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12/11/2019 Notas sobre Supralapsarianismo & Infralapsarianismo - Phillip R.

Johnson

Notas sobre Supralapsarianismo & Infralapsarianismo


por

Phillip R. Johnson

“Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para
honra e outro para desonra?” (Romanos 9:21).

Este artigo considera quatro dos principais modos de ordenação dos elementos
sotereológicos do decreto eterno de Deus — com um foco particular sobre as
diferenças entre o supralapsarianismo e o infralapsarianismo. Eu resumi as
diferenças no quadro comparativo abaixo. As notas explanatórias seguem logo
abaixo do mesmo.

Sumário das Visões

Supralapsarianismo Infralapsarianismo Amyraldismo Arminianismo


1. Eleger alguns,
1. Criar. 1. Criar. 1. Criar.
reprovar o restante.
2. Permitir a 2. Permitir a 2. Permitir a
2. Criar.
Queda. Queda. Queda.
3.
3.
Providenciar
3. Permitir a 3. Eleger alguns, Providenciar
salvação
Queda. ignorar o restante. salvação para
suficiente
todos.
para todos.
4. Eleger
4. Providenciar 4. Providenciar 4. Chamado
alguns,
salvação para os salvação para os de todos à
ignorar o
eleitos. eleitos. salvação.
restante.
5. Chamado 5. Eleger
5. Chamado do 5. Chamado do
do eleito à aqueles que
eleito à salvação. eleito à salvação.
salvação. crêem.

A distinção entre o infralapsarianismo e o supralapsarianismo tem a ver com a


ordem lógica dos decretos eternos de Deus, não com o momento da eleição.
Nenhum deles sugere que os eleitos foram escolhidos após Adão pecar. Deus fez
Sua escolha antes da fundação do mundo (Efésios 1:4) — bem antes de Adão pecar.
Tantos os infra como os supra (e até mesmo muitos arminianos) concordam sobre
isto.

SUPRALAPSARIANISMO é a visão de que Deus, contemplando o homem ainda


não-caído, escolheu alguns para receber a vida eterna e rejeitou todos os outros.
Assim, um supralapsariano diria que o reprovado (não-eleito) — vaso de ira
preparado para destruição (Romanos 9:22) — foram primeiramente ordenados para
este fim, e então os meio pelo qual eles cairiam em pecado foi ordenado. Em outras
palavras, o supralapsarianismo sugere que o decreto de eleição de Deus logicamente
precede Seu decreto de permitir a queda de Adão — de forma que sua condenação
é, antes de tudo, um ato de soberania divida, e somente secundariamente um ato de
justiça divina.

O supralapsarianismo é algumas vezes, de forma errônea, considerado o mesmo que


“dupla predestinação”. O próprio termo “dupla predestinação” é freqüentemente

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usado duma forma equivocada e ambígua. Alguns usam-no querendo dizer nada
mais do que a visão de que o destino eterno, tanto do eleito como do reprovado, é
determinado pelo decreto eterno de Deus. Neste sentido do termo, todo calvinista
genuíno sustenta a “dupla predestinação” — e, o fato de que o destino do reprovado
está eternamente determinado, é uma doutrina claramente bíblica (cf. 1 Pedro 2:8;
Romanos 9:22; Judas 4). Mas mais freqüente ainda, a expressão “dupla
predestinação” é empregada como um termo pejorativo para descrever a visão
daqueles que sugerem que Deus é tão ativo em manter o réprobo fora do céu como
Ele é em colocar os eleitos dentro dele (Há uma forma ainda mais sinistra de “dupla
predestinação”, que sugere que Deus é tão ativo em manter o réprobo mau como Ele
o é em manter o eleito santo).

Esta visão (de que Deus é tão ativo na reprovação do não-eleito como Ele o é na
redenção do eleito) é mais propriamente chamada de “igualdade última” (cf. R.C.
Sproul, Chosen by God [Eleitos de Deus], 142). Ela é realmente uma forma de
hiper-calvinismo e não tem nada a ver com o verdadeiro e histórico calvinismo.
Embora todos os que sustentem tal visão também sustentem o esquema
supralapsariano, a visão em si mesma não é necessariamente uma ramificação do
supralapsarianismo.

O supralapsarianismo é também algumas vezes, erroneamente, considerado o


mesmo que hiper-calvinismo. Todos os hiper-calvinistas são supralapsarianos,
embora nem todos os supralapsarianos sejam hiper-calvinistas. O
supralapsarianismo é algumas vezes chamado de “high” calvinismo, e seus
aderentes mais extremos tendem a rejeitar a noção de que Deus tenha algum grau de
sincera boa-vontade ou significante compaixão para com os não-eleitos.
Historicamente, uma minoria de calvinistas têm sustentado esta visão.

Mas, o comentário de Boettner de que “não mais que um calvinista dentre cem
sustenta a visão"supralapsariana”, é, sem dúvida, um exagero. E, na década passada
ou aproximadamente, a visão supralapsariana parece ter ganhado popularidade.

O INFRALAPSARIANISMO (também conhecido como “sub-lapsarianismo”)


sugere que o decreto de Deus permitir a queda precede logicamente Seu decreto de
eleição. Assim, quando Deus escolheu o eleito e ignorou o não-eleito, Ele estava
contemplando todos eles como criaturas caídas.

Estas são as duas principais visões calvinistas. No esquema supralapsariano, Deus


primeiro rejeitou os réprobos, como resultado de Seu soberano beneplácito; então
Ele ordenou os meios de sua condenação através da queda. Na ordem
infralapsariana, os não-eleitos foi primeiramente visto como indivíduos caídos, e
eles foram condenados somente por causa do seu próprio pecado. Os
infralapsarianos tendem a enfatizar o fato de Deus “ignorar” os não-eleitos
(preterição) em Seu decreto de eleição.

Robert Reymond, ele mesmo um supralapsariano, propõe a seguinte redefinição da


visão supralapsariana:

O Supralapsarianismo Modificado de
Reymond
1. Eleger alguns homens pecadores, reprovar o
restante.
2. Aplicar os benefícios redentores aos eleitos.
3. Providenciar salvação para os eleitos.
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4 Permitir a Queda.
5. Criar.

Note que, em acréscimo à re-ordenação dos decretos, a visão de Reymond


deliberadamente enfatiza que no decreto de eleição e reprovação, Deus estava
contemplando os homens como pecadors. Reymond escreve, “Neste esquema,
diferentemente do anterior (a ordem supralapsariana clássica), Deus é representado
como discriminando entre homens vistos como pecadores, e não entre homens
vistos simplesmente como homens (Veja Robert Reymond, Systematic Theology of
the Christian Faith [Teologia Sistemática da Fé Cristã], 489). O refinamento de
Reymond evita o criticismo comumente levantado contra o supralapsarianismo —
que o supralapsariano tem Deus condenado os homens à perdição antes dEle nem
mesmo contemplá-los como pecadores. Mas a visão de Reymond também deixa a
questão não-respondida de como e porque Deus deveria considerar todos os homens
como pecadores, antes que fosse determinado que a raça humana cairia (Alguns
podem até mesmo argumentar que os refinamentos de Reymond resultam numa
posição que, até onde diz respeito à distinção chave, é implicitamente
infralapsariana).

Todos os principais Credos Reformados, ou são explicitamente infralapsarianos, ou


evitam cuidadosamente uma linguagem que favorece uma ou outra visão. Nenhum
credo importante toma a posição supralapsariana (Todo este assunto foi
veementemente debatido durante toda a Assembléia de Westminster. William
Twisse, um ardoroso supralapsariano e presidente da Assembléia, defendeu
habilmente sua visão. Mas, a Assembléia optou pela linguagem que claramente
favorece a posição infralapsariana, embora sem condenar o supralapsarianismo).

“Bavinck assinalou que a apresentação supralapsariana 'não foi incorporada a


nenhuma Confissão Reformada', mas que a posição infralapsariana recebeu um
lugar oficial nas Confissões das igrejas” (Berkouwer, Divine Election, 259).

A discussão de Louis Berkhof das suas visões (em sua Teologia Sistemática) é útil,
embora ele pareça favorecer o supralapsarianismo. Eu tomo a visão infralpasariana,
como Turretin, a maioria dos teólogos de Princeton, e a maioria dos líderes do
Seminário de Westminster (por exemplo, John Murray). Estes assuntos foram o
cerne da controvérsia da “graça comum” na primeira metade do século XX. Herman
Hoeksema e aqueles que seguiram-no tomaram uma posição supralapsariana tão
rígida que eles, no final das contas, negaram o próprio conceito de graça comum.

Finalmente, veja o quadro abaixo, que compara estas visões com o Amyraldianismo
(um tipo de calvinismo de quatro-pontos) e o Arminianismo. Minhas notas em cada
visão (abaixo), identifica alguns dos maiores defensores de cada visão.

NOTAS SOBRE A ORDEM DOS DECRETOS


© 1994, 1997, 2000 by Phillip R. Johnson

Supralapsarianismo

† Beza sustentava esta visão. Embora freqüentemente seja dito ser ele o responsável
por formular a posição supralapsariana, ele não o fez.

† Outros proponentes históricos incluem: Gomarus, Twisse, Perkins, Voetus,


Witsius, and Comrie.

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† Louis Berkhof parece valorizar ambas visões, mas parece tender levemente para o
supralapsarianismo (Teologia Sistemática, 120-25).

† Karl Barth sentia que o supralapsarianismo estava mais próximo do certo do que o
infralpasarianismo.

† A Teologia Sistemática da Fé Cristã de Robert Reymond toma a visão


supralapsariana e inclui uma defesa prolongada do supralapsarianismo.

† Turretin diz que o supralapsarianismo é “mais duro e menos apropriado” do que o


infralapsarianismo. Ele crê que ele “não parece concordar suficientemente com a
bondade inefável [de Deus]” (Elenctic Theology, vol. 1, 418).

† Herman Hoeksema e toda a liderança das Igrejas Protestantes Reformadas


(incluindo Homer Hoeksema, Herman Hanko e David Engelsma) são
supralapsarianos determinados — freqüentemente argumentando, tanto
implicitamente como explicitamente, que o supralapsarianismo é o único esquema
logicamente consistente. Esta presunção claramente contribui para a rejeição da
graça comum pelas Igrejas Protestantes Reformadas.

† De fato, os mesmos argumentos usados em favor do supralapsarianismo têm sido


empregados contra a graça comum. Assim, o supralapsarianismo tem nele uma
tendência que é hostil à idéia de graça comum (É um fato que, virtualmente, todos
que negam “a graça comum” são supralapsarianos).

† Supralapsarianismo é a posição de todos que sustentam o tipo mais rígido de


“dupla predestinação”.

† É difícil encontrar expoentes do supralapsarianismo entre os principais teólogos


sistemáticos. Mas, a tendência entre alguns dos autores mais modernos pode ser
para a visão supralapsariana. Berkhof era simpatizante com esta visão; Reymond a
defende expressamente.

† R. A. Webb diz que o supralapsarianismo é “abominável à metafísica, à ética e às


Escrituras. Ele não é exposto em nenhum credo calvinista e pode ser defendido
somente por alguns extremistas” (Salvação Cristã, 16). Embora seja simpatizante
das convicções infralapsarianas de Webb, penso que ele exagera grosseiramente o
julgamento contra o supralapsarianismo [Webb foi um presbiteriano do século
XIX].

Infralapsarianismo

† Esta visão é também chamada “sub-lapsarianismo”.

† John Calvino disse algumas coisas que parecem indicar que tinha simpatia com
esta visão, embora o debate não tenha ocorrido nos seus dias de vida (veja
Calvinismo de Calvino, traduzido para o inglês por Henry Cole, 89ss; também
William Cunningham, Os Reformadores e a Teologia da Reforma, 364ss).

† W. G. T. Shedd, Charles Hodge, L. Boettner, e Anthony Hoekema sustentavam


esta visão.

† Tanto R. L. Dabney como William Cunningham apoiaram-se decididamente a esta


visão, mas resistiram argumentar sobre o assunto. Eles criam que todo o debate ia
além das Escrituras e, portanto, era desnecessário. Dabney, por exemplo, diz “Esta é
uma questão que nunca deve ser levantada” (Teologia Sistemática, 233). Twisse, o
supralapsariano, virtualmente concordava com isto. Ele chamava a diferença de
“mera apex logicus, um ponto de lógica. E, não é mera loucura fazer uma brecha de
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unidade ou caridade na igreja, meramente por causa de um ponto de lógica?”


(citado em Cunningham, Os Reformadores, 363). G.C. Berkouwer também
concorda: “Somos confrontados aqui com uma controvérsia que deve sua existência
à infração dos limites colocados pela revelação”. Berkouwer pergunta em voz alta
se estamos “obedecendo o ensino da Escritura se recusamos fazer uma escolha
aqui” (Eleição Divina, 254-55).

† Thornwell não concorda que o assunto seja controvertido. Ele diz que o assunto
“envolve algo mais do que uma questão de método lógico. Ele é realmente uma
questão da mais alta significância moral...Condenação e enforcamento são partes do
mesmo processo, mas ela é algo mais do que uma questão de disposição, se um
homem deve ser enforcado antes de ser condenado” (Escritos Selecionados, 2:20).
Thornwell é veementemente infralapsariano.

† O infralapsarianismo foi afirmado pelo sínodo de Dort, mas somente de maneira


implícita nos símbolos de Westminster. Twisse, um supralapsariano, foi o primeiro
presidente da Assembléia de Westminster, que evidentemente decidiu que a conduta
mais sábia era ignonar a controvérsia totalmente (embora as tendências de
Westminster fossem, argumentavelmente, infralapsarianas). A Confissão de
Westminster, portanto, juntamente com a maioria dos Credos Reformados,
implicitamente afirmou o que o Sínodo de Utrecht (1905) mais tarde declarou
explicitamente: “Que nossas confissões, certamente com respeito à doutrina da
eleição, seguem a apresentação infralapsariana, [mas] isto não implica de forma
alguma, uma exclusão ou condenação da apresentação supralapsariana”.

Amyraldism

† Amyraldismo (é a ortografia preferida, e não AmyraldIANismo).

† Amyraldismo é a doutrina formulada por Moisés Amyraut, um teólogo francês da


escola Saumur (Esta mesma escola gerou outro desvio agravante da ortodoxia
reformada: a visão de Placaeus envolvendo a imputação mediata da culpa de Adão).

† Por fazer o decreto para expiar o pecado logicamente antecedente ao decreto de


eleição, Amyraut podia ver a expiação como hipoteticamente universal, mas eficaz
para os eleitos somente. Portanto, a visão é algumas vezes chamada de
“universalismo hipotético”.

† O puritano Richard Baxter abraçou esta visão, ou algo próxima à ela. Ele parece
ter sido o único líder puritano importante que não era um calvinista “completo”.
Alguns discutiriam se Baxter era um verdadeiro Amyraldiano (ver, por exemplo,
George Smeaton, A Doutrina Apostólica da Expiação [Edinburgh: Banner of Truth,
1991 reprint], Appendix, 542.) Mas o próprio Baxter parecia se considera um
Amyraldiano.

† Esta é uma forma sofisticada de formular o “calvinismo de quatro-pontos”,


enquanto ainda se considera um decreto eterno de eleição.

† Mas, o Amyraldismo provavelmente não deveria ser igualado totalmente com o


assim chamado “calvinismo de quatro-pontos”. Em minha própria experiência,
muitos pretensos “quatro-pontos” são incapazes de articular qualquer explicação
coerentes de como a expiação pode ser universal, mas a eleição incondicional.
Assim, eu não desejo glorificar a posição deles, denominando-a de Amyraldismo
(Quem dera eles fossem tão comprometidos com a doutrina da soberania divina
como Moisés Amyraut era! A maioria dos que se chamam “quatro-pontos” são
realmente cripto-arminianos).

† A. H.Strong sustentava esta visão (Teologia Sistemática, 778). Ele a chamou


(incorretamente) de “sub-lapsarianismo”.
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† Henry Thiessen, evidentemente seguindo Strong, também rotulou indevidamente


esta visão de “sub-lapsarianismo” (e contrastando-o com o “infralapsarianismo”) na
edição original de suas Lições em Teologia Sistemática (343). Sua discussão nesta
edição é muito confusa e patentemente errônea em alguns pontos. Nas edições
posteriores de seu livro, esta seção foi completamente reescrita.

Arminianism

† Henry Thiessen argumento esta visão na edição original de sua Teologia


Sistemática. A edição revista não mais defende explicitamente esta ordem dos
decretos, mas o arminianismo fundamental de Thiessen ainda é claramente
evidente.

† A maioria dos teólogos arminianos recusa tratar do decreto eterno de Deus, e


arminianos extremos até negam o próprio conceito de um decreto eterno. Aqueles
que reconhecem o decreto divino, contudo, devem parar de fazer a eleição
contingente à resposta do crente ao chamado do evangelho. Deveras, esta é toda a
essência do arminianismo.

Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto


Cuiabá-MT, 28 de Dezembro de 2004.

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