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DIREITO EMPRESARIAL

DIREITO EMPRESARIAL NO BRASIL


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SUMÁRIO

1 CÓDIGO COMERCIAL DE 1850 E A TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO ....................................................... 3


2 CÓDIGO CIVIL DE 2002 E A TEORIA DA EMPRESA .................................................................................... 3
3. DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO .............................................................................................. 4

CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO


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ATUALIZADO EM 12/02/20181

DIREITO EMPRESARIAL NO BRASILi

O direito empresarial é informal, fragmentário, cosmopolita: ele não é um sistema jurídico harmônico.

1 CÓDIGO COMERCIAL DE 1850 E A TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO

O Código Comercial de 1850 era dividido em três partes: I – Do comércio em geral; II – Do Comércio
marítimo; III – Das quebras. Esta última parte já havia sido revogada pelo Decreto-Lei 7.661/45, que,
posteriormente, foi revogado pela nova Lei de Falências – Lei 11.101/05.

A primeira parte do Código – Do comércio em geral- adotou a teoria dos atos de comércio, que tem
origem na França, e, para ela, existem as figuras do comerciante (pessoa física) e da sociedade comercial
(pessoa jurídica). Para serem classificados como tal, necessária seria a prática de atos de comércio. O conceito
de empresário estaria ligado a essas práticas.

O Regulamento 737/1850 era o responsável por arrolar os atos de comércio: a) compra e venda de bens
móveis; b) atividade de seguro; c)atividade bancária; d) atividade de frete marítimo; dentre outros.

É de se observar que a prestação de serviços não estava elencada no regulamento, bem como a atividade
imobiliária (construtoras, imobiliárias, etc.). Isso ocasionava grandes problemas, na medida em que as regras do
direito comercial não incidiam sobre essas atividades.

2 CÓDIGO CIVIL DE 2002 E A TEORIA DA EMPRESA

O Código Civil de 2002 passou a adotar a teoria da empresa, de matriz italiana. Trouxe, com isso, novos
conceitos, quais sejam o de empresário e de empresa. Deste modo, houve a revogação da parte I, do Código
Comercial de 1850 (art. 2.045, do CC). Isso significa que a parte II, que trata do comércio marítimo, ainda está
em vigor. Critério material.

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porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
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CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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#JÁCAIUEMPROVA: O CC manteve a separação das obrigações do empresário das do não empresário, unindo,
apenas, todas em um único diploma.

*#ESTRATÉGIACONCURSOS #COMPLEMENTAÇÃO: Há uma noção interessante de definição de empresa,


afirmada por economistas. Trata-se da teoria dos feixes de contratos, firmada por Ronald H. Coase. Para este
autor a empresa é nada mais do que um conjunto de feixe de contratos, a fim de reduzir os custos de transação.
As empresas são formadas por uma série de contratos (compra, venda, mão de obra, serviços, fornecimento), os
quais servem para reduzir os seus custos operacionais.

#IMPORTANTE: Esses contratos (ou feixe de contratos) permitem a organização dos fatores de produção e
redução dos custos de transação.
Uma outra teoria importante que pode aparecer em prova é a de Alberto Asquini, que divide a empresa em
quatro perfis, a saber: Objetivo, Subjetivo, Funcional, Corporativo/institucional.
(i)no perfil subjetivo, a empresa equivale a figura do empresário, pessoa física ou jurídica.
(ii)no perfil objetivo, a empresa é vista como o patrimônio do empresário, que se distingue do patrimônio
utilizado pelo empresário em sua vida particular.
(iii)de acordo com o perfil funcional, a empresa é vista enquanto atividade exercida pelo empresário.
(iv)por fim, o perfil corporativo/institucional, vê a empresa como instituição, como um conjunto de pessoas
que trabalham para uma organização, do empresário e de seus demais colaboradores. O perfil institucional tem
foco, pois, no conjunto de pessoas que trabalham no empreendimento.
O perfil funcional pode ser mencionado com base no art. 966 do Código Civil, mas tomar cuidado com os
outros! Se for com base na teoria de Asquini, é possível considerar a empresa como o conjunto de bens
(primeiro), a figura do empresário (segundo) ou o conjunto de pessoas que trabalham no empreendimento
(terceiro); fora dessa teoria, considerar empresa apenas a atividade economicamente organizada de circulação
de bens e serviços!

#CONCLUSÃO: A teoria da firma (ou dos feixes de contratos), difundida por Coase, diverge da visão
institucional de empresa posta por Asquini, já que aquele vê as entidades com conjunto de contratos, que
visam a reduzir os custos da produção e organizá-los, enquanto esta vê as empresas como conjunto de pessoas
que trabalham para a organização.

3. DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO

Não se aplica.

CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO

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