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GEOGRAFIA

Professor Thiago Feitosa

MÓDULO 4
O modelo econômico: o espaço industrial, a
exploração dos recursos minerais e a indústria de
turismo
A) Primeira Revolução Industrial

Iniciada por volta de 1750, estendendo-se até por volta de 1870. A Inglaterra foi
a pioneira do processo que posteriormente estendeu-se por outros países da
Europa, tais como a França, Alemanha e Holanda.
B) Segunda Revolução Industrial

O processo teve início no final do Séc. XVIII, por volta de 1870. A Alemanha,
EUA, Japão se destacaram nessa etapa.
C) Terceira Revolução Industrial

Iniciada nas últimas décadas do século XX, também conhecida como Revolução
Tecnológica e Científica.
Modelos de Industrialização:
A) Industrialização clássica ou original:
É típica dos países desenvolvidos ou centrais, que atravessaram todas as etapas
da Revolução Industrial.

São detentores de tecnologias de ponta, possuem um parque industrial


diversificado e competitivo.
Modelos de Industrialização:
B) Industrialização Planificada
Surgiu nas primeiras décadas do Séc. XX na Ex-URSS, irradiando-se
posteriormente para outras nações socialistas do mundo.

O Estado era responsável por todo o planejamento e desenvolvimento da


atividade industrial, pois controlava os meios de produção. A base da
industrialização apoiou-se nas indústrias de bens de produção e bens de capital,
ficando para segundo plano as chamadas indústrias de bens de consumo, uma
vez que os países socialistas não incentivam o mesmo.
Modelos de Industrialização:
C) Industrialização tardia do tipo substitutiva
É típica dos países periféricos emergentes, que desenvolveram a atividade
industrial, sobretudo, após a II Grande Guerra Mundial.

A Industrialização é tardia uma vez que ocorreu muito tempo após a I Revolução
Industrial, do Tipo Substitutiva, pois na maioria dos casos, apoiou-se na
necessidade de substituir as importações, principalmente por ocasião das II
Grandes Guerras e apoiada no capital internacional, na medida em que os setores
mais modernos da economia são controlados por empresas multinacionais.
Modelos de Industrialização:
C) Industrialização tardia do tipo substitutiva
Predominam as indústrias de bens de consumo duráveis e não duráveis, que
exigem menor volume de investimento e garantem o retorno mais imediato do
capital investido.

A presença de indústrias de ponta ainda é muito pequena na maioria dos países.


Fatores locacionais
São aqueles indispensáveis para a instalação de um parque industrial em
qualquer região do planeta. São eles que atraem os investimentos industriais. Ex:
► matérias-primas;
► fontes de energia;
► mão-de-obra de baixa qualificação e remuneração;
► mão-de-obra qualificada de alta remuneração;
► mercado consumidor;
► infraestrutura de transportes, energia, comunicações, água;
► incentivos fiscais;
► facilidades para remessa de lucros.
Histórico de industrialização no Brasil
I – MODELO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
O Brasil é um país industrializado do Terceiro Mundo, que faz parte do conjunto
de países emergentes.

A industrialização é tardia, uma vez que ocorreu muito tempo após a Primeira
Revolução Industrial, do tipo substitutiva, na medida em que o desenvolvimento
industrial brasileiro, baseou-se na necessidade de substituirmos as importações,
sobretudo por ocasião das duas Grandes Guerras Mundiais. E apoiada no capital
internacional, na medida em que os setores mais modernos da indústria
brasileira são controlados por empresas multinacionais.
Histórico de industrialização no Brasil
II – PRINCIPAIS FATOS QUE CONTRIBUIRAM PARA O DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL BRASILEIRO

► I Guerra Mundial
promoveu um surto de industrialização no país, apoiado na necessidade de
substituirmos as importações. ( primeira fase de substituição das importações ). A
escassez de produtos industrializados no mercado internacional e os elevados
preços desses produtos criaram condições para que a nascente indústria nacional
pudesse se desenvolver, com maior destaque para o setor de bens de consumo.
Histórico de industrialização no Brasil
II – PRINCIPAIS FATOS QUE CONTRIBUIRAM PARA O DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL BRASILEIRO

► Crise do Café
Foi responsável pelo deslocamento de parte do capital que anteriormente era
empregado no setor cafeicultor para o setor industrial ao longo da década de
1930, beneficiando, principalmente, os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Histórico de industrialização no Brasil
II – PRINCIPAIS FATOS QUE CONTRIBUIRAM PARA O DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL BRASILEIRO

► II Guerra Mundial
Assim como na I Guerra Mundial, o fato contribuiu para a expansão da atividade
industrial no país, mais uma vez apoiando-se na necessidade de substituirmos as
importações, pelos mesmos motivos da I Guerra. O período marca ainda a
implantação da primeira grande indústria de base do Brasil, a C.S.N. ( Companhia
Siderúrgica Nacional ), implantada em Volta Redonda.
Histórico de industrialização no Brasil
A ERA VARGAS NA DURANTE A II GUERRA MUNDIAL
Apoiado na sua política nacionalista, o governo explorou as riquezas brasileiras,
amparado em grupos nacionais, contrariando os grupos estrangeiros. Destaca-se,
neste período a extração mineral, a exportação de minérios e a siderurgia.
Histórico de industrialização no Brasil
A ERA VARGAS NA DURANTE A II GUERRA MUNDIAL

► Criação do Conselho Nacional de Petróleo em 1938. No ano seguinte, foi


aberto o primeiro poço de petróleo em Lobato, na Bahia.

► Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1941, empresa


instalada em Volta Redonda, Rio de Janeiro, para produção de aço.

► Criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, com a meta de


cuidar da extração das riquezas minerais.
Histórico de industrialização no Brasil
A ERA VARGAS NA DURANTE A II GUERRA MUNDIAL

► Criação da Companhia Nacional de Álcalis em 1943.

► Criação da Fábrica Nacional de Motores em 1943.

► Criação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco em 1945.

OBS: Durante o seu segundo mandato (1950-1954). foi criado o Banco Nacional
de Desenvolvimento Económico (BNDE) em 1952 e em 1953 , foi instituída a
Petrobras (Petróleo Brasileiro S/A
Histórico de industrialização no Brasil
► Plano de Metas
Elaborado no governo do Presidente J.K. Foi responsável pelo desenvolvimento
da infra-estrutura, sobretudo nas áreas de transporte, energia e comunicações.
Implantou uma política de incentivos fiscais para atrair empresas multinacionais
para o Brasil. Destacamos a indústria automobilística como a mais importante do
período.
Histórico de industrialização no Brasil
► Plano de Metas
A industrialização do Brasil apoiou-se na , que envolve o
(que atua predominantemente na produção de bens de
consumo não-duráveis), (que atua principalmente
na produção de bens de consumo duráveis) e o (que atuou
principalmente na indústria de bens de produção, ou indústrias de base e no
desenvolvimento da infraestrutura de transportes, energia e comunicações).
Histórico de industrialização no Brasil
► Regime Militar
Estendeu-se de 1964 até 1985. Os militares promoveram grandes investimentos
nos setores considerados básicos e estratégicos para o desenvolvimento do Brasil,
como por exemplo: siderúrgico, aeronáutico, petroquímico, bélico,
telecomunicações, energético, nuclear etc. O Governo mantém a política de
incentivos fiscais para atrair novas empresas multinacionais e ainda promove
grandes investimentos em infra-estrutura. Entre 1967 a 1973 o país viveu um
período de grande prosperidade econômica, denominado
Histórico de industrialização no Brasil
► Período pós-1990
É marcado pela adoção de uma , fundamentada na presença do
Tal política foi responsável pelo processo de privatizações do
setor público. Para justificar a aplicação de tal política, o Governo utilizou os
seguintes argumentos:

► Não é função do Estado atuar diretamente nos setores produtivos;


► Com o dinheiro obtido com a venda das estatais, o governo pagaria parte das
suas dívidas e investiria maiores recursos nas chamadas áreas sociais, como por
exemplo: saúde, educação, saneamento básico, moradia etc.
► O Governo alegava que muitas empresas estatais davam prejuízos.
► Com a privatização das empresas os serviços iriam melhorar, a economia iria
crescer com maior velocidade, gerando empregos, distribuição de renda etc.
Histórico de industrialização no Brasil
Alguns setores da sociedade organizada criticaram a política do Governo,
utilizando os seguintes argumentos:
► Os prejuízos dados por algumas empresas estatais derivavam do seu mau
gerenciamento, do excesso de empregados e do controle de preços exercido pelo
Governo.
► Muitas empresas foram sub-avaliadas, gerando grandes prejuízos aos cofres
públicos.
► Os serviços de algumas empresas privatizadas não melhoraram.
► O Governo não utilizou como prometera os recursos nos projetos sociais e as
dívidas interna e externa mais que triplicaram ao longo da década de 1990 e nos
primeiros anos da década de 2000.
► O Governo privatizou algumas empresas consideradas de grande valor
estratégico para a soberania do Brasil.
A formação dos tecnopólos brasileiros
Os tecnopolos são formados por centros de pesquisas, universidades e distritos
industriais que reúnem indústrias que desenvolvem tecnologias de ponta, como
por exemplo: biotecnologia, softwares, aeroespacial, microeletrônica, química
fina, engenharia genética, robótica etc.

Fatores responsáveis pelo desenvolvimento de um tecnopólo:


► disponibilidade de capitais para o desenvolvimento de pesquisas científicas e
tecnológicas,
► mão-de-obra com elevado grau de qualificação profissional (cientistas,
técnicos);
► presença de universidades e centros de pesquisas etc.
A formação dos tecnopólos brasileiros
Principais tecnopólos do Brasil:
onde se encontram a
USP e a UFSP. As pesquisas mais
avançadas são realizadas no
desenvolvimento de materiais
supercondutores de eletricidade,
(cerâmica);

► onde se encontram a
UNICAMP e a PUCCAMP. As pesquisas
mais avançadas são realizadas nas áreas
da informática, biotecnologia, robótica
etc.
A formação dos tecnopólos brasileiros
Principais tecnopólos do Brasil:
► , onde estão localizados o ITA, CTA, INPE. As pesquisas
mais avançadas estão nos setores da aeronáutica e aeroespacial.

► , onde estão localizados a UFRJ, FIOCRUZ, IME. As pesquisas


mais avançadas se desenvolvem nas áreas da engenharia e biotecnologia.
Localizado na Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
na ilha do Fundão, o Parque Tecnológico do Rio vai funcionar como um elo de
ligação entre os clientes e os recursos humanos e tecnológicos da UFRJ.
O Parque do Rio está voltado para a instalação de empresas inovadoras com
foco nos setores de Energia, Meio Ambiente, Tecnologia da Informação
Comunicação – TIC, Engenharia do Petróleo etc.
A formação dos tecnopólos brasileiros
A parceria Universidade-Empresa terá como resultados:
► aplicação das pesquisas nas inovações empresariais;
► postos de trabalho para profissionais de alta qualificação;
► definição de necessidades do mercado de trabalho;
► oportunidade de estágios e primeiro emprego dos alunos;
► melhoria de qualidade de vida local, com compromisso de responsabilidade
social;
A formação dos tecnopólos brasileiros
Fatores que dificultam a formação dos tecnopólos no Brasil:
► O governo só aplica 0,7% do PIB no desenvolvimento tecnológico e científico;
► Falta de mão-de-obra qualificada;
► As empresas multinacionais não desenvolvem tecnologias de ponta no país;
► As empresas privadas nacionais promovem poucos investimentos no
desenvolvimento de tecnologias etc.
A formação dos tecnopólos brasileiros
Organização Espacial das Indústrias no Brasil:
A formação dos tecnopólos brasileiros
a) Região Sudeste
No final da década de 1990, a Região Sudeste possuía cerca de 52% dos
estabelecimentos industriais do país, cerca de 58% do pessoal ocupado e 68%
do valor da produção industrial. Portanto, como se pode ver, a região Sudeste é
a mais industrializada do país.
A formação dos tecnopólos brasileiros
a) Região Sudeste
Fatores que contribuíram para a industrialização da Região Sudeste:
► boa posição geográfica;
► capital acumulado da cafeicultura;
► disponibilidade de mão-de-obra;
► presença de um grande mercado consumidor;
► existência de importantes recursos naturais;
► presença de uma boa infra-estrutura de transportes, energia e
comunicações;
► concentração das principais instituições financeiras do Brasil.
A formação dos tecnopólos brasileiros
a) Região Sudeste
As principais concentrações industriais do Sudeste estão localizadas nas três
grandes regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) e
nos seus respectivos eixos de ligação.

Na Grande São Paulo, destacamos a região do A.B.C.D.M.O paulista (Santo


André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Osasco).
A formação dos tecnopólos brasileiros
b) Região Sul
É a Segunda região mais industrializada do Brasil. Os fatores que contribuíram
para o desenvolvimento industrial da região foram:
► capital acumulado do setor agropecuário;
► o modelo de colonização de povoamento;
► a posição estratégica em relação aos países do MERCOSUL e da Região
Sudeste;
► a presença de uma boa infra-estrutura de transportes, energia e
comunicações;
► existência de um bom mercado consumidor;
► disponibilidade de mão-de-obra;
► presença de recursos naturais;
► investimentos procedentes da Região Sudeste.
A formação dos tecnopólos brasileiros
b) Região Sul
Desde o início, a industrialização a industrialização da região apoiou-se nas
indústrias tradicionais (alimentícia e têxtil). Os ramos que mais se
desenvolveram foram os que se voltaram para o aproveitamento das matérias-
primas produzidas na região, como por exemplo: têxtil, agroindústria, couro e
calçados, mobiliários etc.
A formação dos tecnopólos brasileiros
b) Região Sul
As indústrias dinâmicas que mais se desenvolveram foram as ligadas aos
setores químicos, metalúrgico e mecânico.
A indústria está concentrada nas regiões metropolitanas da Grande Porto
Alegre e Curitiba, além do vale do Itajaí em Santa Catarina, onde destacamos as
cidades de Joinville, Blumenau e Brusque.
A formação dos tecnopólos brasileiros
c) Região Nordeste
É a terceira região mais industrializada do Brasil. O desenvolvimento industrial
é recente e contou com o papel fundamental da SUDENE (Superintendência de
Desenvolvimento Regional do Nordeste), recriada recentemente pelo Governo
Federal. O órgão teve um papel de destaque nas seguintes áreas:
► Projetos de infraestrutura, sobretudo nas áreas de transportes e energia;
► Fortalecimento da educação, através da criação de escolas técnicas e
universidades;
► Implantação de diversos distritos industriais;

► Concessão de incentivos fiscais para atrair investimentos etc.


A formação dos tecnopólos brasileiros
c) Região Nordeste
As maiores concentrações industriais estão localizadas:
► Distrito industrial de Aratu e Pólo Petroquímico de Camaçari, ambos na
Grande Salvador;
► Distritos industriais de Cabo, Paulista, Igaraçu, Jaboatão, ambos na Grande
Recife,
► Grande Fortaleza ( sua industrialização é mais recente ), etc.

OBS: A indústria do turismo teve um grande crescimento nos últimos anos,


constituindo-se hoje numa das principais fontes de renda do Nordeste.
A formação dos tecnopólos brasileiros
d) Região Norte
A indústria está concentrada em Manaus, cujo o seu desenvolvimento apoiou-
se na criação da Zona Franca de Manaus, administrada pela SUFRAMA
(Superintendência do Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus), que teve
os incentivos fiscais recentemente estendidos até o ano de 2003. As principais
indústrias da região são: eletroeletrôncias, farmacêutica, química, material
fotográfico, montadoras de motocicleta, relógios etc.

Destacamos ainda a Grande Belém, que desenvolveu inúmeras indústrias


destinadas ao beneficiamento dos produtos extrativos e agropecuários
produzidos na região. No município de Barcarena encontra-se a mais
importante fábrica de alumínio do Brasil.
A formação dos tecnopólos brasileiros
e) Região Centro-Oeste
A sua industrialização é mais recente. As principais indústrias estão ligadas aos
setores agroindustriais, extrativos e bens de consumo duráveis (materiais
elétricos). A distância do litoral e a concorrência do parque industrial do
Sudeste, somado ao pequeno mercado consumidor local são os fatores que
limitam o desenvolvimento industrial da região, todavia, nos últimos anos o
processo de industrialização tem se intensificado na região.
Descentralização da atividade industrial
Nos últimos anos estamos verificando uma crescente descentralização da
atividade industrial no país. Além da descentralização regional, destacamos a
fuga de investimentos dos grandes centros industriais tradicionais.
As regiões industriais tradicionais já não atraem grandes investimentos. As
principais causas são:
► a mão-de-obra é mais cara;
► existe maior concorrência;
► presença de fortes sindicatos;
► a fiscalização ambiental é mais rigorosa;
► os grandes terrenos são escassos e quando são encontrados custam caro;
► o governo não concede mais incentivos fiscais para regiões com grande
desenvolvimento industrial, etc.
Descentralização da atividade industrial
Os novos investimentos industriais estão se dirigindo prioritariamente para as
cidades médias do interior, sobretudo em função da implantação dos
ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS, sendo atraídos pelos seguintes fatores:
► mão-de-obra mais barata;
► menor organização sindical;
► os governos implantam distritos industriais, onde oferecem os terrenos com
toda infra-estrutura e participam em alguns casos dos investimentos para a
implantação de indústrias;
► a concessão de incentivos fiscais;
► a menor concorrência etc.
Portanto, nos dias atuais, as cidades de médio porte, principalmente localizadas
nos estados do Centro-sul são aquelas que atraem maiores investimentos no
setor industrial.
Lista de minérios e produção
 MINÉRIO DE FERRO: Quadrilátero Ferrífero ou Central (Minas Gerais)
 MANGANÊS : Serra dos Carajás (Pará)
 BAUXITA : Rio Trombetas, afluente do rio Amazonas (Oriximiná- Pará)
 CASSITERITA : Rondônia
 COBRE : Bahia e Rio Grande do Sul
 PRATA : Minas Gerais e Pará
 URÂNIO : Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais
 CHUMBO : Minas Gerais e Tocantins
 OURO : Minas Gerais e Pará ( Serra Pelada)
 ESTANHO : Amazonas, Rondônia e Pará
 NIÓBIO : Minas Gerais
 NÍQUEL : Goiás
 Minério de ferro:
está entre os cinco principais itens exportados pelo Brasil, e é o mineral mais
explorado. O minério de ferro bruto (hematita, itabirita, magnetita, pirita)
possui grande importância econômica mundial porque é a matéria-prima básica
do aço (liga) utilizado nas estruturas de indústrias, edifícios, hotéis, estádios,
aeroportos, pontes e shoppings, etc, além de inúmeros outros usos.
 Minério de ferro:
Os estados de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero) e Pará (serra dos Carajás)
possuem as maiores e principais reservas. A maior parte da produção é
exportada para os Estados Unidos, Japão e União Europeia. Principais áreas
produtoras Quadrilátero Ferrífero Central (MG). Localizado entre os municípios
de Belo Horizonte, Mariana, Santa Bárbara e Congonhas do Campo, o
Quadrilátero Ferrífero é responsável por aproximadamente 80% da produção
nacional; 60 a 70% do minério de ferro produzido nessa área é destinado à
exportação.
 Serra dos Carajás (PA)
Localizada no Sudeste do Pará. Possui a maior
reserva mundial de minério de ferro do
mundo e é a segunda principal área
produtora do país. A exploração desse e de
outros minérios faz parte das estratégias do
Projeto Grande Carajás. A produção dessa
área está voltada para o consumo externo
(Japão) e é transportada pela Estrada de
Ferro Carajás. Inaugurada em 1985, essa
ferrovia, que tem 890 km de extensão, liga a
serra dos Carajás ao porto de Itaqui, na Ponta
da Madeira, em São Luís, no Maranhão.
 Minério de manganês
Assim como o minério de ferro, o manganês é o elemento básico para a
produção do aço , de fundamental importância para a indústria siderúrgica
porque age como desoxidante e dessulfurante. A região Norte, concentra
mais da metade da produção nacional de manganês e exporta a maior parte.
As maiores reservas estão na serra dos Carajás (PA), no Quadrilátero Ferrífero
(MG) e no maciço do Urucum (MS). A maior produção ocorre no Amapá
(cerca de 60% do total produzido no país), mas as reservas localizadas na
serra do Navio, nesse estado, estão praticamente esgotadas. Mais uma vez o
Brasil está entre as maiores produções mundiais.
 BAUXITA:
É extraído o alumínio, metal muito importante por ser utilizado na fabricação
de carros, aviões, portas, janelas, panelas, etc. É um grande condutor de
eletricidade e anticorrosivo. A principal e maior jazida nacional encontra-se
no vale do rio Trombetas, afluente do rio Amazonas, em Oriximiná, no Pará.
A maior parte da bauxita extraída no país é exportada para o Canadá e a
menor parcela é destinada ao mercado interno.
 BAUXITA:
A usina hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins (Pará), fornece energia
elétrica para a transformação do minério da bauxita em alumínio. A grande
quantidade de bauxita, aliada ao fornecimento de energia elétrica por
Tucuruí, gerou o Projeto Aibras-Alunorte. Controlado por grupos privados
nacionais e internacionais, esse projeto de produção do alumínio,
desenvolvido em Bacarena (Pará), visa abastecer o mercado externo.
 OURO:
O Brasil está entre os principais produtores mundiais (África do Sul, Estados
Unidos, Austrália, Canadá, China, Rússia, Usbesquistão e Brasil,
respectivamente) e entre os que têm as maiores reservas mundiais (África do
Sul, Estados Unidos, Austrália, Canadá, China, Rússia, Usbesquistão e Brasil,
respectivamente). Minas Gerais é o maior produtor nacional.
 NIÓBIO:
É um metal utilizado na composição de ligas metálicas empregadas na
fabricação de fios supercondutores, turbinas de aviões, entre outros usos. O
Brasil é responsável por mais de 90% da produção mundial desse mineral. A
maior reserva está em Minas Gerais, próximo à cidade de Araxá. A parte que
não é utilizada internamente é exportada para o Japão, para a América do
Norte e para a União Européia. O Brasil fornece o principal produto
industrializado ligado a esse mineral: o ferro-nióbio.
 OUTROS MINERAIS:
O Brasil ainda produz:

• chumbo: (extraído da galena, em Minas Gerais e Tocantins);


cobre: (condutor elétrico explorado na Bahia e no Rio Grande do Sul);
• níquel: (extraído da guamierita em Goiás) e tungsténio (extraído daxilita
no Rio Grande do Norte);
• estanho: muito utilizado em liga com chumbo para realizar a solda usada
na eletrônica, em objetos de decoração e é muito resistente à oxidação. O
estado do Amazonas é o principal produtor nacional, seguido dos estados
do Amazonas e do Pará. O estado de São Paulo é o maior consumidor
interno; a Argentina e os Estados Unidos são nossos maiores
importadores.
 Minerais não metálicos:
Nossos principais recursos minerais não metálicos são: sal de cozinha,
calcário e alguns minerais radioativos.

O Brasil ocupa o nono lugar entre os maiores produtores mundiais de sal de


cozinha. Os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Rio de Janeiro
são, respectivamente, os maiores produtores nacionais de sal. O porto de
Areia Branca, no Rio Grande do Norte, é o principal terminal exportador de
sal do Brasil.
 Minerais não metálicos:
Calcário
É uma rocha sedimentar constituída principalmente de carbonato de cálcio. E
usado na fabricação de cimento, cal, vidro e também como mármore
(processo de metamorfismo). O Brasil possui calcário em abundância. Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia (bacia do rio São Francisco) são seus
maiores produtores.
 Minerais radioativos:
O Brasil explora, entre outros, urânio e tório, dois minerais radioativos
usados na produção de energia nuclear.
URÂNIO:
hoje escasso, é encontrado em Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero e Poços
de Caldas) e no Ceará. Recentemente, foi localizada no Pará uma grande
reserva de urânio, na região da cidade de Santarém. Calcula-se que seja a
maior do mundo

TÓRIO
(Importante combustível de reatores nucleares), também escasso, é
encontrado principalmente no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

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