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1 Introdução
A pesquisa foi dividida em duas grandes partes, no formato francês, em que se parte de
uma percepção mais genérica e teórica do fenômeno ora sob análise para uma aplicação
prática e ilustrativa, interligadas pela própria noção de “eficiência” a ser posteriormente
examinada.
Iniciando por breve notícia histórica,muitos doutrinadores apontam como marco primeiro
o ano de 1975, mais precisamente a obra de construção do Túnel de Eisenhower, no
Colorado (EUA) – que, de fato, foi o caso mais célebre de sucesso de instalação de um
Dispute Board após amplos estudos empreendidos. Michael Kamprath refere ser essa
uma diferença histórica entre os Dispute Resolution Boards norte-americanos e todos os
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Dispute Boards: maximização da eficiência no
procedimento pré-arbitral em contratos de construção
demais: à época, o Estado do Colorado não aceitava em sua lei estadual que fossem
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produzidas decisões vinculativas sem que as partes efetivamente litigassem .
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Existe, todavia, uma referência considerada embrionária por Cyril Chern e Michael
Kamprath, datada da década de 1960, referente a Boundary Dam, em Washington –
onde foi requerido a um conselho técnico que mantivesse seu funcionamento e tomasse
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decisões sobre conflitos e outras matérias relacionadas . Referem, os autores, que a
ideia funcionou bem e, já nessa época, o embrião do Dispute Review Board (cujas
características serão melhor detalhadas na sequência) começou a ganhar contornos.
[...] foram, pois, concebidas justamente para compor os interesses das partes de forma
mais célere, econômica e sigilosa (se de interesse das partes e juridicamente possível) e
sob o crivo de um ou alguns especialistas na matéria controvertida, que atuam de forma
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imparcial e independente .
Sob um olhar mais descuidado, parece existir uma tendência à generalização, mas Cyril
Chern, após breve comentário sobre cada um dos meios alternativos (mediação,
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procedimento pré-arbitral em contratos de construção
Assim, em verdade, os boards são, sim, uma forma de evolução (tanto mais complexa)
de ADRs (já que admitem diferentes formatações adaptáveis à necessidade contratual).
São adotados por Bancos de Desenvolvimento, como o Banco Mundial, por importantes
organizações internacionais (FIDIC e ICC) e mesmo por algumas legislações internas de
países como México, Nova Zelândia, Austrália e Inglaterra. Em verdade, o Banco Mundial
passou a exigir a adoção dos Dispute Adjudication Boards (DABs) sobre as obras por ele
financiadas em razão de a FIDIC ter passado a incorporá-los como alternativa primeira à
resolução de conflitos, resultando em verdadeiro esforço de harmonização entre os mais
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diversos ordenamentos e entidades internacionais .
2.1 Da estruturação dosboards
O Dispute Board é, nas palavras da doutrina quase pacífica (por todos, cita-se Antônio
Fernando Marcondes, que reproduz a própria Dispute Resolution Board Foundation):
É admitida tal previsão de “nomeação de Dispute Board ad hoc”, a ser constituído tão
logo seja instaurada a controvérsia, sem nunca perder de vista a intenção comum inicial
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das partes e as disposições contratuais entre elas pactuadas . De fato, Arnoldo Wald
chega a referir que os membros podem ser “um, três, ou mais, sempre em número
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ímpar” . Assim, logo é possível notar o ambiente de forte autonomia e flexibilidade em
que adentra o estudo.
A escolha dos membros (em sendo três) geralmente é feita da seguinte forma: cada
parte escolhe um membro, que deve obter aprovação da outra parte; o terceiro será
escolhido por estes dois, e deve, também, passar pela aprovação dos contratantes.
Dessa forma, destaca Michael Kamprath, cada parte possui uma voz para a escolha de
um terceiro membro neutro. Segundo ele, historicamente, os comitês são compostos por
profissionais de engenharia e especialistas em contratos. Apenas engenheiros ou apenas
especialistas jurídicos, em geral, não são suficientes para solver toda natureza de
dúvida. Citando Russel Ruden, Kamprath ainda menciona que outro procedimento cuja
possibilidade de adoção é viável é a contratação de um conselho jurídico independente
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para acompanhar e prestar auxílio ao board nas questões puramente legais .
[...] uma junta de especialistas escolhidos pelas partes, os quais deverão comportar-se
de forma ética, conduzindo os trabalhos, as reuniões e as audiências de maneira
imparcial, expedita e objetiva. Embora indicados pelas partes, jamais poderão agir como
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advogados das mesmas, tendo que atuar de forma isenta.
Foi, pois, a partir da necessidade (das partes e credores) de uma vinculatividade maior
que nasceu a segunda formatação:
b. Dispute Adjudication Board (DAB), que emite decisões sobre qualquer disputa que lhe
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tenha sido submetida. A palavra-chave, aqui, é “adjudicação” . Seguindo as
determinações do contrato por elas celebrado, as partes devem cumprir essa decisão
assim que a receberem. Se uma parte expressar insatisfação dentro do prazo, pode
submeter a disputa à arbitragem ou intentar ação judicial. Importante frisar que as
partes permanecem contratualmente obrigadas a cumprir a decisão, pelo menos até que
o tribunal decida de outra forma. Se nenhuma das partes expressar insatisfação
tempestivamente, por contrato concordaram em permanecer vinculadas – é a chamada
interim-binding force.
Importa observar que o Dispute Adjudication Board é autorizado a proferir sua opinião
sobre qualquer disputa entre as partes. Interessante notar, também, que tais pareceres
não são vinculativos para este board; Cyril Chern esclarece que, assim sendo, se o
assunto não for resolvido com base na aludida opinião, o DAB poderia aceitar uma
reclamação, mesmo com base nos mesmos fatos, e, em última análise, emitir uma
decisão que pode ser completamente diferente da opinião anteriormente manifestada
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sobre o mesmo problema .
c. Combined Dispute Board (CDB): consagrada em 2004 pela ICC, normalmente emite
suas recomendações direcionadas a qualquer disputa a que se refere, mas pode emitir
uma decisão, se assim for solicitado por qualquer das partes – e inexistindo oposição da
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outra parte ; havendo objeção, o Combined Dispute Board decidirá se deve proferir
recomendação ou decisão (com base naquilo que tenha sido pactuado pelas partes) e
em caso de urgência para evitar ruptura do contrato, perda substancial ou em existindo
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prova a ser preservada . Ademais, Cyril Chern chega a sugerir que “Um CDB às vezes é
um cenário mais palatável do que um DAB ou DRB, particularmente em situações em
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que as partes são novas no conceito de disputa” .
2.2 Atuação preventiva sob o prisma daeficiência
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Essa mesma eficiência, aliás, será o fio condutor que naturalmente leva à segunda parte,
afinal parecem ser os contratos de engenharia e construção a matéria cujas
necessidades são melhor supridas pelos Dispute Boards em razão de suas
particularidades, demandas e especificidades próprias, notadamente a “aptidão” à
colaboração entre as partes, dado o claro cenário de benefícios que o bom andamento da
obra propicia a todos os envolvidos (o benefício de uma parte não depende do prejuízo
da outra, ou, em termos econômicos, “ganha-ganha”, em contraposição ao ambiente
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“ganha-perde”, que favorece a competição e a concorrência) .
Para o bom andamento procedimental, Cristopher Koch elenca os poderes dos quais o
board pode/deve fazer uso: determinar o idioma a ser adotado; requerer a apresentação
de documentos das partes imprescindíveis à emissão de certa determinação; convocar
reuniões, audiências, visitas in loco; solucionar todas as controvérsias procedimentais
que venham a ser pauta no decorrer de uma audiência, reunião ou visita; promover
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interrogatório de partes ou de quaisquer testemunhas por elas convocadas , entre
outros.
Ainda no que tange às práticas que maximizam a eficiência, importa salientar que o
caráter permanente dos comitês implica em um maior zelo por parte dos contratantes, já
que a relação é personalizada e pessoal. Retoma-se a lição de Arnoldo Wald, quando
refere que “posições frágeis ou radicais” podem provocar descrédito, “perda de
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credibilidade perante o painel” . Assim, a intenção é de que apenas as discórdias
efetivamente relevantes sejam submetidas ao board – o que estimula a negociação de
soluções para as demais em uma espécie de autocomposição incentivada. O ambiente,
portanto, resta mais pacífico, menos contencioso, com agressividade e animosidade
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atenuadas – é dizer: mais colaborativo e cooperativo.
Outra vantagem em especial a ser levantada são as custas, igualmente divididas entre
as partes para que não exista margem de desconfiança sobre a parcialidade. Dados da
DRB Foundation apontam que o custo de um conflito solucionado com DB gravita em
torno de 0,05% (quando há poucas divergências) e 0,25% (quando há mais) do custo
final da obra, ao tempo que a arbitragem pode chegar a alcançar 5% do valor total final
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do contrato .
3 Da afinidade com os contratos de construção
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Nessa senda, especialmente nos contratos mais afins aos Dispute Boards, a profilaxia
deste exercício da jurisdição é a própria eficiência maximizada. Mostra-se imprescindível
a adoção de ferramentas bastante especializadas, essencialmente técnicas e rápidas (o
prazo padrão da ICC é de 90 dias), a fim de impedir o desequilíbrio econômico e do
ambiente de negociação, que deve ser mantido estável ao máximo.
Tais contratos são, assim, incompletos por natureza. Mostra-se elevada a importância de
encontrar um método célere e menos custoso que previna, coíba e ataque conflitos
embrionários, já que as consequências podem ser extremamente graves: cessação dos
trabalhos na obra, atrasos na entrega, custos com indenizações a serem pagas a
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terceiros prejudicados – ao tempo que o bom funcionamento traz ganhos tanto para o
contratante, que terá sua obra concluída, quanto para o contratado, que receberá a justa
contraprestação remuneratória pelos serviços prestados.
A taxa de efetividade é bastante alta (em 2003, das 1200 divergências submetidas aos
DBs, apenas 19 (2%) recorreram à jurisdição). No âmbito da construção, os litígios
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foram diminuídos em 50% .
3.1 Prática arbitral em “contrato FIDIC”: breve análise de caso
A 5ª edição dos FIDIC Books foi publicada em 1999, trazendo, então, a previsão da
adoção dos Dispute Boards. Christopher Seppälä menciona, já na abertura do boletim da
ICC (2008), que existe um lag de dez a vinte anos (ou mais) quando uma nova edição é
lançada – até que seja introduzida, ganhe aceitação, caia no uso geral e advenham
conflitos envolvendo contratos regidos por tais regulações que sejam submetidos à
apreciação arbitral. Por isso, segundo ele, ainda não há extratos de decisões da última
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edição do chamado “Red Book (for civil engineering construction)” – os chamados
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conditions for construction ; há, ainda: o “Yellow Book (for plant and design-build
works)” e o “Silver Book (for EPC/turnkey construction works)” – the “1999 FIDIC
Books”.
No entanto, esse mesmo tribunal enfatizou, muito corretamente (na opinião do autor),
que sua decisão não se baseava nessas disposições, masno próprio contrato,que assim
dispunha:
O julgamento a ser feito deve dar pleno e imediato efeito a um direito de que uma parte
goze sem discussão com base no contrato, e que a as partes concordaram que se
estenderão pelo menos até o final da arbitragem. Por sua vez, a vontade das partes
prevalecerá sobre qualquer consideração de urgência ou dano irreparável ou fumus boni
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juris que estejam entre os fundamentos da disposição francesa referida. (grifamos)
Assim, um tribunal arbitral pode e, quando solicitado, deve fazer cumprir as decisões do
Engenheiro de acordo com a Cláusula 67, em conformidade com as regras da ICC,
ordenando que a outra parte pague imediatamente o valor determinado, ainda que
exista manifestação de insatisfação.
O autor afirma que idêntico resultado deve ser obtido para decisão de um DAB, porque a
linguagem relevante da cláusula 67 (4.ª edição) e da cláusula 20 (5ª edição) dos Livros
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FIDIC de 1999 é, para todos os efeitos, a mesma. A SubClause 20.4 assim dispõe:
A decisão [de um DAB] será vinculativa para ambas as partes, que deverão dar-lhe
efeito imediato, a menos que (e até que) seja revisada em uma solução amigável ou em
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uma sentença arbitral.
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De fato, sequer é objetivo desse “novo método” atingir força vinculante como se decisão
jurisdicional fosse. O descumprimento de decisão emanada por dispute board faz com
que a parte incorra em inadimplemento contratual, dando ensejo a “instauração de uma
arbitragem ou a propositura de uma ação judicial, em que o autor pedirá o cumprimento
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do contrato”, para, assim, buscar a efetiva implementação da decisão.
3.2 Da compatibilidade com o ordenamento brasileiro
Por fim, será abordado o ponto eventualmente levantado pela doutrina brasileira acerca
da compatibilidade e possibilidade de utilização dos boards (em cada um de seus
formatos) no ordenamento pátrio.
Em 2005, ante a inovação trazida por um novo Código Civil (LGL\2002\400) (2002),
Arnoldo Wald já detectava a necessidade de inovação no campo da resolução de conflitos
que viessem a somar e complementar a então moderna lei de arbitragem:
[...] talvez tenha surgido o momento de fazer do Dispute Board mais um instrumento
facultativo de solução de conflitos, que obedeça aos princípios básicos de eticidade,
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socialidade e operabilidade que norteiam o legislador, de acordo com Miguel Reale.
Em artigo bem mais recente, mais de dez anos depois, já descreve “a urgência em se
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atender necessidades da construção e infraestrutura”, dados todos os aspectos aqui já
apresentados. Em 2011, ainda relatava que a inserção de boards nos contratos seguia
sendo rara devido à desconfiança e ao desconhecimento principalmente quanto à sua
admissibilidade no direito brasileiro, no seu modelo obrigatório (Dispute Adjudication
Board) – afinal, inexiste legislação específica, muito embora as organizações brasileiras
(a exemplo da Camarb) já estejam em processo de nova regulamentação para
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implementação, tal qual faz a ICC.
A recente decisão brasileira paradigmática que parece “abrir caminhos” data do ano de
2016, e versa sobre a aplicação a uma cláusula compromissória de disposição referente
a acordo que delegava a um terceiro a fixação de valor de participação acionária
(note-se, pois, que os Dispute Boards não são restritos aos contratos de construção). A
fundamentação decisória é precisamente aplicável ao reconhecer, “[...] com base no
princípio geral da autonomia da vontade, a plena validade e a força vinculante das
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contratações que elegem terceiro imparcial para resolver determinada disputa”
(grifamos), inclusive fazendo menção específica aos boards no decorrer da
fundamentação do voto condutor.
4 Conclusões
CAIRNS, David J. A.; MADALENA, Ignacio. El reglamento de la ICC relative a los Dispute
Boards. Revista de Arbitragem e Mediação, São Paulo, v. 10, p. 179-189, jul.-set. 2006.
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Couto e Silva. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.
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HÖK, Götz-Sebastian. Alternative dispute resolution and dispute adjudication in civil law
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HÖK, Götz-Sebastian. FIDIC dispute adjudication: outline and core elements. Revista de
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KAMPRATH, Michael T. The use of dispute resolution boards for construction contracts.
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KOCH, Cristopher. Novo regramento da CCI relativo aos Dispute Boards. Revista de
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MARTINS-COSTA, Judith. Modelos de direito privado. São Paulo: Marcial Pons, 2014.
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PATTERSON, Lindy. Appointing the Dispute Board: why it differs from arbitration
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[http://kluwerarbitrationblog.com/2015/04/20/appointing-the-dispute-board-why-it-differs-from-arbitra
Acesso em: 20.06.2017.
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complex construction projects. London: Imperial College Press, 2014.
VAZ, Gilberto José. Breves considerações sobre os Dispute Boards no direito brasileiro.
Revista de Arbitragem e Mediação, São Paulo, v. 10, p. 165-171, jul.-set. 2006.
VAZ, Gilberto José; LIMA, Renata Faria Silva; NOVAIS, Roberto Cançado Vasconcelos;
NICOLI, Pedro Augusto Gravatá. Os Dispute Boards como método alternativo de
resolução de disputas na indústria da construção. Revista de Arbitragem e Mediação, São
Paulo, v. 40, p. 325-333, jan.-mar. 2014.
1 “There is one typical difference between American and International DRB – which may
be attributable to a historical quirk. The Eisenhower Tunnel project DRB could not make
binding decisions due to a Colorado state law that required the parties to litigate their
disputes in state court rather than use binding dispute resolution”. In KAMPRATH,
Michael. T. The use of dispute resolution boards for construction contracts. Urban
Lawyer, v. 46, Issue 4, p. 807-814, 2014.
2 “The earliest reported use was on Boundary Dam in Washington in the 1960s, where
the technical ‘Joint Consulting Board’ was asked to continue its operation and make
decisions regarding conflicts and other related matters. The idea worked well and the
dispute review board embryo began to grow”. In CHERN, Cyril. Chern on dispute boards:
practice and procedure. 3. ed. New York: Informa Law from Routledge, 2015. p. 11.
3 “The first forbears of DRB concept appeared in the 1960s in the United States. A ‘Joint
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Dispute Boards: maximização da eficiência no
procedimento pré-arbitral em contratos de construção
Consulting Board’ was set up for the Boundary Dam project in Washington and is
reconized as the first dispute board”. In KAMPRATH, Michael. T. The use of dispute
resolution boards for construction contracts. Urban Lawyer, v. 46, Issue 4, p. 807-814.
Fall 2014.
4 “The benefits of the dispute review board approach were recognised and appreciated
by the contracting parties and ‘The Eisenhower’ became an example that was followed
with enthusiasm throughout the USA”. In CHERN, Cyril. Op. cit., p. 11.
8 VAZ, Gilberto José; LIMA, Renata Faria Silva; NOVAIS, Roberto Cançado Vasconcelos;
NICOLI, Pedro Augusto Gravatá. Os Dispute Boards como método alternativo de
resolução de disputas na indústria da construção. Revista de Arbitragem e Mediação, v.
40, p. 325-333. São Paulo: Ed. RT. jan.-mar. 2014.
9 Tradução livre de extrato da obra de: CHERN, Cyril. Chern on dispute boards: practice
and procedure. 3. ed. New York: Informa Law from Routledge, 2015. p. 9-11.
10 “52. A função do board foi se situando entre a perícia propriamente dita e a decisão
arbitral, sendo mais do que a primeira e menos do que a segunda. Tanto é assim que,
das decisões tomadas pelo DB, as partes podem prever o cabimento seja da arbitragem
seja do recurso ao Poder Judiciário para anular ou, conforme o que tiver sido
convencionado, reformar o que foi decidido”. In WALD, Arnoldo. Arbitragem contratual e
os Dispute Boards. Revista de Arbitragem e Mediação, São Paulo, v. 6, p. 9-24, jul.-set.
2005.
12 Sobre esse processo: “The World Bank and FIDIC embarked upon a process to
harmonise the dispute resolution board/dispute adjudication board provisions to bring
them into alignment. Other development banks were involved in this harmonisation and
in 2005, a set of contract conditions, published by FIDIC, was adopted by all the leading
development banks utilising dispute adjudication boards; this form of contract was
recently updated and the new 2011 version is the standard”. In CHERN, Cyril, op. cit. p.
12-13.
construção. In: BAPTISTA, Luiz Olavo; PRADO, Maurício Almeida (Org.). Construção civil
e direito. São Paulo: Lex, 2011. p. 123.
15 Conferir Nota final n. 6 do texto VAZ, Gilberto José; LIMA, Renata Faria Silva;
NOVAIS, Roberto Cançado Vasconcelos; NICOLI, Pedro Augusto Gravatá. Os Dispute
Boards como método alternativo de resolução de disputas na indústria da construção.
Revista de Arbitragem e Mediação, São Paulo, v. 40, p. 325-333, jan.-mar. 2014.
17 “Another procedure might be hire independent counsel to advise the DRB on legal
issues”. In KAMPRATH, Michael. T. The use of dispute resolution boards for construction
contracts. Urban Lawyer. v. 46, Issue 4, p. 807-814, 2014.
19 CHERN, Cyril. Chern on dispute boards: practice and procedure. 3. ed. New York:
Informa Law from Routledge, 2015. p. 33. Trad. livre.
21 “[...] if the parties agree, the DAB can give its opinion on any dispute between the
parties. It is interesting to note that such opinions are not binding on the DAB, and
should the matter not settle based upon the opinion, the DAB could accept a claim based
upon the same facts and then ultimately issue a decision that may be completely
different than the opinion it previously gave on the same issue”. In CHERN, Cyril. Chern
on dispute boards: practice and procedure. 3. ed. New York: Informa Law from
Routledge, 2015. p. 34.
23 “Si alguna de las partes manifiesta su disconformidad, será el CDB quien decida si
emite una recomendación o una decisión, teniendo en cuenta los parámetros
establecidos en el Artículo 6 (3) del Reglamento, incluyendo – inter alia, la ‘urgencia de
la situación’, la continuidad en la ejecución del proyecto y el cumplimiento del contrato”.
In CAIRNS, David J. A.; MADALENA, Ignacio. El reglamento de la ICC relative a los
Dispute Boards. Revista de Arbitragem e Mediação, São Paulo, v. 10, p. 179-189,
jul.-set. 2006.
posto que o direito buscaria restabelecer o estado inicial dos fatos (no passado,
portanto), ao tempo que a Economia observa o futuro e se utiliza de métodos que visam
predominantemente a prevenção de intercorrências indesejáveis. In WALD, Arnoldo.
Arbitragem contratual e os Dispute Boards. Revista de Arbitragem e Mediação, São
Paulo, v. 6, p. 9-24, jul.-set. 2005. Visando a atender ao procedente anseio do autor,
sugere-se a leitura de obra que executa uma pioneira releitura da teoria moderna dos
contratos na seara do direito comercial, fazendo de conceitos da Economia
(predominantemente da Escola Institucionalista) sua ferramenta: FORGIONI, Paula
Andrea. Contratos empresariais. 2. ed. São Paulo: Ed. RT, 2016.
27 Idem.
28 KOCH, Cristopher. Novo regramento da CCI relativo aos Dispute Boards. Revista de
Arbitragem e Mediação, São Paulo, v. 6, p. 143-175, set. 2005.
32 Cf. VAZ, Gilberto José; LIMA, Renata Faria Silva; NOVAIS, Roberto Cançado
Vasconcelos; NICOLI, Pedro Augusto Gravatá. Os Dispute Boards como método
alternativo de resolução de disputas na indústria da construção. Revista de Arbitragem e
Mediação, São Paulo, v. 40, p. 325-333, jan.-mar. 2014.
35 Dados oficiais da ICC retirados de: KOCH, Cristopher. Novo regramento da CCI
relativo aos Dispute Boards. Revista de Arbitragem e Mediação, São Paulo, v. 6, p.
143-175, set. 2005.
39 Nas palavras de Christopher Seppälä, “Thus, awards dealing with the earlier editions
of the FIDIC Conditions may continue to be instructive in relation to the 1999 FIDIC
Books” (op. cit., p. 42).
41 “In that case, the arbitrators decision to enforce a ‘binding’ – but not ‘final’ – decision
of the Engineer under Clause 67 of the FIDIC Conditions, Fourth Edition (1987), is
directly applicable to the enforcement of a ‘binding’ – but not ‘final’ – decision of a DAB
under Clause 20 of the 1999 FIDIC Books”. In SEPPÄLÄ, Christopher. International
Construction Contract Disputes: Second Commentary on ICC Awards Dealing Primarily
with FIDIC Contracts. ICC International Court of Arbitration Bulletin, Paris, v. 19, n. 2, p.
42, 2008.
42 Ibidem, p. 54.
43 Ibidem, p. 53.
44 Idem.
45 “This author submits that the same result should obtain in the case of a decision of a
DAB under the 1999 FIDIC Books as was found to apply in Case No. 10619 in the case of
a decision of the Engineer under Clause 67 of the FIDIC Conditions, Fourth Edition. This
should be so because the relevant language of Clause 67 of the Fourth Edition and of
Clause 20 of the 1999 FIDIC Books is to all intents and purposes the same”. In SEPPÄLÄ,
Christopher. Op. cit., p. 54.
47 VAZ, Gilberto José; LIMA, Renata Faria Silva; NOVAIS, Roberto Cançado Vasconcelos;
NICOLI, Pedro Augusto Gravatá. Os Dispute Boards como método alternativo de
resolução de disputas na indústria da construção. Revista de Arbitragem e Mediação, São
Paulo v. 40, p. 325-333, jan.-mar. 2014.
51 REsp 1.569.422, julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, 3ª Turma, rel. Min. Marco
Aurélio Bellize, 24.04.2016.
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