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Sistema Imune
Conjunto de fatores que tem como função
proteger o organismo contra infecções
DIVIDIDO EM:
IMUNIDADE INATA
IMUNIDADE adaptativa
Principais atuantes:
Linfócitos Anticorpos
Imunidade Inata
Características:
Ataca de forma mais rápida, mas sem distinção
Não possui especificidade
Identificação (Reconhecimento)
Antes de atacar o invasor, o sistema imune precisa
identificá-lo. Quem faz isso? OS LEUCÓCITOS.
Como fazem isso? A partir dos PAMPs (Padrões
Moleculares Associados a Patógenos) que estão
presentes na membrana do antígeno.
Os leucócitos possuem em sua membrana os PRRs
(Receptores de Reconhecimento de Padrões), através
destes receptores os leucócitos conseguem identificar
os invasores que possuem PAMPs.
Recrutamento de Fagócitos
Esse recrutamento ocorre através de leucócitos
especialistas em fagocitose: neutrófilos e macrófagos
(monócitos)
hora de fagocitar!!!
CÉLULAS DENDRÍTICAS
MASTÓCITOS
SISTEMA COMPLEMENTO
Conjunto de proteínas plasmáticas que atuam na
defesa contra microrganismos
A maioria dessas proteínas são proteases (enzimas
proteolíticas)
Conseguem quebrar ligações peptídicas
VIA ALTERNATIVA
Imunoglobulina se liga Macrófagos digerem o
ao microrganismo e microrganismo e
se fixam liberam substâncias
que estimulam o fígado
a liberar a lectina
Interação com o
Ativação C1 microrganismo
Lectina se liga ao
microrganismo
Ativa protease Ativação dos fatores
ReS B e D da membrana
plasmática
Cliva C2 e C4
Ativa C3
C3b C3a
INFLAMAÇÃO
É uma reação natural do organismo em resposta
a infecção ou lesão
Dilatação vascular:
Aumento do fluxo sanguíneo
Consequentemente ocorre os fenômenos de rubor,
calor e tumor (edema)
Leucocitose e Marginação Leucocitária:
O momento favorece o aumento de leucócitos,
principalmente de neutrófilos e posteriormente,
monócitos
Os leucócitos caminham até o endotélio através da
diapedese
Exsudação:
Passagem de substâncias plasmáticas e leucócitos
que saem dos vasos, com o objetivo de eliminar o
agente invasor e remover o tecido necrosado
- Fenômenos alterativos:
Degeneração e Necrose
Toxinas do agente lesivo
Ação inflamatória
- Fenômenos resolutivos:
Regeneração
Cicatrização
Imunidade Adaptativa
Características:
Adquirida durante a vida
Atua de maneira específica contra cada antígeno
Memória imunológica
CLASSIFICADA EM:
Células efetoras
São aquelas que vão de fato para a guerra
imunológica naquele momento
Células DE MEMÓRIA
São aquelas que vão ser atuantes somente quando
houver (se houver) um segundo contato com aquele
antígeno
IMUNIDADE HUMORAL
Células atuantes: Linfócitos B
Mediada por Anticorpos (Imunoglobulinas)
Defesa contra microrganismos extracelulares
Lembra dos dois grupos formados durante a
multiplicação dos clones? Então, as células efetoras
dos linfócitos B são chamadas de plasmócitos.
Os plasmócitos são os responsáveis pela produção e
secreção das nossas imunoglobulinas, mas
popularmente chamadas de anticorpos.
Variável
Os anticorpos possuem dois sítios de ligação ao antígeno,
b
Leve
das pontes dissulfeto.
As cadeias possuem duas regiões: variável e constante. A
variável como um próprio nome diz, nem sempre é a
Fc mesma para todos
Cadeia
Pesada
Principais funções:
- Neutralização
- Opsonização
- Ativação do Sistema Complemento
Os receptores presentes na membrana dos linfócitos
permitem que haja um reconhecimento direto com o
patógeno, ou seja, não há necessidade de outra célula
ou substância apresentar o antígeno para o anticorpo,
se o receptor dele "der um match" com o tipo de
patógeno presente, já era!
O anticorpo vai se ligar ao antígeno, impedindo sua
ação. O antígeno será revestido por anticorpos, ou
pelas proteínas do complemento, facilitando a
fagocitose. IgM ou IgG ativa a via clássica, se liga ao C1
e a cascata do sistema complemento começa a rolar.
Imunoglobulinas
Existem 5 classes, ou isotipos de anticorpos, que
possuem funções e características distinstas, vamos
conhecê-los a seguir:
IMUNIDADE CELULAR
Células atuantes: Linfócitos T
Mediada por Células
Defesa contra microrganismos intracelulares
LINFÓCITO T AUXILIAR
Reconhece o complexo MHC Classe II presentes nas
células apresentadoras de antígeno (APC) e que
vieram do meio extracelular
Secretam a interleucina 2 (IL-2) promovendo
expansão clonal
Estimulam a produção de IgE (e outras
imunoglobulinas) a partir de citocinas
Ativam leucócitos, principalmente eosinófilos
Assimilou aqui o IgE e os eosinófilos?
Quando eles estão presentes mesmo? Nas reações alérgicas e
parasitárias (por helmintos)!
LINFÓCITO T CITOTÓXICO
Reconhecem o complexo MHC Classe I
As células citotóxicas matam as células com
microrganismos infecciosos
Liberam grânulos tóxicos: perforina e granzima
Atuam principalmente nas infecções virais, células
tumorais e células de transplante
IMUNIZAÇÃO
NATURAL X ARTIFICIAL
IMUNIZAÇÃO PASSIVA
Apresenta uma resposta rápida
Não possui memória
Curto prazo
Pode ser natural ou artificial:
- Natural (Ex: Leite materno/placenta)
- Artificial (Ex: Soro antiofídico)
IMUNIZAÇÃO ATIVA
Induzida pela exposição a um microrganismo
Possui memória
Longo prazo
Pode ser natural ou artificial:
- Natural (Ex: Infecção/doença)
- Artificial (Ex: Vacina)
SORO X VACINA
Qual a diferença?
Imunodeficiências
Existem algumas situações onde ocorre uma disfunção
no sistema, fazendo com que ele possua falhas e
consequentemente acarreta no mal funcionamento do
sistema de defesa, para essa disfunção denominamos:
imunodeficiência, onde o sistema imunológico se
apresenta deficiente.
IMUNODEFICIÊNCIA PRIMÁRIA
É causada por defeitos genéticos, tem
como característica a suscetibilidade à
infecções. Podem ser manifestadas
ainda na infância, logo após o
nascimento ou apenas na fase adulta.
A seguir veremos alguns tipos de
imunodeficiência congênita.
IMUNODEFICIÊNCIA SECUNDÁRIA
É causada por anormalidades que não
são de caráter genético e sim por
algum fator externo, como neoplasias
da medula óssea e infecção por outros
agentes, porém a imunodeficiência
adquirida mais conhecida é a AIDS e é
sobre ela que vamos falar a seguir:
HIV é o vírus
AIDS é o nome da doença
Hipersensibilidade
No geral, o dever do sistema imune é de nos defender,
porém as respostas imunológicas também são capazes
de causar lesão tecidual e doenças, podendo ser
prejudiciais ou não, para essas reações desagradáveis
chamamos de hipersensibilidade, ou seja, se trata de
respostas imunes exageradas ou anormais.
TIPOS DE HIPERSENSIBILIDADE:
Doenças Autoimunes
Nós vimos que o que deve acontecer normalmente é o
sistema imune reconhecer substâncias estranhas (não-
próprias) e lutar contra elas, para que as mesmas não
venham nos causar nenhuma infecção.
Imunodiagnóstico
Primeiramente, quero ressaltar que os exames
imunológicos sofrem influências de: concentração de
anticorpos e antígenos, metodologia utilizada, reação
cruzada, janela imunológica e outros.
Segundamente, antes de prosseguir no assunto
principal iremos relembrar alguns termos essenciais
que distinguem os verdadeiros resultados positivos dos
verdadeiros resultados negativos, afinal... como falar
de imunologia sem falar de sensibilidade e
especificidade, não é mesmo?
SENSIBILIDADE
VERDADEIROS POSITIVOS
ESPECIFICIDADE
VERDADEIROS NEGATIVOS
RESULTADOS + a b
RESULTADOS - c d
ONDE:
VPP = a
a = verdadeiros + a+b
b = falsos +
c = falsos - VPN = d
d = verdadeiros - c+d
EXEMPLO:
RESULTADOS + 50 20
RESULTADOS - 30 40
AGLUTINAÇÃO
A partir das reações de aglutinação é possível
visualizar macroscopicamente (a olho nu) a formação
de vários agregados devido as reações entre antígenos
e anticorpos. Podendo ainda ser classificada em
aglutinação direta ou indireta.
AGLUTINAÇÃO DIRETA:
Materiais utilizados:
Soro fisiológico
Tubos de hemólise
Centrífuga
Kit de reagentes: Anti-A, Anti-B, Anti-D
Amostra de sangue em EDTA
Metodologia:
- Preparar a suspensão de hemácias:
Em um tubo de hemólise adicionar 950ul de soro
fisiológico (salina) + 50ul do concentrado de
hemácias
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
- Técnica em tubo:
Identificar três tubos de hemólise com as letras A, B
eD
Adicionar 50ul da suspensão
de hemácias em todos os
tubos A B D
Adicionar os reagentes nos
tubos correspondentes, Anti-A
no tubo A, Anti-B no tubo B e
Anti-D no tubo D
Após a centrifugação, dar leves batidas no tubo e
realizar a interpretação
- Reação positiva: Presença de aglutinação
- Reação negativa: Ausência de aglutinação
EXEMPLO:
= B -
a B D
= O +
a B D
AGLUTINAÇÃO INDIRETA:
ASLO
Látex revestido com estreptolisina O
Pesquisa de anticorpos no soro do paciente
Materiais utilizados:
Cartão-teste
Reagente Imuno-Látex ASLO
Pipeta
Vareta de plástico
Amostra do paciente
Metodologia:
Pipetar 25ul da amostra no cartão-teste
Homogeneizar o reagente e pipetar 25ul na mesma
área que foi pipetada a amostra
Misturar o reagente com a amostra o auxílio da
vareta de plástico
Realizar movimentos de rotação por 2 minutos
Fazer a interpretação a partir da formação ou
ausência de aglutinação
EXEMPLO:
Sendo a concentração
NEGATIVO POSITIVO
= ou > 200UI/ml
25ul 25ul
Desprezar ou preservar os
1/8 1/16 1/32 últimos 25ul para continuar
a diluição em outro cartão
Interpretação:
Presença de aglutinação: reagente (positivo)
Ausência de aglutinação: não reagente (negativo)
Cada área do cartão aglutinada a concentração
equivale a 200UI/ml, para saber o resultado do
teste basta multiplicar 200 pelo último fator de
diluição que apresentou aglutinação.
Materiais utilizados:
Cartão-teste, Pipeta
Reagente PCR Látex
Amostra do paciente (soro)
Metodologia:
Pipetar 50ul da amostra e 50ul do reagente no
cartão-teste
Homogeneizar e agitar no agitador mecânico por 2
minutos
Observar a presença ou não de aglutinação
EXEMPLO:
Sendo a concentração
NEGATIVO POSITIVO
= ou > 6,5mg/L
Interpretação:
Presença de aglutinação: reagente (positivo)
Ausência de aglutinação: não reagente (negativo)
Cada área do cartão aglutinada a concentração
equivale a 6,5mg/L, para saber o resultado do teste
basta multiplicar 6,5 pelo último fator de diluição
que apresentou aglutinação.
O cálculo será:
6,5 x 8 = 52mg/L
HEMAGLUTINAÇÃO INDIRETA:
Metodologia:
Ver bula e seguir as instruções do fabricante
Interpretação:
Positivo: Quando as hemácias se aglutinam e
revestem todo o fundo da placa
Negativo: Observa-se um sedimento no fundo do
poço, caracterizado pela formação de um "botão"
COOMBS DIRETO:
COOMBS INDIRETO:
Interpretação:
Negativo: Ausência de aglutinação indica que não
há anticorpos sensibilizando as hemácias
Positivo: Presença de aglutinação indica
sensibilidade aos anticorpos
FLOCULAÇÃO
É considerada uma remodelação da aglutinação
indireta, porém, diferente da aglutinação que é
observada a olho nu, na floculação só é possível
identificar os grumos formados a partir do auxílio de
um microscópio. Um dos testes mais conhecidos que
utiliza essa técnica é o VDRL, que é um teste utilizado
como teste de triagem para diagnóstico de sífilis.
A sua metodologia é bem semelhante aos demais
testes de aglutinação, o que diferencia é a forma como
veremos os grumos.
VDRL:
Emprega-se uma suspensão de cardiolipina,
colesterol e lecitina.
Quando ocorre a produção de anticorpos por conta
da infecção pelo Treponema pallidum um
imunocomplexo é formado ao entrar em contato
com a suspensão
Procedimento:
Na placa de Kline pipetar 50ul da amostra e 20ul do
reagente
Agitar no agitador mecânico por 4 minutos
Realizar a leitura no microscópio
IMUNOCROMATOGRAFIA
Essa com certeza é a técnica mais conhecida e
utilizada, até mesmo por quem nem curte a área da
saúde, pois é uma técnica rápida e de fácil manuseio, e
que pode ou não ter um reagente adicional (o reagente
já vem acoplado na membrana da placa).
Popularmente conhecido como teste rápido, afinal ele
é de fato rápido!
Um exemplo clássico de teste rápido é o exame de
gravidez (beta HCG) vendido na farmácia, mas
também existem outros testes como: HIV, Hepatite,
Dengue e Malária.
Interpretação:
C C C C
T T T T
ELISA
Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay é um teste
sorológico imunoenzimático, sua técnica é baseada em
reações antígeno-anticorpo detectáveis através de
reações enzimáticas. Possui alta sensibilidade e
especificadade.
Nessa metodologia ocorre a imobilização de um dos
componentes (podendo ser anticorpos ou antígenos)
na fase sólida. A enzima reconhecendo o alvo
pesquisado, ela irá reagir com o substrato cromogênio
levando a uma alteração na coloração dependendo da
concentração do antígeno ou do anticorpo.
As enzimas normalmente utilizadas como marcadores
nesses imunoensaios são peroxidase e fosfatase
alcalina. A medição é feita por um espectrofotômetro,
a partir da densidade ótica da solução.
IMUNOFLUORESCÊNCIA
Baseada na habilidade de anticorpos se ligarem a
fluorocromos, corantes que conseguem absorver a luz
ultravioleta (UV), emitindo-a num dado comprimento
de onda, e permitindo sua visualização ao microscópio
de fluorescência (com luz UV), serve tanto para
pesquisa de anticorpos como de antígenos.
Os fluorocromos comumente utilizados são:
Fluoresceína (FITC fluoresceína isocianetada) e
Rodamina (TRICT).
Porém, tem sido substituído pela citometria de fluxo e
ensaios imunoenzimáticos, devido a necessidade de
um microscópio específico e equipe treinada para esta
metodologia.
Imunofluorescência direta:
Atua na pesquisa de antígeno diretamente no tecido ou
célula a ser investigada, a partir de anticorpos
conjugados com fluorocromos.
Indicada na investigação de doenças imunológicas
que afetam os rins, de origem dermatológica ou do
tecido conjuntivo.
Imunofluorescência indireta:
É mais utilizada na pesquisa de anticorpos, mas pode
ser usada tanto na pesquisa de anticorpo, como de
antígeno. Detecta anticorpos através de antígenos
fixados em uma lâmina de imunofluorescência. O
primeiro anticorpo adicionado não é fluorescente, já o
segundo sim.
Aplicado na investigação de doenças infecciosas,
como doença de Chagas, sífilis (FTA-ABS) e na
pesquisa de autoanticorpos (FAN).
WESTERN BLOTTING
Também chamado de immunoblotting, é uma técnica
de biologia molecular, útil na pesquisa de proteínas.
Pesquisa anticorpos e antígenos. Usado como método
confirmatório de doenças infecciosas, como a infecção
pelo HIV.
Baseada na utilização de eletroforese em gel que
promove a separação de proteínas por peso molecular,
através do comprimento da cadeia polipeptídica.
As proteínas são transferidas para uma membrana de
celulose, depois disso ocorre a revelação com a
utilização de anticorpos ligados a enzimas. Na
eletroforese em gel, as proteínas mais pesadas não
conseguem percorrer distâncias longas como as mais
leves. No gel utilizado (Poliacrilamida) contém um
detergente que proporciona carga negativa as
proteínas, contribuindo para que elas se desloquem do
polo negativo para o polo positivo.
CITOMETRIA DE FLUXO
Com a citometria de fluxo é possível detectar a célula
ou outros componentes em meio líquido, marcadas
como anticorpos monoclonais ligados a fluorocromos.
Possui a capacidade de analisar simultaneamente:
tamanho, complexidade e outros componentes.
O equipamento utilizado é o citômetro, as células
passam (uma por vez) na frente de um laser em um
certo comprimento de onda, emitindo sinais luminosos
captados e transformados em sinais elétricos, e
posteriormente convertidos em dados eletrônicos e
visualizado em forma de gráfico.
TAMANHO
MARCADORES HEPATITE B
Referências
LIVROS CONSULTADOS:
LINKS CONSULTADOS:
https://www.antibodies.com/es/western-blotting
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/05/elisa.
html
https://bioemfoco.com.br/noticia/o-que-e-citometria-
de-fluxo-e-qual-sua-aplicacao-para-a-saude/
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/imuno_h
ematologia_laboratorial.pdf
https://crfrn.org.br/2020/AULAS/Imunodiagn%C3%B3s
tico-das-Infec%C3%A7%C3%B5es-Sexualmente-
Transmiss%C3%ADveis-ISTs.pdf
https://www.laborclin.com.br/wp-
content/uploads/2019/05/551000-%E2%80%93-PCR-
LATEX-PROT.C-REATIVA-R2mL-KIT-50T.pdf