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© SENAI-SP, 2019
Material didático organizado pela Escola SENAI “Mário Dedini” a partir de conteúdos extraídos da intranet
das áreas de Manutenção Mecânica e Metalmecânica para o Curso de Aprendizagem Industrial de Mecânico
de Manutenção.
Organização
E-mail senai@sp.senai.br
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Sumário
Ferramentas Elétricas 11
Redutores 75
Mancais de Rolamentos 89
Rasqueteamento 115
Técnicas de Intervenção na Manutenção !!
Criada em 8 de junho de 1978 pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Norma Regu-
lamentadora número 12, ou NR 12, tem como objetivo garantir que máquinas e equipamentos
sejam seguros para o uso do trabalhador. Por isso, a NR 12 exige informações completas
sobre todo o ciclo de vida de máquinas e equipamentos, incluindo transporte, instalação,
utilização, manutenção e até mesmo sua eliminação ao final da vida útil.
Essa norma é uma das mais importantes e extensas das 36 normas regulamentadoras da
Consolidação de Leis Trabalhistas. Ela passou por várias atualizações ao longo dos anos,
conforme a indústria nacional se desenvolvia. A última alteração ocorreu por meio da Portaria
Nº 873, de 6 de julho de 2017.
Muitas vezes, os acidentes em canteiros de obras são causados porque os trabalhadores não
se comunicam. Ou seja, alguém liga uma máquina sem saber que há um companheiro com a
mão no motor, por exemplo.
Isso acontece porque os trabalhadores ignoram quatro regras básicas de segurança:
Desligar a máquina;
Cortar a energia para que a mesma não seja religada acidentalmente;
Sinalizar para que os demais trabalhadores saibam o que está
acontecendo;
Comunicar os demais antes de agir.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção !!
São aquelas que envolvem a implantação de proteções físicas fixas nas áreas de risco, como o
enclausuramento de sistemas de transmissão por correias e polias. Outro exemplo é o circuito
de parada de emergência. Cada tipo de máquina ou sistema de operação possui um tipo de
proteção coletiva. A implantação depende de uma análise prévia.
Elas devem ser aplicadas durante a jornada de trabalho, com a utilização de equipamentos de
proteção individual (EPIs), prevendo o tempo de exposição a fatores de riscos. Os itens devem
ser definidos no PPRA (Programa Prevenção a Riscos Ambientais), previsto pela NR 9, e
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), determinado pela NR 7.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção !!
A manutenção, inspeção, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenções que se fizerem neces-
sárias devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados ou legalmente habilita-
dos, formalmente autorizados pelo empregador, com as máquinas e equipamentos parados e
adoção dos seguintes procedimentos:
a) cronograma de manutenção;
b) intervenções realizadas;
c) data da realização de cada intervenção;
d) serviço realizado;
e) peças reparadas ou substituídas;
f) condições de segurança do equipamento;
g) nome do responsável pela execução das intervenções;
h) dispor dos procedimentos que permitam que a operação de manutenção seja realizada de
forma segura;
i) ser registradas em livro próprio, ficha ou sistema informatizado.
Abaixo alguns itens relacionados aos procedimentos para preparação e intervenção em máqui-
nas e equipamentos.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Ferramentas Elétricas
Furadeiras
São máquinas-ferramentas destinadas à execução de operações de furar, escarear,
alargar, rebaixar e roscar com machos.
Funcionamento
O movimento da ferramenta é recebido do motor através de polias escalonadas e correias
ou um jogo de engrenagens possibilitando uma gama de rpm.
O avanço da ferramenta pode ser manual ou automático.
Furadeira de bancada
São montadas sobre bancadas de madeira ou aço.
Sua capacidade de furação é de até 12 mm.
Furadeira Portátil
Pode ser transportada com facilidade e pode-se operá-la em qualquer posição.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Características
1. potência do motor
2. número de rpm
3. capacidade
4. deslocamento máximo de eixo principal
Acessórios
• mandril porta-brocas
• jogo de buchas de redução
• morsa
• cunha para retirar mandril, brocas e buchas de redução
Condições de uso
1. a máquina deve estar limpa
2. o mandril em bom estado
3. broca bem presa e centrada
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Parafusadeiras
Potência
Parafusadeiras tem a sua potência medida em volts (V). Então quanto maior a voltagem, maior a
capacidade do equipamento. Analisando esta característica já conseguimos descobrir os dois tipos
de ferramentas que existem no mercado:
Funcionam muito bem para parafusos grandes e danificados. Muito utilizado para grandes
construções.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Torque
O poder de rotação das parafusadeiras é conhecido como torque, e a necessidade dele varia
conforme o tamanho do parafuso e o material do local a ser parafusado. Uma parafusadeira
com baixos níveis de torque é adequada para as tarefas caseiras do dia a dia. Você pode
encontrar este tipo de parafusadeiras com até 3Nm de torque.
Parafusadeiras de impacto, por sua vez, tem mais de 30Nm de torque, chegando à mais de
50Nm em alguns casos. É importante que em equipamentos de maior força existam regulado-
res de força para diversos tipos de serviço, já que ninguém quer acabar espanando um parafu-
so.
Bloqueio de giro
Para tarefas que necessitam de mais precisão, o mecanismo da parafusadeira deve ser capaz
de ser travado para que seja possível realizar o giro manualmente. Girar manualmente um
parafuso pode não ser tão agradável, mas ajuda bastante a fazer um ajuste fino.
Giro reverso
O giro reverso é uma das funcionalidades mais importantes de uma parafusadeira, já que a
remoção dos parafusos é outra parte fundamental para qualquer tipo de trabalho a ser realiza-
do.
Luz integrada
Algumas parafusadeiras possuem luzes LED equipadas em sua ponta para que você consiga
enxergar o encaixe em lugares de difícil visão.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Serra Tico-Tico
Serra tico-tico é um tipo de ferramenta elétrica que, efetuando movimentos de vaivém com
pequenas serras, proporciona ao utilizador condições de realizar cortes detalhados e em curva.
Pode ser de bancada (fixa) ou manual (livre) e cortar materiais diversos como madeira, plástico
ou metais (alumínio, chapas de aço, etc.).
Faz, assim como outras ferramentas, o trabalho que em marcenaria chama-se recortar -
significando dar ao objeto trabalhado contornos complicados.
Serras deste tipo são geralmente usadas para o corte de lâminas de pequena espessura;
marcas mais potentes, contudo, podem permitir um trabalho em materiais mais grossos. O
corte, contudo, não é muito preciso e com limitação na curva. Usada geralmente para o corte
de compensados e tábuas de madeira, numa espessura máxima de 65 mm.; para metais
usam-se lâminas de serra especiais
Serras tico-tico de bancada permitem ampliar o uso e a precisão da ferramenta, com incremen-
tação das aberturas para a lâmina, inclinação do ângulo de corte e/ou corte de pedaços de
madeira, por exemplo, com maior largura e formato diverso do de placas.
Para começar seu uso deve-se, primeiramente, abrir um furo na peça a ser trabalhada - que é onde
será introduzida a lâmina (serra), cujo diâmetro deve ser suficiente para permitir a introdução da
serra
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Características
Potência do motor
Existem dois tipos de serras tico tico no mercado: as ferramentas com fio e as sem fio. Estes dois
tipos possuem diferentes velocidades do motor que variam de aproximadamente 400 e 700w-7
Amp ou 18-20V (Watts é para os modelos com fio, Volt é para sem fio).
Quanto mais potente o motor é, mais fácil é de se cortar e trabalhar em materiais duros.
Com isso dito, uma potência média do motor de cerca de 5 amperes ou 18V será suficiente para a
maioria dos usuários (a menos que você esteja envolvido em alguns projetos realmente pesados).
Embora a potência do motor seja um fator importante, o que é mais importante será a presença e a
qualidade de outras características como velocidade variável, ajustes orbitais, configurações de
bisel, etc
Velocidade
Ao contrário da maioria das outras ferramentas, a velocidade de uma serra tico-tico é expressa em
termos de golpes por minuto (GPM), em vez de RPM. A maioria dos modelos no mercado, terá uma
velocidade máxima de 3000 GPM (que será mais do que suficiente para quase todo o projeto).
O que é mais importante aqui é a presença e o número de configurações de velocidade variável. A
maioria dos modelos avançados irá fornecer algo entre 4 e 7 de velocidades de configurações que
oferecem ao utilizador uma grande flexibilidade e precisão.
Cortes profundos em madeiras densas exigem alta velocidade, enquanto cortes em aço pedem
velocidades mais lentas.
Ajustes orbitais
Ajustes orbitais são uma parte importante de uma serra de qualidade. Como a serra tico tico tem
como padrão se mover apenas para cima e para baixo, é difícil fazer cortes que não sejam de
angulo reto. Com os ajustes orbitais, é possível o angulo da serra, para trás e para os lados.
Uma vez que diferentes tipos de cortes em diferentes tipos de materiais requerem diferentes graus
de órbita, serras decentes têm uma alavanca de seleção para que você escolha a quantidade de
órbita desejada.
Cortes chanfrados
A maioria das serras permitem a serra para ser inclinado para cortes chanfrados. Normalmente,
soltando um único parafuso permite que a base para inclinar até 45 ° em qualquer direção.
Enquanto muitas serras fornecem uma chave Allen para os ajustes de base, alguns modelos fazem
ainda melhor: eles fornecem uma alavanca interna que afrouxa e aperta a base para permitir a
inclinação, sem a necessidade de nenhuma chave.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Lâminas
A facilidade de remover / trocar as lâminas é um fator de extrema importância.
Para tornar a troca da lâmina mais rápida e menos tediosa, os melhores equipamentos incorporam
uma espécie de trava de mudança rápida, eliminando a necessidade de qualquer outra ferramenta
para realizar a troca.
Tudo que você tem que fazer para mudar as lâminas em tais modelos avançados será simplesmen-
te pressionar ou puxar uma alavanca localizado na extremidade do próprio portador da lâmina.
Lâmpadas
Diversas marcas veem acoplando lâmpadas de LED em seus equipamentos recentemente. Eu
particularmente adorei a ideia, e sempre que necessário tento adquirir uma ferramenta com tal
funcionalidade.
No caso de serras tico tico, não é diferente. Ver a linha de corte pode ser um problema na maioria
dos casos, e em alguns lugares escuros realizamos o corte quase às cegas.
Esmerilhadeira
É uma máquina ferramenta usada para esmerilhar (lixar) e dar acabamentos em peças de aço
como estruturas metálicas e peças de carros. Normalmente é usada em oficinas de lanterna-
gem (reformas de latarias em geral) e industrias.
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Corte
Existem vários tipos de discos que se adaptam a cada tipo de superfície e que o tornam capa
de cortar pedra, metal ou concreto. Discos com borda de diamante são os mais fortes e
servem para trabalhos pesados. A empunhadura lateral é de extrema importância nesse tipo
de utilização pois aumenta a força e a precisão.
Polir
Com o disco certo equipado, é possível também lustrar metal. Você pode ajustar o seu equi-
pamento com escovas de aço para remover ferrugem e corrosão.
Lixar
Com uma lixa em anexo, uma esmerilhadeira pode se tornar uma máquina de lixar muito eficaz
em materiais de madeira. Os melhores resultados são obtidos usando o disco com grão
abrasivo adequado. Como regra geral, você vai querer começar com moagem mais grossa ou
grãos de lixa para remoção de grandes defeitos ou manchas ásperas, então trabalhar com
grãos mais finos até que você consiga que a peça esteja tão lisa quanto o necessário e com a
qualidade que você deseja.
Soft Start
Esta é uma característica da maioria das máquinas de maior porte, torna a máquina mais fácil
de manusear no arranque. Isso também impede que a ferramenta acabe por torcer no arran-
que. Note que você deve esperar o motor obter a velocidade máxima antes de aplicar o disco
para o trabalho.
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Proteção Ajustável
A proteção ajustável é essencial quando se usa uma esmerilhadeira. Ele está presente em
grande parte dos equipamentos e serve para protegê-lo de faíscas e detritos que podem ser
arremessados no usuário.
Alça Anti-Vibração
Isso fará com que a máquina mais confortável de usar por longos períodos e para ajudar a
reduzir a fadiga e aumentar o controle e manobrabilidade.
Potência
Discos maiores requerem mais energia. Se você precisa fazer trabalhos mais pesados, opte
por equipamentos com mais potência.
Tamanho do Disco
Os tamanhos de disco mais comuns disponíveis são 4-1/2 polegadas (115 milímetros), 5
polegadas (125 milímetros) de 6 polegadas (150 mm), 7 polegadas (180 milímetros), de 9
polegadas (230 milímetros). Tamanhos maiores são melhores para superfícies maiores e maior
profundidade de cortes. Esmerilhadoras Pequenas variam de 4polegadas e meia até 6 polega-
das, enquanto as esmerilhadoras grandes tem tamanho entre 7 e 9 polegadas.
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Soprador Térmico
O Soprador Térmico é uma ferramenta bastante versátil e tem como função liberar ar quente
através do aquecimento gerado por uma resistência elétrica interna, que expele o ar pelo bocal
frontal da pistola.
No Soprador Térmico a temperatura é ajustável, podendo variar de 300 a 600 graus Celsius,
fato que demostra que esta ferramenta exige atenção extra ao ser manuseada, além da
utilização de EPIs adequados.
Aplicações
Cada vez mais o Soprador Térmico está sendo utilizado em diversos segmentos do mercado,
devido a sua vasta gama de aplicabilidade.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Cuidados ao Manusear
Primeiramente, nunca esqueça de utilizar os EPIs. Esta é uma ferramenta perigosa, capaz de
chegar a temperaturas bastante elevadas e causar danos graves.
Nunca utilize o soprador térmico próximo a líquidos inflamáveis ou ambientes explosivos, assim
como nunca interrompa o fluxo de ar quente e mantenha as entradas de ar fresco sempre
limpas e livres de interrupções.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Jamais encoste no tubo metálico durante seu uso. Antes disso, espere o equipamento esfriar
por pelo menos 20 minutos ou até chegar a temperatura ambiente. Após isso, você pode
manuseá-lo e guarda-lo corretamente.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Para transportar essas cargas mais racional e economicamente, a indústria conta uma
série de aparelhos, máquinas, acessórios e utensílios aqui denominados elementos de
deslocação.
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Macaco
Macaco mecânico
Existem vários tipos e modelos de macaco mecânico. Os mais usados ficam dentro dos
seguintes parâmetros: (figura abaixo)
Capacidade: 1,5 até 20t;
Altura: 400 até 800mm;
Peso: 12 até 75kg;
Curso: entre 190 e 350mm;
Relação de força: geralmente 5kg para cada tonelada levantada;
Diâmetro da rosca: entre 35 e 90mm;
Movimentos: até 4 sentidos.
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Macaco hidráulico
Há dois tipos principais de macaco hidráulico: um tipo versátil e de pouca capacidade
de levantamento de carga, e outro pouco versátil, mas de grande capacidade de
levantamento de carga.
Talha
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Exemplo
Qual a força para levantar a carga de 24000N (= 2,4t), com uma talha simples de 6
roldanas, e quantas pessoas são necessárias ?
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Dimensões
Dimensões A B C D E F G H
Talha para 10kN medida em mm 945 260 685 415 430 260 850 130
Talha para 400kN medida em mm 2490 700 1790 1310 640 650 1850 300
Cargas
Talha Trole
Capacidade Altura máxima Número de
Velocidade Potência do Velocidade Potência do Peso Kg Viga
kN de elevação cabos
m/min motor cv m/min motor cv
10 25 12,67 4 12 0,5 2 250 6”
20 25 12,67 4 12 0,5 2 280 6”
30 25 9,2 7,5 16 1 3 300 8”
40 25 9,2 7,5 16 1 2 300 8”
50 25 9,2 10 16 2 2 500 8”
60 25 8,7 15 16 2 3 500 12”
80 25 7,9 20 16 2 4 550 12”
100 17 6,5 20 16 4 4 550 12”
130 17 5,26 20 16 4 4 950 12”
160 12 3,9 20 16 4 4 1050 12”
200 8 3,5 20 16 5 6 1100 12”
240 8 2,63 20 16 5 6 1500 12”
320 6 1,97 20 16 2x4 8 1600 15”
400 5 1,57 20 16 2x4 10 1900 15”
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Como há diversos tipos de talhas no mercado, devem-se considerar para uma escolha
correta:
Peso das cargas que deverão ser movimentadas nas suas instalações;
Altura de elevação da carga;
Altura que será suspensa a talha;
Velocidade de elevação requerida;
Movimentação da carga – vertical ou também horizontal;
Energia elétrica disponível;
Condições de operação da talha (carga máxima, estado de solicitação,
funcionamento, etc).
Ponte rolante
A – movimento transversal
B – movimento longitudinal
C – movimento vertical
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Os tipos de pontes rolantes variam em função dos fabricantes e são grandes opções
oferecidas. De forma geral, as pequenas têm uma potência de carga até 30000N (3t) e
as grandes podem chegar até 1200000N (120t).
Os grupos médios e pesados são equipados com gancho auxiliar no carro, que permite
maior versatilidade no levantamento da carga.
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Pórtico e semipórtico
Pórticos e semipórticos são equipamentos de uma ou duas vigas, com ou sem trave
em balanço.
Possuem comando desde o piso, por botoeiras ou cabina, podendo esta ser fixa na
viga ou móvel junto ao carro.
O pórtico, devido a seu tipo de construção, não precisa de nenhum apoio como o
semipórtico, para ser montado, por isso é a solução ideal para o transporte de materiais
em espaços livres ou em prédios que não foram dimensionados para este fim.
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Guindaste
Tipos de guindastes
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Observação
Em comparação com a ponte rolante e com o pórtico rolante, a carga máxima
suportada pelo guindaste é menor, por causa do braço livre.
Corrente
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Tabela: Carga em função do ângulo entre as duas pernas das correntes de aço
Diâmetro nominal 100% com carga 90% com carga a 70% com carga a 50% com carga a
do elo perpendicular 45º 90º 120º
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Cabo de aço
O cabo de aço é formado por vários cabos menores chamados pernas, torcidos sobre
um núcleo chamado alma.
A alma pode ser de fibra ou de aço. A alma de aço pode ser formada por uma perna ou
por cabo independente. Um cabo com alma de aço apresenta um aumento de 7,5% na
resistência à tração e de 10% no peso por metro, em relação a um cabo com alma de
fibra de mesma bitola e construção.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
No cabo de torção regular, os fios de cada perna são torcidos no sentido oposto ao das
próprias pernas, e no cabo de torção longa, no mesmo sentido das pernas.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Diâmetro do cabo
(mm)
Assim, deve-se escolher uma composição com arames finos, quando prevalece nas
solicitações de trabalho o esforço à fadiga de dobramento, e uma composição de
arames exteriores mais grossos, quando as condições de trabalho exigem grande
resistência à abrasão.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Dimensões
Diâmetro do cabo Peso por peça
A B C D
mm polegada mm mm mm mm kg
9,5 3/8 54 29 11,1 2,8 0,13
12,7 1/2 70 38 14,3 3,6 0,25
15,9 5/8 90 45 17,5 4,4 0,44
19,0 3/4 105 51 20,6 5,6 0,72
22,2 7/8 123 57 23,8 5,6 1,05
25,4 1 135 64 27,0 6,4 1,45
31,8 1 1/4 155 73 34,9 6,4 2,30
38,1 1 1/2 185 90 41,3 12,7 5,50
44,4 1 3/4 229 114 47,6 12,7 9,80
50,8 2 305 152 54,0 12,7 12,70
63,5 2 1/2 330 170 67,0 15,9 22,00
Dimensões das sapatilhas mais usadas
Uniões roscadas
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Uniões cunhadas
Cordas de cânhamo
Q 700 . d2 N
Onde Q é apresentado em N e d2, em cm2. O valor numérico 700 tem como unidade
N/cm2.
Exemplo
Calcular a carga máxima para uma corda de cânhamo nova de 20mm de diâmetro.
Q 700N/cm2 . d2
Q 700N/cm2 . (2cm)2
Q 700N/cm2 . 4cm2
Q 2800N
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
A corda de cânhamo, assim com a corrente e o cabo de aço, tem sua resistência à
carga alterada em função da sua posição no instante do içamento. A tabela a seguir
demonstra a perda em relação à inclinação.
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Gancho
Existem vários tipos de ganchos que variam em função da sua utilização. É importante
conhecer sua função, dimensões principais e capacidade de carga.
Gancho olhal
Características:
Usado para facilitar a ajustagem de corrente ou linga;
Fabricação em aço forjado de alta resistência;
Coeficiente de segurança quatro ;
A classe varia em função do material e do tratamento térmico;
Admite também a trava de segurança.
Carga de
Dimensões
Corrente trabalho classe Peso por peça
A B C BC AC
mm polegada mm mm mm kN kN kg
6,3 1/4 13 50 9 4 6 0,15
7,9 5/16 14 57 11 6 9 0,2
9,5 3/8 17 65 13 9 14 0,4
12,7 1/2 22 86 17 15 25 0,8
15,9 5/8 27 104 20 24 39 1,5
19,0 3/4 35 131 24 34 56 2,7
22,2 7/8 40 150 27 46 77 4,2
25,4 1 46 171 30 60 101 6,3
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Gancho giratório
Características:
Usado para manter a corrente ou o
cabo de aço sempre distorcidos;
Fabricado em aço forjado de alta
resistência;
Coeficiente de segurança quatro;
Admite também trava de segurança
Carga de trabalho
Dimensões
Classe Peso por peça
D A B C E BC AC
mm polegada mm mm mm mm kN kN kg
9,5 3/8 138 30 23 21 5 7 0,5
12,7 1/2 165 32 27 23 7 10 0,7
15,9 5/8 183 34 32 27 17 25 1,1
19,0 3/4 210 36 36 30 25 40 1,4
22,2 7/8 250 38 41 34 40 55 3,0
25,4 1 300 47 50 47 47 68 5,3
28,6 1 1/8 360 60 55 55 55 80 7,4
31,8 1 1/4 405 64 66 65 68 100 11,4
38,1 1 1/2 460 70 75 78 80 120 19,0
Carga
5 10 15 20 30 40 50 75 100 120 150 200 300
kN
A 56 60 68 80 87 96 104 124 134 158 170 200 242
B 4 4 5 5 11 13 15 17 17 21 23 25 30
C 16 14 17 18 21 24 26 33 38 42 48 54 60
D 32 37 43 38 52 58 63 76 83 102 113 125 175
E 91 100 112 117 123 138 150 196 200 255 285 320 335
F 30 35 38 43 50 52 53 65 70 83 90 120 120
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Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Gancho de haste
Características:
Usado em guindaste, moitões, talhas, etc;
Fabricado em aço de alta resistência;
Coeficiente de segurança quatro;
Admite também trava de segurança.
Carga de trabalho
Dimensões Peso por peça
Classe
A B C D E F G H AC AL kg
mm mm Mm mm mm mm mm mm kN kN kg
15 50 17 57 25 14 19 20 8 10 0,3
17 57 19 64 26 15 21 23 10 15 0,4
18 63 22 68 28 19 25 29 15 20 0,6
22 69 25 77 31 21 28 33 20 30 0,9
29 82 31 96 38 28 36 41 30 45 1,7
36 95 39 120 47 34 46 52 50 70 3,2
43 107 49 149 57 41 57 66 75 110 5,8
47 114 55 163 63 49 65 74 100 150 8,2
57 140 67 280 86 61 76 89 150 220 14,5
46 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Gancho garfo
Características:
Usado para facilitar o engate em
corrente, elo ou argola;
Fabricado em aço de alta
resistência;
Coeficiente de segurança quatro.
Gancho corrediço
Características:
Usado para amarração de carga
por laçada;
Fabricado em aço forjado de alta
resistência.
Carga de Dimensões
Cabo de aço Diâmetro A B E L
trabalho Peso/Peça kg
mm polegada kN mm mm mm mm
9,5 3/8 11 53 16 16 110 0,4
12,7 1/2 14 57 19 21 126 0,6
15,9 5/8 22 78 23 24 159 1,4
19,0 3/4 36 85 29 30 190 2,4
22,2 a 25,4 7/8 a 1 67 115 51 42 237 7,5
28,6 a 31,8 1 1/8 a 1 1/4 104 143 58 44 296 12,0
34,9 a 38,1 1 3/8 a 1 1/2 135 175 70 56 367 19,0
SENAI 47
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Características:
São usados para transporte de motores elétricos, redutores, máquinas e
equipamentos pesados.
São fabricados em aço forjado de alta resistência.
milímetro polegada A B C D E F G kg
48 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Soquete e terminal
Ligação rápida
1 268 51 50,8 28,5 114 101 22 6,975 254 104 57 28,5 4,950
1 1/8 300 57 57,1 31,7 127 114 25 9,900 282 114 63 31,7 7,200
1 1/4 a 1 3/8 335 63 63,5 38,1 139 127 28 14,400 312 127 70 38,1 9,900
1 1/2 384 76 69,8 41,2 152 162 30 20,700 358 136 79 41,3 12,600
1 5/8 412 76 76,2 44,4 165 165 33 24,750 390 146 82 44,4 16,200
1 3/4 a 1 7/8 463 89 88,9 50,8 190 178 39 38,250 444 171 89 50,8 26,100
2 a 2 1/8 546 101 95,2 57,1 216 228 46 56,250 501 193 96 57,1 36,000
2 1/42 3/8 597 114 107,9 63,5 228 254 54 74,250 549 216 108 63,5 47,250
2 1/22 5/8 679 127 120,0 69,8 266 279 57 108,000 638 241 142 69,8 67,500
2 3/42 7/8 730 136 127,0 76,2 292 292 60 137,250 685 254 152 76,2 101,250
3 776 146 133,0 82,5 317 304 64 166,500 730 279 165 82,5 121,500
SENAI 49
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
A resistência de ambos é maior que a resistência do cabo de aço onde são utilizados.
Terminal
Características:
São usados como alça de levantamento em patolas, lingas de correntes e
cabos de aço;
São fabricados de aço de alta resistência mecânica.
Carga de trabalho
Dimensões Peso/Peça
Classe
D A BC AC Kg
mm polegada mm kN kN
12,7 1/2 64 5 8 0,24
15,9 5/8 76 10 16 0,5
19,0 3/4 102 14 24 0,9
22,2 7/8 102 17 28 1,2
25,4 1 102 26 42 1,6
28,6 1 1/8 114 30 50 2,3
31,8 1 1/4 127 34 56 3,1
38,1 1 1/2 152 48 78 5,4
44,4 1 3/4 178 72 117 8,6
50,8 2 203 102 168 2,7
57,2 2 1/4 229 154 256 18,1
63,5 2 1/2 254 231 384 24,8
69,9 2 3/4 305 285 474 35,4
76,2 3 325 336 564 5,2
82,6 3 1/4 360 394 661 58,4
88,9 3 1/2 400 456 766 75,0
50 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Carga de trabalho
Dimensões
Classe Peso/Peça
D A B BC AC Kg
mm polegada mm mm kN kN
12,7 1/2 64 127 10 16 0,36
19,0 3/4 70 140 17 28 1,0
25,4 1 89 178 30 50 2,2
31,8 1 1/4 111 222 48 78 4,2
38,1 1 1/2 133 267 72 117 7,2
44,5 1 3/4 152 305 102 168 11,3
50,8 2 178 356 154 256 17,1
57,2 2 1/4 203 406 190 316 24,6
63,5 2 1/2 203 406 231 384 30,9
69,9 2 3/4 229 406 285 474 38,8
76,2 3 250 450 336 564 51,0
SENAI 51
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Dimensões Carga de
Peso/Peça
D A B trabalho
Kg
mm polegada mm mm kN
12,7 1/2 122 21 12 0,6
15,9 5/8 138 27 19 0,9
19,0 3/4 176 31 28 1,2
22,2 7/8 202 37 38 1,5
25,4 1 230 45 50 3,3
31,8 1 1/4 320 55 73 8,0
38,1 1 1/2 360 70 105 12,0
44,4 1 3/4 410 78 144 17,0
50,8 2 470 89 191 24,0
52 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Carga de
Dimensões em mm
Bitola D trabalho
A B C kN
3/4” 50 80 140 30
1” 70 100 180 50
1 1/2” 100 150 270 100
1 3/4” 120 180 300 150
2 1/4” 150 230 410 250
Manilha
Características:
São usadas para unir correntes e cabos de aço;
Normalmente são retas ou curvas (tipo âncora);
São forjadas e tratadas termicamente;
Possuem coeficiente de segurança quatro;
SENAI 53
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
a b c d e f Carga de trabalho
polegada mm mm mm mm mm mm kN
5/16 8 11 25 16 8 36 2,5
3/8 9,5 14 30 20 10 45 4
1/2 13 17 37 24 12 54 6,3
5/8 16 21 47 32 16 72 10
3/4 19 27 61 40 20 90 16
7/8 22 30 68 44 22 99 20
1 25 38 86 54 27 123 30
1 1/8 28,5 42 96 60 30 135 40
1 1/4 32 47 107 72 36 162 50
1/2 38 53 121 78 39 176 60
1 5/8 41 60 136 90 45 203 80
1 3/4 44 66 150 96 48 216 100
2 50 73 167 104 52 234 120
2 1/4 57 81 185 120 60 270 160
2 1/2 64 90 206 136 68 306 200
2 3/4 70 100 226 144 72 324 250
3 76 110 250 160 80 360 320
54 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Carga de trabalho
Dimensões
Classe peso/peça
D A B C E BC AC Kg
mm polegada mm mm mm mm kN kN
5,0 3/16 9 22 6,0 16 1,6 - 0,02
6,4 1/4 12 29 8,0 19 2,5 - 0,05
8,0 5/16 14 31 10,0 22 4 - 0,09
9,5 3/8 16 38 11,1 27 7 11 0,11
12,7 1/2 22 51 15,9 33 13 20 0,27
15,9 5/8 26 60 19,0 42 20 32 0,54
19,0 3/4 32 73 22,2 51 29 46 0,96
22,2 7/8 36 83 25,4 58 39 62 1,48
25,4 1 44 92 28,6 68 51 81 2,10
28,6 1 1/8 48 108 31,8 73 60 96 2,80
31,8 1 1/4 51 121 34,9 82 75 120 4,18
38,1 1 1/2 57 140 41,3 92 107 170 7,31
44,4 1 3/4 70 178 50,8 127 146 233 12,20
50,8 2 83 197 57,2 147 192 307 17,80
57,2 2 1/4 98 235 63,5 164 244 390 21,00
63,5 2 1/2 105 267 69,9 181 306 489 32,00
76,2 3 127 330 82,6 197 439 702 45,00
88,9 3 1/2 152 385 101,6 257 650 1000 103,00
Relação
Dimensão em polegada Carga de trabalho Peso por peça
kN Kg
3/4 120 1550
SENAI 55
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Linga
Características:
São usadas para o levantamento de cargas
pesadas com uma ou até quatro peças;
São de aço de alta resistência.
Cargas de Trabalho
45º 90º 120º Peso aproximado por metro
Bitola da corrente
Classe
BC AC BC AC BC AC
Kg
mm polegada kN kN kN kN kN kN
9,5 3/8 15 25 11 19 8 14 5,1
12,7 1/2 27 45 21 35 15 25 9,6
15,9 5/8 43 70 33 54 24 39 15,3
19,0 3/4 61 100 47 78 34 56 22,2
22,2 7/8 82 138 64 107 46 77 29,7
25,4 1 108 181 84 141 60 101 40,2
31,8 1 1/4 171 - 133 - 95 - 63,3
56 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Cargas de trabalho
45º 90º 120º Peso aproximado
Bitola da corrente por metro
Classe
BC AC BC AC BC AC Tripla Quádrupla
mm polegada kN kN kN kN kN kN Kg
9,5 3/8 22 37 17 29 12 21 8,4 10,5
12,7 1/2 40 67 31 52 22 37 15,9 18,9
15,9 5/8 64 105 50 81 36 58 24,3 30,0
19,0 3/4 91 151 71 117 51 84 34,8 42,0
22,2 7/8 124 200 96 161 69 115 46,2 56,1
25,4 1 162 272 126 212 90 151 62,7 75,0
31,8 1 1/4 256 - 199 - 142 - 107,4 121,8
Balanço
SENAI 57
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Balanço
Garras
Garras
58 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Amarração de carga
Tipos de nós
SENAI 59
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
A figura a seguir mostra a utilização de uma corda sem fim, com costura e dois tipos de
corte duplo e com espaçador de madeira para manter o nó da carga aberto.
Errado
60 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Certo
A figura a seguir mostra uma carga pesada levantada com duas lingas de corrente e
com proteção no ponto de agarramento.
SENAI 61
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
A figura a seguir mostra a possibilidade de se formar também, com corrente sem fim,
um nó de segurança em gancho simples e uma amarração com corrente aberta, em
gancho duplo e proteção nos cantos.
62 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Errado
Certo
SENAI 63
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
As figuras a seguir mostram a necessidade do uso de calços nos cantos das cargas.
Errado
Certo
64 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Resistência de cargas dos cabos de aço de 1/4” (6,5mm) até 2 1/2” (64mm)
Capacidade de carga (kN)
SENAI 65
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Movimentação de carga
A movimentação de carga por meio de talha, ponte rolante ou pórtico é precedida pela
fixação de um cabo na carga e amarração da carga no gancho.
Condições a respeitar
A linha vertical configurada pela corrente de talha deve passar pelo centro de gravidade
da carga e cair no interior do polígono formado pelos cabos ou pelas cordas.
Levantar muito lentamente a carga até 0,20m do solo por meio da talha. Controlar o
comportamento dos cabos e da amarração, assim como a proteção da carga.
66 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Ao usar vários cabos (ou pernas), seu comprimento deve ser suficiente para ter
= 30º. Cada um é disposto de modo que a carga não possa deslizar, desequilibrar-se
e provocar a ruptura do cabo em conseqüência de sobrecarga local. Caso a amarração
comporte nós, estes não devem nem deslizar, nem se desapertar durante a manobra.
No levantamento com uma perna, o esforço F suportado pelo cabo pode ser calculado
aproximadamente através da seguinte fórmula:
F P . 10 (N)
Exemplo
P = 2000Kg P = 20000N
P . l1 P . l1
F1 = F2 =
L L
SENAI 67
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Exemplos
P . l1 P . l1
F1 = F2 =
L L
F1 = 6000N F2 = 14000N
F1 F2
F3 = F4 =
cos 1 cos 2
P = 2000Kg P = 2000Kg
L1 = 300mm l2 = 700mm
L = 1000mm L = 1000mm
= 14º = 30º
F1 F2
F3 = F4 =
cos 1 cos 2
6000 14000N
F3 = F4 =
cos 1 cos 2
6000N 14000N
F3 = F4 =
0,97030 0,86603
F3 = 6183N F4 = 16165N
68 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Segurança
SENAI 69
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
70 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Os fios de aço dos cabos oxidam-se e quebram-se. Portanto, os cabos são untados
com graxa e, em seguida, enrolados num tambor com grande diâmetro, evitando a
formação de anéis que iniciam a ruptura dos fios.
Do mesmo modo que nas cordas, uma proteção em cada extremidade impede a
distorção do cabo.
O cabo de aço deve ser trocado quando, num comprimento igual a trinta vezes o seu
diâmetro, 10% dos arames estejam quebrados, ou quando apresentarem deformações
no perfil.
O cabo de aço só deve ser usado quando o trabalho a ser realizado o recomenda.
O cabo deve ser examinado antes e após o uso. Em caso de dúvida quanto ao seu
estado, o melhor é eliminá-lo.
SENAI 71
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
O mofo é impedido pela imersão das cordas novas numa solução a 10% de sulfato de
cobre.
O uso da ponte rolante está sujeito a acidentes que somente o conhecimento, o bom
senso e o cuidado podem evitar.
72 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
O balanço da carga
SENAI 73
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
O mesmo acontece quando a ponte tem sua marcha diminuída, sendo que, nesse
caso, o impulso da carga exerce um puxão na ponte.
Em lugar de permitir que a carga passe do ponto em que vai ser descarregada e
depois volte atrás até atingir o prumo, o operador deve parar a ponte antes do local de
descarga e, quando a carga balançar, acelerá-la rapidamente para frente,
acompanhando o balanço da carga, de maneira que tanto a ponte como a carga
possam ter seus movimentos simultaneamente interrompidos quando atingirem o local
de descarga.
74 SENAI
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Redutores
Trens de engrenagens
Dá-se o nome trem de engrenagens a uma combinação de várias engrenagens destinadas a
transformar um movimento.
Por outro lado, o trem de engrenagens será chamado redutor de velocidade quando seu último
eixo conduzido tiver menos revoluções que o primeiro eixo condutor. As engrenagens dos
redutores e multiplicadores podem ter dentes retos. Entretanto, para grandes relações de
transmissão, as engrenagens costumam ser helicoidais, helicoidais duplas ou “chevrons”.
Quando se deseja um mecanismo sem capacidade de reversão, como no caso dos elevadores,
usam-se as engrenagens de rosca sem fim.
SENAI-SP 75
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Trens deslocáveis
É um mecanismo cujas engrenagens são dispostas de tal modo que uma ou mais rodas podem
correr ao longo do eixo e engrenarem-se livremente com outras engrenagens.
Através desse sistema, pode-se variar a relação de transmissão, o sentido de rotação ou fazer
com que o movimento seja transmitido para um outro eixo.
Trens basculantes
O trem basculante tem as mesmas funções do trem deslocável, isto é, as funções de variar a
relação de transmissão, variar o sentido do giro e também fazer com que o movimento seja
transmitido a outro eixo.
SENAI-SP 76
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
O trem basculante é constituído por duas ou várias engrenagens dispostas sobre um mancal.
Este gira sobre um eixo e pode mudar de posição com o auxílio de uma alavanca.
Trens planetários
Um trem planetário compreende uma engrenagem central ligada a um eixo central e várias
engrenagens satélites, engrenadas e girando em torno da engrenagem central. As engrena-
gens satélites são montadas em hastes e mantidas em posição por uma barra portadora ligada
a uma luva apoiada no eixo da engrenagem central. Um segundo eixo coaxial sustenta um anel
dentado, cujos dentes se engatam aos das engrenagens planetárias.
SENAI-SP 77
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Os trens planetários recebem esse nome porque, como os satélites, eles têm um movimento
de rotação ao redor do próprio eixo e um movimento de translação ao redor do eixo central.
Os trens planetários são empregados para obter redução ou mudança de velocidade. Uma das
vantagens do trem planetário é que seus eixos de entrada e saída são concêntricos.
Câmbios
Câmbios são mecanismos que têm a capacidade de variar, dentro de limites mais ou menos
amplos, a velocidade do eixo de saída do mecanismo, mantendo constante a velocidade do
eixo motor.
Relação de transmissão
Relação de transmissão é a relação entre a velocidade de rotação do último eixo conduzido e a
velocidade do primeiro eixo condutor. Essa relação vale tanto para trens de engrenagens
quanto para qualquer outro mecanismo destinado a transmitir um movimento de rotação.
SENAI-SP 78
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Isto é:
Exemplo:
Observação
O número de dentes das rodas parasitas, se elas existem, não tem influência sobre a relação
de transmissão. O sentido do giro da última roda conduzida vai depender do número de eixos,
contando-se também as parasitas.
Assim, quando o número de eixos é par, a última roda conduzida gira em sentido contrário ao
da roda condutora. Por outro lado, se o número de eixos é ímpar, a última roda conduzida gira
em sentido igual ao da roda condutora.
Nos trens de roldanas, o sentido do giro é sempre o mesmo, a não ser que se interponha um
número ímpar de correias cruzadas.
Variador de velocidade
O variador de velocidade é um conjunto mecânico constituído por diversos elementos de
máquinas. Sua função é permitir a variação da velocidade de trabalho de outros elementos,
sem perdas de muito tempo na troca de rotações, desacelerações, paradas, troca de alavancas
e novas acelerações.
Funcionando suavemente, sem impactos, o variador de velocidade pode ser preparado para
adaptar-se automaticamente às condições de trabalho exigidas. Normalmente, a variação de
velocidade é executada com a máquina em movimento com baixa carga.
SENAI-SP 79
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Variador com transmissão por correia - A mudança gradual da rotação na transmissão por
correia obtém-se variando o diâmetro de contato da correia com as polias. As distâncias entre
eixos podem permanecer variáveis ou fixas, conforme ilustrações.
Variador por roda de fricção - Transmite o momento de giro por fricção entre duas árvores
paralelas ou que se cruzam a distâncias relativamente curtas. Esse mecanismo pode ser
construído de várias formas, mostradas a seguir:
SENAI-SP 80
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Redutor de velocidade
É conhecido por redutor o conjunto de coroa e parafuso com rosca sem-fim ou de engrenagens
acondicionado em uma carcaça com sistema de lubrificação e destinado a reduzir a velocida-
de.
Na desmontagem, iniciar pelo eixo de alta rotação e terminar pelo de baixa rotação.
Na substituição de eixo e pinhão, considerar ambos como uma unidade, isto é, se
um ou outro estiver gasto, substituir ambos.
Coroas e pinhões cônicos são lapidados aos pares e devem ser substituídos aos pa-
res, nas mesmas condições. Os fabricantes marcam os conjuntos aos pares e, ge-
ralmente, indicam suas posições de colocação que devem ser respeitadas.
Medir a folga entre os dentes para que esteja de acordo com as especificações.
Proteger os lábios dos retentores dos cantos agudos dos rasgos de chaveta por
meio de papel envolvido no eixo. Não dilatar os lábios dos retentores mais que 0,8
mm no diâmetro.
SENAI-SP 81
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Manutenção de engrenagens
Quando se fala em variadores e redutores de velocidade, não se pode esquecer de um ele-
mento fundamental desses conjuntos: a engrenagem. Esse elemento de máquina exige uma
atenção particular para o bom funcionamento dos sistemas.
SENAI-SP 82
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Desgaste abrasivo
É provocado pela presença de impurezas ou corpos estranhos que se interpõem entre as faces
de contato. As impurezas ou corpos estranhos podem estar localizados no óleo usado nas
engrenagens.
SENAI-SP 83
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
A sobrecarga pode, também, ser causada pela penetração de um corpo estranho entre os
dentes, ou pelo desalinhamento devido ao desgaste ou folga excessiva nos mancais.
Trincas superficiais
Ocorrem nas engrenagens cementadas e caracterizam-se por cisalhamento do material. São
causadas pelo emperramento momentâneo e deslizamento consequente. Emperramento e
deslizamento são provocados por vibrações, excesso de carga ou lubrificação deficiente. As
trincas superficiais, se não sofrerem progressão, não causam maiores problemas.
SENAI-SP 84
Técnicas de Intervenção na Manutenção II
Lascamento
Os dentes temperados soltam lascas, devido a falhas abaixo da superfície originadas durante o
tratamento térmico. Essas lascas podem cobrir uma área considerável do dente, como se fosse
uma só mancha.
Laminação ou cilindramento
É caracterizada pela deformação do perfil do dente. Essa deformação pode se apresentar
como arredondamentos ou saliências nas arestas dos dentes. Essas saliências são mais altas
de um lado que do outro.
Uivo
Normalmente aparece nas rotações muito altas e quando não existe folga suficiente entre as
engrenagens ou quando elas estão desalinhadas, com excentricidade ou ovalização.
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Tinido
Pode ser provocado por alguma saliência nos dentes, por alguma batida ou pela passagem de
um corpo duro e estranho entre os dentes.
Matraqueamento
É causado pela folga excessiva entre os dentes (distância entre centros) ou, às vezes, pelo
desalinhamento entre duas engrenagens.
Chiado
Normalmente ocorre em caixa de engrenagens quando a expansão térmica dos eixos e com-
ponentes elimina a folga nos mancais ou nos encostos.
Limalha no óleo
Se aparecer em pequena quantidade durante as primeiras 50 horas de serviço, trata-se,
provavelmente, de amaciamento. Caso a limalha continue aparecendo após o amaciamento,
significa a ocorrência de algum dano que pode ser provocado por uma engrenagem nova no
meio das velhas ou, então, emprego de material inadequado na construção das engrenagens.
Superaquecimento
Pode ser causado por sobrecarga, excesso de velocidade, defeito de refrigeração ou de
lubrificação. Se a circulação do óleo estiver excessiva, pode, ainda, ocorrer o fenômeno da
frenagem hidráulica com perda de potência do sistema. Os desalinhamentos e folga insuficien-
te entre os dentes também geram superaquecimento.
Vibração
Pode ser causada por empenamento dos eixos ou por falta de balanceamento dinâmico nas
engrenagens de alta rotação ou, ainda, por desgaste desigual nas engrenagens.
A vibração pode ser causada, também, pelos seguintes fatores: erro de fabricação; mau
nivelamento da máquina no piso; fundação defeituosa; sobrecarga com torção dos eixos e
perda de ajuste dos mancais.
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Mancais de rolamento
Essas esferas ou rolos são mantidos equidistantes por meio do separador ou gaiola a fim de
distribuir os esforços e manter concêntricos os anéis.
O anel externo (capa) é fixado na peça ou no mancal e o anel interno é fixado diretamente ao
eixo.
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Tipos de rolamentos
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Os algarismos entre parênteses, indicam que embora eles possam ser incluídos na designação
básica, são omitidos por razões práticas.
Como no caso do rolamento de duas carreiras de esferas de contato angular onde o zero é
omitido.
Convém salientar que, para a aquisição de um rolamento, é necessário conhecer apenas as
seguintes dimensões: o diâmetro externo, o diâmetro interno e a largura ou altura.
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Com esses dados, consulta-se o catálogo do fabricante para obter a designação e informações
como capacidade de carga, peso, etc.
A proteção é feita por vários tipos de placas (ou blindagem) diferentes. Os principais tipos de
placas são:
• Placa de proteção Z . é encaixada numa ranhura do anel externo e forma um vão es-
treito com um rebaixo na face lateral do anel interno (figura abaixo).
Placa de proteção LZ . o vão estreito é formado sem o rebaixo no anel interno (figu-
ra abaixo). A placa Z está sendo substituída pela LZ, mas os rolamentos continuarão
a ser marcados com a mesma letra Z.
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Placa de vedação RS1 . é um melhoramento da placa RS. Ela é feita de borracha ni-
trílica moldada sobre uma placa de reforço (figura abaixo). Esta placa resiste a tem-
peraturas na faixa de .20ºC a +100ºC.
Placa de vedação RS2 . idêntica à RS1, porém feita com borracha fluoretada. Fato
que permite o uso em temperaturas de .30ºC a +180ºC. As designações Z e RS são
colocadas à direita do número que identifica o rolamento e, quando acompanhadas
do número 2, indicam proteção de ambos os lados.
Separadores ou gaiolas
A função da gaiola no rolamento é manter os corpos rolantes espaçados corretamente e, no
caso dos rolos, também guiá-los.
As gaiolas são feitas de chapa de latão ou aço e prensadas (figura abaixo), ou maciças e
usinadas. O latão é o material geralmente usado em gaiolas usinadas, mas também são
usados aço, ferro fundido nodular, náilon ou plástico fenólico.
Os rolamentos com gaiolas prensadas podem ser usados na maioria das aplicações, pois têm
um ótimo espaço para o lubrificante e resistem a altas temperaturas.
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Para funcionamento com frequente mudança de direção, vibrações, altas rotações ou rápida
aceleração usam-se rolamentos com gaiolas usinadas.
As gaiolas feitas de náilon ou plástico fenólico são usadas para altas rotações sem provocar
com isso grandes ruídos.
Geralmente um dos anéis do rolamento deve ser montado com interferência. Se o grau de
interferência não for suficiente, o anel escorregará ("creep") em relação ao eixo ou à caixa e
esses componentes podem ser danificados.
As condições de carga ou rotação determinam se um anel deve ou não ter ajuste com interfe-
rência e estão resumidas a seguir.
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Apenas uma faixa limitada de campos de tolerância ISO deve ser considerada para ajustes de
rolamentos. A figura abaixo mostra a posição destes campos em relação à tolerância padrão
do furo do rolamento (hachurado). Os campos f a j dão vários graus de ajuste com folga; h e j
dão ajustes incertos.
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A figura abaixo mostra a posição dos campos de tolerância para os furos. Os campos G a K
dão ao anel externo vários graus de ajuste incerto ou com folga; M e P dão ajustes com
interferência.
Armazenagem
O rolamento deve ser conservado em sua embalagem original, coberto com graxa protetora,
embrulhado em papel parafinado e estocado de maneira que a embalagem não seja danifica-
da.
O ambiente deve ser seco. Isento de pó e livre de variações grandes de temperatura e não
deve ser frio demais para evitar condensação de umidade. O rolamento não deve ser posto no
chão.
Inspeção de rolamentos
O comportamento do rolamento pode ser verificado por palpação e por ouvido. Para verificar o
processo de giro faz-se girar o rolamento lentamente com a mão e podem se perceber as
perturbações tais como: se o movimento é produzido com esforço, se ocorre de modo desi-
gual, etc.
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Na verificação pelo ouvido, faz-se funcionar o rolamento com reduzido número de rotações e
ouve-se:
• Um som raspante, como um zumbido, que indica falta de limpeza nas pistas.
• Um som estrepitoso que indica dano na pista ou descascamento dela.
• Um som metálico tipo silvo que indica folga pequena ou falta de lubrificação.
Outros pontos que devem ser inspecionados são: as vedações, o nível do lubrificante e seu
estado quanto à presença de impurezas.
Desmontagem de rolamentos
O rolamento é desmontado por meio de extrator mecânico, tendo no parafuso a aplicação da
força de extração.
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Montagem de rolamento
Deve-se trabalhar em ambiente livre de pó e umidade e em bancada revestida de chapa.
O rolamento não deve ser tirado da embalagem antes do momento da montagem. E a prote-
ção antiferruginosa do rolamento também não deve ser removida, a não ser as das superfícies
que entrarão em contato com os alojamentos.
É importante certificar-se de que as dimensões dos alojamentos estão dentro das tolerâncias.
Via de regra, a parte que sustenta a carga tem o ajuste com interferência e a outra deslizante.
A forma dos alojamentos deve estar em ordem, isto é, sem rebarbas, ovalização, degraus ou
conificações e em esquadro.
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Usa-se para isso um pedaço de tubo que se adapte ao anel interno. O material desse tubo
deve ser mais macio que o material do rolamento, e não deve soltar cavacos.
Se o eixo possuir roscas internas ou externas, elas poderão ser utilizadas na montagem.
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Para montagem de rolamentos pequenos e médios, poderão ser ainda utilizadas prensas
mecânicas ou hidráulicas.
O rolamento grande é montado com facilidade se aquecido, em banho de óleo (figura abaixo),
a uma temperatura entre 100 e 120ºC e colocado rapidamente no eixo antes de esfriar.
Quando se tratar de rolamento com lubrificação permanente, esse aquecimento não será
possível, porque remove o lubrificante. Neste caso deve-se esfriar o eixo que se contrairá e
facilitará a colocação. É importante lembrar que alguns dos aços, assim esfriados, podem
sofrer modificações permanentes.
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Deve-se tomar cuidado para que o rolamento não esteja desalinhado em relação à caixa.
Poderá ser utilizada para essa montagem também uma prensa mecânica ou hidráulica. No
caso de rolamentos grandes, poderá, ainda, ser necessário (às vezes) aquecer a caixa para a
montagem.
Nos rolamentos de rolos cônicos deve-se verificar se é exigida uma folga ou um aperto (pré-
carga). A folga deve ser medida com calibre e a pré-carga com torquímetro, seguindo especifi-
cações do fabricante do equipamento.
A pré-carga deve ser aplicada girando-se o rolamento durante a aplicação, para evitar o
brinelamento.
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Amaciamento
É necessário lubrificar os rolamentos antes de colocar a máquina em funcionamento, pois em
geral a lubrificante demora para ir do reservatório até o rolamento. Pelo mesmo motivo não se
pode iniciar com carga total.
Após entrar em funcionamento, a máquina deve ter a temperatura dos mancais observada
durante algumas horas.
Se a temperatura da máquina subir inicialmente, mas descer ou estabilizar dentro dos limites
recomendados, trata-se da acomodação de peças entre si.
• Desgaste
• Fadiga
• Falhas mecânicas
Desgaste
O desgaste pode ocorrer pelos seguintes motivos:
• Desgaste por deficiência de lubrificação (figura abaixo) além do aparecimento de folga
exagerada é caracterizado pelo aspecto reluzente das superfícies.
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Desgaste por partículas abrasivas (figura abaixo), além da remoção do material nas
pistas, será notado desgaste mais pronunciado nas pontas dos rolos e nas gaiolas.
Desgaste por falso brinelamento (figura abaixo), é caracterizado na fase inicial pelo
aparecimento de canaletas nas pistas e é provocado por vibração durante o trans-
porte.
Desgaste por ataque de superfície (ferrugem) (figura abaixo), na fase inicial, é ca-
racterizado pelo aparecimento de nódoas regularmente espaçadas. Na fase final, é
caracterizado por áreas descascadas equidistantes. É provocado pela condensação
de umidade sobre áreas desprotegidas.
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Fadiga
O descascamento é o resultado da fadiga superfi-
cial e sua forma revela sua origem.
Como se pode notar, todos esses problemas originam-se de montagem deficiente, que subme-
te o rolamento a cargas parasitárias.
Falhas mecânicas
Brinelamento
É caracterizado por depressões correspondentes aos roletes ou esferas nas pistas do rola-
mento (figura abaixo). Resulta de aplicação da pré-carga sem girar o rolamento, ou da prensa-
gem do rolamento com excesso de interferência.
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Goivagem
É defeito semelhante ao anterior, mas provocado por partículas estranhas que ficaram prensa-
das pelo rolete ou esfera sobre as pistas.
Formam-se pequenas áreas queimadas que evoluem rapidamente com o uso do rolamento e
provocam o descacamento da pista rolante.
Superaquecimento
Quando a temperatura do mancal exceder em 50ºC a temperatura ambiente, em máquinas
que não trabalham com matérias quentes, considera-se o elemento superaquecido.
As máquinas que operam com materiais quentes, como os laminadores, têm instruções
especiais e, em alguns casos, sua temperatura pode chegar a 120ºC.
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Sulcamento
É provocado pela batida de uma ferramenta
qualquer sobre a pista rolante.
Rachaduras e fraturas
Resultam geralmente de aperto excessivo do
anel ou cone sobre o eixo. Podem, também,
aparecer como resultado do giro do anel, ou
cone sobre o eixo, acompanhado de sobrecar-
ga.
Engripamento
Pode ocorrer devido a lubrificante muito viscoso ou por aperto excessivo com a eliminação da
folga nos roletes ou esferas.
Dois são os fatores que determinam a vida útil de um rolamento: as condições de serviço e o
fator de desgaste (fv) em função dessas condições.
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Exemplo de leitura:
Rolamentos utilizados em máquinas operatrizes (torno)
Fv conforme tabela . 1,0 (entre 0,5 a 1,5)
Campo = b
Leitura ~ 20000 horas de funcionamento
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Compra de rolamentos
Na ocasião de compra de rolamentos, em substituição aos gastos, deve ser verificada, cuida-
dosamente, sua procedência e seu código.
Cada fabricante tem seus símbolos e cada um destes símbolos tem sua significação, apesar
da estandartização pela ISO, DIN, SAE e outras associações normativas. Portanto, não é
suficiente indicar as dimensões e não é conveniente usar rolamentos equivalentes de outros
fabricantes.
No caso de ser a leitura do código do rolamento impossível, convém pedi-lo pelo manual do
fabricante da máquina. O preço será talvez mais alto, mas sairá mais caro usar rolamento
inadequado.
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Rasqueteamento
O rasqueteamento é executado por meio de uma ferramenta de borda afiada chamada rasquete.
Tipos de rasquetes
As figuras a seguir mostram alguns tipos de rasquetes manuais e uma máquina de rasquetear.
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Aplicações do rasqueteamento
Superfícies rasqueteadas.
A qualidade de uma superfície rasqueteada depende do número de pontos de apoio que ela
apresenta em uma área de 25 mm². Essa área, com um determinado número de pontos de apoio,
é a unidade da qualidade de uma superfície rasqueteada.
Dependendo do número de pontos de apoio que uma área de 25 mm² apresenta, temos quatro
graus de qualidade do rasqueteado:
– desbastado de ajuste;
– desbastado de desbaste;
– fino de acabamento;
– finíssimo de acabamento.
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PONTOS TIPOS DE
DENOMINAÇÃO DE EMPREGO SUPERFÍCIES
APOIO
(EM 25 mm²)
superfícies de apoio e superfícies fixas
desbastado de ajuste 1a3 planas
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O rasquete plano, um dos mais utilizados na prática, exige paciência, força muscular e muita
habilidade do operador.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção !!
No rasqueteado de desbaste, deve-se atacar a peça com fortes impulsos, e o rasquete deve ser
apoiado pelo peso do corpo. À medida que a superfície da peça vai melhorando, os impulsos
deverão ser mais curtos e rápidos.
No rasqueteado de acabamento fino, o rasquete deve ser girado sobre o seu eixo longitudinal
durante o impulso.
No rasqueteado de acabamento finíssimo, o rasquete, além de ser girado sobre o seu próprio eixo
longitudinal, deve ser aplicado com pressão menor e curso mais curto.
Seja qual for o tipo de rasqueteamento a ser executado, os impulsos deverão ser aplicados de
dentro para fora, seguindo a borda da peça a 45° e prosseguindo em fileiras.
Os impulsos posteriores deverão ser de, aproximadamente, 90° em relação aos anteriores. O
quadro a seguir resume as técnicas de trabalho com rasquete plano.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção !!
O controle do grau de rasqueteamento é feito por meio de mesas, réguas e cilindros de controle.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção !!
A raspagem de superfícies côncavas requer a pressão das duas mãos, num movimento
giratório de empurrar e tirar.
A mão direita agarra o cabo, executa o movimento de avanço e mantém o ângulo de ataque
correto.
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Técnicas de Intervenção na Manutenção !!
SENAI-SP 123
Técnicas de Intervenção na Manutenção !!
Nessa posição, que também corresponde à da raspagem plana, a mão direita realiza um
movimento giratório enquanto a esquerda realiza um movimento lateral, que deverá corres-
ponder à curva trabalhada.
SENAI-SP 124