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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO EXTRAORDINÁRIA PARA


ASSUNTOS DE REFORMA AGRÁRIA

INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

R E G U L A RI Z A Ç Ã O F UN D I Á RI A

NO

ESTADO DE MINAS G ERAIS

- 2008 –
GOVERNO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO EXTRAORDINÁRIA PARA ASSUNTOS DE REFORMA AGRÁRIA
INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

1 – HISTÓRICO:

As terras DEVOLUTAS brasileiras são todas aquelas que não foram desmembradas do patrimônio
público através de um documento legítimo.
Inicialmente elas pertenceram à Coroa Portuguesa, depois ao Governo Central do Brasil e,
finalmente, aos Estados Confederados.
O termo “terras Devolutas” se originou em 1850, com a primeira Lei de Terras (Lei 601 de
18/09/1850). Devolutas significam devolvidas, já que a lei estabeleceu que a partir daquela data as aquisições
de terras só seriam possíveis através da compra. Assim, todas as Sesmarias não confirmadas até 1822,
quando acabou o regime Sesmarial ou as ocupações desordenada s foram desautorizadas, retornando as
terras para o Governo Central . Assim, todas essas terras passaram a ser chamadas de terras “DEVOLUTAS”.
A Sesmaria era a concessão de terras no Brasil pelo governo português com o intuito de desenvolver
a agricultura criação de gado e extrativismo ao mesmo tempo povoar o território e a recompensar nobres,
navegadores ou militares por serviços prestados à coroa portuguesa.
A Lei das Sesmarias foi promulgada em Santarém – Portugal - a 28 de Maio de 1375 no reinado de
D. Fernando-I .
Dessa forma, considera-se como primeiro documento legítimo de terras, a Carta de Confirmação de
Sesmaria. Esse documento foi fornecido pela Coroa, até a independência ocorrida em 1822. A partir daí, até
1891, o documento legitimo passou a ser fornecido pelo Governo Central, com base na Lei 601.
Com a Proclamação da República e o advento da primeira Constituição Republicana em 1891, foram
transferidas para os Estados as terras localizadas dentro se seus respectivos territórios (art. 64). A partir
dessa data, portanto, os Estados passaram a administrar suas terras, fornecendo títulos de dominialidade.
Ocorre que muitos artifícios ilegais foram utilizados ao longo dos anos para legitimar terras devolutas
(registros fabricados em Cartórios, Ações Judiciais, grilagens, etc.). Nem sempre um registro em Cartório
possui uma origem legítima.

2 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Lei 601 de 18 set. 1850 (Regulamentada pelo Dec.1318/1850)


“Art. 3º. São terras devolutas:
§ 1º - As que não se acharem aplicadas a um uso público nacional, provincial ou municipal.
§ 2º - As que não se acharem no domínio particular por qualquer título legítimo, nem forem havidas por
sesmarias e outras concessões do Governo Geral ou Provincial não incursas em comisso por falta do
cumprimento das condições de medição, confirmação e cultura.
§ 3º - As que não se acharem dadas por Sesmarias, outras concessões do governo, que, apesar de incursas
em comisso, forem revalidadas por esta Lei.
§ 4º - As que não se acharem ocupadas por posses, que, apesar de não se fundarem em título legal, forem
legitimadas por esta Lei.”

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Art. 5º. Serão legitimadas as posses mansas e pacíficas adquiridas por ocupação primária, ou
havidas do primeiro ocupante, que se acharem cultivadas, ou com principio de cultura, e morada habitual do
respectivo posseiro, ou de que o r epresente.

Constituição Federal 1891


“Art. 64. Pertencem aos Estados as minas e terras devolutas situadas nos seus respectivos
territórios, cabendo à União somente a porção do território que for indispensável para a defesa das fronteiras
fortificações, construções militares e estradas de ferro federais.
Parágrafo único – os próprios nacionais, que não forem necessários para serviço da União, passarão ao
domínio dos Estados, em cujo território estiveram situados.”

Constituição Federal 1988


“Art. 20. São BENS DA UNIÃO:
Inciso I – os que atualmente pertencem e os que vierem a ser atribuídos;
Inciso II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e a preservação ambiental, definidas em lei.”

Constituição Estadual 1989


“Art. 12 – Formam o domínio público patrimonial do Estado os seus bens móveis e imóveis, os seus
direitos e os rendimentos das atividades e serviços de sua competência.
Parágrafo único – Incluem-se entre os bens do Estado:
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.”

Lei Estadual n.º 550 de 20 dez. 1949


Dispõe sobre concessão de terras devol utas. (substituída pela Lei 11.020/93).

Lei Estadual n.º 11.020/93 (Regulamentada pelo DECRETO 34.801/93)


Dispõe sobre as terras Públicas e Devolutas Estaduais
“Art. 1º - São terras devolutas do domínio do Estado as assim definidas pela Lei n.º 601, de 18 de
setembro de 1850, que lhe foram transferidas pela Constituição da República de 1891 e que não se
compreendam entre as do domíni o da União por força da Constituição da República de 1988.”

3 - DISCRIMINAÇÃO DE TERRAS PÚBLICAS

3.1 - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (Art. 10°, Dec. 34.801, Inciso I – regulamentador da Lei
11.020/93)
Para fins de alienação ou de concessão de terras devolutas com área não superior a 100,0000 ha
(cem hectares), o ITER poderá, fundamentadamente, dispensar a ação discriminatória, caso em que será
observado o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 30 da Lei 11.020/93:

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§ 1º - A alienação ou a concessão de que trata este artigo será autorizada quando, com base na
documentação que instruir o processo, a terra puder ser presumida devoluta, observados os limites
estabelecidos nesta Lei.
§ 2º - O processo de que trata este artigo será instruído, no mínimo, por:
I – certidão de nascimento ou, se se tratar de pessoa jurídica, de registro civil ou comercial, acompanhada de
cópia do contrato ou do estatuto soc ial;
II – declaração dos confrontantes, por eles assinada, de concordância com a medição e com a demarcação
da área, quando não precedidas de ação discriminatória;
III – cadastro do beneficiário, em formulário próprio, por ele assinado;
IV – documento comprobatório de direito sobre a área e da origem desse direito;
V – certidão de registro da área em nome do beneficiário ou de seus antecessores;
VI – declaração do beneficiário, por ele assinada, de que não é proprietário de mais de 250 ha (duzentos e
cinqüenta hectares);
VII – laudo de identificação fundiária, preenchido e assinado por servidores da Fundação Rural Mineira -
Colonização e Desenvolvimento Agrário – RURALMINAS;
VIII – planta e memorial descritivo da área;
IX – parecer da RURALMINAS favorável à alienação ou à Concessão da área, acompanhado de relatório do
processo.
§ 3º - Aos processos em curso aplica-se:
I – o disposto na Lei n.º 550, de 20 de dezembro de 1949, se iniciada a sua tramitação até 11 de outubro de
1988;
II – o disposto na Lei n.º 9.681, de 12 de outubro de 1988, se iniciada a sua tramitação até 7 de janeiro de
1993;
III – o disposto na Lei n.º 7.373, de 3 de outubro de 1978, se referentes a área urbana e se iniciada a sua
tramitação até 7 de janeiro de 1993.
§ 4º - Os processos iniciados a partir de 8 de janeiro de 1993 serão instruídos com a documentação exigida
no § 2º deste artigo, acrescida de declaração do beneficiário, por ele assinada, de que não se encontra em
nenhuma das situações previstas nos incisos I a VIII e no § 1º do artigo 11 desta Lei. (Artigo com redação
dada pelo art. 1º da Lei n.º 12.416 de 26/12/1996)”

4 - MEDIÇÃO E DEMARCAÇÃO

Nos termos do Art. 8º, § 2º da Lei 11.020/93 o ITER executará a medição e demarcação das Terras
Devolutas, de sua responsabilidade, com observância das normas técnicas vigentes, por equipes próprias ou
ainda poderá delegar sua execução no todo ou em parte.
Edital de medição - Nos termos do Art. 48 do Decreto 34.801/93 a medição da terra a ser demarcada
só se efetivará 15 dias após a publicação de Edital no jornal diário oficial do Estado, Minas Gerais, o qual
será afixado nos escritórios regionais do ITER, na Prefeitura Municipal no Fórum local e Sindicato dos
Trabalhadores Rurais.

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Edital de Vistas - Também no Art. 52 do mesmo Decreto 34.801/93 consta que, uma vez elaborados a
Planta, Memorial Descritivo e o Laudo de Identificação Fundiária, produtos dos serviços de medição, publicar-
se-á o Edital de Vistas para manifestação dos interessados, no prazo de vinte dias.
Revisão e aprovação técnica - Nos Arts. 53 e 54 do mesmo Decreto 34.801/93 - findo o prazo do
Edital sem apresentação de embargos ou resolvido o que for apresentado, os trabalhos técnicos serão
submetidos à revisão e aprovação pelo setor técnico e posteriormente ao Setor Jurídico para parecer final e
confecção do Título de Legitimação de Posse que levará as assinaturas do Diretor Fundiário/ITER, Diretor
Geral/ITER e Secretário/SEARA. Este último representando o Governador do Estado.

5 - FORMAS DE ALIENAÇÃO E CONCESSÃO DE TERRAS – REQUISITOS EXIGIDOS

5.1 – Art. 14 da Lei 11.020/1993 – define: “São formas de alienação ou de concessão de tenras devolutas,
entre outras, as seguintes”:

I – Concessão Gratuita de Domínio:


“Art. 17 – O título de concessão gratuita de domínio será outorgado a quem, não sendo proprietário
de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por 5 (cinco) anos ininterruptos, sem oposição, área de terra
devoluta rural não superior a 50 ha (cinqüenta hectares), tenha nela sua moradia e a tenha tornado produtiva.
Parágrafo único – O beneficiário a que se refere este artigo deverá comprovar que a terra é a sua principal
fonte de renda e a de sua família.”
Complementarmente à Concessão gratuita de domínio, a lei Estadual 14.313/2002 reconhece direitos
nos seguintes termos:
“Art. 1° - Ficam isentos do pagamento dos emol umentos relativos ao registro de títulos translativos de
domínio de imóveis rurais e aos serviços de medição, demarcação, elaboração de planta e memorial
descritivo os beneficiários de terras obtidas por meio de programa de reforma agrária ou de assentamento
promovido por órgão ou entidade da União ou do Estado, bem como por meio da concessão a que se refere o
inciso II do § 3º do artigo 247 da Constituição do Estado.
ISENÇÃO DO PAGAMENTO DO PREÇO DA TERRA SIM Artigo 17 da Lei n.º 11.020 / 1993

ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE EMOLUMENTOS SIM Portaria ITER n.º 005, de 02 de setembro de 2002

POSSIBILIDADE DE PARCELAMENTO SIM Portaria ITER n.º 010, de 05 de novembro de 2002

II – Alienação Por Preferência:


“Art. 18 – Aquele que tornar economicamente produtiva terra devoluta estadual e comprovar sua
vinculação pessoal à terra terá preferência para adquirir-lhe o domínio, até a área de 250 ha. (duzentos e
cinqüenta hectares), contra o pagamento do seu valor, acrescido dos emolumentos.
§ 1º - Nos terrenos para agricultura, o ocupante provará a utilização econômica de, no mínimo, 30% (trinta por
cento) da área aproveitável.
§ 2º - Nos terrenos para pecuária, o ocupante provará a utilização de, no mínimo 50% (cinqüenta por cento)
da área aproveitável como área de pastagem que comporte 3 (três) cabeças de gado "vacum" ou similar por
alqueire geométrico.
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§ 3º - No caso de exploração mista da área, o percentual mínimo de utilização econômica é de 40% (quarenta
por cento) da área aproveitável.”
“Art. 19 – Considera-se vinculação pessoal à terra, para os efeitos desta Lei, a residência em
localidade que permita ao ocupante ou a seus familiares assistência permanente à área e a sua efetiva
utilização econômica.
ISENÇÃO DO PAGAMENTO DO PREÇO DA TERRA NÃO Artigo 17 da Lei n.º 11.020 / 1993

ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE EMOLUMENTOS NÃO Portaria ITER n.º 005, de 02 de setembro de 2002

POSSIBILIDADE DE PARCELAMENTO SIM Portaria ITER n.º 010, de 05 de novembro de 2002

III – Legitimação da Posse:


“Art. 20 – Tem direito à legitimação de posse quem, não sendo proprietário de imóvel rural, ocupe
terra devoluta cuja área não exceda 250 ha (duzentos e cinqüenta hectares), tornando-a produtiva com o seu
trabalho e o de sua família e tendo-a como principal fonte de renda.”
A legitimação de posse pode ser denominada como sendo a exaração de ato administrativo, através
do qual o poder público reconhece ao particular que trabalha na terra a sua condição de legitimidade,
outorgando o formal domínio pleno.
ISENÇÃO DO PAGAMENTO DO PREÇO DA TERRA NÃO Artigo 17 da Lei n.º 11.020 / 1993

ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE EMOLUMENTOS NÃO Portaria ITER n.º 005, de 02 de setembr o de 2002

POSSIBILIDADE DE PARCELAMENTO SIM Portaria ITER n.º 010, de 05 de novembro de 2002

IV – Concessão de Direito Real de Uso.


“Art. 22 – A concessão de direito real de uso de terra devoluta estadual, por tempo certo de até 10
(dez) anos, como direito real resolúvel, para fins específicos de uso e cultivo da terra, até o limite de 250 ha
(duzentos e cinqüenta hectares), será outorgada a quem comprovar exploração efetiva e vinculação pessoal
à terra, nos termos e condições previstos neste arti go.
Título Originário - Para fins de alienação ou de concessão de terras devolutas, considera-se originário
o título definitivo de propriedade expedido nos termos desta Lei, ficando dispensado, portanto, o registro
anterior em nome do E stado, nos termos do artigo 29 da Lei 11.020/93.
O título expedido pelo ITER é documento oficial do Governo do Estado, no qual constam as
assinaturas de Secretário de Estado, Diretor Geral e Diretor Fundiário do ITER, com delegação do Estado
para tal (Lei 11.020/93, artigo 7º).
De posse do título definitivo de propriedade emitido pelo ITER/Estado, o beneficiário deve registrar o
imóvel no Cartório de Registro de Imóveis da comarca na qual se localiza o mesmo, obtendo assim o seu
domínio, nos termos do Código Civil Brasileiro. Isento deste pagamento nos c asos de concessão gratuita.

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6 – REGISTRO IMOBILIÁRIO

LEI FEDERAL n.º 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973


Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências.
“Art. 213. O oficial retificará o registro ou a averbação: (...)
II – a requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de medida perimetral de que resulte, ou
não, alteração de área, instruído com planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente
habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura - CREA, bem assim pelos confrontantes. (...)
(O art. 59 da Lei Federal n.º 10.931/04 deu nova redação ao art. 213 da lei 6.015/73)
“Art. 59 (...) § 15 – Não são devidos custas ou emolumentos notariais ou de registro decorrentes de
regularização fundiária de interesse social a cargo da administração pública.”

LEI ESTADUAL n.º 14.313 , de 19 de JUNHO 2002 (Isenta beneficiários de terras rurais do pagamento de
emolumentos)
“Art. 1°. Ficam isentos do pagamento dos emolumentos relativos ao registro de títulos translativos de
domínio de imóveis rurais e aos serviços de medição, demarcação, elaboração de planta e memorial
descritivo os beneficiários de terras obtidas por meio de programa de reforma agrária ou de assentamento
promovido por órgão ou entidade da União ou do Estado, bem como por meio da concessão a que se refere o
inciso II do § 3º do artigo 247 da Constituição do Estado.”
“Art. 247. (...) § 3º - Independem da prévia autorização legislativa: (...)
Inciso II – a concessão gratuita do domínio de área devoluta rural não superior a 50 ha (cinqüenta hectares)
a quem, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, a possua como sua, por cinco anos ininterruptos,
sem oposição, tenha nela sua moradia e a tenha tornado produtiva.”

7 – SECRETARIA DE ESTADO EXTRAORDINÁRIA PARA ASSUNTOS DE REFORMA AGRÁRIA-SEARA


- Secretário - Manoel da Silva Costa Junior -
A Lei Delegada 49 de 02/01/2003 criou a Secretaria de Estado Extraordinária para Assuntos de
Reforma Agrária, com atribuições definidas no Decreto 43.144 de 02/01/2003, tendo apoio técnico do ITER.

8– INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – ITER


- Diretor Geral - Manoel da Silva Costa Junior –
-Diretor Fundiário - Antonio Alves de Araújo -

Nos termos da Constituição do Estado de Minas Gerais, na sua Política Rural, o Estado adotará
Programas de Desenvolvimento Rural destinados a fomentar a produção agro-pecuária, organizar o
abastecimento alimentar, promover o bem estar do homem que vive do trabalho da terra e fixá-lo no campo.
O Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais - ITER foi criado pela Lei Estadual 13.468 de
17/01/2000 e transformado em autarquia pela Lei Estadual 14.084 de 06/12/2001.

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A Lei Estadual n.º 11.020 (art.7º, II), de 8 de janeiro de 1993, determina ser o ITER, por delegação do
Estado, a entidade competente para promover a al ienação e a concessão de terra devoluta estadual.
Finalmente, o Decreto 44.505 de 20 de abril de 2007, contém o regulamento do Instituto de Terras do Estado
de Minas Gerais, ITER, tendo como Finalidade e Competência seguintes:

FINALIDADE
Decreto 44.505, Art. 3° – o ITER tem por finalidade planejar, coordenar e executar a política agrária e
fundiária do Estado, pela promoção de ações destinadas à democratização e à fixação do homem à terra, de
acordo com as diretrizes do desenvolvimento sustentável e do Governo do Estado.

COMPETÊNCIA
Decreto 44.505, Art. 4° – Compete ao ITER:
Inciso I - planejar, coordenar e executar a pol ítica agrária do Estado, de acordo com o Programa Estadual de
Reforma Agrária;
Inciso II - mediar e prevenir conflitos que envolvam a posse e uso da terra, contribuindo para a efetiva
promoção e defesa dos direitos humanos e civis no campo;
Inciso III - exercer a coordenação intersetorial dos órgãos e entidades da administração pública do Poder
Executivo relacionados com a sustentabilidade e a consolidação dos assentamentos;
Inciso IV - garantir nos assentamentos, através de articulação institucional, no âmbito do Poder Público
Estadual, o acesso aos bens e serviços necessários ao desenvolvimento sustentável, respeitadas as
tradições e características culturais e sociais das comunidades envolvidas;
Inciso V - promover a articulação dos esforços do Estado com os da União, dos municípios e de entidades
civis, em favor da regularização fundiária e da reforma agrária;
Inciso VI - promover a regularização de terra devoluta rural e urbana do Estado e administrar as terras
arrecadadas, inclusive as terras devolutas provenientes dos Distritos Florestais, até que recebam destinação
específica;
Inciso VII - organizar, implantar e coordenar a manutenção do cadastro rural do Estado e identificar terras
abandonadas, subaproveitadas, reservadas à especulação e com uso inadequado para a atividade
agropecuária;
Inciso VIII - celebrar convênio, contrato e acordo com órgão e entidade pública ou privada, nacional ou
internacional, com vistas à consecução de sua finalidade;
Inciso IX - promover permuta de terras públicas, dominiais, devolutas ou arrendadas, para a consecução de
sua finalidade institucional;
Inciso X - desenvolver ou concatenar ações de apoio, voltadas à consolidação dos projetos de
Assentamentos e Reforma Agrári a no Estado sob a responsabilidade de coordenação e execução do governo
federal;
Inciso XI - exercer outras atividades correlatas.

ESCRITÓRIOS REGIONAIS
O ITER possui escritórios distribuídos no Estado que anteriormente desenvolviam ações autônomas e
agora se tornam pont o de apoio e de referência, nos seguintes municípios:
ALMENARA: Rua Hermano Souza, 271 – Tel.: 33-3721.1300
BELO HORIZONTE: Av. Álvares Cabral, 200 – Centro – Tel.: 31-3248.3450
DIAMANTINA: Rua Augusto Nelson, 10 – Tel.: 38-3531.1209
GOV. VALADARES: Rua Belo Horizonte, 250 – salas 103/104 – Tel.: 33-3276.3298
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JANAÚBA: Rua Inhumas, 716 – Tel.: 38-3821.1334


JOÃO PINHEIRO: Rua Capitão Sancho, 554 – Tel.: 38-3561.1202
MINAS NOVAS: Rua Delfin Moreira, 307 – Tel.: 33-3764.1138
RIO PARDO DE MINAS: Praça Benedito Valadares, 29 – Tel.: 38-3824.1130
TEÓFILO OTONI: Rua Rui Barbosa, 79 – Tel.: 33-3522.3224
UBERLÂNDIA: Praça Tubal Vilela, 03 – 2º andar – Tel.: 34-3215.9176

9 – PROGRAMA DE AÇÕES DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA RURAL SEARA/ITER-2008

9.1 – SENSIBILIZAÇÃO/MOBILIZAÇÃO/CADASTRAMENTO
Com o objetivo geral de realizar o Cadastro dos atuais ocupantes, posseiros, beneficiários do
Programa de Regularização Fundiária de terras devolutas em municípios selecionados do Estado de Minas
Gerais, inicialmente, deverá ser buscado contato com lideranças e representantes comunitários pertencentes
a associações, sindicatos e conselhos, representantes políticos e religiosos, dentre outros, bem como
também deverão ser procurados os meios de comunicação, escrita e falada disponível para buscar apoio na
realização da divulgação do projeto de cadastramento junto aos posseiros.
O planejamento operacional se realiza a partir da utilização de cartas ou mapas disponíveis do
referido município, referenciando às micro bacias hidrográficas e vias de acesso, visando à identificação das
comunidades rurais existentes. As ações de cadastramento serão distribuídas nas regiões e microrregiões
trabalhadas através do preenchimento dos formulários e colhidos os documentos indicados a seguir:
- Formulário C-1 – Cadastro do Beneficiário / Requerimento de Medição preenchido com dados pessoais do posseiro por
microrregião – (anexo 1);
- Formulário C- 2 preenchido – Declaração de Posse de Outra Propriedade (Lei N.º 11.020/93) – (anexo 2);
- Formulário C- 3 preenchido – Declaração de Baixa Renda e de Vizinhança – (anexo 3);
- Formulário C- 4 – Comprovante de Cadastro - comprovação ao CRI de documentos do requerente - (anexo 4);
- Cópias dos documentos pessoais de beneficiários (Carteira de Identidade, CPF, Certidão de Nascimento ou
Casamento);
- Cópias dos documentos do imóvel (se houver), como recibo de compra e venda, escritura, título, etc., por microrregião;
- Certidão Negativa ou Positiva do Cartório de Registro de Imóveis;
- Relação nominal dos requerentes cadastrados, contendo nome da propriedade, área em ha, por região e microrregiões;
- Planilha consolidada quantitativa dos Beneficiários Cadastrados contendo área em ha, por região e microrregiões;

DOCUMENTOS REQUERIDOS
Para SOLTEIRO:
- Certidão (negativa ou positiva parcial) de Registro do Imóvel
- Cópia da carteira de identidade, CPF e Certidão de nascimento.
- Requerimento preenchido e assinado

Para CASADO:
- Certidão (negativa ou positiva parcial) de Registro do Imóvel
- Certidão de casamento
- Nome do Cônjuge conforme certidão de casamento ou da carteira de identidade

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- Cópias da carteira de identidade e CPF (própria e do cônjuge)


- Requerimento preenchido e assinado

Para DIVORCIADO:
- Certidão (negativa ou positiva parcial) de Registro do Imóvel
- Certidão de casamento com averbação do divórcio
- Partilha de bens
- Cópia da carteira de identidade e CPF
- Requerimento preenchido e assinado
OBS.: Se o requerente adqui riu o imóvel depois do divórcio, assinar declaração de época de aquisição.

Para VIÚVO:
- Certidão (negativa ou positiva parcial) de Registro do Imóvel
- Certidão de casamento
- Certidão de óbito
- Cópia da carteira de identidade e CPF do requerente
- Inventário
- Requerimento preenchido e assinado
- Para Casos especiais:
- No caso de menores, deverá ser juntada a documentação do assistente ou representante legal;
- Caso não esteja em inventário, o processo deverá estar em nome de Espólio.
- Caso o requerente tenha adquirido o imóvel depois do estado de viuvez, deve assinar a declaração de época de
aquisição.
- Estrangeiros devem comprovar sua naturalização.

CONFRONTAÇÕES DO IMÓVEL
Durante a realização do cadastramento, com o preenchimento dos formulários indicados, serão
colhidos também dados dos imóveis confinantes com indicação do posicionamento desses imóveis em
relação ao objeto, tais como:
NORTE: Nome completo do (os) proprietário (os) ou posseiro (os);
SUL: Nome completo do (os) proprietário (os) ou posseiro (os);
LESTE: Nome completo do (os) proprietário (os) ou posseiro (os);
OESTE: Nome completo do (os) proprietário (os) ou posseiro (os).

ESCLARECIMENTOS GERAIS
De acordo com o art. 11 da lei 11.020 de 8 de janeiro de 1993, com a nova redação da Emenda
Constitucional 34 de 8 de julho de 1998, SÃO VEDADAS, a alienação e a concessão de terras públicas:
Inciso I – ao Governador e ao Vice-Governador de Estado;
Inciso II – a Secretário e a Secretário Adjunto de Estado;
Inciso III – a Prefeito e a Vice-Prefeito de Município;
Inciso IV – a magistrado;
Inciso V – a membro do Ministério Público;
Inciso VI – a Senador, a Deputado Federal ou Estadual e a Vereador;
Inciso VII – a dirigente de órgão e entidade da administração pública direta e indireta;

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Inciso VIII – a servidor de órgão ou entidade da administração pública vinculado ao sistema de política rural do Estado;
Inciso IX – a proprietário de mais de 250 ha (duzentos e cinqüenta hectares);
Inciso X – a pessoa jurídica estrangeira e àquela cuja titularidade do poder decisório seja de estrangeiro.
A vedação de que trata este artigo se estende ao cônjuge e aos parentes consangüíneos ou afins, até o terceiro grau, ou por
adoção, das pessoas indicadas nos incisos de I a VIII.

9.2 – MEDIÇÃO
Poderá ser realizada por equipe própria ou terceirizada nos termos do Art. 49 do decreto 34.801/93
Preliminarmente à execução da medição serão produzidos Editais de Medição (3 vias) – publicados no jornal
oficial do Estado de Minas Gerais dando publicidade ao Ato.

9.2.1 - OBJETIVOS E METAS


A promulgação da Lei N° 10.267/2001 traz grandes avanços na área fundiária brasileira. Com ela, o
Serviço de Registro de Imóveis fica obrigado a repassar ao INCRA todas as alterações ocorridas nas
matrículas imobiliárias. Para a realização do registro torna-se obrigatório, por parte do proprietário, a
apresentação de memori al descritivo e planta georreferenciada do imóvel.
Para que a lei entre efetivamente em vigor, o governo deve aparelhar-se e constituir uma base
cadastral precisa e confiável que possa servir de referência ao saneamento registral e para respaldar a
própria dinâmica das transações imobiliárias no país. Para isto, é fundamental a execução de um cadastro
imobiliário que tenha como unidade de mapeamento o i móvel, e que forneça uma base de dados que viabilize
a elaboração de diagnósticos fundiários capazes de embasar processos de regularização fundiária, re-
distribuição de terras e reordenamento fundiário, entre outros.

9.2.2 – OBJETO
A Medição se dará através de Levantamento topográfico – cadastral - georreferenciado de imóveis
rurais caracterizado pela ocupação, com receptores GPS mono freqüência (L1) e código C/A, dos vértices e
pontos que se fizerem necessários para determinação do polígono descritor do imóvel, com a elaboração dos
correspondentes Planta e Memorial Descritivo, além da coleta da informação cadastral em formulários
fornecidos pela Contratante (Declaração dos Confrontantes e Laudo Fundiário).

9.2.3 – CRITÉRIOS TÉCNICOS EXIGIDOS

9.2.3.1 – Credenciamento de Profissional


O profissional responsável pelo levantamento topográfico do imóvel deverá estar devidamente
credenciado no INCRA, possuindo carteira de credenciado com seu respectivo código, tal como estabelece a
Norma para Georref erenciamento de Imóveis Rurais do INCRA.
O RT (Responsável Técnico) será responsável pela assinatura das plantas e memorial descritivo dos
imóveis.

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9.2.4 – SERVIÇOS DE MEDIÇÃO

9.2.4.1 – Estabelecimento das Estações de Apoio


O ITER-MG implantará as Estações de Apoio, que serão utilizadas como estações de referência para
a determinação das coordenadas dos vértices definidores do imóvel. Será entregue a contratada por região
a monografia de cada Estação de Apoio.

9.2.4.2 – Levantamento dos Vértices Definidores dos Imóveis


Os trabalhos a serem executados terão que estar georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro.
As coordenadas planimétricas dos vértices definidores do imóvel, indicados pelo detentor ou preposto,
devidamente acordados com os confrontantes, devem ser determinadas através de rastreamento de sinais de
satélites do sistema GPS, pelo método relativo estático, com a medição da fase da portadora.
Deverá ser cravado, no mínimo, um marco em cada imóvel, correspondente ao ponto inicial ou de
partida, e ainda deverão ser cravados marcos nos alinhamentos caracterizados por linha seca, que não seja
limite natural ou não possua cerca na divisa. Os marcos deverão obedecer as normas do INC RA.
Deverão ser utilizados receptores GPS para linhas de base inferiores a 20 km em relação às
estações de apoio instaladas pelo ITER.
As medições, efetuadas através de receptores dos sinais GPS, observarão as seguintes prescrições:
- Em cada vértice do imóvel, o tempo de rastreamento deverá ser tal que garanta precisão da resultante
menor ou igual (melhor) a 50 cm após correção diferencial;
- Deve ser assegurada a re solução das ambigüidades com constelação de, no mínimo, 5 (cinco) satélites que
apresentem PDOP de 6 (seis) ou menor;
- Os satélites, a serem rastreados, deverão estar com elevações mínimas de 15º (quinze graus) acima do
horizonte;
- A taxa de observação, isto é, o intervalo de tempo entre a gravação de observações consecutivas deverá
ser tal que garanta o máximo de aproveitamento tendo em vista a estação de referência a ser utilizada, bem
como as condições de ocupação do marco ou ponto;
- Cada ponto ocupado deverá ser registrado no receptor, ou em instrumento adequado, através do número
previamente atribuído a ele (código do vértice);
- A vinculação ao SGB (Sistema Geodésico Brasileiro) dos pontos que definem o imóvel deverá ser
assegurada através de no mínimo 02 (duas) estações de referência a priori estabelecidas;
- Cada ponto ocupado deverá ser registrado no receptor, ou em instrumento adequado, através do número
previamente atribuído a ele (código do vértice);
- Nos casos onde não for possível a utilização da tecnologia GPS, como estabelecido anteriormente, o
levantamento deverá ser efetuado com o uso de Estação Total em consonância com o que estabelece a
Norma Técnica de Georreferenciamento do INCRA. A utilização desta metodologia deverá ser previamente
autorizada pela contratante. Nesse caso, deverão ser fornecidas as coordenadas dos vértices e todos os
elementos utilizados para os cálculos.

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9.2.4.3 – PRODUTOS A SEREM ENTREGUES


- Arquivos Digitais:
Além da versão impressa, a representação gráfica do imóvel rural (planta), deverá ser produzida
também em meio digital. Os arquivos magnéticos poderão ser elaborados nos formatos DWG ou DXF ou
DGN. Os dados brutos corrigidos – medição com GPS – deverão ser entregues no formato RINEX. Os
arquivos de coordenadas deverão estar no formato TXT, no sistema de projeção UTM/SAD 69, no qual
deverá constar o código de credenciamento do profissional, fornecido pelo INCRA.
- Planta:
A planta produzida deverá proporcionar uma visão detalhada do imóvel rural, através de seus limites,
configuração e confrontações. A escala da planta individual deverá ser compatível e proporcionalmente
adequada ao formato da folha padrão contendo os vértices do perímetro do imóvel, com seus respectivos
códigos identificadores devendo obedec er as seguintes especificações:
- Formatos ABNT da série A (A4, A3, A2, A1, A0);
- Área expressa em centiares;
- Modelo de carimbo de acordo com o padrão ITER;
- Meridiano central (mc) e datum;
- Indicação do norte da quadrícula, Norte Geográfico ou Verdadeiro e convergência Meridiana;
- Identificação de todos os confrontantes (nomes de fazendas, estradas, rios, etc);
- Município/Distrito;
- Código do Credenciado atribuído pelo INCRA;
- Dados do Responsável técnico;
- Número da ART;
- Data do levantamento;
- Assinatura do Responsável técnico;
- Espaço para carimbo de conferencia e visto do ITER;
- Fator de escala K.
O processamento das informações coletadas referentes aos imóveis levantados será efetuado pela
Contratada, que deverá:
(I) Entregar, dados relacionados aos imóveis, com a periodicidade máxima de uma semana ao escritório do ITER-MG,
responsável pela área, os arquivos coletados a campo em formato RINEX2;
(II) Plantas (no formato Dxf e/ou Dgn);
(III) Memoriais Descritivos (no formato Word) nos Padrões do ITER-MG, em conformidade com os padrões do INCRA e a
Lei 10267/01;
(IV) Coordenadas UTM de cada propriedade no formato Txt.

9.3 – COLETA DA INFORMAÇÃO LITERAL


- Execução do cadastro
A contratada deverá em campo, juntamente com o requerente preencher os formulários:
(I) Formulário M -1a. Cadastro Sócio-Econômico (anexo 5);
(II) Formulário M – 2 Atestado de Reconhecimento de Divisas (anexo 6);
(III) Formulário M – 3 Declaração dos Confrontantes – Imóvel Rural (anexo 7);
Todos os formulários serão fornecidos pelo ITER-MG.

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Dentro do esquema Técnico Operacional proposto, todas as informações e documentos coletados


deverão ser encaminhados ao Escritório do ITER-MG, com periodicidade máxima de uma semana tendo por
comprovação o recibo de entrega da not ificação, devidamente assinado pelo detentor ou seu preposto.
- Produtos a Serem Entregues
Deverão ser entregues os seguintes produtos:
(a) Declaração de Reconhecimento de Limites devidamente assinada;
(b) Laudo Fundiário com as devidas assinaturas.
- Especificações Técnicas
Sítios para Consulta:
Para o desenvolvimento do serviço deverão ser consideradas as seguintes referências:
(a) Lei 10.267 de 28 de agosto de 2001, disponível no endereço http://www.incra.gov.br-> Cadastro Rural.
(b) Decreto 4.449 de 30 de outubro de 2002 (Regulamenta a Lei n.º 10.267/2001), disponível no endereço
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4449.htm.
(c) Decreto 5.570 de 31 de outubro de 2005 (Regulamenta a Lei 10.267/2001), disponível no endereço
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4449.htm.
(d) “Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais” e assuntos correlatos, disponível no endereço
http://www.incra.gov.br -> Cadastro Rural
(e) “Norma de Execução 01 de 31 de julho de 2007 “Regulamenta a Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis
Rurais visando a execução massiva de georreferenciamento de imóveisrurais, executada direta ou indiretamente pelo
poder público federal ou estadual http://www.incra.gov.br -> Cadastro Rural
(f) Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais, disponível no endereço http://www.incra.gov.br -> Cadastro Rural
(g) Norma de Execução 01, de 31 de julho de 2007, disponível no endereço
http://www.incra.gov.br/index.php?visualiza=7556,2020

9.4 – CONTROLE DE QUALIDADE


Deverá ser providenciado pelo Fornecedor contratado e mantido no Escritorio do ITER-MG, o Livro de
Ocorrências onde serão registrados todos os eventos relevantes sobre o trabalho, por parte do Contratante e
da Contratada. O Livro de Ocorrências servirá como meio de notificação entre as partes, sendo importante
mecanismo para as comunicações relativas ao controle de qualidade.
A entrega de documentos ou produtos entre as partes (Contratante e Contratado) deverá ser
formalizada por meio de protocolo.
Os itens anteriormente identificados como produtos serão aprovados ou não para o fim a que se
destinam, quando submetidos a testes de controle de qualidade. Para tanto os produtos serão diferenciados
levando em conta sua denominação em registro gráfico e registro literal.
- Controle de Qualidade no Registro Gráfico
O controle da qualidade no registro gráfico será realizado em 2 etapas: no campo e no gabinete.
O controle de campo será efetuado, por amostragem, pela equipe de campo do ITER-MG para
verificação da qualidade da resolução posicional e correção na ocupação os vértices.
O controle de gabinete será realizado após a descarga e processamento dos dados do levantamento.
A precisão posicional dos vértices será comparada com o previsto na Norma Técnica para
Georreferenciamento de Imóveis Rurais, do INCRA, sendo rejeitados os vértices com desvio padrão superior
ao especificado, ficando pendentes os imóveis que contém esses vértices.
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Os imóveis aprovados, conforme itens anteriores, serão incorporados à malha fundiária montada no
Escritório do ITER-MG quando será verificada qualquer superposição com outro imóvel. Ocorrendo a
superposição, o imóvel será rejeitado e deverá sofrer nova medição.
Qualquer incorreção encontrada será registrada no Livro de Ocorrências, obrigando-se a contratada a
refazer o trabalho.

9.5 – ESTRUTURA DE FISCALIZAÇÃO PROPOSTA DE ESCRITÓRIO VOLANTE:


- PESSOAL
01 Eng.º ou técnico Agrimensor
01 Advogado
01 Auxiliar administrativo
- EQUIPAMENTOS
01 GPS L1 (mono freqüência)
01 computador
01 telefone com informática
01 notebook
- VEÍCULOS
01 automóvel 4X2

9.6 – TITULAÇÃO
– PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E JURÍDICOS
- Tramitação de Processo Rural
9.6.1 – Numerar e Cadastrar Processos.
Consiste do recebimento dos processos, organização e arquivamento para controle da tramitação
subseqüente.

9.6.2 – Informação de Área


Consiste na pesquisa em fichas, sistemas, urbano, rural e paralisado, na busca por áreas tituladas,
processos em andamento ou paral isados, em nome do (s) requerente (s) e respectivo (as) cônjuges.
No caso de condomínio, este procedimento é realizado para cada um dos envolvidos no processo.
Obs.: Não existe limite de pessoas que compõem um condomínio.

9.6.3 – Publicação de Edital de Medição no Jornal Minas Gerais


Digitação de todos os dados ref erentes ao processo de acordo com as normas da Imprensa Oficial.
Após publicação, é anexada uma cópia da mesma ao processo, e este é enviado ao Escritório
Regional para que se promova a medição e emissão de planta e memorial descritivo (duas vias de cada).

9.6.4 – Análise Jurídica


Consiste da observação do cumprimento da legislação quanto a composição do processo e com base
nas informações contidas no LIF Laudo Fundiário, elaborado pelos técnicos, os imóveis são classificados em
Concessão Gratuita ou Alienação por Preferência (Oneroso).
No caso das Alienações por Preferência, os emolumentos devem ser recolhidos no escritório
Regional para, após, continuar a tramitação.
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Caso restem pendências, serão empreendidas diligências, nas regionais para busca de soluções,
desembargos, esclarecimentos e juntada de documentos para análise final e parecer do setor jurídico.

9.6.5 – Análise Administrativa


Concluídos os trabalhos de campo, a equipe administrativa, após análise, organiza o processo com
os documentos seguintes:
- Requerimento;
- Declaração (Lei 11.020);
- Certidão do Estado Civil;
- Documentos Pessoais;
- Certidão de Registro de Imóveis;
- LIF Laudo de Identificação Fundiária;
- Declaração de Baixa Renda;
- Atestado do Vistoriador;
- Memorial Descritivo;
- Planta do Terreno;
- Declaração dos Extremantes;
- Recolhimento de taxas e pagamentos se for o caso.

9.6.6 – Publicação de Edital de Vistas


Através de documento distribuído às Prefeituras para afixação em locais públicos e assim tornar
pública a titulação.

9.7 – Procedimentos para Emissão dos Titulos


Todos os processos têm seus dados cadastrais registrados no sistema: área real medida, perímetro,
confrontações, distâncias, fundamentação Legal, valor pago, se oneroso, numeração de livro e folha,
verificação de existência de áreas registradas.
Impressão de extrato do tít ulo para conferência (por cautela, realizada por dois servidores).
Correção de possíveis erros no sistema de emissão de títulos e impressão do TÍTULO DEFINITIVO
DE LEGITIMAÇÃO.
Após a emissão, assinatura do Diretor Fundiário, são extraídas Cópias xerográficas dos títulos para
envio ao INCRA, juntamente com os formulários de cadastro do CCIR (preenchidos pelo setor de titulação).
Assinaturas, do Diretor Geral e do Superintendente Regional Incra (no caso do Convênio).
Assinatura do Senhor Secretário de Estado de Reforma Agrária. Dr. Manoel Costa.
Após liberação do CCIR pelo Incra, estes são anexados aos títulos, juntamente com a planta e
memorial descritivo. Montam-se os relatórios de envio e estes são despachados às regionais ou conforme
determinação da SEARA para entrega do título ao requerente.

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-ANEXOS–
FORMULAR IOS:

C A DA S T R A M E N T O :

C - 1 Cadastro do Beneficiário / Requerim ento de M ediç ão

C - 2 Dec laraç ões – Lei 11.020;

C - 3 Dec laraç ão de Baixa Renda e de Confront ante;

C - 4 Com prov ante de Cadastro;

M EDIÇÃO:

M –1a. Cadastro Sóc io Ec onôm ico;

M -2 Atestado de Rec onhec im ento de Div isas;

M -3 Dec laraç ão dos Confrontantes – Im óv el Rural

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