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– Depressão
– Enxaqueca
– Exaustão
A recomendação é que cada indivíduo busque o quanto antes saber se o seu corpo
tolera bem ou não esta substância com o intuito de evitar sofrimento
desnecessário.
COMPARAÇÃO DE
ÍNDICE GLICÊMICO
(teor de elevação de glicose sanguínea após a ingestão do alimento)
Uma das manobras enganosas mais efetivas e rentáveis criadas pela indústria
alimentícia é a de adicionar pequenas porções de trigo integral (ou mesmo apenas
do farelo do trigo) para criar um aspecto virtuoso em produtos altamente
processados, elaborados com a temível e inflamatória gordura vegetal, com açúcar
adicionado e outros elementos nocivos. Quem não conhece um pouco melhor sobre
nutrição e saúde (e aqui me refiro a 95% da população, no mínimo) é levado
acreditar que está ingerindo algo extremamente saudável ao comer bolachas
“plastificadas”, tingidas de marrom por traços de trigo integral.
Certamente que evitar o glúten não é uma tarefa das mais simples para quem se
alimenta daquilo que é considerado o comum. Em nossa cultura, muitas vezes se
come o trigo em cada uma das três refeições diárias (pãozinho e torradas no
desjejum, macarrão no almoço, pizza ou sopa de macarrão no jantar…), além de
bolachas e biscoitos como snacks ao longo do dia.
Poucos são os que não salivam ao sentir o cheiro de um pão quentinho na padaria,
ou ao pensar em sua pizza favorita…
Segue uma lista de substitutos viáveis para algumas das opções mais comuns de
ingestão de trigo.
– Pão Francês ou de forma (integral ou não): Experimente substituir por
tapioca, mandioca, inhame ou batata doce cozidos, por banana da terra cozida ou
por algum pão sem glúten de boa qualidade. Muita atenção ao escolher o seu pão
sem glúten, pois a maioria é feito com ingredientes tão inadequados quanto o
próprio trigo: farinha e/ou óleo de soja, óleo de milho transgênico, clara de ovo de
granja… por exemplo. É possível criar bons pães sem glúten, embora estes ainda
não sejam os mais comuns no mercado. Tive recentemente a oportunidade de
experimentar um pão italiano sem glúten e sem ingredientes duvidosos
praticamente idêntico ao convencional… ou seja, é possível.
Esta receita requer alguma dedicação e pesquisa para obter alguns dos
ingredientes, mas o resultado compensa.
– 1/4 de xícara de clara de ovo da roça (orgânico) batida OU alguma das duas
opções de substituição de ovos em receitas (abaixo):
Dissolver uma (1) xícara de polvilho azedo em uma tigela com água.
Coloque na panela e mexa, até dar o ponto de clara de ovo.
Modo de Preparo:
1 – Unte duas fôrmas de 30cm com manteiga ou azeite, e polvilhe com polvilho
(rs!). Reserve.
4 – Sove a massa até que esteja macia e aderente. A textura da massa não é muito
firme, fica mais para massa de bolo do que de massa de pão.
7 – Pré-aqueça o forno a 200 graus, e depois asse por 10 minutos até dourar.
8 – Remova do forno, desligue o forno e ligue o grill (se houver). Pincele a massa
com um bom azeite, tomates cereja esmagados, sal marinho e ervas frescas. Utilize,
se quiser, um bom queijo de cabra, de amêndoas, ou do que preferir. Gratine por 4
ou 5 minutos e pronto, delicie-se com sua lindíssima pizza sem trigo!
Mais Observações
Alguns afirmam que o trigo, quando germinado, perde o seu glúten e deixa de ter
malefícios. Isto simplesmente não é verdade. Embora o teor de glúten seja
reduzido, é em pequena proporção. Se você não tolera o trigo, germinar o mesmo
não irá resolver a questão.
Isso não significa que não seja benéfico germinar os cereais diversos – uma prática
que de fato facilita a digestão, elimina substâncias indesejáveis e amplifica a
qualidade do alimento em geral. Mas não é suficiente para eliminar o glúten.
O ideal é ter consciência de que a meta é ter uma ingestão reduzida de pães,
massas e biscoitos de qualquer tipo. Seja de trigo ou de qualquer outra origem, é
sempre bom estar atento para ter uma alimentação com ingestão moderada de
carboidratos. Lembre-se de que nos milhares de anos que antecederam a
descoberta da agricultura o organismo humano lapidou seu metabolismo
ingerindo uma alimentação com muito pouco carboidrato – e até hoje é assim que
o metabolismo encontra as suas condições ideais para funcionamento.
Dessa forma, o ideal mesmo é ir cortando seus laços de dependência com uma
dieta com excesso de alimentos ricos em carboidratos – açúcar, pães, bolos,
biscoitos, massas, batatas… E tudo aquilo que vira açúcar no sangue. Esta é uma
das diretrizes básicas de uma alimentação realmente em harmonia com a natureza
da biologia corporal. Excesso de carboidratos na dieta é razão do desenvolvimento
de uma lista enorme de desequilíbrios para a saúde, justamente por não ser o
combustível natural para o corpo.
Mesmo assim, sabemos que toda a mudança duradoura acontece de forma gradual.
O ideal é iniciar o caminho de evolução de hábitos alimentares substituindo os
alimentos mais prejudiciais por alternativas melhores, como as demonstradas
acima, e, aos poucos, educando-se a gostar daquilo que faz bem. E aprender, se
ainda não o fez, que é perfeitamente possível ter uma vida cheia de alegria e prazer
mesmo sem o trigo… e sem os seus muitos inconvenientes!