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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

ANNA CAROLINA ALVES DE ABREU


JOÃO MARCOS CARVALHO
NATHAN STREISKY DA SILVA

RELATÓRIO DO ENSAIO DE LOCK EXCHANGE

CURITIBA
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

ANNA CAROLINA ALVES DE ABREU


JOÃO MARCOS CARVALHO
NATHAN STREISKY DA SILVA

RELATÓRIO DO ENSAIO DE LOCK EXCHANGE

Trabalho apresentado à disciplina de Hidro-


dinâmica de Sistemas Ambientais, do curso de
Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Se-
tor de Tecnologia, Universidade Federal do Pa-
raná.

Prof. DSc. Michael Mannich


Prof. Dr.-Ing Tobias Bleninger

CURITIBA
2019
1. INTRODUÇÃO

Estratificação é o nome do fenômeno dado de separação de um fluido em camadas de-


vido a uma determinada diferença de densidade, a qual pode ocorrer devido a dois diferen-
tes fatores, sendo eles a diferença na massa do fluido ou da variação vertical de temperatura,
sendo este último, muito comum em lagos e reservatórios (especialmente em perı́odos quen-
tes) (NETO, 2019). Para este último, o fator mais importante (e um dos maiores responsáveis
para estratificação como um todo), é a radiação solar, que aquece as camadas mais superiores,
e devido à baixa condutividade térmica da água, esse aquecimento não consegue penetrar as
camadas mais inferiores, criando assim um gradiente de temperatura. Tal problema é muito
recorrente e notavelmente importante em zonas áridas e semiáridas, devido às altas taxas de
radiação.(NETO, 2019).
Durante a estratificação do lago, podem ser formadas 3 zonas distintas, sendo elas o epilı́mnio
(zona superior), metalı́mnio (zona intermediária) e hipolı́mnio (zona inferior), onde o me-
talı́mnio é um interface de mistura entre as duas outras camadas (GOLTERMAN, 1975). De-
vido a tal dinâmica, alguns impactos negativos podem ocorrer no que tange a qualidade da água,
como por exemplo a baixa taxa de oxigênio nas camadas mais inferiores devido a dificuldade de
troca com as camadas mais superiores e assim gerar problemas como eutrofização (WINTON;
CALAMITA; WEHRLI, 2019).
Outro efeito que pode ocorrer devido às forçantes já citadas, além de outras como atrito
superficial dos ventos é a flutuabilidade entre os fluidos de diferentes massas especı́ficas e que
acabam por gerar um gradiente de pressão. Esse efeito recebe o nome de correntes de gravidade
(ou correntes de densidade) e que acabam por ocasionar a formação de outro efeito denominado
ondas internas (WHITE; HELFRINCH, 2008).
As ondas internas são ondas geradas a partir da perturbação das correntes de gravidade e
que se propagam em ambientes estratificados (não sendo comuns em ambientes como rios de-
vido a instabilidade constante do corpo). As ondas internas podem influenciar diretamente na
dinâmica de lagos e reservatórios, atuando na dispersão de poluentes, ressuspensão de sedi-
mentos, desprendimento de gases, entre outros, e além das correntes de gravidade, elas podem
ser formadas por forças como turbulência, intrusões, turbulências e etc. Devido a tais fatores,
tais ondas acabam por se tornar o mecanismo mais eficiente de transporte e mistura em lagos e
reservatórios.
Um dos métodos para a visualização e estudos empı́ricos dos efeitos das correntes de gravi-
dade e consequentemente das ondas internas, é a utilização de um experimento chamado Lock
Exchange, o qual se baseia na separação de dois fluidos com diferentes densidades, e após a
remoção da barreira, devido às diferentes pressões hidrostáticas, o fluido com maior densidade
tende a ir para a parte de baixo e o com menor densidade tende a ir por cima (SHIN; DALZIEL;
LINDEN, 2004).

1
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral

Observar a dinâmica da estratificação dentro do sistema fechado lock exchange.


2.2 Objetivos Especı́ficos

Observar a formação da estratificação e propagação da corrente de gravidade, bem como a


velocidade da frente de movimento;
Observar e discutir as dinâmicas de mistura para os diferentes ensaios;

3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Ensaios Laboratoriais

Os ensaios de lock exchange foram conduzidos em um tanque com dimensão de 2 metros de


comprimento, 50 centı́metros de altura e 10 centı́metros de largura. Entretanto, a lâmina d’água
foi colocada a uma altura de 20 centı́metros em todos os ensaios, sendo esta a altura efetiva H
utilizada nos cálculos. A configuração inicial dos ensaios consistiu na elevação da densidade
em um dos lados do tanque obtida a partir da adição de cloreto de sódio (NaCl), criando um
sistema onde a densidade de ρ2 é maior que ρ1 , como demostrado pela figura (1). Para a melhor
visualização da estratificação, foi utilizou-se azul de metileno (C16 H18 ClN3 S), como corante do
lado que possuı́a a maior densidade.

Figura 1: Exemplo esquemático do tanque de Lock Exchange

Fonte: BOHLULY; BORGHEI; SAIDI, 2009

Os cálculos feitos para a adição da massa de sal, foram realizados obtendo-se primeira-
mente a massa especı́fica da água utilizada no ensaio com o auxı́lio de um picnômetro. Após
isso, realizou-se os cálculos da massa NaCl necessária para elevação de ρ até o valor desejado
levando em consideração a massa especı́fica da água utilizada e o volume real de água no tanque
durante o ensaio.
Por fim, foi realizada a liberação da comporta permitindo a intrusão da corrente de gravidade
no fluido menos denso. Toda a dinâmica do ensaio foi gravada para posterior processamento

2
das imagens com o auxı́lio de softwares, e assim, a extração dos dados de interesse.
Durante o desenvolvimento dos ensaios não houve variações induzidas de temperatura dos
fluidos, apenas na densidade dos mesmos.
3.2 Processamento dos dados

O processamento dos vı́deos gravados durante os ensaios, foi realizado com a edição das
imagens contabilizando apenas o tempo necessário para identificação dos valores, ou seja, ape-
nas até o momento anterior ao encontro da frente de fluido com a parede do tanque. Após isso,
foi utilizado o software Concentration Analizer (BUENO, 2019), o qual utiliza de imagens ou
vı́deos para obtenção de valores de concentração baseados em escala de cinza.
O software possui o seguinte funcionamento:

1. Divisão do vı́deo em frames com intervalo definido pelo usuário;

2. Transformação dos frames através de uma escala de cinza;

3. Cálculo do percentual de concentração de cada pixel de cada frame, através dos dados de
concentrações máximas e mı́nimas do ensaio;

4. Retorno de uma imagem com as concentrações percentuais e uma matriz em formato


texto(.txt).

Todos os 3 vı́deos gravados em laboratório tiveram os mesmos parâmetros de entrada apli-


cados quando aplicado no software, sendo eles a saı́da das imagens com 400 dpi (Dots Per
Inch), concentrações máximas e mı́nimas de 200 e 0, respectivamente, e intervalo de tempo
entre frames de 0,5 s. Os valores limites de concentração escolhidos foram definidos a partir
do método de tentativa e erro, onde as imagens geradas foram comparadas com os dados reais
até que elas apresentassem uma boa definição das duas massa de fluido. As figuras (2) e (3)
exemplificam a imagem de saı́da e a matriz de dados respectivamente.

Figura 2: Plot da matriz de dados do frame 26 do vı́deo 1

Fonte: Concentration Analizer

As matrizes de saı́da geradas foram processadas da seguinte forma a fim de se obter os perfis
de velocidade do sistema:

3
Figura 3: Representação da matriz do arquivo de dados do frame 26 do vı́deo 1

Fonte: Os autores.

1. Corte mais refinado das imperfeições que não foram bem editadas nos vı́deos originais,
como por exemplo nas bordas;

2. Definição da escala de pixel de cada vı́deo através da medição das marcações feitas a cada
10 cm no tanque;

3. Definição da porcentagem de concentração que limita os dois fluidos;

4. Extração do perfil de separação entre os fluidos;

5. Estabelecimento de alturas de comparação entre os perfis;

(a) Utilizou-se os valores, a cada 0.1 cm, entre 0.1 cm e 10 cm de altura como as
posições de comparação;
(b) A altura máxima de comparação de 10 cm foi escolhida, pois em todos os vı́deos a
altura do escoamento não ultrapassou essa marca

6. Extração dos valores de cada perfil para as alturas de comparação definidas.

7. Subtração entre os perfis para a determinação da distância horizontal percorrida pelo


fluido dentro do intervalo de tempo;

8. Conversão da variação de distância horizontal em velocidade.

A partir das figuras geradas com as definições dos contornos, definiu-se que o cálculo da
velocidade média do escoamento para os vı́deos dos ensaios 1, 2 e 3 começassem a ser contabi-
lizados após os frames 10, 12 e 3 respectivamente. Tais pontos de inı́cio foram foram decididos
a partir da imagem que já não apresenta grandes perturbações devido a retirada da placa de
divisão dos fluidos.

4
Figura 4: Perı́odo de transição para o estabelecimento do regime uniforme de escoamento para
o ensaio 1

Fonte: Concentration Analizer

Figura 5: Perı́odo de transição para o estabelecimento do regime uniforme de escoamento para


o ensaio 2

Fonte: Concentration Analizer

Figura 6: Perı́odo de transição para o estabelecimento do regime uniforme de escoamento para


o ensaio 3

Fonte: Concentration Analizer

3.3 Cálculos Teóricos

A velocidade média da cabeça da corrente de gravidade formada a partir da interação dos


dois fluı́dos de diferentes densidades é resultante da equação do número de Froude, na qual que
se isola o termo da velocidade média resultando a equação (1).

p
U = Fr g H, (1)

em que o Fr representa o número de Froude dessimétrico, que MAXWORTY (2002) esti-

5
mou experimentalmente que o melhor valor a ser utilizado se aproximou de 1/π. O valor de
g’ diz respeito à gravidade reduzida decorrente da estratificação do sistema, que, segundo Shin,
Dalziel e Linden(2004), pode ser calculada pela equação (1) e H é a altura da lâmina de água
utilizada no experimento.

0
g = g (1 − γ), (2)

Onde γ é a constante de Bossinesq, dada pela razão entre as densidades, e g é a gravidade,


considerada 9, 81 m s−2 .

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Velocidade

Um diagrama esquemático do experimento “Lock Exchange” é mostrado na figura (1), no


qual o fluido de densidade ρ1 é separado por uma barreira vertical retangular do fluido de den-
sidade ρ2 , com ρ2 > ρ1 no ponto médio de um canal. A partir do instante em que a barreira é
removida, o fluı́do de maior densidade (o qual contem corante) começa a se deslocar na parte
inferior do tanque no sentido da extremidade contrária, conforme mostra a figura X.
Com base nas equações propostas por Lowe, Rottman e Linden(2005), foram calculadas as
velocidades teóricas do experimento “Lock Exchange”, de acordo com a tabela ().

Tabela 1: Velocidades médias e desvio padrão para cada ensaio.

Parâmetros Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3


3
Densidade 1(kg/m ) 1007, 6700 1007, 7100 1007, 6300
3
Densidade 2 (kg/m ) 1012, 7600 1015, 3400 1019, 8500
Altura (m) 0, 2000 0, 2000 0, 20000
Boussinesq 0, 9950 0, 9925 0, 9880
Froude 0, 3182 0, 3183 0, 3183
2
Gravidade (m/s ) 9, 8067 9, 8067 9, 8067
Gravidade reduzida (m/s2 ) 0, 0493 0, 0737 0, 1175
Velocidade (m/s) 0, 0316 0, 0386 0, 0488
Reynolds 63, 029 77, 148 99, 416
Fonte: Os autores

As densidades dos experimentos foram medidas através da utilização de um picnômetro, ex-


ceto para os valores do experimento 1, no qual houve uma possı́vel falha relacionada a aferição
do picnômetro utilizado. Neste caso, os valores de densidade 1 foram estimadas a partir da me-
dida da densidade média dos fluı́dos de outras amostras do mesmo experimento e a densidade
2 foi estimada a partir da dissolução de 100 gramas de Cloreto de Sódio (NaCl) no fluı́do.
A velocidade média dos escoamentos foi considerado como a média das velocidade em cada
ponto de cada frame. Para serem contabilizados, foram considerados os pontos logo abaixo da

6
Tabela 2: Velocidades médias e desvio padrão para cada ensaio.

Velocidade (m/s) Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3


Média 0, 030 0, 048 0, 047
Desvio Padrão 0, 004 0, 006 0, 004
Fonte: Os autores

0.04
Velocidade (m/s)

0.035

0.03

0.025

0.02
10 15 20 25 30 35 40
Frames

(a)
0.06
0.058
0.056
Velocidade (m/s)

0.054
0.052
0.05
0.048
0.046
0.044
0.042
0.04
12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Frames

(b)
0.07
0.065
Velocidade (m/s)

0.06
0.055
0.05
0.045
0.04
0.035
5 10 15 20 25 30
Frames

(c)

Figura 7: Perfil de velocidade média por frame para o (a) ensaio 1, (b) ensaio 2 e (c) ensaio 3.

Fonte: Os autores.

linha de espessura do fluido de maior densidade, sendo este ponto encontrado a 6,5 cm, 5 cm e
5 cm, a partir do fundo do tanque, para os ensaios 1, 2 e 3 respectivamente. Vale lembrar que
para os vı́deos dos ensaios 1, 2 e 3 os frames começaram a ser contabilizados após os frames 10,
12 e 3, respectivamente. Tal consideração foi realizada com o intuito de minimizar os efeitos
de atrito causados pelo fundo do tanque.
A tabela (2) apresenta as velocidades médias para cada vı́deo, enquanto as figuras (7a), (7b)
e (7c) apresentar as velocidades médis para cada frame por vı́deo.
É possı́vel visualizar a partir a figura (7a), que não se obteve uma padronização da velo-
cidade, como acontece nas figuras (7b) e (7c), isso se deve ao fato de que como a densidade
estimada no ensaio (1012,076 kg m−3 ) no ensaio foi muito baixa quando comparada com a
condição inicial da água (1007 kg m−3 ), e por isso não houve tempo suficiente para a formação
da frente de onda em relação ao tamanho do tanque, isso significa que o que está sendo medido

7
e visualizado na figura (7a) é a velocidade durante a formação da frente de onda.
Já as figuras (7b) e (7c), a frente de onda conseguiu se formar e com o passar do tempo,
ela tende a diminuir à frequência de variação, bem como ir diminuindo a velocidade devido
às forçantes como atrito. Em um tanque suficientemente longo, o que seria visto, seria uma
tendencia da velocidade de chegar a zero.
4.1 Eficiência de mistura

Mistura é o nome dado ao processo onde a energia cinética do fluxo é retirada pela tensão
de cisalhamento e desestabilização do empuxo (MICARD; DOSSMANN; GOSTIAUX, 2016)
Os efeitos de mistura devido a estratificação podem ser vistos nas figuras (8), (9) e (10),
sendo elas respectivas aos ensaios 1, 2 e 3. Os gráficos representam a movimentação dos siste-
mas de diferentes densidades, onde cada linha representa um sistema para cada frame utilizado
no vı́deo.
Foi possı́vel observar dentre os 3 ensaios que não se obteve um grandes gradientes de mis-
tura, sendo os mesmos representados pela parte intermediária dos gráficos onde é possı́vel vi-
sualizar conjuntos de linhas retas (metalı́mnio) que representam uma mudança abrupta na den-
sidade. Em outras palavras a taxa de variação da concentração no tempo ( ∂C ∂t
), é 0 ou próxima
de 0, o que não favorece a uma boa mistura no meio.
Para todos os gráficos, as linhas de frames iniciais representam a formação da frente de onda,
sendo assim, é possı́vel visualizar nas figuras (8) e (9) um comportamento anormal das linhas
justamente devido a essa formação. Após um perı́odo, existe uma tendência de padronização
aliada a um aumento da interface de divisão das duas camadas, fato esse devido a diminuição
da velocidade em função de fatores como viscosidade do fluido e atrito com o fundo do tanque.
Para a figura (8) é possı́vel visualizar um comportamento bastante turbulento do meio no
inicio, isso se deve ao fato dos valores de densidade serem muito próximos, o que dificulta
a formação da frente que demora mais a acontecer. Esse contraste é extremamente visı́vel se
levarmos em consideração as figuras (9) e (10), onde as distribuição começam a ser melhor
definidas desde o começo do ensaio.

8
10

8
Distância Vertical (cm)

0
60 70 80 90 100 110 120 130 140
Distância Horizontal (cm)

Figura 8: Perı́odo de transição para o estabelecimento do regime uniforme de escoamento para


o ensaio 1

Fonte: Os autores.

10

8
Distância Vertical (cm)

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Distância Horizontal (cm)

Figura 9: Perı́odo de transição para o estabelecimento do regime uniforme de escoamento para


o ensaio 2

Fonte: Os autores.

10

8
Distância Vertical (cm)

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Distância Horizontal (cm)

Figura 10: Perı́odo de transição para o estabelecimento do regime uniforme de escoamento para
o ensaio 3

Fonte: Os autores.

Apesar da mistura não se mostrar muito expressiva durante os ensaios, outro ponto interes-
sante a ser observado é a mudança na posição do metalı́mnio, principalmente em se for feita

9
uma comparação dos ensaios 1 e 2 com o ensaio 3. Essa mudança pode estar ligada com a
formação de uma maior velocidade da frente do movimento que tende a ser mais baixo em
escoamentos maiores.
Uma das explicações para as baixas visualizações em termos de mistura, pode atribuı́da
ao do tipo do escoamento, o qual para todos os ensaios se manteve em regime laminar (os
números de Reynolds(Re) são apresentados na tabela (1)). Resultados parecidos foram obtidos
por Ilicak(2014) e Rudyal e Minakov(2014), que investigaram as eficiências energéticas e de
mistura para diferentes valores de Reynolds, e para ambos, a eficiência de mistura demostrou
estar altamente relacionada com valores maiores de Reynolds (para Ruydal e Minakov(2014) a
eficiência de mistura só começou a possuir valores representativos para Re > 150).

4. CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

BUENO, R. C. Concentration Analyzer. Disponı́vel em


<https://sites.google.com/view/rafaelbueno/programs>. Acesso em: 06 nov. 2019.
GOLTERMAN, H. L. Stratification in dep lakes. In: Physiological limnology: An approach to
the physiology of lake ecosystems. Amsterdam, 1975, cap. 9, p. 145-173.
ILICAK, M. Energetics and mixing efficiency of lock-exchange flow. Ocean Modelling.
Bergen, v. 83, p. 1-10, 2014.
RUDYAK, V.; MINAKOV, A. Modeling and ptimization of Y-Type Micromixers.
Micromachines. Novosibirsk, v. 5, p. 886-912, 2014
MAXWORTHY, T.; LEILICH, J.; SIMPSON, J. E.; MEILBURG, E. H. The propagation of a
gravity current into a linearly stratified fluid. Journal of Fluid Mechanics, 453, pp. 371-394,
2002.
MICARD, D.; DOSSMANN, Y.; GOSTIAUX, L. Mixing Efficiency in a Lock Exchange
Experiment. In. VIIIth International Symposium on Stratified Flows, San Diego, USA, 2016.
NETO, I. E. L. Desestratificação artificial de reservatórios por meio de aeração superficial.
Engenharia Sanitária e ambiental. Fortaleza, v. 24, n. 2, p. 327-334, mar/abr 2019.
SHIN, J. O.; DALZIEL, S. B.; LINDEN, P. F. Gravity currents produced by lock exchange.
Journal of Fluid Mechanics, Cambridge, v. 521, p. 1-34, 2004.
LOWE, R. J.; ROTTMAN, J. W.; LINDEN, P. F. The non-Boussinesq lock-exchange problem.
Part 1. Theory and experiments. Journal of Fluid Mechanics, Cambridge, v. 537, p. 101-124,
2005.
WHITE, B. L.; HELFRICH, K. R. Gravity currents and internal waves in a stratified fluid.
Journal of Fluid Mechanics, Cambridge, v. 616, p. 327-356, 2008.

10
WINTON, R. S.; CALAMITA, E.; WEHRLI, B. Reviews and synthesis: Dams, water quality
and tropical reservoir stratification. Biogeosciences, Zurique, v. 16, p. 1657-1671, 2019.

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