Você está na página 1de 44

1.

NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO


CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Coordenação Pedagógica – IBRA

DISCIPLINA

INTRODUÇÃO AO
SERVIÇO SOCIAL
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03

1 INTRODUÇÃO AO SERVIÇO SOCIAL ........................................................ 05


1.1 Começo de conversa ................................................................................. 05
1.2 Alguns dados ―técnicos‖ da profissão......................................................... 06
1.3 Origem........................................................................................................ 06
1.4 Áreas de atuação ....................................................................................... 07

2 CONSELHO FEDERAL (CFESS) E CONSELHOS REGIONAIS DE


SERVIÇO
SOCIAL (CRESS) ............................................................................................ 09

3 A NATUREZA INTERVENTIVA DO SERVIÇO SOCIAL E O


PROJETO ÉTICO-POLÍTICO .......................................................................... 15
3.1 O projeto ético-político................................................................................ 18

4 FUNDAMENTOS ÉTICOS DO SERVIÇO SOCIAL ...................................... 22


4.1 Ética profissional e conjuntura: tendências e desafios ............................... 25

REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS.......................................... 30

ANEXOS .......................................................................................................... 35
3

INTRODUÇÃO

Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação


daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências
atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso.

As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.

Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos


colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada
está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e
melhorar nosso trabalho.

Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês


são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que:
aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é
demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação
dos nossos/ seus alunos.

Em pleno século XXI, o mundo envolvido pelas novas tecnologias que


aproximam e ao mesmo tempo distanciam as pessoas, os governos com demandas
em todos os setores e a questão social ainda sendo tratada à margem, nos faz viver
momento de desafios, onde é preciso ter coragem e esperança para que os sonhos
possam ser concretizados e para que vislumbremos um horizonte mais humano,
justo e solidário.

Nesses tempos em que ainda a acumulação de capital não rima com


igualdade, muito menos é parceira da equidade, cabe a todos profissionais,
principalmente da área de saúde, habitação, segurança, educação, bem-estar, diga-

"
4

se social, o desenvolvimento de competências para, pelo menos driblar essas


desigualdades e buscas novos caminhos que promovam a justiça.

Evidentemente que ao assistente social cabe uma parcela maior de


responsabilidade nesses eventos, afinal de contas, e concordando com Iamamoto
(2008, p. 20), um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é
desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de
trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas
emergentes no cotidiano.

Pois bem, veremos ao longo deste curso, dentre outros tópicos, os


fundamentos éticos da profissão, os espaços em que pode atuar o Assistente Social
bem como especificar a sua prática de intervenção (junto a famílias de maneira
geral, junto à questão da violência, atendimento a creches, empresas, etc.), além da
legislação pertinente a área e alguns tópicos especiais como a construção dos
movimentos sociais ao longo da nossa história e a sociologia das organizações.

Este material trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que


entendemos serem os mais importantes para a disciplina.

Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de


redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico.

Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
dúvidas e aprofundar os conhecimentos.

"
5

1 INTRODUÇÃO AO SERVIÇO SOCIAL

1.1 Começo de conversa...

―O Serviço Social é uma profissão que tem um compromisso com a


construção de uma sociedade humana, digna e justa‖ (MARTINELLI, 2006, p. 12),
principalmente se pensarmos naqueles sujeitos que não têm identidade, que moram
nas ruas, solitários, que não fazem parte das estatísticas, que não contribuem com a
ciranda econômico-financeira, enfim, o serviço social tem dentre suas metas
recuperar a dignidade dos sujeitos sociais marginalizados.

É fundamental ao Assistente Social reconhecer a importância da profissão


ao abrir espaços de escuta para estes sujeitos que, muitas vezes, nem sequer são
alcançados por outras profissões. Com frequência os Assistentes Sociais são os
interlocutores deste segmento que praticamente já não mais interessa a quase
ninguém. Homens de rua não votam, imigrantes estão sem trabalho, anciãos não
são produtivos sob o ponto de vista do mercado, enfim este é o segmento pensado
por muitos como uma população sobrante, sem inserção no mercado de trabalho.

Em uma sociedade, como a nossa, que se organiza por esta lógica de


mercado, as pessoas são importantes enquanto são produtivas e quando não
produzem, é como se já não fossem nem sequer seres humanos. Segundo Martinelli
(2006) é impressionante constatarmos como o econômico invade as relações sociais
e como certas práticas retiram cidadania dos sujeitos, fragilizando a sua já frágil
condição humana. Não dialogam com os sujeitos em sua plenitude, desconsideram
a sua consciência política, reduzindo o campo de intervenção do Serviço Social ao
mero atendimento pontual da solicitação das pessoas. Nesse sentido, o ato desse
profissional é muito mais pleno do que o atendimento imediato da solicitação. É
muito maior do que isso. Certamente, deve prestar o atendimento, mas tendo até
mesmo a coragem em alguns momentos de recolher aquele gesto espontâneo da
resposta imediata.

"
6

1.2 Alguns dados “técnicos” da profissão

É um curso superior – Bacharelado em Serviço Social;

Tem como contribuintes a Sociologia, a Psicologia, a Economia, a


Antropologia, a Ética e a Ciência política, enfim, as Ciências Humanas e
Sociais;

Seu objeto de estudo e intervenção é a questão social, portanto, é uma


profissão de caráter sociopolítico, crítico e interventivo;

Esse profissional atua na formulação, execução e avaliação de serviços,


programas e políticas sociais que visam a preservação, defesa e ampliação
dos direitos humanos e a justiça social;

Alguns de seus campos de atuação: rede de serviços sociais e urbanos das


organizações públicas, empresas privadas e organizações não
governamentais como: hospitais, escolas, creches, clínicas, centros de
convivência; administrações municipais, estaduais e federais; serviços de
proteção judiciária; conselhos de direitos e de gestão; movimentos sociais;
instâncias de defesa e de representação política.

Quem regulamenta a profissão no Brasil é o Conselho Federal de Serviço


Social (CFESS) e os respectivos Conselhos Regionais (CRESS).

Seus maiores representantes no Brasil são José Paulo Netto, Marilda Vilela
Iamamoto, Yolanda Guerra, Raquel Raichelis, Maria Carmelita Yazbec.

1.3 Origem

A origem da profissão remonta aos Estados Unidos da América, mais


precisamente final do século XIX – 1898, na cidade de Nova Iorque, devido a
ascensão da sociedade burguesa, ou seja, com o aparecimento de classes sociais,
a burguesia que passou a dominar necessitava de um profissional que cuidasse da
área social assistindo a classe proletária. Em outras palavras, por meio do serviço
social, a classe burguesa controlava a classe proletariada.
"
7

No Brasil seu aparecimento dá-se por volta de 1936, quando se iniciou o


processo de industrialização intensa e urbanização no país, como parte das
estratégias do Estado, para atender às demandas da questão social, via execução
direta das políticas sociais.

A emergência da profissão encontra-se relacionada também à articulação


dos poderes dominantes (burguesia industrial, Igreja Católica e Estado Varguista) à
época, com o objetivo de controlar as insatisfações e pauperismo populares,
advindos da relação capital x trabalho (FALEIROS, 2008).

Com o passar do tempo a profissão foi se estruturando, chegando hoje a


uma profissão dotada de arsenal teórico-metodológico, técnico-operativo e ético
político. Atualmente o Serviço Social se tornou uma profissão interventiva que busca
principalmente a garantia e o acesso de direitos às camadas populares
trabalhadoras. O curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº
1889 de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a Lei n. 3252, juntamente com o Decreto
994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a profissão.

1.4 Áreas de atuação

No primeiro setor temos as seguintes possibilidades de atuação:

Saúde;

Assistência social;

Previdência;

Educação;

Habitação;

Crianças e adolescentes;

Idosos;

Pessoas com deficiência;

Gestão social de políticas públicas.

No segundo setor temos as seguintes possibilidades de atuação:


"
8

Recursos humanos;

Gerenciamento participativo;

Planejamento estratégico;

Relações interpessoais;

Qualidade de vida do trabalhador;

Treinamentos organizacionais;

Elaboração ou implementação de projetos;

Programas de prevenção de riscos sociais.

No terceiro setor temos as seguintes possibilidades de atuação:

Atendimento a pessoas e famílias que estão à margem do processo produtivo


ou fora do mercado de trabalho;

Defesa e garantia dos direitos dessa população;

Trabalho em conjunto com um corpo de voluntários.

"
9

2 CONSELHO FEDERAL (CFESS) E CONSELHOS REGIONAIS DE


SERVIÇO SOCIAL (CRESS)

A criação e funcionamento dos Conselhos de fiscalização das profissões no


Brasil têm origem nos anos 1950, quando o Estado regulamenta profissões e ofícios
considerados liberais. Nesse patamar legal, os Conselhos têm caráter basicamente
corporativo, com função controladora e burocrática. São entidades sem autonomia,
criadas para exercerem o controle político do Estado sobre os profissionais, num
contexto de forte regulação estatal sobre o exercício do trabalho.

O Serviço Social foi uma das primeiras profissões da área social a ter
aprovada sua lei de regulamentação profissional, a Lei n. 3252 de 27 de agosto de
1957, posteriormente regulamentada pelo Decreto 994 de 15 de maio de 1962
(CFESS, 1993). Foi esse decreto que determinou, em seu artigo 6º, que a disciplina
e fiscalização do exercício profissional caberiam ao Conselho Federal de Assistentes
Sociais (CFAS) e aos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS).

Esse instrumento legal marca, assim, a criação do então CFAS e dos CRAS,
hoje denominados CFESS e CRESS (CFESS, 1993). Para efeito da constituição e
da jurisdição dos CRESS, o território nacional foi dividido inicialmente em 10
Regiões, agregando em cada uma delas mais de um estado e/ ou território (exceto
São Paulo), que progressivamente se desmembraram e chegam em 2008 a 25
CRESS e 2 Seccionais de base estadual.

Os Conselhos profissionais nos seus primórdios se constituíram como


entidades autoritárias, que não primavam pela aproximação com os profissionais da
categoria respectiva, nem tampouco se constituíam num espaço coletivo de
interlocução. A fiscalização se restringia à exigência da inscrição do profissional e
pagamento do tributo devido. Tais características também marcaram a origem dos
Conselhos no âmbito do Serviço Social

O Processo de renovação do CFESS e de seus instrumentos normativos: O


Código de Ética, a Lei de Regulamentação Profissional e a Política Nacional de
Fiscalização.

"
10

A concepção conservadora que caracterizou a entidade nas primeiras


décadas de sua existência era também o reflexo da perspectiva vigente na
profissão, que se orientava por pressupostos a-críticos e despolitizados face às
relações econômico-sociais (CFESS; ABEPSS, 2009).

A concepção conservadora da profissão também estava presente nos


Códigos de Ética de 1965 e 1975: ―Os pressupostos neotomistas e positivistas
fundamentam os Códigos de Ética Profissional, no Brasil, de 1948 a 1975‖
(BARROCO, 2001, p.95).

O Serviço Social, contudo, já vivia o movimento de reconceituação e um


novo posicionamento da categoria e das entidades do Serviço Social é assumido a
partir do III CBAS (Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais), realizado em São
Paulo em 1979, conhecido no meio profissional como o Congresso da Virada, ―pelo
seu caráter contestador e de expressão do desejo de transformação da práxis
político-profissional do Serviço Social na sociedade brasileira‖ (CFESS, 1993).
Embora o tema central do Congresso ressaltasse uma temática da grande
relevância – Serviço Social e Política Social – o seu conteúdo e forma não
expressavam nenhum posicionamento crítico quanto aos desafios da conjuntura do
país (GUERRA, 1995).

Sintonizada com as lutas pela redemocratização da sociedade, parcela da


categoria profissional, vinculada ao movimento sindical e às forças mais
progressistas, se organiza e disputa a direção dos Conselhos Federal e Regionais,
com a perspectiva de adensar e fortalecer esse novo projeto profissional. Desde
então, as gestões que assumiram o Conselho Federal de Serviço Social imprimiram
nova direção política às entidades, por meio de ações comprometidas com a
democratização das relações entre o Conselho Federal e os Regionais, bem como
articulação política com os movimentos sociais e com as demais entidades da
categoria, e destas com os profissionais.

A partir de 1983, na esteira desse novo posicionamento da categoria


profissional, teve início um amplo processo de debates conduzido pelo CFESS
visando a alteração do Código de Ética vigente desde 1975. Desse processo
resultou a aprovação do Código de Ética Profissional de 1986, que superou a
―perspectiva a-histórica e a-crítica onde os valores são tidos como universais e

"
11

acima dos interesses de classe‖ (CFESS, 1986). Essa formulação nega a base
filosófica tradicional conservadora, que norteava a ―ética da neutralidade‖ e
reconhece um novo papel profissional competente teórica, técnica e politicamente.

Em que pese esse significativo avanço, já em 1991, o Conjunto CFESS-


CRESS apontava para a necessidade de revisão desse instrumento para dotá-lo de
―maior eficácia na operacionalização dos princípios defendidos pela profissão hoje‖
(CFESS, 1996). Essa revisão considerou e incorporou os pressupostos históricos,
teóricos e políticos da formulação de 1986, e avançou na reformulação do Código de
Ética Profissional, concluída em 1993. Mais uma vez, sob coordenação do CFESS, o
debate foi aberto com os CRESS e demais entidades da categoria em vários
eventos ocorridos entre 1991/1993: Seminários Nacionais de Ética, ENESS, VII
CBAS e Encontros Nacionais CFESS-CRESS.

A necessidade de revisão da Lei de Regulamentação vigente desde 1957 já


se fazia notar, ainda que de forma incipiente, desde 1966, quando da realização do I
Encontro Nacional CFESS-CRESS, que colocara em pauta a discussão acerca da
normatização do exercício profissional, constatando-se, na ocasião, a fragilidade da
legislação em vigor em relação às atribuições profissionais.

Porém, somente em 1971 se discute o primeiro anteprojeto de uma nova lei


no IV Encontro Nacional CFESS-CRESS e apenas em 1986 o deputado Airton
Soares encaminha o Projeto de Lei - PL 7669, arquivado sem aprovação, devido à
instalação da Assembleia Nacional Constituinte. O tema volta ao debata nos
Encontros Nacionais, onde se elabora a versão final do PL, apresentado desta feita,
pelas deputadas Benedita da Silva e Maria de Lourdes Abadia. O processo
legislativo foi longo em face da apresentação de um substitutivo o que retardou a
aprovação final. O Conjunto CFESS-CRESS, no entanto, não se deixou abater tendo
acompanhado e discutido o substitutivo nos seus fóruns até a aprovação da Lei n.
8662 em 7 de junho de 1993.

A nova legislação assegurou à fiscalização profissional possibilidades mais


concretas de intervenção, pois define com maior precisão as competências e
atribuições privativas do assistente social. Inova também ao reconhecer formalmente
os Encontros Nacionais CFESS-CRESS como o fórum máximo de deliberação da
profissão.

"
12

Além desses importantes instrumentos normativos há que se ressaltar a


existência de outros que dão suporte às ações do Conjunto para a efetivação da
fiscalização do exercício profissional. Portanto, podemos afirmar que todos os
instrumentos normativos se articulam e mantêm coerência entre si: a Lei de
Regulamentação, o Código de Ética, o Estatuto do Conjunto, os Regimentos
Internos, o Código Processual de Ética, o Código Eleitoral, dentre outros, além das
resoluções do CFESS que disciplinam variados aspectos.

Dentre as resoluções destacam-se: a) Resolução n. 489/2006 que veda


condutas discriminatórias ou preconceituosas, por orientação e expressão sexual
por pessoas do mesmo sexo, reafirmando importante princípio ético contido na
formulação de 1993; b) Resolução n. 493/2006 que dispõe sobre as condições
éticas e técnicas do exercício profissional, que possibilita aos profissionais e aos
serviços de fiscalização a exigência do cumprimento das condições institucionais
que possibilite o desempenho da profissão junto aos usuários de forma ética e
tecnicamente qualificada.

Esse conjunto de instrumentos legais constitui a base estruturante da


fiscalização do exercício profissional. Daí a importância de sua atualização para
sustentar a Política Nacional de Fiscalização conectada com o novo projeto
profissional, sintonizado com os anseios democráticos dos profissionais e seus
usuários. A partir dessa ótica, o Conjunto redimensiona a concepção de fiscalização,
compreendendo a sua centralidade como eixo articulador das dimensões política,
formativa e normativa. A fiscalização passa a ter o caráter de instrumento de luta
capaz de politizar, organizar e mobilizar a categoria na defesa do seu espaço de
atuação profissional e defesa dos direitos sociais.

As primeiras experiências de fiscalização, embora com diferenciações entre


os diversos CRESS, remontam a meados dos anos 1980. Inicialmente, os CRESS
se preocuparam com sua organização administrativo-financeira, entendida como
suporte fundamental às ações da fiscalização; avançaram para a identificação das
demandas da categoria, conhecimento da realidade institucional, discutindo-se
condições de trabalho, autonomia, defesa de espaço profissional, atribuições e
capacitação, assim como a necessária articulação política do Conjunto com outros
sujeitos coletivos. Nesse momento, metade dos CRESS então existentes, criou suas
Comissões de Fiscalização, inicialmente formadas por conselheiros, sendo
"
13

posteriormente ampliadas com a contratação de agentes fiscais. Mas, dificuldades


se evidenciavam nos limites dos instrumentos legais (as primeiras ações de
fiscalização tiveram lugar sob a vigência da Lei n. 3252/57) e também financeiros.

Como forma de superação desses limites, o Conjunto apostava na


construção coletiva fazendo emergir novos espaços para discussão e
aprimoramento das experiências entre os CRESS, a exemplo dos Encontros
Nacionais de Fiscalização, que se sucederam a partir do primeiro deles realizado em
Aracaju (1988). Encontros Regionais também se organizaram visando a preparação
para o Encontro Nacional. No 1º Encontro Regional do Nordeste, em Fortaleza
(1991) já se destacava a necessidade da construção de uma Política Nacional de
Fiscalização (PNF). Com base nessa experiência, houve, a partir da gestão 1996-
1999, a instituição dos Encontros Regionais Descentralizados, que ampliando sua
pauta, incluíram a discussão de outras temáticas para além da fiscalização: ética,
seguridade social, administrativo-financeira, comunicação, formação e relações
internacionais.

A Comissão Nacional de Fiscalização e Ética do CFESS (COFISET) assume


então a responsabilidade de elaborar as diretrizes e estratégias para uma Política
Nacional de Fiscalização do Exercício Profissional do Assistente Social,
incorporando as principais demandas e discussões dos Encontros Regionais, que
foram aprovadas no 25o. CFESS/CRESS, em Fortaleza, em 1996. Nos Encontros
Nacionais dos anos seguintes (1997/1998) a discussão da PNF foi aprofundada,
bem como outras normativas do Conjunto que se relacionavam com a fiscalização
do exercício profissional. Esse processo culminou com a aprovação da Resolução
CFESS 382 de 21/02/1999, que dispôs sobre as normas gerais para o exercício
profissional e instituiu a Política Nacional de Fiscalização, sistematizada a partir dos
seguintes eixos:

potencialização da ação fiscalizadora para valorizar e publicizar a profissão

Capacitação técnica e política dos agentes fiscais e COFIs para o exercício


da fiscalização;

Articulação com as unidades de ensino e representações locais da ABEPSS e


ENESSO;

"
14

Inserção do Conjunto CFESS-CRESS nas lutas referentes às políticas


públicas.

Tais eixos se articulam em torno de três dimensões, a saber: afirmativa de


princípios e compromissos conquistados; político-pedagógica; normativa-
disciplinadora (GUERRA, 2000).

A partir de então a PNF vem sendo um instrumento fundamental para


impulsionar e organizar estratégias políticas e jurídicas conjuntas e unificadas para a
efetivação da fiscalização profissional em todo o território nacional, levando-se em
consideração, no entanto, as particularidades e necessidades regionais.

Os espaços de discussões do Conjunto relativos à Política de Fiscalização


têm sido ampliados, a exemplo dos Seminários Nacionais de Capacitação das
COFIs que acontecem a cada 2 anos (realizados a partir de 2002), além da
continuidade dos Seminários Regionais de Fiscalização que ocorrem juntamente
com os Encontros Descentralizados, preparatórios para o Encontro Nacional. Outro
espaço previsto é a Plenária Ampliada, para aprofundamento de alguma temática, e
ainda o Projeto Ética em Movimento, espaço privilegiado para a ampliação do
debate e reflexão ética.

A atualização da PNF ocorrida em 2007 visou incorporar os


aperfeiçoamentos necessários decorridos 10 anos da sua aprovação. O processo
envolveu as Comissões de Fiscalização e culminou com a aprovação da Resolução
CFESS 512 de 29/09/2007 que reformulou as normas gerais para o exercício da
fiscalização profissional e atualizou a Política Nacional de Fiscalização, após
intensas e profícuas discussões nos espaços deliberativos do Conjunto. Essa
revisão manteve os pressupostos anteriormente definidos, conservando os eixos e
dimensões estruturantes e avançou, por exemplo, na elaboração de um Plano
Nacional de Fiscalização que se apresenta como um instrumento político e de
gestão (NETTO, 2004).

"
15

3 A NATUREZA INTERVENTIVA DO SERVIÇO SOCIAL E O


PROJETO ÉTICO-POLÍTICO

Dentre vários autores consultados, priorizando a fala de Martinelli (2006) é


notório que a transição do século XX para o século XXI foi marcada por profundas
transformações societárias que alcançaram todos os níveis da vida social e inclusive
as profissões. Evidentemente não somente o Serviço Social, mas o conjunto das
profissões.

Na verdade, neste período histórico assistimos a um redesenho da própria


sociedade. A filósofa Marilena Chauí (2000) nos seus estudos sobre a sociedade
contemporânea, afirma que nas últimas décadas do século passado assistimos a um
verdadeiro desmonte da sociedade, a uma verdadeira implosão de direitos sociais
conquistados há mais de duzentos anos, com duras lutas, desde a Revolução
Francesa em 1789.

O trabalho socialmente protegido, uma legislação trabalhista consistente,


acesso aos bens e serviços socialmente produzidos, direitos consagrados em Cartas
Constitucionais e em legislação pertinente, ruíram diante de nossos olhos. Com o
avanço do processo de globalização e com os ajustes neoliberais caíram por terra
todos estes direitos CASTEL (1998), ANTUNES (2001), DUPAS (1999), CHAUÍ
(1999).

A edificação com a qual convivemos durante décadas sumiu de nosso


horizonte. Que edificação era esta, que sociedade era esta? - pergunta Martinelli
(2006).

Uma sociedade que se organizava através do trabalho e a partir do trabalho


contava com a proteção trabalhista, com a proteção social.

O trabalho é expressão do humano, é constitutivo da práxis humana.


(MARX, 1984). Porém, da década de setenta do século passado para cá, começa a
ocorrer um descentramento do trabalho como modo de organização da vida em
sociedade.

No modelo até então vigente, trabalho, emprego e proteção social


compunham uma tríade organicamente articulada. Ao perdermos o trabalho como
"
16

instância organizativa da vida social, perdemos muito de tudo aquilo que significa
proteção legal ao trabalho, proteção social ao cidadão.

Torna-se bastante claro que no âmbito das políticas neoliberais, somos


considerados cidadãos, trabalhadores enquanto estamos à disposição do capital. Ao
deixar o mercado formal de trabalho, rapidamente o trabalhador perde a sua
inserção de classe e os seus direitos trabalhistas e sociais (MARTINELLI, 2006).

Os estudiosos franceses deste tema, e entre eles especialmente Robert


Castel (1998), consideram que todas estas perdas o levam a entrar em uma rota de
exclusão.

A própria sociedade vai retirando dele cidadania. Uma pessoa pode ter
trabalhado durante muitos anos, porém ao deixar o mercado começa a compor uma
categoria de não trabalhador, todos os seus direitos se esvaem, abala-se toda uma
vida pessoal e familiar arduamente construída. ―Tudo que é sólido desmancha no ar‖
(MARX, 1984).

Certamente isto traz profundas repercussões que não atingem apenas a


materialidade do processo de trabalho, mas atingem também a nossa subjetividade.
(ANTUNES, 2001). Somos todos tragados por esta espiral.

São trabalhadores que perdem o seu posto de trabalho, são jovens que nem
sequer conseguem iniciar a sua vida profissional, são crianças precocemente
envolvidas com o trabalho infantil.

Assistimos a uma adultização da infância e ficam no ar algumas incertezas


acerca do que ocorrerá com uma sociedade cujas crianças estão tendo sua infância
roubada, seja pelo desemprego dos pais seja pelo trabalho infantil. Acerca de qual
será a sociabilidade destes adultos que não tiveram tempo para o lazer, para o
prazer, que cresceram em um contexto de profunda desigualdade social.

É realmente um quadro muito preocupante. Eric Hobsbawn, um dos maiores


historiadores marxistas de nosso tempo, em seu livro ―A Era dos Extremos‖ (1995),
realiza uma análise sobre a América Latina e, em seu interior, faz uma referência ao
Brasil concluindo com uma frase que expressa camadas de história, e
condensações de reflexão política: ―O Brasil é um verdadeiro monumento vivo à
desigualdade social‖.

"
17

Martinelli (2006, p. 14) bem ressalta que este é o momento histórico que
vivemos hoje, esta é a realidade na qual nos cabe intervir.

Somos profissionais cuja prática está direcionada para fazer enfrentamentos


críticos da realidade, portanto precisamos de uma sólida base de conhecimentos,
aliada a uma direção política consistente que nos possibilite desvendar
adequadamente as tramas conjunturais, as forças sociais em presença. É neste
espaço de interação entre estrutura, conjuntura e cotidiano que nossa prática se
realiza. É na vida cotidiana das pessoas com as quais trabalhamos que as
determinações conjunturais se expressam. Portanto, assim como precisamos saber
ler conjunturas, precisamos saber ler também o cotidiano, pois é aí que a história se
faz, aí é que nossa prática se realiza.

Certamente não estamos pensando no cotidiano como um espaço repetitivo,


vazio, mas sim como um espaço contraditório e complexo onde a realidade se
revela, onde os problemas se expressam.

Saber ler a conjuntura a partir do cotidiano significa identificar


acontecimentos, contextos, relações de força, para saber onde e como atuar.

Para tanto precisamos de uma sólida base de conhecimentos, de um ―olhar


político‖, como o denomina a ensaísta argentina Beatriz Sarlo (1997, p. 55-63), que
nos permita ―aguçar a percepção das diferenças como qualidades alternativas e
saber descobrir as tendências que questionam ou subvertem a ordem‖.

Este século que estamos vivendo agora foi declarado pela ONU como o
século do conhecimento, homenageando o grande cientista Albert Einstein que
revolucionou a Física.

Em 2005 comemoram-se cem anos das grandes mudanças que Einstein


introduziu na Física. O ano de 1905, quando isto ocorreu, foi consagrado como o
ano do conhecimento e agora vivemos o século do conhecimento. Este
conhecimento que está sendo celebrado não é, evidentemente, um conhecimento
contemplativo, solitário, propriedade de alguns intelectuais iluminados. Não, o
conhecimento a que estamos nos reportando, e do qual Assistentes Sociais
necessitamos, é um conhecimento socialmente construído, politicamente
dimensionado, trazendo a possibilidade da construção coletiva (MARTINELLI, 2006).

"
18

Estamos vivendo um momento histórico da maior importância em que temos


que assumir realmente a coragem de transformar o nosso conhecimento silencioso
em conhecimento partilhado. É preciso deixar mais claro o que nós sabemos,
assumir que sabemos, pois o saber que o Serviço Social domina vem de todos os
seus conhecimentos teórico-metodológicos, mas vem também do conhecimento da
realidade onde atuamos.

A possibilidade de trabalhar no cotidiano a partir desta perspectiva é de uma


riqueza ímpar, e aí se institui uma particularidade da profissão, pois esta é uma
profissão de natureza interventiva, com um profundo significado social.

O Serviço Social, desde as suas origens, é uma profissão que tem um


compromisso com a construção de uma sociedade humana digna e justa Este é o
núcleo fundante de projeto ético-político, é o compromisso de cada dia.

O social que está presente na denominação da profissão, é parte da sua


identidade. É um social que é síntese de múltiplas determinações: políticas,
econômicas, históricas, culturais. Portanto, para bem realizar esse ofício é preciso
intervir de modo a alcançar esta gama de determinações, que estão presentes até
mesmo no menor ato da vida cotidiana desse profissional: no atendimento do
plantão, na solicitação do benefício, na visita domiciliar. Assim como estão presentes
também no trabalho com os movimentos sociais, com lideranças comunitárias, nas
negociações políticas.

Por todas estas circunstâncias é fundamental que tenhamos uma direção


social claramente posicionada para orientar as nossas ações, relações e decisões.

Em outras palavras, torna-se indispensável que tenhamos um consistente


projeto ético-político profissional (MARTINELLI, 2006).

3.1 O projeto ético-político

Segundo Martinelli (2006) o projeto ético-político que se tem hoje no âmbito


do Serviço Social, cuja base de sustentação é a teoria social marxista, é uma
construção coletiva da qual todos os profissionais deveriam participar, com suas
vidas, com suas histórias, com a densidade de suas práticas.
"
19

A partir dos diferentes lugares sociais que esse profissional ocupa:


pesquisadores, docentes, profissionais de campo, estudantes de Serviço Social,
todos são protagonistas desta construção, integrando este sujeito coletivo, esta
coletividade juntamente com o conjunto CFESS/CRESS/ABEPSS, com as
organizações sócio-assistenciais, com as agências formadoras de ensino e
pesquisa.

A mesma autora partilha da concepção de coletividade proposta por Eder


Sader (1988, p.11): ―uma instância organizativa onde se elabora uma identidade e
se organizam práticas através das quais seus membros pretendem defender seus
interesses e expressar suas vontades, constituindo-se nessas lutas‖.

Sujeitos coletivos expressam consciências partilhadas, são sujeitos que


lutam por vontades históricas determinadas. Por isto é tão importante o
conhecimento das cambiantes dinâmicas societárias, das múltiplas expressões da
questão social, pois o projeto profissional do Serviço Social, ou seja, o projeto ético-
político da profissão, de alguma forma relaciona-se com o projeto societário mais
amplo.

São forças sociais em presença. Ambos são projetos coletivos, certamente


de diferente magnitude. Os projetos societários têm no seu horizonte uma
imagem de sociedade a ser construída, dirigindo-se à sociedade em seu
conjunto. Já os projetos profissionais (...) apresentam a autoimagem de uma
profissão, elegem os valores que a legitimam socialmente, delimitam e
priorizam os seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos,
institucionais e práticos) para o seu exercício, prescrevem normas para o
comportamento dos profissionais e estabelecem as balizas da sua relação
com os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as
organizações e instituições sociais privadas e públicas (entre estas, também
e destacadamente com o Estado, ao qual coube historicamente o
reconhecimento jurídico dos estatutos profissionais) (NETTO, 1999, p. 95).

Ressalte-se, portanto, o caráter não exclusivo do projeto ético político


profissional. Como expressão histórica de um coletivo profissional maduro,
politicamente organizado, o projeto pode ser hegemônico, mas não necessariamente
único. O coletivo profissional é um campo de disputa de significados, um campo de
diversidades, sendo sempre possível o surgimento de projetos profissionais de
diferente natureza. A hegemonia é conquista e não outorga, pressupõe um espaço
de negociação política, de luta social no âmbito do próprio coletivo.

"
20

Numa perspectiva macrossocial isto se coloca também em relação ao


projeto societário, pois dependendo das circunstâncias históricas, tais projetos
podem ou não estar em um marco político da mesma natureza, o que demandará
enfrentamentos específicos que transcendem inclusive o nível do coletivo e da
própria categoria profissional, remetendo a outros níveis de alianças e parcerias
(NETTO, 1999).

Da mesma forma, deve ser ressaltado também o caráter histórico do projeto


ético-político. Torna-se imprescindível o reconhecimento de que o projeto ético-
político não é um produto endógeno, pronto e definitivo, muito menos uma abstração
ou um ente que se institui entre nós. Ao contrário, é uma longa construção social
que se faz em meio a um complexo jogo de forças políticas, implicando sempre a
exigência de luta por hegemonia.

Daí a importância dos profissionais saberem fazer leituras críticas, ético-


políticas, de conjuntura, para poderem construir formas cada vez mais substantivas
de consolidação do projeto profissional. Na verdade, como já afirmamos, o
assistente social é um profissional que trabalha permanentemente na relação entre
estrutura, conjuntura e cotidiano; é no cotidiano que as determinações conjunturais
se expressam e aí é que se coloca o desafio de garantir o sentido e a
direcionalidade da ação profissional. Finalmente, é bom lembrar que a dimensão
política que é constitutiva do projeto profissional, e a ele imanente, somente adquire
materialidade e concretude nos diferentes planos do exercício profissional o qual,
como ato político, recebe e produz impactos societários (MARTINELLI, 2006).

Portanto, como construção sócio-histórica, o projeto ético-político da


profissão só se consolida no próprio processo histórico. Sua legitimação deve
ocorrer em diferentes níveis, envolvendo desde os contratantes do trabalho
profissional do assistente social, até outros coletivos profissionais, as agências
formadoras e especialmente os sujeitos que demandam a sua prática.

Conforme relembra Martinelli, não é fácil, principalmente porque o Assistente


Social é trabalhador assalariado, o que faz com que a consolidação do projeto ético-
político profissional se dê em meio a uma relação complexa e contraditória, onde
estão em jogo múltiplas determinações, de natureza macrossocial que não só a
influenciam como, na verdade, a constituem.

"
21

Há que se concordar com o pensamento de José Paulo Netto (1999, p. 98-


99) de que os elementos éticos de um projeto profissional não se limitam a
normatizações morais e/ou prescrição de direitos e deveres, mas envolvem ainda as
escolhas teóricas, ideológicas e políticas das categorias e dos profissionais — por
isto mesmo, a contemporânea designação dos projetos profissionais como projetos
ético-políticos revela toda a sua razão de ser: uma indicação ética só adquire
efetividade histórico-concreta quando se combina com uma direção político-
profissional.

"
22

4 FUNDAMENTOS ÉTICOS DO SERVIÇO SOCIAL

A ética profissional é uma dimensão específica do Serviço Social, suas


determinações são mediadas pelo conjunto de necessidades e possibilidades, de
demandas e respostas que legitimam a profissão na divisão social do trabalho da
sociedade capitalista, marcando a sua origem e a sua trajetória histórica
(IAMAMOTO; CARVALHO, 1982 E NETTO, 1992).

A ética profissional se objetiva como ação moral, através da prática


profissional, como normatização de deveres e valores, através do código de Ética
Profissional, como teorização ética, através das filosofias e teorias que
fundamentam sua intervenção e reflexão e como ação ético política. Cabe destacar
que essas não são formas puras e/ou absolutas e que sua realização depende de
uma série de determinações, não se constituindo na mera reprodução da intenção
dos seus sujeitos (BARROCO, 2001).

A moral profissional diz respeito à:

Relação entre a ação profissional do indivíduo singular (derivada de


determinado comportamento prático objetivador de decisões, escolhas, juízos
e ações de valor moral);

Os sujeitos nela envolvidos (usuários, colegas, etc.) e,

O produto concreto da intervenção profissional (avaliado em função de suas


consequências éticas, da responsabilidade profissional, tendo por parâmetros
valores e referenciais dados pela categoria profissional, como o Código de
Ética, etc.).

A moral é reveladora de uma dada consciência moral ou moralidade que se


objetiva através das exigências do ato moral: escolha entre alternativas, julgamentos
com base em valores, posicionamentos que signifiquem defesa negação,
valorização de direitos, necessidades e atividades que interfiram e/ou tragam
consequências sociais, éticas e políticas para a vida de outros indivíduos.

A moralidade é parte de uma educação moral anterior à formação


profissional, que inclusive a influencia, pois pertence ao processo de socialização
primária, onde tende a reproduzir tendências morais dominantes que se repõem
"
23

cotidianamente através das relações sociais. O processo de socialização, através da


participação cultural, política, religiosa, pode reforçar ou contrapor valores
incorporados anteriormente, o mesmo ocorrendo com a inserção profissional
(BARROCO, 2001).

Assim, a adesão a um determinado projeto profissional1 – e as suas


dimensões éticas e políticas – supõe decisões de valor inscritas na totalidade dos
papéis e atividades que legitimam a relação entre o indivíduo e a sociedade. Nem
sempre os papéis sociais e as atividades desempenhadas pelos indivíduos estão em
concordância, formando um todo coerente. Quando não estão, instituem conflitos
morais – que ocorrem quando os valores podem ser reavaliados, negados ou
reafirmados.

O que dá materialidade e organicidade à consciência ética dos profissionais


é o pertencimento a um projeto profissional que possa responder aos seus ideais,
projeções profissionais e societárias, enquanto profissionais, cidadãos e categoria
organizada. Os profissionais participam eticamente de um projeto profissional
quando assumem individual e coletivamente a sua construção, sentindo-se
responsáveis pela sua existência, como parte integrante do mesmo.

Historicamente, a ética profissional busca na filosofia e/ou em teorias sociais


o suporte para fundamentar a sua reflexão e teorização éticas, necessárias à
compreensão e sistematização da ética profissional, fornecendo a concepção de
homem e a fundamentação para os valores, dando elementos para a intervenção
profissional nas situações em que se colocam questões morais e éticas.

A formação profissional, onde se adquire um dado conhecimento capaz de


fundamentar as escolhas éticas, não é o único referencial profissional. Somam‐se a
ela – ou a ela se contrapõem – as visões de mundo incorporadas socialmente pela
educação formal e informal, pelos meios de comunicação, pelas religiões, pelo

1
―Os projetos profissionais apresentam a autoimagem da profissão, elegem valores que a legitimam
socialmente e priorizam os seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, institucionais e
práticos) para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais e
estabelecem as balizas da sua relação com os usuários de seus serviços, com outras profissões e
com as organizações e instituições sociais, privadas, públicas, entre estas, também e
destacadamente com o Estado, ao qual coube, historicamente, o reconhecimento jurídico dos
estatutos profissionais‖ (NETTO, 1999, p. 95).
"
24

senso comum. É o conjunto de tais manifestações culturais e conhecimentos que


forma os hábitos e costumes que a educação formal pode consolidar ou não.

Segundo Barroco (2008) a sociedade burguesa tende a suprimir e/ou


negligenciar as abordagens críticas, humanistas e universalistas, donde a
desvalorização do conhecimento filosófico, o apelo ao conhecimento instrumental,
ao utilitarismo ético, ao relativismo cultural e político. A reflexão filosófica, base de
fundamentação da ética profissional, incorpora referenciais que nem sempre
permitem um conhecimento crítico, o que coloca contradições entre a dinâmica
social e sua apreensão profissional.

A ética também se objetiva através de um Código de Ética: conjunto de


valores e princípios, normas morais, direitos, deveres e sanções, orientador do
comportamento individual dos profissionais, dirigido à regulamentação de suas
relações éticas com a instituição de trabalho, com outros profissionais, com os
usuários e com as entidades da categoria profissional.

Nenhuma profissão pode garantir a legitimação de sua ética a partir de seu


código, o que seria afirmar uma concepção ética legalista e formal. Trata-se de uma
questão de consciência ética e política cuja ampliação requer estratégias da
categoria profissional, no sentido de mobilização, de incentivo à participação, à
capacitação, de ampliação do debate e de acesso à informação.

Na sociedade capitalista, a ação política se objetiva como luta pela


hegemonia (GRAMSCI, 2000) realizada no espaço público, entre projetos vinculados
a interesses de classe, em um contexto estrutural onde as relações sociais, em
geral, e as políticas, em especial, são determinadas predominantemente pelo
comando do capital (MÉSZARÓS, 2006).

Com isso, a política, que já é um campo onde os critérios de decisão são


dados hegemonicamente pelos interesses, e não por valores éticos, tende a
reproduzir uma lógica que atualiza uma ética específica, resultado da relação entre
as exigências éticas das ações e as necessidades materiais reproduzidas
socialmente. Porém, a consciência política de seus limites na ordem burguesa não
deve levar à sua negação enquanto estratégia de construção de uma contra
hegemonia e de prática social consciente articulada a projetos de superação da
ordem capitalista (BARROCO, 2008).
"
25

Como produto histórico da sociedade burguesa, no contexto da coexistência


entre o maior desenvolvimento das forças essenciais do ser social e de sua
negação, a materialização da ética ocorre na relação entre limites e possibilidades
que não dependem apenas da intenção de seus agentes.

Nesse sentido, a ética profissional não é isenta dos processos de alienação,


mas isso é absoluto. Pode, favorecida por condições sociais e diante de motivações
coletivas, ser direcionada a uma intervenção consciente realizadora de direitos,
necessidades e valores que respondam às necessidades dos usuários. Intervenção
que se articula, em termos de projeto social, a uma práxis política motivada pela
ultrapassagem dos limites à plena expansão da liberdade (BARROCO, 2008).

4.1 Ética profissional e conjuntura: tendências e desafios

Historicamente, desde a sua origem, o Serviço Social se configura como


uma profissão fortemente influenciada pelo conservadorismo moral e político
(IAMAMOTO, 1992; NETTO, 1992).

No Brasil, os Códigos de Ética profissionais bem exemplificam este dado:


entre 1947 (data do primeiro Código) e 1986 (quando é rompida a concepção
tradicional), passaram‐se trinta e oito anos de vigência de Códigos pautados na
perspectiva ética tradicional conservadora.

A negação histórica dessa herança coloca‐se como finalidade do projeto


profissional, que se caracteriza pela busca de ruptura com o conservadorismo em
suas várias dimensões e configurações: o projeto de ―intenção de ruptura‖ (NETTO,
1992),
inscrito hoje denominado
no conjunto projeto ético‐político.
de determinações Sua construção
sócio‐históricas que – épropiciando
um processo
a
renovação do Serviço Social brasileiro, nos marcos da autocracia burguesa –
viabiliza os suportes históricos para a erosão do Serviço Social tradicional, tornando
possível a existência de um pluralismo profissional, entre outros aspectos (NETTO,
idem, p. 131‐137).

Segundo Barroco (2008), na década de 1980, a construção do projeto


profissional foi fortalecida pelas lutas democráticas e pela reorganização política dos
"
26

trabalhadores e dos movimentos sociais organizados. Favorecendo a participação


cívica e política dos profissionais, ampliando sua consciência, esse contexto também
propicia o confronto teórico e ideológico entre tendências e a luta pela hegemonia
entre diferentes projetos societários e profissionais.

Essa década sinaliza a maturidade teórica e política do projeto profissional


evidenciada na organização político‐sindical da categoria, na produção teórica, em
sua capacidade crítica de interlocução com outras áreas do conhecimento, em seu
desenvolvimento na área da pesquisa, em sua incorporação ―de vertentes críticas
com destaque para as inspiradas na tradição marxista‖ (NETTO, 1999, p. 102).

Nesse processo, se construiu um novo ethos, marcado pelo posicionamento


de negação do conservadorismo e de afirmação da liberdade. Valores e princípios
foram se reafirmando na vida cotidiana através da participação cívica e política, do
trabalho, da vivência e enfrentamento de novas necessidades, escolhas e
posicionamentos de valor, da recusa de papeis tradicionais, da incorporação de
novos referenciais ético‐morais, entre outros aspectos (BARROCO, 2008).

É assim que o compromisso com as classes trabalhadoras desponta como


valor ético-político central, orientando o posicionamento dos setores organizados da
categoria, no III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, marco ético e político
apropriado no processo de reformulação do Código de Ética, em 1986: o primeiro a
romper com o histórico conservadorismo dos códigos de ética brasileiros, como já
visto na unidade que tratou dos CFESS e CRESS.

O Código de 1986 não foi suficientemente desenvolvido em sua parte


operacional e em seus pressupostos teóricos, orientados pelo marxismo. Com o
objetivo de ampliá‐los, foi feita a reformulação de 1993, em um contexto muito
diverso daquele que em 1980 favoreceu a construção do projeto de ruptura
profissional.

O Código de 1993 afirma a centralidade do trabalho na constituição do


homem: sujeito das ações éticas e da criação dos valores. Revelada em sua
densidade histórica, a sua concepção ética está articulada a valores ético‐políticos,
como a liberdade, a justiça social e a democracia, e ao conjunto de direitos humanos
(civis, políticos, sociais, culturais e econômicos) defendidos pelas classes

"
27

trabalhadoras, pelos segmentos sociais excluídos e pelos movimentos


emancipatórios ao longo da história.

A partir da década de 1990, as consequências socioeconômicas e


ideopolíticas das profundas transformações operadas pelo capitalismo mundial no
mundo do trabalho e nas instituições burguesas, tendo por finalidade a sua
reestruturação nos moldes neoliberais, descortinam um cenário perverso, em termos
dos direitos humanos e das possibilidades de objetivação ética.

Trata‐se de um contexto de perda de direitos historicamente conquistados e


de um processo de desumanização, no qual as condições para assegurar a
manutenção da vida humana não estão sendo garantidas para grande parte da
humanidade, em vários aspectos, materiais e subjetivos. O desemprego, a pobreza,
a desregulamentação do trabalho e da proteção social, o aprofundamento da
exclusão e da exploração, a violência, a degradação ambiental, a dependência
político‐econômica de centenas de países pobres em face da dívida externa, entre
outros, evidenciam o abismo entre o desenvolvimento do gênero humano e a
pobreza da maioria da humanidade (BARROCO, 2008).

Em face desse cenário, a profissão vive, na entrada do novo século, um


momento de resistência política. As precárias condições de existência social da
população usuária se revelam cotidianamente nas instituições, exigindo respostas
dos profissionais que, em grande medida, não dispõem de condições objetivas para
viabilizá‐las. Além disso, o agravamento da ―questão social‖ também rebate em sua
vida de trabalhadores assalariados – que enfrentam em níveis diversos – os
mesmos problemas da população usuária.

Portanto, sob o ponto de vista da ética profissional, esse contexto motiva


ações de resistência, politicamente direcionadas ao enfrentamento dos limites
postos à viabilização dos direitos e dos valores que orientam a ação profissional, o
que implica diferentes estratégias e espaços de objetivação (BARROCO, 2008).

A crítica às novas configurações do conservadorismo, isto é, à ideologia


neoliberal conservadora, base de sustentação do imaginário social da atualidade, se
apresenta, neste momento, como um grande desafio posto ao Serviço Social.
Fundado na privatização do público e na afirmação do mercado como única
instituição autorreguladora, o totalitarismo neoliberal (OLIVEIRA, 1999) promove o
"
28

individualismo, a negação da política e da ética, nos termos aqui tratados. Produto


histórico das reformas e transformações do capitalismo, o neoliberalismo justifica
ideologicamente o presente, ou seja, a fragmentação, a dispersão, a insegurança, o
efêmero (CHAUÍ, 1999), negando todos os valores afirmados pela sociedade
moderna e pelas forças progressistas: a universalidade dos valores, a racionalidade
do homem, a liberdade como capacidade sócio‐histórica de transformar a realidade.

Nesse contexto adverso ao neoconservadorismo, são dadas as condições


ideológicas para a reprodução de valores pautados na defesa de relações
autoritárias e de instituições adequadas à sua reprodução, com destaque para a
família tradicional, para as instituições religiosas, policiais, e seus representantes
nas figuras das autoridades constituídas.

O Serviço Social, por várias razões, é uma das profissões vulneráveis à


incorporação e/ou ao enfrentamento de relações conservadoras. Por exemplo, por
sua histórica vinculação ao conservadorismo moral, pode estar vulnerável à sua
reatualização; por sua inserção em campos institucionais propícios ao
estabelecimento de relações hierarquizadas, tais como as prisões, o sistema
judiciário, etc., pode enfrentar ou assimilar tais relações (BARROCO, 2008).

O seu enfrentamento requer uma análise crítica da realidade, donde a


importância de um referencial teórico‐metodológico que efetivamente forneça o
suporte para o desvelamento do real, de sua essência histórica. Esse conhecimento
implica em uma reflexão constante, isto é, em uma capacitação continuada: outro
desafio a ser buscado no enfrentamento do neoconservadorismo, do pensamento
pós‐moderno, com seu irracionalismo, seus preconceitos, suas formas morais.

Para se realizar como atividade teórica universalizante, é preciso que a ética


apreenda criticamente os fundamentos dos conflitos morais e desvele o sentido e as
determinações de suas formas alienadas; a relação entre a singularidade e a
universalidade dos atos ético‐morais, respondendo aos conflitos sociais, resgatando
os valores genéricos e ampliando a capacidade de escolha consciente dos
indivíduos; sobretudo, que possibilite a indagação radical sobre as possibilidades de
realização da liberdade, seu principal fundamento (BARROCO, 2008).

Vê‐se que a responsabilidade ética profissional, em suas várias formas de


expressão, exige a participação ativa dos sujeitos coletivos, que – em graus
"
29

variados, com diversas medidas e possibilidades de engajamento – são os


protagonistas de escolhas e posicionamentos de valor. Assim, o nível de exigência
dessas escolhas e as mediações que elas encerram variam qualitativamente, de
acordo com determinações historicamente condicionadas.

Nesse sentido, os valores contidos no Código de Ética Profissional são


orientadores das opções, escolhas, dos posicionamentos e julgamentos de valor
realizados cotidianamente. Todavia, para que se materializem, é preciso que
ganhem efetividade na transformação da realidade, na prática social concreta, seja
ela na direção de um atendimento realizado, de uma necessidade respondida, de
um direito adquirido.

Que além de material reflexivo fique claro que na relação com os usuários,
nos limites da sociedade burguesa, a ética profissional se objetiva através de ações
conscientes e críticas, do alargamento do espaço profissional, quando ele é
politizado – o que implica no compartilhamento coletivo com outros profissionais e
no respaldo das entidades e dos movimentos sociais organizados. Isso torna
possível uma ação ético‐politica articulada ao projeto coletivo, adquirindo maiores
possibilidades de respaldo nos momentos de enfretamento e de resistência
(BARROCO, 2001, 2008).

"
30

REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS

ANTUNES, R. Os Sentidos do Trabalho. Ensaio sobre a afirmação e a negação


do trabalho. 4ª edição, São Paulo: Boitempo Editorial, 2001.

APERIBENSE, Pacita Geovana Gama de Sousa e BARREIRA, Ieda de Alencar.


Nexos entre Enfermagem, Nutrição e Serviço Social, profissões femininas pioneiras
na área da Saúde. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2008, vol.42, n.3, pp. 474-482.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n3/v42n3a08.pdf Acesso em: 12
jun. 2011.

BARROCO, Maria Lúcia Silva. ÉTICA: fundamentos sócio-históricos. São Paulo:


Cortez, 2008. (Biblioteca Básica / Serviço Social).

BARROCO, Maria Lúcia Silva. Fundamentos éticos do Serviço Social. In:


. Ética e Serviço Social. Fundamentos Ontológicos. São Paulo:
Cortez, 2001.

BRASIL. Lei 8662/93 de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de


assistente social e dá outras providências.

CASTEL, R. As Metamorfoses da Questão Social: uma crônica do salário.


Petrópolis: Vozes, 1998.

CFESS & ABEPSS. Serviço Social: Direitos Sociais e Competências


Profissionais. Brasília, CFESS, 2009.

CFESS. ―Serviço Social a caminho do século XXI: o protagonismo ético-político do


Conjunto CFESS-CRESS‖. In: Serviço Social e Sociedade (50). São Paulo, Cortez,
1996.

CFESS. Instrumentos para a fiscalização do exercício profissional do


assistente social. Brasília, 2007.

CFESS. Relatório de Deliberações do 26º Encontro Nacional CFESS/ CRESS.


1997.

CFESS. Resolução 382/99 de 21/02/1999. Dispõe sobre normas gerais para o


exercício da Fiscalização Profissional e institui a Política Nacional de Fiscalização.

CFESS. Resolução 512/07 de 29/09/2007. Reformula as normas gerais para o


exercício da fiscalização profissional e atualiza a Política Nacional de Fiscalização.

CFESS. Código de Ética Profissional do Assistente Social. 1986.

CFESS. Código de Ética Profissional do Assistente Social. 1993.

CFESS. Lei de Regulamentação da profissão (Lei n.8662/93)

CFESS. Notas históricas. Disponível em:


http://www.cfess.org.br/legislacao_sociais.php Acesso em: 12 jun. 2011.

"
31

CHAUÍ, Marilena. ―Os sentidos da democracia‖ (1999, p. 27 a 54) e ―O que


comemorar?‖ na Revista Projeto História nº 20, p. 35 a 62, publicada pela EDUC,
São Paulo, 2000.

DUARTE, Marco José de Oliveira. Subjetividade, marxismo e Serviço Social: um


ensaio crítico. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.101, pp. 5-24. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/02.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

DUPAS, G. Economia Global e Exclusão Social. Pobreza, emprego, Estado e o


futuro do capitalismo. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FALEIROS, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. 8 ed. São Paulo:


Cortez, 2008.

FREITAS, Tais Pereira de. Serviço Social e medidas socioeducativas: o trabalho na


perspectiva da garantia de direitos. Serv. Soc. Soc. [online]. 2011, n.105, pp. 30-49.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n105/03.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. v.


3.

GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do processo de trabalho e Serviço Social. In:


Revista Serviço Social e Sociedade n. 62. São Paulo: Cortez, 2000.

GUERRA. Iolanda. A instrumentalidade do Serviço Social.São Paulo: Cortez,


1995.

HERRERA, Nereide Amadeo. Serviço social: objetivos, funções e atividades em uma


unidade sanitária. Rev. Saúde Pública [online]. 1976, vol.10, n.2, pp. 209-216.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v10n2/07.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

HOBSBAWN, E. Era dos Extremos. O breve século XX: 1914-1991. Trad. De


Marcos Santarrita. Revisão técnica de Maria Célia Paoli. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.

IAMAMOTO, Marilda Vilella. Renovação e conservadorismo no Serviço Social.


São Paulo: Cortez, 1992.

IAMAMOTO, Marilda V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e


formação profissional. 15 ed. São Paulo: Cortez, 2008.

IAMAMOTO, Marilda V.; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no


Brasil. São Paulo: Cortez, 1982.

LISBOA, Teresa Kleba. Gênero, feminismo e Serviço Social: encontros e


desencontros ao longo da história da profissão. Rev. katálysis [online]. 2010, vol.13,
n.1, pp. 66-75. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rk/v13n1/08.pdf Acesso em:
12 jun. 2011.

MACHADO, Graziela Scheffer. O Serviço Social nas ONGs no campo da saúde:


projetos societários em disputa. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.102, pp. 269-288.

"
32

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n102/a05n102.pdf Acesso em: 12 jun.


2011.

MARTINELLI, Maria Lúcia. Reflexões sobre o serviço social e o projeto ético-político


profissional. Revista Emancipação. V.6.n.1 2006. Disponível em:
http://revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/69/67 Acesso em: 12
jun. 2011.

MARX, K. O Capital. Crítica da Economia Política. Livro I, volume I. Trad. De


Reginaldo Sant’Anna. São Paulo: Difel, 9ª edição, 1984.

MENEZES, Franciane Cristina de. O Serviço Social e a ―responsabilidade social das


empresas‖: o debate da categoria profissional na Revista Serviço Social &
Sociedade e nos CBAS. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.103, pp. 503-531.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n103/a06n103.pdf Acesso em: 04 jun.
2011.

MÉSZÁROS, Istvan. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2006.

MIOTO, Regina Célia Tamaso. Trabalho com famílias: um desafio para os


Assistentes Sociais. Revista Virtual Textos & Contextos, nº 3, dez. 2004.

MORAES, Carlos Antônio de Souza; JUNCA, Denise Chrysóstomo de Moura e


SANTOS, Katarine de Sá. Para quê, para quem, como? Alguns desafios do
cotidiano da pesquisa em serviço social. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.103, pp.
433-452. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n103/a03n103.pdf Acesso
em: 12 jun. 2011.

NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no
Brasil pós‐64. São Cortez, 1992.

NETTO, J. P. A Construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social frente à Crise


Contemporânea. In: Capacitação em Serviço Social e Política Social. Módulo I —
Crise Contemporânea, Questão Social e Serviço Social. Brasília: CFESS, ABEPSS,
CEAD, UNB, 1999.

NETTO, José Paulo. A conjuntura brasileira: O Serviço Social posto à prova. In:
Serviço Social e Sociedade n.79, Ano XXV, São Paulo: Cortez, 2004.

NETTO, José Paulo. A construção do Projeto ético-político do Serviço Social In:


Mota, A. Elisabete et all(orgs). Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho
Profissional. São Paulo: Cortez, OPAS OMS, Ministério da Saúde, 2006. (Acesso na
internet: http://www.fnepas.org.br)

NETTO, José Paulo. O Serviço Social e a tradição marxista. Revista Serviço Social
e Sociedade. 30. São Paulo: Cortez, ano X, abr. 1989.

OLIVAR, Mônica Simone Pereira. O campo político da saúde do trabalhador e o


Serviço Social. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.102, pp. 314-338. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n102/a07n102.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

"
33

OLIVEIRA, Francisco. Privatização do público, destituição da fala e anulação da


política: o totalitarismo neoliberal. In: OLIVEIRA, Francisco; PAOLI, Maria Célia
(org.). Os sentidos da democracia: políticas do dissenso e hegemonia global.
Brasília: Vozes, NEDIC, 1999.

PEREIRA, Larissa Dahmer. Mercantilização do ensino superior, educação a


distância e Serviço Social. Rev. katálysis [online]. 2009, vol.12, n.2, pp. 268-277.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rk/v12n2/17.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

RAICHELIS, Raquel. Intervenção profissional do assistente social e as condições de


trabalho no Suas. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.104, pp. 750-772. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n104/10.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

REIS, Carlos Nelson dos. A responsabilidade social das empresas: o contexto


brasileiro em face da ação consciente ou do modernismo do mercado?. Rev. econ.
contemp. [online]. 2007, vol.11, n.2, pp. 279-305.
http://www.scielo.br/pdf/rec/v11n2/a04v11n2.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

ROBAINA, Conceição Maria Vaz. O trabalho do Serviço Social nos serviços


substitutivos de saúde mental. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.102, pp. 339-351.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n102/a08n102.pdf Acesso em: 12 jun.
2011.

SADER, E. Quando Novos Personagens entraram em Cena. Rio de Janeiro: Paz


e Terra, 1988.

SANTOS, Josiane Soares et al. Fiscalização do exercício profissional e projeto ético-


político. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.101, pp. 146-176. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/08.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

SARLO, B. Paisagens Imaginárias: intelectuais, arte e meios de comunicação. São


Paulo: EDUSP, 1997.

SILVA, José Fernando Siqueira da. Violência e desigualdade social: desafios


contemporâneos para o Serviço Social. Revista Ser Social. Brasília. N.19, p. 31-58,
jul/dez. 2006.

SILVA, José Fernando Siqueira da. Violência e Serviço Social: notas críticas. Rev.
katálysis [online]. 2008, vol.11, n.2, pp. 265-273. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rk/v11n2/12.pdf Acesso em: 12 jun. 2011.

SILVA, Maria Ozanira da Silva e; YASBEK, Maria Carmelita; GIOVANNI, Geraldo di.
A política social brasileira no século XXI: a prevalência dos programas de
transferência de renda. São Paulo: Cortez, 2008.

SILVA, Ricardo Silvestre da. A formação profissional crítica em Serviço Social


inserida na ordem do capital monopolista. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.103, pp.
405-432. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n103/a02n103.pdf Acesso
em: 12 jun. 2011.

"
34

SIMAO, Andréa Branco et al. A atuação do Serviço Social junto a pacientes


terminais: breves considerações. Serv. Soc. Soc. [online]. 2010, n.102, pp. 352-364.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n102/a09n102.pdf Acesso em: 12 jun.
2011.

"
35

ANEXOS

LEGISLAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO/A ASSISTENTE SOCIAL (9ª EDIÇÃO)


Texto aprovado em 13/3/1993, com as alterações introduzidas pelas Resoluções
CFESS nº290/94, 293/94, 333/96 e 594/11

LEI N.º 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993


Dispõe sobre a profissão de Assistente Social, já com a alteração trazida pela Lei N.º
12.317, de 26 de agosto de 2010

LEI Nº 12.317, DE 26 DE AGOSTO DE 2010


Acrescenta dispositivo à Lei no 8.662, de 7 de junho de 1993, para dispor sobre a
duração do trabalho do Assist. Social

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL


Aprovado em 9 de maio de 1986

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL


Aprovado em 30 de janeiro de 1975

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL


Aprovado em 8 de maio de 1965

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS


Aprovado em Assembléia Geral da Associação Brasileira de Assistentes Sociais em
29 de setembro de 1947

Resolução CFESS no. 273/93 de 13 de março de 1993


Institui o código de ética profissional e dá outras providências

LEI 8662/1993 (publicada no Diário Oficial da União de 8 de junho de 1993)


Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências

POLÍTICA NACIONAL DE FISCALIZAÇÃO


Reformula as normas gerais para o exercício da Fiscalização Profissional e atualiza
a Política Nacional de Fiscalização

"
36

LEGISLAÇÕES SOCIAIS

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988


Título VIII - Da Ordem Social

Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência


Decreto n.º 914, de 6 de setembro de 1993

Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS


Lei n.º 8.742, de 7 de dezembro de 1993

Política Nacional do Idoso


Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994

Lei Orgânica da Previdência Social


Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960

Estatuto do Idoso
Lei no 10.741, de 1º de outubro de 2003

Política Nacional de Saúde Mental


Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996

Lei Orgânica da Saúde


Lei nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990

Estatuto da Criança e do Adolescente


Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990

"
37

LEGISLAÇÃO RESOLUÇÕES CFESS

RESOLUÇÃO Nº 598/2011
Homologa o resultado final das eleições do CFESS, dos CRESS e Seccionais,
especificados na presente norma, para Gestão 2011/2014

RESOLUÇÃO Nº 594/2011
Altera o Código de Ética do/a Assistente Social, introduzindo aperfeiçoamentos
formais, gramaticais e conceituais em seu texto e garantindo a linguagem de gênero

RESOLUÇÃO Nº 588/2010
Revoga o inciso do artigo 28 da Consolidação das Resoluções CFESS nº 582/2010,
reordenando tal disposição

RESOLUÇÃO Nº 587/2010
Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade para o
exercício de 2011 de pessoa física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica, no
âmbito dos CRESS

RESOLUÇÃO Nº 586/2010
Dispõe sobre as normas que regulamentam o CÓDIGO ELEITORAL do Conjunto
CFESS-CRESS, alterando e revogando a Resolução CFESS Nº 499/2006

RESOLUÇÃO Nº 582/2010
Regulamenta a Consolidação das Resoluções do Conjunto CFESS/CRESS

RESOLUÇÃO Nº 572/2010
Dispõe sobre a obrigatoriedade de registro nos CRESS de assistentes sociais que
exerçam funções ou atividades de atribuição da profissão, mesmo que contratados
sob a nomenclatura de ― cargos genéricos‖

RESOLUÇÃO Nº 571/2010
Dispõe sobre a convocação para apresentação de documentos, nomeação e posse
de candidatos aprovados no Concurso Público CFESS nº 01/2009, devidamente
homologado, conforme publicação no DOU de 12/11/09

RESOLUÇÃO Nº 569/2010
Dispõe sobre a VEDAÇÃO da realização de terapias associadas ao título e/ou ao
exercício profissional do assistente social

RESOLUÇÃO Nº 568/2010
Regulamenta o procedimento de aplicação de multa prevista pelo parágrafo 4º do
artigo 1º, pelo descumprimento das normas estabelecidas na Resolução CFESS nº
533/08, sobre Supervisão de Estágio

RESOLUÇÃO CFESS Nº 564/2009


Prorroga por mais dois anos, a manutenção do Fundo Nacional de Apoio aos
"
38

CRESS, Seccionais de base estadual e CFESS, criado pela Resolução CFESS N°


476, estabelecendo normas para a sua regulamentação

RESOLUÇÃO CFESS Nº 561/2009


Regulamenta a porcentagem da cota - parte que deve ser repassada ao pelos
CRESS ao CFESS, revogando, integralmente, a Resolução CFESS nº 421/2001

RESOLUÇÃO CFESS Nº 560/2009


Complementa o artigo 2º da Resolução CFESS nº 555/2009, de forma a prever a
possibilidade de deferimento de registro profissional de assistente social nos CRESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 559/2009


Dispõe sobre a atuação do Assistente Social, inclusive na qualidade de perito judicial
ou assistente técnico, quando convocado a prestar depoimento como testemunha,
pela autoridade competente

RESOLUÇÃO CFESS Nº 558/2009


Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade para o
exercício de 2010 de pessoa física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica, no
âmbito dos CRESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 557/2009


Dispõe sobre a emissão de pareceres, laudos, opiniões técnicas conjuntos entre o
assistente social e outros profissionais

RESOLUÇÃO CFESS Nº 556/2009


Procedimentos para efeito da Lacração do Material Técnico e Material Técnico-
Sigiloso do Serviço Social

RESOLUÇÃO CFESS Nº 555/2009


Revoga o inciso I e II do artigo 28 da Consolidação das Resoluções do CFESS de
forma que passe a vigorar para efeito de REGISTRO de assistente social nos
quadros dos CRESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 554/2009


Dispõe sobre o não reconhecimento da inquirição das vítimas crianças e
adolescentes no processo judicial, sob a Metodologia do Depoimento Sem
Dano/DSD

RESOLUÇÃO CFESS Nº 550/2009


Atualiza o Quadro de Valores das Referências Salariais e a Tabela de Remuneração
dos Cargos em Comissão, constantes da Resolução CFESS nº 510, de 21 de
setembro de 2007

RESOLUÇÃO CFESS Nº 549/2009


Homologa o resultado da eleição realizada, em Assembléia Extraordinária, para
preenchimento de dois cargos efetivos e cumprimento do restante do mandato de
Direção do CRESS da 23ª. Região/RO/AC

RESOLUÇÃO CFESS Nº 548/2009


"
39

Institui procedimentos que deverão ser adotados no processamento das denúncias


éticas que forem objeto de DESAFORAMENTO, conforme previsão do artigo 9º do
Código Processual de Ética

RESOLUÇÃO CFESS Nº 542/2009


Altera o prazo para pagamento da segunda parcela da anuidade de 2009, no âmbito
do CRESS da 7ª. Região

RESOLUÇÃO CFESS Nº 541/2009


Altera o prazo para pagamento das anuidades do exercício de 2009 somente no
âmbito do CRESS da 13ª. Região, com jurisdição no Estado da Paraíba

RESOLUÇÃO CFESS Nº 540/2009


Altera o prazo para pagamento da anuidade em cota única, e /ou da primeira
parcela, com desconto no mês de janeiro de 2009, no âmbito dos CRESS da 20ª.
Região

RESOLUÇÃO CFESS Nº 539/2009


Altera o prazo para pagamento da anuidade em cota única, e/ou da primeira parcela,
com desconto no mês de janeiro de 2009, no âmbito dos CRESS especificados na
presente Resolução

RESOLUÇÃO CFESS Nº 538/2008


Aprova a Proposta Orçamentária do Conselho Federal e Conselhos Regionais de
Serviço Social da 1a. a 24a. Regiões

RESOLUÇÃO CFESS Nº 537/2008


Prorroga até XXXVIII Encontro Nacional CFESS/CRESS a manutenção do Fundo
Nacional de Apoio aos CRESS, Seccionais e CFESS, criado pela Resolução CFESS
N° 476

RESOLUÇÃO CFESS Nº 534/2008


Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade para o
exercício de 2009 de pessoa física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica, no
âmbito dos CRESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 533/2008


REGULAMENTAÇÃO DA SUPERVISÃO DIRETA DE ESTÁGIO

RESOLUÇÃO CFESS Nº 530/2008


Homologação do resultado final das eleições realizadas, para preenchimento de
cargos da Diretoria do CRESS da 22ª. Região/PI, CRESS 25ª Região/TO e
Seccional de Campina Grande do CRESS 13ª Região/PB

RESOLUÇÃO CFESS Nº 525/2008


Atualização do Quadro de Valores das Referências Salariais e a Tabela de
Remuneração dos Cargos em Comissão, que institui o Plano de Cargos, Carreiras e
Remuneração dos Funcionários do CFESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 524/2008


"
40

Homologação do resultado final das eleições realizadas, em segunda convocação,


para preenchimento de cargos da Diretoria do CRESS da 7ª. Região

RESOLUÇÃO CFESS Nº 522/2008


Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS da 7a. Região.

RESOLUÇÃO CFESS Nº 521/2008


Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS da 22a. Região.

RESOLUÇÃO CFESS Nº 520/2008


Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS da 7a. Região.

RESOLUÇÃO CFESS Nº 518/2008


Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS da 25a. Região.

RESOLUÇÃO CFESS Nº 517/2008


Homologação do resultado final das eleições das Seccionais de Volta Redonda e
Campos dos Goytacazes do CRESS da 7a. Região

RESOLUÇÃO CFESS Nº 516/2007


Aprova a Proposta Orçamentária do Conselho Federal e Conselhos Regionais de
Serviço Social da 1a. a 24a. Regiões

RESOLUÇÃO CFESS Nº 515/2007


Homologação do resultado final das eleições do CFESS e dos CRESS e Seccionais.

RESOLUÇÃO CFESS Nº 514/2007


Homologação e criação do Conselho Regional de Serviço Social da 25ª Região, com
jurisdição no Estado de Tocantins e sede em Palmas e alteração da jurisdição do
CRESS da 19ª Região.

RESOLUÇÃO CFESS Nº 513/2007


Procedimentos para efeito da Lacração do Material Técnico sigiloso do Serviço
Social.

RESOLUÇÃO CFESS Nº 512/2007


Reformulação das normas gerais para o exercício da Fiscalização Profissional e
atualização da Política Nacional de Fiscalização

RESOLUÇÃO CFESS Nº 511/2007


Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade de pessoa
física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos CRESS e
determina outras providências

RESOLUÇÃO CFESS Nº 510/2007


Institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Funcionários do Conselho
Federal de Serviço Social

RESOLUÇÃO CFESS Nº 506/2007


Prorrogação por mais dois anos da manutenção do Fundo Nacional de Apoio aos
"
41

CRESS, Seccionais e CFESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 500/2006


Aprovação da Proposta Orçamentária do Conselho Federal e Conselhos Regionais
de Serviço Social da 1a. a 24a. Regiões

RESOLUÇÃO CFESS Nº 499/2006


Dispõe sobre as normas que regulam o Código Eleitoral, alterando e revogando,
integralmente, a Resolução CFESS nº 454/2004, de 26 de julho de 2004

RESOLUÇÃO CFESS Nº 495/2006


Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade de pessoa
física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos CRESS e
determina outras providências

RESOLUÇÃO CFESS Nº 493/2006


Dispõe sobre as condições éticas e técnicas do exercício profissional do assistente
social.

RESOLUÇÃO CFESS Nº 489/2006


Estabelece normas vedando condutas discriminatórias ou preconceituosas, por
orientação e expressão sexual por pessoas do mesmo sexo, no exercício
profissional do assistente social

RESOLUÇÃO CFESS Nº 483/2006


Prorroga o prazo para acesso ao Fundo Nacional de Apoio aos CRESS,
SECCIONAIS e CFESS, alterando a disposição do parágrafo 4º do artigo 5° da
Resolução CFESS Nº 476, de 16 de novembro de 2005

RESOLUÇÃO CFESS Nº 481/2005


Aprovação da Proposta Orçamentária do Conselho Federal e Conselhos Regionais
de Serviço Social da 1a. a 24a. Regiões

RESOLUÇÃO CFESS Nº 476/2005


Estabelece procedimentos e normas de regulamentação para utilização do Fundo
Nacional de Apoio aos CRESS, SECCIONAIS e CFESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 475/2005


Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade de pessoa
física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos CRESS e
determina outras providências

RESOLUÇÃO CFESS Nº 470/2005


Regulamenta a Minuta Básica do Regimento Interno dos CRESS, introduzindo as
alterações e modificações aprovadas pela Plenária Ampliada realizada em março de
2005, em Brasília

RESOLUÇÃO CFESS Nº 469/2005


Regulamenta o Estatuto do Conjunto CFESS/CRESS, introduzindo as alterações e
modificações aprovadas pela Plenária Ampliada realizada em Brasília em março de
"
42

2005

RESOLUÇÃO CFESS Nº 468/2005


Altera a designação das ― Delegacias Seccionais‖ , que passam a se denominar
― Seccionais‖

RESOLUÇÃO CFESS Nº 463/2004


Aprovação da Proposta Orçamentária do Conselho Federal e Conselhos Regionais
de Serviço Social da 1a a 24a Regiões

RESOLUÇÃO CFESS Nº 458/2004


Instituição da Campanha Nacional de Regularização de Débitos para o ano de 2004

RESOLUÇÃO CFESS Nº 457/2004


Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade de pessoa
física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica , no âmbito dos CRESS e
determina outras providências

RESOLUÇÃO CFESS Nº 452/2003


Aprovação da Proposta Orçamentária do Conselho Federal e Conselhos Regionais
de Serviço Social da 1a. a 24a. Regiões

RESOLUÇÃO CFESS Nº 447/2003


Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade de pessoa
física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica , no âmbito dos CRESS e
determina outras providências

RESOLUÇÃO CFESS Nº 443/2003


Institui procedimentos para a realização de desagravo público, e regulamenta a
alínea ― e‖ do artigo 2º do Código de Ética do Assistente Social / Altera e revoga
a Resolução CFESS N º 294/94

RESOLUÇÃO CFESS Nº 442/2003


Correção do parágrafo quarto do artigo 1o da Resolução CFESS nº 433/2002, que
dispõe sobre os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade para o
exercício de 2003, no âmbito dos CRESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 440/2003


Dispõe sobre as formas de ingresso e sobre o processo seletivo de pessoal para os
quadros dos Conselhos Federal e Regionais de Serviço Social e dá outras
providências

RESOLUÇÃO CFESS Nº 437/2002


Aprova a Proposta Orçamentária do Conselho Federal e Conselhos Regionais de
Serviço Social da 1a. a 24a. Regiões e a 1a Reformulação Orçamentária do
Conselho Federal de Serviço Social

RESOLUÇÃO CFESS Nº 434/2002


Estabelece procedimentos e normas para regulamentar o ressarcimento aos CRESS
do valor correspondente a percentuais da cota parte do CFESS, incidente sobre a
"
43

arrecadação de DÍVIDA ATIVA

RESOLUÇÃO CFESS Nº 433/2002


Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da anuidade de pessoa
física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica , no âmbito dos CRESS e
determina outras providências

RESOLUÇÃO CFESS Nº 428/2002


Dispõe sobre as normas que regulam o CÓDIGO PROCESSUAL DE ÉTICA,
incluindo todas as alterações que foram regulamentadas por Resolução, bem como
aquelas aprovadas pelo Encontro Nacional CFESS/CRESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 427/2002


Altera o parágrafo único do Artigo 1º da Resolução CFESS nº 299/94, que dispensa
de pagamento da anuidade o assistente social que completar 60 (sessenta) anos de
idade

RESOLUÇÃO CFESS Nº 422/2001


Aprova a Proposta Orçamentária do Conselho Federal e Conselhos Regionais de
Serviço Social da 1a. a 24a. Regiões e a 1a Reformulação Orçamentária do
Conselho Federal de Serviço Social

RESOLUÇÃO CFESS Nº 421/2001


Regulamenta a porcentagem da cota - parte que deve ser repassada ao CFESS
pelos CRESS

RESOLUÇÃO CFESS Nº 418/2001


Tabela Referencial de Honorários do Serviço Social

RESOLUÇÃO CFESS Nº 417/2001


Estabelecer os patamares mínimo e máximo para a fixação da anuidade de pessoa
física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica no âmbito dos CRESS e de outros

RESOLUÇÃO CFESS Nº 410/2000


Estabelece os patamares mínimo e máximo para a fixação da anuidade de pessoa
física e o patamar da anuidade de pessoa jurídica no âmbito dos CRESS e outros

RESOLUÇÃO CFESS Nº 409/2000


Prorroga o prazo da Campanha Nacional de Regularização de Débitos, instituída
pela Resolução CFESS no 406/00

RESOLUÇÃO CFESS Nº 406/2000


Institui a Campanha de Regularização de Débitos para o ano 2000

RESOLUÇÃO CFESS Nº 398/1999


Cria o Conselho Regional de Serviço Social da 24ª Região, com jurisdição no Estado
de Amapá e sede em Macapá e altera a jurisdição do CRESS da 1ª Região

RESOLUÇÃO CFESS Nº 395/1999


Estabelece impedimento de recebimento de ― curriculum vitae‖ bem como indicação
"
44

ou recomendação de assistentes sociais, no âmbito dos Conselhos de Fiscalização


de Serviço Social

RESOLUÇÃO CFESS Nº 393/1999

RESOLUÇÃO CFESS Nº 383/1999


Caracteriza o assistente social como profissional da saúde

RESOLUÇÃO CFESS Nº 378/1998


Altera a Consolidação das Resoluções do CFESS

PORTARIA CFESS Nº. 33


Revoga a Portaria CFESS nº. 25 , sujeitando os alunos formados pela UNITINS do
Curso de Bacharelado em Serviço Social, aos mesmos critérios e condições
estabelecidos pela Resolução CFESS nº 560/2009

PORTARIA CFESS Nº 28
Determ inar que o cargo de Presidente seja exercid o pela Conselhe ira Neil e
d’ Or an
Pinheiro

PORTARIA CFESS Nº 26
Determinar que o cargo de 1ª Tesoureira seja acumulado pela Conselheira 1ª
Secretária

PORTARIA CFESS Nº 25
Determina a sustação da análise e decisão sobre os pedidos de inscrição
profissional, apresentados ou protocolizados perante os CRESS, de alunos
formados pela UNITINS em Serviço Social

PORTARIA CFESS Nº 23/2010


Determina que o cargo de Presidente do Conselho Federal de Serviço Social seja
exercido, interinamente, pela Conselheira Sâmbara Paula Francelino Ribeiro, Vice
Presidente, de 27/9/10 a 3/10/10

PORTARIA CFESS Nº 15
Determinar que o cargo de Presidente seja exercido pela Conselheira Rosa Helena
Stein

PORTARIA CFESS N.º 24/2010


Institui a Comissão Nacional Eleitoral

Você também pode gostar