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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

PRÁTICA 04 – ANÁLISE DE CIRCUITOS TRIFÁSICOS:

1. CIRCUITOS TRIFÁSICOS:

1.1. INTRODUÇÃO TEÓRICA:

A maior parte da geração, transmissão e utilização em alta potência da energia elétrica


envolve sistemas polifásicos, ou seja, sistemas nos quais são disponíveis diversas fontes de
mesma amplitude com uma diferença de fase entre elas. Por possuir vantagens econômicas e
operacionais, o sistema trifásico é o mais difundido.

Uma Fonte Trifásica é constituída de três fontes de tensões iguais defasadas 120° uma da
outra. As figuras a seguir apresentam o esquema de um gerador trifásico com as tensões
produzidas.

(Esquema de um alternador trifásico)

Supondo o rotor girando no sentido anti-horário com 3600 [rpm] (f=60 [Hz]), seu campo
magnético corta os rolamentos do induzido, induzindo neles as tensões senoidais ilustrados na
figura. Estas tensões atingem seus valores máximos e mínimos com uma distância de 1/3 de
um período, ou seja, com uma defasagem de 120°, e isto devido ao deslocamento espacial de
120° dos enrolamentos do induzido. Como resultado, visto que as bobinas são iguais (mesma
seção e mesmo número de espiras), o alternador produz 3 tensões de mesmo valor eficaz com
uma defasagem de 120 ° entre elas. Normalmente estas tensões são geradas em 13,8 [kV].
Tem-se portanto:

( )[ ] [ ]

( )[ ] [ ]

( )[ ] [ ]

As relações e equações para as variadas configurações ofram omitidas aqui, pois fazem parte
do relatório referente a esta prática.

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2. PARTE PRÁTICA

2.1 TENSÕES SIMPLES, COMPOSTA E FASORES.

PAINEL A SER UTILIZADO: MODELO B

Identifique os seguintes dispositivos:

 Voltímetro tipo FM de 0-500 [V]


 Amperímetro tipo FM de 0-1 [A]
 6 lâmpadas incandescentes rosca E27 de 100 [W]/220[V]
 1 lâmpada incandescente rosca E27 de 150 [W]/220 [V]

Monte o circuito abaixo:

Siga os seguintes procedimentos:

2.1.1 Após inspeção da montagem, ligue os disjuntores da bancada e utilizando o voltímetro


de 0-500 [V] meça os valores dos módulos de tensão de fase e .

2.1.2 Atribua o ângulo 0° para o argumento da tensão de fase e considerando uma


sequência direta, determine o ângulo da tensão de fase e escreva os respectivos
fasores.

2.1.3 Através do amperímetro de 0-1 [A] meça inicialmente o módulo da corrente ( ) e


em seguida desligue os disjuntores da bancada e conecte o amperímetro de modo a
medir o módulo da corrente ( ).

2.1.4 Considerando que as lâmpadas incandescentes são cargas puramente resistivas e este
tipo de carga não determina defasagem entre tensão e corrente em que as mesmas

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estão submetidas podemos antão aplicar os mesmos argumentos dos fasores das
tensões de fase adotados no procedimento 2.1.2 para as correntes de fase ( ) e
( ). Com os argumentos agora definidos e os valores dos módulos determinados em
2.1.3 escreva os fasores para as correntes ( ) e ( ).

2.1.5 Faça o diagrama fasorial das correntes ⃗⃗ ( ) e ⃗⃗ ( ) e determine o fasor resultante


⃗⃗ ( ) + ⃗⃗ ( ).

2.1.6 Analisando o circuito montando e fazendo referência a primeira Lei de Kirchhoff, pode-
se dizer que o valor da corrente resultante obtida pela composição das correntes ⃗⃗ ( )
e ⃗⃗ ( ), no procedimento anterior representa qual corrente do circuito em questão?

2.1.7 Desligue os disjuntores da bancada e conecte o amperímetro de 0-1 [A] na posição ‘3’
de modo a medir o módulo da corrente que flui no condutor neutro do circuito em
questão. Ligue os disjuntores e registre o valor de .

2.1.8 Qual a relação entre as correntes referentes aos procedimentos 2.1.5 e 2.1.7?

2.1.9 Em função da análise do circuito e comparação dos valores das correntes obtidas nos
procedimentos 2.1.5 e 2.1.7, é válido afirmar que:

a) Houve a comprovação efetiva da Primeira Lei de Kirchhoff?

b) Houve comprovação de que numa rede trifásica os fasores ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ , ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ e


consequentemente ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ estão realmente defasados de 120°?

c) Houve comprovação de que as correntes solicitadas por cargas resistivas estão


sempre em fase com as respectivas tensões?

d) Houve comprovação de que a operação com fasores é uma ferramenta prática


em cálculos de eletrotécnica.

e) O valor da resultante obtida no procedimento 2.1.5 pode também ser


determinada através da operação direta com fasores, ou seja:

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Resultados

| |[ ]
2.1.1
| |[ ]

⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2.1.2
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗

| ( )| [ ]
2.1.3
| ( )| [ ]

⃗⃗ ( )
2.1.4
⃗⃗ ( )

2.1.7 ( )

2.2 CONEXÃO DELTA.

Monte o circuito a seguir.

2.2.1 Após inspeção da montagem, ligue os disjuntores e anote os valores das correntes, ,
e . Qual a denominação técnica destas correntes?

2.2.2 Desligue os disjuntores e conecte o amperímetro de modo a ler as correntes: ,


e . Ligue os disjuntores e anote os valores das respectivas correntes. Qual a

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denominação técnica destas correntes? Qual o valor da relação entre as correntes e


?

2.2.3 Utilizando o voltímetro de 0-500 [V] determine os valores das tensões entre as fases da
linha que alimenta a carga. Qual a denominação técnica destas tensões?

2.2.4 Determine os valores das tensões nos terminai correspondentes de cada carga simples
que compões a carga trifásica. Qual a denominação técnica destas tensões? Qual o
valor da relação entre e nesta conexão?

2.2.5 Por que utilizamos duas lâmpadas em série de mesmas características elétricas para
formar cada carga simples da conexão delta?

Resultados

[ ]

2.2.1 [ ]

[ ]

[ ]

2.2.2 [ ]

[ ]

[ ]

2.2.3 [ ]

[ ]

[ ]

2.2.4 [ ]

[ ]

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2.3 CONEXÃO ESTRELA.

Monte o circuito a seguir.

2.3.1 Após inspeção da montagem, ligue os disjuntores e anote os valores das correntes, ,
e . Qual a denominação técnica destas correntes? Qual a relação entre corrente
de linha e corrente de fase nesta conexão?

2.3.2 Meça as tensões entre os terminais de cada carga simples que compões a carga
trifásica. Qual a denominação técnica destas tensões?

2.3.3 Meça as tensões entre fases referentes à linha de alimentação? (Bornes de bancada).

2.3.4 Qual o valor da relação entre e nesta conexão?

2.3.5 Com os disjuntores ligados retire o condutor neutro. O que aconteceu? Explique.

2.3.6 Desligue os disjuntores, substitua a lâmpada da fase C por uma de 150 [W], conecte
novamente o ponto ‘N’ ao neutro da bancada e meça novamente os valores das
correntes. Com os disjuntores ligados, retire o condutor neutro e comente o que
aconteceu.

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2.3.7 Desligue os disjuntores da bancada e conecte agora o amperímetro de modo a medir a


corrente do neutro, conforme diagrama a seguir.

2.3.8 Após a inspeção do circuito, ligue o disjuntor da bancada e anote o valor da corrente
.

2.3.9 Elabore o diagrama fasorial das correntes obtidas no procedimento 2.3.6 e compare o
valor da corrente resultante com a corrente obtida no procedimento 2.3.8. Faça
comentários. (No diagrama fasorial adote 1 [cm] para cada 0,1 [A] de corrente).

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Resultados

[ ]

2.3.1 [ ]

[ ]

[ ]

2.3.2 [ ]

[ ]

[ ]

2.3.3 [ ]

[ ]

[ ]

2.3.6 [ ]

[ ]

2.3.8 [ ]

3. BIBLIOGRAFIA

– Queiroz, Ivanildo Pires, “Manual de Eletrotécnica – Conceitos e práticas de Laboratório”,


UFC.

Este material foi confeccionado pelos seguintes alunos, orientados pelo professor Alexandre
Rocha Filgueiras: Aloísio Fernandes Dias, Elcid Rodrigues de Oliveira Filho e Jorge Luiz Wattes
Oliveira Júnior.

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