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CAPITULO
munogenética •
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P
"Descobertas médicas,
IMUNIDADE HUMORAL INATA
Movem-se em poderosos saltos, Ü
Saltadiretoda gripecomum do passado Vários fatores solúveis estão envolvidos na imunidade inata; eles^
E nos fazem continuar." ajudam a minimizar os danos tissulares limitando a dispersão dc
Pam Ayers microrganismos infecciosos. Eles em geral são chamados átprotei-^
nas defase aguda eincluem aproteína C-reativa, proteína de ligação|i
àmanose eo componente sérico amilóide P, Os primeiros dois atu-,
am facilitando aligação deum dos componentes docomplemento,
C3b, à superfície do microrganismo, que se torna opsonizado^i
IMUNIDADE
(aprontado) para aaderência aos fagócitos, enquanto oúltimo liga^
enzimas lisossômicas aos tecidos conjuntivos. Além disso, as células
Osmicrorganismos, insetos e outros agentes infecciosos são mui
quando infectadas por um vírus produzem e secretam interferon,^
to mais numerosos que os da espécie humana, e semefetivos me
canismos dedefesa contra sua atividade aespécie humana sucum
que interfere na replicação viral reduzindo aestabilidade do RNA^
mensageiro (mRNA) e interferindo na tradução,
biria rapidamente. Osistema imunológico emtodas as suas formas
é nosso mecanismo de defesa, e para compreender os distúrbios
herdados de imunidade devemos primeiro compreender os fun Complemento
damentos da base genética da imunidade. Ocomplemento éuma série complexa de 20 oumais proteínas do plas
Osmecanismos dedefesa imunológica podem serdivididos em ma que interagem e podem serativadas pelas membranas celularesl"
dois tipos principais: imunidade inata, que inclui vários sistemas dos microrganismos invasores, no que échamado de via alternativa.^/^
inespecificos que nàorequerem ou envolvem um contato anterior Os vários componentes do complemento interagem em uma cascata
com oagente infeccioso, eaimunidade específica adquirida ou adap- específica, resultando em uma resposta inílamatória aguda pela ação^'
tativa, que envolve uma resposta imunológica ajustada que ocorre de mediadores liberados pelos mastócitos emacrófagos tissulares.^i
após a exposição a um agente infeccioso. Ambos os tipos podem Isto resulta em um aumento de permeabilidade vascular eaatração^—
envolver oua imunidade humoraly que combate as infecções extra- dos fagócitos no processo conhecido como quimiotaxia. Além disso,
celulares, oua imunidade mediada por células, que combate infec osúltimos componentes dacascata docomplemento geram umcom-
ções intracelulares.
plexo de ataque da membrana, que induzem defeitos na membrana^^
celular, resultando nalise dos microrganismos (Fig, 13.1).
Ocomplemento também pode ser ativado pela via clássica, pe-^"
Ia ligação do anticorpo ao antígeno (p. 185).
IMUNIDADE INATA
o primeiro tipo simples de defesa contra ainfecção é uma barrei IMUNIDADE INATA MEDIADA POR CÉLULAS
ra mecânica. Apele funciona namaioria dotempo como uma bar
reiraimpermeável, mas, além disso, opH ácido dosuoré inibidor Fagocitose ^
do crescimento bacteriano. As membranas que revestem as vias Os microrganismos são engolfados e digeridos pordois tipos prin-^8S
respiratórias e gastrointestinais são protegidas por muco. Nocaso cipais de células: neutrófilos polimorfonucleares ou macrófagos. Os^^
das vias respiratórias, uma outra proteção édada pelo movimento neutrófilos poHmorfonucleares sãoencontrados principalmente na •
ciliar, enquanto outros líquidos corpóreos contêm uma variedade corrente sangüínea, enquanto os macrófagos ocorrem primariamen-í®®
de agentes bactericidas, tais como as lisozimas nas lágrimas. Se um te em tecidos ao redor da membrana basal dos vasos sangüíneos no^^
organismo invade o corpo, a fagocitose e agentes bactericidas en tecido conjuntivo, pulmão,fígadoe revestimentodos sinusóides
184 tram em ação. baço e seios medulares dos linfonodos. Os antígenos de superfície^^
0#
IMUNOGENÉTICA 13
Estrutura da imunoglobulina
Morte extracelular
A papaína, uma enzima proteolítica, quebra a molécula de imu
As células viralmence infectadas podem ser mortas por grandes
linfócitos granulares, conhecidos como células natural killer. Elas noglobulina contendo um sítio de anticorpo capaz de se combinar
com um antígeno específico e portanto chamado defragmento de
têm receptores de ligação a carboidratos em sua superfície celular
que reconhecem glicoproteínas de alto peso molecular expressas ligaçãodo antígenoou Fab. O terceiro fragmento pode ser cristali
na superfície da célula infectada como resultado do vírus coman zado e foi portanto chamado de Fc. O fragmento Fc determina as
dando as funções replicativas da célula. A ligação das células na funções biológicas secundárias das moléculas de anticorpo, ligan
tural killer a células infectadas resulta na liberação de vários agen do o complemento e receptores de Fc em vários tipos diferentes
tes: estes, por sua vez, resultam em dano à membrana da célula de células envolvidas na resposta imunológica.
infectada, levando à morte celular. A molécula de imunoglobulina é feita de quatro cadeias poli-
peptídicas: duas "leves" (L) e duas "pesadas" (H) com aproxima
damente 220 e 440 aminoácidos de tamanho, respectivamente. Elas
são mantidas juntas em forma de Y por pontes dissulfídricas e in
IMUNIDADE ESPECÍFICA ADQUIRIDA terações não-covalentes. Cada fragmento Fab é composto de ca
deias L ligadas a uma parte amino-terminal das cadeias H, en
Muitos organismos infecciosos têm, por meio de mutação e pres quanto cada fragmento Fc é composto apenas da porção terminal
•ü! sões seletivas, desenvolvido estratégias para superar ou escapar de carboxila das cadeias H (Fig. 13.2).
ecanismos associados à imunidade inata. Portanto há uma ne-
^^cessidade de ser capaz de gerar imunidade específica adquirida ou Isotipos de imunoglobulina. subclasses e idiotipos
adaptativa. Isto pode, como a imunidade inata, ser separado em
*^processos humorais emediados por células. Existem cinco tipos diferentes de cadeia pesada, chamadas respec
tivamente de 7, a, 8, e e cada uma respectivamente para as cin
co classes principais de anticorpos, ou o que é chamado de isotipos:
IMUNIDADE ADQUIRIDA ESPECIFICA
IgG, IgM, IgA, IgD e IgE. A análise posterior revelou que as ca
HUMORAL
deias L são de um dos dois tipos, seja kapa (k) ou lambda (\), os
Os principais mediadores da imunidade adquirida específica hu- dois tipos de cadeia L ocorrendo nas cinco classes de anticorpos,
moral são as imunoglobulinas ou anticorpos. Os anticorpos são mas com apenas um tipo de cadeia leve ocorrendo em cada anti- 185
13 IMUNOGENETICA
Regiões Regiões de
hipervariáveis I- arcabouço 1-4 Produção da diversidade de anticorpos ,
Pode parecer paradoxalque uma única moléculade proteína exibaa
heterogeneidade estrutural suficiente para ter especificidade para
um grande número de antígenos diferentes. Combinações di-*
Fab ferentes de cadeias pesadas e leves podem, até certo ponto, res-^
ponder por esta diversidade. Seriam necessários, entretanto, mi
/ lhares de genes estruturais para cada tipo de cadeia fornecer va-
riabilidade suficiente para o grande número de anticorpos produ
Pontes
dissulfidricas'
/ ' / zidos em resposta a um número igualmente grande de antígenos
Fc aos quais as pessoas seriam expostas. Nossa compreensão inicial
de como isto ocorre veio de pessoas com uma malignidade de cé
lulas produtoras de anticorpos, ou o que é conhecido como mielo-
Carboxiterminal
ma múltiplo.
Fig.13.2
Modeloda estrutura da molécula de anticorpo. Mieloma múltiplo ^
As pessoas com mieloma múltiplo fazem uma única espécie de an-'
ticorpo monoclonal em grande quantidade, que é excretado emí
corpo individual. Assim a fórmula molecular da IgG é Kzli ou grandes quantidades na urina. Esta proteína, conhecida comopro-.
K272- As características das várias classes de anticorpos são descri teína Bence-Jones^ consiste em cadeias levesde anticorpo. A com
tas em resumo na Tabela 13.1. Em adição, existem quatro subclas- paração desta proteína de pacientes diferentes com mieloma reve-^
ses de IgG, IgGl, IgG2, IgG3 e IgG4, e duas subclasscs de IgA, lou que as pontas aminoterminais da molécula são bem variáveis^BB
IgAl e IgA2, que diferem em sua seqüência de aminoácidos e li em sua seqüência de aminoácidos, enquanto as pontas carboxiter-^—
gações dissulfídricas entre as cadeias. Moléculas individuais de minais eram relativamente constantes. Elas são chamadas de regiões
anticorpos que reconhecem antígenos específicos são conhecidas variávely ou Vy e constante, ouC, respectivamente. Uma análise^®
como idiotipos. mais detalhada da seqüência de aminoácidos das regiÕesV de pro-^^
teinas diferentes do mieloma mostrou quatro regiões que variavam
Alotipos de imunoglobulinas
pouco de um anticorpo para outro, conhecidas como regiõesfra-^^
mework (FR1-4), e três regiões marcantemente variáveis interca-^B
As cinco classes de imunoglobulinas ocorrem em todas as pessoas ladas entre elas, conhecidas como regiões hipervariáveis (HV
normais, mas as variantes alélicas, ou o que é conhecido como an (Fig. 13.2). "
alivação e supressão
186
IMUNOGENETICA
13
PÍ^^csde 1965, Drcyer eBennett propuseram que um anticorpo po- 1! S-"// • --'_rÍ/ i_k*-
^dia ser codificado por "genes" separadosnas células da linhagem
'^^germinativa que sofriam rearranjos, ou, como eles o chamaram, Recombinação
Í(^'embaralhados", no linfócito em desenvolvimento. Acomparação somática
uma população de células derivadas de uma única célula B mostrou vendo linf(')citos diferenciados do tímo, donde células T. Os linfó-||^
que ambas as classes de anticorpo têm os mesmos sítios de ligação citosT têm receptores especializados na superfície celular, conhe
de antígeno, tendo a mesma região V, e diferindo apenas em sua re cidos como receptores de iiiiiígenos de superfície de células 7", que erri^®
gião C. A mudança de classe ocorre por um evento de recombina- conjunto com o complexo principal de hislocompalibilidade na su-^jg
ção somática que envolve segmentos de DNA chamados de S (de perflcie da célula infectada resulta no envolvimento das células
mudança, switchhig) que levam a uma alça e deleçào do DNA in helper ecélulas Tcitotóxicas para combater infecções intracelulare^"
tercalar. O resultado é eliminar o segmento de DNA codificante da levando à morte da célula infectada. ip®
região C da cadeia pesada da molécula de IgiM e levar o segmento
gênico codificante da região C da nova classe de cadeia pesada ad
jacente ao segmento que codifica a região V (Fig. 13.4).
Receptor de antígeno de superfície de células T ^
As célulasT expressam cm sua superfície um receptor de antige-|M
Hemocromatose
Narcolepsia
Artnte reumatóide
13 IMUNOGENETICA
AR. autossômica recessiva; RX. ligada aoX recessiva: BMT, transplante de medula óssea: ADA, adenosina desaminase; N. normal, i reduzida;
+, presente.
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IMUNOGENÉTICA 13
Síndrome hiper-IgM
Esta é uma condição recessiva ligada ao X que inclui níveis au
Enzimas de descarga de mentados de IgM, e também geralmente de IgD, com níveis de
grânulos {G) nos vacúolos outras imunoglobulinas sendo diminuídos. Os pacientes são sus
para matar e digerir bactérias
cetíveis a infecções piogênicas recorrentes e o genemutado codi
•#9.13.5 fica uma molécula de superfície celular nas célulasT ativadas cha
j^gocitose e as vias envolvidas na morte intracelular de mada ligando CD40(renomeado para TNFSfS). Quando o gene
crorganismos. não está funcionando, as mudanças de classe de imunoglobulina
são ineficientes, de modo que a produção de IgM não pode ser
prontamente mudada para IgA ou IgG.
«9
rentes bacterianas ou fúngicas, geralmente pormicrorganismos Imunodeficiência variável comum
gl^^ensais. Até oadvento do tratamento de apoio sob a forma de Este constitui o grupo mais comum de deficiências de células B,
f:ibióticos relacionados ainfecção eantibióticos profiláticos, ela mas é muito heterogêneo e as causas são basicamentedesconheci
^ava associada a uma taxa de alta mortalidade infantil. O gene das.A apresentação é similara de outras formasde deficiência imu
^^itado na CGD foi oprimeiro gene de doença humana clonado ne,incluindo hiperplasia linfóide nodular. Ossexos são igualmen
,rclonagem posicionai (p. 74). te afetados e a apresentação podecomeçar em qualquer idade.
^.13.6
ativação nao-aleaíória de tinfócitos T paralestede transporte em SCID ligada aoX.
no cromossomo X ativonao-metilado. Assim,a inativação pa- ABO para os antígenos A e B são herdados de modo co-dominan-
^Hpe ser nào-aleatória em um portador, embora, estritamente fa- te mas são ambos dominantes ao gene para o antígeno O. Existem
^do, é asobrevida da população decélulas que não é aleatória. portanto seis genótipos possíveis. Os estados homozigoto e hete-
" Um padrão misto de inativação nos linfócitos da mãe de um rozigoto para os antígenos A e B (AA, AO, BB, BO) podem ser
g^mem esporadicamente afetado é consistente com o distúrbio determinados pelos estudos familiais (Tab. 13.5).
p^ído sur^do como uma novamutação ligada ao X ou sendo de- Como as pessoas do grupo AB não produzem anticorpos A ou
frao à forma autossômica recessiva. Estudos similares de inativa- B, elas podem receber uma transfusão de sangue das pessoas de
do X da população de linfócitos B de sangueperiférico podem todos os outros grupos sangüíneosABO,e são portanto chamados
usados para determinar a condição de portadora de uma mu- de receptores universais. Poroutro lado, comoas pessoas do grupo
er em risco de agamaglobulinemia tipo Bruton e sindrome O não expressam os antígenos A ou B em suas hemácias, elas são
skott-Aldrich. Esta técnica foi amplamente substituída pela chamadas dc doadores universais. Os anti-soros podem se diferen
ntificaçãodireta de mutações nos genes responsáveis. ciar em dois subgrupos do grupo sangüíneo A, A1 e A2, mas isto
tem pouca importância prática no que se relaciona com as trans
fusões sangüíneas.
IRUPOS SANGÜÍNEOS
Base molecular dos grupos sangüíneos ABO
Igrupossangüíneos refletem os determinantes antigênicos das Os indivíduos com os grupos sangüíneos A, B, e AB possuem en
nácias e foram umadasprimeiras áreas nasquaisumacompre- zimas com atividade de glicosiltransferaseque convertem o grupo
ejnsão da biologiabásicalevoua avanços significativos na medicina sangüíneo básico, que é conhecido como antígeno "H", nos antí
Limica. Nossos conhecimentos dos grupos sangüíneos ABO e genos oligossacarídicos "A" ou "B". Os alelos para os grupos san
|esus resultaram em transfusões sangüíneas segurase prevenção güíneos A e B diferem em sete substituições de uma única base
^^doença hemolítica Rhesus do neonato. que resultam em diferentes atividades de transferase A e B, sendo
o alelo A associadoà adição de grupos A-acetilgalactosaminil e o
^ GRUPOS sangüíneos ABO
•n, grupos sangüíneos ABO foram descobertos por Landsteiner
^^0 após a virada doséculo XX. A transfusão de hemácias deal- Tabela 13.5 Fenótipos e genótipos de grupo sangüíneo
•l^nas pessoas para outras resultou, emalguns casos, emhemóli- ABO
^^rápida; em outras palavras, seu sangue era incompatível. Os
Hemácias Reage com anti-soro
tJtüdos revelaram que existem quatrotipos principais de grupos
Fenótípo Genótipo Anticorpos Anti-A Anti-B
O:A,B,AB e O. As pessoas que são do grupoA possuem o an-
no A na superfície de suas hemácias, as pessoas do grupo B 0 00 Anti-A.B -
-
i
alelo B com a adiçSo dc grupos D-galactosil. O aleloO resulta de Erotina triar todas as mulheres Rh negativas durante ages^
uma deleçüo crítica de um único par de bases que resulta em uma çàoquantoao desenvolvimento de anticorposRh. A despeitodei
proteínaincapaz de modificar o antígenoH. tasmedidas, uma pequena proporção demulheres torna-se seni
bilizada. Se surgem anticorpos Rh, são feitos testes para ver s(|
feto foi afetado. Casosim, há um balanço delicado entre a escolb
Condição de secretor
de um parto antecipado, com os riscos da prematuridade euií
Na maioria das pessoas, os antígenos de grupo sangüíneo ABO, transfusão de troca, e o tratamento do feto no útero com transfif
além de serem expressos nas hemácias, sâo secretados em vários sões de sangue.
outros líquidos corpóreos, incluindo asaliva. Isto é controlado por
dois alelos do chamado locus secreior, sendo as pessoas secretor po
Base molecular do grupo sangüíneo Rhesus
sitivo ousecretor negativo, as primeiras dominantes em relação às
segundas. Acondição secretora está associada a uma predisposição Recentes evidências bioquímicas mostraram que existem dois ti
a úlceras pépticas. O locus secretor também foi demonstrado co pos de polipeptídeos de membrana das hemácias. Um correspof
mo estando ligado ao locus da distrofia miotônica. Antes do ad de aoantígeno D e o outro às séries C e E de antígenos. A clor|i
vento dos marcadores de DNA, osestudos familiais da condição gem das seqüências genômicas responsáveis usando DNA co
secretora eram usados para prever se uma pessoa assintomática plementara Rh (cDNA)de reticulócitos revelou que existemd
tinha herdado o gene para este distúrbio (p. 104). genes codificando osistema Rh, um para D ed, e um segundo ^
raCeceEee. Olocus Destá presente na maioria das pessoa^
codifica o antígeno principal D nos que são Rh positivo. Os indi
GRUPO SANGÜÍNEO RHESUS víduos Rh negativos são homozigotos para uma delcção do ge^
Osistema degrupo sangüíneo Rhesus (Rh) envolve trêsconjuntos D. Talvez não seja surpreendente, portanto, que nunca tenha si^
de antígenosproximamcnte ligados, Cc, Dd e Ee. D é fortemente feito um anticorpo para d!
antigênico eas pessoas são, para fins práticos, ouRh positivos (pos Aanálise de cDNA dos reticulócitos nas pessoas RH negatif!
suindo o antígeno D) ou Rh negativos (não tendo o antígeno D). que são homozigotas paradCe,dcE e dce permitea identifica^
das seqüências genômicas responsáveis pelasdiferentes varianKS
antigênicas no segundo locus, revelando que elas são produzia^
Doença hemoUtíca Rhesus do neonato por recomposição alternativa do mRNA transcrito. OpoIipeptídP
A proporção dasmulheres que são Rh negativas tem um aumento Ee éum produto de todo otamanho do gene CcEe, muito simi^
dechance deter um filho que morrerá no útero ounascerá grave em seqüência ao polipeptídeo D. Os antígenos E e e diferem pot
mente anêmico devido a hemólise, a menos que tenha recebido uma mutação de ponto no éxon 5. Os polipeptídeos Cc são, íí
transfusão ainda no útero. Istoocorre pelo seguinte motivo. Se o contraste, produtos de um transcrito mais curto do mesmo ge:^
sangue Rh positivo é dado a pessoas que são Rhnegativo, a maio havendo aremoção dos éxons 4,5e6ou 4,5e 8. Adiferença ^
ria irá desenvolver anticorpos anti-Rh. Tal sensibilização ocorre tre C e c é devidaa quatro substituiçõesde aminoácidos nos éxons
com a exposição a quantidades muito pequenasde sangue, e uma 1e 2.Estes achados ajudam a explicar o queantes eraumsiste:^
vezque a pessoa tenha sidosensibilizada, umaexposição posterior de grupo sangüíneo aparentemente complexo. ^
resulta na produção de títulos muito altos de anticorpos.
Nocaso de uma mãe Rh negativo levando umfeto Rhpositivo, OUTROS GRUPOS SANGÜÍNEOS
as hemácias deorigem fetal podem entrar na circulação da mãe,
por exemplo após um abortoou na época do parto. Isto podein Existem aproximadamente outros 12 sistemas de grupos sanga
duzira formação deanticorpos Rhnamãe. Emuma gestação sub neos "comuns" de importância clínica em humanos, incluin^
seqüenteestesanticorpos podemcruzar a placenta e entrar na cir Duffy, Lewis, MN e S. Estes geralmente só têm interesse na co^
culação fetal. Istoleva à hemólise das hemácias fetais e,se o feto é paração de sangues de pessoas que, devido arepetidas transfus^d
Rhnegativo, pode resultar ouemmorte fetal, conhecida como eri- desenvolveram anticorpos paraum destesoutrosantígenos de gru
troblastosefetal, ouem uma grave anemia hemolítica decrianças pos sangüíneos. Até o advento dofmgerprinting de DNA (p.
neonatas que é chamada de doença hemolítica do neonato. Uma vez eles eram usados em estudos de ligação (p. 132) e testes depat^
que uma mulher tenha sido sensibilizada há um risco significati nidade (p. 259). ^
vamente maior deque uma criança em uma gestação subseqüente,
se Rh positiva, seja mais gravementeafetada. ^
Para evitar sensibilizar uma mulher Rh negativa, deve sempre
ser usado um sangue Rh compatível em qualquer transfusão de LEITURAS COMPLEMENTARES
sangue. Além disso, asensibilização e portanto aincompatibilida Bell J I, Todd J A, McDevitt HO1989 The molecular basis ofHLA-dise^^
de deRh após o parto pode serevitada dando à mãe uma injeção association. Adv Hum Genet 18: 1—41
deanticorpos deRh, chamada deanti-D, demodo que quaisquer Cood reviewofthe HL/í-disease associalions.
células fetais que sejam encontradas a caminho da circulação ma DreyerW J, Bennec J C 1965 Themolecular basis ofantibody formation:^^
paradox. Proc NatI Acad Sei USA 54; 864-869
19A terna sejam destruídas antes que a mãe sejasensibilizada. Theproposalofthegeneration of antihodydiversity. "
«a#
IMüNOGENÉTtCA 13
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lOOíi, ipell illiistraleti, lexihnok oflhe bidlogy oJ immuuolngy ExceUent basic immtinology textbook.
ELEMENTOS
O Aresposta imune cm humanos pode ser dividida em dois noácidos tanto nas cadeias leve quanto pesada ocorrem dentro
tipos principais, inata eespecífica adquirida ou imunidade adap- de várias pequenas regiões hipervariáveis. Elas são tidas como
tativa. Ambosos tipos podem ser ainda subdivididos em imu sítios deligação deantígeno. As cadeias deimunoglobulina são
nidade humoral e mediados por células. produzidas decombinações degrupos separados desegmentos
de DNA. Elas consistem em uma deum número de segmentos
^ Aimunidade humoral inata envolve proteinas da fase agu variáveis de DNA codificando as regiões constante (C),
da que atuam para minimizar o dano tissular limitando a dis
persão de organismos infecciosos e, pelavia alternativa de ati
variável(V) edejunção (J) entre as regiõesV eCpara as cadeias
vação do complemento, resulta em umaresposta inflamatória
leve \ e Ke os vários tipos de cadeias pesadas. As cadeias pe
sadas também contêm uma região de diversidade (D) situada
localizada e aatraçào de fagócitos eopsonização de microrga-
entre as regiões Ve J. O número total de anticorpos possíveis
nismos. Ocomplemento, que consiste em uma série de proteí
nas inativas do sangue que são ativadas seqüencialmente em que podem serproduzidos por várias combinações destes seg
uma cascata, também pode serativado pela via clássica pela li
mentos de DNA contribui para a diversidade de anticorpos
vistos nos humanos.
gação do anticorpo a um antígeno.
@ Aimunidade inata mediada por célula envolve oengolfa- 0 Aimunidade específica mediada por células adquiridas
mento de microrganismos pelos macrófagos e sua destruição primariamente envolve células T que, pelo receptor de antíge
no de superfície de células T, em conjunto com moléculas do
pelos grànulos intracelulares.
complexo principal dehistocompatibilidade nasuperfície das
O imunidade humoral específica adquirida envolve apro células infectadas, envolve ascélulas T helper e células T cito-
dução deanticorpos pelas células Bmaduras dos anticorpos ou tóxicas para combaterinfecções intracelulares.
plasmócitos em resposta a antígenos. Os anticorpos são molé
culas em forma de Y e cada uma é composta de duas cadeias O o complexo principal de histocompatibilidade (MHC) ou
o sistema deantígeno leucocitário humano (HLA)consiste em
pesadas (H) idênticas e duascadeias leves (L) idênticas. Amo
lociproximamente ligados no cromossomo 6. Os muitosalelos
lécula de anticorpo tem duas partes que diferem em sua fun
ção: dois sítios idênticos de ligação de antígenos (Fab) e um diferentes que podem ocorrer em cada locus significam que
único sítio deligação para ocomplemento (Fc). Existem cinco pode resultar um número muito grande decombinações dife
rentes. Os loci de HLA são herdados em bloco como um ha-
classes deanticorpos, IgA, IgD, IgE, IgG eIgM, cada uma com
plótipo. Quanto maior acorrespondência dos antígenos deHLA
cadeia pesada específica. A cadeia leve de qualquer classe de
entreo doador e o receptor no transplante de órgãos, maior a
anticorpo pode serfeita de cadeias kapa (k)ou lambda (X).
probabilidade de sobrevida a longo prazodo homoenxerto. A
0 Cada cadeia leve ou pesada de imunoglobulina tem uma posse de alguns antígenos de HLA está associada a um risco
•í| região variável (V) de apro.ximadamente 110 aminoácidos na relativamente aumentado dedesenvolver doenças específicas.
•A ponta aminoterminal. A ponta carboxiterminal consiste em
uma regiãoconstante (C) de aproximadamente 110 aminoáci O Urna compreensão dos grupos sangüíneos ABO eRhesus
dos nas cadeias k e e três a quatro vezes este tamanho na resultou em transfusões de sangue seguras e a prevenção da
doença hemolítica Rhesus no neonato.
cadeia pesada. A maioria das variações deseqüências deami-
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