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Administr A Tivo
Administr A Tivo
compra e alienação de bens móveis de valor superior ao fixado no art. 23, II, b (art. 17,
§6º da lei);
concessão de direito real de uso de bem público;
para o registro de preços, ressalvada a hipótese de pregão, disposta nos arts 11 e 12 da Lei
nº 10.520/02, desde que se trate, neste último caso, de bens comuns;
FASES DA LICITAÇÃO
Tomaremos por base o procedimento previsto pela Lei nº 8666/93 para a
concorrência pública, por ser a modalidade que apresenta mais fases e
procedimento mais complexo.
Indicaremos em cada fase a sua posição em relação às demais modalidades.
1 - EDITAL: é o ato de que se utiliza a AP para divulgar a ---------- > abertura
da concorrência ( da tomada de preços, do concurso, leilão, pregão e
RDC) ---------- > fixa os requisitos para a participação ---------- > define o
objeto e as condições básicas do contrato e ---------- > convida a todos os
interessados para apresentarem as suas propostas. O artigo 40 da Lei nº
8666/93 estabelece os requisitos que o edital deverá observar.
OBSERVE:
O edital é a Lei daquela licitação e contrato específicos. O que constar
ali deve ser rigorosamente seguido pelas partes : princípio da VINCULAÇÃO
AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO.
Caso nehum interessado se apresente e a realização de nova licitação
é prejudicial à AP, a licitação é considerada DESERTA.
2. HABILITAÇÃO : nesta fase ocorre a ---------- > abertura em sessão
pública dos envelopes contendo a documentação exigida dos
concorrentes, em ato público.
Na Tomada de preços essa fase ocorre antes do procedimento de
licitação, para os inscritos no registro cadastral.
Durante a licitação somente ocorrerá para aqueles que não estiverem
cadastrados e apresentarem a documentação até o terceiro dia anterior à
data do recebimento das propostas.
No convite recebidas as propostas, seguem-se as fases de
classificação, adjudicação e homologação.
O concurso segue procedimento próprio elaborado especificamente
para esse fim, pois a Lei nº 8666/93 não previu nehum procedimento a ser
adotado nessa modalidade.
O leilão também não possui procedimento previsto na Lei nº 8666/93.
Pode ser feito por leiloeiro oficial ou servidor designado pela AP (ver art. 53
da lei).
O Pregão contém uma inversão de fases: primeiro julga a proposta
e após habilita o vencedor.
No Regime Diferenciado de Contratação - RDC, há inversão das
fases de habilitação e julgamento: 1º julgamento e após a habilitação do
vencedor.
Caracterização de contrato
administrativo e suas
modalidades
Os contratos administrativos se diferenciam dos contratos de direito
privado?
5. Serviços gerais ou uti universi: São aqueles que não possuem usuários
específicos ou determinados e são remunerados por tributos (calçamento
público, iluminação pública, dentre outros). Visam satisfazer a coletividade
de forma indiscriminada. Estes por sua vez, são indivisíveis e não podem
ser mensurados na sua utilização.
6. Serviços individuais ou uti singuli: São os que têm usuários conhecidos e
predeterminados. Podem ser mensurados para cada destinatário, como
ocorre nos serviços de telefonia, de iluminação domiciliar, água, transporte
coletivo, dentre outros. Esses desde que implantados, geram direito
subjetivo à sua obtenção para todos os administrados que se encontrem na
área de seu fornecimento. São remunerados por taxa ou tarifa e não por
imposto.
Conceito de Parcerias Público-
Privadas
Na história do Brasil, não raro se observa início e não término de obras
públicas o que gera insegurança ao sistema. Iniciam-se projetos e com a
mudança de governo, estes deixam de ser priorizados e assim, são
cancelados. Como resultado os empreiteiros não recebem os recursos para
concluir o contrato.
Feito este introito, destaco a definição de José Eduardo Martins Cardozo que
define as parcerias público-privadas assim:
“É o contrato de prestação de serviço ou de concessão de serviços públicos
ou de obras públicas, de grande vulto e de período não inferior a 5 (cinco)
anos, caracterizado pela busca da eficiência na realização de seu escopo e
pela existência de garantias especiais e reforçadas para o cumprimento da
necessária contra-prestação do parceiro público ao parceiro privado após a
disponibilização do seu objeto." (CARDOZO, 2006).
Fique Atento:
Espécies de Parcerias
1. Concessão Patrocinada:
É aquela em que o parceiro privado receberá tarifa dos usuários e contra
prestação do parceiro público para a concessão de serviços públicos ou
obras públicas. Exemplificando: Concessão de Rodovias, Ferrovias,
Saneamento Básico, dentre outros.
Fique Atento:
2. Concessão Administrativa:
É o contrato de prestação de serviços, dos quais a Administração Pública for
usuário direto ou indireto.
Nesta modalidade não há cobrança de tarifa, a contra prestação do Poder
Público pagará ao particular. Exemplificando: Construção de Hospitais,
Presídios, Escolas, dentre outros.
3. Concessão Comum:
As demais Concessões terão esta denominação e se regerão pela Lei nº
8.987/95 (Lei de Concessões que continua em vigor).
Fique Atento:
III. Militares;
São denominados de militares as pessoas físicas que prestam serviços às
Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica - art. 142 caput e §3º da
CF/88) e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiro Militares dos Estados,
Distrito Federal e Territórios (art. 42 caput da CF/88).
Nesta categoria ressalta-se que até a EC. 18/98, eles eram tratados como
servidores militares, hoje não existe essa diferença, só fazemos ressalva
para identificar que no caso dos militares existem algumas peculiaridades
no regime jurídico parcialmente diverso e não diferenças entre servidores
civis e militares. Não constitui nova categoria, seu regime jurídico é
estatutário e definido por legislação própria dos militares estabelecendo
dentre outras circunstâncias: normas de ingresso; limites de idade;
estabilidade; transferência para a inatividade; direitos; deveres;
remuneração e prerrogativas (art. 42, §1º, c/c art. 142, §3º, X da CF/88).
IV. Particulares em Colaboração com o Poder Público.
São pessoas físicas que prestam relevantes serviços ao Poder Público, sem
vínculo empregatício, remuneradas ou não, com vínculo transitório e sem
nexo laboral. Não são profissionais da Administração, mas agentes públicos
de fato. Podem ser: Por requisição, delegação, nomeação, designação ou
advento emergencial.
IV.I. Agentes Honoríficos: Mediante requisição, nomeação ou designação
para exercício de função pública relevante (jurados e mesários eleitorais).
Não possuem vínculo empregatício e em geral não recebem remuneração;
IV.II. Agentes Delegados: São aqueles que recebem delegação do poder
público para exercer serviços em seu nome. São os empregados das
empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos; os que
exercem serviços notariais e de registro (art. 236 da CF/88); os leiloeiros,
tradutores e interpretes públicos. Não possuem vínculo empregatício,
exercem função pública em nome próprio e são fiscalizados pelo Poder
Público, sendo ainda, remunerados pelos terceiros usuários do serviço.
IV.III. Gestores de Negócio: São aqueles que espontaneamente, assumem
determinada função pública em circunstância de crise, como epidemias,
incêndios, enchentes e demais eventos trágicos.
Conceito de Responsabilidade
Civil do Estado
“A responsabilidade extracontratual do Estado corresponde à obrigação de
reparar danos causados a terceiros em decorrência de comportamentos
comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos, lícitos ou ilícitos, imputáveis
aos agentes públicos
Variantes do Risco da
Responsabilidade Civil do
Estado
Ao tratarmos do presente tema o eixo da discussão é definir o nexo causal,
para com isso, observar a responsabilidade do agente causador.
Em regra utilizando-se da teoria da responsabilidade objetiva do risco, o
Estado sempre responde pelos danos causados por seus agentes nessa
condição e poderá deixar de existir ou incidir de forma mitigada quando o
serviço público não for à causa determinante do dano ou quando estiver
conexo com outros elementos.
Destacamos assim, causas excludentes da responsabilidade extracontratual
do Estado como: a força maior, a culpa da vitima ou de terceiros. Já como
causa atenuante é destacada a culpa concorrente da vítima.
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro o caso fortuito não constitui um
excludente de responsabilidade do Estado e ocorreria nas hipóteses
decorrentes de ato humano ou de falha da Administração. Exemplificando
declina o rompimento de um cabo elétrico ou de uma adutora que venha a
causar o dano a terceiros. (DI PIETRO, 2014, p. 725).
O Código Civil em seu art. 393 caput, nos traz o instituto do caso fortuito ou
força maior e seu parágrafo único, a definição de sua incidência. Porém, a
doutrina diverge na classificação do instituto, e assim, para uns a força maior
é acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes,
como um evento natural e o caso fortuito seria decorrente da ação humana.
No entanto, boa parte da doutrina entende exatamente ao contrário e a Lei
não define.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles
responsabilizado.
Ressalta-se que o Estado responde por erro judicial nos limites dos arts. 5º,
LXXV e 37, §6º, todos da CF/88, bem como, art. 630 do CPP. (DI PIETRO,
2014, p. 735/737).
Atos legislativos que causem dano a terceiros podem ser reparados nas
seguintes hipóteses:
Leis inconstitucionais; Atos normativos do Poder Executivo e de entes
administrativos com função normativa, com vícios de inconstitucionalidade
ou ilegalidade; Leis de efeitos concretos, constitucionais ou
inconstitucionais; Omissão no poder de legislar e regulamentar.
Sendo assim, a denunciação da lide na visão doutrinária é divergente como
podemos observar:
Para Hely Lopes Meirelles com força do art. 37, §6º da CF/88, só pode ser
acionado a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestador
de serviço público. O acionado é o Estado e entra com ação de regresso
contra o agente.
Já para Maria Sylvia Zanella DI Pietro o instituto da responsabilidade foi
colocado na Constituição Federal para beneficiar o lesado e esta corrente
defende que a vítima pode escolher a quem propor a ação. Porém, feita
escolha, tem que arcar com seus ônus.
Conceito de Restrições à
Propriedade Privada
A propriedade é o mais amplo direito real em nosso ordenamento jurídico,
congrega em seu bojo e outorga a seu titular o direito de usar, gozar, dispor
e reaver de quem injustamente a possua (art. 1228 do Código Civil
Brasileiro).
“Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa,
e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou
detenha”.
Modalidades de Restrições à
Propriedade Privada
1. Limitação Administrativa;
2. Ocupação Temporária;
3. Requisição Administrativa;
4. Tombamento;
5. Servidão Administrativa;
6. Encampação;
7. Confisco;
8. Desapropriação.:
1. Limitação Administrativa:
Conceito:
“Configura-se Limitação Administrativa à obrigação imposta à propriedade
em favor do interesse público, abstratamente considerado. O direito de uso
e gozo continua com o particular, que, entretanto, deve conformá -lo ao bem
social”.
2. Ocupação Temporária:
Conceito:
“A ocupação temporária se dá quando o Poder Público, em situações
excepcionais e transitórias, nomeadamente previstas no ordenamento
jurídico, ocupa bem pertencente à propriedade particular, posteriormente
reparando o dano que eventualmente tenha causado em função de tal
iniciativa.”
3. Requisição Administrativa:
Conceito:
“Trata-se de uma das medidas extremas que poderão ser tomadas contra as
pessoas na vigência do Estado de sítio decretado em virtude da comoção
grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a
ineficiência de medida tomada durante o estado de defesa (art. 139, VII da
CF/88).
4. Tombamento:
Conceito:
“Ato administrativo, discricionário, por meio do qual se declara e reconhece
o valor histórico, artístico, paisagístico, cultural, arqueológico, etnográfico,
bibliográfico e arquitetônico de bens e de monumentos naturais indicadas no
livro próprio”.
5. Servidão Administrativa:
Conceito:
“É o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de
propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus
delegados, em favor de um serviço público ou de um bem afetado a fim de
utilidade pública”.
6. Encampação:
Conceito:
“Meio pelo qual a administração pública, a seu juízo de conveniência e
oportunidade, mas em função do interesse público e mediante lei específica,
dá por encerrado a concessão ainda em curso, sem que o concessionário
tenha dado causa ao ato extintivo” (art. 35, II, da Lei nº 8.987/95).
7. Confisco:
Conceito:
“Configura-se como medida apenadora, que importa no sacrifício do direito
de propriedade, sem o pagamento de indenização”.
8. Desapropriação:
Conceito:
“É um instituto de direito público que se consubstancia em procedimento
mediante o qual o Poder Público (União, Estados-membros, Distrito Federal
ou Municípios) ou o delegatário, quando autorizado por lei ou contrato, visa
alcançar a transferência compulsória da propriedade de outrem, fundado em
declaração de necessidade/utilidade pública ou interesse social, mediante o
pagamento de justa indenização.”
I. Aqueduto;
V. Energia elétrica.
V. Encampação:
Nessa modalidade de intervenção destaca-se: Regida pela Lei n° 8.987/95;
Não configura ato ilícito por parte do Concessionário ou Permissionário, o
qual será indenizado na forma da lei (parcelas não pagas de bens reversíveis
utilizados no serviço público, perdas suportadas, dentre outras); Ocorre
transferência de bens do particular para o patrimônio do poder concedente,
mediante indenização, de forma absoluta, onde opera-se o instituto da
afetação.
VI. Confisco:
Essa modalidade possui uma serie de requisitos a serem analisados a
seguir: Os bens aqui elencados são em regra de natureza lícita, porém, foi
dada destinação ilícita aos mesmos e em face desta, a lei prevê uma
aplicabilidade mais nobre e social.
Estamos falando, por exemplo, de terras utilizadas no plantio de cannabis
sativa (maconha) ou outra planta psicotrópica, que serão destinadas a
reforma agrária. (art. 243 da CF/88).
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde
forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração
de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à
reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em
lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 81 de 2014).
Ressalta-se que não somente as terras (bens imóveis), mas todos os bens
utilizados para o tráfico ilícito de entorpecente estão sujeito a esta regra.
Com exceção do descrito no art. 91, II do CP.
VIII. Desapropriação:
Nesse tópico se destaca as seguintes características do instituto em análise:
Consiste na transferência compulsória da propriedade privada para o Poder
Público ou seus delegados; Mediante prévia e justa indenização; Instituto de
natureza administrativa com fundamento na Constituição Federal, art. 5º,
XXIV e regulado pelo Decreto-Lei nº 3.365/41 e Lei nº 4.132/62.
Notabiliza-se pelo princípio da supremacia do interesse público sobre o
particular e constitui-se em forma de aquisição originária, pois não depende
de atos jurídicos relativos a proprietários anteriores à sua realização, rompe
com a cadeia dominial.
O título aquisitivo deriva do próprio ato e as teses que motivam tal ação: A
Necessidade Pública (art. 5º, XXIV c/c Decreto-Lei nº 3.365/41), a Utilidade
Pública (Decreto-Lei nº 3.365/41) e o Interesse Social (Lei nº 4.132/62).
(PESTANA, 2008, p. 462/477).
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição;”