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Código Engelog Rev.

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Código ANTT / ARTESP Data da Emissão


01/04/03

Emitente Projetista
Centro de Pesquisas Rodoviárias
Rodovia Geral Engelog

Trecho ANTT / ARTESP


Geral
Objeto QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Documentos de Referência

MN-2.0/P-GG-000-002

ISSA - INTERNATIONAL SLURRY SURFACING ASSOCIATION

Documentos Resultantes

Observações

01 Atualização do código 03/01/07

Rev Descrição Projetista Engelog ANTT / ARTESP


EN-000/00-0000.00-GER-A1-PV/MA-E-002-R1
QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

ISSA - INTERNATIONAL SLURRY SURFACING ASSOCIATION

MICRO REVESTIMENTO A FRIO

Tradução: José Mário cortes Chaves / Décio Rezende Souza


Centro de Pesquisas Rodoviárias ENGELOG

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Esta publicação foi preparada por INTERNATIONAL SLURRY SURFACING ASSOCIATION


(ISSA) para servir como um instrumento de ajuda para construtoras e órgãos rodoviários na
elaboração de especificações e no reconhecimento da validade de práticas de qualidade na
construção de projetos de micro revestimento a frio. Este documento deve ser entendido
somente como uma ferramenta de treinamento e educação, e em nenhum momento os
procedimentos aqui apresentados devem ser considerados como soluções ou métodos
definitivos para serem usados nas obras de micro revestimento a frio.
Como é o caso em todas as atividades de construção existem muitos métodos para
alcançar os resultados desejados. Este documento foi preparado para ajudar a escolher o
método ou procedimento que pode auxiliar o executor e o órgão rodoviário no reconhecimento
de algumas práticas que podem ser seguidas para execução de uma obra com sucesso.

Nota do tradutor: Esta tradução foi realizada com o objetivo de servir de base de
treinamento dos técnicos e empresas contratadas para executar serviços dentro do grupo CCR.
Não pode, portanto ser comercializado, sendo seu uso restrito ao treinamento proposto.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

E stas diretrizes foram preparadas por profissionais envolvidos nas operações de micro
revestimento a frio. Este grupo incluiu inspetores de campo, engenheiros e membros de
equipes - todos que estão envolvidos nos diferentes estágios da operação de execução do
micro revestimento. As diretrizes estão estruturadas em 2 seções - uso e qualidade assegurada
- cobrindo as seguintes áreas:
• Descrição geral e evolução do micro revestimento como um tratamento de superfície
e enchimento de trilhas de roda;
• Check-List de Providencias na Obra;
• Ensaios e verificações para assegurar a qualidade antes, durante e depois da
execução;
• Possíveis problemas com o micro revestimento e correções.

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AGRADECIMENTOS

The International Slurry Surfacing Association gostaria de expressar seus agradecimentos e


consideração ao ¨Texas Department of Transportation, Material & Test Division, Research &
Technology Transfer Office¨, que, originalmente elaborou este documento. Graciosamente
permitiram a ISSA reimprimir e distribuir este documento.
Agradecemos à ¨Ballou Construction Co., Inc., ¨ e Viking Construction Co., Inc.,¨ por
seu apoio na obtenção de fotos e material e pelo processo de revisão.
ISSA também gostaria de reconhecer os autores originais e aqueles que contribuíram
para a confecção deste documento.

Kelly West
Associate Research Editor, Texas Transportation Institute, Information & Technology Exchange
Center

Roger Smith
Associate Research Engineer, Texas Transportation Institute

Debbie Clark-Vanskike
Commercial Artist, Texas Transportation Institute, Information & Technology Exchange Center

Maghsoud Tahmoressi
Project Director, Materials & Tests Bituminous Engineer, Texas Department of Transportation

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MICRORREVESTIMENTO A FRIO

ÍNDICE

DIRETRIZES PARA USAR O MICRO REVESTIMENTO


Introdução 8
Evolução 8
Propósito 8
Descrição geral 9
A mistura 9
Aplicação 9
Utilização 10
História 10
Como funciona 10
Preservando a capacidade estrutural 10
Reduzindo a permeabilidade do pavimento 11
Fornecendo uma superfície áspera 11
Corrigindo espelhamento e exsudação moderada 11
Diretrizes para seleção 12
Micro revestimento como tratamento de superfície 12
Micro revestimento como enchimento de trilha de rodas 14
Diretrizes para abertura ao tráfego 17
Teste do sapato 17
Rompimento e cura da emulsão na pista 17

DIRETRIZES PARA ASSEGURAR A QUALIDADE DO MICRO


REVESTIMENTO
Introdução 20
Evolução 20
Propósito 20
Garantia da qualidade antes da execução 21
Ensaios para aceitação dos materiais 21
Verificação do projeto de mistura 22

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Garantia da qualidade durante a execução 24


Ensaios dos materiais 24
Composição da mistura e suas tolerâncias 25
Usando o checklist de observações de campo 26
Limitações de clima 26
Preparação da superfície 27
Marcas na superfície 28
Panelas na superfície (Perdas de mistura) 29
Trabalhos manuais 30
Juntas/emendas 31
Bordos 34
Trilhas de Roda 36
Abertura ao tráfego 38

POSSÍVEIS PROBLEMAS: PREVENÇÃO E CORREÇÃO


Introdução 40
Preparação da superfície 41
Acabamento da Superfície 41
Juntas/emendas 44
Bordos 46
Trilhas de roda 47
Abertura ao Tráfego 48

APÊNDICE
Notas
Lista de verificação (Checklist)

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Seção

Diretrizes para uso de micro revestimento

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Introdução
EVOLUÇÃO
Desde sua introdução no Kansas em 1980, o micro revestimento tem sido usado por
muitos outros estados e agências locais nos Estados Unidos em rodovias com tráfego moderado
a alto. Este grupo inclui Kansas, Ohio, Oklahoma, Pennsylvania, Tenessee, Texas e Virgínia.
Desde então, os trabalhos executados têm mostrado que o micro revestimento pode ser uma
técnica de reabilitação e conservação de sucesso. Entretanto, é importante que os gerentes e
engenheiros entendam plenamente as limitações, variáveis de desempenho e aspectos de
materiais/misturas, relacionados com a estratégia de uso do micro revestimento de tal maneira
que ele seja utilizado somente quando for adequado.

PROPÓSITO
Esta seção do documento é preparada para fornecer diretrizes para a seleção e
aplicação adequada do micro revestimento. Os procedimentos de análise aqui incluídos devem
fornecer uma boa segurança de que o micro revestimento terá o desempenho desejado. Esta
seção inclui:
• Informações gerais e diretrizes para mistura e aplicação;
• O uso de micro revestimento como um tratamento de superfície;
• O uso de micro revestimento como tratamento conservação na recuperação de
trilhas de rodas;
• Informação e diretrizes sobre o tempo de abertura ao tráfego.

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DESCRIÇÃO GERAL
A MISTURA
Micro revestimento é uma mistura de:
• Emulsão de cimento asfáltico modificado com polímero,
• Agregado mineral britado bem graduado,
• Filer mineral (normalmente cimento portland),
• Água, sempre com outros aditivos (normalmente agente emulsificante).
Os componentes de micro revestimento são bastante similares àqueles usados em
concreto asfáltico (uma mistura densa com asfalto modificado por polímero). Entretanto, eles
são colocados frios permitindo a execução de uma camada muito mais fina. O projeto de
mistura fixa a quantidade de agregado mineral, emulsão de cimento asfáltico modificada por
polímero e filer mineral (cimento).
O asfalto modificado por polímero e agregado fino bem graduado e 100% britado fazem o
micro revestimento mais durável que a maioria das camadas finas com asfalto convencional. O
cimento é normalmente usado como filer mineral e também age como um acelerador do tempo
de rompimento da emulsão. Os aditivos são usados para controlar o tempo de rompimento
quando o material é espalhado nas épocas de calor.
A mistura é projetada para permitir o tráfego em aproximadamente uma hora após o
espalhamento em condições normais de temperatura ambiente. A vida útil do micro
revestimento aplicado sobre pavimento com condições adequadas varia de 5 a 7 anos para
rodovias com tráfego relativamente alto e pode ser consideravelmente aumentada para as de
tráfego baixo a moderado.

APLICAÇÃO
O agregado, filer mineral, emulsão com asfalto modificado por polímero e água são
misturados em uma usina móvel montada sobre um chassis de caminhão. A mistura é
depositada dentro de uma caixa de espalhamento montada na traseira do caminhão que a
espalha ao longo da faixa. Não é aplicada nenhuma compactação. O operador do equipamento
muda a quantidade de água para controlar a consistência da mistura e a quantidade de aditivo
para controlar o tempo no qual a emulsão rompe e o tempo no qual o tráfego pode ser aplicado
sobre a superfície acabada. Mudanças na temperatura, umidade e textura da camada existente
geralmente levam a mudanças na quantidade de aditivo necessária.

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UTILIZAÇÃO
O micro revestimento é geralmente usado como um processo, uma forma de
conservação ou tratamento de superfície de um pavimento flexível existente. Como tratamento
de superfície fornece um revestimento resistente à derrapagem. Como tratamento de
conservação é também usado para enchimento de trilhas de rodas. Esta técnica tem sido usada
em pavimentos rígidos e tabuleiros de ponte. Nestes casos ele é usado principalmente para
desenvolver uma superfície áspera e melhorar o desempeno.

HISTÓRIA
O micro revestimento foi desenvolvido inicialmente na Europa, onde é conhecido
genericamente como “Micro Asphalt Concrete”. Nos meados de 1970 “Screg Route”, uma
companhia francesa, projetou sua “Seal Gum”, um micro revestimento que foi
subseqüentemente melhorado pela firma alemã Raschig. Nos Estados Unidos ela comercializou
seu produto sob o nome “Ralumac” no início dos anos 80. Mais tarde, a empresa espanhola
Elsamex desenvolveu e comercializou seu micro revestimento nos Estados Unidos com o nome
“Macroseal”. Hoje, nos EUA, estão disponíveis muitos outros processos patenteados e de uso
liberado.

COMO FUNCIONA
Preservando a capacidade estrutural
A aplicação de micro revestimento não aumenta a capacidade estrutural do pavimento;
entretanto, ele ajuda a preservar a capacidade estrutural, principalmente pela redução dos
danos que o meio ambiente poderá causar no concreto asfáltico existente a partir da superfície.
O aumento da umidade provoca a deterioração dos materiais constituintes das camadas de
pavimento. A redução da infiltração de água diminui a perda de resistência do pavimento e
pode inclusive permitir sua recuperação durante os períodos secos. Preserva-se assim a
capacidade estrutural do pavimento existente, de maneira que ele pode continuar suportando
as cargas do tráfego.
A capacidade estrutural e a adequação do pavimento devem ser determinadas antes de
se selecionar o micro revestimento como um tratamento, através dos procedimentos de projeto
e análise. Na análise estrutural, sugere-se que seja utilizado um período de 7 a 10 anos para

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assegurar que o pavimento existente se manterá estruturalmente adequado durante a vida útil
esperada para o micro revestimento.

Reduzindo a permeabilidade do pavimento


A água que entra nas camadas de concreto asfáltico carrega oxigênio dissolvido e traços
(pequenas quantidades) de materiais químicos que contribuem para o envelhecimento, por
oxidação, do revestimento de concreto asfáltico. A oxidação leva ao desgaste, desagregação e
trincas na superfície do pavimento. Com a colocação de uma camada protetora sobre a
superfície existente, a permeabilidade da superfície é reduzida significando que o desgaste,
desagregação e trincas por envelhecimento acelerado serão reduzidos. Pode-se conseguir
também a redução na velocidade de desenvolvimento de outros danos induzidos pela umidade,
tais como descolamento de película.

Fornecendo uma superfície áspera


O micro revestimento fornece uma superfície de fricção adequada quando se utilizam na
mistura agregados duráveis e 100% britados.

Corrigindo espelhamento e exsudação moderada


O micro revestimento tem sido colocado sobre pavimentos com espelhamentos e
exsudações moderadas. Algum sucesso tem sido conseguido; entretanto, de maneira geral são
necessárias duas camadas para reduzir substancialmente a probabilidade de que o excesso de
asfalto provoque espelhamento no micro revestimento. Não se sabe, até o presente momento
por quanto tempo o micro revestimento será capaz de retardar o espelhamento.

DIRETRIZES PARA A ESCOLHA DA SOLUÇÃO


MICRO REVESTIMENTO COMO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
Tratamentos de superfície são usados como procedimentos de conservação preventiva e
corretiva. O micro revestimento aplicado sobre superfícies betuminosas existentes reduz a
deterioração causada pelo desgaste, desagregação e oxidação do pavimento. Fornece também
uma camada de desgaste com boa fricção superficial, se são utilizados agregados adequados.
Como um tratamento de superfície, a espessura da camada de micro revestimento varia de
uma a uma vez e meia o tamanho máximo do agregado usado na mistura.

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Algumas das capacidades corretivas e benefícios do micro revestimento incluem:


• Fornecer ou restaurar resistência à derrapagem,
• Reduzir a entrada de ar e água no concreto asfáltico existente,
• Obter uma superfície uniforme,
• Selar pequenas trincas, “inativas”,
• Minimizar a perda de altura dos meios-fios,
• Não requerer nenhum ajuste em estruturas existentes no pavimento,
• Reduzir a perda de agregado e quebra de pára-brisas,
• Aumentar a visibilidade da superfície do pavimento à noite,
• Preservar a capacidade estrutural do pavimento.

Regra prática .
Usar o micro em vez de camadas selantes convencionais:
⇒ Na aproximação dos cruzamentos mais importantes,
⇒ Nas artérias urbanas com uma superfície de asfalto,
⇒ Nos pavimentos das rodovias interestaduais com superfície de asfalto, ou
⇒ Quando o volume de tráfego é muito alto ou onde os veículos fazem
muitas manobras ou paradas para uma camada selante convencional.

Diretrizes para determinar a espessura de camada


O micro revestimento aplicado como um tratamento de superfície irá variar na espessura
e no peso por área unitária quando a textura superficial do pavimento existente mudar. O
objetivo básico é colocar o material com espessura de uma a uma e meia vezes maior que o
diâmetro máximo do agregado na mistura.
As taxas de aplicação típicas são de 10-16 kg/m2 (20-30 lbs/sq yd). A taxa exata
depende da textura da superfície do pavimento existente. Quando a textura da superfície
existente está severamente desagregada, ou então, áspera e aberta, mais material é necessário
para encher os vazios. Quando a superfície é lisa ou espelhada, será necessário menos
material. O espalhamento de uma camada fina de micro sobre uma superfície rugosa (aberta)
pode apresentar marcas de arraste excessivas provocadas por partículas individuais de
agregado, retiradas do pavimento existente, puxadas pela caixa de espalhamento. É possível
encontrar estas marcas entre rodeiros nas “camadas raspadas”, mas é inaceitável na superfície
final. Quando a textura do pavimento existente não é uniforme, a superfície do micro

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revestimento também não o será. É necessária, então, uma “camada raspada” antes da
aplicação da camada final para criar um superfície uniforme.

A espessura do material deve ser ligeiramente maior que o


diâmetro máximo do agregado na mistura:
Tipo de superfície Material necessário
Desagregada; ou graúda e aberta Mais
Muito lisa ou quase exsudada Menos

Quando não usar o micro revestimento como um tratamento de superfície


Micro revestimento, como outros tratamentos de superfície, não é a cura de todos os
males. Não selará trincas nem será adequado para evitar que as trincas reapareçam. A maioria
das trincas maiores que um fio de cabelo refletirão relativamente rápido através do micro
revestimento. O micro revestimento não adiciona resistência estrutural ao pavimento e não
corrige irregularidades longitudinais excessivas.
Se o trincamento é maior problema no pavimento, o micro revestimento não é solução.
A maioria dos casos onde o micro revestimento falhou logo após a aplicação nas trilhas de roda,
relaciona-se com espalhamento sobre um pavimento que está submetido à fadiga ou trincas do
tipo “couro de crocodilo”. A selagem deste tipo de trinca (couro de crocodilo) antes da aplicação
do micro revestimento não evitará que elas reapareçam rapidamente. O micro revestimento
fornecerá um melhor serviço e vida útil mais longa quando aplicado antes que falhas
superficiais significativas apareçam, especialmente trincas.

Diretrizes para uma avaliação geral do pavimento .


⇒ O pavimento deve ser estruturalmente são e adequado para o tráfego futuro além da
expectativa de vida útil do micro revestimento.
⇒ As trincas transversais devem ser seladas, e áreas localizadas de trincas de fadiga (couro de
crocodilo) devem ser reparadas antes de executar o micro revestimento.
⇒ Micro revestimento pode ser usado em rodovias de alto tráfego, artérias urbanas e interseções
onde a selagem da superfície é necessária, mas não é normalmente considerada praticável

MICRO REVESTIMENTO PARA ENCHIMENTO DE TRILHAS DE


RODA
O micro revestimento tem sido usado com sucesso para preencher trilhas de rodas até a
profundidade de 50 mm (2 pol).

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O preenchimento de trilhas de roda somente será bem sucedido se as mesmas são causadas
pela compactação mecânica da estrutura do pavimento. O preenchimento de trilhas de roda
corrige o perfil superficial, mas uma trilha é sempre um sintoma de um problema subsuperficial
do pavimento que o micro revestimento não pode corrigir.

Um período de cura de um dia a uma semana é normalmente


necessário entre sucessivas camadas de micro revestimento.

Se a superfície do pavimento está em serviço por quinze anos e apresenta uma trilha de
rodas relativamente rasa de 12 a 18 mm (1/2 a ¾ pol) de profundidade, o preenchimento da
trilha com micro revestimento pode fornecer o perfil transversal desejado por um período
razoável.

Regra prática .
Usar o micro revestimento para enchimento de trilhas quando:
⇒ Estruturalmente o pavimento tem uma vida útil além daquela esperada para o micro-
revestimento.
⇒ As trilhas foram causadas por compactação mecânica da estrutura do pavimento.
⇒ As trilhas são planas e não profundas ou mostrando as marcas dos 2 pneus.
⇒ As trilhas são abatimentos na mistura somente e não deformações plásticas do
revestimento entre rodeiros
⇒ As trilhas não contêm trincas (couro de crocodilo) de fadiga

Diretrizes para a espessura da camada


A mistura do micro revestimento é inicialmente fluida porque é colocada por um
processo a frio. Desta forma pode ser colocado em camadas finas e usado para nivelar trilhas
em depressões longitudinais. O cimento asfáltico modificado com polímero e o agregado de
granulometria densa, 100 % britado geram uma mistura estável o suficiente para suportar as
cargas do tráfego. A espessura máxima de micro revestimento aplicada em uma só camada não
deve exceder 25 mm (1 pol). Cada trecho de enchimento de trilha de roda, utilizando a caixa de
enchimento de trilha, deve ser ligeiramente coroada para compensar a compactação pelo
tráfego.

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Profundidade da trilha Providência


Maior do que 12 mm (1/2 pol) Use uma caixa de espalhamento para enchimento da
trilha de roda especial para encher as trilhas antes
que a camada final seja colocada.
Menor do que 12 mm (1/2 pol) Use uma primeira camada “raspada” na largura total
da faixa para nivelar a superfície antes da camada
final ser colocada.
Acima de 25 mm (1 pol) Use múltiplas camadas com a caixa de espalhamento
de trilha de roda para encher a trilha.

Quando usado para encher trilhas de roda maiores do que 12 mm (1/2 pol) de
profundidade deve ser utilizada uma caixa de espalhamento especial (Caixa para trilha). Faz-se
uma passada em separado do equipamento para encher a trilha em cada rodeiro. Normalmente
é feita uma passada final com a caixa de espalhamento convencional para cobrir a faixa inteira.
Trilhas que excedem 25 mm (1 pol) de profundidade requerem múltiplas passadas da caixa de
espalhamento especial para restaurar a seção transversal original. Geralmente é necessário um
período de cura de 1 dia a uma semana entre camadas sucessivas de micro revestimento. Se a
primeira camada não está adequadamente curada, o equipamento de construção pode arrastar
a mesma de sua posição original durante a aplicação da próxima camada ou da adjacente.

Trechos com alto índice de trincamento do tipo "couro de crocodilo" não podem ser reparados
com micro revestimento.

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Quando não usar micro revestimento para enchimento de trilhas de roda


Se o pavimento é estruturalmente inadequado, o micro revestimento não fornecerá
nenhuma melhoria estrutural e não evitará sua futura deterioração. Se as trilhas têm grandes
áreas com trincas do tipo “couro de crocodilo” e falhas por escorregamento, ou é resultado de
outro sério problema de base, o pavimento pode ser considerado estruturalmente inadequado,
e encher as trilhas não irá corrigir o problema. Um pavimento em serviço por 5 anos ou menos
e com trilhas de rodas nos dois rodeiros de 25 mm (1 pol) geralmente apresenta uma camada
de revestimento instável, que não será corrigida com o seu enchimento.
Sob estas condições o uso do micro revestimento deve ser considerado somente como
uma medida paliativa para ganhar tempo, até que uma restauração apropriada do pavimento
seja executada.

DIRETRIZES PARA ABERTURA AO TRÁFEGO


Normalmente, o micro revestimento pode suportar o tráfego menos de uma hora após o
espalhamento sem danificar a superfície; pontos de parada, especialmente veículos pesados
quando o tempo está frio, úmido ou muito quente podem requerer um tempo adicional de cura.
ainda não existem experiências de campo suficientes para determinar quando o tráfego deve
ser permitido sobre um micro revestimento. Entretanto, as informações de caráter geral
apresentadas a seguir podem ajudar na tomada de decisão.

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O TESTE DO SAPATO
A resistência à torção e a coesão podem ser verificadas, subjetivamente, com o
posicionamento de seu peso total sobre a parte plana do sapato em cima da mistura. Se a sola
do sapato colocada sobre a mistura por dois segundos não arrancar agregados, pode-se abrir a
faixa para tráfego controlado sem efeitos negativos significativos. O micro revestimento pode
ser, provavelmente, aberto ao tráfego pesado normal sem danos significativos, se uma pessoa,
com seu peso concentrado, rodar o calcanhar (aproximadamente 180o) na superfície sem
apresentar marcas e sem deslocar o agregado graúdo. Entretanto, em curvas fechadas, e
especialmente com tráfego pesado, pode-se verificar desgaste do micro revestimento por algum
tempo após a aplicação, especialmente em climas quentes.

ROMPIMENTO E CURA DA EMULSÃO NA PISTA


A liberação do micro revestimento ao tráfego é função do tempo que a emulsão leva
para romper e curar. As condições climáticas afetam o tempo de cura. Geralmente, quando a
temperatura aumenta e a umidade diminui, o tempo que a emulsão leva para romper e liberar
água é menor. Tempo frio, úmido, por outro lado, requer um tempo de cura maior para
liberação do tráfego. A emulsão deve romper depois de espalhada na faixa e nunca durante o
processo de mistura. A mistura deve ser fluida o suficiente para ser uniformemente espalhada
pela caixa de espalhamento.

Condições climáticas afetam tempo de cura: .


Temperatura Umidade Tempo de rompimento
Aumenta Diminui Diminui
Diminui Aumenta Aumenta

A emulsão deve começar romper entre 30 e 45 segundos após ter sido depositado na
pista. Um estaca de madeira pode ser usada para verificar isto.

Teste com uma estaca de madeira .


Raspe a estaca na mistura. Repare o estrago resultante acertando a
mistura com a mesma.
O estrago pode ser reparado com a estaca A emulsão não rompeu
O estrago não pode ser reparado com a estaca A emulsão rompeu

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Seção

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DIRETRIZES PARA
ASSEGURAR QUALIDADE NO
MICRO REVESTIMENTO

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Introdução
EVOLUÇÃO
A especificação – uma declaração precisa de requisitos a serem satisfeitos por um
produto, sistema ou serviço – funciona como uma conexão entre o cliente e os construtores e
fornecedores, descrevendo exatamente o que se espera de todas as partes. O ensaio para
garantir a qualidade é normalmente utilizado para verificar se o produto está sendo entregue na
qualidade desejada definida pela especificação.
O Micro revestimento, como uma mistura, parece violar muita das técnicas de inspeção
desenvolvidas através dos anos para garantir que a qualidade dos pavimentos de concretos
betuminosos usinados a quente fosse alcançada. Por exemplo, o micro revestimento requer que
a superfície seja previamente umedecida, quando o normal em misturas a quente é que a
mesma esteja seca.
Muitos dos itens de controle de qualidade estabelecidos neste documento não são
normalmente encontrados na maioria das especificações. Estes itens, tais como desvios
permitidos de medidas nas juntas, quantidade de marcas na superfície ou marcas de arraste
que são aceitáveis, e desvios de medida da linha de bordo necessitarão estar definidos na
especificação antes de serem aplicados em um projeto específico.

PROPÓSITO
Estas diretrizes foram desenvolvidas para orientar a execução dos controles e ensaios
durante a aplicação do micro revestimento, de modo a assegurar que a construtora forneça um
produto com qualidade. Estes procedimentos incluem:
• Ensaios de laboratório antes e durante a aplicação da camada,
• Verificações a serem executadas pelos inspetores de campo antes e durante a
aplicação da camada,
• Antecedentes e razões para a utilização das observações de campo para garantia da
qualidade.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
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GARANTIA DA QUALIDADE ANTES DO INÍCIO DOS


SERVIÇOS
O primeiro passo no projeto de uma mistura de micro revestimento é a seleção e a
realização de ensaios dos componentes da mistura. As verificações e ensaios realizados antes
da execução normalmente tratam da conformidade dos materiais e da correção do traço da
mistura. Todos os ensaios de aceitação devem estar concluídos antes do início da execução.

ENSAIOS PARA APROVAÇÃO DOS MATERIAIS


Os materiais devem
Nos ensaios de aprovação, todos materiais básicos
propostos pelo executor são previamente ensaiados
estar disponíveis para o

para garantir que atendem aos parâmetros das cliente em tempo


especificações. Os materiais devem ser entregues pelo adequado para permitir
executor ou coletados pelo representante do cliente, que todos os ensaios
entretanto, eles devem estar disponíveis em tempo necessários fiquem
adequaado para permitir que os ensaios requeridos prontos antes do início
fiquem prontos antes do início da execução. dos serviços

Emulsão de cimento asfaltico modificada por polímero


• Execute os ensaios para garantir que a emulsão atende aos parâmetros
especificados.
• The international Slurry Surfacing Association, ISSA, sugere ensaios para a emulsão
na instrução A-143.
• Determine a porcentagem de polímero no resíduo de destilação por método analítico
aprovado pelo engenheiro fiscal.

Agregado
O agregado mineral deve:
• Ser composto de partículas limpas, duras e duráveis de rocha britada, granito,
arenito ou outro material aprovado pelo engenheiro fiscal,
• Ser produzido por operações de britagem de uma única rocha matriz.
A tabela 1 destaca os métodos de ensaios a serem usados para garantir que os
parâmetros da especificação são atendidos pelo agregado.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Filer mineral
• Cimento Portland, sem ar incorporado, livre de torrões ou matéria estranha que
atendam aos parâmetros da ASTM C-142.

Água
• Potável e
• Livre de sais solúveis prejudiciais

Tabela 1: Parâmetros para ensaio dos agregados .


Método de ensaio ASTM D-2419 Equivalente de areia. Executado com a
AASHTO T-176 granulometria que será usada na obra.
Método de ensaio ASTM C-88 Porcentagem máxima de perda quando sujeito a
AASHTO T-104 5 ciclos de condicionamento usando a solução de
sulfato de magnésio.
Executado com a granulometria que será usada
na obra.
Método de ensaio ASTM C-136 Análise granulometria por via úmida.
AASHTO T-27
* Como definido nas especificações da obra

Outros aditivos
A construtora deve definir qual tipo de aditivo será usado com o micro revestimento
indicando:
• Composição química,
• Nome comercial,
• Designação do aditivo,
• Outra informação útil.

VERIFICAÇÃO DO PROJETO DA MISTURA


O executor é responsável pelo projeto da mistura; entretanto, o cliente pode checar a
mistura para avaliar se a mesma atende aos parâmetros especificados. Nos ensaios de
verificação do projeto de mistura, o engenheiro fiscal deve executar uma série de ensaios nos

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

materiais básicos. Os materiais devem estar disponíveis para o engenheiro fiscal para que os
ensaios estejam concluídos antes do início dos serviços na pista. Os ensaios de verificação do
projeto de mistura devem ser executados em laboratório indicado pelo engenheiro fiscal. Uma
vez que o projeto da mistura é aprovado, todas as aplicações devem estar dentro dos
parâmetros do projeto aprovado. A tabela 2 mostra os ensaios que devem ser executados
dentro dos procedimentos de aceitação para garantir que o projeto da mistura fornecido pelo
executor atende às especificações adotadas.

Tabela 2: Ensaios de verificação do projeto da mistura .


Método de ensaio ISSA TB-113 “Ensaio de tempo de mistura”
Método de ensaio ISSA TB-139 “Ensaio de coesão úmida (Wet Cohesion Test)”
Método de ensaio ISSA TB-100 “Ensaio de Abrasão úmida (Wet Track Abrasion Testa)”

Todos os ensaios devem ser executados no ponto ótimo, ou médio dos componentes da
mistura, listados no projeto submetido pela construtora. Os valores dos resultados (como
definidos na especificação) são baseados na média dos resultados de, no mínimo, três amostras
para cada ensaio.
Todos os ensaios especificados para os materiais e ou massa devem estar definidos na
especificação ou projeto. Não se admite a utilização de ensaios de aceitação e rejeição de
mistura ou materiais não requeridos pela especificação ou projeto.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

GARANTIA DA QUALIDADE DURANTE A EXECUÇÃO DOS


SERVIÇOS
Esta seção do manual inclui as diretrizes de execução para os ensaios de materiais e
mistura, e onde relevante, o uso das checagens de campo para registrar informações a respeito
da execução dos serviços (veja apêndice). Os ensaios dos materiais e misturas realizados
durante a execução dos serviços indicam o atendimento das especificações e conformidade com
os parâmetros aprovados antes do início dos serviços.

ENSAIOS DE MATERIAIS
Os Inspetores normalmente coletam as
amostras de material no local da obra e nas
pilhas de estoque. Os ensaios de aceitação
devem ser executados nos laboratórios
designados pelo engenheiro fiscal. Qualquer
pilha ou porção de material que não atenda aos
parâmetros especificados devem ser rejeitados e
qualquer serviço feito com os mesmos deve ser
Inspetor coletando amostras de
refeito.
material das pilhas de estoque.

Emulsão asfáltica modificada por polímero


• Colete e ensaie uma amostra de emulsão de cada tanque que chegar à obra
• Amostras devem ser coletadas em recipientes limpos. Antes da retirada da amostra,
deixe que uma pequena quantidade de emulsão (em torno de 18 litros) saia do
tanque para outro recipiente. Este passo é necessário para assegurar uma amostra
representativa.
• Reserve a amostra para ensaios futuros se for necessário.

Agregado
• Execute os ensaios em amostras representativas, retiradas dos estoques da obra.
• Faça um ensaio completo para cada pilha de agregado preparada antes da aplicação
do micro revestimento ou para cada 1.000 toneladas de agregado liberado durante a
aplicação.
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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

• Inclua uma quantidade de filer mineral adicionada à massa na determinação da


fração de material passante na peneira de 0,075 mm (#200).
• Uma vez que a pilha de estoque é aceita, serão necessários somente os ensaios de
granulometria e equivalente de areia.
• A determinação da granulometria do agregado deve ser baseada no ensaio “via
úmida” ASTM C 136 ou AASHTO T-27.
• Faça o ensaio de equivalente de areia usando o método de ensaio da ASTM D-2419
ou AASHTO T 176.
• Assegure que a granulometria do agregado não tenha variações com relação à de
projeto maior que as tolerâncias especificadas. O material passante na malha 0,075
mm (#200) tem maior grau de restrição na obediência aos limites permitidos para a
granulometria especificada.

Filer mineral
Garanta que não existe ar incorporado no cimento Portland e que atendam às especificações
ASTM C-142.

Água
Garanta que a água é proveniente de uma fonte aprovada de água potável, a não ser que
tenha alguma determinação em contrário.

Aditivos
Garanta e registre que os aditivos a serem usados são os especificados pela construtora
no projeto da mistura.

COMPOSIÇÃO DA MISTURA E SUAS TOLERÂNCIAS


Os ensaios da mistura são efetuados nas amostras da mistura do micro revestimento
retiradas diretamente da usina de aplicação. A construtora deve fornecer, periodicamente
durante o dia e acumulado ao final, o registro das proporções dos materiais utilizados na
mistura com base nos instrumentos de controle existentes no equipamento.
1. Retire uma amostra para cada 1.000 tonelada de massa ou uma vez ao dia (o que ocorrer
primeiro) da descarga da caixa de mistura, numa bandeja ou balde de largura tal que toda
a descarga seja incluída na amostra.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

2. Seque as amostras da massa até peso constante a 110o C, mais ou menos 6o C, antes da
determinação do teor de asfalto.
3. Determine o teor de asfalto residual da massa de acordo com método de extração
especificado ou qualquer outro ensaio aceitável (não deve variar da quantidade de projeto
por mais de 0,5%).

USANDO O CHECKLIST DE OBSERVAÇÕES DE CAMPO


O checklist de campo deve ser usado para coletar e registrar as informações sobre as
limitações ambientes e a forma de execução dos serviços como previsto pelas especificações.
As seções seguintes destacam as informações relevantes para as inspeções de garantia da
qualidade e para o checklist (apêndice). Os materiais necessários para a checagem de
qualidade são:
• Régua ou paquímetro capaz de medir até 1 mm de precisão,
• Régua de alumínio de 1,2 m,
• Linha de arame ou nylon com 30 m ou acima (Uma linha retrátil é conveniente),
• Trena de aço de 30 m ou bicicleta de medição.

Limitações climáticas
Chuva na mistura, entre 15 a 30 minutos após o espalhamento, normalmente não é
prejudicial; entretanto, ela poderá ser lavada se a chuva cair antes da emulsão romper.
Temperaturas excessivamente frias também poderão danificar a camada.

Diretrizes
Espalhe o micro revestimento somente quando:
• A temperatura ambiente estiver, no mínimo, 10o C e subindo, e,
• O tempo não estiver chuvoso.

Procedimento de checagem da qualidade


1. Registre a temperatura máxima e mínima do dia.
2. Registre a ocorrência, intensidade e duração de chuva durante e depois da execução como
solicitada no checklist (Veja figura 1).

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

ƒ CONDIÇÕES DO TEMPO
Temperatura mínima __________(C) Temperatura máxima __________(C)
Chuva durante a execução dos serviços Sim Não
Intensidade da chuva Leve Moderada Pesada
2,5 mm/h 2,5 a 13 mm/h > 13 mm/h
Duração da chuva durante a execução do micro revestimento (minutos) _________________
Tempo entre o paralisação dos serviços e inicio da chuva _________________
Comentários:

Figura 1

Preparação da superfície

Normalmente é importante que a


superfície do pavimento existente esteja
úmida no momento do espalhamento do
micro revestimento, entretanto, não se
deve umedecer a superfície de um
pavimento ligeiramente exsudada.

Vegetação, carcaças de animais, agregado solto, terra e outros materiais estranhos podem
causar problemas com a qualidade da superfície acabada. Normalmente é importante que a
superfície esteja ligeiramente úmida no momento em que o micro revestimento é espalhado;
entretanto, não se deve umedecer previamente um pavimento ligeiramente exsudado.

Diretrizes
Espalhe o micro revestimento somente quando:
• A área a ser revestida estiver totalmente limpa,
• A superfície foi umedecida numa taxa tal que a água não escorra a frente da caixa
de espalhamento da massa.

Procedimento de checagem da qualidade


1. Registre a condição da superfície – em termos de umidade e limpeza – antes da execução.
2. Registre a distribuição de umidade e materiais estranhos de acordo com as opções do
checklist. (Veja figura 2).

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

ƒ PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
Superfície limpa de toda vegetação, carcaças de animal, agregado solto, terra e corpos estranhos.
A superfície foi: Limpa Limpeza parcial Sujeira parcial Suja
Como estava distribuída a condição descrita acima em relação à superfície total (marque uma)?
Uniforme Maior parte Algumas áreas Intermitente
A superfície foi umedecida à frente da caixa Sim Não
Umidade à frente da caixa de espalhamento:
Seca Quase seca Ligeiramente úmida Úmida
Úmida com alguma áreas secas Úmida com água parada
Comentários: __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Figura 2
MARCAS NA SUPERFÍCIE

Partículas maiores de agregados


podem prender-se na lâmina, na
saída da caixa de espalhamento e,
quando puxadas pela máquina
deixam cicatrizes ou marcas de
arrastes na superfícies.

A superfície do micro revestimento acabado deve ter uma textura uniforme livre de
excessivas marcas de arraste, rasgos ou outras irregularidades superficiais.

Diretrizes
• Marcas de arraste são consideradas excessivas se houver mais de 4 marcas iguais ou
acima de 12 mm de largura com comprimentos iguais ou acima de 150 mm para
uma área de 11 m2 ou, também, algumas de 25 mm de largura por 100 mm de
comprimento.

Procedimento de checagem da qualidade

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

1. Meça 30 m de extensão na faixa trabalhada selecionada aleatoriamente e verifique pelo


menos uma seção para cada 4 horas de serviço para verificar marcas de arraste na
superfície.
2. Registre o número de rasgos em cada amostragem como mostrado no checklist (Figura 3).
3. Se em qualquer momento a superfície se mostrar inaceitável, verifique trechos adicionais.

ƒ MARCAS NA SUPERFÍCIE
Quantidade de marcas de rasgo maiores que 12 Quantidade de marcas de rasgo maiores que 25
mm de largura e comprimento acima de 150 mm mm de largura e comprimento acima de 100 mm
numa faixa de 3,60m x 30,00 m numa faixa de 3,60m x 30,00m
Amostra 1 __________ Amostra 2 __________ Amostra 1 __________ Amostra 2 __________
Amostra 3 __________ Amostra 4 __________ Amostra 3 __________ Amostra 4 __________
Figura 3

PANELAS NA SUPERFÍCIE (PERDAS DE MASSA)

Algumas vezes a massa não adere corretamente à superfície do


pavimento existente.
Diretrizes
• A massa deve aderir totalmente à camada inferior dentro de uma hora após
execução.
• Temperaturas mais altas ou baixas podem necessitar mais tempo de cura.
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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Procedimento de checagem da qualidade


1. Meça 30 m de extensão na faixa trabalhada selecionada aleatoriamente e verifique uma
seção para cada 4 horas de serviço para verificar perdas de agregado na superfície.
2. (Registre o número de pontos com perda como mostrado no checklist)(Figura 4).
3. Pode ser utilizada a mesma seção das marcas na superfície.
4. Se em qualquer momento a superfície se mostrar inaceitável, verifique trechos adicionais.

ƒ PERDAS NA SUPERFÍCIE
Área de perdas na superfície em m2 (3,60 m x 30,00 m)
Amostra 1 _________ Amostra 2 _________ Amostra 3 ________ Amostra 4 _________
Figura 4

CORREÇÕES MANUAIS
Rasteleiro fazendo reparos
manuais com rastelo / rodo

Diretrizes
• As áreas com correções manuais devem ter uma textura uniforme, com a mesma
aparência da superfície acabada deixada pela caixa de espalhamento.

Procedimento de checagem da qualidade


1. Meça 30 m de extensão na faixa trabalhada selecionada aleatoriamente e verifique uma
seção para cada 4 horas de serviço para verificar características da superfície.
2. Registre o número de pontos com perda como mostrado no checklist (Figura 5).
3. Pode ser utilizada a seção das marcas na superfície.
4. Se em qualquer momento a superfície se mostrar inaceitável, verifique trechos adicionais.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

ƒ Áreas com correção manual


Área da superfície com correções manuais em condições inaceitáveis numa faixa de 3,6 m x 30,0 m
Amostra 1 ________________________ Amostra 2 ________________________
Amostra 3 ________________________ Amostra 4 ________________________
Comentários: ____________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Figura 5

JUNTAS / EMENDAS
As juntas transversais e longitudinais devem ter um aspecto correto e uniforme. Não
serão permitidas remontagens, áreas não cobertas, buracos e aparência feia nas juntas
transversais e longitudinais.

Devem ser verificados


ressaltos nas juntas
transversais pela medição
de falha entre uma régua
de 1,20m e o pavimento

Diretrizes
• Coloque as juntas longitudinais alinhadas nas faixas de sinalização quando possível.
• As juntas serão consideradas aceitáveis se não houver mais de 12 mm de espaço
entre a superfície do pavimento e uma régua de 1,20 m colocada perpendicular à
junta longitudinal nem 6 mm para a junta transversal.
• Não são aceitáveis juntas com buracos ou não cobertas.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Falhas inaceitáveis junta longitudinal.

Procedimento de checagem da qualidade.

1. Meça 30 m de extensão na faixa trabalhada


selecionada aleatoriamente e verifique pelo menos
uma seção para cada 4 horas de trabalho. Verifique
todas as juntas transversais.
2. Coloque a ponta de régua de 1,20 m
perpendicular à direção da junta (Veja figura 6).
Figura 6 3. Registre as medidas entre a régua e a superfície
do pavimento como mostrado no checklist (Figura 7).
4. Pode ser utilizada a mesma seção para as características de superfície.
Se em qualquer momento a superfície se mostrar inaceitável, verifique trechos adicionais.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

ƒ JUNTAS / EMENDAS
Selecione qualquer seção aleatoriamente e verifique por juntas e emendas. A seção é de 30
m de extensão. Deve ser verificada no mínimo, uma seção para cada 4 horas de serviço.
Pode ser utilizada a mesma seção da avaliação das características de superfície. Em
qualquer momento que a superfície se mostre inaceitável, verifique trechos adicionais.
TODAS as juntas transversais executadas durante o período de 4 horas devem ser
verificadas.
Juntas longitudinais
As juntas longitudinais coincidem com a faixa de rolamento? Sim Não

Distância máxima entre o bordo da superfície executada e a régua de 1,20 m colocada na ponta
da junta longitudinal e o que excedeu a faixa, em mm.
1o. ponto ___________ 2o. ponto ___________ 3o. ponto ___________ 4o.ponto ________
Comprimento e largura de buracos deixados entre faixas adjacentes
1o. ponto: Comprimento ______ Largura _____ 2o. ponto: Comprimento ______ Largura ___
3o. ponto: Comprimento ______ Largura _____ 4o. ponto: Comprimento______ Largura____
Juntas transversais
Distancia máxima entre o bordo da superfície executada e a régua de 1,20 m colocada
perpendicular à junta transversal, em mm.
1o. ponto ___________ 2o. ponto ___________ 3o. ponto ___________ 4o.ponto ________
5o. ponto ___________ 6o. ponto ___________ 7o. ponto ___________ 8o. ponto _______
Comentários____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 7

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Instale uma linha de 30 m ao longo do bordo do micro revestimento

Meça qualquer falha entre o fio e o bordo. O bordo não deve variar ± 75 mm.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

BORDOS
Os bordos do micro revestimento devem ser uniformes e estar alinhados paralelo ao eixo
da rodovia, faixas de sinalização, acostamentos e meios-fios. Uma seção transversal uniforme é
definida como um pavimento onde o micro revestimento foi espalhado mais largo que o
pavimento e este pavimento não tem nenhum ponto com largura com mais de 12 mm que o
micro revestimento. Considera-se bordo a linha onde acaba o agregado na textura do micro
revestimento.

Diretrizes
• O bordo não deve variar mais ou menos 75 mm numa distância de 30 m em
tangente ou de um arco da curva do projeto geométrico em uma seção curva.

Procedimento de checagem da qualidade


1. Meça 30 m de extensão e verifique pelo menos uma seção para cada 4 horas de
trabalho(veja figura 8).
2. Registre as medidas mostrado no checklist (Figura 9).
Pode ser utilizada a mesma seção para as características de superfície ou juntas e
irregularidades.
3. Se em qualquer momento a superfície se mostrar inaceitável, verifique trechos adicionais.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

ƒ BORDOS
Selecione aleatoriamente qualquer seção com 30 m de extensão e verifique os bordos. Deve ser
verificada, no mínimo, uma seção para cada 4 horas de trabalho. Uma mesma seção pode ser usada
para avaliar diferentes características de superfície. E se em qualquer momento a superfície se
mostrar inaceitável, verifique trechos adicionais.
A superfície do pavimento ou acostamento está mais larga do que o micro revestimento que está
sendo espalhado? Sim Não
Existe falha da faixa para o acostamento dentro dos limites da área que está sendo coberta pelo
micro revestimento? Sim Não
Se Sim, registre a distancia máxima da falha da faixa para o bordo do acostamento, em mm:
1o. ponto ___________ 2o. ponto ___________ 3o. ponto ___________ 4o. ponto ___________
Existe alguma falha da faixa para o acostamento maior que 25 mm dentro dos 150 mm do bordo de
fora do micro revestimento? Sim Não
Se Sim, registre a distancia máxima da falha da faixa para o bordo do acostamento, em mm:
1o. ponto ___________ 2o. ponto ___________ 3o. ponto ___________ 4o. ponto ___________
Distância máxima em mm que o bordo do micro revestimento varia numa extensão de 30 m seja em
tangente ou em relação ao arco da curva (O bordo do micro revestimento deve ser considerado
onde o bordo do agregado termina. Escorrimentos de pequena monta de líquidos deve ser esperada
ao longo dos bordos.)
1o. ponto ___________ 2o. ponto ___________ 3o. ponto ___________ 4o. ponto ___________
Observações:

Figura 9

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

TRILHAS DE RODAS
Antes de se executar a camada final e quando previsto no projeto pode ser necessário um
espalhamento preliminar para preencher trilhas, remendos, depressões na camada existente.

Diretrizes
• Trilhas com profundidade de 12 mm ou maiores devem ser preenchidas
independentemente com uma caixa de enchimento de trilhas na largura máxima de
1,8m.
• Para pavimentos irregulares ou trilhas com profundidade abaixo de 12 mm, uma
passada da caixa normal na largura da faixa pode ser usada como determinado pelo
engenheiro fiscal.
• Cada trilha individualmente, usando a caixa de espalhamento de trilha deve ser
coroada para compensar a compactação pelo tráfego.
• Trilhas acima de 25 mm de profundidade necessitarão de múltiplas camadas com
caixa de enchimento de trilhas para restaurar a seção transversal original.
• A espessura máxima de micro revestimento em uma passada com a caixa de
enchimento de trilha não deve exceder a 25 mm.
• A espessura máxima de micro revestimento em uma passada com a caixa normal, na
largura total, não deve exceder 25 mm em qualquer ponto da camada.
• Ao final da execução, a seção transversal não deve mostrar nenhuma trilha nos
rodeiros e em nenhum ponto flechas maiores que 6mm além do perfil desejado.

Use uma régua de 1,20m


colocada sobre o rodeiro para
medir o ponto mais profundo da
trilha

Procedimento de checagem da qualidade


1. Meça qualquer segmento com 30 m de extensão selecionado aleatoriamente e verifique as
características da superfície para cada 4 horas de trabalho.
2. Registre as medidas mostrado no checklist (Figura 10).
3. Pode ser utilizada a mesma seção para juntas e irregularidades.
Se em qualquer momento a superfície se mostrar inaceitável, verifique trechos adicionais.
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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
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ƒ Trilhas
Selecione qualquer seção aleatoriamente e verifique as trilhas. A seção é uma faixa de largura por
30 m de extensão. No mínimo uma seção deve ser verificada para cada 4 horas de trabalho. Se em
qualquer momento a superfície se mostrar inaceitável, verifique trechos adicionais.
Meça, em mm, a profundidade no ponto mais profundo após a aplicação do micro revestimento
usando uma régua de 1,2 m colocada transversalmente à trilha de rodas da pista (Se a altura da
superfície estiver acima da altura prevista, registrar como valor negativo.)
1o. ponto ___________ 2o. ponto ___________ 3o. ponto ___________ 4o. ponto ___________
5o. ponto ___________ 6o. ponto ___________ 7o. ponto ___________ 8o. ponto ___________
Comentários: ______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Figura 10

Trilhas causadas por pavimentos deteriorados ou com deformações plásticas não deverão
ser corrigidas por microrrevestimento. Micro revestimento somente retardará por algum
tempo a falência deste tipo de pavimento.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

ABERTURA AO TRÁFEGO
O micro revestimento deve estar pronto para o tráfego dentro do tempo especificado. Nas
interseções, o cruzamento de veículos pode ser permitido antes do material estar curado, desde
que seja espalhada uma fina camada de areia ou agregado usado na massa para sua proteção.

Diretrizes
• A ação do tráfego não deve
alterar significativamente a
superfície.
• Se uma pessoa apoiar seu
peso num sapato por cerca de
2 segundos sem que nenhum
agregado grude no mesmo
quando levantado, então Quando possível, não deve ser permitido

poderá ser liberado o tráfego tráfego de carros sobre a camada até que a
mesma esteja curada, a menos que uma
controlado sem efeitos
camada fina de areia seja espalhada para
danosos significativos à
proteção.
superfície.
• Se uma pessoa apoiar o calcanhar sobre o micro revestimento e o girar 180o
deslocar nenhum agregado graúdo, a rodovia poderá ser liberada sem problema.

Procedimento de checagem da qualidade


1. Verifique durante algum tempo se o tráfego controlado liberado sobre o micro revestimento
não está danificando a superfície.
2. Registre quanto tempo depois da aplicação do micro revestimento foi o tráfego liberado
como mostrado no checklist (Figura 11).
ƒ ABERTURA AO TRÁFEGO
Tempo decorrido entre o final da aplicação do micro revestimento e sua liberação total ao tráfego
(minutos) ________________
Tempo decorrido entre o final da aplicação do micro revestimento e sua liberação controlada ao
tráfego (minutos) ________________
Observações:

Figura 11

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Seção

Possíveis Problemas:
Prevenção e Correção

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Introdução
Esta seção foi incluída em razão do micro revestimento ser um processo novo de
conservação para muitos inspetores de obra, que podem não estar familiarizados com os
problemas potenciais que podem ocorrer na obra. Não pretendemos que o inspetor tome
decisões para a construtora baseado nas informações apresentadas. Mais exatamente, o
material é fornecido para que o inspetor possa reconhecer quando o construtor está, ou não,
fazendo modificações razoáveis no seu trabalho para prevenir ou evitar problemas. A seção
fornece também uma diretriz de como proceder se o construtor não é capaz de fazê-las.

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

PROBLEMA: O micro revestimento descasca, deixando áreas sem cobertura.

PREVENÇÃO: A superfície original deve


ser totalmente limpa antes da aplicação do
micro revestimento. O equipamento deve
estar bem cuidado e operado para evitar
pingos de óleo, fluido hidráulico, ou
agregado seco caindo e contaminando a
superfície. Vegetação, carcaças de
animais, agregado solto, terra, derivados
de petróleo e excesso de água na
superfície a ser coberta pode reduzir e
evitar a ligação entre o micro revestimento
e o pavimento existente.
Descamação da superfície

CORREÇÃO: Se a superfície não está adequadamente preparada, o executor deve paralisar o


serviço. Os serviços não devem ser reiniciados enquanto o executor não demonstrar que a
superfície foi adequadamente preparada.

ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE

PROBLEMA: A emulsão está rompendo muito rápido, causando excessivas


marcas de arraste e endurecendo na caixa de aplicação.

PREVENÇÃO: Com o aumento da temperatura deve ser utilizado mais aditivo ou então a
emulsão deve ser reformulada para se conseguir o tempo de rompimento desejado. Algumas
vezes, o tipo de aditivo deve ser mudado para se controlar o rompimento. Um máximo de 0,5
porcento de aditivo é normalmente suficiente para controlar o rompimento, de modo a permitir
tráfego sobre o micro revestimento sem problemas dentro do tempo especificado considerando
as restrições de clima. Se for necessário maior quantidade, a emulsão deve ser reformulada

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QUALIDADE ASSEGURADA E DIRETRIZES PARA USO DO
MICRORREVESTIMENTO A FRIO

porque grandes aumentos de emulsificante também afetam a espessura do filme de cimento


asfáltico recobrindo o agregado.

Quando a temperatura sobe, deve ser utilizado mais aditivo ou a


emulsão deve ser reformulada para fornecer um tempo de
rompimento adequado.

O cimento é usado na massa como um filer mineral para controlar o tempo de ruptura. Em
taxas normais, variando de 0,25 a 2,0 porcento, o cimento atua também como um acelerador
de ruptura. O projeto da mistura normalmente estabelece o teor de cimento que produzirá o
rompimento e o ganho de resistência necessário, baseado nas condições de laboratório.
Entretanto, quando a temperatura aumenta, o rompimento da emulsão pode ser muito rápido,
e o construtor deve adicionar um aditivo especial (geralmente maior quantidade de agente
emulsificante) para aumentar o tempo de rompimento da emulsão. Quando as condições
atmosféricas mudam, varia-se a quantidade de aditivo para controlar o ponto de rompimento.

Algumas vezes, mudanças no fornecimento de


água faz com que a emulsão rompa mais
rápido que o esperado pelo projeto de
laboratório. A água não é normalmente
ensaiada a menos que os problemas de
rompimento não possam ser resolvidos de
outra maneira. A água deve ser limpa e potável
para evitar problemas. Se a água é suspeita de
ser a causa do problema, tente outra fonte e
Quando a temperatura aumenta a taxa de
veja se o problema desaparece.
rompimento pode ser muito rápida,
causando marcas de arrastes excessivas e
outros problemas sérios.

CORREÇÃO: Se a mistura rompe muito rápido devido a altas temperaturas ou problemas com
a água, o construtor deve paralisar os serviços. Estes não devem ser reiniciados até que seja
desenvolvido um novo projeto que atenda às especificações.

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PROBLEMA: A superfície mostra marcas de arraste ou raspagem, rasgos ou


outras irregularidades.

PREVENÇÃO: A borracha da caixa de saída adequada, taxas de aplicação corretas e uma


equipe bem treinada devem ser capazes de produzir uma superfície de alta qualidade. O tipo,
espessura e dureza do material da lâmina na traseira da caixa de espalhamento têm uma
importância grande na aparência final da superfície.

O Micro revestimento pode ser


espalhado em camadas com espessuras
maiores que duas vezes o diâmetro
máximo do agregado; entretanto, não é
possível espalhá-lo em espessuras
abaixo de 1,5 vezes o tamanho máximo
do agregado sem criar um excesso de
marcas de arraste. Excessivos riscos e marcas de arrastes.

Quando a textura do pavimento existente torna-se mais aberta, é necessário mais


material para obter a espessura mínima porque a mistura deve preencher os vazios da
superfície existente e ao mesmo tempo resultar na espessura necessária. Quando a textura do
pavimento existente muda, devem ser também alterados tipo, espessura e a dureza do material
da lâmina na caixa de espalhamento para se encontrar o padrão superficial desejado.

Regra prática .
A causa primária de marcas de arraste e rasgos são:
⇒ Tentar espalhar a massa em uma camada muito fina
⇒ Agregado com tamanho maior que o máximo especificado
⇒ Aditivo em quantidade menor que a necessária para temperatura alta
⇒ Falta de limpeza na caixa de espalhamento

O agregado deve ser manuseado e estocado com cuidado para garantir que não haja
sobre-tamanhos na mistura espalhada. Se as marcas de arraste causadas por sobre-tamanho
de agregado configuram problemas, muitas das atuais especificações, requerem o uso de uma
peneira de escalpe na linha de alimentação do agregado para retirar o agregado acima do
especificado, antes que o mesmo entre no caminhão que alimenta o equipamento de aplicação.
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MICRORREVESTIMENTO A FRIO

Naturalmente, pequenos volumes de mistura rompida (Grumos) se juntam e ficam


agarrados à caixa de espalhamento, mas normalmente permanecerão ali durante a operação.
Quando os grumos secam o suficiente, podem soltar-se e cair na caixa causando marcas de

arraste. Quantidades adequadas de aditivo reduzirão a quantidade de grumos na caixa de


espalhamento. Grumos secos caindo regularmente caindo na mistura é indicativo da falta de
aditivo ou da existência de problema na formulação da emulsão.
A caixa de espalhamento precisa ser limpa entre cada uso e a cada vez que o
equipamento de aplicação parar. Se não estiver adequadamente limpa, os grumos se formarão
rapidamente, caindo na massa e causando marcas de arraste.

CORREÇÃO: Uma equipe experiente acompanhando a aplicação de micro revestimento pode


reparar pequenos rasgos, áreas danificadas, marcas de arraste antes que a emulsão rompa
usando rastelos e rodos. Uma equipe experiente também pode fazer reparos entre as lâminas
duplas de maneira que não possam ser visto depois que a segunda lâmina passar.

Todos os reparos necessários, após o rompimento da emulsão,


devem ser executados com a usina e a caixa de espalhamento
com cobertura total da faixa.

Depois que a emulsão romper, a mistura não pode ser reparada sem que a superfície
fique com defeitos. Reparos excessivos poderão deixar a superfície defeituosa e manchada.
Após a secagem de uma área danificada, não deve ser permitido a execução de remendos
localizados. Todos os reparos completados após o rompimento da mistura deve ser executados
utilizando-se a usina na largura total da faixa. Estes reparos devem ser suficientemente
extensos para cobrir toda a área danificada.
Se as características desejadas da superfície não são conseguidas na ocasião, o
construtor deve reparar os pontos defeituosos com uma camada cobrindo toda a largura
afetada e executada com a usina. Se não se obtém a superfície desejada dentro do processo
normal, o construtor deve paralisar os serviços. Estes não devem ser reiniciados até que o
construtor demonstre que pode obter a superfície especificada em uma pista experimental
aprovada pelo engenheiro fiscal.

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JUNTAS / EMENDAS

PROBLEMA: juntas longitudinais não uniformes e alinhadas.

PREVENÇÃO: Não são permitidos grumos, áreas sem cobertura, ou defeitos de aparência.
Quando possível, as juntas longitudinais devem estar localizadas no alinhamento da sinalização.
Não devem ser permitidas superposições excessivas (maiores que 50 mm) a menos que a
largura do pavimento seja tal que estas sejam necessárias para manter a caixa de
espalhamento sobre o pavimento existente. Não deve haver mais do que 12 mm de espaço
entre a superfície do pavimento e um régua com 1,20m colocada na junta longitudinal,
perpendicular à junta. Estes espaços podem geralmente ser controlados se o motorista é
cuidadoso com a direção do equipamento de aplicação.
As especificações podem requerer a utilização
de equipamento com controles de direção dos dois
lados, de maneira que o motorista possa seguir as
linhas de marcação. Marcas de bordo existentes,
linhas de arame ou nylon e o micro revestimento já
espalhado na faixa ao lado podem ser usados para o
alinhamento. Quando o bordo do pavimento não é
uniforme e a largura do micro revestimento é igual
ou menor que a largura do pavimento, o motorista
deve seguir aquele bordo o mais próximo possível
sem permitir que a caixa de espalhamento saia do
Péssimas juntas longitudinais.
pavimento.

CORREÇÃO: Pequenas falhas e sobreposições podem ser corrigidas entre faixas adjacentes
com rastelo e rodos pela equipe na parte traseira da usina durante o espalhamento.
Se as juntas e emendas conformes às especificações não são obtidas durante a
execução, o construtor deve corrigi-las com o espalhamento de uma camada na seção
transversal toda da área afetada com a usina de micro revestimento. Se as juntas e emendas
conformes não são conseguidas normalmente, o construtor deve paralisar os serviços. Estes
não devem ser reiniciados até que o construtor demonstre que as juntas e emendas podem ser
construídas adequadamente numa pista experimental aceitável pelo engenheiro fiscal.
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PROBLEMA: Juntas transversais não uniformes e alinhadas.

PREVENÇÃO: Não são permitidos grumos de massa, áreas sem cobertura, ou defeitos de
aparência. Não se deve haver mais de 6 mm livre entre a superfície do pavimento e uma régua
de 1,20m colocada na junta transversal, perpendicular à junta nos rodeiros. Alguns construtores
colocam uma chapa de aço no micro revestimento existente quando iniciam uma nova camada
para assegurar uma junta plana sem nenhum ressalto. Toda junta apresenta algum ressalto
que é notado de alguma maneira; mas que deve ser minimizado o máximo possível.

O total de juntas transversais, além


daquelas necessárias nas pontes, outras
estruturas, e nos reparos, devem ser
minimizadas e ocorrer geralmente numa
freqüência de, no máximo, 1 junta por 1,6 km
baseada no comprimento total lançado no
projeto e o tipo de equipamento de
espalhamento especificado nos documentos. O
construtor deve coordenar a necessidade de
material de seus equipamentos de aplicação com
a capacidade dos caminhões de transferência de
agregados/emulsão e local de estoque, para
evitar paradas desnecessárias. Juntas transversais inaceitáveis

CORREÇÃO: Se não são obtidas juntas e emendas conformes às especificações durante a


execução, o construtor deve reparar todas as juntas afetadas com uma nova camada de micro
revestimento usando a usina normal na largura da faixa. Se as juntas e emendas estão
constantemente apresentando problemas o construtor deve paralisar os serviços. Estes não
poderão ser reiniciados até que o construtor prove, em uma pista experimental, que as juntas e
emendas apresentam uma textura aceitável pelo engenheiro fiscal.

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BORDOS
PROBLEMA: Os bordos do micro revestimento não estão uniformes e alinhados ao longo dos
eixo da rodovia, alinhamento das faixas e linhas dos acostamentos e meios-fios, quando
executados em um pavimento com seção transversal uniforme.

PREVENÇÃO: Uma seção uniforme é definida


como uma área onde a largura do pavimento é
maior do que a do micro revestimento e não
existem nenhuma falha maiores do que 12 mm.
O bordo é considerado o ponto onde termina o
agregado na mistura. Um leve fluxo de líquidos
pode ser admitido nos bordos. Um fluxo maior
pode ser admitido nas superelevações ou em

Bordo inaceitável
pistas coroadas, com grande inclinação. Fluxo excessivo indica excesso de água na mistura.
Quando o pavimento é mais largo que o micro revestimento que está sendo espalhado,
e o pavimento não apresenta falhas maiores que 12 mm perto do bordo, o bordo não deve
variar mais do que 75 mm para mais ou menos numa linha de 30 metros numa seção em
tangente ou no arco da curva projetada nas seções curvas. Este limite pode ser controlado,
geralmente, se o motorista dirige o equipamento de aplicação cuidadosamente. Marcas
existente nos bordos, linhas e o micro revestimento previamente lançado podem ser usados
como alinhamento.

CORREÇÃO: Bordos não conformes devem ser reparados com uma nova camada na largura
total de espalhamento da superfície afetada usando o equipamento normal de aplicação. Se isto
ocorrer constantemente o construtor deve paralisar os serviços. Estes não poderão ser
reiniciados até que o construtor prove, numa pista experimental, que os bordos apresentam
uma textura aceitável pelo engenheiro fiscal.

Quando a temperatura sobe, mais aditivo deve ser usado ou a


emulsão deve ser reformulada para fornecer um tempo de
rompimento adequado.
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TRILHAS DE RODAS

PROBLEMA: Trilhas no rodeiro.

PREVENÇÃO: Trilhas de 12 mm ou mais profundas devem ser preenchidas


independentemente com a caixa de trilha de rodas com largura abaixo de
1,80m. A caixa de trilha deve ser usada para coroar
a área preenchida, entretanto, o limite de
coroamento não deve ultrapassar 6 mm. Trilhas
acima de 25 mm geralmente necessitam múltiplas
camadas para restaurar a seção transversal original.
Se a camada espalhada é muito grossa, haverá
excesso de umidade entre o micro revestimento e o
Falta de enchimento.
pavimento existente, reduzindo, portanto a aderência.
A espessura máxima de micro revestimento aplicada para enchimento das trilhas numa
única camada não deve exceder 25 mm. Para trilhas irregulares ou rasas com profundidades
menores do que 12 mm, o espalhamento deve ser na largura total. A espessura máxima de
micro revestimento espalhada na largura total não deve exceder 25 mm em qualquer ponto da
pista. Ao final dos serviços, o perfil transversal não deve apresentar trilhas nos rodeiros e
menos de 6 mm acima do nível desejado.
Normalmente, o preenchimento de trilhas deve ser considerado um tratamento
temporário de conservação para restaurar o perfil da seção transversal. O micro revestimento
não corrige a causa da trilha, mas somente os sintomas. As “Diretrizes de Aplicação” indicam
quando o enchimento das trilhas pode ser considerado um tratamento adequado de
restauração.

CORREÇÃO: Perfis transversais não conformes devem ser reparados com uma nova camada
na largura total de espalhamento da superfície afetada usando o equipamento normal de
aplicação. Se isto ocorrer constantemente o construtor deve paralisar os serviços. Estes não
poderão ser reiniciados até que o construtor prove, numa pista experimental, que os bordos
apresentam uma textura aceitável pelo engenheiro fiscal.

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A espessura máxima de micro revestimento aplicada em uma


camada como enchimento de trilhas não deve exceder 25 mm.

ABERTURA AO TRÁFEGO

PROBLEMA: Na pista, as condições ambientes, muito frio e umidade podem aumentar o


tempo necessário para o rompimento e cura do micro revestimento, retardando a liberação ao
tráfego, mesmo quando nenhum aditivo é adicionado à massa.

PREVENÇÃO: Temperatura ambiente e umidade tem um impacto na velocidade de


rompimento e cura da emulsão e por isto a resistência e coesão da massa podem não ser
conseguidas dentro do tempo especificado. O material deve ser espalhado somente quando a
temperatura ambiente for, no mínimo, 10o C e subindo, não esteja chovendo e não haja
previsões de tempo abaixo de 0o C dentro de 24 h depois do espalhamento da massa. Se
estiver muito frio, a emulsão não romperá e não curará na velocidade necessária para permitir
a liberação do tráfego num tempo razoável. Se chover sobre a massa antes do rompimento da
emulsão a mesma poderá ser severamente danificada.

O micro revestimento só pode ser espalhado quando a


temperatura ambiente é, no mínimo, 10º C e subindo, não estiver
chovendo e a previsão do tempo não indicar temperatura abaixo
de 0º nas próximas 24 horas.

O fornecedor de asfalto pode ser obrigado a reformular a emulsão para que a mesma
rompa mais rápido num clima úmido e frio. Para algumas misturas, a quantidade de cimento
normalmente usada pode ser aumentada para reduzir o tempo de rompimento. Este aumento
no cimento deve ser baseado nas informações emanadas do projeto de mistura. Se for
adicionado muito cimento, a emulsão no micro revestimento pode romper dentro da câmara de
mistura ou na caixa de espalhamento. Normalmente são feitos aumentos por tentativa, em
incrementos de 0,5% baseado no peso seco dos agregados até que o tempo de rompimento
adequado seja atingido. Geralmente, não mais do que 2,5% de cimento deve ser adicionado à
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massa. Se executados ajustes no teor de cimento, o laboratório que desenvolveu o projeto de


mistura deve ser informado para subsidiar esta aumento adicional.

CORREÇÃO: Se não se consegue o rompimento e resistência adequadas para permitir a


abertura ao tráfego no tempo especificado, o construtor deve paralisar os serviços. Estes não
poderão ser reiniciados até que o executor prove, numa pista experimental, que a camada
permita que o tráfego possa ser aberto no tempo especificado.

PROBLEMA: A superfície apresenta


marcas de pneu profundas.

PREVENÇÃO: Às vezes, um veículo


manobra sobre o micro revestimento antes
que ele tenha a resistência adequada,
deixando marcas profundas do pneu. Estas Trafego antes do tempo pode causar danos
falhas podem ser reparadas com
ferramentas manuais, mas as marcas sempre aparecerão na superfície.

CORREÇÃO: O método recomendado para a correção é o espalhamento de uma segunda


camada de micro revestimento na largura total sobre a área danificada. Somente permanecerão
as juntas transversais, que deverão ser bem mescladas na superfície existente. Remendos das
marcas de pneus normalmente só são necessários quando a mesma atinge toda a profundidade
da camada espalhada. Marcas pequenas normalmente são remendadas.

PROBLEMA: Tráfego lento ou com paradas constantes solta o micro revestimento, fazendo-o
aderir nos pneus dos veículos.

PREVENÇÃO: Quando o tempo está extremamente quente e/ou úmido, o prazo para
abertura do tráfego pode ir além de uma hora normal de espera. É necessário permitir que o
micro revestimento tenha uma coesão adequada.
CORREÇÃO: Se uma quantidade excessiva de material da superfície do micro revestimento é
removida pelo tráfego, o construtor deve reparar a área com o espalhamento de uma nova
camada na largura total da faixa com a usina padrão.

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