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CEES - 2º Bimestre – Física NEJA II – Prof.

Luciana Madsen

Nome: __________________________________________________________Nº___________

Leis de Newton

As leis de Newton são: Lei da Inércia, Princípio Fundamental da Dinâmica e Lei da Ação
e Reação. Essas leis são usadas para determinar a dinâmica dos movimentos dos
corpos.

Um dos principais legados deixados por Isaac Newton foi a precisa explicação
matemática para o movimento dos corpos. A Mecânica Newtoniana mostrou-se capaz
de predizer a trajetória de asteroides e o surgimento das marés, tornando-se um dos
marcos da Física por trazer equações matemáticas para a explicação de fenômenos
naturais.

Juntas, as três leis de Newton são usadas para descrever a dinâmica dos corpos, isto é,
as causas que podem alterar seu estado de movimento. Em termos simples, as leis de
Newton tratam de situações em que os corpos permanecem ou não em equilíbrio.
Quando um corpo está sujeito a inúmeras forças que se cancelam, dizemos que ele
encontra-se em equilíbrio estático ou dinâmico, ou seja, perfeitamente parado ou se
movendo com velocidade constante e em linha reta.

1ª Lei de Newton

A Primeira Lei de Newton é chamada de Lei da Inércia. Seu enunciado original encontra-
se traduzido abaixo:

“Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma


linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre
ele.”

Essa lei diz que, ao menos que haja alguma força resultante não nula sobre um corpo,
esse deverá manter-se em repouso ou se mover ao longo de uma linha reta com
velocidade constante. A Lei de Inércia também explica o surgimento das forças inerciais,
isto é, as forças que surgem quando os corpos estão sujeitos a alguma força capaz de
produzir neles uma aceleração. Por exemplo: ao pisar no acelerador do carro, um
motorista pode sentir-se comprimido em seu banco, como se houvesse uma força
puxando-o para trás. Na verdade, o que ele sente é a expressão de sua inércia, ou seja,
a tendência que seu corpo tem de permanecer parado ou em velocidade constante.

Além disso, quanto maior for a massa de um corpo, maior será sua inércia. Assim,
alterar o estado de movimento de um corpo de massa grande requer a aplicação de uma
força maior. Corpos de massa pequena têm seu estado de movimento alterado
facilmente com a aplicação de forças menos intensas.
Um corpo permanecerá em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, a menos que uma força
resultante seja aplicada sobre ele.

A Primeira Lei de Newton é pouco intuitiva: ao rolarmos uma bola no chão, ela para
diante de nossos olhos. Jamais esperaríamos que ela rolasse eternamente. No caso
descrito, porém, a bola está sujeita a uma força resultante que não é nula: há uma força
de atrito entre a bola e a superfície do chão, desacelerando o objeto continuamente.

2ª Lei de Newton

A Segunda Lei de Newton, também conhecida como Lei da Superposição de Forças ou


como Princípio Fundamental da Dinâmica, traduzida de sua forma original, é
apresentada abaixo:

“A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida e é produzida na


direção de linha reta na qual aquela força é aplicada.”

Essa lei informa que o módulo da aceleração produzida sobre um corpo é diretamente
proporcional ao módulo da força aplicada sobre ele e inversamente proporcional à sua
massa. Essa lei é apresentada na equação abaixo:

Legenda:
|a| – módulo da aceleração (m/s²)
|F| - módulo da força (N ou kg.m/s²)
m – massa do corpo (kg)

As forças são grandezas vetoriais, portanto, são escritas com uma seta apontada sempre
para direita acima de seu símbolo. Essa seta não indica o módulo ou a direção da
grandeza vetorial, indica somente que elas são vetoriais. De acordo com a Segunda Lei
de Newton, a força resultante aplicada sobre um corpo produz nele uma aceleração na
mesma direção e sentido da força resultante:

FR– Força resultante (N ou kg.m/s²)


m – massa do corpo (kg)
a – aceleração (m/s²)

A aceleração produzida sobre um corpo tem a mesma direção e sentido da força resultante sobre
ele e é inversamente proporcional à sua massa.

Além disso, o Princípio da Superposição pode ser calculado pela soma vetorial de todas
as forças que atuam sobre o corpo:

A forma como Isaac Newton apresentou sua segunda lei foi um pouco diferente da
forma atual. Newton enunciou essa lei em função de uma outra grandeza física: o
impulso. De acordo com esse enunciado, a força resultante (FR) aplicada sobre um corpo
durante um intervalo de tempo (Δt) produz uma mudança em sua quantidade de
movimento (ΔQ), que é igual ao impulso (I) produzido sobre esse corpo. Assim, a força
resultante (FR) pode ser escrita como a mudança na quantidade de movimento (ΔQ)
durante um intervalo de tempo (Δt):

Legenda:
F – força aplicada sobre um corpo (N)
ΔQ – variação da quantidade de movimento (kg.m/s ou N.s)
Δt – intervalo de tempo (s)
m – massa do corpo (kg)
vF– velocidade final (m/s)
vi– velocidade final (m/s)

3ª Lei de Newton

A Terceira Lei de Newton recebe o nome de Lei da Ação e Reação. Essa lei diz que todas
as forças surgem aos pares: ao aplicarmos uma força sobre um corpo (ação), recebemos
desse corpo a mesma força (reação), com mesmo módulo e na mesma direção, porém
com sentido oposto. O enunciado original da Terceira Lei de Newton encontra-se
traduzido abaixo:

“A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: as ações mútuas de
dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.”

Essa lei permite-nos entender que, para que surja uma força, é necessário que dois
corpos interajam, produzindo forças de ação e reação. Além disso, é impossível que um
par de ação e reação forme-se no mesmo corpo.

Outra informação contida no enunciado da Terceira Lei de Newton indica que os pares
de ação e reação têm a mesma intensidade, mesma direção, porém sentidos opostos.
Assim, se produzirmos uma força direcionada para baixo sobre um corpo, receberemos
dele uma força de reação direcionada para cima. Por exemplo: se estivermos usando
patins e empurrarmos um carrinho de supermercado lotado de compras, seremos
empurrados para trás, em decorrência da fraca intensidade da força de atrito entre as
rodas dos patins e o piso.

Teoria da Gravitação de Newton

De acordo com a teoria da gravitação de Newton, os corpos se atraem mutuamente


devido à sua massa, mesmo que estes não estejam em contato direto. Foi com essa lei
e a ideia de ação à distância que Newton conseguiu explicar o funcionamento do mundo.

O conceito de campo, revelado por meio dos estudos dos fenômenos elétricos e
magnéticos nos séculos XVIII e XIX, foi muito útil para a análise do universo de
fenômenos, aplicado inclusive à gravitação. A gravitação, quando analisada sob o ponto
de vista da noção de campo, pode ser exemplificada, para melhor entendimento, com a
Terra.

A Terra possui uma massa, e por isso, gera um campo gravitacional representado por
um conjunto de linhas denominadas linhas de força do campo gravitacional. Por meio
desse campo, qualquer objeto fica sujeito à uma força atrativa:
As setas demonstradas na figura acima, indicam a direção e o sentido da força que
sujeitará quaisquer objetos que sejam colocados nessa região. As linhas, conforme o
representado, são semirretas que apontam para o centro da Terra, se aproximando
entre si a medida que se aproximam do planeta. O desenho indica ainda a dependência
da força com a distância, demonstrando que quando mais próximas estiverem as linhas
entre si, maior será o módulo da força à qual um objeto será submetido.

As Marés

A maré é um dos fenômenos naturais mais conhecidos. Esse fenômeno ocorre em razão
do movimento periódico de subida e descida do nível da água, produzindo dessa
maneira as chamadas marés altas e marés baixas. Foi Isaac Newton que, a partir da
expressão da força gravitacional, deu a explicação para esse fenômeno natural. Segundo
as explicações do físico e matemático Newton, as marés são causadas pela atração do
Sol e da Lua sobre as águas do mar.

As Forças que atuam sobre as marés ocorrem porque a Terra é um corpo extenso e o
campo gravitacional que é produzido pelo Sol ou pela Lua não é homogêneo em todos
os pontos, pois tem alguns pontos da Terra que estão mais próximos e outros mais
distantes destes corpos celestes. Esses campos gravitacionais provocam acelerações
que atuam na superfície terrestre com diferentes intensidades. Dessa forma, as massas
de água que estão mais próximas da Lua ou do Sol sofrem aceleração com intensidades
maiores que as massas de água que estão mais afastadas desses astros. É essa diferença
de pontos mais próximos e mais afastados do Sol e da Lua que dão origem às marés.

A Gravitação Universal

A gravitação universal é uma lei descrita por Newton que aborda a relação de atração
entre o sol e os planetas do sistema solar.

No sistema solar, como é que os corpos conseguem se manter sempre em órbita? A


resposta a esta pergunta foi dada pelo célebre físico e matemático Sir Isaac Newton.
Newton, apoiando-se nas leis de Johannes Kepler, concluiu que para os planetas
descreverem órbitas ao redor do Sol, eles devem estar sujeitos a força centrípeta, caso
contrário, os mesmos não delineavam trajetórias circulares. Percebendo tal fato, esse
cientista admitiu que as suas leis do movimento, as três leis de Newton, podiam ser
aplicadas aos corpos celestes, fato esse que contrariava o ponto de vista do filósofo
Aristóteles, o qual defendia a idéia de que o movimento dos corpos celestes era regido
por leis diferentes das que foram propostas para o movimento de corpos na superfície
da Terra.

Newton, tomando como base as suas leis do movimento e as leis de Kepler, chegou as
seguintes conclusões, que culminaram na equação matemática que determina a força
de atração entre o Sol e um planeta: a Terra, por exemplo. Foram essas as conclusões:

• A força é proporcional à massa do planeta e a massa do Sol;


• A força é inversamente proporcional ao quadrado da distância que separa esses dois
corpos celestes.

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