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Ensaios E Traduções
Organização:
Maria Berbara
Editoras:
Angela Moss e Simone Rodrigues
Projeto Gráfico:
Gabriela Werneck
Design Capa:
Paulo Mariotti e Elisabeth de Gail
Revisão de texto:
Fernanda Marinho, Leidiane Carvalho, Raphael Fonseca
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
R327
Renascimento italiano : ensaios e traduções / organização: Maria Berbara;
com a colaboração de: Leidiane Carvalho, Raphael Fonseca, Fernanda
Marinho. - Rio de Janeiro : Trarepa, 2010.
il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-85936-86-0
1. Arte renascentista. 2. Renascença - Itália. 3. Arte - Itália - História.
I. Berbara, Maria, 1968 - II. Carvalho, Leidiane. III. Fonseca, Raphael. IV.
Marinho, Fernanda.
10-4541. CDD: 709.45 CDU: 7.034(450)
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou
transmitida por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação)
ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita das Editoras.
1ª edição - 2010
E
ste livro reúne ensaios e traduções sobre o Renascimento
escritos por pesquisadores ativos em universidades brasilei-
ras. Os ensaios não são primordialmente dirigidos a investi-
gadores altamente especializados, mas a estudantes e leitores inte-
ressados em história da arte. Ulteriores pesquisas sobre cada um
dos temas abordados pelos ensaios podem ser iniciadas a partir da
consulta aos livros e artigos citados nas notas. As traduções, realiza-
das por especialistas, apresentam textos fundamentais da literatura
artística relativa ao Renascimento acompanhadas de uma introdu-
ção e amplas notas de apoio ao texto. Os ensaios e traduções são
apresentados por ordem alfabética de autor (sobrenome).
O livro é acrescido de um glossário, no qual são reunidos e expli-
cados 85 termos citados ao longo do mesmo; uma tabela cronoló-
gica contendo datas relativas a importantes acontecimentos artísti-
cos, históricos e culturais; e uma bibliografia com textos fundamen-
tais sobre o Renascimento, traduzidos ao português e facilmente
encontrados em livrarias e bibliotecas nacionais. O texto introdu-
tório aborda questões centrais no âmbito da história e história da
arte relativas ao Renascimento, incluindo questionamentos recen-
tes quanto ao alcance e utilização do termo. Embora a maioria dos
artigos aborde, primordialmente, temas relativos à arte italiana, o
livro não exclui comparações ou cruzamentos com artistas e teorias
artísticas de outras regiões europeias.
A produção deste livro foi, desde o início, um trabalho de equipe,
o qual envolveu alunos e ex-alunos da UERJ. Clarissa Campello pre-
Introdução 11
Maria Berbara
Mapas 41
Cronologia 45
Ensaios 63
ӱ Giulio Romano, o herdeiro de Rafael,
e as premissas de uma nova arte . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Letícia Martins de Andrade
ӱ Um outro Renascimento:
A representação de um príncipe
no Salão dos Meses de Ferrara . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188
Nancy Kaplan
Traduções 295
ӱ Vida de Giulio Romano,
pintor, de Giorgio Vasari . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296
Tradução e notas: Letícia Martins de Andrade
Glossário 435
Leidiane Carvalho
Bibliografia 449
Imagens 453
Índice Onomástico e Topográfico 485
Biografia dos Autores 491
N
os escritos de Francesco Petrarca (1304–1374) floresce a
ideia do Renascimento. Enquanto a historiografia medie-
val dividia a história em antes e depois do nascimento de
Cristo, Petrarca considera os séculos que sucederam a derrocada
do império romano ocidental e o momento contemporâneo a ele
como um período de retrocesso, obscurantismo, barbárie e deca-
dência. Para Petrarca, o esplendor romano de grandes homens,
sábias letras e belas obras entrara em profunda e irreversível
decadência a partir da conversão do Império ao cristianismo, no
século IV; por período “antigo”, assim, ele entendia aquele ante-
rior à decadência romana causada pela adoção do cristianismo;
por “moderno”, o posterior. Em suas cartas e poemas, Petrarca
preconizava o nascimento de uma nova era, na qual a neblina
dos séculos passados se dissiparia graças ao retorno à claridade
meridional da antiguidade clássica. Anos depois, o humanista
Flavio Biondo (1392–1463) cunharia o termo Medium Aevum,
ou Idade Média, para referir-se ao período transcorrido entre o
saque de Roma pelos Godos, em 410 (por ele equivocadamente
datado em 412), e 1412. O esquema segundo o qual entre a gran-
deza dos antigos e o seu renascimento, no século XV, transcorre
um período intermédio de mil anos, influenciou profundamente
humanistas, historiadores, filósofos e artistas da época, e segue
vivo, de certa forma, até os dias atuais. Naquele contexto, o termo
rinascita, renascimento, tornou-se corrente, na medida em que
pensadores contemporâneos passavam a considerar a era em
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