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Introdução
O Gás natural é um gás inodoro, incolor, não tóxico e mais leve que o ar, definido
quimicamente como uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos leves, que permanece
em estado gasoso à temperatura ambiente e pressão atmosférica. É na verdade uma
mistura de gases, principalmente o metano (CH4), cerca de 70% da composição. Tem
uma densidade inferior a 1 e um poder calorífico entre as 9 000 kcal/m3 e 12 000
kcal/m3.
Composição Percentual do Gás Natural
Hidrocarbonetos %
metano 70 - 98
etano 1 - 10
propano traços – 5
butanos traços – 2
pentanos traços – 1
Não-hidrocarbonetos %
nitrogênio traços – 15
hélio traços – 5
A partir da constatação da importância do gás natural, como ótima uma energia alternativa,
houve um ascender de lâmpadas e de mentes para sua melhor utilização. Tal constatação, além
de estratégica, apresentava um futuro bastante promissor para o gás natural.
1813 – A London and Westminster Gas Light & Coke Company assinou seu o
primeiro contrato municipal para iluminação pública através do gás.
1821 – Nos EUA, o gás natural produzido em Fredonia, na Pensilvânia onde foram
descobertos os primeiros poços de petróleo , é depois era bombeado por gasodutos
por toda a cidade para iluminar ruas e casas. Na verdade era um dos marcos do
nascimento da moderna indústria do gás natural.
Hoje é uma das principais fontes de energia mundial, atrás apenas do petróleo e do
carvão, utilizado principalmente para produzir eletricidade e calor e servir como
combustível em automóveis e ainda como matéria-prima na indústria química utilizado
para produção de uma série de compostos usados na fabricação de bens duráveis.
Gasoduto Brasil-Bolívia-Gasbol
O Gasoduto Brasil-Bolívia, também conhecido como GASBOL é uma via de transporte de gás
natural entre a Bolívia e o Brasil com 3.150 km de extensão, sendo 2.593 em território brasileiro
e 557 em território boliviano. O gasoduto tem seu início na cidade boliviana de Santa Cruz de
La Sierra e seu fim na cidade gaúcha de Porto Alegre, atravessando também os estados de Mato
Grosso do Sul, São Paulo, P á, Santa Catarina até chegar ao Rui Grande do Sul, passando por
cerca de quatro mil propriedades em 135 municípios.
Uma cadeia produtiva é definida como uma determinada rede de inter-relações entre
vários atores de um sistema industrial que permite a identificação do fluxo de bens e
serviços através dos setores diretamente envolvidos, desde as fontes de matérias primas
até o consumo final do produto.”
A cadeia produtiva do gás natural, apresentada abaixo, pode ser visualizada em dois
grandes blocos: um que inclui atividades relacionadas à obtenção do produto, chamada
de upstream; e um outro com atividades relacionadas à aplicação direta do produto,
focalizando seus usos, chamado de downstream.
Bloco de atividades de obtenção ou “upstream”
Tipos de gás
Temos dois tipos de classificação do gás natural: o gás associado (GA) e o não-
associado (GNA).
Gás associado: é o tipo de gás natural que está dissolvido no petróleo em forma de uma
capa de gás, dentro do reservatório. Parte desse gás é utilizada no próprio sistema de
produção do petróleo, servindo nos processos de reinjeção para aumentar pressão e a
recuperação do petróleo. Muitas unidades de produção utilizam o gás natural como
fonte geradora de energia nas suas próprias instalações.
No Brasil, a produção de gás associado é cerca de 73% do total, sendo este destinado
quase que exclusivamente na geração de energia termelétrica.
É necessário que o espaço poroso resultante da descompressão seja ocupado por outro
fluido para ocorrer a produção, como por exemplo água do aqüífero (região do
reservatório contendo água de formação).
Fluxo do processo
Processamento + MEG + água
Processamen Processamento de gás
to de fluidos natural condensado
MEG
Geração de
energia
Transferência por
submarino
Sistema de regeneração de
MEG
Agua produzida
UTGCA
Descarte no mar
Poço produtor Campo de Mexilhão
Depois da absorção da água do gás, o TEG passará por regeneração através do processo
recuperação e enviado novamente para a torre observadora, fechando assim, o ciclo de
desidratação. O gás que passou pelo tratamento, será misturado ao condensado,
procedente do sistema de desidratação do condensado, na sequencia é destinado para o
gasoduto de transferência.
Introdução
O óleo e o gás natural nos poços se apresentam como uma mistura de óleo, gás, água e
sedimentos. Para que esse produto possa ser transportado para as refinarias e centros
consumidores é necessário que haja um tratamento primário para remover a água e
demais sedimentos que possam dificultar tanto o transporte quanto a manutenção das
linhas de transporte.
A água encontrada na mistura apresenta um alto teor de sal e forma eumulsões com
viscosidades superiores ao petróleo desidratado que deve ser removida para não
comprometer o dimensionamento do sistema de bombeamenteo e transferência.
Controle do ponto
de orvalho
.
Manifold Separação
Óleo
de Coleta gás|óleo|água
Água Separação
Óleo
óleo|água
Elevação Água Água Tratada
Condiciomamento
Água Tratada
Manifold
Distribuição
Injeção
R e s e r v a t ó r i o
A dessulfurização
A dessulfurização pode ser realizada por meio dos processos de absorção química ou
física. Os processos de absorção física geralmente tem um melhor desempenho a altas
pressões, considerando que a solubilidade dos gases ácidos aumenta de forma linear
com a pressão parcial. Vale considerar também, que o solvente físico não forma ligação
química com o componente sulfurado, e por isso pode ser regenerado apenas por
redução de pressão, o que reduz o consumo de energia. Esses processos são isentos de
problemas de corrosão. Os processos de absorção química são mais favoráveis para
baixa pressão parcial do gás ácido. Nesse caso específico a regeneração do solvente
requer normalmente um tipo de stripping com vapor, visando quebrar a ligação
química do solvente com o componente sulfurado.
Vasos Separadores
• Aglutinação das partículas: o contato das gotículas de óleo dispersas sobre uma
superfície facilita a coalescência, aglutinação e por extensão , a decantação dos fluidos
mais pesados. Um separador típico de produção é formado por quatro seções distintas,
de acordo com a designação do American Petroleum Institute (API).
Separação Primária: localizada na entrada de fluidos para o vaso, o fluido chocase
com defletores ou passa por difusores que lhe impõem um movimento giratório,
fazendo com que o líquido se precipite no fundo do vaso. Nessa seção acontece a
separação da maior parte do líquido;
Gás Úmido
Óleo Bruto
Óleo
Água Oleósa
Para a separação do gás natural produzido junto à água e ao óleo utilizam-se vasos
separadores, esses podem ser classificados quanto:
No caso dos vasos separadores horizontais temos como principal vantagem a maior área
de interface: gás–líquido, vantagem pela qual confere maior eficácia ao processo de
separação. Entretanto, esses vasos separadores horizontais possuem uma maior
dificuldade de remoção de resíduos sólidos, visto que no caso dos vasos separadores
verticais a deposição localizada de resíduos fica favorecida pela geometria. Uma outra
desvantagem que pode ser significativa é em relação ao espaço requerido, ele é maior
do que nos vasos separadores verticais.
Seções de separação
Seção de Gás
O gás separado flui sob os defletores de entrada e segue via seção de separação
secundária. Antes mesmo de deixar o vaso, o gás passa através de uma seção de
aglutinação com a finalidade de remover gotículas de óleo de diâmetro muito pequeno,
incapazes de serem separadas na seção de acúmulo de líquido por ação da gravidade
(Thomas, 2001).
Esses separadores são utilizados em uma fase que antecede a compressão do gás,
dessa forma garantindo que nenhum líquido possa chegar a esses equipamentos,
suscetíveis à corrosão na presença de líquidos (Pereira, 2004).
Comportamento de fases
B-C, F-G, J-K - Mistura de água em estado líquido com vapor d'água (saturação);
Não há ponto de saturação neste ponto, ou seja, toda a água em estado líquido se
transforma em vapor de uma só vez.
Muitos são os motivos para que seja feita a depuração do gás, esse processo, significa
fazer a remoção de partículas liquidas do gás, essencialmente das gotículas de
hidrocarbonetos. Esses hidrocarbonetos são oriundos de arrastes em fase liquida ou
presentes na forma de névoas. A existência de líquidos na corrente gasosa provoca
danos aos compressores de gás, e nos outros equipamentos térmicos , como turbinas, e
interferem na eficiência da o unidade de desidratação de gás.
4.Vaso depurador
Gás depurado
Seção de entrada
Placa defletora
Seção de drenagem
Liquido
9 Seção de precipitação
Nessa seção são utilizados eliminadores de névoas, que tem a finalidade de remover as
pequenas partículas de líquidos, ou seja, as névoas do gás natural. No entanto, vale
ressaltar que a grande maioria dos dispositivos de eliminação de névoas, se inserem nas
seguintes categorias:
Placas corrugadas;
Ciclone;
Demister;
Filtro coalescedor.
Seção de drenagem
Nesta seção, o fundo do vaso que tem a responsabilidade de fazer a drenagem do liquido
que normalmente fica alojado nas seções anteriores. Dessa forma, o liquido que fica
alojado é drenado do vaso depurador com o controle de nível. Nessa seção,é feira a
separação das bolhas gasosas que ficaram no seio do liquido depois da separação
primária.
No geral, o mecanismo de separação do gás e óleo e ação da gravidade, provocando a
decantação do liquido. Para que essa operação seja feita com sucesso, o óleo deve fica
retido um certo tempo no depurador, chamado de tempo de retenção, porém essa
variável depende das características do óleo. Uma determinada especificação,
normalmente adotada para depuradores, é tempo de retenção de um minuto.
Uma névoa consiste em toda partícula liquida de menor diâmetro menor ou igual a 10
μm, imersas em corrente gasosa. Em situações que as partículas liquidas são maiores
que 10 μm, estas são chamadas de sprays.
Através da figura ....é possível observar a distribuição típicas de partículas, por meio de
faixas de diâmetro, expresso em micrometro ( μm ). A névoa constituída na seção de
crescimento do vaso depurador precisa ser separada, e essa separação acompanha os
mecanismos de formação de névoas como veremos a seguir :
Borbulhamento
Refere-se num tipo de mecanismo que é envolvido no processo de formação das névoas
e sprays, que acontece em separadores de produção, evaporadores, geradores de vapor
entre outros. Trata-se de determinadas partículas formadas através de borbulhamento,
geralmente sendo maiores que 10 μm.
Arraste mecânico
Condensação
Nas situações que as partículas geradas por meio de condensação, como por exemplo,
condensação de água e óleo em determinados resfriadores, estas têm diâmetro bem
reduzidos, via de regra, inferiores que 3 μm.
Reação química
Névoas Spray
Poeiras
Impacto inercial
Depois o gás chega próximo das fibras (malha), do elemento filtrante, há um tendência
dele desviar . No geral, as partículas liquidas são maiores que 3 μm a 5 μm., contudo,
as mesmas não são capazes fazer os desvio das fibras com a corrente gasosa e acabam,
em razão da sua inércia, por colidir com a fibras.
Interceptação direta
Nesse tipo de mecanismo as partículas que não tem inércia considerada suficiente para
sem interceptadas pelos filamentos do leito são desviadas juntamente com a corrente
gasosa. Vale destacar que uma parte delas tem um curso no centro de uma determina
linha que passa perto do leito filtrante, dessa forma, possibilitando as partículas
chegarem ao leito. Desse modo, a metade do diâmetro dessas partículas, é maior que a
distância entre a fibra e o centro da linha, na qual segue a partícula.
Movimento browniano
Partículas pequenas, que geralmente não tem inércia para serem interceptadas pelo leito
filtrante e cujo diâmetro também é pequeno mas consegue evitar o impacto inercial,
têm um tipo de movimento considerado aleatório muito acentuado, em função do
impacto dessas partículas junto com as moléculas do gás. Esse tipo de movimento, faz
com que as partículas colidam com os filamentos do leito.
Tamanho da gotícula
Neste caso especifico, é possível afirmar que quanto menor for a gotícula mas rápido ela
acompanhará as vizinhanças da massa gasosa, quando escoada ao redor das curvas. Em
uma determinada aplicação, inicialmente, todas as gotículas maiores são capturadas, e
as menores serão chocadas.
Densidade relativa
Velocidade do gás
Capacidade de liquido
Neste caso, quanto mais rápido o liquido for capturado, mais liquido crescerá nos
eliminadores no processo de drenagem, e assim, em menor velocidade do gás, que será
tolerada sem arraste.
Molhabilidade da superfície
O desempenho será melhor caso a superfície esteja molhada pelo liquido arrastado. As
partículas formam um tipo de filme que adere aos anteparos. Nos casos em que a
superfície não esteja molhada, as gotículas capturadas ficam melhores para serem
arrastadas. Desse modo, fica muito claro que a molhabilidade depende da composição
de liquido, da superfície, da textura e rugosidade da superfície, podendo eventualmente,
sofrer a influencia da temperatura.
Os contaminantes do gás natural, como o composto de enxofre por exemplo, tem como
principal característica a elevação das taxas usuais de corrosão dos equipamentos que
geralmente, são utilizados na exploração e aproveitamento do gás. Os principais
mecanismos de corrosão ligados á presença de H2S são os seguintes:
Corrosão galvânica
É provocada a partir da reação química do H2S com o ferro, gerando assim o sulfeto de
ferro, que é um tipo de pó preto existente nas tubulações de transportes de gás natural,
que é catódico comparado ao ferro de tubulação.
Para fazer a promoção dos gases ácidos, normalmente, são utilizados processos físicos e
quimicos. O critério essencial para a escolha do processo que será utilizado,
basicamente passa pelo estabelecimento da pressão parcial do gás ácido a ser removido.
A pressão parcial consiste na contribuição da pressão do componente ácido na pressão
total do sistema. A escolha do processo a ser utilizado também é função da qualidade do
gás a ser tratado e também da qualidade exigida pelo produto final.
Solventes físicos
Solventes químicos
Estes absorvem gases ácidos sem grande sensitividade no que se refere á pressa,
contudo, sendo aplicáveis mesmo quando pressões parciais dos contaminantes, tanto,
na entrada, como na saída, são baixas.
Leito sólido
A utilização do leito sólido, para o adoçamento do gás tem base na adsorção de gases
ácidos na superfície do agente sólido, ou não eventual reação com algum componente
existente no meio sólido. No entanto, vale destacar que os processos sólidos
normalmente, são melhores aplicados para gases possuindo de baixa e média
concentrações de H2S e mercaptans. O processo sólido tem alta seletividade em não
consegue remover o CO2. Um dos processos mais selecionados é o que geralmente
utiliza óxido de ferro suportado em material cerâmico.
Nessa variável a água perdida na torre regeneradora deve ser reposta com a finalidade
de evitar o excesso de teor de MEA na solução. Os valores considerados críticos, acima
de 30%, aceleram substancialmente as taxas de corrosão. Dessa forma o
acompanhamento da concentração da solução MEA é importante para fazer o ajuste do
processo. Neste caso, a água dever ser desareada, visando evitar a corrosão em
equipamentos, pela presença do oxigênio dissolvido em quase aquosa.
Condensador Tocha
Gás doce
Filtros
Água
Torre
Observadora
Água Refervedor
Nesta variável, é utilizado uma diferença de 6oC a 8oC entre a MEA pobre e o gás na
seção de topo da torre absorvedora. A elevação da temperatura da MEA no topo muda o
equilíbrio termodinâmico da reação de neutralização, com a consequente elevação do
teor de H2S no gás tratado.
Esta formação está relacionada a alguns fenômenos físicos ou quimicos. Em relação aos
físicos, o problema é provocado pela turbulência e nos fenômenos quimicos, a
existência de agentes contaminantes ocasionam esse tipo de anormalidade operacional.
A espuma atrapalha o controle do nível dos equipamentos pelo fato de provocar
determinadas interfaces instáveis que acabam desestabilizando os sensores com o
impacto negativo das variáveis que são controladas pelo processo.
Portanto, partindo dessa premissa básica, podemos admitir, que alguns motivos
contribuem para a perda do aumento de H2S, e os principais são:
Elevado teor de gases ácidos no gás de entrada;
Má regeneração do MEA;
Baixa temperatura;
Quando se trata de adoçamento do gás natural, a corrosão é sempre uma grande ameaça,
e por isso, diversos fatores contribuem para a corrosão na unidade. Os principais fatores
são:
Temperatura reacional;
Presença de contaminantes;
Para alguns casos especificos no tratamento de gás natural, outros processos podem ser
utilizados. Ainda que grande parte vão exigir maiores recursos de investimento,
algumas razões especificas, podem determinar a sua utilização. Relacionamos abaixo,
os principais exemplos:
Leito sólido – por motivos econômicos é limitado para gases com menos 350 cm3/m3
de H2S, levanto em conta que em alguns casos não vale a pena fazer a regeneração do
leito, que é descartado após a neutralização.
Introdução
Ao longo do tempo, a experiência tem mostrado, que boa parte dos poços considerados
produtores de petróleo, só são considerados viáveis através da injeção de gás-lift ,
também tecnicamente conhecido como gás de elevação. O processo, acontece da
seguinte forma, o gás-lift é injetado no poço por meio de válvulas especiais, que são
estrategicamente localizadas na coluna do poço, que tem como objetivo, reduzir a massa
especifica da mistura, e também o peso da coluna hidrostática com extensão entre o
poço e o sistema de produção.
Vale destacar que nas instalações de produção, locais onde o gás é produzido, o mesmo
depende do fornecimento de energia de pressão para que seja transferido para o
continente. Desse modo, a existência da unidade de compressão é justificada, porque o
sistema é imprescindível para assegurar o melhor aproveitamento do gás natural e
também a produção de petróleo.
Efeitos da compressão
Elevação da temperatura
Compressores
Tipos de compressores
Compressores dinâmicos
Os alternativos;
Os de palhetas;
Os de parafusos;
Os de lóbulos
Os centrífugos
Os axiais.
Gases ideais
Para gases que possuem massa específica baixa, verificado através de experimentos,
temos a seguinte expressão:
p.ν = R.T
Onde:
Gases ideais ou perfeitos são os gases que seguem essa equação, e consequentemente a
equação é conhecida como equação dos gases ideais ou perfeitos. Utilizando essa
equação pode-se determinar a temperatura de um gás ideal, por exemplo, se forem
conhecidos o seu volume específico e a sua pressão.
Onde:
V: volume de gás.
Onde:
R: constante universal dos gases
Gases reais
Todos os gases que não obedecem à equação referente aos gases ideais são
denominados de gases reais. Para estes casos a equação adequada é a seguinte:
Onde:
- fração molar:
- fração volumétrica:
Problemas operacionais
Existem alguns problemas operacionais que podem ocorrer nos vasos separadores
bifásicos e também nos vasos separadores trifásicos:
Formação de espuma
Obstrução por parafina
Produção de areia
Presença de emulsão
Espuma
As impurezas que estão presentes no óleo e que são de remoção impraticável, antes que
o fluxo chegue ao separador são os maiores causadores de espuma. Essa espuma não
representa um problema se no separador existir um acessório para remoção da espuma
que assegure um tempo e uma superfície coalescedora suficiente para quebrá-las.
Entretanto, o aparecimento de espuma em um separador apresenta alguns problemas
como: controle de nível do líquido e ocupação de volume muito grande no separador, o
que pode afetar a eficiência da separação.
Coalescência é o processo de separação e consolidação de componentes de uma mistura
(emulsão líquida). O coalescedor é o dispositivo usado para esse processo.
Parafina
Areia
O acúmulo de areia pode causar interrupção ou até mesmo erosão nas válvulas,
destruindo os internos do separador e acumulando-se no fundo do equipamento. Um
revestimento especial pode minimizar os efeitos da areia nas válvulas do separador, já o
acúmulo de areia pode ser diminuído com o uso de jatos de fluido e drenos.
Emulsão
Acessórios
1- Defletor de entrada ou chicana (dispositivo primário de separação) (figura 10):
Provoca uma mudança rápida na velocidade e na direção dos fluidos e, desse modo,
separa o gás do líquido.
São placas verticais que se estendem sobre a interface gás x líquido no plano
perpendicular à direção do fluxo, evitando assim a propagação de ondas causadas pela
instabilidade do processo.
Quebrador de vórtice
Ele interrompe o desenvolvimento do vórtice quando a válvula de controle é acionada e
abre-se. O vórtice pode fazer a sucção de algum gás e arrastá-lo juntamente com o
líquido.
O demister é uma malha de metal onde as partículas líquidas coalescem e ficam presas,
logo depois caem através da lei da gravidade.
Jatos de fluido na areia e drenos
Logo após a fase de compressão o gás precisa ainda ser desidratado, esse
processo é feito dentro de torres absorvedoras, através da circulação de um álcool
(trietilenoglicol - TEG) nessas torres, em sentido contracorrente com o gás.
Alguns cuidados devem ser tomados para solucionar os problemas gerados pela
formação de hidratos. O principal problema da formação de hidratos, é a água livre, ou
também em equilíbrio com gás na fase vapor. O desafio é aprimorar as técnicas, e os
cuidados, visando minimizar os riscos maiores, principalmente, quando o gás chega a
temperaturas baixas no fundo do mar. O Brasil atualmente tem utilizado a grande
maioria dos sistemas na produção offshore em águas profundas e ultraprofundas, o que
aumenta ainda mais os riscos com a formação de hidratos.
É facilmente perceptível quando algo que se relaciona com a formação de hidratos não
está a funcionar da melhor é possível verificar frequentes perdas e prejuizos, e
comprometer os escoamento para o continente.
Definição de hidrato
O hidrato consiste em uma determinada solução sólida, tendo um aspecto visual, muito
similar ao gelo. Em relação a composição do hidrtao, ainda é considerado mal definida,
entre moléculas de hidrocarbonetos de baixo peso molecular e água. No entanto, os
hidratos de gás geralmente, são classificados sob o ponto de vista quimico, como uma
determinada forma de clarato. São cristais constituidos pelos componentes do gás em
presença de água.
É importante, ressaltar que os que tem maior peso molecular, como: butano e pentano,
em função do tamanho de suas cadeias, tem tendencia a dificultar a formação da
estrutura cristalina, atrapalando assim a sua formação. Entretanto, os gases com elevado
peso molecular ( grande quantidade de pesados ) que contribuem para gerar uma fase
liquida de hidrocarbonetos ( condensado de gás natural ), quando estão no processo de
resfriamento.
De modo, que essa fase liquida tende a dificultar a formação de hidratos, e esses gases
com altos teores de H2S e CO2 geralmente apresentam maior tendencia a formarem
hideratos.
Estrutura do hidrato
Segundo Vaz, Celio Duarte Martins 2011, essa estrutura é formada pelas moléculas de
água e hidrocarbonetos no processo de constituição de hidrato vai depender das
seguintes características físicas do sistema:
Pressão e também da temperatura do ambiente hidratado
Em razão dessas caracteristicas o hirado acaba assumindo uma das seguintes esturuturas
consideradas básicas:
Tetradecaedro;
Dodecaedro;
Hexadecaedro
Podemos tomar como base os aspectos que envolvem as estruturas e vamos perceber
que em todas, tem moléculas de hidrocarbonetos aprisionadas em armadilhas
conhecidas como (traps) constituidas por moléculas de agua que geralmente estão
ligadas uma as outras, dentro uma estrutura coniderada rígida, muito parecida com o
gelo.
Como já vimos, os hidratos podem ser considerados como agentes de riscos que podem
causar muitos prejuízos, e por isso, há sempre necessidade de atenuar os seus efeitos.
Normalmente, eles ocorrem em locais:
Pontos onde há acúmulos de água
Curvas de tubulações
Válvulas
Gás Liq
Para fazer a identificação dos hidratos primeiro passo é ter acesso ao conhecimento das
limitações operacionais da planta de processo, e obter informações importantes a
respeito da temperatura de formação de hidratos. É um passo importante, porque ele
terá como objetivo a redução das eventuais perdas operacionais, por conta da formação
de hidratos. Entretanto, é sempre oportuno lembrar que a temperatura de formação de
hidratos invariavelmente, sempre vai depender da pressão e densidade do gás.
Utilização de Pigs
Para cada problema há sempre algumas soluções na cadeia produtiva de petróleo e gás
natural. Os Pigs também são importantes na limpeza e manutenção dos dutos. O termo
PIG vem do inglês, que significa porco, assim denominado por ser empregado na
limpeza dos dutos.
PIGS limpadores
PIGS separadores
PIGS limpadores
Nesse sentido, é possível ver que nas operações de limpeza de gasodutos, com a
utilização do Pig os resíduos são removidos por estes.
A descompressão,
Aquecimento
Injeção de inibidores de hidrato
Assim, o que se pode deduzir, é que vários produtos podem ser adicionados com a
finalidade de baixar a temperatura de congelamento e formação de hidratos. Por
questões práticas, um álcool, ou um glicol é injetado com tipo de inibidor:
Metanol,
Etanol,
Trietilenoglicol (TEG)
Dietilenoglicol (DEG);
Monoetilenoglicol (MEG).
Ponto de injeção
Com respeito ao inibidor de hidratos, ele tem como principal função de se combinar
com a água livre reduzindo a temperatura que o hidrato se forma. É necessário que seja
injetado na corrente gasosa antes que seja atingida a temperatura de formação de
hidrato. Neste caso o ponto de injeção deve possibilitar maior dispersão possível no gás
com a utilização de bicos nebulizadores.
Tubulação
GÁS
Cone cheio
Introdução
Tratamento
A exemplo que foi visto em relação aos contaminantes, na maioria dos casos, o gás
natural dos campos de produção , vem composto por impurezas e umidade, assim, o gás
natural precisa passar por um pré- tratamento, também denominado secagem do gás
natural. Esse tratamento, normalmente realizado junto à jazida, é feito em Unidades de
Processamento de Gás Natural (UPGN), resultando de um lado gás natural seco e de
outro líquido de gás natural (LGN).
Durante o processo de secagem do gás natural nas UPGN, normalmente, são removidos
agentes contaminadores ou reduzidos os seus teores, com a finalidade de atender às
especificações demandadas pelo mercado. Normalmente, esses tratamentos são muito
eficazes, razão através do qual o gás natural seco (forma sob a qual é, normalmente,
chamado de gás natural) é composto de uma mistura de metano e etano, com
proporções altamente reduzidas em relação a outros hidrocarbonetos e de
contaminantes. A proporção de metano nesta mistura normalmente é de 80 a 95%.
Alguns compostos indesejáveis presentes nos derivados e suas fontes
H2S
Tipo de odor muito desagradável, tóxico podendo até provocar uma
paralisia da função respiratória; corrosivo, geralmente dá positivo nos
teste de corrosão da lâmina de cobre; inibe a ação direta do antioxidante;
Composto
Através de oxidação produzem determinadas alterações na cor dos
Nitrogenados básicos
derivados; parece influenciar a formação de goma, tendo em vista que, o
nitrogênio surge em pequena quantidade na análise química da goma.
FRAÇÃO IMPUREZA
GLP de
Destilação
Sulfeto de hidrogênio; metimercaptans; etilmercaptans; eventualmente sulfeto
de carbonila e dimetilsulfeto; amônia; HC1 procedente da má dessalagação do
petróleo; enxofre elementar; tiociclopropanos.
Enxofre Elementar
O enxofre elementar é de difícil remoção e se faz necessário tomar todas as
precauções com a finalidade de evitar a sua formação. Solução de NaOH e
etanol em elevadas concentrações em alto custo; percolação por meio do leito
contendo partículas de hidróxido de sódio.
Tratamento Merox
O tratamento MEROX é adotado para se obter uma regeneração da soda cáustica que
retira o H2S. Dessa maneira o MEROX é um processo que busca a economia do NaOH
utilizado no tratamento cáustico.
O Tratamento MEROX pode ser aplicado a frações leves (GLP e nafta) e intermediárias
(querosene e diesel). Utiliza um catalisador organometálico (ftalocianina de cobalto) em
leito fixo ou dissolvido na solução cáustica, de maneira a retirar as mercaptanas dos
derivados e oxidá-las a dissulfetos.
Processo usado para remover impurezas tais como enxofre, nitrogênio, oxigênio, haletos
e traços de metais, que podem desativar os catalisadores dos processos anteriormente
descritos, envenenando-os. A operação de hidrotratamento também melhora a qualidade
das frações ao converter as mono e di–olefinas em parafinas, com o propósito de reduzir
a formação de goma nos combustíveis.
Dessa forma, deixa aproximadamente de 20% a 25% da carga térmica necessária para o
aquecimento da carga, de maneira a possibilitar um bom controle da unidade
dependendo da carga processada.
A utilização de quench, tipo de corrente fria que é injetada no reator com a finalidade de
diminuir a temperatura , permiti aumentar a carga térmica recuperada na bateria uma vez,
que flexibiliza o tipo de controle de temperatura da reação.
A quente A frio
Nos casos de cargas mais leves como diesel, LCO, e gasóleo leve do coque, o produto
deve resfriado do reator e o liquido formado é separado do gás a baixa temperatura 60oC
Nesse caso é preciso enviar a corrente liquida ao um outro vaso de baixa pressão para que
seja realizado processo de separação da água.
Em cargas consideradas muito leves como nafta e querosene deve ser utilizado um vaso
único de alta pressão e baixa temperatura 60oC. O produto após a separação do
hidrogênio, é direcionado a uma torre estabilizadora onde traços de hidrogênio e produtos
considerados leves são retirados do derivado.
Desidratação
Ao longo da história muitos esforços estão sendo feitos e novas tecnologia estão sendo
usadas para que todos os processos sejam otimizados. O processo de desidratação do
gás são utilizados colunas de absorção por onde há fluência do gás em contracorrente a
uma determinada solução de glicol, de elevado poder higroscópico, que após ser
regenerada por meio de aquecimento em uma coluna de esgotamento em menor
pressão, retorna ao processo.
Introdução
Evidente, que cada campo tem suas especificidades e por isso, vai exigir instalações de
processamento de gás natural, que atende suas próprias necessidades, considerando a
qualidade e a quantidade dos componentes presentes neste gás. O maior desafio do
processador é dimensionar os equipamentos das instalações industriais, de
processamento maneira a assegurar a adequação do gás comercializado de acordo com
as norma vigentes.
Entre muitos benefícios que o processamento de gás natural proporciona, o mesmo tem
como principal objetivo, é a separação dos seus componentes em produtos com
especificação definida, controlada, visando a utilização com ótimo desempenho em
aplicações consideradas específicas. Não obstante, a possibilidade de incorporação de
maior valor agregado dos produtos gerados.
Entretanto, para orientar esse processo de seleção, não existem critérios rígidos,
recomenda-se fazer um estudo técnico, levantamentos pertinentes e uma detalhada
análise de viabilidade econômica para cada tipo de processo.
Os principais processos para recuperar hidrocarbonetos líquidos do gás natural,
são:
- refrigeração simples;
- absorção refrigerada;
- turbo-expansão.
Processo
Sistema auxiliaries
Termodinâmico utilizado ................
Água fria: área que tem a responsabilidade pela liquefação dos componentes
considerado mais pesados do gás natural, criando uma fração liquida de ótimo valor
agregado. A água fria de uma unidade de processamento gás geralmente funciona com
baixas .temperaturas e altas pressões, condições que contribuem para a condensação da
.riqueza do gás natural.
Água quente: área que tem a responsabilidade pelo fracionamento do liquido de gás
gerado na área fria em produtos finais com especificações muito bem definida.
Geralmente, opera com elevadas temperaturas e pressões mais baixas do que na área
fria. A elevada temperatura e a baixa pressão contribuem para separação das frações de
hidrocarbonetos constituintes do liquido do gás natural obtido.
O Processamento de Gás Natural é feito com muita eficiência através de uma instalação
industrial denominada Unidade de processamento de Gás Natural (UPGN). O principal
objetivo deste é a separação das frações pesadas ou ricas (propano e mais pesados) que
normalmente existem no gás natural úmido ou rico, o que gera o chamado gás natural
seco ou pobre (metano e etano) e uma corrente de Líquido de Gás Natural (LGN).
O LGN é composto pelas frações mais pesadas que o propano: o gás liquefeito de
petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, e a gasolina natural. De
modo eventual, é possível a produção de uma corrente de LGN composta de frações
mais pesadas que o etano, de onde será possível separar frações líquidas de etano, de
GLP e de gasolina natural. Nesse caso especifico, recupera-se, também, uma fração de
gás natural pobre normalmente predominante em metano. Essa UPGN recebe o nome
de Unidade de Recuperação de Líquidos (URL).
A refrigeração simples
A absorção refrigerada
A expansão Joule-Thompson
A turbo-expansão
Frações pesadas ou ricas (propano e mais pesados) existentes no gás natural úmido ou
rico;
Fração Pesada
Teor de compostos mais pesados que o propano, constituído pelas frações de GLP e
gasolina natural.
94% de gás natural propriamente dito (gás natural seco, natural processado ou residual)
O LGN é composto pelas frações mais pesadas que o propano: o gás liqüefeito de
petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, e a gasolina natural.
Eventualmente, pode-se produzir uma corrente de LGN composta de frações mais
pesadas que o etano, de onde será possível separar frações líquidas de etano, de GLP e
de gasolina natural. Nesse caso, recupera-se, também, uma fração de gás natural pobre
predominante em metano. Essa UPGN recebe o nome de Unidade de Recuperação de
Líquidos (URL).
Tipos de processos aplicáveis a uma UPGN:
Compressão Absorção
Resfriamento Estabilização e
O sistema que é considerado mais delicados de uma determinada unidade, faz uso
desse processo, é o ciclo de refrigeração, que utiliza compressores de propano como
principal fonte de energia para fazer a liquefação das frações mais pesadas do gás
natural.
Em unidades que fazem uso desse processo termodinâmico são do tipo DPP (dew point
plant), ou unidade de acerto de ponto de orvalho de gás. Geralmente, essas unidades
têm como finalidade somente especificar o gás do processo, sem maiores compromissos
com a especificação do liquido gerado, ou com o aumento dessa fração liquida.
Fundamento termodinâmico
Nesse processo acontece a liquefação das frações mais pesadas do gás natural, através
da diminuição da temperatura motivada pela troca térmica do gás com um tipo de ruído
refrigerante. Via de regra, se utiliza o propano como fluido refrigerante em um ciclo de
refrigeração convencional. Nesse ciclo, o propano utilizado é produzido a partir do
próprio gás natural, através do fracionamento de uma porção de LGN gerado na
unidade.
Em função das baixas temperaturas, é necessário que o gás seja hidratado antecedendo
ás torças térmicas nos permutadores que geralmente, fazem o aproveitamento de
energias nos permutadores a propano.
Absorção refrigerada
Fundamento termodinâmico
Principais características
Mecanismo de absorção
Investimento elevado
Processo Joule-Thomson
É o processo que se destaca pelo sua simplicidade e baixo custo, entretanto, por conta
de suas limitações técnicas, o seu uso é mais restrito. Esse tipo de processo, não garante
a especificação para venda do gás natural processo para qualquer composição de gás
rico, e normalmente é utilizado somente em projetos em que a composição do gás
natural a ser tratada já esteja muito próxima da especificação esperada, faltando apenas
um ajuste das frações mais pesadas, como butanos e pentanos.
Para atender as exigências, esse sistema pode ser um compressor para garantir
determinado nível mínimo de expansão, sem depender da pressão de chegada do gás, ou
um tipo de sistema de refrigeração, cuja finalidade é garantir um determinado valor de
temperatura, definido antecipadamente na etapa de expansão. Portanto, outro sistema
também permite aumentar a garantia da qualidade dos produtos gerado no processo,
mas, exigem a utilização de equipamentos adicionais.
Fundamento termodinâmico
Principais características
O processo apresenta algumas características a serem consideradas, como baixo custo e
sua baixa eficiência de desempenho na liquefação das frações pesadas do gás natural.
Diante disso,, apresenta-se suas características consideradas mais relevantes são as
seguintes:
Expansão isentálpica ( Δh =0 )
Baixo desempenho
Baixo investimento
Condensado
Compressão opcional PC
TT
LC
Gás seco
TT = Transmissor de temperatura
Figura:... Esquema Joule-Thomson
Esquema do processo
Outra virtude do processo, que o mesmo, é o único capaz de fazer a separação de etano
petroquímico, com alto rendimento na recuperação desse componente, de modo que o
gás processado, gerado é basicamente constituído por metano. O custo é considerado
elevado, e por essa razão há necessidade, de uma alta vazão que vazão que possa
assegurar o retorno do investimento. Esses tipos de unidades necessitam de capacidade
nominal igual ou acima de 2 500 000 m3 /d para garantir o retorno esperado.
Fundamento termodinâmico
A expansão do gás natural em uma determinada, que tem a finalidade de liberar energia,
que é usada para acionar um compressor auxiliar (booster) do principal de compressão
de gás processado ou gás carga da unidade. Nesse contexto, que a liquefação dos
componentes mais pesados é assegurada.
Principais características
O gás natural, que foi antecipadamente separado da fase liquida, ou seja, condensado de
gás natural e da água livre, existente na corrente de hidrocarbonetos, passa por um
processo de compressão para fazer a carga da unidade. Inicialmente, essa compressão
garante a pressão necessária para a etapa de expansão posterior.
Vale ressaltar que todo trabalho gerado durante a etapa de expansão do gás,
normalmente, é utilizado por um tipo de compressor conjugado ao turbo-expansor, que
tem a função básica de elevar a pressão antecipando a compressão final para transporte,
visando melhor aproveitamento da energia gerada pela expansão do gás que esteja
sendo resfriado. No entanto, é possível também aproveitar essa energia em um tipo de
compressor booster do sistema de compressão do gás carga da unidade, de acordo com
a experiência do projetista.
GN Recuperação de liquido
Energia
Compressão Regeneração Ciclo Compressão
inicial propano booster fase
LGN
inicial
Sistemas auxiliares
iC5 C4 C3 C2
O processo de turbo-expansão também pode ser uma alternativa de utilização por não
prever a separação de uma corrente de etano puro. Neste caso específico, a torre
desmetanizadora opera em condições de desetanizadora, rejeitando etano para o gás
produzido.
Resfriamento do leito
Assim que termina a etapa de regeneração, ainda sim, a etapa de resfriamento do leito é
essencial, antes que este entre em operação normal. Todo resfriamento torna-se
completo em aproximadamente quatro horas, no máximo, com a possibilidade de ser
concluído quando a temperatura atingir 50o C. Enquanto o gás natural um leito está
sendo regenerado, o outro está em operação normal, desidratando o gás natural carga da
unidade ( pode também ser utilizado para o controle do tempo de regeneração, limite de
tempo para que a queda da temperatura do leito seja inferior a 1oC).
Com objetivo de assegurar a qualidade do gás de forma contínua, existe uma altura de
leito da peneira chamada de leito de guarda, que tem a finalidade de conferir uma
segurança extra á qualidade do gás. Assim, o medidor de umidade faz a monitoração do
valor da umidade residual do gás tratado, entre o final do leito normal da peneira e esse
determinado leito de guarda, de modo que mesmo em caso de ser detectado um possível
aumento na umidade do gás, tirando-o de especificação, contudo, ainda haverá tempo de
aproximadamente seis horas, durante o qual o leito de guarda ira preservar a qualidade
final do gás.
Peneiras moleculares
Mecanismo-adsorção de água
Alumino-silicatos metálicos
Para melhor entendimento é preciso considerar que outras malhas dessa etapa, se
referem ao controle operacional do compressor de carga, tendo em vista que, os valores
das variáveis ficam na dependência das pressões existentes e também do grau de
expansão adequado para assegurar a qualidade dos produtos gerados.
Segundo Vaz, Célio Eduardo Martins, Os valores usuais de descarga do gás oriundo da
estação de compressão são da ordem de 6,9 MPa a 7,9 MPa ( 70,0 kgf/cm2).
Etapas de dessulfurização
Nesta etapa o gás natural com elevada pressão e saturado em água alimenta os vasos de
remoção de H2S, constituído por leito fixo de óxidos sintéticos metálicos (ferro e zinco).
Na saída do processo, o teor de H2S é de no máximo de 0,10 cm3/m3. Essa etapa é
considerada essencial, devido á ocorrência de concentração H2S, na corrente liquida
constituída pela fração C2+ produzida pela unidade. De outra maneira, a movimentação
dessa corrente com elevados teores de H2S seria uma grande ameaça porque poderia
causar problemas graves. Necessariamente, o gás deve ser saturado em água, para que
ocorram a reações de neutralização com a eficiência esperada.
É um tipo de variável que não é controlada de forma direta pela ação de válvulas de
controle. Somente é monitorada por medição de campo. Valores usuais: geralmente
dependem da quantidade de vasos do sistema de tratamento.
Tem como finalidade monitorar a eventual perda de carga em cada leito da unidade .
Valores usuais em torno de 40 kPa a 90 kPa ( 0,4 kgf/cm2 ).
Tem como finalidade controlar o nível do vaso que tem a responsabilidade de drenar o
excesso de água, ou a água livre injetada no gás para assegurar a saturação em
água.Valores usuais: em torno de 15% a 20% do nível maximo.
Teor de H2S no gás de entrada na unidade de tratamento
Tem como finalidade monitorar o teor de H2S no gás a ser tratado . Valores usuais: em
torno de 2 cm3/m3 a 10 cm3/m3.
Tem a finalidade de monitorar o teor de H2S no gás tratado. Valores usuais: em torno de
0 cm3/m3 a 1 cm3/m3.
Etapa de desidratação
Nesta etapa o gás advindo da Unidade de Tratamento de Gás Natural, chega até o vaso
separador de liquido para fazer a separação de condensado e água livre arrastada. Na
sequencia, o gás livre de liquido é destinado para os vasos secadores de gás natural.
Vale ressaltar que cada secador, possui um leito fixo de peneira molecular visando a
adsorção de vapor d’água em equilíbrio com o gás natural. Geralmente, a altura do leito
é calculada com a finalidade de conferir uma autonomia de na pior das hipóteses de 15
horas de operação.
PROCESSOS COMBINADOS
A unidade também tem como principal função especificar o tipo de gás produzido no
campo, de acordo com o que foi definido nos contratos de venda de gás. É
compreensível a escolha dos processos combinados de refrigeração simples e efitos
Joule-Thomson, considerando a baixa riqueza do gás de San Alberto, que gira em torno
de 6%, aliada á alta pressão existente no reservatório.
Etapa de refrigeração Etapa de expansão (Efeito Joule Thomson)
Simples isentálpica
Separação
Joule-T de liquidos
Fracionamento do
LGN, gerando
produtos liquidos
Reservatório
Construida com objetivo de acertar o teor do gás natural, que é usado como carga para a
termelétrica, a unidade de processamento de gás natural UEG, desenvolve um trabalho
importante. As turbinas dos grupos turbo-geradores apresentam uma restrição de
especificação de carga, que permite um teor de 6%, no máximo de etano , existente no
gás combustível de alimentação do sistema.
Para chegar a esse objetivo, a unidade UEGA, foi antecipadamente projetada com
aplicação dos dois processos combinados. De acordo com a Portaria 104 da Agência
Nacional do Petróleo, o gás da unidade já é especificado. Contudo, a alimentação de
teor de metano das turbinas obrigou a utilização de um tratamento adicional, através do
processamento do gás natural, em uma determinada unidade específica em uma unidade
de processamento específica visando fazer o acerto do teor de metano.
PC
PC
GN
LC TC
CC
C
LC
LC
Refrigeração
Eleito
Joule-Thomson
Desemetanizadora
LGN
A experiência tem mostrado, que não existe um processo considerado melhor que outro.
Na verdade, o que existe é a melhor adequação de um deles a um tipo de situação nas
características de cada projeto de aproveitamento do gás. A tabela ... pode orientar
melhor como o processo termodinâmico é utilizado em um determinado projeto, em
razão dos objetivos a serem atingidos.
Objetivos/ Processos JT RS AR TE
Gás combustível
Gás seco
Gás processado
Gás residual
Gás especificado
O GLP, gás liquefeito sem dúvida alguma é outro tipo de combustível de extrema
importância que é obtido do gás natural. Esse essencial produto, é o combustível de
grande valor agregado, mais utilizado nos domicílios em geral. Partindo do principio
que o mercado de GLP ainda é atendido de forma parcial no que diz respeito a
importação, eventuais aumentos de produção interna , pode representar novas divisas
para o país. Neste contexto, o processamento de gás natural, faz parte de ações
estratégicas, considerando que um bom percentual da produção nacional de GLP, é
procedente desse processo industrial.
H2O
N2
---Gás
N2
CO2 Especificado
CO2
C1
H2S Etano
C2
C2 Petroquímico
C3
C4 C3 --GLP de
Processamento
Petróleo
C5 C4
C6 C5
C7 H2O C6
C8 C7
- C8 --Gasolina
Natural
- -
C5+)
- -
Cn -
Cn
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Gás Natural. 2005. Disponível em: .
Acesso em: 26 nov. 2014;