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Brasil

2030:

CIDADES INTELIGENTES E HUMANAS


















2016

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BRASIL 2030:
CIDADES INTELIGENTES E HUMANAS


1. INTRODUÇÃO

O documento “Brasil 2030: cidades inteligentes e humanas” é o resultado de
dois anos de pesquisas, estudos, debates e busca de experiências em
diversas partes do mundo, no seio do Fórum Nacional de Ciência e
Tecnologia da Frente Nacional de Prefeitos, que culminou na criação da
Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas (RBCIH) no ano de 2014.

Um dos objetivos deste documento é apresentar um conceito brasileiro do
que vem a ser uma cidade inteligente e humana, e também uma proposta de
metodologia de trabalho para que a RBCIH, em conjunto com outras
instituições que queiram participar, possa organizar a captação de recursos e
iniciar um trabalho que consiga efetivar o Projeto de Cidades Inteligentes e
Humanas até o ano de 2030, com ações concretas e resultados em diversas
cidades brasileiras.

No intuito de que o conhecimento acumulado até o momento sirva para as
cidades inteligentes e humanas se desenvolverem no Brasil, elaborou-se este
documento. Foi uma construção coletiva, que teve a participação de diversos
membros da academia brasileira; do setor empresarial brasileiro e de
Prefeituras Municipais, por meio de seus prefeitos e de seus secretários
municipais de ciência, tecnologia e inovação, e de desenvolvimento
econômico, a fim de que se dê amplo conhecimento à sociedade, e possa
engajar cada vez mais participantes nessa iniciativa que pretende levar o
país a um novo patamar de desenvolvimento.

Cabe ressaltar que já existem diversos conceitos norte-americanos e
europeus sobre o que vem a ser uma cidade inteligente, embora ainda não
haja uma concordância entre eles. Além da busca por um conceito que
conecte as cidades brasileiras, é importante que esse conceito seja
trabalhado imediatamente em nossos municípios, ao mesmo tempo em que
não se fechem as portas para sua melhora e evolução, simulando uma
normativa técnica.

Para estimular as cidades a participarem, a idéia é criar um Selo de Cidades
Inteligentes e Humanas que, com cores diferentes, certificará o nível em que
a cidade se encontra ano a ano, com indicadores a serem elaborados pelas
instituições participantes do projeto.

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2. APRESENTAÇÃO

A Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, entidade sem fins
lucrativos, é ligada à Frente Nacional de Prefeitos, que reúne secretários
municipais de ciência, tecnologia e inovação; secretários municipais de
desenvolvimento econômico; professores de universidades públicas federais
e estaduais; professores de institutos federais e empresários do setor de
tecnologia e inovação. Ela nasceu para formar uma rede de troca de
informações sobre cidades inteligentes e humanas no país, bem como para
definir um conceito adaptado à realidade brasileira, a fim de estimular,
fomentar e implantar projetos de cidades inteligentes e humanas nas cidades
filiadas à Rede, estimular pesquisas nessa área, desenvolver negócios para
as empresas e, principalmente, promover a inclusão tecnológica da
sociedade brasileira, ampliando o acesso ao mercado de trabalho e gerando
renda. A idéia é avançarmos da discussão teórica à prática, e iniciar o
processo de transformação para cidades inteligentes e humanas no Brasil,
aproveitando as experiências já existentes em diversos países, com suas
inovações tecnológicas e não tecnológicas.

Outro objetivo da rede brasileira é reforçar permanentemente que o aspecto
humano das cidades é mais importante que apenas a utilização de
tecnologias de forma descoordenada. A economia criativa deve ser bem
trabalhada para estimular as pessoas a estarem mais próximas, e em um
processo constante de co-criação com o setor público. As tecnologias têm de
ser um meio, não um fim, muito embora reconheça-se a sua importância para
gerar renda e movimentar a economia.

Nos dias de hoje – em 2016 – estima-se que o setor de inovação gere em
torno de US$ 1,3 trilhões em negócios, e que o Brasil tenha uma participação
ainda muito pequena nesse mercado. Enquanto todos os demais setores
vivem suas crises, o setor da inovação continua a crescer. O país não pode
mais esperar para entrar definitivamente nesse terceiro ciclo da economia e
transformar suas cidades para proporcionar melhor qualidade de vida e mais
bem-estar social.

Depois das revoluções agrícola e industrial, o mundo vive sua terceira onda
econômica, na qual a tecnologia da informação e a inovação têm um peso
enorme para o desenvolvimento dos negócios, pois gera maior velocidade
nas informações e permite a conexão de todas as partes do planeta,
possibilitando que uma empresa localizada na mais remota área possa
vender seus produtos e(ou) serviços para qualquer outra empresa ou
consumidor localizados em qualquer outra parte do globo. Agora, em Davos,

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já se falou da quarta onda da economia, com a robótica, nanotecnologia,
impressão 3D e etc.

Cada vez mais pessoas se conectam pelas redes sociais, buscando
soluções, opinando e contribuindo para as transformações sociais. Entre as
7,3 bilhões de pessoas que vivem no mundo hoje, em torno de 3,2 bilhões –
quase a metade – estão conectadas via internet, segundo dados da
Organização das Nações Unidas (ONU). No ano 2000, havia apenas 400
milhões de pessoas com acesso ao mundo on-line, o que demonstra que a
conexão eletrônica cresce para abranger, em curto espaço de tempo, a
maioria dos habitantes do planeta. A vida mediada pela internet inclui
também academia, empresas e governos, permite o avanço da pesquisa, a
prestação de serviços e a venda de mercadorias em diversas escalas,
gerando também milhões de dados na “globosfera”. A possibilidade de
conexão não permite apenas maior rapidez, mas também amplitude de
acesso a pessoas, produtos, serviços e mercados, e provoca alterações
profundas até mesmo no comportamento humano. Nesse contexto, a
demanda por serviços mediados pelas tecnologias torna-se cada vez mais
crescente.

Por outro lado, a grande maioria das pessoas no mundo que acessam a
internet e que têm contato com as Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs), ainda não aprendeu a aproveitar todo o conhecimento
que pode ser gerado pela sua utilização. Muito embora essas pessoas
tenham acesso a computadores, tablets e smartphones, a maioria não tem
capacidade de transformar dados em informação e, principalmente,
informação em conhecimento.

Por conta do uso intensivo das TICs, em algumas partes do mundo gera-se
uma quantidade enorme de informações e dados, chamados de big data. No
entanto, em outras partes eles ainda são escassos. Mesmo em locais onde
esses dados são gerados, eles não têm sido aproveitados para promover a
melhoria da vida das pessoas, principalmente nos ambientes urbanos, onde
existem diversos problemas e um potencial de geração de grandes
quantidades de dados que podem ser analisados e auxiliar no entendimento
e na resolução de tais problemas.

Os municípios brasileiros vêm se deparando com a ampliação de suas
responsabilidades em áreas como saúde, educação, mobilidade, habitação e
segurança, sem a correspondente transferência dos recursos necessários. O
modelo federativo do Brasil concentra muitos recursos na União, sobrando
muito pouco para as cidades. Outrossim, as cidades brasileiras têm desafios
históricos a serem resolvidos – saneamento; transporte público; sistema

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viário; ordenamento do uso do solo, entre outros.

Por outro lado, vem ocorrendo no Brasil uma urbanização mais acelerada do
que a média mundial – em todo o mundo, no ano de 2008, o número de
pessoas que viviam nas cidades alcançou 50% da população total, e projeta-
se que alcançará 70% em 2030. No Brasil, o censo de 2010 já registrou 83%
da população residente nas cidades. Nossas cidades enfrentam, assim, uma
combinação incoerente de fatores. Uma grande parcela dos gestores
públicos não percebe as TICs como sendo estratégicas para a administração.
Logo, as TICs não estão incorporadas à estratégia dos governos e, por
consequência, elas são pouco agregadas aos processos e serviços que
poderiam ajudar a solucionar diversos problemas da sociedade.

Nesse contexto, a qualidade do desenvolvimento das cidades e das pessoas
que nelas habitam depende, principalmente, da capacidade dos governos de
entender esse novo momento e de, além de prestar os melhores serviços
públicos aos cidadãos, permitir que eles participem dos processos de busca e
geração de soluções para os problemas comuns, a partir do acesso a todos
os dados que existem, de aprender a utilizá-los e a transformar informação
em conhecimento.

Para avançar no sentido de gerar grande massa de dados ligados ao
funcionamento das cidades e aproveitá-los para beneficiar a vida das
pessoas, é necessário haver:

1) Infraestrutura física que permita a coleta e a organização de dados e
informações, com foco em problemas específicos da cidade, e que ela
seja robusta e segura o suficiente para que as pessoas confiem nela;
2) Sobre a infraestrutura física, uma estrutura de softwares para permitir
que esses dados sejam disponibilizados abertamente a toda a
população por meio de APIs (Interfaces de Programação de
Aplicações) públicas;
3) Uso das APIs públicas por todas as pessoas que tiverem
conhecimento suficiente para desenvolver aplicações e consultar os
dados abertos disponibilizados, gerando soluções que podem ser
pessoais, para grupos, para fins comerciais ou fins sociais;
4) Ampla formação de cidadãos tecnologicamente capazes de utilizar os
dados abertos e as tecnologias abertas para o desenvolvimento de
soluções que visem melhorar a vida nas cidades.

O desenvolvimento das cidades e das pessoas pode ser direcionado para um
modelo de descentralização da resolução de problemas. Os cidadãos,

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“empoderados” por conhecimento e acesso aos dados e ferramentas digitais,
podem efetivamente participar do processo de construção de suas cidades.

O caminho para que se apoie a transformação de cidades em cidades
inteligentes e humanas começa, então, em três frentes:

1) Infraestrutura tecnológica, que pode ser mais facilmente viabilizada por
meio de parcerias público-privadas, mas não se limitando a elas;
2) Infraestrutura de conhecimento, que precisa ser alcançada pelos mais
diversos meios de formação disponíveis: ambientes formais e
informais, presenciais e virtuais;
3) Entendimento amplo da população sobre esse movimento que a
municipalidade promoverá, para garantir apoio popular.

Recentemente, a Europa desenvolveu um conceito de cidades inteligentes e
humanas – que são aquelas que possuem infraestrutura tecnológica, colhem
dados, transformam os dados em informação e fazem uma gestão voltada
para as pessoas. Sem a participação das pessoas no processo, ele fica
limitado pois são as pessoas que devem participar da criação de soluções
para sua cidade, sua comunidade, seu bairro, sua família, e até para si
mesmas.

A participação direta das pessoas no processo de inovação – criando novas
soluções para suas necessidades, em ambientes da vida real, testando-as
com os próprios cidadãos que são incorporados no processo e introduzindo
essas novas soluções no tecido socioeconômico – é denominada living labs,
ou laboratórios vivos.

Os living labs não possuem necessariamente um lugar físico definido, pois
são a própria cidade, mas podem incluir espaços de inovação específicos
(laboratórios acadêmicos ou empresariais que inovam com a participação do
usuário como co-criador). Os living labs também podem ser redes de atores
que promovem a inovação centrada no ser humano e envolvem, em geral,
atores da academia, do governo, do setor empresarial e da sociedade.

Os living labs invariavelmente utilizam metodologias que agregam as
pessoas e as incluem no mundo da inovação, das startups e dos negócios
sociais, tornando-as co-criadoras – com poder público, setor empresarial e
acadêmico – das inovações necessárias para a transformação sustentável
das cidades.

As novas soluções inovadoras não serão limitadas a sistemas de informação.
Pelo contrário, usarão os sistemas de informação para produzir a melhoria de

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todos os aspectos que dizem respeito a uma vida urbana de qualidade, a
saber: economia, educação, energia, meio ambiente, recreação, segurança,
moradia, resíduos sólidos, telecomunicações, governança, saúde, transporte,
planejamento urbano, água e saneamento, emergências. É muito importante
que os municípios se organizem para ligar o desenvolvimento das aplicações
de sistemas de informação amplamente desenvolvidos, e encontrem os
melhores caminhos para solucionar suas questões – de saneamento, saúde,
educação, de energia etc. – para fomentar o empreendedorismo na
sociedade.

Cresce a cada dia o número de empreendedores cujo foco de atuação é a
resolução de problemas urbanos, educacionais e sociais. Por serem pessoas
que conhecem o problema no seu dia a dia, e não estarem sujeitas a regras
burocráticas, elas tendem a produzir inovações mais criativas. Alguns
governos, por outro lado, estão tomando consciência de que são limitados
para resolver os problemas cotidianos, e que precisam estar mais próximos
desses empreendedores. Atualmente existem iniciativas – até certo ponto
evoluídas e bem-sucedidas – de modelos de negócios para esse tipo de
empresa, que levam o nome de negócios sociais. Eles possibilitam à
população a oportunidade de empreender em algo cujo objetivo principal seja
o desenvolvimento urbano e social. Problemas urbanos se repetem com
frequência em muitas partes do mundo, e o fomento desses negócios abre a
possibilidade de as startups venderem soluções para cidades que têm
problemas em comum.

No entanto, nada disso pode ser viabilizado sem que se crie, na cidade, um
“ecossistema" de inovação que permita o avanço proficiente das cidades. O
ecossistema de inovação é um ambiente favorável em que as transformações
poderão ocorrer. Ele inclui atores dos setores governamental, empresarial,
acadêmico, de financiamento, e a sociedade civil.

Esses atores precisam se aproximar de forma real, estabelecendo canais de
diálogo verdadeiro em prol da transformação. Mais que firmar necessários
documentos de compromisso de participação no projeto, é fundamental
construir confiança entre todas as partes – o que é especialmente desafiador
no Brasil dos dias atuais.

Aliás, é muito importante haver um índice nacional da evolução de cada
cidade, que sirva de parâmetro entre elas, para estimular uma competição
sadia. Cada cidade deve ser capaz de avaliar seus progressos e
necessidades de maior empenho, ou mudanças de opções quando for o
caso. Assim, elas se inserem no mercado global, geram bons negócios para
suas empresas e renda para seus cidadãos.

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O projeto “Brasil 2030: Cidades inteligentes e humanas” será coordenado
pela Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas em parceria com a
Frente Nacional de Prefeitos e com diversas instituições. O "Brasil 2030”
pretende ser o catalisador do processo de transformação das cidades em
cidades inteligentes e humanas, reunindo entidades e instituições públicas e
privadas locais que promovam – de maneira compartilhada – o
desenvolvimento das cidades como inteligentes e humanas, a começar pela
criação dos ecossistemas de inovação, passando pela modelagem de PPPs,
pela implantação de living labs, resultando em um ambiente mais saudável,
mais sustentável e de melhor qualidade de vida para as pessoas que nele
vivem.

O nome “Brasil 2030: Cidades inteligentes e humanas” vem da percepção de
que é possível ter uma meta bastante tangível, até o ano de 2030, de pelo
menos algumas cidades já funcionarem como inteligentes e humanas no
país. Obviamente, todo projeto precisa ter um resultado. Buscar o
desenvolvimento de algumas cidades – e que elas sirvam de exemplo e
estímulo para as demais – é, ao mesmo tempo, motivador e transformador,
pois vai ajudar a colocar o Brasil em um rol de competitividade de escala
global na temática de smart cities.

Esta proposta será apresentada também aos demais entes federativos, na
expectativa de que invistam nessa jornada. Contudo, por conceito ela foi
formulada por cidades para cidades por meio de suas prefeituras, setores da
academia e setores empresariais que já estão envolvidos em um processo de
construção de uma gestão mais inteligente e mais humana.


3. CONCEITO

O crescente aumento populacional urbano tem trazido grandes desafios para
os gestores de cidades. Problemas relacionados ao tráfego, segurança,
educação, saúde, consumo de água e energia, entre outros, estão se
tornando mais difíceis de serem administrados. As TICs podem ter um papel
importante no auxílio ao monitoramento, controle e tomada de decisões
diante de tais problemas. O conceito que vem sendo chamado de Cidades
Inteligentes (smart cities) é uma tendência mundial relativa ao emprego de
práticas de sustentabilidade e ao uso de soluções intensivas de TICs como
instrumentos para tornar cidades mais inteligentes otimizando certos
aspectos da vida urbana.

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Além da visão tradicional ligada ao uso de TICs para cidades inteligentes,
buscam-se incluir aspectos ligados ao cidadão, já que a cidade é feita de
pessoas, por pessoas e para pessoas. As discussões visam questionar como
os cidadãos têm se engajado, de que eles necessitam no que concerne a
informação e como se pode humanizar o uso de TICs em busca da melhoria
de qualidade de vida em centros urbanos. Assim, o conceito evolui de
Cidades Inteligentes para Cidades Inteligentes e Humanas.

Existem diversos conceitos em debate sobre cidades inteligentes no Brasil e
todos são muito importantes para que se estimule o avanço de políticas
nessa área. O conceito que a Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e
Humanas propõe, e quer, estimular traduz-se a seguir.

Cidades Inteligentes e Humanas são aquelas que:

• São inclusivas, pois buscam oferecer a todos os seus cidadãos a
possibilidade de se integrarem social e economicamente,
usufruindo das facilidades oferecidas pelas tecnologias na
cidade, como um direito de cidadania;

• Desenvolvem políticas de inclusão digital, criando condições que
facilitem o acesso e a capacitação à tecnologia, principalmente
nos segmentos mais vulneráveis da sociedade;

• Disponibilizam uma infraestrutura tecnológica composta de dois
elementos: rede de transmissão de dados e acesso à internet e
parque de iluminação pública inteligente, com sensores para
coleta e transmissão de dados;

• Possuem uma central integrada de comando e controle da cidade,
utilizando tecnologias abertas, que faça a integração de grande
parte das tecnologias e dados coletados para facilitar a gestão
operacional da cidade e permitir a geração de sistemas de
informações gerenciais para tomada de decisão e elaboração de
políticas públicas eficazes, sempre com total transparência nas
informações, que devem ser compartilhadas com toda a
sociedade;

• Utilizam grande quantidade de tecnologias digitais e eletrônicas e
também tecnologias não digitais, a favor da promoção do bem-
estar de seus cidadãos, e de forma sustentável, capazes de
tornarem os lugares cada vez melhores para morar, trabalhar,
estudar e divertir-se;

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• Disponibilizam dados das várias secretarias de governo por meio
de portais municipais de dados abertos na internet e dados de
sensores, através de APIs, para fortalecer a transparência e
motivar que terceiros criem soluções, utilizando dados da cidade;

• Incorporam práticas que conectam as TICs às pessoas, a fim de
valorizar a inovação e o conhecimento que elas oferecem;

• Ampliam a participação dos cidadãos na tomada de decisões,
empregando princípios de governança participava e sistemas de
ouvidoria, fomentando o engajamento nas discussões dos
projetos da cidade;

• Apoiam a criação de espaços coletivos para o uso de tecnologias
abertas e colaborativas;

• Possuem leis e regras claras que viabilizem a universalidade do
saneamento; a ocupação inteligente dos espaços urbanos; a
correta destinação dos resíduos por meio de variadas
possibilidades (geração de energia, reciclagem, logística reversa
etc); construções inteligentes que economizem e gerem energia
por meio de fontes de energia alternativa (sistemas fotovoltaicos,
energia eólica etc.); a priorização dos transportes coletivos em
detrimento dos carros; a estruturação da cidade para permitir o
uso da bicicleta como transporte alternativo; o estímulo à
economia criativa e bons sistemas de gestão da saúde e da
educação;

• Possuem um ecossistema de inovação que abrange o poder
público, os setores organizados da sociedade, o setor
empresarial e a academia, trabalhando em conjunto para que: 1) a
academia fomente o desenvolvimento de tecnologias, softwares e
aplicativos a serem utilizados na cidade, de acordo com as
necessidades de sua população; 2) os empresários locais
consigam ter competitividade nacional e internacional,
desenvolvendo as mais diversas soluções tecnológicas aplicadas
à cidade e que possam ser comercializadas globalmente e 3) os
cidadãos sejam incluídos no processo de inovação, preparados
para o empreendedorismo inovador e estimulados a expor
problemas e atuar como copartícipes na gestão e na construção
de uma cidade mais inteligente, mais humana e mais sustentável.

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O passo a passo para as cidades caminharem na direção de se tornarem
inteligentes e humanas, em resumo, é:

a) Inaugurar um novo modelo de gestão urbana participativa,
transparente, ágil, aberta, com forte envolvimento dos cidadãos e
estímulo à manutenção da sustentabilidade e ao desenvolvimento
da economia criativa;

b) Criar um ecossistema de inovação na cidade:
i. unir a academia; o setor empresarial, por meio de
suas entidades representativas; o poder público e
órgãos de fomento à pesquisa, ao desenvolvimento e
à inovação. Recomenda-se estabelecer parcerias
formalizadas por meio de um Termo de Cooperação
Técnica, assinado por todos e com objetivos e metas
bem definidos. É importante desenvolver uma visão
conjunta de futuro para a cidade. Onde esse projeto
de futuro existir, é fundamental que seja revisado
para adequar-se aos conceitos de cidades
inteligentes e humanas;
ii. envolver a sociedade civil, e diversos públicos-alvo,
como participantes do processo de criação das
soluções inovadoras resultantes das parcerias
estabelecidas;
iii. estabelecer práticas para encontros periódicos dos
envolvidos no ecossistema de inovação para garantir
sua perenidade. O compromisso de participar deve
ser assumido pelo dirigente máximo de cada uma
das organizações participantes, e sua participação
deve ser um privilégio;

c) Abrir três frentes de trabalho:

a. pela prefeitura, que vai elaborar sua Lei de PPP Municipal,
revisar o que for necessário em seu Plano Diretor Urbano
(PDU), e fazer a gestão necessária para captar recursos que
viabilizem a instalação de uma rede híbrida de banda larga
na cidade;

b. pela academia, em quatro vertentes:

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i. organização, implantação e geração de resultados
por meio de metodologias de living labs, que podem
aproveitar canais já criados entre prefeitura e
sociedade;
ii. desenvolvimento ou adoção de plataformas abertas
(com recursos a serem captados). Pode-se pensar,
também, em uma plataforma única para a Rede
Brasileira, a fim de que não se repliquem esforços e
custos, desde que compatíveis com as idiossincrasias
de cada cidade;
iii. difundir o conhecimento necessário e estimular a
pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos,
serviços e aplicativos a serem utilizados pelos
cidadãos e pelo poder público, compartilhando-os
com a Rede Brasileira;
iv. apoio à prefeitura na revisão de seu PDU e em outros
assuntos que a cidade entenda serem pertinentes;

c. pelo setor empresarial, qual seja o de desenvolver softwares
e equipamentos que possam ser comprados pela cidade e
que possam também ser vendidos para o mercado externo,
além de outras formas de participação que o setor entenda
que possam contribuir para o desenvolvimento da cidade;

d) A prefeitura precisa criar sua Lei de Contribuição sobre o Custeio
da Iluminação Pública (COSIP), caso ainda não a tenha;

e) Iniciar a instalação da fibra ótica na cidade e fazer uma PPP de
iluminação pública, prevendo uma central integrada de comando e
controle da cidade, com a obrigatoriedade de se utilizar uma
plataforma 100% aberta;

f) Iniciar o processo de instalação de sensores na cidade, de internet
de alta velocidade e dos equipamentos tecnológicos;

g) Desenvolver PPPs ou encontrar seus próprios caminhos para ter a
universalidade do saneamento, para geração de energia a partir de
resíduos, para a melhora nos serviços em saúde e em educação,
para que a cidade seja cada vez mais sustentável e voltada para a
qualidade de vida das pessoas.

É fato que cada cidade tem um porte diferente, suas particularidades e
idiossincrasias. Esse passo a passo deve ser adaptado à realidade de cada

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cidade, mas sempre em busca de se ter todos seus elementos. No caso de
cidades que não possuam a academia em seu território, por exemplo, deve-
se procurar estabelecer parceria com a universidade ou instituto federal mais
próximo. O importante é que se caminhe na direção de não comprar e
instalar tecnologias apenas na cidade, mas que se atue no sentido de
integrar essas tecnologias e de envolver cada vez mais as pessoas nas
tomadas de decisão.

Observa-se que as empresas de TICs vêm desenvolvendo diversas soluções
tecnológicas inteligentes. Há edifícios inteligentes, carros inteligentes,
iluminação inteligente, semáforos inteligentes, sistemas inteligentes de
gestão para a saúde e para a educação, bem como a aplicação de sensores
para estacionamentos rotativos, para coleta de dados e muito mais.

Se a implantação dessas soluções, por um lado, desenvolve bastante cada
setor, por outro, não tem sido feita dentro de uma lógica integrada e – por
isso – acaba não gerando a possibilidade da inovação distribuída, na qual os
cidadãos participam efetivamente da produção de novas soluções, ao lado do
governo e da academia, gerando novos negócios no setor empresarial e
beneficiando toda a sociedade.

O conceito de Cidade Inteligente nasce justamente da necessidade de
integração dessas soluções e das informações que elas geram, promovendo
benefícios ambientais, sociais e econômicos.

Por outro lado, percebe-se que apenas fazer a integração das soluções
tecnológicas e ter as informações geradas não permite que as cidades
avancem. É fundamental a participação das pessoas, e que elas se
apropriem das tecnologias para serem os agentes protagonistas de uma
cidade transparente, ágil, inteligente e sustentável. Vem daí a palavra
Humanas, que deve marcar as Cidades Inteligentes.

4. O PROJETO

Visão do projeto

Até o ano 2030, os municípios brasileiros serão considerados Cidades
Inteligentes e Humanas, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo projeto.

Missão

Criar um ambiente de troca de informações e apoio para os municípios
criarem suas leis, seus ecossistemas de inovação, seus laboratórios vivos,

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seus aplicativos, seus softwares, suas soluções tecnológicas, e
desenvolverem suas PPPs. Oferecer apoio à implantação de ações de
gestão pública que permitam utilizar as facilidades das TICs em favor da
melhoria da qualidade de vida do cidadão e da cidade, de modo que se
tornem Cidades Inteligentes e Humanas.

Objetivos

1. Discutir, da forma mais ampla e inclusiva possível, o que sejam as
Cidades Inteligentes e Humanas de modo a envolver a sociedade
neste processo;

2. Estabelecer um rol de ações a serem desenvolvidas por cada cidade,


para que se tornem Inteligentes e Humanas;

3. Organizar as cidades em redes regionais, visando disseminar o


conceito estabelecido, o rol de ações a serem implementadas e
também compartilhar aprendizados, erros, acertos e apoio mútuo
nesse processo desafiador;

4. Fazer um diagnóstico nos municípios interessados, a fim de analisar o


estágio em que se encontram e definir quais ações do rol devem ser
iniciadas;

5. Criar o Índice Brasileiro de Cidades Inteligentes e Humanas, com


indicadores que reflitam se o município está seguindo o passo a passo
do rol de ações a serem implementadas, e também o Selo Certificador,
utilizando-se como base as ISO 37120 e 37121, trazendo os seguintes
benefícios para os stakeholders:

• Governança e prestação de serviços mais eficientes;
• Referências e metas internacionais;
• Referência e planejamento local;
• Tomada de decisões informadas pelos gestores públicos;
• Aprendizagem entre cidades;
• Alavancagem de financiamento e reconhecimento de entidades
internacionais;
• Alavancagem de financiamento para cidades com níveis superiores
do governo;
• Estrutura para o planejamento de sustentabilidade;
• Transparência e dados abertos para atração de investimentos.

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6. Dar apoio aos municípios interessados para a formulação de suas leis
de PPP e em suas implementações; para montagem de seus
ecossistemas de inovação, living labs e do Projeto de Cidades
Inteligentes e Humanas;

7. Promover encontros regionais e nacionais, uma vez por ano, para


troca de informações e experiências;

8. Fazer acompanhamento permanente da evolução dos municípios em


seus indicadores, que comporão o Índice Brasileiro de Cidades
Inteligentes e Humanas, e certificá-los.

Produtos esperados

Os produtos que se esperam desenvolver com o projeto são:

Fase I

- Confecção de uma publicação:
o Modelo de governança da Rede Brasileira de Cidades
Inteligentes e Humanas;
o Conceito de Cidades Inteligentes e Humanas;
o Metodologia de implantação;
o Conceito e metodologia do Índice Brasileiro de Cidades
Inteligentes e Humanas;
o Legislação de PPP e informações sobre o desenvolvimento
de PPPs nos municípios;
o Instrumentos de acesso a financiamentos;
o Carta de boas práticas em gestão participativa, transparente
e ética, com a aplicação da metodologia de Living Labs;

- Evento nacional de lançamento do projeto;

- Cinco eventos regionais para explicação detalhada do projeto para
as cidades interessadas;

Os municípios interessados em participar do projeto deverão
entregar à Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas
uma manifestação de interesse e uma carta de adesão ao
projeto, contendo:

▪ Um termo de cooperação técnica local (com os atores
do ecossistema);

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▪ Compromisso de desenvolver PPPs;
▪ Compromisso de desenvolver living labs;
▪ Compromisso com boas práticas de governança,
participação, transparência, sustentabilidade e ética.

- Avaliação dos resultados e estruturação da segunda fase.

Fase II

- Diagnóstico nos municípios que aderiram ao projeto, implantação
das leis municipais de PPP nesses municípios e estruturação dos
Programas Municipais de PPP e de living labs;

- Evento nacional para divulgação do diagnóstico nos municípios,
troca de informações, lançamento do Índice Brasileiro de Cidades
Inteligentes e Humanas e do Selo Certificador, e lançamento dos
projetos de PPP e de living labs;

- Início da implantação das PPPs e do Projeto de Cidades
Inteligentes e Humanas, com o fortalecimento dos ecossistemas de
inovação e da metodologia de Living Labs;

- Concretização do projeto;

- Divulgação dos resultados e premiação dos municípios que
atingiram a meta.

Atividades de suporte

1. Página na internet para divulgação do Índice Brasileiro de Cidades
Inteligentes e Humanas e sistema de comparação entre os indicadores
das cidades;
2. Acompanhamento mensal dos indicadores;
3. Publicação anual de boas práticas e experiências bem-sucedidas em
políticas públicas para a promoção de Cidades Inteligentes e Humanas
no Brasil;
4. Evento anual para troca de informações, divulgação e disseminação
do projeto e das boas práticas;
5. Estabelecer uma forte parceria com a mídia nacional, a fim de
repercutir os benefícios das Cidades Inteligentes e Humanas, gerando
credibilidade ao movimento e estimulo à participação de outras
cidades;

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6. Plataforma iCitiesGroup para troca permanente de informações e para
aglutinação de todos os atores envolvidos, ou que venham a se
envolver, debatendo-se a governança das principais temáticas de
cidades inteligentes.

A plataforma iCitiesGroup contemplará os seguintes eixos temáticos para a
colaboração das pessoas:

Gestão pública

• Estabelecer novas políticas públicas, como incentivos fiscais e outros;
• Revisar a legislação urbana no que tange ao desenvolvimento das
cidades;
• Elaborar programas específicos de PPPs;
• Gestão de recursos financeiros, trazendo transparência para a
população;
• Adotar um modelo de gestão participativa, por meio de canais de
ouvidoria mais eficientes e da adoção de ferramentas como orçamento
participativo;
• Colaborar com ONGs para o desenvolvimento socioambiental das
cidades;
• Desenvolver softwares de gestão pública para ganhar produtividade e
confiabilidade nos processos;
• Capacitar gestores públicos para a gestão de tecnologia, com foco na
incorporação das TICs à estratégia da administração pública;

Arquitetura e urbanismo

• Elaborar/ revisar o Plano Diretor das cidades;
• Estabelecer um plano para a implantação de equipamentos voltados à
infraestrutura urbana inteligente, como iluminação pública conectada
ao Smart Grid, vias, semáforos e outros;
• Planejamento de novos bairros;
• Incluir os cidadãos no processo de planejamento da cidade, por meio
de discussões com representantes dos bairros e audiências públicas
para aprovação de projetos urbanísticos;
• Incentivo a construções sustentáveis com eficiência energética,
arquitetura bioclimática, energias renováveis, materiais verdes etc.;
• Incentivar políticas de eficiência energética nas edificações públicas e
privadas.

17


Sustentabilidade e energia

• Estabelecer novos planos para a gestão de recursos hídricos
(abastecimento de água, saneamento, tratamento de águas residuais
etc.);
• Investimentos em energias renováveis;
• Políticas de preservação ambiental (áreas verdes, rios, proteção
animal);
• Desenvolver infraestrutura para Smart Grid;
• Estimular a iluminação pública inteligente;
• Estimular o mercado de energia solar (placas fotovoltaicas) e eólica;
• Gestão de resíduos sólidos – bueiros inteligentes;
• Estabelecer indicadores para o controle de emissões de CO2.


Mobilidade urbana

• Incentivar movimentos de compartilhamento de veículos peer to peer
(P2P), B2C e B2B (car & bike sharing);
• Incentivo à mobilidade elétrica e híbrida;
• Integração de modais;
• Aprimorar o sistema de transporte público juntamente a outros
sistemas;
• Aprimorar a ciclomobilidade nas cidades com mais vias e mais
segurança;
• Desenvolver estudos para implantação de Veículos Autônomos;
• Desenvolver planos para implantação dos VLTs (Veículos leves sobre
trilhos);
• Realizar a gestão de tráfego informatizada.

Empreendedorismo e startups

• Estabelecer políticas para provisão de recursos facilitada para
negócios de impacto via agências de fomento;
• Empoderar o empreendedorismo social;
• Facilitar a implantação de centros de inovação, incubação,
aceleradoras e coworking;
• Realização de hackathons com dados abertos da prefeitura para
desenvolvimento de soluções tecnológicas;
• Incentivar negócios voltados à economia colaborativa.

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Segurança inteligente

• Implantar equipamentos eficazes para a segurança pública como
drones, sensores inteligentes, controles de acesso, automação etc.;
• Eficiência nos sistemas públicos de policiamento e combate a
incêndio;
• Desenvolver sistemas para Segurança da Informação.

Educação inovadora

• Desenvolvimento de programas de educação a distância;
• Incentivo a metodologias inovadoras de educação em todos os níveis
do ensino;
• Estimular o desenvolvimento de aplicativos voltados à educação;
• Investimento em programas de capacitação profissional.

Vida saudável

• Previsão de espaço de atividades físicas para a população;
• Incentivo a comercialização e consumo de produtos orgânicos, e
criação de hortas comunitárias;
• Gestão do sistema de saúde pública;
• Investimento em biotecnologia e nanotecnologia voltadas à saúde;
• Estabelecer programas educacionais de medicina preventiva;
• Estimular o desenvolvimento de aplicativos voltados à saúde.

Economia criativa

• Incentivar negócios voltados à economia criativa nas cidades;
• Desenvolver e(ou) aprimorar movimentos culturais;
• Incentivar a implantação de clusters criativos em áreas subutilizadas;
• Incentivar negócios voltados ao entretenimento e lazer: música, artes
cênicas, artesanato, gastronomia, moda e design, fotografia, turismo.


Considerações finais

Falar em cidades inteligentes e humanas é falar em movimento e
envolvimento de pessoas. O presente documento pretende ser como as
cidades inteligentes e humanas: um instrumento em aprimoramento, feito por
muitas mãos hábeis que querem participar das mudanças contínuas de cada
espaço urbano. Cidades Inteligentes e Humanas ainda são um conceito

19

novo, especialmente no Brasil. Contudo, se houver entendimento e
envolvimento das mais variadas áreas da sociedade, esferas do governo e
instituições, será possível contemplar um país de pessoas atuantes, que
fazem e administram recursos no presente, com responsabilidade e senso de
futuro. Havendo mãos e mentes em movimento, o “Brasil 2030” será uma
realidade. Há todo um país inteligente e humano à espera de cada cidadão.
Comecemos pelas cidades.

_____________________________________________________________


Assinam este documento:

André Gomyde
André Telles
André Rafael Costa e Silva
Anselmo Frizzera
Antonio Fernando Doria Porto
Alcebíades Sabino dos Santos
Álvaro de Oliveira
Bruno Machado Scopel
Bruno Pereira
Caio Castro
Carlos Alexandre Varela Duarte
Carlos Venicius Frees
Cláudio Nascimento
Danilo Conti
Denio Rebello Arantes
Eduardo Marques
Edwin Benito Mitacc Meza
Eronei Leite
Eugênio Antunes
Evandro Milet
Fábio Lucianno Ferreira de Moraes
Fabrício Pinto Tosta
Fabrizio de Almeida Ribeiro
Fernanda Barreto De Prá
Flávia de Sousa Marchezini
Flávia Nico Vasconcelos
Francesco Farruggia
Franco Machado
Gerard Anthony Mulherin
Guilherme Schulz

20

Irani Santos
João Batista Gomes Pinto
Jorge Cavalcanti Barbosa Fonsêca
José Bertotti
José Marinho
José Roberto Santana
José Santana Neto
Kiev Gama
Leila Alves da Costa Monteiro
Lisandro Granville
Luciano Raizer Moura
Marcelo Duduchi
Márcio Gomes
Marcos Alberto Martinelli
Marcus Neves
Maria Fernanda Bermúdez
Marina Carvalho Côrtes
Miriam de Magdala Pinto
Odalea Barbosa de Sousa Sarmento
Patrícia Endo
Paula Faria
Paulo Cesar Marques da Silva
Paulo Hernandes Gonçalves da Silva
Paulo Miotta
Paulo Roberto de Mello Miranda
Rafael Rubim Teixeira
Renato Tannure Rotta de Almeida
Roberto Marcelino
Roseana Maria Lins Brito Faneco Amorim
Sandro Vieira
Thais Batista
Thomaz Assumpção
Vinicius Gorini
Vinnicius Vieira
Wanda Aparecida Machado Hoffman

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As pessoas que assinam este documento são representantes das
seguintes instituições:

Coordenação Geral

Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas
Frente Nacional de Prefeitos

Em ordem alfabética:

1. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial


2. Blue Pixel
3. Rede Cidades Colaborativas e Excelentes
4. Connected Smart Cities
5. Companhia de Desenvolvimento de Vitória
6. Coordenação Geral do Escritório de Representação do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação no Nordeste
7. Cyber Two TKG
8. Empresa Municipal de Informática de Recife
9. Fundação Municipal de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e
Inovação de Colinas do Tocantins
10. Gabinete de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de Porto Alegre
11. Hiria PPP
12. Human Smart Cities
13. iCities Group
14. Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade
15. Instituto Campus Party
16. Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Fluminense
17. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
18. Instituto Federal do Tocantins
19. Núcleo de Informação em Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade
da Universidade Federal de São Carlos
20. PPP Brasil
21. Prefeitura de Anápolis
22. Prefeitura de Belo Horizonte
23. Prefeitura de Colinas do Tocantins
24. Prefeitura de Curitiba
25. Prefeitura de Joinville
26. Prefeitura de Natal
27. Prefeitura de Olinda
28. Prefeitura de Porto Alegre
29. Prefeitura de Recife

22

30. Prefeitura de Rio das Ostras
31. Prefeitura de Vitória
32. Rede Cidade Digital
33. Secretaria de Ciência e Tecnologia de Anápolis
34. Secretaria de Desenvolvimento e Empreendedorismo de Recife
35. Secretaria da Informação e Tecnologia de Curitiba
36. Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo
37. Sociedade Brasileira de Computação
38. Universidade Federal do Espírito Santo
39. Universidade Federal de Pernambuco
40. Universidade Federal de São Carlos
41. Universidade de Pernambuco
42. Universidade de Vila Velha
43. Urban Systems

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