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14/02/2020 By Knirsch - Artigos

Procurar Uma Entrevista com Jorge


Knirsch

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ATERRAMENTO: FAZ DIFERENÇA?!
(PARTE 3) Veja os comentários de
Fernando Sampaio (RJ) a
Elétrica respeito de fiação sólida e
aterramento do neutro.
Jorge Knirsch Carta de Clientes

Introdução

Nos dois últimos artigos falamos sobre a maneira como você pode instalar corretamente um terra no
jardim da sua casa, ou no terreno do seu edifício. Sugerimos para isso, a instalação de três hastes de aterramento Veja os produtos à venda em:
ou, caso necessário, até mesmo a utilização de mais hastes, a fim de se garantir um aterramento adequado para o
seu sistema de som. Usados
Falamos também sobre a forma como as medições das tensões fase-neutro e fase-terra devem ser feitas,
e indicamos o modo como os dados obtidos devem ser comparados, a fim de que vocês possam finalmente
concluir se o aterramento realizado está adequado ou não.
Eu imagino que, para alguns, tudo isso tenha dado bastante trabalho mas, como vocês verão, esta labuta
toda será muito compensadora.
Mostramos também como deveria ser feita a ligação de um aparelho de som a uma tomada convencional
de três pinos e sugerimos ainda uma forma de se conferir se esta ligação estaria correta ou não. Esta verificação
também deve ter dado algum trabalho para ser realizada. Na minha opinião, a forma mais fácil de executá-la é
utilizarmos uma tomada adicional, Indico aqui a tomada Pial-Legrand de três pinos, pois é a melhor que temos
entre as nacionais. É preciso se ligar a cada pino desta tomada um fio de cobre encapado, com comprimento em
torno de 20cm cada (note bem: ao todo são três fios). As outras extremidades desses fios também precisam ser
descascadas, pois deverão ser enfiadas na tomada da parede, porém com a fase e o neutro invertidos. Façam isto
com muito cuidado para não levarem um choque e nem provocarem um curto-circuito na tomada! Aqui todo Novo Cabo de Interconexão Top Wonder
cuidado é pouco!! Splendid
Com estes dois primeiros artigos esperamos ter dado uma cobertura abrangente a respeito da correta
instalação do aterramento e sobre a adequada ligação dos equipamentos ás suas respectivas tomadas. Caso
persistam ainda dúvidas ou perguntas, coloco novamente meu telefone à disposição. (11) 3862-4209. Terei o
máximo prazer em ajudá-los e em trocar idéias sobre o assunto.

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O que o Aterramento Resolve Novos Cabos de Energia By Knirsch para


instalações elétricas em áudio/vídeo
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Antes de entrarmos na parte mais teórica do aterramento, quero lhes mostrar as soluções e melhorias que
ele pode trazer aos seus sistemas de som. Agindo assim, espero aumentar o interesse pelo assunto de tal forma
que se sintam mais entusiasmados e dispostos a por em prática as sugestões que iremos apresentar aqui, pois
algumas delas são de difícil realização.
Vamos exemplificar uma das soluções que o aterramento pode trazer: imaginem que alguém tenha
montado um belo sistema de áudio, com vídeo interconectado, porém sem aterramento, numa bela estante de
madeira (mais adiante vocês vão entender a importância que a estante adquire no áudio). Este feliz proprietário Antes de construir, otimizamos as medidas
resolve agora investir um pouco mais no seu som: depois de ter identificado o elo fraco do seu sistema, compra da sua sala de audição,
um novo componente que acredita ser superior e que vá lhe garantir um salto na qualidade do seu som. Após Home Theater, e afins.
substituir o velho aparelho pelo novo, está ansioso para constatar o efeito tão esperado e ... qual não é a sua
surpresa, ao ouvir a “Rádio América” tocando através das suas caixas acústicas !! Algo espantoso e inacreditável !!
Cáspita !! O que estaria acontecendo? Atônito, resolve investigar: O Tuner “de fato” está desligado. Apenas os
equipamentos de áudio é que estão ligados: o cd-player, o pré e o amplificador. No entanto, o locutor da rádio
está ali, nítido, claro num volume até bem audível Como pode?

O nosso amigo mexe no volume, aumentando e diminuindo, mas o volume da estação de rádio não se
altera. Coloca um CD para tocar e verifica que o seu sistema de som o reproduz normalmente, porém,
concomitante com a música do CD, o locutor da rádio insiste em lá permanecer! O nosso amigo mexe de novo no
volume e constata que só a música do CD fica mais alta ou mais baixa, mas que o volume da rádio permanece
inalterado. Ele não entende o que está acontecendo e conclui erroneamente que, com toda a certeza, o seu novo
aparelho de áudio é a causa de todo o problema!
Existem várias outras situações onde coisas estranhas acontecem. Por exemplo, sistemas de som
instalados perto de alguma antena transmissora de estação de rádio costumam tocar, nas suas caixas acústicas, a
dita rádio, sintonizada de forma nítida e audível. O amigo Francisco de Fernandópolis, interior de São Paulo, que
mora perto de uma antena transmissora de estação de rádio, constatou algo diferente: o volume do som do canal
direito do seu sistema ficou inexplicavelmente mais baixo do que o volume do canal esquerdo. Já um outro amigo,

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também chamado Francisco, mas que mora perto do aeroporto de Congonhas, aqui em São Paulo, verificou que as
suas caixas acústicas reproduzem o “tic-tac” do radar do aeroporto. Isso me faz lembrar o “tic-tac” da Rádio
Relógio do Rio de Janeiro, que reproduzia o compasso dos segundos, a fim de informar a hora certa com precisão.
Este “tic-tac” deve ter algo parecido com o do radar ... Será que existe uma solução padronizada para todos estes
diferentes problemas ? Algo que nos libertaria destas influências indesejáveis de uma vez por todas ? Sim ! Esta
solução existe: vamos chamá-la de “aterramento eletromagnético”, a qual iremos estudar mais adiante.
Quero agora exemplificar um outro tipo de solução que o aterramento pode trazer: você já se deparou
com um sistema de som que apresenta um zumbido permanente nas caixas acústicas? É um zumbido não muito
alto, que pode estar no alto falante do médio e/ou no do agudo. Quando o problema é mais severo, o zumbido
está presente em todas as vias! Você tenta algumas modificações: troca os cabos, troca os aparelhos e o zumbido
não sai! Ele permanece ali, “inabalável” apenas muda de timbre: ora mais agudo, ora mais grave. Parece até que
acabamos por nos deparar com um problema realmente insolúvel. No entanto, este tipo de perturbação sonora
também tem uma solução padronizada: é o aterramento eletrostático!

As Vantagens Auditivas do Aterramento

Quero enfatizar aqui o seguinte: mesmo que o seu sistema de som não apresente nenhum destes
problemas anteriormente mencionados, se você efetuar os dois tipos de aterramento, eles lhe trarão muitas
vantagens sonoras. Recomendo que se faça os dois aterramentos (tanto o eletromagnético quanto o eletrostático)
em um mesmo sistema de som.
O aterramento eletrostático é o que proporciona uma diferença auditiva maior. Ele é mais fácil de se
executar, porém, se feito erroneamente, se torna de alto risco para o sistema. Daremos, portanto, todas as
indicações para executá-lo de maneira segura. Com este aterramento eletrostático, a nitidez do som melhora, a
separação dos instrumentos aumenta e também é possível se constatar uma melhora no palco sonoro.
Já o aterramento eletromagnético é de realização mais difícil. Ele é importante pois traz uma melhoria
sensível nos médios baixos e nos graves, dando-lhes uma maior definição. Portanto, recomendo-lhes que façam os
dois tipos de aterramento. É evidente que o resultado final vai depender do nível dos equipamentos que vocês
possuem: quanto melhor for o nível do sistema, tanto maior será a diferença auditiva que vocês irão perceber.
Caso queiram maiores detalhes sobre a qualidade auditiva de um sistema de som ou sobre o modo com
que o aterramento está correlacionado com esta qualidade auditiva, leiam a série: “E a Rede Elétrica? Você
consegue ouvi-la?”.

As Ondas Eletromagnéticas

As ondas eletromagnéticas são as responsáveis por grande parte das perturbações sonoras que ocorrem
nos nossos sistemas de áudio. Elas atingem os nossos equipamentos, causando inúmeras interferências
indesejáveis, como por exemplo, aquele caso da “Rádio América” tocando inexplicavelmente através das caixas
acústicas, apesar do sintonizador estar desligado.
A maneira de eliminarmos essas várias interferências das ondas eletromagnéticas nos nossos sistemas é
fazermos o aterramento eletromagnético. No entanto, gostaria de esclarecer melhor o que vem a ser uma onda
eletromagnética para que vocês possam ter uma compreensão maior de toda esta problemática.
Em 1873, o famoso físico escocês, James Clerk Maxwell, predisse matematicamente que as correntes
elétricas alternadas, ao passarem por um condutor, produzem radiações eletromagnéticas invisíveis, que se
transmitem através do ar, na forma de ondas, à velocidade da luz. Essa teoria só foi comprovada
experimentalmente 14 anos mais tarde, em 1887, pelo físico alemão Heinrich Hertz. Estas radiações
eletromagnéticas também são chamadas de ondas de rádio. Didaticamente podemos dividi-las nas seguintes
faixas de freqüência a saber:

Fig. 1 As Ondas Eletromagnéticas

As ondas na faixa de 30 a 300 kHz são usadas para enviar mensagens a embarcações.
As ondas médias, entre 300 e 3000 kHz destinam-se às emissoras de rádio. Já as emissoras de rádio
internacionais, utilizam a faixa HF (de 3 a 30 MHz), porque estas ondas podem percorrer grandes distâncias, uma
vez que se refletem sucessivamente na ionosfera e na superfície da terra.
Nas comunicações internas de instituições como a polícia ou o corpo de bombeiros, por exemplo, a
freqüência usada é a VHF (Very High Frequency), ou seja, uma freqüência muito alta, entre 30 e 300 MHz. As
emissoras de televisão utilizam ondas de freqüência ultra-alta, entre 300 e 3000 MHz, chamadas UHF. E a
televisão por satélite emprega ondas de freqüência super e extra-alta, de mais de 3000 MHz.

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Como vocês podem notar, a profusão de ondas eletromagnéticas no ar é muito grande. Se estas ondas
fossem visíveis, não enxergaríamos um palmo à nossa frente, tal a sua densidade! No entanto, há algo curioso
aqui: você sabia que as ondas que constituem os sinais de áudio e vídeo, por serem de baixíssima freqüência (0 a
20 kHz), jamais poderiam se propagar sozinhas pelo espaço ? Você consegue imaginar como esta propagação se
faz? É o seguinte: as ondas de áudio pegam “carona” com as ondas que possam transportá-las para bem longe e
estas são as ondas das faixas de freqüência que acabamos de estudar. Essas ondas que transportam os sinais de
áudio ou de vídeo são chamadas de ondas portadoras (ou ondas intermediárias). E o processo de se sobrepor à
onda portadora o sinal de áudio ou de vídeo (isto é, o processo de se dar “carona” à onda de áudio ou de vídeo) é
chamado de “modulação”. Dizemos que a onda portadora foi modulada pela onda de áudio ou de vídeo.
Existem vários tipos de “processos de modulação”. Vou apresentar aqui a idéia do processo de modulação
mais simples que existe, para que vocês possam compreendê-lo com facilidade: é a modulação por amplitude
(AM).
Vejam como se faz: Vamos, por exemplo, escolher uma onda que pertença a faixa de freqüência média
(MF), que esteja portanto entre 300 e 3000 kHz, para ser a nossa onda portadora.

Fig. 2 - Onda portadora da faixa de freqüência média (300 a 3000 kHz) de amplitude constante.

Agora vamos variar a tensão desta onda para conseguirmos sobrepor a ela o sinal de áudio que desejamos
enviar. Em outras palavras: vamos variar a amplitude desta onda portadora, tornando-a ora maior, ora menor de
forma simétrica (tanto na parte positiva, como na negativa), para transformá-la, assim, numa onda senoidal capaz
de transportar sobre si o nosso sinal de áudio de baixíssima freqüência (0 a 20 kHz). Vejam a figura 2, que
procura elucidar isto melhor:

Fig. 3- A onda de rádio (onda portadora de freqüência MF entre 300 e 3000 kHz) foi modulada na sua
amplitude por um sinal de áudio (cuja freqüência está entre O e 20 kHz).

Observe que a onda portadora se propaga facilmente pelo espaço, levando sobre si os sinais de áudio
(tanto o sinal não invertido quanto o invertido, sinais que na verdade são idênticos, apenas defasados entre si em
180 graus). É assim que as informações de áudio, depois de serem emitidos por uma antena transmissora, vão até
o seu destino: os receptores. Ao chegar num receptor, aquela onda modulada é demodulada, ou seja, a onda
portadora é retirada, juntamente com o sinal de áudio invertido. O receptor recupera apenas o sinal de áudio não
invertido ,que é idêntico ao sinal que foi emitido através da antena transmissora.
Estas ondas eletromagnéticas moduladas, meus caros amigos, são a origem de grande parte dos nossos
problemas. Elas atingem os nossos equipamentos e pioram o nosso som, tirando a definição dos médios e dos
graves.
No Brasil, a densidade das ondas eletromagnéticas no ar ainda é baixa. A região brasileira de mais alta
densidade é a do eixo Rio - São Paulo. Mesmo aí a densidade das ondas eletromagnéticas está muito aquém
daquela encontrada nos países do primeiro mundo. Lá o problema é tão sério que sem aterramento, tudo pode
acontecer num sistema de som. Porém, não pensem que podemos comemorar pois, com o progresso e a
privatização das telecomunicações, nossa poluição eletromagnética aumentará consideravelmente nos próximos
anos. Portanto, o aterramento se tornará cada vez mais vital ao sistema! Mas como as ondas eletromagnéticas
conseguem interferir no nosso sistema de som, permitindo, por exemplo, que a “Rádio América” chegue até as
nossas caixas acústicas?
Os processos eletrônicos que aqui ocorrem são bastante complexos. Vou tentar explicar este fenômeno de
uma forma simplificada, deixando a rigor técnico de lado. Em certas condições, de difícil identificação, um

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determinado cabo de interligação do nosso sistema, ou uma fiação interna, ou até mesmo a trilha de uma placa
eletrônica interna de um certo aparelho pode se tornar a antena receptora desta onda eletromagnética modulada
específica. Agora já dentro do nosso sistema, esta onda quando chegar ao próximo circuito amplificador será
demodulada e, assim, o sinal de áudio do locutor da Rádio América chegará as nossas caixas acústicas. E o
problema estará instalado no nosso sistema!
Já passei por esta situação, há vários anos atrás, quando o meu som ainda não tinha terra, pois eu
relegava a importância do aterramento, deixando-a em um segundo plano. O caso é desesperador! Você se sente
impotente, tentando se livrar da tal rádio.. .e nada! Até que, um dia, ao mudar um aparelho de lugar na estante,
constatei que a interferência havia sumido do meu sistema de uma forma inexplicável ! Maravilha !!... Mas vocês
não vão acreditar: ela reapareceu, também inexplicavelmente no dia em que resolvi trocar um dos equipamentos
do meu sistema...

Resumo

Neste artigo mostramos as vantagens que o aterramento traz ao sistema retirando interferências
eletromagnéticas e eletrostáticas além de melhorar a nitidez do som e o palco sonoro. Iniciamos o estudo do
aterramento eletromagnético, estudando as radiações eletromagnéticas, a sua modulação e o modo como o nosso
equipamento demodula estas ondas. No próximo artigo, mostraremos como podemos evitar que o nosso
equipamento se torne um receptor destas radiações. Mostraremos também quais são os princípios físicos que
regem a solução que vamos apresentar. Em seguida, analisaremos o aterramento eletrostático, com a finalidade
de eliminarmos as interferências eletrostáticas dos nossos sistemas. Até lá.

Boa audição a todos !. com a Rádio América somente no “Tuner”!

Atenção: Novos estudos e pesquisas, mostram que a diferença entre a tensão entre fase-neutro e fase-
terra (medido com carga) não devem ser superiores a 1V tanto em 120V como em redes 230V. Caso
não se consiga valores tão baixos, recomendamos de interligarem o aterramento TT realizado ao
aterramento TN que deve existir na entrada de energia do domicílio logo após o relógio de medição,
como recomendam as concessionárias. Veja Audiophile News 47. Veja também: Perguntas/Respostas
sobre Energia Elétrica - 5a. Parte

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