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C ampus Experim ental de Itapeva

TIAGO HENDRIGO DE ALMEIDA

8º RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL I


ESFERAS FRACTAIS

Itapeva
Junho de 2009

Rua Geraldo Alckmin, 519 CEP 18409-010 Itapeva SP Tel 15 3524 9100 fax 15 3524 9107
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TIAGO HENDRIGO DE ALMEIDA

8º RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL I


ESFERAS FRACTAIS

Relatório técnico-científico das práticas experimentais


realizadas no Laboratório de Física, apresentado no
Campus Experimental de Itapeva - UNESP -
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
como requisito para a conclusão da disciplina Física
Experimental I, do curso Engenharia Industrial
Madeireira.

Prof. Dr. Cláudio De Conti

Itapeva
Junho de 2009

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ALMEIDA, Tiago Hendrigo. 8° relatório de Física Experimental I. 2009. 12f.


Esferas Fractais, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus
Experimental de Itapeva, 2009.

RESUMO

Construindo nove esferas fractais e medindo suas massas e seus raios,


construímos um gráfico das massas em função dos raios de cada esfera, gráfico de
uma função exponencial. Plotando esses pontos em escala logarítmica formou-se
uma reta onde o coeficiente angular é a dimensão fractal, que é calculada com o
Método dos Mínimos quadrados.

Palavras – chave: Esferas. Fractais. Massas. Raio.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................06
2 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL...............................................................................07
3 RESULTADOS.........................................................................................................08
4 CONCLUSÃO..........................................................................................................12
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................12

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Gráfico das massas em função dos raios das esferas............................09


FIGURA 2: Gráfico das massas em função dos raios das esferas em escala
logarítmica...................................................................................................................10

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resultados das medições e média.............................................................08


Tabela 2: Massas das esferas....................................................................................08
Tabela 3: Valores de raio e massa reunidos...............................................................08
Tabela 4: Valores iniciais do Método dos Mínimos Quadrados..................................11
Tabela 5: Resultados do Método dos Mínimos Quadrados........................................11

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1 INTRODUÇÃO

Em 1975, Benoit Mandelbrot criou a denominação Fractal, que são formas


geométricas que apresentam auto-similaridade em um processo repetitivo que tende
ao infinito. Nas esferas fractais existe similaridade entre seus raios (R) e suas
massas (M), assim temos: M α RDE, onde DE é a dimensão fractal das esferas.
O objetivo é calcular essa dimensão fractal, então aplicamos logaritmo de
base dez em ambos os membros da equação acima, assim temos:
logM α logRDE ∴ DE= logMlogR
Ou seja, é o coeficiente angular de um gráfico dos logaritmos das massas em
função dos logaritmos dos raios das esferas. O coeficiente angular por sua vez é
calculado pelo Método dos Mínimos quadrados que consiste nas equações abaixo:

Equação 1: a = N*∑xi yi – (∑xi) * (∑yi) ÷ Δ


Onde: a = coeficiente angular;
N = número de medidas;
x = valor de abscissa;
y = valor de ordenada.

Equação 2: b = [ (∑yi) * (∑xi2) – (∑xi yi) * (∑xi) ] ÷ Δ


Onde: b = coeficiente linear
Δ = parâmetro

Equação 3: Δ = N * ∑xi2 – (∑xi)2

Equação 4: Δa = σ * (N ÷ Δ )1/2
Onde: Δa = incerteza do coeficiente angular
σ = parâmetro

Equação 5: Δb = σ * (∑xi2 ÷ Δ)1/2


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Onde: Δb = incerteza do coeficiente linear

Equação 6: σ = [ S ÷ (N – 2) ]1/2
Onde: S = parâmetro

Equação 7: S = ∑(yi – xi – b)2

2 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL

Dobramos uma folha de papel sulfite nove vezes, de modo que a área de sua
superfície diminuísse pela metade. A cada dobra, dividimos a folha em duas partes
iguais, atingindo assim dez pedaços de papel. Descartando um dos fragmentos
menores e amassando os nove restantes, construímos as esferas fractais.
Medindo os diâmetros das esferas vinte vezes cada uma, e extraindo as
médias dos valores obtidos, atingimos os valores dos diâmetros e, por conseguinte
os valores dos raios das mesmas.
Com uma balança analítica medimos as massas de cada esfera, e
posteriormente construímos um gráfico das massas em gramas das esferas, em
função dos seus raios em milímetros. O gráfico acusou uma função exponencial com
a seguinte equação: M=k * RDE com k uma constante.
Aplicando logaritmo na base dez em ambos os membros, temos:

logM= logk+ DE* logR

Ou seja, uma equação de primeiro grau, onde DE é o coeficiente angular da


reta. Então, em escala logarítmica plotamos os pontos do gráfico das massas em
função dos raios das esferas.
Assim, para calcular a DE utilizamos o Método dos Mínimos Quadrados, que
nos dá a equação da melhor reta que passa pelos pontos do gráfico .

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3 RESULTADOS

Anotando as medidas dos diâmetros das esferas, e extraindo a média


construímos a Tabela 1:
Diâmetro (mm) 9ª 8ª 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
1 3,00 3,00 5,00 7,00 8,10 12,3 14,9 22,5 30,9
2 2,90 4,80 4,70 6,10 8,50 14,5 18,7 21,4 30,1
3 3,50 3,10 4,40 8,90 9,50 11,7 16,4 20,0 29,3
4 3,10 4,70 5,30 7,20 8,90 11,9 17,5 22,3 29,1
5 2,90 4,90 5,40 6,10 9,40 14,1 18,8 22,0 31,4
6 3,30 4,60 5,00 6,30 9,60 12,9 18,5 21,2 31,3
7 3,20 3,20 5,30 7,50 9,00 13,3 17,6 24,0 32,6
8 3,00 4,90 4,90 5,90 8,60 13,5 16,6 22,4 36,6
9 3,00 3,50 5,60 7,30 8,70 13,0 19,2 21,9 34,8
10 2,90 3,00 5,80 7,80 9,30 13,8 18,1 23,6 31,5
11 3,50 3,20 5,00 7,50 8,90 14,4 19,8 22,4 35,3
12 2,90 4,90 4,70 7,00 9,00 12,2 19,3 22,3 30,2
13 2,90 4,80 4,70 7,90 9,70 14,5 17,1 22,0 32,7
14 3,10 3,10 4,90 7,70 9,30 14,1 16,9 22,3 33,0
15 2,60 3,40 5,30 6,00 8,50 12,3 17,9 23,5 29,7
16 3,40 3,30 5,40 8,00 8,20 12,2 18,0 23,9 31,7
17 3,30 4,90 4,40 8,20 9,80 13,9 18,6 21,9 31,5
18 2,90 4,70 4,90 7,60 9,50 14,3 16,9 23,8 34,8
19 2,60 3,40 5,60 7,00 8,60 14,2 17,9 22,0 34,3
20 3,0 4,70 5,80 5,90 8,20 13,8 18,5 24,9 36,1
Média 3,05 4,01 5,11 7,15 8,97 13,3 18,0 22,5 32,3
Tabela1: Resultados das medições e média.

Com as massas das esferas construímos a Tabela 2, abaixo:


Bolinha 9ª 8ª 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
Massa (g) 0,010 0,020 0,038 0,077 0,150 0,305 0,613 1,198 2,392
Tabela 2: Massas das esferas.
Após calcular os raios das esferas construímos a Tabela 3 com os valores da
massa e do raio de cada esfera.
Bolinha 9ª 8ª 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
Massa (g) 0,010 0,020 0,038 0,077 0,150 0,305 0,613 1,198 2,392
Raio (mm) 1,525 2,003 2,553 3,573 4,483 6,673 8,930 11,26 16,17
Tabela 3: Valores de raio e massa reunidos.

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Com os valores da Tabela 3, construímos dois gráficos: um na Figura 1 em


escala normal, e um na Figura 2 em escala logarítmica.

Figura 1: Gráfico das massas em função dos raios das esferas.

Figura 2: Gráfico das massas em função dos raios das esferas em escala
logarítmica.

Para utilização no Método dos Mínimos Quadrados, extraímos os logaritmos


de base dez dos valores da Tabela 3, e construímos a Tabela 4:
xi yi xi^2 xi*yi
1 0,18 -2,01 0,03 -0,37
2 0,30 -1,70 0,09 -0,51
3 0,41 -1,42 0,17 -0,58
4 0,55 -1,12 0,31 -0,62
5 0,65 -0,82 0,42 -0,54
6 0,82 -0,52 0,68 -0,43
7 0,95 -0,21 0,90 -0,20
8 1,05 0,08 1,11 0,08
9 1,21 0,38 1,46 0,46
Soma 6,13 -7,34 5,17 -2,70
Tabela 4: Valores iniciais do Método dos Mínimos Quadrados.
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Efetuando os cálculos do Método dos Mínimos Quadrados atingimos os


resultados listados abaixo na Tabela 6.
Parâmetros Valor
a 2,3151
b - 2,3920
Δ 8,9386
S 0,0098
σ 0,0375
Δa 0,0376
Δb 0,0285
Tabela 6: Resultados do Método dos Mínimos Quadrados.

Sendo DE o coeficiente angular do gráfico em escala logarítmica, temos:

DE = a ± Δa = 2,3151 ± 0,0376

4 CONCLUSÃO

De acordo com os objetivos, calculamos a dimensão fractal das esferas, que


resultou 2,3151 ± 0,0376, um resultado satisfatório.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE CONTI, Cláudio. Modelo de Relatório Técnico-Científico. 2009. 40f. Roteiro


para Elaboração dos Relatórios de Física Experimental I e II, Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Experimental de Itapeva, 2009.

VUOLO, José Henrique. Fundamentos da teoria de Erros. 2º ed SP: Edgard


Blücher Ltda, 1996. 249p.

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