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Introdução

O presente trabalho visa abordar sobre a Juventude no Alcoolismo, visto que, o


consumo de bebida alcoólica é uma atividade comum na vida de grande parte da
sociedade, sendo utilizado em eventos sociais onde a maioria das pessoas encontrados
nesses ambientes são jovens.

O objetivo deste trabalho é revisar pesquisas que abordam o tema alcoolismo na


juventude, buscando identificar condições de risco e vulnerabilidade, relacionadas aos
jovens que estão expostos ao alcoolismo. São conhecidos alguns fatores de
vulnerabilidade para esta situação, entre eles, encontram-se os padrões familiares: filhos
de pais alcoólicos têm maior risco de consumir álcool excessivamente no futuro.

A influência familiar tem um papel muito forte no desenvolvimento do


alcoolismo. Adolescentes com comportamento antissocial, baixa autoestima, baixo
rendimento escolar, excluídos por pares ou família ou com amigos com consumos
ilícitos, bem como adolescentes com co-morbilidades como depressão, história de abuso
físico ou Perturbação de Hiperatividade e Déficit de Atenção, são mais vulneráveis.
A Juventude no Alcoolismo

Uma pesquisa encomendada pela Unifesp revelou que 60 % dos adolescentes


com menos de 18 anos já experimentaram álcool. Desses, cerca de 15% têm entre 10 e
12 anos. Outra pesquisa feita pelo IBGE mostrou que 27% das pessoas entre 18 e 24
anos bebem ao menos uma vez por semana. Números alarmantes que mostram a
potência da droga e sua penetração na sociedade brasileira.

Diversos fatores podem levar uma pessoa a buscar conforto ou prazer na droga.
Além da pressão social, da receptibilidade que o álcool possui e do fato de ser
legalizado, existe também uma tendência de consumidores que, por já terem
familiaridade com a substância, a procuram em excesso quando estão passando por
momentos complicados ou desagradáveis. O álcool tem um fator muito forte de válvula
de escape, podendo proporcionar uma calma temporária, uma espécie de analgésico a
curto prazo para a dor psicológica. E por ser legalizada, se torna ainda mais recorrente,
funcionando por vezes quase como um remédio que não precisa de prescrição médica.
Por isso é comum encontrar pessoas com problemas psicológicos que abusem da
substância.

Os jovens fomentam outro problema na relação com a bebida: a imaturidade.


Uma pessoa mais velha, experiente, normalmente possui um maior conhecimento dos
limites do próprio corpo. Um jovem nem tanto, justamente por ter menos vivência.
Além da pressão social ser maior entre pessoas de menos idade, seja por influência de
amigos ou de festas muito comuns em ambientes universitários, eles tendem a beber
excessivamente desconhecendo até que ponto seus corpos aguentam. Excluindo,
obviamente, pessoas que já sofrem com alcoolismo, é mais comum que adultos bebam
pelo sabor da bebida ou apenas socialmente, enquanto os mais novos tendem a beber
grandes quantidades visando o efeito alcoólico, tornando a intoxicação um jogo, uma
competição. Isso pode acarretar em acidentes fatais, como o do jovem na Unesp que
bebeu 30 doses de vodka durante uma competição e veio a falecer. Para a psiquiatra
Fátima Vasconcellos, professora do Departamento de Medicina da PUC-Rio, esse
aumento do consumo entre os jovens representa um perigo: "Os adolescentes têm
bebido para se embriagar. Além dos meninos, as meninas estão bebendo muito, e o
problema é que mulheres têm uma capacidade menor de absorção do álcool. Sem falar
que isso vem muitas vezes acompanhado de uma série de comportamentos de risco
como dirigir ou andar na rua bêbados, por exemplo".

João (nome alterado para preservar sua identidade), estudante de Comunicação


Social, 27 anos, foi um dos muitos jovens que acabaram sofrendo as consequências do
excesso. Acostumado a beber desde os 15 anos, sente hoje o efeito do consumo no
longo prazo. "Minha relação com o álcool sempre foi de lazer. Costumava beber em
festas, shows, churrascos, bares com amigos, porém na maioria das vezes em excesso.
Comecei a beber mais ou menos com 15 anos, em pequenas quantidades, mas que
rapidamente cresceram conforme fui criando resistência ao álcool. Mais recentemente
precisava em torno de 15 latas de cerveja ou 500ml de vodka para atingir aquele estado
alegre do álcool. Mais ou menos na metade do ano passado comecei a sentir uma dor
branda no lado esquerdo do abdome, e somente em janeiro fui a um médico me
consultar. Após uma bateria de exames e uma tomografia fui diagnosticado com
pancreatite crônica. O médico me aconselhou a parar de beber definitivamente. Parei.
Ainda vou a festas, shows, churrascos, bares, porém não bebo mais".

A dependência do álcool geralmente demora a surgir, mas o consumo a longo


prazo gera doenças graves como cirrose e hepatite. Alguns fatores facilitam o consumo:
por ser socialmente aceita, é comum ver familiares e amigos bebendo desde cedo, o que
torna o consumo de álcool algo normal; a ausência de fiscalização facilita a compra de
bebidas alcoólicas por jovens menores de 18 anos; o baixo custo da bebida também
facilita o consumo.

E não existe apenas o problema do consumo da substância em si, mas a


associação dela a outras substâncias, como energéticos, aumenta os riscos de acidentes,
de acordo com pesquisa da Universidade de Victoria, no Canadá. Isso aconteceria por
causa da cafeína contida no energético, que faz o consumidor se sentir mais desperto e
por consequência beber mais. Não só a mistura pode aumentar o risco de acidentes,
como também pode causar problemas no coração e insônia. Além dos riscos e prejuízos
que o álcool causa, se consumida em excesso, a cafeína contida no enérgico pode causar
ataques de pânico e de ansiedade.

Mas o que leva os jovens a procurarem o álcool tão cedo? Quais são as reais
consequências disso? Para Fátima Vasconcellos, a questão passa pela necessidade de
aceitação: "A adolescência é uma fase de crescimento e com ela surge uma necessidade
de afirmação, o que torna os adolescentes vulneráveis a novos hábitos. Os jovens muitas
vezes acham-se onipotentes, como se pudessem tentar tudo, como se tudo fosse dar
certo, pois não têm noção do perigo. Então quando entram em contato em um meio
onde todo mundo bebe, começam a beber para serem aceitos e não conseguem parar".

Beber é um hábito enraizado no brasileiro que só pode ser mudado com


muito trabalho. Por ser legalizado e difundido, há toda uma suavização na preocupação
relacionada a substância, que se camufla dentro do manto do ilícito e faz as pessoas se
esquecerem ou ignorarem que é uma droga tão potencialmente destrutiva quanto
qualquer outra. Mais do que socialmente aceita, o álcool se tornou socialmente
incentivado. Por ser associado ao relaxamento, acabou se tornando enraizado a tal ponto
que algumas atividades sociais chegam a perder o sentido se não tiverem a presença da
bebida. E quando isso começa a acontecer, a influência acaba atingindo as pessoas mais
jovens que, talvez por não contarem com tantas responsabilidades e preocupações
quanto os adultos, acabam sendo mais propensas a exageros. Como a psiquiatra Dra.
Fátima Vasconcellos afirma: "campanhas de conscientização deveriam existir na escola,
em casa e até entre os pediatras. Os profissionais e a família têm que ficar atentos e
explicar os problemas e as consequências do álcool".
Porque Os Jovens Consomem Álcool

Aceitação social e teste dos limites estão entre as razões mais comuns para o
consumo precoce. Seja para testar limites, ser aceito entre os amigos ou vencer a
timidez, o álcool tem entrado na vida dos brasileiros cada vez mais cedo. Tanto que a
idade média da primeira experiência dos jovens com bebidas alcoólicas é de 12,5 anos.

O consumo precoce carrega uma série de riscos para a saúde e pode ter sérias
consequências para o futuro. “O jovem está em um momento de conhecer novas
experiências. Sensoriais, físicas, esportivas, experiências de desafiar comportamentos
clássicos, padrões de aspectos disciplinares, desafiar pais e professores. Também está
entendendo o que são as amizades, o sentimento de pertencer a um grupo. Nesse
contexto que entra uma curiosidade com drogas de uma forma geral”, destaca Arthur
Guerra, psiquiatra e coordenador do programa Redenção, da prefeitura de São Paulo.

Causas do consumo de álcool

Quais as causas do alcoolismo?

Em nosso meio, as bebidas alcoólicas são cada vez mais consumidas e até exaltadas e as
pessoas são introduzidas nelas cada vez mais cedo. É verdade que a maioria das pessoas
que consome bebidas alcoólicas não se torna alcoólatra, mas essa disponibilidade
aumentada estimula em muito o alcoolismo. Outros fatores sociais, psicológicos e
sobretudo genéticos, contribuem decisivamente para a instalação do alcoolismo.

Quais as consequências do alcoolismo?

O alcoolismo continuado leva a alterações dos padrões funcionais do fígado,


do aparelho digestivo, do coração, do sangue, dos músculos e das glândulas endócrinas.
Em sua evolução, o alcoolismo também leva a doenças físicas e psíquicas, algumas das
quais irreversíveis e que podem resultar em morte.

As doenças mais comuns associadas ao alcoolismo são a cirrose hepática, as síndromes


amnéstica, demencial, alucinatória e delirante, além de ansiedade, distúrbios sexuais,
alterações do sono, etc. O alcoolismo também aumenta a predisposição a outras
doenças, como às infecções. Por fim, o delirium tremens, o quadro clínico mais grave
da abstinência, pode terminar pela morte.

O consumo crônico do álcool por prazo muito longo acaba por levar a mudanças
psicológicas profundas, entre as quais aquelas que incluem alterações dos padrões éticos
e emocionais da pessoa, deterioração das relações familiares e sociais e descaso com as
tarefas laborativas. O alcoólatra (e às vezes o mero usuário não alcoólatra) pode ter um
comportamento violento e até mesmo criminal.

Entre Homem E Mulher Quem Bebe Mais


O alcoolismo afeta cerca de 5% das mulheres e 15% dos homens na população
brasileira acima de 15 anos de idade e na maioria dos países ocidentais. Apesar de os
estudos enfocarem predominantemente o alcoolismo masculino, pesquisas têm
mostrado mudança na proporção de ocorrência de alcoolismo em homens e mulheres,
em uma variação de 14:1 até 2:1. Segundo alguns autores, as razões levantadas para
tentar explicar as diferenças no padrão de ingestão entre homens e mulheres se
baseariam nos seguintes fatores: os homens começam a beber com menor idade; há uma
repressão social e cultural para que as mulheres não bebam em excesso (uso nocivo ou
problemático); mesmo aquelas que costumam beber em excesso, procuram esconder
esse fato; há diferenças orgânicas importantes como: peso corporal menor, maior
quantidade de tecido adiposo, menor massa muscular e menor volume de água corpórea,
menor quantidade de enzimas metabolizadoras de álcool, além de outras variações no
metabolismo e as flutuações hormonais (tanto próprias das funções fisiológicas
reprodutivas, como decorrentes da ingestão de anticoncepcionais e/ou das terapias de
reposição hormonal). A literatura discute o efeito de atitudes culturais tolerantes, que
fazem do "beber" ou consumir drogas uma conduta ligada ao sexo masculino.
Considera, de forma pertinente, que normas, valores, atitudes e expectativas podem ser
tão ou mais importantes que as diferenças biológicas entre os sexos, para diminuir o
padrão de consumo e suas conseqüências. As mulheres estariam ingerindo bebidas
alcóolicas por um período igual ao dos homens ao longo da história e, em certas
culturas, tão freqüentemente quanto eles. Destaca, portanto, a necessidade de ampliar o
enfoque transcultural para compreender melhor os diversos papéis da mulher frente ao
álcool. Esse estudo descreveu, analisou e comparou o perfil de pacientes alcoolistas,
com base no gênero e segundo variáveis sócio-demográficas e econômicas, história do
uso de álcool, relacionamento familiar e evolução dos pacientes que procuraram
tratamento. Para tanto contou-se com 171 alcoolistas, 114 homens e 57 mulheres
inscritos no Programa de Alcoolismo do Ambulatório de Psiquiatria da Faculdade de
Medicina de Botucatu - UNESP, no período de 1990-94. Utilizou-se para a coleta dos
dados, um questionário semi-estruturado e um instrumento padronizado para avaliação
da gravidade da Síndrome de Dependência do Álcool - "Short Alcohol Dependence
Data" - SADD. Quanto às características sócio-demográficas, 56,1% das mulheres e
57,0% dos homens tinham entre 30 e 44 anos; 21,1% das mulheres e 6,1% dos homens
eram analfabetos, com renda familiar entre dois a três salários mínimos (57,4% das
mulheres e 46,3% dos homens). Os principais resultados mostraram que embora a
maioria residisse com familiares, a estrutura familiar estava comprometida, com
relacionamento difícil (55,6% das mulheres e 65,7% dos homens). A violência familiar
foi detectada em 74,1% das mulheres e 61,1% dos homens. O agressor, na maioria das
vezes, era um familiar (o cônjuge) em 42,9% das mulheres e 29,6% dos homens. Em
relação ao uso de álcool, as mulheres iniciaram a ingestão mais tarde que os homens,
em geral com seus cônjuges, enquanto estes o fizeram mais cedo sozinhos (79,8%). Não
houve diferença de evolução ao tratamento entre os gêneros. O principal fator
determinante da melhor resposta ao tratamento foi o nível de gravidade de dependência:
dependentes leves e moderados apresentaram mais chances de melhorar do que quem o
iniciou com dependência grave.
Qual É A Contribuição Do Estado Para A Diminuição Do Alcoolismo Em Angola

Luanda - O Conselho de Ministros apreciou, nesta quarta-feira, para envio à Assembleia


Nacional, uma proposta de Lei sobre o Regime de Acesso e Consumo de Bebidas
Alcoólicas, que visa a redução do seu consumo.

O diploma, apreciado na sessão ordinária deste órgão, sob orientação do Presidente da


República, João Lourenço, estabelece o regime jurídico de disponibilização, venda e
consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e abertos ao público.

Este instrumento jurídico tem como objectivo proteger a saúde dos cidadãos, através da
redução do consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez e a amamentação,
diminuição das perturbações nas relações familiares potenciadoras de violência
doméstica, de maus tratos a menores, bem como de acidentes de viação e de trabalho.

Em Que Ano Surgiu As Bebidas Alcoolicas

Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente


durante o período Neolítico quando houve a aparição da agricultura e a invenção da
cerâmica. A partir de um processo de fermentação natural ocorrido há aproximadamente
10.000 anos o ser humano passou a consumir e a atribuir diferentes significados ao uso
do álcool. Os celtas, gregos, romanos, egípcios e babilônios registraram de alguma
forma o consumo e a produção de bebidas alcoólicas1,2.

A Embriaguez de Noé

Em uma das mais belas passagens do Antigo Testamento da Bíblia (Gênesis 9.21)  Noé,
após o dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Fez uso da bebida a ponto de se embriagar.
Reza a bíblia que Noé gritou, tirou a roupa e desmaiou. Momentos depois seu filho Cam
o encontrou "tendo à mostra as suas vergonhas". Foi a primeiro relato que se tem
conhecimento de um caso de embriaguez. Michelangelo, famoso pintor renascentista
(1475-1564), se inspirou nesse episódio pintar um belíssimo afresco, com esse nome, no
teto da Capela Sistina, no Vaticano. Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas
também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus
primórdios.

O álcool através da história

Grécia e Roma

O solo e o clima na Grécia e em Roma eram especialmente ricos para o cultivo da uva e
produção do vinho. Os gregos e romanos também conheceram a fermentação do mel e
da cevada, mas o vinho era a bebida mais difundida nos dois impérios tendo
importância social, religiosa e medicamentosa1,8.

No período da Grécia Antiga o dramaturgo grego Eurípedes (484 a.C.-406 a.C.)


menciona nas Bacantes duas divindades de primeira grandeza para os humanos:
Deméter, a deusa da agricultura que fornece os alimentos sólidos para nutrir os
humanos, e Dionísio, o Deus do vinho e da festa (Baco para os Romanos). Apesar do
vinho participar ativamente das celebrações sociais e religiosas greco-romanas, o abuso
de álcool e a embriagues alcoólica já eram severamente censurados pelos dois povos.

Idade Média

A comercialização do vinho e da cerveja cresce durante este período, assim como sua
regulamentação. A intoxicação alcoólica (bebedeira) deixa de ser apenas condenada
pela igreja e passa a ser considerada um pecado por esta instituição. 4

Idade Moderna

Durante e Renascença passa a haver a fiscalização dos cabarés e tabernas, sendo


estipulados horários de funcionamento destes locais. Os cabarés e tabernas eram
considerados locais onde as pessoas podiam se manifestar livremente e o uso de álcool
participa dos debates políticos que mais tarde vão desencadear na Revolução Francesa. 4
Idade Contemporânea
O fim do século 18 e o início da Revolução Industrial é acompanhado de mudanças
demográficas e de comportamentos sociais na Europa. É durante este período que o uso
excessivo de bebida passa a ser visto por alguns como uma doença ou desordem. Ainda
no início e na metade do século 19 alguns estudiosos passam a tecer considerações
sobre as diferenças entre as bebidas destiladas e as bebidas fermentadas, em especial o
vinho. Neste sentido, Pasteur em 1865, não encontrando germes maléficos no vinho
declara que esta é a mais higiênica das bebidas.

Durante o século 20 paises como a França passam a estabelecer a maioridade de 18 anos


para o consumo de álcool e em janeiro de 1920 o estado Americano decreta a Lei Seca
que teve duração de quase 12 anos. A Lei Seca proibiu a fabricação, venda, troca,
transporte, importação, exportação, distribuição, posse e consumo de bebida alcoólica e
foi considerada por muitos um desastre para a saúde pública e economia americana.

Vantagem E Desvantagem Do Alcool

Vantagens
Todavia, recentes estudos médicos indicam que ingerir pequenas doses de álcool,
especialmente vinho tinto, diminui os riscos de um ataque cardíaco. Outro estudo
revelou que beber dois drinques por dia fornece mais do que o dobro da proteção contra
doenças cardiovasculares do que apenas um drinque.
O risco de um ataque cardíaco é reduzido porque o álcool minimiza os efeitos
prejudiciais do colesterol alto e previne a formação de coágulos. No estudo em questão,
os níveis do colesterol mau – ou LDL- foram reduzidos, assim como os níveis de
triglicerídeos – concentrações elevadas dessas duas substâncias aumentam o risco de
doença cardíaca. Outros estudos demonstram que beber moderadamente pode elevar os
níveis do colesterol bom – ou HDL.
Os resultados são especialmente significativos para mulheres com mais de 50 anos, pois
o risco de doenças cardíacas aumenta muito após a menopausa.
Os mecanismos pelos quais o álcool protege o organismo ainda não são claros, mas
alguns pesquisadores perceberam que, em particular, o vinho tinto possui certos
polifenóis. Essas substâncias podem agir como antioxidantes – sendo o revesterol o
melhor exemplo – e espera-se que a bebida proteja as células de danos que ocorrem
quando o corpo utiliza o oxigênio. Acredita-se que a oxidação de LDLs provoque a
formação de coágulos sanguíneos. Os polifenóis também podem fortificar o colesterol
LDL contra a oxidação.
Não é somente o vinho tinto que apresenta proteção. Os resultados de diferentes estudos
vincularam o consumo moderado de álcool a um risco 32% mais baixo de ataques
cardíacos, e a uma queda de 20 a 28% no risco de derrames cerebrais. Resultados de
outros estudos sugerem que pessoas que bebem quantidades pequenas ou moderadas de
álcool diariamente reduzem significativamente o risco de ter diabetes.
– O álcool também protege o cérebro
Pessoas que bebem moderadamente todos os dias têm 70% menos chance de
desenvolver demência – uma doença vinculada à idade que diminui a capacidade mental
– do que aqueles que não bebem. Esses indivíduos também possuem 30% menos chance
de desenvolver a doença de Alzheimer. O álcool parece oferecer uma série de outros
benefícios relacionados ao cérebro. Ele afina o sangue, evita a coagulação de pequenos
vasos sanguíneos no cérebro e parece estimular a liberação de acetilcolina – substância
química cerebral envolvida no aprendizado e na memória.
Desvantagens:
O excesso de álcool pode aumentar o risco de desenvolver uma série de problemas de
saúde: pressão alta, arritmias cardíacas, doenças hepáticas, derrames, demência e vários
tipos de câncer como o do fígado, pâncreas, esôfago e boca. Além disso, o álcool vicia.
Um fim de semana de muita bebida, por exemplo, aumenta as células de gordura no
fígado. Embora este órgão possua um extraordinário poder de recuperação, o uso
contínuo do álcool pode provocar danos irremediáveis para ele e problemas para
metabolizar a glicose. Inclusive, é possível que chegue a provocar cicatrizes hepáticas
ou cirrose.
O álcool também interfere no metabolismo de várias vitaminas e minerais no
organismo. Mulheres com risco de câncer de mama devem moderar o consumo de
álcool.
Conclusão

Contudo, a associação de bebidas alcoólicas com medicamentos pode levar a efeitos


colaterais graves, inclusive com risco de morte. O álcool pode tanto potencializar os
efeitos de um medicamento quanto neutralizá-lo. Pode também ativar enzimas que
metabolizam o medicamento em substâncias tóxicas para o organismo.

Atualmente tem sido muito comum entre jovens a associação de bebidas alcoólicas com
energéticos, outras drogas e até com medicamentos para impotência como Viagra.

O tratamento do alcoolismo visa a abstinência do álcool, ou pelo menos uma grande


redução no seu consumo, e atualmente envolve psicoterapia e uso de drogas. O
tratamento medicamentoso costuma ser usado por até 6 meses.

A naltrexona é atualmente a droga mais indicada. O dissulfiram, topiramato,


acamprosato e baclofeno são outras opções.
Referências Bibliográficas
http://pensaracademico.facig.edu.br/index.php/semiariocientifico/article/view/436

https://www.med.puc-rio.br/notcias/2018/7/5/alcoolismo-na-juventude

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/especial-publicitario/prefeitura-de-sao-paulo/
noticia/2019/07/15/entenda-por-que-os-jovens-comecam-a-beber-cada-vez-mais-
cedo.ghtml

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832000000200018

https://www.angop.ao/noticias-o/?v_link=https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/
sociedade/2019/2/11/Vitimas-alcoolismo-aumentam-Angola,6ab31046-0cdc-4169-
b171-b765f3e92af0.html

https://www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br/bebidas-alcoolicas-vantagens-e-
desvantagens/

https://cisa.org.br/index.php/pesquisa/artigos-cientificos/artigo/item/60-historia-do-
alcool

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