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Módulo 3

Controle Biológico
Controle Biológico
• O Controle Biológico (CB) utilizando insetos
(parasitoides e predadores), bem planejado e
executado, propicia resultados semelhantes a outras
estratégias de manejo de insetos-praga

• É uma tecnologia limpa, não prejudicando o


ambiente

• Pode ser o diferencial no manejo de insetos-praga


de difícil acesso para as pulverizações convencionais

• Deve ser parte fundamental do MIP


Controle Biológico
Agentes de Controle Biológico
Predadores
• Tais como as joaninhas e os crisopídeos, por
exemplo, são espécies principalmente de vida livre
que consomem grande quantidade de presas
durante seu ciclo de vida.
Crisopídeo adulto
Tesourinha e joaninha
Controle Biológico
Agentes de Controle Biológico - ACB
Parasitoides
• São espécies cujos estádios imaturos desenvolvem-se sobre
ou dentro de um só hospedeiro, ocasionando
invariavelmente sua morte. Muitas espécies de vespas e
algumas espécies de moscas são parasitoides importantes
de várias pragas de importância agrícola.
Agentes do Controle Biológico: Ação

Parasitoides exclusivos de ovos

• Telenomus remus
Nixon (Hymenoptera: Scelionidae)

• Trichogramma spp.
(Hymenoptera: Trichogrammatidae)
Agentes do Controle Biológico : Quais são?

Nemat

Outros Hym

E. fuscicornis

Cotesia sp

Diptera L

O flavidus

Diptera P

E. laphygmae

C. flavicincta

C. insularis

0 5 10 15 20 25 30
Parasitismo (%)

Predominância de parasitoides encontrados em lagartas de


S. frugiperda em diferentes municípios de MG (2007, 2008 e 2009).
Controle biológico de Helicoverpa armigera
• 50% de parasitismo em lagartas no Paraná – 2013
• Tachinidae
Tachinidae (Archytas)
Moreira Lima (1950)
TACHINIDAE

Mortalidade de lagartas (> 1,5 cm) coletadas em trigo (pré-colheita),


soja (V1-V2) e buva, em Campo Mourão (PR) em 14/10/2013.
Fonte: Embrapa Soja (2013). 10
Controle Biológico

Entomopatógenos
• Organismos causadores de doenças, incluindo vírus,
bactérias e fungos.
• Matam ou enfraquecem muito seus hospedeiros e são
relativamente específicos para certos grupos de insetos.
MIP: Controle Biológico
Estratégia 1 – preservação dos Inimigos Naturais
• Utilização de inseticidas seletivos
• Retardar o uso de inseticidas de amplo espectro

Estratégia 2 - Liberação de Inimigos Naturais


• Trichogramma
• Bacillus thuringiensis
• Baculovirus
Seletividade de Produtos Fitossanitários
aos Inimigos Naturais
Parasitoides de
ovos

Trichogramma
MIP com ênfase ao
Controle Biológico em
Plantas Bt
Parasitoides de
ovos
Trichogramma
Vespas pequenas (0,2 a 1,5 mm)

Ocorrem em quase todos os


hábitats terrestres
Parasitam ovos das mais
importantes pragas agrícolas
Trichogramma
Estão entre os inimigos naturais
mais utilizados no mundo

São fáceis de criar em escala

Grande probabilidade de
sucesso: a fêmea usa sinais
químicos e visuais para localizar
o ovo de um hospedeiro.
Biologia e Ciclo de Vida

Fonte: Knutson, A. The Trichogramma manual


Parasitoides de
ovos
Trichogramma pretiosum

Vespa parasitando ovos de


Spodoptera frugiperda
Biofábrica de Trichogramma
Parasitoides de ovos
Como usar o Trichogramma
Considerações fundamentais
• O alvo a ser buscado é o ovo da praga
• O monitoramento do ovo no campo é oneroso e lento
• O monitoramento da mariposa é uma alternativa
importante, pois determina a chegada do adulto na área
alvo, e, portanto, antes do início da oviposição
• Existe feromônio sexual para as duas principais pragas-alvo
• O uso de armadilha contendo feromônio sexual é eficiente
e altamente seletivo
• A armadilha deve ser colocada no campo de acordo com a
praga-alvo
Estratégia

10 dias
Armadilha com feromônio sexual
de Spodoptera frugiperda
Povoamento com Trichogramma

Dias: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Liberações após captura de mariposa na armadilha


Estratégia

• Monitoramento com armadilha de


feromônio
• Liberação após a coleta de
mariposas
• 20.000 fêmeas/hectare
• Três liberações espaçadas em 3 dias
Controle biológico de Helicoverpa armigera

Existência de feromônio sexual sintético: detecção da mariposa

Piso colante
Armadilha

Liberador do feromônio de
Helicoverpa armigera
Armadilha colocada na fase do
pendoamento do milho
Helicoverpa armigera: dificuldade
de controle via pulverização
Controle biológico de Helicoverpa armigera
Existência de populações naturais de Trichogramma
Ovos sadios Ovos parasitados
Liberação de Trichogramma
Inseticidas para controle de lagartas
Seletividade – Trichogramma spp.
Inseticidas Biológicos para o Manejo
de Lagartas
• Baculovírus
Lagarta do cartucho
• Bacillus thuringiensis

• Baculovírus
Helicoverpa armigera
• Bacillus thuringiensis
“Plusias” • Bacillus thuringiensis
(Falsas medideiras)
• Baculovírus
Heliothis virescens • Bacillus thuringiensis

• Baculovírus
Helicoverpa zea
• Bacillus thuringiensis
Bacillus thuringiensis – modo de ação

cristal
esporo
1- Larvas ingerem
1- Larvas BtBt
ingerem

2- A2- toxina se une


A toxina se aune a
receptores
receptoresdodo
intestino, a a
intestino,
larva
larva deixa
deixa de
de se
se alimentar
alimentar e
e perde a mobilidade
perde a mobilidade

3- O intestino se rompe e
3- O intestino
os esporos se rompe
penetram no e os
esporos
corpo dopenetram
inseto no corpo do
inseto
4- A4-larva morre
A larva de de
morre
septicemia
septicemiae os esporos
e os esporos
germinam
germinam nono corpo
corpo do
do inseto
inseto
Toxicidade de diferentes estirpes de Bacillus
thuringiensis a Spodoptera frugiperda

ESTIRPES LC50 ng/cm2 Genes cry


A 300 cry1Ab, cry1Ac, cry1B, cry1E, cry1G, cry1I, cry2
B > 2000 cry1Ab, cry1Ac, cry1E, cry1G, cry1I
C 743 cry1Aa, cry1Ab, cry1C, cry1D, cry1I
D 157 cry1Aa, cry1Ab, cry1B, cry1D, cry1I
E 141 cry1Aa, cry1B, cry1D, cry1I, cry2
F 294 cry1Aa, cry1Ab, cry1Ac cry1Ad, cry1B, cry1D, cry1I,
cry2
G 928 cry1Aa, cry1Ac cry1Ad, cry1C, cry1D, cry1I
H 863 cry1Ab, cry1Ac, cry1B, cry1E, cry1G, cry1I, cry2
I 189 cry1Aa, cry1B, cry1C, cry1D
Produtos biológicos para o
Manejo de Pragas
Produtos biológicos para o
Manejo de Pragas
Produto Espécie Nome Comercial Empresa

Baculovírus
Microrganismo:
Helicoverpa zea Gemstar / EUA CERTIS
Vírus
NPV

Baculovírus (a ser pesquisado


Microrganismo:
Helicoverpa China pelo LABEX-
Vírus
armigera NPV China)
Vitae Rural –
Microrganismo: Baculovírus Uberaba em
Cartuchovit
Vírus spodoptera NPV parceria com a
Embrapa
Produtos biológicos para o
Manejo de Pragas

Produto Espécie Nome comercial Empresa

Able SIPCAM
Agree Biocontrole
Bac-Control WP VECTOR CONTROL
Bactur WP Milenia
Microrganismo: Bacillus
Bactéria thuringiensis Dipel Sumitomo
Dipel WG Sumitomo
Dipel WP Sumitomo
Thuricide Biocontrole
Xentari Sumitomo

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