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Automacao Industrial PDF
Automacao Industrial PDF
M .O .0 4
INSTITUTO DO EMPREG O
E FO RM AÇÃO PROFISSIONAL
IEFP · ISQ
Depósito Legal
ISBN
Copyright, 1997
Todos os direitos reservados
IEFP
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo
sem o consentimento prévio, por escrito, do IEFP
M.T.02
Automação Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ
Actividades / Avaliação
Bibliografia
Caso de estudo
ou exemplo
Destaque
Índice
Objectivos
Recurso a diapositivos
ou transparências
Recurso a software
Recurso a videograma
Resumo
M.T.02
Automação Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice
ÍNDICE GERAL
• Resumo I.6
II - CIRCUITOS LÓGICOS
Automação Industrial IG . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice
• Resumo II.31
• Introdução III.2
• Contactores III.2
• Disjuntores III.7
• Relés III.15
Automação Industrial IG . 2
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice
• Resumo III.25
BIBLIOGRAFIA B.1
M.T.02
Automação Industrial IG . 3
Guia do Formando
M.T.02 Ut.01 IEFP · ISQ Introdução à Automação Industrial
Automação Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Introdução à Automação Industrial
TEMAS
• Conceito de automação
• Dispositivos de automação
• Resumo
• Actividades /Avaliação
Ut.01
M.T.02
Automação Industrial I . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Introdução à Automação Industrial
CONCEITO DE AUTOMAÇÃO
O que é a automação?
A automação que descrevemos pode, contudo, ser feita a vários níveis. Estes Níveis de automação
níveis representam estados diferentes de aplicação de automação. Os níveis
de automação são os seguintes:
Nível 4 - Gestão global. Este nível já pouco tem a ver com os componentes de
automação tal como foram definidos anteriormente. Engloba todas as
componentes do processo de fabrico; armazéns, produção, embalagem,
controlo, etc.
Gestão Global
Nivel 4
Gestão da produção
Nivel 3
Dispositivos de controlo
Nivel 2
Controlo de uma
ou mais máquinas
Nivel 1 Shop-Floor
De realçar que nem sempre existem, num dado sistema automatizado, todos
os níveis atrás referidos. O mais comum é existirem apenas os dois primeiros,
que são os únicos absolutamente essenciais para se dizer que a produção é
feita com recurso à automação.
DISPOSITIVOS DE AUTOMAÇÃO
• Actuadores
• Interface homem-máquina
• Aquisição de dados
Contactores
Relés
Dispositivos de comando e potência
Temporizadores
Arrancadores e variadores de velocidade
Programadores electrónicos
Eléctricos
Actuadores
Pneumáticos e hidraulicos
Autómatos programáveis
Tratamento de dados
Redes de comunicação
Teclados e terminais
RESUMO
• Componentes de distribuição
• Máquinas ou instalações
• Dispositivos de comando
• Interface homem-máquina
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
1 - O que é automação?
Automação Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Circuitos Lógicos
CIRCUITOS LÓGICOS
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMAS
• Lógica boleana
• Circuitos sequenciais
• Resumo
• Actividades / Avaliação
Ut.02
M.T.02
Automação Industrial II . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Circuitos Lógicos
CIRCUITOS LÓGICOS
Lógica Booleana
Esta lógica baseia-se no sistema de numeração binário, que tem apenas dois
números, 0 e 1, ou, ainda, Verdadeiro e Falso. As variáveis lógicas têm,
portanto, apenas dois níveis possíveis. Tal como no sistema de numeração
decimal (ou em qualquer outro), é sempre possível definir funções. Vejamos um
exemplo de uma função com três variáveis (tabela II.1a) e b)).
S = f(A,B,C)
S é a saída; A, B e C, as entradas.
A B C S A B C S
F F F V 0 0 0 1
F F V F 0 0 1 0
Tabela de verdade
F V F F 0 1 0 0
F V V V 0 1 1 1
V F F V 1 0 0 1
V F V V 1 0 1 1
V V F F 1 1 0 0
V V V V 1 1 1 1
a) b)
Qualquer função booleana pode ser expressa em termos de uma tabela que se
chama tabela de verdade.
P2m
Número funções = 2 [Equação II.1]
P = Número de saídas
m = Número de entradas
Entradas Saídas
X1 Y1
X2 Y2
Função
Xm Yp
A 0 0 1 1
Função
B 0 1 0 1
f0 0 0 0 0 f=0
f1 0 0 0 1 f = AB (e - and)
f2 0 0 1 0 f= A ⊃B
f3 0 0 1 1 f=A
f4 0 1 0 0 f= B⊃A
f5 0 1 0 1 f=B
f8 1 0 0 0 f = A + B (não ou - nor)
f11 1 0 1 1 f = B ⊃ A (B implica A)
f12 1 1 0 0 f= A
f13 1 1 0 1 f = A ⊃ B (A implica B)
f15 1 1 1 1 f=1
OR - Ou
NOR - Ou negado
Not - Negação
AND - e
XOR - Ou exclusivo
Teoremas da álgebra
booleana
Na álgebra de Boole temos apenas 2 operadores:
+ simboliza a união;
. simboliza a intersecção.
∀
b1, b 2 ∈B
(b1+b2) ∈ B ∀
b1, b 2 ∈B
(b1.b2) ∈ B
2 - Comutatividade
∀
b1, b 2 ∈B
b1+b2 = b2+b1, b1.b2 = b2.b1
Ut.02
M.T.02
3 - Elementos neutros
∃ ∀ b+b0 = b
b 0∈B b ∈B
∃ ∀ b1.b = b
b1∈B b ∈B
4 - Distributividade
∀
b1, b 2 ∈B
b1+(b2.b3) = (b1+b2).(b1+b3), b1.(b2+b3) = (b1.b2)+(b1.b3)
5 - Complementação
∀ ∃ b+b =b1,
b ∈B b ∈B
b.b = b0
Teoremas da álgebra
Os teoremas fundamentais da álgebra de Boole são os seguintes:
booleana
1 - Unicidade dos elementos neutros
∀ b+b
b ∈B
0 =b
2 - Idempotência
∀ b + b = b , b.b = b
b ∈B
3 - Elementos absorventes
∀ b+1=1, b.0=0
b ∈B
4 - Absorção
∀
b1, b 2 ∈B
b1+(b1.b2) = b1, b1.(b1+b2) = b1
5 - Dualidade
Todo o teorema ou identidade algébrica dedutível dos axiomas e definições da
álgebra de Boole permanece válido se:
6 - Unicidade do complemento
7- Involução
(b) = b
8 - Leis de Morgan
a + b = a. b a. b = a + b
9 - Associatividade
Para além destes, existem mais teoremas, alguns dos quais são mostrados
em seguida.
Exemplo II.1
K = AB + BAC
K = AB + ABC
K = D + DC
K = AB + C
AND, OR e NOT
Da mesma forma, temos que OR pode ser expresso em termos de AND e NOT.
Temos: A+B = A. B .
A↑A= A. A = A Neste caso, duas entradas iguais aplicadas a uma porta NAND
levam a criar a negação (NOT).
Ut.02
M.T.02
Diagramas lógicos
AB
A
A+AB
B A A+AB+AC
AC
AC
As formas padrão das funções lógicas são usadas para ajudar à simplificação
de funções lógicas. Existem dois tipos de formas padrão:
• Soma padrão de produtos. A função booleana é expressa em termos da Soma padrão de produtos
soma de produtos de variáveis. Por exemplo, Z = ABC + ABC . Cada um
destes termos simplificados é chamado um termo mínimo.
• Produto padrão de somas. A função é expressa em termos de produto de Produto padrão de somas
somas. Como exemplo, temos Z = ( A + B)( A + C )( B + C ) . Estes termos
chamam-se termos máximos.
Estes termos podem ser numerados: por exemplo, se tivermos o termo mínimo
ABC , a sua numeração será 100 (“1” para cada variável e “0” para a negação
da variável), e temos, portanto, o termo mínimo m4.
Ut.02
M.T.02
O mesmo tipo de numeração pode ser aplicado aos termos máximos. As funções Termos mínimos e máximos
booleanas podem, assim, ser representadas de duas formas:
n - número de variáveis
A forma de construir estes mapas para mais variáveis é usar um espelho para
as variáveis já existentes e acrescentar, de um lado, 0 e, do outro, 1 (ver figura
II.6, que representa essa construção para um mapa de Karnaugh de 5 variáveis).
Podem juntar-se dois, desde que a diferença entre eles seja de apenas 1 dígito.
Por exemplo, podem juntar-se “1” (ou “0”) no caso de eles estarem em 010 e
110, mas não em 010 e 100, pois neste caso a diferença são dois dígitos.
A1 A2 A0 S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 x
1 0 0 x
1 0 1 x
1 1 0 x
1 1 1 1
A2 A1
A0
1 0 X X
0 X X 1
S
S=A2+A1A0+A1A0
Codificadores
Estes circuitos são circuitos com várias entradas (n entradas) que são Codificadores
codificadas binariamente. A figura II.9 mostra um exemplo de codificador.
I0 Codificador
I1 A0
I2
I3
A1
I4
I5
I6 A2
I7
O codificador funciona da seguinte forma: se uma das entradas for “1”, a saída
binária será a correspondente ao número da saída. A tabela II.4 mostra as
saídas e sua dependência das entradas. Facilmente se pode ver que:
A2 = I4 + I5 + I6 + I7
A1 = I2 + I3 + I6 + I7
A0 = I1 + I3 + I5 + I7
S = I0 + I1 + I2 + I3 + I4 + I5 + I6 + I7.
Os codificadores podem ter prioridades diferentes para cada uma das entradas.
Esta situação é útil no caso de duas entradas serem simultâneas; neste caso,
apenas uma das entradas pode ser codificada.
A2 A1 A0
I0 0 0 0
I1 0 0 1
I2 0 1 0
I3 0 1 1
I4 1 0 0
I5 1 0 1
I6 1 1 0
I7 1 1 1
Descodificadores
Os descodificadores fazem o inverso dos codificadores, isto é: dada uma entrada Descodificadores
codificada em binário, temos activada a saída correspondente (normalmente a
“1”). Na figura II.10 podemos ver um descodificador. Os descodificadores (tal
como uma boa parte dos circuitos binários existentes) podem ter uma entrada
que os “liga” ou “desliga”, isto é, activa ou desactiva o circuito; esta entrada é a
entrada de ENABLE. Pode activar os circuitos estando a “1” ou a “0”. No caso
de activar a “0”, uma pequena bola aparece nesta entrada. A figura anterior
mostra este aspecto.
A0 0 1 0 1 0 1 0 1
A1 0 0 1 1 0 0 1 1
A2 0 0 0 0 1 1 1 1
I0 1 0 0 0 0 0 0 0
I1 0 1 0 0 0 0 0 0
I2 0 0 1 0 0 0 0 0
I3 0 0 0 1 0 0 0 0
I4 0 0 0 0 1 0 0 0
I5 0 0 0 0 0 1 0 0
I6 0 0 0 0 0 0 1 0
I7 0 0 0 0 0 0 0 1
Multiplexers
Um multiplexer serve para encaminhar o sinal, vindo de uma de várias entradas, Multiplexers
para a saída. A entrada é escolhida mediante o sinal binário de outras entradas.
A figura 2.3 mostra um multiplexer de 4 entradas. O número das entradas de
controlo é o log de base 2 das entradas.
A 2:1
B MUX
S
2:1
MUX
C 2:1
D MUX
C0 C1
Desmultiplexers
S3
1:4 S2
A
DeMUX S1
S0
C1 C0
Comparadores
Estes circuitos, como o seu próprio nome indica, comparam entradas, por Comparadores
forma a determinar qual é a maior, dando saídas diferentes consoante a entrada
A é maior, igual ou inferior à saída B. Na figura II.15 aparece um comparador
simples. Tem duas entradas, cada uma delas de apenas um bit, e duas saídas
(pois existem três possibilidades de saídas A>B, A=B e A<B).
A X0
Comparador
X1
B
Conversores de código
Um conversor de código é um circuito que converte um código noutro código. Conversores de código
Por exemplo, pode-se ter um conversor que converta código BCD para um
outro código. Um outro exemplo é o dado pela tabela II.6.
C di go 1 C di go 2
A2 A1 A0 B2 B1 B0
0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 1
0 1 0 0 1 1
0 1 1 0 1 0
1 0 0 1 1 0
1 0 1 1 1 1
1 1 0 1 0 1
1 1 1 1 0 0
Somadores
Estes circuitos permitem construir, com eles, somadores de dois números Somadores
binários. O circuito mais simples deste género é o semi-somador.
Ai 0 1 0 1 0 1 0 1
0 0 1 1 0 0 1 1
Bi
0 0 0 0 1 1 1 1
Ci-1
0 1 1 0 1 0 0 1
Si
0 0 0 1 0 1 1 1
Ci
A2 A1
A0
0 0 1 1
0 0 1 1
B2
Fig. II.19 – Mapa de Karnaugh da saída B2 do transcodificador.
CIRCUITOS SEQUENCIAIS
Elementos de memória
A forma mais simples de criar uma memória é o circuito da figura II.20. Este é
constituído por duas portas inversoras, ligadas de forma a que a saída de uma
seja a entrada de outra.
Ut.02
M.T.02
1
1
2
2
Com vários destes circuitos podem armazenar-se vários bits. Este tipo de circuito
não é usado, em vez dele usam-se outros; um exemplo é o Flip-Flop tipo SR.
A figura II.21 mostra este Flip-Flop.
Pode ver-se que o Flip-Flop SR pode ser construído de várias formas diferentes.
O funcionamento deste tipo de circuitos pode ser descrito por diferentes tabelas
e diagramas.
Ut.02
M.T.02
Tabela de transições
SR Qt+1
00 -
01 1
10 0
11 Qt
Este tipo de tabelas tem as entradas (neste caso S R ) e a saída Q t +1 , que Tabela de transições
será função do estado anterior do circuito. O índice t+1 representa o estado
futuro, e o índice t o estado actual.
A combinação de entrada 00 não dá uma saída estável, razão pela qual, neste
Flip-Flop, não se pode usar.
Diagrama de estados
Existem apenas dois estados Q=0 e Q=1, representados por A e B. Este Diagrama de estados
diagrama mostra como, a partir de uma dada entrada, o circuito muda de estado.
Por exemplo, se o circuito estiver no estado A (Q=0), se a entrada for S = 0 e
R = 1, a saída Q passará para o estado B (Q=1).
11
10 01
11 01
A B
(Q=1)
(Q=0)
10
Tabela de estados
Esta tabela mostra as transições de estados, em função das entradas. A tabela Tabela de estados
II.8 ilustra este aspecto.
00 01 10 11
A - B A A Qt+1
B - B A B
Qt
Tabela de excitação
Esta tabela tem a informação da mudança de Qt, em função da entrada S R. A Tabela de excitação
tabela II.9 mostra a tabela de excitação do Flip-Flop S R .
Qt->Qt+1 SR
0->0 10
0->1 01
1->0 10
1->1 01
Tipos de Flip-Flops
Flip-flop tipo JK
JK Qt+1
00 Qt
01 0
10 1
11 Qt
Flip-Flop tipo D
Este tipo de Flip-Flop tem apenas uma entrada D. O Flip-Flop D pode, facilmente,
ser construído a partir do Flip-Flop SR; a figura II.23 mostra esta construção.
D Qt + 1
0 0
1 1
Flip-Flop tipo T
T Qt + 1
0 1
1 0
Todos os circuitos até agora discutidos são circuitos sem relógio. Os circuitos Circuitos sequenciais
sequenciais podem, no entanto, ter um relógio. Por “relógio” entende-se uma sonoros
entrada que tem uma onda quadrada. Esta onda sincroniza todas as operações
dos circuitos.
Ut.02
M.T.02
D Q
Relógio Q
CLK
Os Flip-Flops podem ainda ter outras entradas, para além das entradas normais
e do sinal de “clock”. Estas são as entradas de Clear. Esta entrada coloca a
saída Q a “0” e a entrada Set. Esta coloca a saída Q a “1”.
Neste caso particular pode ver-se que tanto o set como o clear são activos a “0”
(pois a sua entrada tem uma bola).
Estas entradas servem para se variar o valor da saída Q no estado inicial ou,
ainda, quando for necessária uma mudança rápida (se clear e set forem
assíncronos) do estado da saída.
set
D Q
Relógio Q
CLK
clear
Neste ponto será explicada uma das formas de síntese de circuitos sequenciais.
Muito desta síntese tem a ver com os mapas de Karnaugh e a já explicada
síntese de circuitos combinatórios.
Exemplo II.2
Resolução:
1/0
A B
Estado
inicial
0/0 0/0
1/0
1/1
D C
0/0
Para x=0 não se detecta o princípio da sequência (1001), logo temos de regressar
ao estado inicial A e com a saída y=0, pois não se detectou a sequência
completa. Para x=1 detecta-se o primeiro dígito da sequência, pelo que temos
de mudar de estrada, passando ao estado B com saída y=0 .
Pode ser introduzida uma pequena alteração a este diagrama de estados se,
por exemplo, em vez de a detecção ser 1 001 e depois tudo recomeçar, o
segundo “1” servir já para detectar o primeiro “1” da sequência. Neste caso,
apareceria no diagrama de sequências uma seta entre D e B para x=0 e com
saída y=1.
X=0 X=1
A A, 0 B, 0
B C, 0 B, 0
C D, 0 B, 0
D A, 0 B, 1
yt X=0 X=1 xt
01 0 0
10 0 0
11 0 0
00 0 1
(Q1Q0)t
Q 1Q 0
10 A
10 B
11 C
00 D
Através da tabela de saídas (de notar que esta foi construída da mesma forma
que um mapa de Karnaugh) pode ver-se que:
y = x . Q1 . Q0
(Q1Q0)t+1 0 1 xt
01 01 10
10 11 10
11 00 10
00 01 01
(Q1Q0)t
Para isso, temos de ter em atenção a tabela de excitações dos FF tipo JK. As
barras na coluna JK significam que não importa ser “1” ou “0”.
Qt->Qt+1 JK
0 -> 0 0/
0 -> 1 1/
1 -> 0 /1
1 -> 1 /0
Neste caso temos 3 variáveis como entradas (embora duas dessas entradas
sejam saídas de FF). Estas entradas são Q1, Q0 e x. A forma de construir estes
mapas é a seguinte:
Exemplo II.3
Quando Q1Q0 estão no estado 00 e a entrada x passa a “1”, vemos, pela tabela
de transições, que Q1Q0 passam ao estado 10 (B). Q1 passa de “0” para “1”;
aplicando a tabela de excitações do FF JK, vê-se que, para o FF passar de “0”
para “1”, necessita que a entrada J1 seja “0” e que K1 seja “/”.
RESUMO
J0 = x
K0 = x + Q1
J1 = xQ0
K1 = xQ0
Qualquer circuito sequencial pode ser projectado desta forma.
TTL
CMOS
Neste caso, a frequência de clock que se pode ter é um pouco mais lenta que
em TTL, mas o consumo é bastante inferior. Existe uma variante chamada
HCMOS, na qual a velocidade é comparável, se não mesmo superior, à mais
rápida TTL, mas à custa de um consumo um pouco maior (mesmo assim
inferior ao da TTL). O fan-out não é tão bom como o TTL. São também igualmente
baratos.
ECL
Das três, esta é a tecnologia mais rápida. O consumo é, no entanto, muito
superior ao das outras duas. Esta tecnologia é principalmente usada em
supercomputadores.
O fan-out é o mais baixo dos três e, além disso, a compatibilidade com circuitos
existentes é a mais baixa dos três. A tabela seguinte resume as vantagens de
cada uma das famílias de dispositivos lógicos.
Para automação, as mais usadas são TAL (e suas variantes) e CMOS (e suas
variantes).
Ut.02
M.T.02
RESUMO
- . (e)
- + (ou)
- (negação)
- Circuitos combinatórios
- Circuitos sequenciais
- TTL
- CMOS
- ECL
Todos estes circuitos lógicos, bem como a sua constituição e síntese, serão
abordados nesta unidade de uma forma mais completa e detalha
Ut.02
M.T.02
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
1 - Prove, por lógica booleana, que A+AB = A usando, para isso, as tabelas de 0
verdade. 45 15
30
0 1 1 0
1 1 1 1
0 0 1 1
0 0 0 0
A B
000 001
001 011
010 010
011 111
100 101
101 110
110 100
111 000
Automação Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Dispositivos de Comando e Potência
TEMAS
• Contactores
• Disjuntores
• Deslastradores electrónicos
• Relés
• Variadores de velocidades
• Resumo
• Actividades / Avaliação
Ut.03
M.T.02
INTRODUÇÃO
• Contactores
• Relés
• Disjuntores
• Programadores e temporizadores
• Deslastradores electrónicos
• Variadores de velocidade
• Arrancadores
CONTACTORES
A figura III.2 mostra detalhes dos contactores. Um contactor tem dois tipos de
contactos:
• Contactos principais
• Contactos auxiliares
Ut.03
M.T.02
Existe, nos contactores, a chamada Espira de sombra, que tem a função de Espira de sombra
criar um contra-fluxo nos momentos em que a corrente da rede é nula, de forma
a minimizar a vibração mecânica produzida pelos 50Hz da rede eléctrica.
• Sopro de ar comprimido
• Sopro magnético
Símbolos de contactores
Os contactores podem ser Bi, Tri ou ainda Tetrapolares. Existem vários tipos
de contactores, cada qual com a sua gama específica de aplicações:
Ut.03
M.T.02
• Contactores disjuntores
• Contactores para aplicações específicas
• Contactores inversores
Contactores modulares
Contactores disjuntores
Contactores inversores
Características de Contactores
DISJUNTORES
• Magnética
• Térmica
Tempo total de corte a Icc máximo - Tempo que o contactor leva a abrir a
corrente com corrente máxima.
Um programador serve para programar uma dada acção; pode ter ligado a ele Programadores e
sensores, por exemplo, de temperatura, ou crepusculares. Os programadores temporizadores
podem também ser temporizados, mecânicos ou electrónicos. Quando são
mais complicados, temos um programador electrónico. Este permite uma maior
flexibilidade da programação.
a) b)
Por sua vez, na figura III.11, podem ver-se os diagramas temporais para cada
um destes temporizadores. Ao temporizador da esquerda, a), diz respeito o
diagrama temporal de cima.
DESLASTRADORES ELECTRÓNICOS
Estes dispositivos asseguram o controlo da intensidade total absorvida e cortam Tipos de deslastradores
circuitos não-prioritários, no caso de essa intensidade ser ultrapassada. Os
deslastradores têm um sensor de corrente que lhes permite saber se a corrente
máxima é, ou não, ultrapassada.
RELÉS
Este dispositivo serve para o controlo de um circuito por outro e funciona de Tipos de relés
uma forma idêntica aos contactores. Existem vários tipos de relés, podendo
estes classificar-se com base em:
• Princípio de funcionamento
• Electromagnéticos
• Indução
• Térmicos
• Estado sólido
• Amperimétricos
• Voltimétricos
• Watimétricos, etc.
• Tipo de intervenção
• Instantânea
• Atraso
• Função
• Protecção
• Medida
• Controlo
Relés electromagnéticos
Relés de indução
Estes funcionam de forma parecida aos motores de indução e, tal como estes,
fazem girar, neste caso, um disco, com uma força que é dada pela multiplicação
das correntes dos dois enrolamentos (que estão desfasados de 90º
espacialmente) e do seno do desfasamento entre essas correntes. A figura
III.14 apresenta o funcionamento deste tipo de relés.
Relés térmicos
mais que o outro, a peça dobra e ao dobrar desliga (ou liga) alguns contactos.
A figura III.15 mostra a lâmina que faz funcionar este tipo de relés.
Os relés têm variadas aplicações. Podem ser usados como controlo de outros
circuitos, como protecção (normalmente térmica) e, ainda, como relés de medida
e controlo. A figura III.17 mostra o formato de diversos tipos de relés.
A forma deste relés pode ser bastante variada. A figura III.18 mostra algumas
dessas formas, nomeadamente, a de um relé de encravamento (relé da esquerda)
e de um relé de circuito impresso.
Fig. III.18 – Vista de diversos tipos de relé da esquerda para a direita e de cima para baixo
Ut.03
M.T.02
Temos:
• Relé de encravamento.
• Relé de circuito impresso.
• Relé de protecção.
• Relé de medida e controlo.
VARIADORES DE VELOCIDADE
• Para motores AC
• Para motores DC
A figura III.23 mostra as formas de onda geradas no ondulador. Este gera uma
onda quadrada, com períodos variáveis proporcionais à amplitude da sinusóide
a ser gerada. Com um pouco de filtragem (inclusivamente, do motor) esta onda
fica, depois, sinusoidal.
Estes variadores funcionam de forma diferente dos variadores para AC. Variam,
em vez da frequência, a tensão de alimentação. São muitas vezes alimentados
por corrente AC, a qual é transformada em corrente contínua (DC), por rectificação
e filtragem. Na figura III.25 podemos ver o esquema básico de funcionamento
ARRANCADORES ESTRELA-TRIÂNGULO
RESUMO
• Contactores.
• Disjuntores.
• Deslastradores electrónicos.
• Relés.
• Variadores de velocidade.
• Arrancadores Estrela-Triângulo.
Ut.03
M.T.02
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
Automação Industrial B . 1
Guia do Formando