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Capítulo 7

Velhos amigos
Velhos amigos vão sempre se encontrar

Seja onde for, seja em qualquer lugar

O universo é pequeno, o tempo não é mais relevante

O amor desfaz na sua mão

Nada passou, nada ficará

Nada se perde, nada vai se achar

Rose estar correndo desesperadamente para a cúpula arbórea, saindo do corredor da


ponte em direção ao hangar de tecnologia. Ver seu pequeno Chin estirado no chão a
estava deixando aflita, ao pensar no pior, memórias de seus amigos que morrerem
queimados vinham a tona.

Em uma breve arritmia, seu coração dispara incontrolavelmente. Um ataque de


ansiedade faz Rose desacelerar, caindo lentamente e segurando nas paredes, toda a
tensão do que passou-se estava sendo descarregado, o hangar ao redor não parece
fazer sentido, estar tudo em movimento, os androides nas vitrines parecem olhar
fixamente o desespero de Rose.

Com os olhos cheios de lágrimas, ela passa seus dois braços para enxugar.

Isso não pode estar acontecendo! Eu prometi a ela que cuidaria de Chin. Falhei como
irmã, falhei como amiga, falhei como mãe (Lamenta enquanto espera o ataque de
ansiedade passar).

Ao olhar com mais atenção para si, ela percebe que em muito tempo não descansava.
Foi preciso um ataque para fazê-la descansar. Agora estar tudo bem...

Atenção, nave não autorizada aproxima-se. Inteligência artificial desabilitada,


favor, seguranças da SS.Zertian, dirijam-se ao hangar de boas vindas.

Quase que num pulo, Rose levanta-se animada.

Finalmente, ajuda! Não vou conseguir chegar até você sozinha pequeno Chin
(Olhando com tristeza em direção a zona arbórea).

Voltando para o corredor da ponte, Rose estava fazendo o caminho reverso, em


direção ao hangar em que tinha chegado na SS, Zertian. Ao chegar, ela para
esperançosa em frente ao corredor de acesso, ansiosa pela ancoragem da nave.

Ancoragem bem sucedida, bem vindos à SS.Zertian.

Vozes de conversas e risos vinham do corredor de ancoragem. Rose parecia alguém


no aeroporto esperando um grande amor descer do avião.

- Esses cientistas da OMNES 1 não sabem o que estão fazendo! Só servem para
atrapalhar o meu caminho! (Vinha falando uma moça asiática muito bonita, cercada de
cinco assistentes).

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Capítulo 7
Velhos amigos

Todos param, começam a observar o caos na estação. De cima, até embaixo, onde
encontrava-se Rose, com as mãos juntas e de olhos lacrimejando.

- Não... Não pode ser... (Rose com uma lágrima escorrendo no rosto, e desacreditada
no que estava vendo).

Eu estou ficando louca, isso tudo deve ter me afetado psicologicamente, não é real
(Com uma expressão assombrosa no rosto).

- Rose? É você mesmo? (Grita a cientista ao vê-la parada)

- Rose! (A cientista vai correndo em sua direção e a abraça com todas as forças).

Com suas mãos sobre os ombros de Rose, cara a cara.

- O que você estar fazendo aqui?! Foi o desgraçado do meu marido que te obrigou?
(Questiona a cientista).

Rose apenas olhava espantada, sem responder absolutamente nada.

- Com quem você deixou meu filho?! Eu só confiava ele a você! Ah! Não me diga que
ele estar aqui!? Estou morrendo de saudades! Depois de anos sem abraçar meu
pequeno Chin.

- Senhora Akemi... Como? (Rose com um olhar incompreensível).

- Do que estar falando Rose?

- Você... Não era pra estar aqui.

- Nisso você tem razão, foi por isso que passei os últimos anos do outro lado de
júpiter. Projeto Êxodus, lembra? Era pra estar terminando nesse momento, mas
perdemos contato com a estação, então viemos investigar. Meu marido deve estar
pegando pesado com você, até perdeu a memória. (Brinca Akemi).

- Entendo (Diz Rose sem entender nada).

- Você está horrível, a estação inteira estar horrível na verdade. O que aconteceu?
(Akemi olhando em volta).

- Senhora, uma criatura sorridente estava matando a todos na estação. Tudo começou
no refeitório, estava acompanhando o senhor Chin no jantar...

Akemi arregala os olhos.

- Meu filho Rose! Me diz que ele estar bem!

- Eu o salvei do refeitório senhora, mas o perdi na saída. Fiquei presa com a criatura.
Após conseguir sair, procurei no sistema de câmeras da estação, e o achei na cúpula
arbórea de oxigênio. (Omitindo a parte que ele estava no chão machucado).

- Tenho certeza que você fez o possível por ele (Suspira Akemi mais aliviada).
Precisamos ir buscá-lo agora.

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- Pessoal, peguem o arsenal na nave. (Ordena Akemi aos assistentes).

- Está tudo bem senhora! Eu afugentei e joguei a desgraçada no espaço!

- A desgraçada da Scabrous não iria causar esse caos todo sozinha, os outros devem
estar por aí. Maldita puta sorridente (Lamenta Akemi).

- Aquela coisa tem nome? Outros? Você já sabia de sua existência?! (Rose já desistiu
de tentar entender algo).

- É querida, creio que 4 espécimes estejam fora de contenção. Elas são só mais um
segredinho sujo da Omnes. Por isso falei pra vocês ficarem longe desse lugar. E como
uma boa garota, você não fala nada do que viu e ouviu aqui. (Akemi colocando sua
mão gentilmente no rosto de Rose).

Seus assistentes chegam com duas AK47, uma escopeta e pistolas.

- Vamos atrás do meu filho (Akemi colocando uma bala na agulha).

- A propósito, você cresceu muito durante minha ausência Rose, adorei o novo estilo.

Mas eu nunca mudei... (Pensa Rose preocupada).

- Vamos pela zona de tecnologia, é o caminho mais próximo. (Sinalizando com as


mãos, Akemi).

Todos partem imediatamente, seus assistentes que antes pareciam indefesos, agora
mantém uma formação militar em torno de Akemi. Bem atrás está Rose, seu olhar
estar perdido nas memórias...

Era um dia de verão, estava no enorme Jardim da mansão treinando artes marciais, o
calor estava exaustivo, bastava alguns movimentos para cair no chão pingando de
suor. No fundo eu gostava, a visão de um céu limpo e natureza intacta era motivador,
muito diferente do restante do mundo.

Uma das empregadas surge no meu campo de visão enquanto estou deitada. Era
Isabel. Uma sobrevivente da antiga capital do México. Vinha me dar um recado do
meu senhor, era pra estar vestida formalmente em uma hora no Hall da mansão.

Ao chegar no Hall, meu senhor estava conversando com uma mulher, de costas para
mim, admirei seu enorme cabelo liso e preto como a noite mais escura. Ambos estão
rindo, ele com um copo de whisky, e ela uma taça de champanhe.

- Aí estar você Rose! (Olha o empreiteiro em um tom feliz).

- Deixa eu lhe apresentar minha esposa, Akemi.

Virando-se lentamente, com seus olhos negros asiáticos, ela olha com um leve sorriso.

- Prazer em conhecê-la Rose, meu marido falou muito de você durante essas
semanas.

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Estendo a mão para cumprimentá-la. Não fazia idéia que meu senhor estava
namorando alguém, quanto mais casar!

- Será um prazer servi-la, senhora. (Responde seriamente Rose).

Meu senhor estar estranhamente satisfeito, geralmente ele é um perfeito babaca, mas
um babaca que salvou minha vida

- Rose é como uma filha pra mim, a salvei daquela capital fedida de Paris (Se esbanja
sobre a “Caridade” o empreiteiro).

Filha? Hum. Você queria um cão de guarda, alguém para sujar as mãos de sangue por
você.

- A partir de agora Akemi estar se mudando pra cá, junto com ela vem seu enorme
laboratório. Ela é a mente mais brilhante desse planeta, então a sua responsabilidade
de segurança será em dobro Rose (Colando sua mão na cintura de Akemi).

- Eu sei me cuidar amor, deixa a jovem manter sua rotina. Sinto que nos daremos
muito bem (Olha com um sorriso no rosto para Rose).

Ela não quer me dar trabalho? Já gostei dessa Akemi.

Uma semana passou-se desde então, numa tarde de tédio, fui averiguar o laboratório
da nova inquilina. O lugar ficava no enorme subsolo da mansão, quase uma fortaleza.
Ao adentrar, me sinto atrasada uns quinhentos anos, nunca havia visto equipamentos
tão modernos. Olhando para os cantos no teto, um enorme cilindro dando a volta por
todo o recinto num perfeito círculo. Mais ao fundo, uma alavanca que dá acesso ao
cilindro, ela brilhava com algo dentro, certamente servia para injetar isso nele. Vou
tocando lentamente...

- Eu não me arriscaria a injetar isso por acidente agora. Quer que tudo num raio de
5km vá pelos ares? (Debocha Akemi, com os braços cruzados na porta).

- Ah, desculpa! Eu não iria fazer isso, só estava sendo curiosa, é um defeito que meu
senhor odeia, estou trabalhando nisso. Prometo, não vai mais acontecer. (Estou
envergonhada).

Akemi vem em minha direção, parando numa mesa onde começará a fazer cálculos.

- Curiosidade é uma dádiva garota, não deixe alguém tirar isso de você,
principalmente um homem. (Akemi com um olhar sincero pra mim).

- Desculpa a indiscrição senhora, mas como uma mulher como você se apaixonou por
ele?

Akemi dá uma leve risada.

- Tudo na vida é um jogo de interesses jovem Rose, preciso do dinheiro, poder e


influencia dele. E ele, o meu projeto.

- Entendo. (Concordo pensativa).

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- Poderia me explicar do que seu projeto se trata? Parece ser algo perigoso.

- O medo do perigo desconhecido, o maior erro da humanidade. Grandes descobertas


exigem sacrifícios, desde pequenos acidentes, até desastres. Pra isso cientistas com
eu existem, deixo meus sentimentos de lado para fazer o que for preciso, até atingir
meus objetivos. Você pode viver na caverna Rose, ou ser uma desbravadora.

Estou surpresa e ao mesmo tempo encantada, essa mulher, eu quero ser como ela!

- Mas com todo respeito, você ainda não respondeu minha pergunta senhora.

Akemi sorrir.

- Você é religiosa Rose?

- Não... Quer dizer, eu costumava rezar pra Deus tirar eu e meus irmãos da miséria,
mas foi o próprio Diabo quem me salvou. (Fico pensativa).

Akemi tem uma crise de risos.

- Acho que seremos boas amigas Rose!

- E sobre meu projeto, eu vou trazer Deus para nossa realidade, e manipula-lo! (Akemi
brinca, com um sádico sorriso).

Essa mulher é maluca. (Olho com destreza).

Três anos passaram-se

Akemi acabou de dar a luz á um lindo garotinho, o batizou com o nome do seu
desaparecido irmão, Chin. Parece que o tempo pode mesmo florescer sentimentos
onde outrora não existiam. Quem diria que ela teria um filho do meu senhor.

Certa noite fui à varanda do meu quarto, de lá tenho uma ampla vista da piscina. Para
minha surpresa, Akemi estava parada, olhando para a água banhada pela luz do luar.
Quando do nada, ela começa a se despir. Fico corada, seu corpo é tão bonito, não
consigo parar de olhar, estou curiosa. Akemi mergulha, com seus enorme cabelo
fazendo um balé na água.

Estou excitada? Que porra é essa?

Cinco anos passaram-se

Akemi estava discutindo freneticamente com meu senhor. Eles discutiam sobre o
projeto dela ser patenteado de forma incorreta para a Omnes, e que só ela poderia
faze-lo com êxito, mas pra isso, ela se mudaria por anos para o espaço. Era o que
meu senhor mais temia.

A porta bate.

- Estar decidido! (Grita Akemi)

Ela desce as escadas apressadamente, estou no hall pronta para consola-la.

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- Chame meu filho Rose, preciso falar com vocês dois.

Fico assustada.

Chin estava num pequeno cochilo, mas mesmo assim o pego nos braços. Vou a
encontro de Akemi.

- Estamos aqui senhora (Chin acorda aos poucos nos braços de Rose).

- Rose, você e meu filho são as coisas mais precisas que eu tenho. Vou à SS.Zertian
concertar um erro que cometi. Por favor, me promete que cuidará dele, assim como
cuidou de mim durante esses anos? (Akemi estar chorando).

- Senhora... O que aconteceu?

- Não tenho tempo Rose, só me promete por favor.

- Claro que prometo senhora!

Akemi sorrir, em seguida dar um beijo na testa de Chin, passando a mão lentamente
em sua cabeça.

- A última nave parte em algumas horas, preciso fazer minhas malas. (Subindo as
escadas rapidamente em direção ao seu quarto).

- Quando acabar me chama! Eu ajudo a levar as malas. (Grito enquanto ela sobe).

Estou sentada faz um hora, Akemi estava demorando muito pra quem tinha que sair
às pressas. Fui ao seu quarto, batendo gentilmente na porta.

- Senhora? Estou entrando...

O quarto estava bagunçado e escuro, as enormes portas de vidro que dão acesso a
varanda estavam abertas, chamo por Akemi, mas sem resposta, apenas o balançar
das cortinas ao vento.

Aos poucos me aproximo da varanda...

- Para chegarmos a zona arbórea em menos tempo, temos que pegar o trem de carga
abaixo de nós. (Comenta Akemi com toda a equipe).

Cercadas num perímetro de segurança pelos assistentes, Rose e Akemi se dirigem as


escadas que dão acesso ao subsolo da zona tecnológica. Enquanto descem a escada
bifurcada, Rose lentamente entende sua mão para tocar na pele de Akemi.

Olhando estranhamente num tom bem humorado, Akemi segura a mão de Rose e a
coloca em seu rosto.

- Entendo que você viu muito nas últimas horas pra sua mente processar, mas veja, eu
sou real. (Enquanto Rose desliza sua mão na pele perfeita de Akemi).

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Rose subitamente recua a mão, ficando pouco corada de vergonha.

Então aquilo tudo, foi uma enorme encenação? (Pensa Rose sobre o que aconteceu
no quarto).

- Chegamos!

Eles estão na triagem na Zona de tecnologia, assim como na Hospitalar, existem


diversos caixotes, contendo tecnologia para ser distribuída pela estação, e exportada
para terra. Mais a frente, está o enorme túnel do trem.

- Parece tudo em ordem, vou chamá-lo. (Akemi aperta o botão para que o trem
venha).

Trem de carga danificado, por favor, contate um suporte técnico imediatamente.

- Que ótimo (Resmunga Akemi).

A porta de acesso ao túnel é pequena, chega a ser um cercado, apenas para manter a
segurança dos funcionários.

- Vamos pular e ir andando pelos trilhos. (Olha Akemi para seus assistentes).

- Eu sei que situação não é propícia, mas você anda muito calada Rose, você sempre
foi tão tagarela, amo suas histórias.

Eu nunca fui assim senhora (Pensa preocupada).

- Ah, tudo bem, sou estou preocupada com o pequeno Chin, nada além disso. (Rose
dribla a conversa).

- Hum, tá bem querida (Akemi pulando a porta).

Todos adentram a escuridão do túnel, guiando se a partir dos trilhos no chão e


lanternas das armas. O silêncio é ensurdecedor, cada leve passo ecoava na
escuridão.

Akemi diminui o passo ficando ao lado de Rose.

- Ei! Tem algo que você queira me contar? (Akemi em voz baixa).

- Não... Não senhora.

- Hora vamos, eu te conheço melhor que você mesma Rose. Se estivesse apenas
preocupada com meu filho você seria a soldado mais motivada desse lugar. Algo estar
te fazendo ficar pensativa. E distração é algo que não podemos nos dar o luxo agora.

- É que... (Rose pensa duas vezes).

Subitamente ela vai a um assistente a sua direita e puxa uma pistola do seu quadril.

- Tem razão, agora estou motivada. (Rose acelera o passo á frente de todos).

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Akemi torce os olhos, sabe que Rose estar omitindo algo.

Ejeção da cúpula arbórea de oxigênio foi forçada. Evacuar a SS.Zertian.

Um forte empuxo abala a estação, fazendo todos desequilibrarem e cair.

- Não! (Dispara Rose a frente de todos, sendo logo seguida por Akemi).

Luzes amarelas giram, indicando evacuação.

Por favor meu Deus, que aquelas pessoas tenham tirado meu garoto de lá (Pensa
Rose enquanto corre).

Logo atrás, Akemi vê que Rose estar parado de correr. Algo chamou sua atenção.

- O que foi, achou meu filho Rose? (Akemi, ofegante e preocupada).

Em silêncio, Rose começa a olhar em volta, nos cantos do túnel. Akemi segue seu
olhar...

- Meu Deus...

Dezenas de pessoas mortas, com apenas a barriga aberta estão por todo o
recinto.

Todos entram em formação, armas são apontadas. Mas não se ouvia nada.

- Senhora... O que estar acontecendo? (Questiona Rose).

- Eu... Eu ... Não sei. (Gagueja Akemi).

- Como não?! Você sabia o tempo inteiro da existência dessas coisas, e agora todos
então mortos! Tá feliz?! Seu filho, digo, nosso, porque eu o criei por mais tempo que
você, então ele também é meu! Pode estar no meio de todos esse cadáveres! Tudo
por culpa de você e seus malditos “Segredinhos” (ROSE SURTA).

Akemi estar assustada, com seus olhos cheios de lágrimas

- Em toda sua vida era você e seu projeto! Parecia que você nos deixava em primeiro
plano, mas sempre era segundo! (Rose chora de raiva).

Os assistentes apontam as armas para Rose.

- Abaixem essas armas! (Grita Akemi).

Eles as recolhem.

Rose vai silenciosamente investigar o cadáver mais próximo.

- É, você tem razão! Posso ter sido a pior mãe do mundo. Mas porquê eu precisava
terminar o meu projeto, por você, por Chin, pelas próximas gerações da humanidade!
Você não entende agora, mas eu fiz o que precisava ser feito!

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- Nisso nós concordamos, você foi uma péssima mãe. (Rose agachada, analisando o
cadáver).

Akemi coloca suas mãos na cabeça, está triste e com raiva.

Rose olha atentamente ao intestinos para fora do cadáver, está quente e pulsante!
Colocando a mão com delicadeza, ela vê que entre o intestino grosso, estar um
aglomerado de ovos!

Não pode ser!

- Alguém com lanterna, aqui! (Ordena Rose).

Akemi dá o sinal de permissão para que um dos seus assistentes vá.

Rose segura a cabeça do cadáver, e abre suas pupilas para ver ser globo ocular.

- Jogue a luz nos olhos dele, por favor.

O assistente faz isso...

Rose tropeça para trás

- O que estar acontecendo Rose? (Grita Akemi).

Lentamente Rose vira-se.

- A pupila dele dilatou com a luz!

Akemi arregala os olhos.

- Então quer dizer, essas pessoas estão vivas?!

Som gosmento vem das entranhas

Rose mais uma vez vira sua atenção aos ovos. Eles estão eclodindo.

- Minha nossa! (Colocando mão na boca).

Em segundos, todos no recinto cercaram o cadáver para ver o que estava


acontecendo. Filhotes da criatura dos olhos brilhantes estavam nascendo. Cada vez
que um saia, começava a se alimentar das entranhas do hospedeiro humano
paralisado.

Todos estão apavorados. Um dos assistentes vomita.

- Conheço esses olhos, são Rippers, não sabia que ele era hermafrodita(Diz Akemi).

- São que nem Vespas-Joias (Afirma uma jovem assistente que segura a escopeta).

Todos olham pra ela, parecem pedir mais detalhes.

- Assim que consegue se aproximar da uma barata, a vespa dá uma primeira ferroada
no chamado gânglio torácico, um feixe de nervos que, quando afetado por essa dose

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inicial de veneno, faz com que as patas da frente do bicho fiquem temporariamente
paralisadas. Isso, claro, facilita o serviço da vespa, que parte para a segunda picada.
O alvo é um ponto preciso do sistema nervoso do inseto, o chamado SEG (gânglio
subesofágico), o que acaba com o reflexo de fuga da pobre barata. Daí por diante, ela
se torna virtualmente incapaz de caminhar por vontade própria, e quaisquer
comportamentos de defesa da própria vida ficam inutilizados. Daí vem a pior parte,
elas injetam suas larvas, que aos eclodirem, se alimentam da barata, de dentro pra
fora. Acontece algo parecido aqui, essas criaturas imobilizam humanos com alguma
toxina e depositam seus ovos nas entranhas ainda quente pois o hospedeiro se
mantém vivo, um ambiente perfeito para qualquer ovo chocar. Após o nascimento, o
corpo serve de alimento.

- Minha nossa...

O assistente vomita mais uma vez.

Tiros são ouvidos a frente, seguido de gritos.

- Sobreviventes, vamos! (Dispara Rose).

- Espera Rose! Se os Rippers estão aqui, não saberemos se teremos chances! (Akemi
segura o braço de Rose).

- E se seu filho estiver lá? (Rose levemente empurra Akemi, indo em direção aos
tiros).

Numa dúvida cruel, Akemi roda do mesmo lugar duas vezes.

- O que devemos fazer senhora?

Estar descido.

- Rápido! Vamos ajudá-la! (Dispara Akemi).

Akemi já tem uma breve visão do que estar acontecendo de longe, um grupo de
sobreviventes estão sendo afugentados por Rippers. Rose pula no pescoço de uma
das criaturas.

- Aquela mulher estar maluca?! Arriscando sua vida por pessoas que nem conhece?!

Seus assistentes entram primeiro no tiroteio.

Chegando mais próximo, Akemi vê uma criança saindo de trás de uns dos
sobreviventes adultos. Ela olha com mais atenção... Chin!

Akemi para, joga a arma no chão e da meia volta à toda velocidade em meio a
escuridão do túnel. Assustada e chorando, não sabe ao certo pra onde estar indo, não
dá para se ver um palmo na sua frente, apenas se guiando pelos trilhos. Ela olha em
várias direções no escuro, parece procurar algo...

Uma placa que brilha no escuro de “Perigo, alta voltagem” Parece ser o que ela estar
procurando. Tropeçando, ela abre a caixa de energia, que deveria conter fios elétricos
e fuzis. Mas não. Dentro estar um painel com senha. Ela digita a seguinte código;

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6-8-6-0-0-4

Em seguida passa sua impressão digital. O Painel confirma, Doutora Akemi Higurashi.
Quando subitamente a parede ao seu lado se abre em uma passagem secreta.
Adentrando, um longo corredor metálico a leva para um laboratório/Prisão, que é
dividido em duas partes, uma onde tem uma enorme mesa cumprida com
computadores e brinquedos no chão. E outra uma sela, que mantinha algo como uma
cobaia/prisioneiro.

Akemi adentra a sela deixando a porta aberta, é escura e molhada, não há


absolutamente nada aqui.

Ela senta de pernas cruzas no canto mais escuro da sela. De olhos fechados, ela
parece falar alguma coisa, rápido demais para ser entendido. Ao que parece, ela estar
clamando por alguém, ou, por algo.

Som de queda na sala fora da sela

Akemi permanece imóvel e de olhos fechados, algo está adentrando pela porta da
sela, uma massa negra, engatinha devagar até parar poucos centímetros das costas
de Akemi. A respiração é sentida no seu pescoço. Enormes olhos são refletidos na
pouca luz da sala.

- Por favor, me mostre, eu preciso saber (Gagueja Akemi).

Em segundos, numa breve respiração, Akemi estava calma. A massa negra começa a
se afastar, e antes que saísse pela porta ele sussurra:

- Sabe. O que. Fazer.

Sumindo no duto de ventilação.

Akemi levanta-se, vai até a sala principal, senta-se novamente, e brinca com uma
pelúcia de dinossauro no chão. Sorrindo, isso a faz lembrar do seu filho.

Subitamente tira uma pistola do quadril e enfia na boca. Uma lágrima escorre. O
gatilho é apertado.

Som de tiro

...

Rose aproximam-se da varanda, o vento estar frio, a lua cheia. Ao olha pra baixo, sua
amiga Akemi morta jogada ao relento.

Rose grita.

Empregadas começam a correr de um lado para o outro.

Akemi havia pulado da sacada.

Suicídio.

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