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O “Evangelho” segundo o Filme A Cabana.

Hoje dia 21/04/2017,

No começo da semana (terça-feira) eu e os meus alunos de Teologia fomos assistir um dos filmes que
tem levado multidões de pessoas evangélicos ou não aos cinemas. O filme se chama a Cabana baseado
no livro escrito por William Paul Young e que vendeu mais de 30 milhões de unidades em todo mundo.

O que me levou a assistir o filme? Foi exatamente um número muito grande de cristãos e a maioria
deles falando coisas extraordinárias sobre ele e alguns chegaram a afirmar que toda a sua concepção a
respeito de Deus, eternidade e relacionamento com a trindade foi mudada. Fiquei pensando por que?
Será que aquilo que temos ensinado nas igrejas não é correto? O que há de errado nos ensinos na
Igreja?

Confesso que fiquei impressionado com as pessoas no cinema e como a trama do filme ele conseguia
envolver as pessoas ao ponto de elas começarem a ver o filme com o coração e não a mente, ou seja,
as pessoas focam tanto na dor do personagem Mack Phillips que ainda menino sofreu muito nas
mãos do seu pai que acaba o envenenando. Anos mais tarde ele sofre uma dor ainda muito
maior quando sua filha e morta de forma cruel numa cabana na montanha e então ele fique
preso emocionalmente a esta tragédia que muda toda sua maneira de ver o mundo.
Alguns dias depois ele recebe um bilhete de “Papai” convidando-o para voltar a cabana. Ao
caminho ele sofre um acidente que no começo parece que não aconteceu. Ao chegar na
cabana ele se depara com 3 personagens que ele descobriu que era a “trindade”. No começo
ele não acredita especialmente porque vai de encontro a tudo aquilo que aprendeu na igreja.
Deus pai é representado por uma mulher grande africana que gosta de fazer bolinho; Jesus
um rapaz judeu meio informal e o Espirito Santo uma mulher asiática chamada Sarayu.
Começa, então, um diálogo entre eles com o propósito de curar as suas feridas.
Neste ponto do filme começa grandes controvérsias teológicas. Alguns descreve 13 erros teológicos no
Filme. Apenas vou cita-los:

1. Deus o Pai foi crucificado com Jesus.


2. Deus é limitado por Seu amor e não pode praticar a justiça.
3. Na Cruz, Deus perdoou a toda a humanidade, se eles se arrependeram ou não. Alguns
escolhem um relacionamento com Ele, mas Ele os perdoa todos independentemente.
4. As estruturas hierárquicas, sejam elas na Igreja ou no governo, são más.
5. Deus nunca julgará as pessoas por seus pecados.
6. Não há uma estrutura hierárquica na Divindade, apenas um círculo de unidade.
7. Deus se submete aos desejos e escolhas humanas.
8. A justiça nunca acontecerá por causa do amor.
9. Não há tal coisa como julgamento eterno ou tormento no inferno.
10. Jesus está andando com todas as pessoas em suas diferentes viagens a Deus, e não
importa qual caminho você chega a Ele.
11. Jesus está constantemente sendo transformado junto com nós.
12. Não há necessidade de fé ou reconciliação com Deus, porque todos irão para o céu.
13. A Bíblia não é verdadeira porque reduz Deus ao papel.
Infelizmente muitos cristãos não viram estes erros e até foram contra estes erros teológicos. Então eu
comecei a procurar não o que o povo falava sobre o filme, mas o que o autor pensava, qual são as suas
teologias e etc... para que pudesse tirar as dúvidas. Fiquei ainda mais chocado quando me deparei no
próprios pensamentos e propósitos do autor ao escrever o livro.

William Paul Young, filho mais velho de 4 irmãos. Foi ainda muito pequeno com sua família para uma
tribo na Nova Guine Holandesa. Ali teve vária experiências ruins como preconceito por ser branco até
um estrupo. Assim o livro é uma espécie de paralelo de como ele chegou a cura dos seus traumas. No
entanto o livro foi escrito para ensinar os seus filhos a respeito de Deus. Ou seja, o propósito do livro é
mudar as concepções sobre Deus.

Para William a falta de cura dos traumas está em nossas concepções erradas sobre Deus. Ele deixa isto
bem claro quando escreveu um outro livro “ As mentiras que acreditamos a respeito de Deus” (Lies We
Believe About God). Neste livro ele não deixa dúvida sobre suas heresias teológicas que permeia o livro
A Cabana:

 O homem é inerentemente bom (Ch.2)


 Deus não está no controle, mas que Ele submete a nós (Ch.3)
 O cristianismo é um instituto humano e não uma religião trazida por Deus (Ch.5)
 A estrutura da igreja e a "religião" são perigosas (Ch.12)
 Todo mundo é salvo (Universalismo) (Ch.13)
 Inferno não é real (capítulo 15)
 A cruz não era o plano de Deus, mas a tentativa do homem de destruir Deus (Ch.17)

William não é cristão, pois ele não acredita que Jesus morreu na cruz para pagar os nossos pecados.
Ele vai de encontro a tudo aquilo que a Bíblia ensina sobre pecado e suas consequências.

Pr Deon

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