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CULTURAS DE TUBEROSAS AMILÁCEAS LATINO AMERICANAS Volume 2 - Agricultura: Tuberosas Amiláceas Latino Americano

TAIOBA
Xanthosoma sagittifolium

ESPANHOL FRANCÊS INGLÊS


Mafafa Chou caraîbe Taniacoco
Ocumo Cocoyam

Capitulo 28
Cultura da taioba

28.1. ORIGEM

Encontram-se diversas variedades de mangarito nas Antilhas na América


Central e do Sul. Em Porto Rico trata-se do cultivo mais antigo utilizado pelos
aborígenes. Mais tarde, esse cultivo foi levado para as ilhas do Pacífico, leste da
Ásia e África. É muito comum confundir o mangarito com o taro (Colocasia
esculenta) devido a suas similaridades morfológicas.

28.2. BOTÂNICA

X.sagitifollium é uma planta herbácea sem caule aéreo; as folhas surgem


diretamente da cepa subterrânea primária. Essas darão origem às raízes laterais
comestíveis. Essas raízes possuem uma casca marrom escuro e uma polpa bran-
ca ou amarela. Parecem ser divididos em anéis e nódulos onde encontram-se
inseridas as gemas. A cepa primária corresponde a caules da planta e as seguin-
tes são as ramificações.

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CULTURAS DE TUBEROSAS AMILÁCEAS LATINO AMERICANAS Volume 2 - Agricultura: Tuberosas Amiláceas Latino Americano

28.3. AGRONOMIA 28.6. COLHEITA PÓS COLHEITA

Os melhores resultados são obtidos em solos leves arenosos com um bom É muito comum deixar os tubérculos no solo um ou dois dias após a colheita
teor de matéria orgânica, além de bem drenados. Os solos argilosos e pesados para facilitar a retirada de terra. O mangarito conserva-se à temperatura ambien-
devem ser evitados. Precisa de clima quente com uma média de 25-30 °C sem te ou no frio muito mais tempo do que o taro. Segundo a literatura em condições
nenhum perigo de geadas. A planta tem um bom desenvolvimento com chuvas normais de 26°C e 70% de umidade relativa, a brotação ocorre na 6ª semana. A
abundantes mas consegue agüentar alguns períodos de seca. Geralmente não é 7°C as raízes se conservam e podem ser consumidas durante 4-5 meses.
comum o emprego de adubação para esse cultivo. O ciclo é de 9 até 12 meses
mas a colheita pode ser feita gradativamente de acordo com as exigências do
mercado. 28.7. USO ALIMENTAR

As proteínas do mangarito têm uma carência em alguns amino-acidos:


28.4. CULTIVO isoleucina, lisina, triptofane e metionina. Cozido o mangarito tem 26 à 30% de
carbohidratos e 1,7 a 2,5% de proteínas. As folhas podem ser consumidas fervi-
A planta se propaga como o inhame por seção da cepa principal, pequena das como no caso do espinafre. Nas Antilhas se produz uma farinha com peda-
cepas, mudas, etc... O plantio se faz em pequenos sulcos direitamente no solo ou ços secos de raízes de mangarito moídos, essa farinha deve ser muito nutritiva e
inicialmente em canteiros de estufas. Uma boa densidade de plantio é por exem- menos fibrosa do que a de mandioca.
plo 0,6m entre plantas por 1 m entre camalhões. Em várias regiões, costuma se
colocar o mangarito em cultivo associado com café, cacau, cítricos, banana. Composição:
Como tratos culturais é imperativo efetuar a limpeza da cepa como meio de
evitar a proliferação de mudas oriundas de gemas terminais e de raízes para o Composição do rizoma % em base seca
exterior. Seu corte permite as raízes seguiren seu desenvolvimento. Proteínas 5,4
Lípides 0,6
Glucides 88,5
28.5. PROTEÇÃO Fibras 10,7
Cinzas 3,4
Geralmente é pouco afetado pelas infestações fúngicas; o mangarito pode
eventualmente ser atingido por Cercospora chevalieri, C.verruculosa,
Punctellina solteroi, Sclerotium rolfsii et Phythium spp. Os danos devido a inse- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
tos também não são freqüentes e de importância menor. Apesar disso, já foram
encontrados Lygyrus ebenus (Coleoptera Scarabeidae), Coballus cannae FRANÇA. Ministère de la Coopération et du Développement Memento de l’agronome. 4.ed.
Paris: CIRAD, 1984. 644p. (Collection techniques rurales en Afrique).
(Lepidoptera-Hesperiida), Cacographis orthalatis (Lepidoptera-Noctuidae) e
Graphocephala propior (Homoptera-Aphididae). MONTALDO, A. Cultivo de raices y tuberculos tropicales. Lima, Instituto Interamericano de
Ciencias Agricolas de la Organizacion de los Estados Americanos, 1972. 137p.

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