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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL PEDRO BOARETTO NETO


CURSO DE ELETROMECÂNICA
LUIZ WAGNER DA ROSA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO

CASCAVEL
2013
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL PEDRO BOARETTO NETO

Nome do Aluno: Luiz Wagner da Rosa


Curso: Eletromecânica
Turma: 3 Semestre Subsequente

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO

Relatório apresentado ao curso


Técnico em Eletromecânica do
CEEP como requisito parcial para
obtenção do Diploma de Técnico em
Eletromecânica sob orientação do
professor Jauri Batista Corrêa

CASCAVEL
2013
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Célula de carga capacidade máxima 3kg.............................................................. 11
FIGURA 2 - Contator de potência.............................................................................................. 1
FIGURA 3 - Motor Universal...................................................................................................... 1
FIGURA 4 - Gerador utilizado em bicicleta................................................................................ 1
FIGURA 5 - Rolamentos com roletes......................................................................................... 1
FIGURA 6 - Megômetro............................................................................................................. 1
FIGURA 7 - Partes do alicate universal..................................................................................... 1
FIGURA 8 - Alicate Universal..................................................................................................... 2
FIGURA 9 - Multímetro Analógico.............................................................................................. 2
FIGURA 10 - Determinador de Umidade Digital........................................................................ 2
FIGURA 11 - Célula de carga e sensor de temperatura............................................................ 2
FIGURA 12 - Célula de carga retirada para substituição........................................................... 2
FIGURA 13 - Megômetro Yokogawa consertado....................................................................... 2
FIGURA 14 - Galvanômetro....................................................................................................... 2
FIGURA 15 - Selecionadora de impurezas para cereais........................................................... 2
FIGURA 16 - Esquema elétrico da selecionadora de impurezas............................................... 2
FIGURA 17 - Máquina para costurar sacaria portátil................................................................. 2
FIGURA 18 - Motor usado na máquina de costura portátil........................................................ 2
FIGURA 19 - Máquina para costurar boca de saco industrial Matisa........................................ 2
FIGURA 20 - Pedal de acionamento p/ máq. de costura ind. Matisa........................................ 2
FIGURA 21 - Determinador de umidade para cereais tipo universal ........................................ 3
FIGURA 22 - Base de alumínio danificada................................................................................ 3
FIGURA 23 - Galvanômetro com bobina móvel......................................................................... 3

LISTA DE ABREVIAÇÕES

A - Ampere
Ca – corrente alternada
Cc – corrente contínua
h - hora
mm - milímetro
V – volts
W – watts

.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO................................................................................................................ 7

2.HISTÓRICO DA EMPRESA............................................................................................ 8

2.1 RESUMO DA HISTÓRIA.......................................................................................... 8

2.2 SETOR DE ATUAÇÃO............................................................................................. 9

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................... 10

3.1 – CÉLULA DE CARGA............................................................................................. 10

3.2 – CONTATOR........................................................................................................... 12

3.3 – MOTOR UNIVERSAL............................................................................................ 14

3.4 – GERADOR DE ENERGIA...................................................................................... 15

3.5 – ROLAMENTO........................................................................................................ 17

3.6 – MEGÔMETRO....................................................................................................... 18

3.7 – ALICATE................................................................................................................ 19

3.8 – MULTÍMETRO....................................................................................................... 20

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.................................................................................. 23

4.1 – MANUTENÇÃO 1 – TROCA DE CÉLULA DE CARGA......................................... 23

4.2 – MANUTENÇÃO 2 – TROCA DO VIDRO DE UM MEGÔMETRO.......................... 24

4.3 – MANUTENÇÃO 3 – MONTAGEM DO COMANDO ELÉTRICO DE UMA

SELECIONADORA DE IMPUREZAS PARA CEREAIS......................................... 25

4.4 – MANUTENÇÃO 4 – CONSERTO DE UM MOTOR UNIVERSAL USADO EM

UMA MÁQUINA DE COSTURA PARA SACARIA PORTÁTIL............................... 27

4.5 – MANUTENÇÃO 5 – MONTAGEM DE UM COMANDO PARA UMA MÁQUINA

DE COSTURA INDUSTRIAL MARCA MATISA..................................................... 28

4.6 – MANUTENÇÃO 6 – TROCA DE UMA BASE DE ALUMÍNIO DE UM DETERMI-

NADOR DE UMIDADE TIPO UNIVERSAL ........................................................... 29


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 31

6. REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 32

7. ANEXO A - GALVANÔMETRO...................................................................................... 33

1. INTRODUÇÃO
7

O estágio foi realizado na empresa Meditec Equipamentos Agroindustrial Ltda,


na área de eletromecânica, atuando na manutenção de equipamentos utilizados
para recebimento e armazenagem de grãos, tendo como principais clientes
cerealistas e cooperativas de toda a região oeste do Paraná.
A escolha da empresa se deu em função do ramo de atuação, onde possui um
leque grande de opções, sendo possível a execução de tarefas tanto no ramo da
mecânica como no da eletrotécnica e também eletrônica.
O estágio foi realizado entre os dias 05 ao dia 27 de agosto, no período das 8:00
às 12:00 e das 13:30 às 15:30, totalizando a carga horária de 100 horas.
A oportunidade do estágio proporcionou a interação do conteúdo visto em sala
de aula com as atividades práticas, aprimorando ainda mais o aprendizado como um
todo. Neste relatório será descrito práticas de manutenção em equipamentos
utilizados tanto em laboratório, como os mais robustos presentes nas principais
cooperativas da nossa região.

2. HISTÓRICO DA EMPRESA
8

2.1 RESUMO DA HISTÓRIA

Atuando na área da agroindústria há 12 anos, a Meditec Equipamentos


Agroindustrial Ltda vende e presta assistência técnica em vários dos equipamentos
usados na área para recebimento de cereais, contando com uma equipe técnica
bem estruturada, tanto na venda como no pós venda, visando sempre à satisfação
de seus clientes.

Visão

Empenhar em se consolidar na liderança no mercado, ser um forte competidor no


mercado regional, orientada para a satisfação dos clientes e parceiros.

Missão

Atuar de forma pró-ativa, evoluindo sempre o nosso produto principal e


desenvolvendo novas soluções que acompanhem o ambiente de mudança e
transformação da sociedade, trazendo vantagem competitiva para nossos cliente e o
bem estar de nossos empregados, colaboradores e da comunidade onde atuamos.

Valores

1. Os nossos clientes serão sempre os primeiros e a razão da nossa existência. Por


eles vamos até ao limite das nossas possibilidades.
2. Conduzimos as nossas atividades não só pelas mais estritas regras de Ética
Profissional, mas também pelos Valores e Legislação em vigor do país em que
operamos.
3. Os nossos trabalhadores são o mais importante ativo da empresa, onde
estimulamos o seu desenvolvimento sócio profissional.

4. Premiamos a sua capacidade empreendedora, de liderança, de espírito de


9

iniciativa e de trabalho em equipe.


5. Tratamos os nosso parceiros e fornecedores com respeito e equidade,
desenvolvendo com eles relações mutuamente vantajosas.
6. Defendemos os interesses dos nossos clientes e desenvolvemos esforços no
sentido de protegermos o seu investimento.
7. Assumimos os riscos do negócio, agindo com responsabilidade.

2.2 SETOR DE ATUAÇÃO

A Meditec possui loja na cidade de Cascavel e um barracão industrial


localizado na cidade de Santa Tereza do Oeste, onde todos os equipamentos de
grande porte são feitos e montados, entre eles correias transportadoras para
sacarias (dala), sugadores industriais, mesas de gravidade para grãos, máquinas
para pré-limpeza de cereais e caladores pneumáticos. Na loja vende-se e fornece-se
assistência técnica em determinadores de umidade para cereais, máquinas de
costura para sacaria (portátil e industrial), balanças ensacadeiras e quarteadores
para cereais. Todos os equipamentos são destinados ao uso para recebimento,
movimentação e armazenagem de cereais, sendo utilizados por várias empresas do
setor agrícola.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
10

3.1- CÉLULA DE CARGA

O funcionamento das células de carga (figura 1) baseia-se na variação da


resistência ôhmica de um sensor denominado extensômetro ou strain gage, quando
submetido a uma deformação. Utiliza-se comumente em células de carga quatro
extensômetros ligados entre si segundo a ponte de Wheatstone e o
desbalanceamento da mesma, em virtude da deformação dos extensômetros, sendo
proporcional à força que a provoca. É através da medição deste desbalanceamento
que se obtém o valor da força aplicada.

Os extensômetros são colados a uma peça metálica (alumínio, aço ou liga


cobre-berílio), denominado corpo da célula de carga e inteiramente solidários à sua
deformação. A força atua, portanto sobre o corpo da célula de carga e a sua
deformação é transmitida aos extensômetros, que por sua vez medirão sua
intensidade. Obviamente que a forma e as características do corpo da célula de
carga devem ser objeto de um meticuloso cuidado, tanto no seu projeto quanto na
sua execução, visando assegurar que a sua relação de proporcionalidade entre a
intensidade da força atuante e a consequente deformação dos extensômetros seja
preservada tanto no ciclo inicial de pesagem quanto nos ciclos subsequentes,
independente das condições ambientais. A forma geométrica, portanto, deve
conduzir a uma linearidade dos resultados.

Considerando-se que a temperatura gera deformações em corpos sólidos e


que estas poderiam ser confundidas com a provocada pela ação da força a ser
medida, há necessidade de se compensar os efeitos de temperatura através da
introdução no circuito de Wheatstone de resistências especiais que variam com o
calor de forma inversa a dos extensômetros.

Um efeito normalmente presente ao ciclo de pesagem e que deve ser


controlado com a escolha conveniente da liga da matéria-prima da célula de carga é
o da histerese decorrente de trocas térmicas com o ambiente da energia elástica
gerada pela deformação, o que acarreta que as medições de cargas sucessivas não
11

coincidam com as descargas respectivas. Outro efeito que também deve ser
controlado é a repetibilidade, ou seja, a indicação da mesma deformação decorrente
da aplicação da mesma carga sucessivamente, também deve ser verificada e
controlada através do uso de materiais isotrópicos e da correta aplicação da força
sobre a célula de carga.

Finalmente, deve-se considerar o fenômeno da fluência ou creep, que


consiste na variação da deformação ao longo do tempo após a aplicação da carga.
Este efeito decorre de escorregamentos entre as faces da estrutura cristalina do
material e apresenta-se como variações aparentes na intensidade da força sem que
haja incrementos na mesma. (http://www.celuladecarga.com.br/info/definicao.htm )

Figura 1- Célula de carga capacidade máxima 3Kg

Fonte: do autor

3.2 – CONTATOR
Contator (figura 2) é um dispositivo eletromecânico que permite, a partir de
um circuito de comando efetuar o controle de cargas num circuito de potência, onde
12

essas cargas podem ser de qualquer tipo, desde tensões diferentes do circuito de
comando, até conter múltiplas fases.
É constituído por uma bobina que produz um campo magnético, que
conjuntamente a uma parte fixa, proporciona movimento a uma parte móvel, onde
essa parte móvel por sua vez, altera o estado dos seus contatos associados. Os que
estão abertos, fecha-os, os que estão fechados abre-os. Estes contatos podem ser
de dois tipos, os de potência e ao auxiliares. Os de potência geralmente são
apresentados em grupos de 3, devido ao seu emprego comum no comando de
motores do tipo trifásicos.
Vantagem do emprego de contatores:
- Comando à distância;
- Elevado número de manobras;
- Grande vida útil mecânica;
- Pequeno espaço para montagem;
- Garantia de contato imediato;
- Tensão de operação de 85 a 110% da tensão nominal prevista para o
contator;
- Maior número de contatos.

Tipos de Contatores

Os contatores podem ser do tipo principais, que geralmente possuem 3


contatos NA (normalmente abertos) de potência, 2 NA’s auxiliares, ou seja de
comando, e mais 2 NF’s (normalmente fechados) auxiliares, também para o
comando.
Também podem ser do tipo auxiliares, que possuem contatos apenas de
comado, ou seja, seus contatos suportam uma menor corrente do que os principais;
vale lembrar que os contatores em geral possuem os chamados blocos aditivos, que
são vendidos separadamente, variam de fabricante para fabricante, e tem a função
de proporcionar contatos adicionais ao contator (alguns modelos são de
acoplamento frontal, e outros de acoplamento lateral).
Principais fabricantes:

- ABB (marca suíça tradicional em alta, média e baixa tensão);


- Comat AG (marca suíça tradicional em baixa tensão e comandos
auxiliares);
- Moeller Eletric (marca alemã adquirida em 2008 pela Eaton);
- Schnneider-Electric (marca francesa que detém a tradicional marca
Telemecanique);
- Siemens (marca alemã tradicional em comandos elétricos, eletrônica, etc.);
13

- Steck (desde 1975 no mercado com versões normais e mini para encaixe
em trilhos DIN 35mm);
- WEG (marca brasileira tradicional em motores e comandos elétricos).
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Contator)

Figura 2 – Contator de Potência

Fonte: http://www.mundoeletricoloja.com.br/produto/contator-tripolar,-40amp,-cwm40-00/346

3.3 – MOTOR UNIVERSAL

Os motores do tipo universal (figura 3) podem funcionar tanto em corrente


contínua quanto em corrente alternada, daí a origem de seu nome, porém os que se
destinam a correntes alternadas, (apesar de funcionarem em correntes contínuas
não devem ser ligados nessa corrente, pois cada motor é feito para ser ligado em
um determinado tipo de corrente, pois os detalhes construtivos influenciam no
funcionamento do motor, que nesse caso centelharia muito e levaria a queima do
mesmo). O motor universal é o motor monofásico cujas bobinas do estator são
ligadas eletricamente ao rotor por meio de dois contatos deslizantes (escovas).
Esses dois contatos, por sua vez, ligam em série o estator e o rotor.
14

É possível inverter o sentido do movimento de rotação desse tipo de motor,


invertendo apenas as ligações das escovas, ou seja, a bobina ligada a escova não
deverá ser ligada à outra escova e vice-versa.
Os motores universais apresentam conjugado de partida elevado e
tendência a disparar, mas permitem variar a velocidade quando o valor da tensão de
alimentação varia.
Esse tipo de motor é o mais empregado e está presente em máquinas de
costura, liquidificadores, enceradeiras e outros eletrodomésticos, e também em
máquinas portáteis, como furadeira, lixadeira e serras. A construção e o princípio de
funcionamento do motor universal são iguais ao do motor em série de corrente
contínua.
Quando o motor universal é alimentado por uma corrente alternada, a
variação do sentido da corrente provoca a variação no campo, tanto do rotor quanto
do estator. Dessa forma, o conjugado continua girar no mesmo sentido inicial, não
havendo inversão do sentido de rotação normal.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_monofasico)

Figura 3- Motor Universal

Fonte: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_monofasico)

3.4 – GERADOR ELÉTRICO


15

Gerador é um dispositivo utilizado para a conversão da energia mecânica,


química ou outra forma de energia em energia elétrica. O tipo mais comum de
gerador elétrico, o dínamo (gerador de corrente contínua) de uma bicicleta (figura4),
depende da indução eletromagnética para converter energia mecânica em energia
elétrica, onde a lei básica de indução eletromagnética é baseada na Lei de Faraday
sobre indução combinada com a Lei de Ampere, as quais são matematicamente
expressas pela terceira e quarta equações de Maxwell respectivamente.
O dínamo funciona convertendo a energia mecânica contida na rotação do
eixo do mesmo que faz com que a intensidade de um campo magnético produzido
por um imã permanente que atravessa um conjunto de enrolamentos varie no
tempo, o que pela lei da indução de Farady leva a indução de tensões nos terminais
dos mesmos.
A energia mecânica (muitas vezes proveniente de uma turbina hidráulica, à
gás ou a vapor) é utilizada para fazer girar o rotor, o qual induz uma tensão nos
terminais dos enrolamentos que ao serem conectados a cargas levam a circulação
de correntes elétricas pelos enrolamentos e pela carga.
No caso de um gerador que fornece uma corrente contínua, um interruptor
mecânico ou anel comutador alterna o sentido da corrente de forma que a mesma
permaneça unidirecional independente do sentido da posição da força eletromotriz
induzida pelo campo. Os grandes geradores das usinas geradoras de energia
elétrica fornecem corrente alternada e utilizam turbinas hidráulicas e geradores
síncronos.
Há muitos outros tipos de geradores elétricos. Geradores eletrostáticos como
a máquina de Wimshurst, e em uma escala maior, os geradores de van de Graaff
são principalmente utilizados em trabalhos especializados que exigem tensões muito
altas, mas com uma baixa corrente e potências não muito elevadas. Isso se deve
pelo fato de nesses tipos de gerador, a densidade volumétrica de energia não é
pequena, ou seja, para que se tenha uma grande quantidade de energia sendo
convertida é necessário um grande volume por parte da estrutura do gerador.
O mesmo não ocorre nos geradores que operam baseados em princípios
eletromagnéticos pois os mesmos permitem uma concentração volumétrica de
energia bem maior. Um dos exemplos de aplicação é no fornecimento de energia
para os aceleradores de partículas. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerador_elétrico)

Figura 4 - Gerador utilizado em bicicleta


16

Fonte: http://www.educativa.org.br/servicos/mad-a8-6.htm

3.5 - ROLAMENTO

Rolamento (figura 5) é um dispositivo que permite o movimento relativo


controlado entre duas ou mais partes. Serve para substituir a fricção de deslizantes
entre as superfícies do eixo e da chumaceira por uma fricção de roladura.
Compreende os chamados corpos rolantes, como bolas, rodízios, etc, os anéis que
constituem os trilhos de roladura e a caixa interposta entre os anéis. Todos estes
elementos são de aço combinado com crómio e as suas dimensões estão
submetidas a um sistema de normalização.
Temos diversos tipos de rolamentos, tais como: de esfera, roletes (rolos) e
de agulha. Estes rolamentos variam de abertos, ou seja, não retendo totalmente a
graxa lubrificante, vedados através de retentores metálico, plástico ou borracha e os
rolamentos selados, que por sua vez possuem maior retenção de graxas,
aumentando de forma progressiva a vida útil dos mesmos, além de proporcionar
melhor nível de ruído, que nos dias atuais fazem muita diferença para o usuário final.
O custo de tais rolamentos também variam na medida em que são mais qualificados
Quando comparamos os rolamentos de esferas com os de rolo com as
mesmas dimensões, os rolamentos de esferas apresentam uma resistência ao atrito
menor e uma menor variação de rotação que os rolamentos de rolo. Isto os faz mais
adequados para uso em aplicações que requerem alta rotação, alta precisão, baixo
torque e baixa vibração. Inversamente, os rolamentos de rolo têm uma capacidade
17

de carga maior, o que os torna mais apropriados para aplicações que requerem
longa vida e resistência para cargas elevadas e de choques.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Rolamento)

Figura 5 –Rolamentos com roletes

Fonte: http://www.ntn.com.br/noticias/images/NOT19.jpg

3.6 - MEGÔMETRO

O megômetro foi criado na Inglaterra em 1904 por James Bluid e utilizado na


América a partir de 1910. Seu princípio de funcionamento consiste em geração e
aplicação de uma tensão que pode variar de 500 até 15000 volts em um
equipamento, fazendo então a leitura do fluxo de corrente entre duas partes do
equipamento (ex: a carcaça de um motor e seu bobinado, o tempo para medir um
motor é de 15 segundos, com esse tempo podemos verificar índice de polarização e
absorção).
18

Mede valores elevados de resistências elétricas onde o ohmímetro não


consegue medir. Ao contrário do multímetro com escala de ohmímetro que utiliza
apenas uma pilha de 9 volts, o megômetro produz uma alta tensão para vencer a
grande resistência do componente e determinar pela corrente produzida o quanto
vale a resistência do componente medido.
O megômetro (figura 6) é usado muito para determinar a isolação de
motores e transformadores. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Megometro).
Figura 6- Megometro

Fonte:loja.salvicasagrande.com.br/salvi/fotos/Megohmetro-manivela-yokogawa

3.7 - ALICATE

Alicate é uma ferramenta articulada que serve fundamentalmente para


multiplicar a força aplicada pelo usuário para incidi-la sobre o objeto desejado.
A multiplicação de força se dá pelo princípio de alavanca, podendo ser
calculada através das Leis de Newton.
Alicates são usados para muitas finalidades, sendo uma das ferramentas
mais comuns em uso pelo homem. Na maioria dos casos, o uso se dá em trabalhos
de mecânicas, de eletricidade e de eletrônica. Existem diversos tipos e tamanhos de
alicate, cada um adaptado às sua aplicações específicas.
O alicate é composto de três partes básicas, a cabeça, a articulação e o par
de cabos (figura 7)
Figura 7 – Partes do alicate universal

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alicate
19

A cabeça é a parte do alicate que incide força sobre o objeto trabalhado.


Nela que ocorrem as adaptações mais significativas para as diferentes aplicações,
de acordo com o tipo de incidência que se deseja. A função da cabeça pode ser, por
exemplo, segurar, apertar, cortar, conformar ou até mesmo combinar diversas destas
funções. Em geral, é composto por mordedores e/ou lâminas. A cabeça é a parte
menor do braço de alavanca, sendo, portanto sempre mais curta que os cabos.
A articulação é o vínculo mecânico entre as peças articuladas do alicate,
responsável por servir de apoio para a transferência de força dos cabos à cabeça.
Geralmente é composto por um pino, em torno do qual deslizam de forma circular as
outras partes. Podem haver ainda articulações mais complexas de acordo com a
finalidade, como num alicate de pressão, por exemplo.
Os cabos são os braços onde o usuário aplica força. Podem apresentar
curvatura diversa, de acordo com a conveniência anatômica do uso. O tamanho
também pode variar proporcionalmente, de acordo com a quantidade de força que
se deseja transferir à cabeça. O cabo pode ser nu ou apresentar revestimento.

O revestimento pode servir para dar aderência, melhorar o conforte, dar


proteção mecânica, isolar eletricamente ou, simplesmente, para dar melhor aspecto
ao acabamento.
O material mais usado nos diversos tipos de alicate é o aço temperado, por
apresentar grande resistência mecânica a deformação e a quebra, além de ser duro,
qualidade importante especialmente na cabeça. Podem ser usados
materiais,conforme a finalidade.
O alicate universal (figura 9) é o mais conhecido, sendo chamado assim,
pois tem a capacidade de cortar, de segurar com firmeza e prensar terminais (região
retificada próxima a articulação do alicate).Quando um alicate é isolado, em seu
cabo vem uma marcação. (Conforme norma NBR9699 e Norma Regulamentadora
10-NR10).
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Alicate)

Figura 8 – Alicate universal


20

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alicate

3.8 MULTÍMETRO

O multímetro é um aparelho de medida elétrica capaz de realizar a medição


elétrica de três tipos diferentes: voltímetro, ohmímetro e amperímetro. Essa
ferramenta é capaz de medir, a corrente elétrica (contínua e alternada) na função de
amperímetro, tensão elétrica (contínua e alternada) na função de voltímetro,
resistência elétrica na função de ohmímetro, capacitância, frequência de sinais
alternados, temperatura, entre outros.
A definição sobre qual medição será realizada, acontece por uma chave
rotativa que seleciona a função a ser realizada. Existem dois tipos de multímetros,
os analógicos e os digitais.
Multímetros analógicos (figura 9) são baseados nos galvanômetros, cuja
verificação da leitura acontece por meio de força eletromagnética em seu ponteiro.Já
os multímetros digitais são compostos por um componente eletrônico versátil,
chamado de amplificador operacional, o qual tem como base, uma alta resistência
de entrada capaz de mudar o ganho de tensão, corrente ou resistência elétrica.
(http://www.mundoeducacao.com/fisica/o-multimetro.htm).

Figura 9 – Multímetro Analógico


21

Fonte: http://www.mundoeducacao.com/fisica/o-multimetro.htm

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
4.1. MANUTENÇÃO 1 – TROCA DE CÉLULA DE CARGA

Esta manutenção de substituição de uma célula de carga foi realizada em um


determinador de umidade digital marca Agrologic, modelo AL-101 (figura 10), o qual
é utilizado para determinar a umidade de cereais,sendo que o mesmo estava com
defeito em sua balança, não funcionando corretamente.

Figura 10 –Determinador de Umidade Digital


22

Fonte: do autor

Este equipamento possui uma balança acoplada a um sensor de temperatura


conforme a figura 11, onde ele utiliza estes dois dados, temperatura e peso do
produto em análise, para determinar a quantidade de água presente em sua
estrutura.

Figura 11 – Células de carga e sensor de temperatura AL 101

Fonte: autor

O determinador de umidade teve sua tampa inferior retirado, onde tivemos


acesso direto ao copo de análise e seus componentes. Com um ferro de soldar com
potência de 70 W, foi retirado o fio terra do copo e com uma chave Philips de 1/8, os
parafusos de fixação foram retirados.

A célula de carga (figura 12) com defeito foi retirada, com o auxilio de uma chave
Allen de 2mm; a nova foi montada e o conjunto foi montado novamente. Após, o
equipamento foi calibrado como auxilio do computador, foram feitos os testes
práticos com várias amostras de cereais, e o mesmo teve sua manutenção finalizada
e sua ordem se serviço foi fechada.

Figura 12 - Célula de carga retirada para substituição


23

Fonte: do autor

4.2. MANUTENÇÃO 2 – TROCA DO VIDRO DE UM MEGÔMETRO

Essa manutenção foi realizada em um megômetro (figura 13), onde o mesmo


encontrava-se com o vidro quebrado. Primeiro desmontou-se a parte de baixo, a
qual era fixada a parte de cima por dois parafusos philips, onde sua placa ficou
exposta, sendo retirada posteriormente para ter acesso ao galvanômetro. Retirou-se
o galvanômetro (figura 14), o qual era fixado por duas hastes de bronze, e dois
parafusos philips , utilizando uma chave Philips de 1/8 por 2” e um alicate universal.
Sem o galvanômetro, o vidro quebrado ficou exposto onde foi retirado e suas
extremidades onde o mesmo fica foram limpas, passando-se silicone novo para fixar
o outro vidro. Após sua fixação e secagem do silicone, as partes foram montadas
novamente, o equipamento sofreu uma nova calibração e sua ordem de serviço foi
fechada.

Figura 13 – Megômetro Yokogawa consertado


24

Fonte: do autor

Figura 14 - Galvanômetro

Fonte: do autor

4.3. MANUTENÇÃO 3 – MONTAGEM DO COMANDO ELÉTRICO DE UMA


SELECIONADORA DE IMPUREZAS PARA CEREAIS

Nesta manutenção, montou-se uma selecionadora de impurezas para cereais


(figura 15), a qual estava com a pintura pronta, suas partes mecânicas previamente
montadas, sendo necessário somente o comando elétrico.

O comando elétrico foi montado conforme o esquema elétrico fornecido pelo


fabricante (figura 16), o qual era composto por uma contatora de 20 amperes da
marca Siemens,um pedaço de trilho para fixação, três fusíveis diazed de 25 A, 1
chave microrruptora, 1 chave liga desliga com capacidade de 20A, um plug de 20A,
25

e 10 metros de cabo elétrico 2x2,5mm2. Primeiro fixamos o trilho como auxilio de


dois rebites de 3mm, fixamos a contatora e os fusíveis de 25A. Com uma chave de
boca 19mm, colocou-se a chave liga desliga em sua furação, e a chave
microrruptora. Finalizada a fixação dos componentes elétricos, foi realizada as
conexões elétricas e logo após, foi realizada a ligação na rede de energia para
averiguar se tudo estava funcionando de modo normal. Após a montagem do
comando ter sido finalizada, foram feitos testes com soja, e a selecionadora ficou
pronta a disposição para ser vendida.

Figura 15 – Selecionadora de impurezas para cereais

Fonte: do autor

Figura 16 – Esquema elétrico da selecionadora de impurezas

Fonte: do autor
26

4.4. MANUTENÇÃO 4 – CONSERTO DE UM MOTOR UNIVERSAL USADO EM


UMA MÁQUINA DE COSTURA PARA SACARIA PORTÁTIL.

Essa manutenção foi realizada em uma máquina para costurar sacaria portátil
marca GK, modelo 26-1 (figura 17), onde a mesma encontrava-se com o seu motor
elétrico defeituoso. Com uma chave de boca 5/16, os dois parafusos da base inferior
foram soltos, e a mesma foi retira do corpo do motor. Após inspeção visual,
constatou-se que o fio da saída da bobina do estator estava quebrado (figura 19). O
esmalte presente no fio foi retirado com o auxilio de um estilete, onde com um ferro
de soldar, foi feita a solda no mesmo, sendo verificado logo após com um multímetro
a sua continuidade. Tudo estava certo, e o motor foi montado novamente sendo feito
o teste na máquina a qual funcionou normalmente.

Figura 17 – Máquina para costurar sacaria portátil

Fonte: do autor
27

Figura 18 – Motor com o fio quebrado

Fonte: do autor

4.5. MANUTENÇÃO 5 – MONTAGEM DE UM COMANDO ELÉTRICO PARA


MÁQUINA DE COSTURA INDUSTRIAL MARCA MATISA

Essa montagem foi realizada em uma máquina de costura industrial marca


Matisa (figura 19), onde a mesma estava com os motores fixados, e todos os seus
componentes mecânicos prontos, somente restando o seu acionamento elétrico para
finaliza-la. Conforme esquema elétrico fornecido pelo fabricante (MATISA), foram
usados duas mini-contatoras de 8A, para 380V ,pedal de acionamento, cabo elétrico
de 2 x 1,5mm, e um plugue vermelho, com 3 pinos, mais o pino terra, 6h de 30A.
Primeiramente foram fixadas as mini-contatoras em uma caixa de plástico, logo após
a mesma foi fixada no corpo da máquina. Após com o auxilio de uma chave de fenda
e um alicate universal, todas as conexões elétricas foram feitas, os motores foram
ligados em estrela para funcionamento na tensão de 380V, o pedal de acionamento
(figura 20) foi conectado ao comando, e a máquina teve seu funcionamento
verificado, ficando a mesma pronta para ser entregue ao cliente.
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Figura 19 – Maquina para costurar boca de saco industrial Matisa

Fonte: do autor

Figura 20- Pedal de acionamento para máquina de costura industrial Matisa

Fonte: do autor

4.6. MANUTENÇÃO 6 – TROCA DE UMA BASE DE ALUMINIO DE UM


DETERMINADOR DE UMIDADE TIPO UNIVERSAL.

Esta manutenção foi realizada em um determinador de umidade tipo universal


(figura21) utilizado para determinar a umidade de diversos cereais. O equipamento
estava com a base onde se encaixa o copo com a amostra de cereal quebrada
(figura 22). Com uma chave Allen 8mm, o parafuso de fixação do embôlo fixo foi
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retirado, onde o mesmo saiu com facilidade. A base com defeito ficou exposta,
sendo retirada após a remoção dos dois parafusos de fixação, usando uma chave de
fenda 5/16. A nova base foi colocada e fixada com os mesmos parafusos da antiga,
o embôlo fixo foi recolocado em seu respectivo lugar, e o equipamento sofreu uma
aferição, sendo usado uma amostra de soja para teste, ficando o mesmo
funcionando normalmente.

Figura 21 – Determinador de umidade para cereais tipo universal

Fonte: do autor

Figura 22- Base de alumino danificada

Fonte: do autor
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estágio foi fundamental para a interação entre o conteúdo visto em sala
de aula e a prática, onde o conhecimento adquirido será muito útil para o futuro, e o
relacionamento profissional.
A empresa concedente contribuiu muito, pois permitiu que fotos de seus
equipamentos fossem tiradas, e que seus técnicos orientassem no estágio com o
intuito de sanar dúvidas técnicas.
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6. REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Rômulo de Oliveira. Análise de circuitos em corrente contínua. 17º


edição. São Paulo: Editora Érica, 2010.

http://bdtd.bczm.ufrn.br/tde_arquivos/19/TDE-2009-06-22T003028Z-
2050/Publico/MarcosSS_pag26_ate_pag53.pdf - Acessado em 19 de Outubro de
2013.

http://www.celuladecarga.com.br/info/definicao.htm - Acessado em 12 de Outubro de


2013.

http://intranet.etb.com.br/servidor/apostila_comandos_eletricos1 – Acessado em 12
de Outubro de 2013.

http://pt.wikipedia.org/wiki/motor_monofasico - Acessado em 13 de Outubro de 2013.

http://wikipedia.org/wiki/rolamento - Acessado em 14 de Outubro de 2013.

http://pt.wikipedia.org/wiki/megometro - Acessado em 14 de Outubro de 2013.

loja.salvicasagrande.com.br/salvi/fotos/megohmetro_manivela_yokogawa –
Acessado em 14 de Outubro de 2013.

http://wikipedia.org/wiki/alicate – Acessado em 15 de Outubro de 2013

http://mundoeducacao.com/fisica/o-multimetro.htm - Acessado em 15 de Outubro de


2013.

http://www.educativa.org.br/servicos/mad-a8-6.htm – Acessado em 08 de Dezembro


de 2013.

http://www.ebah.com.br/content/apostila-comandos-eletricos?part=2# - Acessado em
07 de Dezembro de 2013.
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7. ANEXO A – GALVANÔMETRO

Galvanômetro de bobina móvel (figura 23) é o elemento básico de um


amperímetro e de um voltímetro. Seu funcionamento é baseado na interação entre o
campo magnético de um ímã permanente e o campo produzido por uma corrente,
passando por uma bobina.

A intensidade do campo magnético produzido pelo eletroímã é proporcional à


intensidade da corrente (que está sendo medida). A reação entre o campo do ímã e
o campo da bobina produz um deslocamento angular, o qual é proporcional à
intensidade da corrente que percorre a bobina. Um ponteiro preso ao eixo da bobina
indica em uma escala graduada o valor da corrente.

O valor da corrente que provoca a máxima deflexão do ponteiro chamamos


de corrente de fundo de escala. O fio da bobina apresenta uma resistência ôhmica,
que será a resistência interna do galvanômetro.

A sensibilidade do aparelho depende da máxima corrente, sendo definida


como o inverso do fundo de escala. Desta forma, quanto menor a corrente de fundo
de escala, maior a sensibilidade do aparelho. O zero do galvanômetro pode estar
localizado à esquerda da escala, ou no meio dela, neste caso o aparelho permite
corrente nos dois sentidos. (Rômulo de Oliveira Albuquerque, 2010, pg. 97- 98)

Figura 23 – Galvanômetro com bobina móvel

Fonte: Análise de Circuitos em Corrente Contínua pg.9

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