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14/02/2020 By Knirsch - Artigos

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ATERRAMENTO: FAZ DIFERENÇA?!
(PARTE 2) Veja os comentários de
Fernando Sampaio (RJ) a
Elétrica respeito de fiação sólida e
aterramento do neutro.
Jorge Knirsch Carta de Clientes

Introdução

Meus caros amigos, sentado na minha sala de som e escutando o excelente disco da Proprius PRCD 9093,
com o coro da Catedral de Estocolmo em conjunto com o coro infantil de uma escola de música também de Veja os produtos à venda em:
Estocolmo, volto a escrever, com muito prazer, a continuação destes artigos sobre o aterramento.
Fiquei muito impressionado com a repercussão do nosso último artigo. Muitos amigos me ligaram para Usados
esclarecer as mais diversas dúvidas as quais irei elucidar, complementando assim as informações necessárias
sobre a problemática do aterramento. Um deles, o nosso amigo Holbein Menezes, ligou e disse que havia feito as
medições de tensão entre fase e neutro e entre fase e terra, como havíamos sugerido, e encontrou os seguintes
valores:

Tensão fase-neutro = 217V (nominal:220V)

Tensão fase-terra = 127V (com a lâmpada ligada)

O Menezes reside em Florianópolis, uma região muito arenosa, e estava utilizando um outro sistema de
terra, sobre o qual nada relatei no último artigo, pelo simples fato de ser pouco usual.

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Fig. 1 Aterramento usual

Trata-se do aterramento horizontal, que também é descrito nos vários livros de teoria sobre aterramento. Consiste
na colocação de hastes de aterramento de forma seqüencial (uma após outra): interligadas entre si com cabo
flexíveis (AWG 10 ou 12), enterradas horizontalmente em baixa profundidade, a cerca de 0,5 a 1,0 metro. Este Antes de construir, otimizamos as medidas
da sua sala de audição,
tipo de aterramento é recomendado para solos rochosos, onde não é possível bater estacas, devido à pequena
Home Theater, e afins.
espessura da camada de terra. O aterramento horizontal, porém, não é adequado para solos arenosos, que, diga-
se de passagem. é um dos piores solos para se conseguir um bom terra. Vejam a diferença de tensões que havia
no aterramento do nosso amigo:

217V - 127V = 90V

90V é realmente uma diferença muito grande!

© 2004-2014 Jorge Bruno Fritz Knirsch


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As Diferenças de Tensões

O terra, que deve ser um referencial de tensão, neste caso não é um bom referencial e, portanto, pode vir
a afetar a segurança dos aparelhos! (Menezes, estou me lembrando das nossas experiências com o terra e dos
problemas que tivemos nos powers!).
A diferença máxima de tensões, para redes de 120V é de 10V, como eu havia me referido no último artigo.
Nas redes de 220V esta diferença poderá chegar ao dobro ou seja, 20V.
A rede em Florianópolis é de 220V. E o Menezes partiu assim, para a execução de um aterramento mais adequado
e efetivo à sua realidade: o aterramento vertical. Como sugerimos, bateu as 3 hastes no solo, formando um
triângulo eqüilátero de 2 metros de lado. Depois, interligou as hastes e fez novamente as medições.
Desta vez a diferença das tensões se mostrou ainda um pouco acima dos 20V permitidos, mas já não se
apresentava tão grande como antes! Note bem: as hastes devem ser bem enterradas, para se evitar o problema
da oxidação. Outra observação importante e que à distância de 2 metros entre as hastes é um padrão comumente
adotado justamente por ser uma medida normalmente disponível nos quintais ou nas áreas de recreação dos
edifícios. Porém, não há nenhum inconveniente em se aumentar esta distância,isto é, em se aumentar os lados do
triângulo. Muito pelo contrário: quanto maior for o triângulo, melhor será o aterramento e, portanto, menor será a
diferença das tensões que serão encontradas. Caso você tenha feito o aterramento usual e verificado que a
diferença das tensões entre fase-neutro e fase-terra ultrapassou o valor máximo permitido (ou seja, 10V para as
redes de 120V e 20V para as redes de 220V), não se aflija. Existe ainda uma forma de alcançar um melhor ajuste
do seu aterramento.
Se o seu espaço disponível permitir, bata mais três novas hastes de aterramento, afastando-as o
máximo possível de cada vértice do triângulo e interligando cada uma delas ao vértice mais próximo.
Observem a figura 2 para ter uma idéia melhor desta disposição:Com estas hastes adicionais interligadas,
conforme a figura 2, a diferença das tensões fase-neutro e fase-terra diminui mais ainda. Caso a diferença das

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tensões ainda se encontre acima do valor máximo permitido, utilize sal em torno de cada haste. No último artigo,
falamos em dividir um quilo de sal em torno das três hastes do triângulo eqüilátero.

Fig.2 – Otimização do Aterramento Padrão

Como a penetração deste sal na terra dependerá das próximas chuvas, provavelmente será melhor regar
bastante, ou pegar um balde (desses que nossas esposas usam para lavar roupas) enchê-lo com água e saturar
esta água com sal, ou seja, dissolver uma quantidade de sal tal que se veja sal no fundo do balde. Para seis hastes
de aterramento pode se utilizar até dois baldes de água salgada em torno das hastes.
Com esta alternativa, a diferença de tensão com certeza diminui mais rapidamente do que ter que se
esperar as próximas chuvas! No entanto, tomem cuidado com as plantas do jardim da sua esposa, pois o sal
poderá mata-las em poucos dias. Infelizmente não pude usar o sal, pois fiz o meu aterramento no meio do jardim:
certamente as rosas iriam sucumbir a esse tratamento e... minha situação ficaria muito delicada!
O nosso amigo Sousa, de Palmas, Tocantins, relata que existe um tal “Terragel” que pode ser colocado em
torno das hastes. Porém, creio que deva ser nocivo às plantas também pois contém produtos químicos.
Feita toda esta otimização, o nosso amigo Holbein Menezes conseguiu uma diferença de tensão apenas um
pouco acima de 20V, o que considero, para um solo arenoso, um número excelente, face às diferenças que este
tipo de solo apresenta.
Um outro amigo nosso, Márcio Bodanese, de Lagoa Vermelha, Rio Grande do Sul (rede 220V), conseguiu
implantar um terra nas ferragens do edifício onde mora, com diferença nas tensões em torno de 20V.
Muitos devem estar curiosos para saber o valor do meu aterramento. Moro num planalto, na cidade de
São Paulo, no bairro do Pacaembu, próximo ao estádio de futebol, cujo solo é muito bom (ainda bem!!!). Minha
tensão fase-neutro é igual a 119V (valor nominal da rede 120V) e a tensão fase-terra (com lâmpada ligada) é de
121V. Portanto, a minha diferença é de apenas 2V. O interessante é que a tensão fase-terra é maior que a tensão
fase-neutro, indicando que o meu terra é um pouco melhor do que o aterramento do neutro feito pela
concessionária. Caso alguém tenha a tensão fase-terra acima da tensão fase-neutro e, além disso, a diferença
esteja acima de 10V (para a rede de 120V) ou de 20V (para a rede de 220V) vale a pena verificar o aterramento
do neutro na entrada, e caso necessário, chamar a concessionária e notificá-la disto, para que ela tome as devidas
previdências a fim de melhorar o aterramento do seu neutro, aumentando assim a segurança da sua instalação
elétrica.
Outro ponto importante a se considerar é o seguinte: se você observar que, ao medir a diferença das
tensões, o valor encontrado estiver muito próximo de zero, desconfie. Se isto ocorrer persistentemente, significa
que o neutro e o terra estão interligados provavelmente, na entrada de energia da residência, ou do seu edifício.
Este tipo de aterramento é denominado pela norma NBR5410 de TN. Como já vimos, esta ligação, para os nossos
equipamentos sensíveis, não permite obter o melhor resultado auditivo, que é obtido com o assim chamado
aterramento TT da NBR5410. Neutro e terra são coisas diferentes e, em nossos sistemas de áudio/vídeo, para
otimizarmos o som e a imagem, deveriam estar separados, com uma proteção adequada entre eles.

A Fase, o Neutro e o Terra na Tomada

Antes de nos aprofundarmos no estudo do terra, dos aparelhos de som e, depois, no inter-relacionamento
destes em um sistema de som, vamos olhar um pouco como ligamos o cordão de força na tomada. Existe para a
tomada de três pinos um padrão que é comumente usado.
É o seguinte:
Esta disposição é hoje muito usual. Em princípio, os pinos nos cordões de força dos equipamentos de som
também obedecem esta convenção. Porém, experiências que tenho realizado mostraram que nem todos os
fabricantes de aparelhos de som obedecem a esta convenção e, por outro lado, com vários aparelhos, a troca
entre fase-neutro tem apresentado uma diferença sonora audível. Em face desta situação, quero apresentar-lhes
uma forma prática de identificar a ligação mais correta de um equipamento a uma tomada. Para aparelhos que
tenham três pinos no cordão de força, é importante que a tomada ao qual ligaremos este aparelho também seja
de três pontos, para que a verificação seja válida. Para aparelhos com apenas dois pinos, a situação fica mais fácil
para se executar a identificação, pois é só inverter os pinos.

Fig. 3 - Tomada Padrão

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Como verificamos a posição correta da fase e do neutro de um aparelho de som? Tendo uma tomada onde
as posições da fase, neutro e terra sejam conhecidos, tomamos os pinos do cordão de força do aparelho a ser
testado e ligamos na tomada. Em seguida, ligamos o aparelho. É importante que este aparelho não esteja
interconectado com nenhum outro aparelho, ou seja, que a ele não esteja conectado nenhum cabo de
interconexão.
Necessitamos, para este teste, de um voltímetro em corrente alternada (AC). Se possuir um "multitester”,
coloque-o na posição de um voltímetro para medir tensão alternada e aproxime a escala de medição do aparelho
perto do valor da tensão da sua rede elétrica. Em seguida, ligue um terminal do voltímetro no neutro da rede
(afaste para isto um pouco os pinos da tomada. Cuidado!! Não faça curto com a fase!! Muito cuidado!!) O outro
terminal, ligue ao negativo de um plugue fêmea RCA de saída de sinal do aparelho. Abaixe a escala do voltímetro
para fazer uma leitura adequada. Anote a tensão AC medida. Em seguida, inverta na tomada a fase e o neutro e
repita toda a operação novamente, marcando a tensão AC medida. Compare então, os dois valores obtidos. A
posição correta da fase e neutro na tomada para este aparelho é aquela em que a tensão AC medida for menor.
Em alguns aparelhos, a diferença entre as tensões e praticamente nula e nesses casos, recomendo um teste de
audição. Caso não se revele nenhuma diferença auditiva, pode se ligar a fase e o neutro em qualquer posição.

Conclusão

Com os vários telefonemas recebidos, apresentamos alguns pontos não esclarecidos no primeiro artigo,
complementando a instalação de um terra adequadamente. Agradeço a todos que me ligaram pelas sugestões e
troca de idéias sobre o assunto. Apresentamos também, o aterramento horizontal, para ser utilizado em terrenos
rochosos. Foi analisado ainda,o modo de definir corretamente a posição da fase e neutro na tomada, para cada
equipamento.
Nos próximos artigos falaremos do sistema interno de aterramento (tipo estrela), de um aparelho de som,
para, em seguida, apresentar os dois tipos de aterramentos necessários para um sistema completo de som e
imagem.
Boa audição à todos!!

Atenção: Novos estudos e pesquisas, mostram que a diferença entre a tensão entre fase-neutro
e fase-terra (medido com carga) não devem ser superiores a 1V tanto em 120V como em redes 230V.
Caso não se consiga valores tão baixos, recomendamos de interligarem o aterramento TT realizado ao
aterramento TN que deve existir na entrada de energia do domicílio logo após o relógio de medição,
como recomendam as concessionárias. Veja Audiophile News 47. Veja também: Perguntas/Respostas
sobre Energia Elétrica - 5a. Parte

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