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São Luis
2010
Alane da Conceição Moraes
Trabalho apresentado à
disciplina Teoria Geral do
Direito do curso de Direito
da Universidade Federal do
Maranhão para obtenção de
nota.
São Luis
2010
Levando os Direitos a Sério - Dworkin
Modelo de Regras I
5° Quais são os argumentos “mais óbvios” que um positivista pode utilizar em favor da
doutrina do poder discricionário no sentido forte e da segunda abordagem a respeito de
princípios? Qual é o forte argumento de Ronald Dworkin contra essa doutrina e em
favor da primeira abordagem a respeito de princípios?
No sentido forte do poder discricionário e na segunda abordagem a respeito
de princípios (que é aquela em que os princípios que são citados pelos juízes não
impõem obrigações a estes) os positivistas podem usar três argumentos óbvios para
fundamentar essas doutrinas:
1) Que os princípios não são obrigatórios e nem vinculantes. No
entanto, não há nada em sua estrutura que torne sua
consideração obrigatória.
2) Que embora alguns princípios devam ser levados em
consideração, eles não podem prescrever um resultado
particular, apenas as regras. Se, com isso, ele quis dizer que o
principio não dita um resultado, não houve um grande
avanço, porque isso já está implícita na formulação de um
principio.
3) Que os princípios não podem valer como lei, já que a
autoridade e seu peso são intrinsecamente controversos. No
entanto, isso não significa que um juiz pode fazer o que bem
entender.
Já que os argumentos dos positivistas não procedem, Dworkin parte da
constatação que não é incomum que se rejeitem regras estabelecidas, por isso diz que:
“A não ser que pelo menos alguns princípios sejam
reconhecidos como obrigatórios pelos juízes e considerados,
no seu conjunto, como necessários para chegar a certas
decisões, nenhuma regra ou muito poucas regras poderão ser
então consideradas obrigatórias para eles.” (p.59)
DWORKIN, Ronald. Levando os Direitos a Sério. (Trad.) Nelson Boeira. São Paulo:
Martins Fontes, 2002.