casos arquivados. Por essa norma, os investigados são
identificados apenas pelas iniciais, como se o STF estivesse, de alguma forma,
resguardando acusados de algum delito. Assegura o presidente que a presunção
de inocência não justifica o que define como “opacidade que prevalece no
âmbito dos processos criminais no Supremo”.
Reverter essa restrição significa, segundo a argumentação do ministro, ser
transparente não só para a justiça, mas também para toda a sociedade.
Zero Hora, 8/4/2013.
Com base na leitura do texto acima, julgue o item a seguir.

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No trecho “justifica o que define”, o pronome “o” poderia ser corretamente


substituído por aquilo.
Certo
Errado
Comentários:
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Esse é um exemplo do emprego do “O” como pronome demonstrativo.


A maneira de o identificarmos é, justamente, fazendo a troca da palavra “O”
pela palavra “aquilo”, devendo, o sentido da oração manter-se inalterado.
Gabarito: C

16) CESPE/Técnico/MPU/Administrativo/2010
A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a
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perder fôlego. A reação dos indicadores de atividade na zona do euro, que já


não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3%
em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta que a economia americana
perderá força no segundo semestre. O corte de 125 mil empregos em junho
indica que a esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de
trabalho no curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões
para esse estancamento encontram-se no comportamento do polo dinâmico da
economia mundial, os países emergentes, cujo desenvolvimento econômico
começou a desacelerar − ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão.
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a
seguir.
O deslocamento do pronome "se" para imediatamente após a forma verbal
"concretizar" − não deverá concretizar-se − não prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
Comentários:
Na verdade, podemos até dizer que estaria “mais correto”, uma vez que a
ocorrência da palavra atrativa “não” favorece a próclise em relação ao verbo
auxiliar “deverá” ou ênclise em relação ao verbo principal “concretizar”.
A forma que está grafado no texto é aceita, embora seja preferível para o uso
informal.
Estaria incorreta a forma “não deverá-se concretizar”, devido à ocorrência da
palavra de atração.

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No modo PARTICÍPIO, a ênclise é PROIBIDA!!!

Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
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recomendada!!!
2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO

linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.
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Gabarito: C

17) CESPE/Analista Judiciário/TRT 10/Administrativa/2013


A economia solidária vem-se apresentando como uma alternativa inovadora de
geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão
social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais
organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca,
empresas de autogestão e redes de cooperação — que realizam atividades de
produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e
consumo solidário.
A Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e
Emprego, desde sua criação, em 2003, vem elaborando mecanismos de
formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no
Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007
a Secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os
empreendimentos econômicos alternativos.
Internet: <http://portal.mte.gov.br/imprensa> (com adaptações).
Com relação ao texto acima, julgue o seguinte item.
No trecho “A economia solidária vem-se apresentando”, o deslocamento do
pronome pessoal oblíquo para depois do verbo principal da locução não
prejudicaria a correção gramatical do texto: vem apresentando-se.
Certo
Errado
Comentários:

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Vamos repetir o esquema para colocação pronominal em locuções verbais sem


palavras atrativas.

Quando NÃO há palavra atrativa

Caso não seja início


1 Próclise ao auxiliar OK se conseguiu livrar
de período
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2 Ênclise ao auxiliar OK conseguiu-se livrar OK

3 Próclise ao principal OK conseguiu se livrar linguagem usual


Perfeito!!!
4 Ênclise ao principal OK conseguiu livrar-se Forma
recomendada!!!
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Uma vez que não há palavra atrativa, a ênclise ao verbo principal é a forma
mais recomendada pela gramática Portuguesa.
Lembre-se de que no modo PARTICÍPIO, esta forma é ERRADA.
Gabarito: C

18) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior.


O exterior é jogado contra um adversário para superar obstáculos exteriores e
atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão
instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os
braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por
algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas
instruções do que para executá-las.
Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo
se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se
desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de
concentração, nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e
autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os
hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.
Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no
outro? Por que ficamos tensos numa competição ou desperdiçamos jogadas
fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender
um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus,
mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem
de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora
dela.

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(Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R.


Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13)
Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes
necessários, ambos os pronomes foram empregados corretamente em:
a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como
posicioná-los / alcançar-lhes
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b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não


encontraremo-la / negligenciarmo-nas
c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dão-
nas / como utilizá-la
d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos
/ atingi-la
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e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes


acrescentem / elas as trazem
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A primeira substituição está correta, pois o verbo
posicionar é transitivo direto, então troca-se o termo “os braços” pelo
pronome “os”.
A segunda substituição deveria ser similar à primeira, uma vez que o verbo
“alcançar” também é transitivo direto. O pronome “lhes” é usado para
complementar verbos transitivo indiretos, pois é equivalente ao termo “a eles”.
Correto seria a grafia “alcançá-los.
Alternativa B – Incorreta – No primeiro termo deveria haver uma próclise em
virtude do advérbio “não”, que atrai o pronome para junto dele. No segundo,
cometeu-se um erro não de regência, pois foi adicionado o pronome “as”, para
complementar o verbo negligenciar TD, no entanto a forma correta seria
“negligenciarmo-las”, pois a forma verbal é terminada em “S”.
Alternativa C – Correta – Os dois verbos são TD e estão com os pronomes “as”
e “a” empregados corretamente.
Alternativa D – Incorreta – Novamente dois verbos TD, no entanto o primeiro é
terminado em “R”, devendo ser redigido da seguinte forma: superá-los.
Alternativa E - Incorreta – Os dois verbos são TD e as duas substituições estão
incorretas, devendo ser escritas “não os acrescentem”, devido à atração do
advérbio “não” e “elas trazem-nas”, uma vez que não há no segundo caso
palavra de atração.
Gabarito: C

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19) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio


Especializado/Tecnologia da Informação/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Novas fronteiras do mundo globalizado
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar
que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
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definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer


que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites.
Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem
no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo
que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o
outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à
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noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países


em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos
ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 220)
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos
as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas
tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las
Comentários:
Como na questão anterior, vemos que nas três orações o complemento é o
mesmo - “as novas tecnologias”. Na segunda oração, porém, há uma crase, isso
indica que há também uma preposição.
Item 1 - O verbo tomar é TD, então teremos como complemento o pronome
“as”. Vamos posicioná-lo antes do verbo (próclise) devido ao advérbio “não”,
que o atrai.
Item 2 – A crase é fundamental para identificarmos a existência de preposição
no complemento do verbo faltar (TI – ex. Faltou ao encontro). Nesse caso,
usaremos “a elas” ou “lhes”.

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OBSERVAÇÃO – Temos, antes do verbo, a conjunção “pois”, que é


coordenativa. Enquanto as conjunções subordinativas atraem o pronome, as
coordenativas admitem o uso de próclise ou ênclise (FACULTATIVO).
Item 3 - Submeta o quê?? As novas tecnologias... Verbo TD ok? Veja que há
um “que” (pronome relativo), que atrai o pronome “as” (próclise).
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20) CESPE/Adm/FUB/2015
Texto III
A UnB investe em ideias e projetos comprometidos com a crítica social e
a reflexão. Muitas dessas experiências têm fomentado o debate nacional de
temas polêmicos da realidade brasileira, das quais uma foi a criação, em 2003,
de cotas no vestibular para inserir negros e indígenas na universidade e ajudar
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a corrigir séculos de exclusão racial. A medida foi polêmica, mas a UnB — a


primeira universidade federal a adotar o sistema — buscou assumir seu papel
na luta por um projeto de combate ao racismo e à exclusão.
Outra inovação é o Programa de Avaliação Seriada (PAS), criado como
alternativa ao vestibular, em que candidatos são avaliados em provas aplicadas
ao término de cada uma das séries do ensino médio. A intenção é a de estimular
as escolas a preparar melhor o aluno, com conteúdos mais densos desde o
primeiro ano do ensino médio.
Em treze anos de criação, mais de oitenta mil estudantes participaram
desse processo seletivo, dos quais 13.402 tornaram-se calouros da UnB.
Internet: < www.unb.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue com relação às ideias e estruturas linguísticas do


texto III.
Na linha 9, o pronome relativo “que” refere-se a “vestibular”.
Certo
Errado
Comentários:
Nesse tipo de questão, onde se pede para identificarmos o REFERENTE – termo
a que se refere o pronome – é importante observarmos, ao menos, o período
desde o início. Em alguns casos, teremos que o buscar em períodos anteriores.
Então vamos lá!
“Outra inovação é o Programa de Avaliação Seriada (PAS), criado como
alternativa ao vestibular, em que candidatos são avaliados são avaliados em
provas aplicadas ao término de cada uma das séries do ensino médio.”

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Observe que, tanto no vestibular quanto no PAS, o aluno é avaliado, no entanto,


apenas neste, a avaliação ocorre ao final de cada uma das séries.
Gabarito: Errado

21) CESPE/PRF/PRF/2013
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Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos boa parte da


vida tendo de optar entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Na realidade,
entre o que consideramos bem e o que consideramos mal. Apesar da longa
permanência da questão, o que se considera certo e o que se considera errado
muda ao longo da história e ao redor do globo terrestre.
Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte autoriza o
Estado a matar em nome da justiça. Em outras sociedades, o direito à vida é
inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia.
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Tempos atrás era tido como legítimo espancarem-se mulheres e crianças,


escravizarem-se povos. Hoje em dia, embora ainda se saiba de casos de
espancamento de mulheres e crianças, de trabalho escravo, esses
comportamentos são publicamente condenados na maior parte do mundo.
Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera de
temas polêmicos que atraem os holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes é na
solidão da consciência de cada um de nós, homens e mulheres, pequenos e
grandes, que certo e errado se enfrentam.
E a ética é o domínio desse enfrentamento.
Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. São
Paulo: Ática, 2008 (com adaptações).

A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
que se segue.
Devido à presença do advérbio “apenas”, o pronome “se” poderia ser deslocado
para imediatamente após a forma verbal “coloca”, da seguinte forma: coloca-
se.
Certo
Errado
Comentários:
“o errado não se coloca apenas na esfera de temas polêmicos”
No trecho acima, temos a presença da palavra atrativa “não”, que além de
advérbio, é uma palavra de negação, a qual atrai o pronome para a posição
de próclise.

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As palavras atrativas “atraem” o pronome apenas para a posição de


PRÓCLISE.
Palavras de ATRAÇÃO (invariáveis): advérbios, pronomes indefinidos,
pronomes relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras
negativas.
Gabarito: Errado
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22) CESPE/Esc Pol/PC-DF/2013


A democracia há muito deixou de dizer respeito às regras do jogo político
para se transformar na força viva de construção de um mundo vasto e
diferenciado, apto a conjugar tempos passados e futuros, afinidades e
diferenças, meios sociais imprescindíveis ao desenvolvimento da autenticidade
e da individualidade de cada pessoa. O espírito democrático desenvolve-se na
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diversidade e estabelece o diálogo na pluralidade. Diversidade é a semente


inesgotável da autenticidade e da individualidade humana, que se expressam
na subjetividade da liberdade pessoal. Mas a condição de ser livre, ou seja, de
desenvolver a autenticidade e a individualidade, pressupõe o contexto da
diversidade, somente atingível, em termos políticos, no âmbito do espírito
democrático, círculo que demonstra a intimidade e interdependência entre
democracia e liberdades fundamentais. A liberdade deve ser entendida em duplo
sentido: como o respeito e a aceitação das diferenças individuais e coletivas e
como dever de solidariedade e compromisso com as condições para a liberdade
de todos, o que implica a garantia do direito à não discriminação e do direito a
políticas afirmativas, como formas de manifestação do direito à diversidade, que
representam novos padrões de proteção jurídica, ensejadores da acessibilidade
às condições materiais, sociais, culturais e intelectivas, imprescindíveis à
autodeterminação individual, denominadas direitos de acessibilidade, requisito
primeiro para o pleno exercício das liberdades de escolhas.
Idem, p. 97 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativo às ideias e estruturas linguísticas do texto


acima.
No trecho “que se expressam na subjetividade da liberdade pessoal”, o emprego
do pronome átono “se” após a forma verbal — expressam-se — prejudicaria a
correção gramatical do texto, dada a presença de fator de próclise na estrutura
apresentada.
Certo
Errado
Comentários:

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No trecho acima, temos a presença do pronome relativo QUE, atraindo o


pronome SE obrigatoriamente para a próclise.
Palavras de ATRAÇÃO (invariáveis): advérbios, pronomes indefinidos,
pronomes relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras
negativas.
Gabarito: Certo
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23) CESPE/Cont/MTE/2014
Saiu finalmente a conta da contribuição da nova classe média brasileira
— aquela que, na última década, ascendeu ao mercado de consumo, como uma
avalanche de quase 110 milhões de cidadãos. Uma pesquisa do Serasa Experian
mostrou que o pelotão formado por essa turma, que se convencionou chamar
de classe C, estaria no grupo das 20 maiores nações no consumo mundial, caso
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fosse classificado como um país. Juntos, os milhares de neocompradores


movimentam quase R$ 1,2 trilhão ao ano. Isso é mais do que consome a
população inteira de uma Holanda ou uma Suíça, para ficar em exemplos do
primeiro mundo. Não por menos, tal massa de compradores se converteu na
locomotiva da economia brasileira e em alvo preferido das empresas. Com mais
crédito e programas sociais, em especial o Bolsa Família, os emergentes daqui
saíram às lojas e estão gradativamente se tornando mais e mais criteriosos em
suas aquisições.
Carlos José Marques. A classe C é G20. Internet: <www.istoedinheiro.com.br>
(com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto acima, julgue o


próximo item.
Na linha 09, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a
forma verbal “converteu”, escrevendo-se converteu-se, sem prejuízo da
correção gramatical do texto.
Certo
Errado
Comentários:
Como não há palavra atrativa, o pronome poderá ser deslocado para depois
do verbo (ênclise), sendo esta, inclusive, a forma mais recomendável em uma
linguagem formal.
Gabarito: Certo

24) CESPE/Agente/PF/2009

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A visão do sujeito indivíduo indivisível pressupõe um caráter singular, único,


racional e pensante em cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos
previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em teias e tensões
relacionais que conformarão nossas capacidades, de acordo com a sociedade
em que vivemos. A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre o
que é "meu" e o que é "nosso". A pergunta que propõe é: como nos fazemos e
nos refazemos em nossas relações com as instituições e nas relações que
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estabelecemos com os outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma
unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. Estaríamos envolvidos,
constantemente, em tramas complexas de internalização do "exterior" e,
também, de rejeição ou negociação próprias e singulares do "exterior". As
experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que
determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir.
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista
Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
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Julgue o seguinte item, a respeito das estruturas linguísticas e do


desenvolvimento argumentativo do texto acima.
Na linha 3, para se evitar a sequência "nós nos", o pronome átono poderia ser
colocado depois da forma verbal "fazemos", sem que a correção gramatical do
trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas.
Certo
Errado
Comentários:
Em verdade, essa seria a forma mais recomendável em uma linguagem formal.
No entanto, faz-se imprescindível que cortemos o S, para acrescentarmos o
pronome NOS.
Repare que aqui não se trata da forma “OS” com verbo de som nasal, e sim o
pronome NOS (1ª pessoa do plural).
“... nós fazemo-nos ... ”
Gabarito: Errado

25) CESPE/AnaTA/MIN/2009
Rousseau defendia que o que, de fato, distingue os animais do ser humano é
algo que ele denominou perfectibilidade. O nome é um neologismo um tanto
inusitado, mas seu significado é por ele esclarecido: a perfectibilidade é a
capacidade que o homem tem de aperfeiçoar-se. Atualizando um pouco a
distinção, poder-se-ia dizer que é como se os animais viessem com um software
instalado, de fábrica, o qual os condiciona e limita durante toda a existência. Já
os humanos seriam, nesse sentido, ilimitados, porque são seres que se

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aperfeiçoam, desenvolvem cultura, fazem história. Enquanto um pombo


morreria de fome diante de um pedaço de carne, ou um felino, frente a um
punhado de grãos, pois são programados por natureza a alimentar-se
diversamente, o homem é um ser que supera determinações naturais. Não
sendo condicionado por natureza, o homem é capaz de vivenciar novas
experiências, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo, voar ou
explorar o mundo subaquático, quando não foi dotado por natureza para voar e
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permanecer sob a água. Diante disso, Rousseau defende que o homem é o único
animal a possuir liberdade, porque ele pode fazer escolhas que vão contra seus
instintos ou determinações naturais.
Lília Pinheiro. Homem, o ser tecnológico. In: Filosofia, Ciência&Vida. Ano III,
n.º 27, p. 278 (com adaptações).

Julgue o seguinte item quanto às ideias e às estruturas linguísticas do texto


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acima apresentado.
A substituição de "poder-se-ia dizer" pela forma menos formal poderia se dizer
preservaria a correção gramatical do texto, desde que fosse respeitada a
obrigatoriedade de não se usar hífen, para se reconhecer que o pronome se está
antes do verbo dizer, e não depois do verbo poderia.
Certo
Errado
Comentários:
Nos verbos com tempo futuro, a forma recomendável é a mesóclise.
Entretanto, o uso da próclise vem sendo a cada dia mais aceito,
principalmente em linguagem menos formal, devido à estranheza que pode
causar o uso da quase arcaica mesóclise. Já a ênclise fica expressamente
proibida.
Gabarito: Certo

26) CESPE/AnaTA/MJ/2013
Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, para a classe dominante brasileira
(os “liberais”), democracia é o regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no
entanto, a democracia é “o único regime político no qual os conflitos são
considerados o princípio mesmo de seu funcionamento”: impedir a expressão
dos conflitos sociais seria destruir a democracia. O filósofo francês Jacques
Rancière critica a ideia de democracia que tem estruturado nossa vida social —
regida por uma ordem policial, segundo ele —, devido ao fato de ela se
distanciar do que seria sua razão de ser: a instituição da política. Estamos
acomodados por acreditar que a política é isso que está aí: variadas formas de

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acordo social a partir das disputas entre interesses, resolvidas por um conjunto
de ações e normas institucionais. Essa ideia empobrecida do que seja
a política está, para o autor, mais próxima da ideia de polícia, já que diz respeito
ao controle e à vigilância dos comportamentos humanos e à sua distribuição nas
diferentes porções do território, cumprindo funções consideradas mais ou
menos adequadas à ordem vigente. Estamos geralmente tão hipnotizados pela
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“necessidade de um compromisso para se alcançar o bem comum” e pela


opinião de que “as instituições sociais já estão fazendo todo o possível para
isso”, que não conseguimos perceber nossa contribuição na legitimação dessa
política policial que administra alguns corpos e torna invisíveis outros.
O conceito de política trabalhado pelo autor traz como princípio a igualdade.
Uma igualdade que não está lá como sonho a ser alcançado um dia, mas que é
uma potencialidade que “só ganha realidade se é atualizada no aqui e agora”. E
essa atualização se dá por ações que irão construir a possibilidade de os “não
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contados” serem levados em conta, serem considerados nesse princípio básico


e radical de igualdade. Para além dos movimentos sociais, existem os ainda-
sem-nome e ainda-sem-movimento. Diz o autor que a política é a reivindicação
da parte daqueles que não têm parte; política se faz reivindicando “o que não é
nosso” pelo sistema de direitos dominantes, criando, assim, um campo de
contestação. Em uma sociedade em que os que não têm parte são a maior parte,
é preciso fazer política.
Marco Antonio Sampaio Malagodi. Geografias do dissenso: sobre conflitos,
justiça ambiental e cartografia social no Brasil. In: Espaço e economia: Revista
Brasileira de Geografia Econômica. jan./2012. Internet:
<http://espacoeconomia.revues.org/136> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, acerca das estruturas linguísticas do texto.


A correção do texto seria mantida caso o pronome “se”, em vez de anteceder,
passasse a ocupar a posição imediatamente posterior ao verbo: devido ao fato
de ela distanciar-se.
Certo
Errado
Comentários:
Uma vez que não temos palavra de atração, a ênclise é a posição mais
recomendada para o pronome oblíquo átono.
Gabarito: Certo

27) CESPE/AnaTA/SUFRAMA/Geral/2014
O primeiro europeu a pisar as terras amazônicas, o espanhol Vicente Pinzon
(janeiro de 1500), percorreu a foz do Amazonas, conheceu a ilha de Marajó e

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surpreendeu-se em ver que essa era uma das regiões mais intensamente
povoadas do mundo então conhecido. Ficou perplexo vendo a pororoca e
maravilhado com as águas doces do mais extenso e mais volumoso rio do
mundo. Foi bem acolhido pelos índios da região. No entanto, apesar de
fantástica, sua viagem marcou o primeiro choque cultural e o primeiro ato de
violência contra os povos da Amazônia: Pinzon aprisionou índios e os levou
consigo para vender como escravos na Europa.
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A viagem de Orellana (1549) instaura o momento fundador dos primeiros mitos,


como o das amazonas — índias guerreiras, bravas habitantes de uma aldeia
sem homens. Outros viajantes, aventureiros e exploradores que procuravam
riquezas espalharam mundo afora mitos e fantasias. De todos, o mito mais
persistente parece ter sido sempre o da superabundância e da resistência da
natureza da região: florestas com árvores altíssimas que penetravam nas
nuvens; frutos e flores de cores e sabores indescritíveis; rios largos a se
perderem no horizonte (povoados de monstros engolidores de navios nas noites
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escuras); animais estranhos e abundantes por todo o chão; pássaros cobrindo


o céu e colorindo-o em nuvens de penas e plumas de todas as cores.
Violeta Refkalefsky Loureiro. Amazônia: uma história de perdas e danos, um
futuro a (re)construir. Estudav. [online]. 2002, vol. 16, n.º 45, p. 10721 (com
adaptações).

No que se refere a elementos textuais e linguísticos do texto acima, julgue o


item seguinte.
O pronome “os”, em “os levou consigo”, poderia ser corretamente substituído
por lhes.
Certo
Errado
Comentários:
“Pinzon aprisionou índios e os levou consigo” (levou quem? os índios)
Enquanto o pronome OS é utilizado como objeto direto, o pronome LHES é
utilizado com a função de objeto indireto. Portanto, um não serve para
substituir o outro, visto que possuem funções distintas.
Gabarito: Errado

28) CESPE/AA/ICMBio/2014
Construímos coisas o tempo todo, mas como saberemos quanto tempo vão
durar? Se construirmos depósitos para resíduos nucleares, precisaremos ter
certeza de que os contêineres vão resistir até que o material dentro deles não
mais seja perigoso. E, se não quisermos encher o planeta de lixo, é bom
sabermos quanto tempo leva para que plásticos e outros materiais se

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decomponham. A única forma de termos certeza é submetendo esses materiais


a testes de estresse por cerca de 100 mil anos para ver como reagem. Então,
poderíamos aprender a construir coisas que realmente duram — ou que se
decompõem de uma forma “verde”. Experimentos submeteriam materiais ao
desgaste e a ataques químicos, como variações de alcalinidade, e, ainda,
alterariam a temperatura ambiente para simular os ciclos de dia e noite e das
estações. Com as técnicas de simulação em laboratórios de que dispomos
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atualmente, por exemplo, não se pode prever como será o desempenho da


bateria de um carro elétrico nos próximos quinze anos. As simulações de
computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de substituir
experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, precisamos adotar
cautela extra ao construirmos coisas que precisam durar.
Kristin Persson. Como os materiais se decompõem? In: Scientific American
Brasil, s/d, 2013 (com adaptações).
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Acerca de aspectos estruturais do texto acima e das ideias nele contidas, julgue
o item a seguir.
Em “se decompõem” e “se pode”, o pronome “se” poderia ser posposto à forma
verbal — decompõem-se e pode-se —, sem prejuízo para a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
Comentários:
Em ambos os casos há presença de palavra atrativa, o pronome relativo QUE
e o advérbio NÃO – respectivamente, por isso a próclise é obrigatória.
Palavras de ATRAÇÃO (invariáveis): advérbios, pronomes indefinidos,
pronomes relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras
negativas.
Gabarito: Errado

29) CESPE/AL/CAM DEP/Consultor de Orçamento e Fiscalização


Financeira/2014
À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece uma repetição de construções.
As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios com plantas
semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes até localizados
de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto, esconde-se o estilo de
cada morador, que se revela não apenas em detalhes decorativos, mas em
modificações nas plantas e na função dos cômodos. Para desvendar como os
brasilienses ocupam e reinventam seus lares, a pesquisadora Franciney França
decidiu analisar 168 plantas de apartamentos em sua tese de doutorado. “Quem

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olha para o Plano Piloto, que impressão tem? Que as quadras são iguais e que
sempre têm o mesmo padrão arquitetônico. E aí pensa que as pessoas moram
do mesmo jeito. Mostrei que não é bem assim”, conta. A pesquisadora dividiu
as “indisciplinas arquitetônicas” praticadas pelos brasilienses entre leves e
pesadas. As leves são as que mudam a destinação dos espaços. É aquele
quartinho de empregada que acaba virando um escritório, ou um quarto que
vira sala de televisão. Já as indisciplinas pesadas são as que implicam mudanças
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geométricas e configuracionais das plantas. São aquelas reformas que resultam


em quebra de paredes, ou que transformam três quartos pequenos em dois
maiores, ou as que agregam a cozinha à sala.
Juliana Braga. A casa de cada um. In: Revista Darcy, ago.set./ 2011 (com
adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir.
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Nas estruturas “que se repetem” e “que se revela”, o pronome “se” poderia ser
deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto, para imediatamente
após as formas verbais “repetem” e “revela” — que repetem-se e que revela-
se, respectivamente.
Certo
Errado
Comentários:
Em ambos os casos há presença de palavra atrativa, o pronome relativo QUE,
por isso a próclise é obrigatória.
Palavras de ATRAÇÃO (invariáveis): advérbios, pronomes indefinidos,
pronomes relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras
negativas.
Gabarito: Errado

30) CESPE/AJ/TJ-DFT/Apoio Especializado/Análise de


Sistemas/2015
O Programa de Responsabilidade Socioambiental Viver Direito do TJDFT foi
instituído por meio da Portaria GPR n.º 1.313/2012. As bases do Programa Viver
Direito, seus objetivos e sua meta permanente são apresentados,
respectivamente, nos artigos 1.º, 2.º e 3.º da referida portaria, os quais são
transcritos abaixo:
Art. 1.º Reeditar o Programa de Responsabilidade Socioambiental do TJDFT
Viver Direito, cuja base é a Agenda Socioambiental do TJDFT que, em
permanente revisão, estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra
às existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e Territórios,
visando à preservação e à recuperação do meio ambiente, por meio de ações

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sociais sustentáveis, a fim de torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto,


socialmente justo e economicamente viável.
Art. 2.º O Programa de Responsabilidade Socioambiental Viver Direito objetiva
indicar e programar ações bem como sensibilizar os públicos interno e externo
quanto ao exercício dos direitos sociais, à gestão adequada dos resíduos
gerados pelo órgão, ao combate a todas as formas de desperdício dos recursos
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naturais e à inclusão de critérios socioambientais nos investimentos, nas


construções, nas compras e nas contratações de serviços da instituição.
Art. 3.º Define-se como meta permanente do Viver Direito a gestão
ambientalmente saudável, caracterizada pela adoção de práticas
ecologicamente eficientes, que visem poupar matéria-prima, água e energia,
bem como enfatizem a reciclagem de resíduos e a promoção da cidadania e da
paz social, com base no desenvolvimento do ser humano e na preservação da
vida.
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Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações).

A respeito das estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item


subsequente.
O deslocamento da partícula “se”, em “Define-se”, para o início do período —
escrevendo-se Se define — prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
Comentários:
É absolutamente PROIBIDO iniciar períodos com pronome átono.
Gabarito: Certo

Espero que tenham gostado da aula.


Boa sorte a todos!!!

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10 - Lista de Exercícios

1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012

Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído


corretamente por um pronome em:

a) alçar a turma = alçar-lhe


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b) retirou um conjunto deles = retirou-nos

c) guiar os estudantes = guiar-os

d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe

e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos


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2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!

3) CESPE/AUFC/TCU/Apoio Técnico e Administrativo/Tecnologia da


Informação/2010
A multiplicidade dos seres humanos traduz-se por uma forma de ordem singular.
O que há de único na vida em comum dos homens gera realidades particulares,
especificamente sociais, que são impossíveis de explicar ou compreender a
partir do indivíduo. A língua é uma boa ilustração disso. Que impressão nos
causaria descobrir, ao acordarmos numa bela manhã, que todos os outros
homens falam uma língua que não compreendemos? Sob uma forma
paradigmática, a língua encarna esse tipo de dados sociais, que pressupõem
uma multiplicidade de seres humanos organizados em sociedades e os quais,
ao mesmo tempo, não param de se reindividualizar. Esses dados como que se
reimplantam em cada novo membro de um grupo, norteiam seu comportamento
e sua sensibilidade, e constituem o habitus social a partir do qual se
desenvolverão nele os traços distintivos que o contrastarão com os outros no

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seio do grupo. O modelo linguístico comum admite variações individuais, até


certo ponto.
Mas, quando essa individualização vai longe demais, a língua perde sua função
de meio de comunicação dentro do grupo. Entre outros exemplos, citemos a
formação da consciência moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos
numa dada civilização, ou o dinheiro e o tempo. A cada um deles correspondem
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maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo


compartilha com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade.
Norbert Elias. Sobre o tempo. Vera Ribeiro (Trad.). Jorge Zahar editor, 1998,
p.19 (com adaptações).
No que se refere à organização das ideias e à estrutura do texto acima, julgue
o item.
A retirada do pronome em "se reindividualizar" provocaria erro gramatical e
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incoerência textual, pois não se explicitaria o que seria reindividualizado.


Certo
Errado

4) CESPE/AnaTA/MIN/2009
Rousseau defendia que o que, de fato, distingue os animais do ser humano é
algo que ele denominou perfectibilidade. O nome é um neologismo um tanto
inusitado, mas seu significado é por ele esclarecido: a perfectibilidade é a
capacidade que o homem tem de aperfeiçoar-se.
Atualizando um pouco a distinção, poder-se-ia dizer que é como se os animais
viessem com um software instalado, de fábrica, o qual os condiciona e limita
durante toda a existência. Já os humanos seriam, nesse sentido, ilimitados,
porque são seres que se aperfeiçoam, desenvolvem cultura, fazem história.
Enquanto um pombo morreria de fome diante de um pedaço de carne, ou um
felino, frente a um punhado de grãos, pois são programados por natureza a
alimentar-se diversamente, o homem é um ser que supera determinações
naturais. Não sendo condicionado por natureza, o homem é capaz de vivenciar
novas experiências, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo,
voar ou explorar o mundo subaquático, quando não foi dotado por natureza
para voar e permanecer sob a água. Diante disso, Rousseau defende que o
homem é o único animal a possuir liberdade, porque ele pode fazer escolhas
que vão contra seus instintos ou determinações naturais.
Lília Pinheiro. Homem, o ser tecnológico. In: Filosofia, Ciência&Vida. Ano III,
n.º 27, p. 278 (com adaptações).
Julgue o seguinte item quanto às ideias e às estruturas linguísticas do texto
acima apresentado.

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No desenvolvimento das relações de coesão do texto, o pronome "lhe" retoma


"homem" e, por isso, sua substituição pelo pronome o preservaria a coerência
e a correção gramatical do texto.
Certo
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5) CESPE/AA/PRF/2012
A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre
estradas federais, estaduais e municipais. Essa modalidade de transporte é
responsável por 96,2% da locomoção de passageiros e por 61,8% da
movimentação de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do
Transporte.
Foi a partir da década de 30 do século XX, com a expansão do desenvolvimento
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econômico também para o interior do país, que foram feitos os primeiros


grandes investimentos em estradas nacionais. Entre as décadas de 50 e 60
daquele século, a implantação da indústria automobilística foi determinante para
que essa modalidade de transporte se estabelecesse como a mais comum no
Brasil até os tempos atuais.
Em agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em
Logística: um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que irá injetar R$
133 bilhões em infraestrutura nos próximos vinte e cinco anos. Serão
concedidos à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de rodovias federais.
Durante o primeiro período de investimentos, as concessionárias deverão
realizar obras de duplicação, vias laterais, contornos e travessias. A empresa
vencedora de cada contrato será aquela que propuser a menor tarifa de pedágio
(que só poderá ser cobrado após a conclusão de 10% das obras previstas no
contrato). No trecho urbano, o pedágio não será cobrado.
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
A correção gramatical do período ficaria prejudicada caso se substituísse o
termo “aquela” por a.
Certo
Errado

6) CESPE/AJ/STJ/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2012
Texto para o item
Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de
Alexandria representa uma epígrafe perfeita para a discussão sobre a

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materialidade da comunicação. As escavações para a localização da biblioteca,


sem dúvida um dos maiores tesouros da Antiguidade, atraíram inúmeras
gerações de arqueólogos.
Inutilmente. Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez
nunca tivessem existido? Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que
descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. E
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eis a solução do enigma. O acervo da biblioteca de Alexandria era composto por


rolos e não por livros — pressuposição por certo ingênua, ou seja, atribuição
anacrônica de nossa materialidade para épocas diversas. Em vez de um
conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um
edifício próprio, a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de
estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés.
Ora, mas não era essa a melhor forma de colecionar rolos, preservando-os
contra as intempéries? Os arqueólogos que passaram anos sem encontrar a
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biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos olhos, mesmo ao alcance


das mãos. No entanto, jamais poderiam localizá-la, já que não levaram em
consideração a materialidade dos meios de comunicação dominante na época:
eles, na verdade, procuravam uma biblioteca estruturada para colecionar livros
e não rolos. Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à
negligência com a materialidade dos meios de comunicação?
O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da
materialidade específica mediante a qual os valores de uma cultura são, de um
lado, produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade envolve tanto o
meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da
cultura e, em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de comunicação,
instituições e hábitos mentais de uma época determinada. Vejamos: para o
entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro
na Grécia clássica ou na Inglaterra elizabetana; o romance nos séculos XVIII e
XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador em nossos dias —, o
estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade
do meio de comunicação. Assim, no teatro, a voz e o corpo do ator constituem
uma materialidade muito diferente da que será criada pelo advento e difusão da
imprensa, pois os tipos impressos tendem, ao contrário, a excluir o corpo do
circuito comunicativo. Já os meios audiovisuais e informáticos promovem um
certo retorno do corpo, mas sob o signo da virtualidade. Compreender, portanto,
como tais materialidades influem na elaboração do ato comunicativo é
fundamental para se entender como chegam a interferir na própria ordenação
da sociedade.
João C. de C. Rocha. A matéria da materialidade: como localizar a biblioteca
de Alexandria? In: João C. de C. Rocha (Org.). Interseções: a materialidade da
comunicação. Rio de Janeiro: Imago; EDUERJ, 1998, p. 12, 1415 (com
adaptações).
Com relação às estruturas linguísticas do texto, julgue o item seguinte.

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O trecho, “jamais poderiam localizá-la”, poderia ser corretamente reescrito da


seguinte forma: jamais a poderiam localizar.
Certo
Errado
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7) CESPE/EPF/PF/2013
O processo penal moderno, tal como praticado atualmente nos países
ocidentais, deixa de centrar-se na finalidade meramente punitiva para centrar-
se, antes, na finalidade investigativa. O que se quer dizer é que, abandonado o
sistema inquisitório, em que o órgão julgador cuidava também de obter a prova
da responsabilidade do acusado (que consistia, a maior parte das vezes, na sua
confissão), o que se pretende no sistema acusatório é submeter ao órgão
julgador provas suficientes ao esclarecimento da verdade.
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Evidentemente, no primeiro sistema, a complexidade do ato decisório haveria


de ser bem menor, uma vez que a condenação está atrelada à confissão do
acusado.
Problemas de consciência não os haveria de ter o julgador pela decisão em si,
porque o seu veredito era baseado na contundência probatória do meio de prova
“mais importante” — a confissão. Um dos motivos pelos quais se pôs em causa
esse sistema foi justamente a questão do controle da obtenção da prova: a
confissão, exigida como prova plena para a condenação, era o mais das vezes
obtida por meio de coações morais e físicas.
Esse fato revelou a necessidade, para que haja condenação, de se proceder à
reconstituição histórica dos fatos, de modo que se investigue o que se passou
na verdade e se a prática do ato ilícito pode ser atribuída ao arguido, ou seja, a
necessidade de se restabelecer, tanto quanto possível, a verdade dos fatos, para
a solução justa do litígio. Sendo esse o fim a que se destina o processo, é
mediante a instrução que se busca a mais perfeita representação possível dessa
verdade.
Getúlio Marcos Pereira Neves. Valoração da prova e livre convicção do juiz. In:
Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n.º 401, ago./2004 (com adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o
item que se segue.
Seriam mantidas a correção gramatical e a coesão do texto, caso o pronome
“os”, em “não os haveria de ter”, fosse deslocado para imediatamente depois
da forma verbal “ter”, escrevendo-se tê-los.
Certo
Errado

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8) IBFC/Perito Crim./PC RJ/Biologia/2013


Texto
Para Ver as Meninas
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
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a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
Quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
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Uma pausa de mil compassos


Para ver as meninas
E anda mais nos braços
Só este amor
Assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
(Marisa Monte) Disponível em
http://letras.mus.br/marisamonte/47291/Acesso em 19/07/2013
Nos versos “E nada mais nos braços/ Só este amor”, ocorre um pronome
demonstrativo que tem seu uso justificado por fazer referência:
a) temporal apontando para um fato passado.
b) textual substituindo uma palavra já citada anteriormente.
c) temporal indicando um fato futuro.
d) temporal indicando um fato futuro;

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e) especial referindo-se a uma proximidade do enunciador.

9) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/2005
A exaltação do indivíduo, como representante dos mais elevados valores
humanos que esta sociedade produziu, combinada ao achatamento subjetivo
sofrido pelos sujeitos sob os apelos monolíticos da sociedade de consumo,
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produz este estranho fenômeno em que as pessoas, despojadas ou


empobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se a cultuar a imagem de outras,
destacadas pelos meios de comunicação como representantes de dimensões de
humanidade que o homem comum não reconhece em si mesmo. Consome-se a
imagem espetacularizada de atores, cantores, esportistas e alguns (raros)
políticos, em busca do que se perdeu exatamente como efeito da
espetacularização da imagem: a dimensão, humana e singular, do que pode vir
a ser uma pessoa, a partir do singelo ponto de vista de sua história de vida.
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Maria Rita Kehl. O fetichismo. In: Emir Sader (Org.). Sete pecados do capital.
Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 1999.
Com base nas idéias e nos aspectos morfossintáticos do texto, julgue o seguinte
item.
O emprego do pronome "esta" tem o efeito de marcar a atualidade do texto.
Certo
Errado

10) CESPE/Agente/PF/2009
Nossos projetos de vida dependem muito do futuro do país no qual vivemos. E
o futuro de um país não é obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se
constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos e, às vezes, até
violentos entre grupos com visões de futuro, concepções de desenvolvimento e
interesses distintos e conflitantes.
Para muitos, os carros de luxo que trafegam pelos bairros elegantes das capitais
ou os telefones celulares não constituem indicadores de modernidade.
Modernidade seria assegurar a todos os habitantes do país um padrão de vida
compatível com o pleno exercício dos direitos democráticos. Por isso, dão mais
valor a um modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população
alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo, bibliotecas, parques
públicos. Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário
eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça; são instituições
públicas sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões econômicas.

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Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.).


Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 279 (com
adaptações).
Considerando a argumentação do texto acima bem como as estruturas
linguísticas nele utilizadas, julgue o item a seguir.
Na linha 1, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em
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que ou onde em lugar de "no qual".


Certo
Errado

11) CESPE/ATA/MF/2009
O administrador interino
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Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não


ganhava muito, mas a mulher gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a
casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era
propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete
de loteria, dez contos de réis. A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o
prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a
mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns
pássaros etc.; mas a mulher, esta D. Fortunata que ali está à porta dos fundos
da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabeça,
os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a
casa, e guardar o que sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou
muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha mãe, a quem D. Fortunata
pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia
chegou a salvar a vida ao Pádua. Escutai; a anedota é curta.
O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em
comissão. Pádua, ou por ordem regulamentar, ou por especial designação, ficou
substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta mudança de
fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou
de reformar a roupa e a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à
mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos
sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna
interinidade. Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e desvairado, ia perder o
lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã. Pediu a minha mãe que velasse
pelas infelizes que deixava; não podia sofrer desgraça, matava-se. Minha mãe
falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a coisa nenhuma.
Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu prostrado alguns dias,
mudo, fechado na alcova, − ou então no quintal, ao pé do poço, como se a ideia
da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:
− Joãozinho, você é criança?

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Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir a
minha mãe que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que se queria
matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que
maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma
gratificação a menos, e perder um emprego interino?
Machado de Assis. Dom Casmurro, cap. XVI (com adaptações).
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Julgue o item com relação a aspectos gramaticais e ortográficos do texto.


Os pronomes empregados em "quando lhe saiu o prêmio" e "atirou-se às
despesas supérfluas" devem ser interpretados como reflexivos.
Certo
Errado
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12) CESPE/TEFC/TCU/2004
Em uma iniciativa inédita, dez grandes corporações assinaram um compromisso
com o Fórum Econômico Mundial para divulgar regularmente o volume de suas
emissões de gases poluentes. Com isso, elas se antecipam aos governos que
ainda estão aguardando a entrada em vigor do protocolo de Kyoto. Pelo acordo,
denominado Registro Mundial de Gases que Causam o Efeito Estufa, as
multinacionais passam a informar o seu grau de poluição do meio ambiente,
atendendo a expectativas de acionistas, que cobram mais transparência sobre
o tema. Juntas, essas empresas são responsáveis pela emissão de 800 milhões
de toneladas de dióxido de carbono por ano, o que representa cerca de 5% das
emissões mundiais.
O Globo, 23/1/2004, p. 30 (com adaptações).
A partir do texto acima e considerando aspectos marcantes da questão
ambiental no mundo contemporâneo, julgue os itens seguintes.
Para tornar o texto mais formal e adequado a uma redação oficial, mantendo a
correção gramatical e as relações semânticas, deve-se reescrever o trecho
"passam a informar o seu grau" da seguinte forma: passam a informar-lhe o
grau.
Certo
Errado

13) CESPE/Agente Administrativo/MTE/2014


Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando,
andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, enfiou depois
pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem saber
como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem
saber como, entrou em um Café. Pediu alguma cousa e encostou-se à parede,

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olhando para fora. Tinha medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas
papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa principal das
reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que
achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma
expressão irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com
ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que
devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe
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dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no


a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a
tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.
Machado de Assis. A carteira. In: Obra completa de Machado de Assis, vol. II.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994
Julgue o item subsequente, referente às ideias e às estruturas linguísticas do
texto acima.
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Na linha 12, a forma pronominal “la”, em “anunciá-la”, refere-se a “polícia”.


Certo
Errado

14) CESPE/Analista/MPU/Atuarial/2015
A persecução penal se desenvolve em duas fases: uma fase administrativa, de
inquérito policial, e uma fase jurisdicional, de ação penal. Assim, nada mais é o
inquérito policial que um procedimento administrativo destinado a reunir
elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e de sua
autoria. Em outras palavras, o inquérito policial é um procedimento policial que
tem por finalidade construir um lastro probatório mínimo, ensejando justa causa
para que o titular da ação penal possa formar seu convencimento, a opinio
delicti, e, assim, instaurar a ação penal cabível. Nessa linha, percebe-se que o
destinatário imediato do inquérito policial é o Ministério Público, nos casos de
ação penal pública, e o ofendido, nos casos de ação penal privada.
De acordo com o conceito ora apresentado, para que o titular da ação penal
possa, enfim, ajuizá-la, é necessário que haja justa causa. A justa causa,
identificada por parte da doutrina como uma condição da ação autônoma,
consiste na obrigatoriedade de que existam prova acerca da materialidade
delitiva e, ao menos, indícios de autoria, de modo a existir fundada suspeita
acerca da prática de um fato de natureza penal. Dessa forma, é imprescindível
que haja provas acerca da possível existência de um fato criminoso e indicações
razoáveis do sujeito que tenha sido o autor desse fato.
Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que serão
coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do titular
da ação penal, isto é, a opinio delicti. É com base nos elementos apurados no
inquérito que o promotor de justiça, convencido da existência de justa causa

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para a ação penal, oferece a denúncia, encerrando a fase administrativa da


persecução penal.
Hálinna Regina de Lira Rolim. A possibilidade de investigação do Ministério
Público na fase pré-processual penal. Artigo científico. Rio de Janeiro: Escola
de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, 2010, p. 4. Internet :
<www.emerj.tjrj.jus.br>. (com adaptações).
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Julgue o item que se segue, a respeito das estruturas linguísticas do texto.


Em “Evidencia-se”, o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser tanto
posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se
evidencia.
Certo
Errado
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15) CESPE/Tec./MPU/Administração/2013
Dependerá da adesão dos demais ministros o êxito de um apelo feito pelo
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja extinta a prática
de esconder os nomes de investigados em inquéritos criminais na mais alta corte
do país. Ele defende que o STF deve livrar-se do costume de manter identidades
em segredo, ou estará contrariando todos os esforços em busca de maior
transparência. Enfatiza o ministro que o bom senso recomenda a mudança,
mesmo que alguns dos integrantes do Supremo defendam a manutenção do
procedimento adotado em 2010.
É ultrapassado o entendimento de que, ao não identificar os investigados, o STF
estaria protegendo pessoas que, no desfecho dos processos, poderiam vir a ser
absolvidas ou ter seus casos arquivados. Por essa norma, os investigados são
identificados apenas pelas iniciais, como se o STF estivesse, de alguma forma,
resguardando acusados de algum delito. Assegura o presidente que a presunção
de inocência não justifica o que define como “opacidade que prevalece no
âmbito dos processos criminais no Supremo”.
Reverter essa restrição significa, segundo a argumentação do ministro, ser
transparente não só para a justiça, mas também para toda a sociedade.
Zero Hora, 8/4/2013.
Com base na leitura do texto acima, julgue o item a seguir.
No trecho “justifica o que define”, o pronome “o” poderia ser corretamente
substituído por aquilo.
Certo
Errado

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16) CESPE/Técnico/MPU/Administrativo/2010
A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a
perder fôlego. A reação dos indicadores de atividade na zona do euro, que já
não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3%
em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta que a economia americana
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perderá força no segundo semestre. O corte de 125 mil empregos em junho


indica que a esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de
trabalho no curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões
para esse estancamento encontram-se no comportamento do polo dinâmico da
economia mundial, os países emergentes, cujo desenvolvimento econômico
começou a desacelerar − ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão.
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a
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seguir.
O deslocamento do pronome "se" para imediatamente após a forma verbal
"concretizar" − não deverá concretizar-se − não prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado

17) CESPE/Analista Judiciário/TRT 10/Administrativa/2013


A economia solidária vem-se apresentando como uma alternativa inovadora de
geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão
social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais
organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca,
empresas de autogestão e redes de cooperação — que realizam atividades de
produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e
consumo solidário.
A Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e
Emprego, desde sua criação, em 2003, vem elaborando mecanismos de
formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no
Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007
a Secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os
empreendimentos econômicos alternativos.
Internet: <http://portal.mte.gov.br/imprensa> (com adaptações).
Com relação ao texto acima, julgue o seguinte item.
No trecho “A economia solidária vem-se apresentando”, o deslocamento do
pronome pessoal oblíquo para depois do verbo principal da locução não
prejudicaria a correção gramatical do texto: vem apresentando-se.

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Certo
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18) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
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Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior.


O exterior é jogado contra um adversário para superar obstáculos exteriores e
atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão
instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os
braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por
algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas
instruções do que para executá-las.
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Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo
se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se
desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de
concentração, nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e
autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os
hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.
Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no
outro? Por que ficamos tensos numa competição ou desperdiçamos jogadas
fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender
um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus,
mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem
de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora
dela.
(Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R.
Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13)
Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes
necessários, ambos os pronomes foram empregados corretamente em:
a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como
posicioná-los / alcançar-lhes
b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não
encontraremo-la / negligenciarmo-nas
c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dão-
nas / como utilizá-la
d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos
/ atingi-la
e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes
acrescentem / elas as trazem

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19) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio


Especializado/Tecnologia da Informação/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Novas fronteiras do mundo globalizado
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Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar


que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer
que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites.
Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem
no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo
que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o
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outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à


noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países
em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos
ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 220)
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos
as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas
tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las

20) CESPE/Adm/FUB/2015
Texto III
A UnB investe em ideias e projetos comprometidos com a crítica social e
a reflexão. Muitas dessas experiências têm fomentado o debate nacional de
temas polêmicos da realidade brasileira, das quais uma foi a criação, em 2003,
de cotas no vestibular para inserir negros e indígenas na universidade e ajudar
a corrigir séculos de exclusão racial. A medida foi polêmica, mas a UnB — a

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primeira universidade federal a adotar o sistema — buscou assumir seu papel


na luta por um projeto de combate ao racismo e à exclusão.
Outra inovação é o Programa de Avaliação Seriada (PAS), criado como
alternativa ao vestibular, em que candidatos são avaliados em provas aplicadas
ao término de cada uma das séries do ensino médio. A intenção é a de estimular
as escolas a preparar melhor o aluno, com conteúdos mais densos desde o
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primeiro ano do ensino médio.


Em treze anos de criação, mais de oitenta mil estudantes participaram
desse processo seletivo, dos quais 13.402 tornaram-se calouros da UnB.
Internet: < www.unb.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue com relação às ideias e estruturas linguísticas do


texto III.
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Na linha 9, o pronome relativo “que” refere-se a “vestibular”.


Certo
Errado

21) CESPE/PRF/PRF/2013
Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos boa parte da
vida tendo de optar entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Na realidade,
entre o que consideramos bem e o que consideramos mal. Apesar da longa
permanência da questão, o que se considera certo e o que se considera errado
muda ao longo da história e ao redor do globo terrestre.
Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte autoriza o
Estado a matar em nome da justiça. Em outras sociedades, o direito à vida é
inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia.
Tempos atrás era tido como legítimo espancarem-se mulheres e crianças,
escravizarem-se povos. Hoje em dia, embora ainda se saiba de casos de
espancamento de mulheres e crianças, de trabalho escravo, esses
comportamentos são publicamente condenados na maior parte do mundo.
Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera de
temas polêmicos que atraem os holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes é na
solidão da consciência de cada um de nós, homens e mulheres, pequenos e
grandes, que certo e errado se enfrentam.
E a ética é o domínio desse enfrentamento.
Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. São
Paulo: Ática, 2008 (com adaptações).

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A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
que se segue.
Devido à presença do advérbio “apenas”, o pronome “se” poderia ser deslocado
para imediatamente após a forma verbal “coloca”, da seguinte forma: coloca-
se.
Certo
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Errado

22) CESPE/Esc Pol/PC-DF/2013


A democracia há muito deixou de dizer respeito às regras do jogo político
para se transformar na força viva de construção de um mundo vasto e
diferenciado, apto a conjugar tempos passados e futuros, afinidades e
diferenças, meios sociais imprescindíveis ao desenvolvimento da autenticidade
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e da individualidade de cada pessoa. O espírito democrático desenvolve-se na


diversidade e estabelece o diálogo na pluralidade. Diversidade é a semente
inesgotável da autenticidade e da individualidade humana, que se expressam
na subjetividade da liberdade pessoal. Mas a condição de ser livre, ou seja, de
desenvolver a autenticidade e a individualidade, pressupõe o contexto da
diversidade, somente atingível, em termos políticos, no âmbito do espírito
democrático, círculo que demonstra a intimidade e interdependência entre
democracia e liberdades fundamentais. A liberdade deve ser entendida em duplo
sentido: como o respeito e a aceitação das diferenças individuais e coletivas e
como dever de solidariedade e compromisso com as condições para a liberdade
de todos, o que implica a garantia do direito à não discriminação e do direito a
políticas afirmativas, como formas de manifestação do direito à diversidade, que
representam novos padrões de proteção jurídica, ensejadores da acessibilidade
às condições materiais, sociais, culturais e intelectivas, imprescindíveis à
autodeterminação individual, denominadas direitos de acessibilidade, requisito
primeiro para o pleno exercício das liberdades de escolhas.
Idem, p. 97 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativo às ideias e estruturas linguísticas do texto


acima.
No trecho “que se expressam na subjetividade da liberdade pessoal”, o emprego
do pronome átono “se” após a forma verbal — expressam-se — prejudicaria a
correção gramatical do texto, dada a presença de fator de próclise na estrutura
apresentada.
Certo
Errado

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23) CESPE/Cont/MTE/2014
Saiu finalmente a conta da contribuição da nova classe média brasileira
— aquela que, na última década, ascendeu ao mercado de consumo, como uma
avalanche de quase 110 milhões de cidadãos. Uma pesquisa do Serasa Experian
mostrou que o pelotão formado por essa turma, que se convencionou chamar
de classe C, estaria no grupo das 20 maiores nações no consumo mundial, caso
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fosse classificado como um país. Juntos, os milhares de neocompradores


movimentam quase R$ 1,2 trilhão ao ano. Isso é mais do que consome a
população inteira de uma Holanda ou uma Suíça, para ficar em exemplos do
primeiro mundo. Não por menos, tal massa de compradores se converteu na
locomotiva da economia brasileira e em alvo preferido das empresas. Com mais
crédito e programas sociais, em especial o Bolsa Família, os emergentes daqui
saíram às lojas e estão gradativamente se tornando mais e mais criteriosos em
suas aquisições.
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Carlos José Marques. A classe C é G20. Internet: <www.istoedinheiro.com.br>


(com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto acima, julgue o


próximo item.
Na linha 09, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a
forma verbal “converteu”, escrevendo-se converteu-se, sem prejuízo da
correção gramatical do texto.
Certo
Errado

24) CESPE/Agente/PF/2009
A visão do sujeito indivíduo indivisível pressupõe um caráter singular, único,
racional e pensante em cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos
previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em teias e tensões
relacionais que conformarão nossas capacidades, de acordo com a sociedade
em que vivemos. A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre o
que é "meu" e o que é "nosso". A pergunta que propõe é: como nos fazemos e
nos refazemos em nossas relações com as instituições e nas relações que
estabelecemos com os outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma
unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. Estaríamos envolvidos,
constantemente, em tramas complexas de internalização do "exterior" e,
também, de rejeição ou negociação próprias e singulares do "exterior". As
experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que
determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir.
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista
Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).

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Julgue o seguinte item, a respeito das estruturas linguísticas e do


desenvolvimento argumentativo do texto acima.
Na linha 3, para se evitar a sequência "nós nos", o pronome átono poderia ser
colocado depois da forma verbal "fazemos", sem que a correção gramatical do
trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas.
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Certo
Errado

25) CESPE/AnaTA/MIN/2009
Rousseau defendia que o que, de fato, distingue os animais do ser humano é
algo que ele denominou perfectibilidade. O nome é um neologismo um tanto
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inusitado, mas seu significado é por ele esclarecido: a perfectibilidade é a


capacidade que o homem tem de aperfeiçoar-se. Atualizando um pouco a
distinção, poder-se-ia dizer que é como se os animais viessem com um software
instalado, de fábrica, o qual os condiciona e limita durante toda a existência. Já
os humanos seriam, nesse sentido, ilimitados, porque são seres que se
aperfeiçoam, desenvolvem cultura, fazem história. Enquanto um pombo
morreria de fome diante de um pedaço de carne, ou um felino, frente a um
punhado de grãos, pois são programados por natureza a alimentar-se
diversamente, o homem é um ser que supera determinações naturais. Não
sendo condicionado por natureza, o homem é capaz de vivenciar novas
experiências, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo, voar ou
explorar o mundo subaquático, quando não foi dotado por natureza para voar e
permanecer sob a água. Diante disso, Rousseau defende que o homem é o único
animal a possuir liberdade, porque ele pode fazer escolhas que vão contra seus
instintos ou determinações naturais.
Lília Pinheiro. Homem, o ser tecnológico. In: Filosofia, Ciência&Vida. Ano III,
n.º 27, p. 278 (com adaptações).

Julgue o seguinte item quanto às ideias e às estruturas linguísticas do texto


acima apresentado.
A substituição de "poder-se-ia dizer" pela forma menos formal poderia se dizer
preservaria a correção gramatical do texto, desde que fosse respeitada a
obrigatoriedade de não se usar hífen, para se reconhecer que o pronome se está
antes do verbo dizer, e não depois do verbo poderia.
Certo
Errado

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26) CESPE/AnaTA/MJ/2013
Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, para a classe dominante brasileira
(os “liberais”), democracia é o regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no
entanto, a democracia é “o único regime político no qual os conflitos são
considerados o princípio mesmo de seu funcionamento”: impedir a expressão
dos conflitos sociais seria destruir a democracia. O filósofo francês Jacques
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Rancière critica a ideia de democracia que tem estruturado nossa vida social —
regida por uma ordem policial, segundo ele —, devido ao fato de ela se
distanciar do que seria sua razão de ser: a instituição da política. Estamos
acomodados por acreditar que a política é isso que está aí: variadas formas de
acordo social a partir das disputas entre interesses, resolvidas por um conjunto
de ações e normas institucionais. Essa ideia empobrecida do que seja
a política está, para o autor, mais próxima da ideia de polícia, já que diz respeito
ao controle e à vigilância dos comportamentos humanos e à sua distribuição nas
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diferentes porções do território, cumprindo funções consideradas mais ou


menos adequadas à ordem vigente. Estamos geralmente tão hipnotizados pela
“necessidade de um compromisso para se alcançar o bem comum” e pela
opinião de que “as instituições sociais já estão fazendo todo o possível para
isso”, que não conseguimos perceber nossa contribuição na legitimação dessa
política policial que administra alguns corpos e torna invisíveis outros.
O conceito de política trabalhado pelo autor traz como princípio a igualdade.
Uma igualdade que não está lá como sonho a ser alcançado um dia, mas que é
uma potencialidade que “só ganha realidade se é atualizada no aqui e agora”. E
essa atualização se dá por ações que irão construir a possibilidade de os “não
contados” serem levados em conta, serem considerados nesse princípio básico
e radical de igualdade. Para além dos movimentos sociais, existem os ainda-
sem-nome e ainda-sem-movimento. Diz o autor que a política é a reivindicação
da parte daqueles que não têm parte; política se faz reivindicando “o que não é
nosso” pelo sistema de direitos dominantes, criando, assim, um campo de
contestação. Em uma sociedade em que os que não têm parte são a maior parte,
é preciso fazer política.
Marco Antonio Sampaio Malagodi. Geografias do dissenso: sobre conflitos,
justiça ambiental e cartografia social no Brasil. In: Espaço e economia: Revista
Brasileira de Geografia Econômica. jan./2012. Internet:
<http://espacoeconomia.revues.org/136> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, acerca das estruturas linguísticas do texto.


A correção do texto seria mantida caso o pronome “se”, em vez de anteceder,
passasse a ocupar a posição imediatamente posterior ao verbo: devido ao fato
de ela distanciar-se.
Certo

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Errado

27) CESPE/AnaTA/SUFRAMA/Geral/2014
O primeiro europeu a pisar as terras amazônicas, o espanhol Vicente Pinzon
(janeiro de 1500), percorreu a foz do Amazonas, conheceu a ilha de Marajó e
surpreendeu-se em ver que essa era uma das regiões mais intensamente
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povoadas do mundo então conhecido. Ficou perplexo vendo a pororoca e


maravilhado com as águas doces do mais extenso e mais volumoso rio do
mundo. Foi bem acolhido pelos índios da região. No entanto, apesar de
fantástica, sua viagem marcou o primeiro choque cultural e o primeiro ato de
violência contra os povos da Amazônia: Pinzon aprisionou índios e os levou
consigo para vender como escravos na Europa.
A viagem de Orellana (1549) instaura o momento fundador dos primeiros mitos,
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como o das amazonas — índias guerreiras, bravas habitantes de uma aldeia


sem homens. Outros viajantes, aventureiros e exploradores que procuravam
riquezas espalharam mundo afora mitos e fantasias. De todos, o mito mais
persistente parece ter sido sempre o da superabundância e da resistência da
natureza da região: florestas com árvores altíssimas que penetravam nas
nuvens; frutos e flores de cores e sabores indescritíveis; rios largos a se
perderem no horizonte (povoados de monstros engolidores de navios nas noites
escuras); animais estranhos e abundantes por todo o chão; pássaros cobrindo
o céu e colorindo-o em nuvens de penas e plumas de todas as cores.
Violeta Refkalefsky Loureiro. Amazônia: uma história de perdas e danos, um
futuro a (re)construir. Estudav. [online]. 2002, vol. 16, n.º 45, p. 10721 (com
adaptações).

No que se refere a elementos textuais e linguísticos do texto acima, julgue o


item seguinte.
O pronome “os”, em “os levou consigo”, poderia ser corretamente substituído
por lhes.
Certo
Errado

28) CESPE/AA/ICMBio/2014
Construímos coisas o tempo todo, mas como saberemos quanto tempo vão
durar? Se construirmos depósitos para resíduos nucleares, precisaremos ter
certeza de que os contêineres vão resistir até que o material dentro deles não
mais seja perigoso. E, se não quisermos encher o planeta de lixo, é bom
sabermos quanto tempo leva para que plásticos e outros materiais se
decomponham. A única forma de termos certeza é submetendo esses materiais

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a testes de estresse por cerca de 100 mil anos para ver como reagem. Então,
poderíamos aprender a construir coisas que realmente duram — ou que se
decompõem de uma forma “verde”. Experimentos submeteriam materiais ao
desgaste e a ataques químicos, como variações de alcalinidade, e, ainda,
alterariam a temperatura ambiente para simular os ciclos de dia e noite e das
estações. Com as técnicas de simulação em laboratórios de que dispomos
atualmente, por exemplo, não se pode prever como será o desempenho da
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bateria de um carro elétrico nos próximos quinze anos. As simulações de


computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de substituir
experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, precisamos adotar
cautela extra ao construirmos coisas que precisam durar.
Kristin Persson. Como os materiais se decompõem? In: Scientific American
Brasil, s/d, 2013 (com adaptações).
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Acerca de aspectos estruturais do texto acima e das ideias nele contidas, julgue
o item a seguir.
Em “se decompõem” e “se pode”, o pronome “se” poderia ser posposto à forma
verbal — decompõem-se e pode-se —, sem prejuízo para a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado

29) CESPE/AL/CAM DEP/Consultor de Orçamento e Fiscalização


Financeira/2014
À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece uma repetição de construções.
As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios com plantas
semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes até localizados
de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto, esconde-se o estilo de
cada morador, que se revela não apenas em detalhes decorativos, mas em
modificações nas plantas e na função dos cômodos. Para desvendar como os
brasilienses ocupam e reinventam seus lares, a pesquisadora Franciney França
decidiu analisar 168 plantas de apartamentos em sua tese de doutorado. “Quem
olha para o Plano Piloto, que impressão tem? Que as quadras são iguais e que
sempre têm o mesmo padrão arquitetônico. E aí pensa que as pessoas moram
do mesmo jeito. Mostrei que não é bem assim”, conta. A pesquisadora dividiu
as “indisciplinas arquitetônicas” praticadas pelos brasilienses entre leves e
pesadas. As leves são as que mudam a destinação dos espaços. É aquele
quartinho de empregada que acaba virando um escritório, ou um quarto que
vira sala de televisão. Já as indisciplinas pesadas são as que implicam mudanças
geométricas e configuracionais das plantas. São aquelas reformas que resultam

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em quebra de paredes, ou que transformam três quartos pequenos em dois


maiores, ou as que agregam a cozinha à sala.
Juliana Braga. A casa de cada um. In: Revista Darcy, ago.set./ 2011 (com
adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir.
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Nas estruturas “que se repetem” e “que se revela”, o pronome “se” poderia ser
deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto, para imediatamente
após as formas verbais “repetem” e “revela” — que repetem-se e que revela-
se, respectivamente.
Certo
Errado
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30) CESPE/AJ/TJ-DFT/Apoio Especializado/Análise de


Sistemas/2015
O Programa de Responsabilidade Socioambiental Viver Direito do TJDFT foi
instituído por meio da Portaria GPR n.º 1.313/2012. As bases do Programa Viver
Direito, seus objetivos e sua meta permanente são apresentados,
respectivamente, nos artigos 1.º, 2.º e 3.º da referida portaria, os quais são
transcritos abaixo:
Art. 1.º Reeditar o Programa de Responsabilidade Socioambiental do TJDFT
Viver Direito, cuja base é a Agenda Socioambiental do TJDFT que, em
permanente revisão, estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra
às existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e Territórios,
visando à preservação e à recuperação do meio ambiente, por meio de ações
sociais sustentáveis, a fim de torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto,
socialmente justo e economicamente viável.
Art. 2.º O Programa de Responsabilidade Socioambiental Viver Direito objetiva
indicar e programar ações bem como sensibilizar os públicos interno e externo
quanto ao exercício dos direitos sociais, à gestão adequada dos resíduos
gerados pelo órgão, ao combate a todas as formas de desperdício dos recursos
naturais e à inclusão de critérios socioambientais nos investimentos, nas
construções, nas compras e nas contratações de serviços da instituição.
Art. 3.º Define-se como meta permanente do Viver Direito a gestão
ambientalmente saudável, caracterizada pela adoção de práticas
ecologicamente eficientes, que visem poupar matéria-prima, água e energia,
bem como enfatizem a reciclagem de resíduos e a promoção da cidadania e da
paz social, com base no desenvolvimento do ser humano e na preservação da
vida.
Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações).

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A respeito das estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item


subsequente.
O deslocamento da partícula “se”, em “Define-se”, para o início do período —
escrevendo-se Se define — prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
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11 – Gabarito

1 E 7 C 13 E 19 C 25 C
2 B 8 E 14 E 20 E 26 C
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3 C 9 C 15 C 21 E 27 E
4 E 10 C 16 C 22 C 28 E
5 E 11 E 17 C 23 C 29 E
6 C 12 E 18 C 24 E 30 C
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12 – Referencial Bibliográfico

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 2009.

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