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RioMúsica
Ibis Libris
Rio de Janeiro
2013
Copyright © 2013 Ricardo Rocha
Editora
Thereza Christina Rocque da Motta
Revisão
Antonio Cerdeira
Patrocínio
Fundação Charitas Brasil
Projeto Gráfico
Mika Rodrigues
Impresso na
Gráfica Colorset
Email do autor:
ricardowrocha@uol.com.br R576n
Rocha, Ricardo, 1957 -
Ibis Libris As nove sinfonias de Beethoven: uma
Rua Raul Pompeia, 131 / 708 análise estrutural /Ricardo Rocha.
Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2013.
Copacabana | 22080-001 Rio de Janeiro | RJ
128 p.; 27 cm
Tel. (21) 3546-1007
ISBN 978-85-7823-148-4
www.ibislibris.net
ibislibris@gmail.com Impresso no Brasil.
2013
Associada à LIBRE.
www.libre.org.br
Agradecimentos
G rande foi a conjunção de fatores que tornou possível a realização desta
obra e quero agradecer a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram
- Manoel Corrêa do Lago, incansável parceiro na revisão da exegese
estrutural de todas as 20 formas-sonata dos 37 movimentos, incluídos os formatos
neste processo. híbridos de Rondó-Sonata e Sonata com caráter ou elementos de Rondó. Dos
Em primeiro lugar, agradeço a Deus por ter-me concedido não apenas questionamentos e demonstrações que fez, suas sugestões foram acatadas na
a inspiração, a perseverança e as forças necessárias para levar este trabalho maioria dos casos. Também sua revisão das tonalidades utilizadas pelo compositor
a termo, mas também pelas oportunidades que me foi proporcionando para a cada movimento foi de grande importância para o enriquecimento e acerto geral
colocá-lo à prova, seja na direção e regência desta coleção de sinfonias com da obra. Por fim, seus profundos conhecimentos da história da Música Brasileira
diferentes orquestras e em diferentes épocas, seja nas aulas e cursos que pude o levaram a compor uma bela inserção deste trabalho na trajetória das Sinfonias
organizar para profissionais e estudantes, mas também para leigos, quando de Beethoven no Brasil;
comecei a testar o método usando gravações em DVDs, como referência auditiva - Rami Levin, pelo seu olhar arguto e meticulosa exigência de clareza
e visual para os que não sabem ler música; conceitual, o que me obrigou a reformular conceitos, rever a descrição de eventos
a todos os alunos de regência e análise que estudaram comigo à luz e corrigir alguns erros que me passaram despercebidos. Sua revisão e questões
deste método e que, com suas questões oportunas e pertinentes, apontaram o levantadas em relação à análise da Oitava Sinfonia foram-me paradigmáticas
que deveria ser revisado e mesmo corrigido, participando diretamente de seu para as revisões que se seguiriam, a partir daí, do livro como um todo;
desenvolvimento de maneira relevante; - Pauxy Gentil-Nunes, que me trouxe o questionamento de que este livro
a Michelle Rodrigues, designer gráfica deste livro, que com sua paciência, não representaria a fundamentação de um novo método de análise em proposta
lealdade e talento, trouxe grande contribuição ao aperfeiçoamento do seu formato inédita, mas o resultado demonstrado do mesmo, o que era minha intenção
original. Com sua visão profissional, o método foi ganhando contornos e padrões desde o início. Como a formulação não deixava isso claro, precisei refazê-la na
definitivos ao longo dos últimos cinco anos, nos quais trabalhamos não só nesta introdução. Foi sua também a sugestão da apresentação de um mapa global do
coleção de Beethoven, mas também em aberturas, concertos solistas, poemas ciclo, como complemento da ideia do ‘Atlas’, o que pudemos realizar nas páginas
sinfônicos e outras formas musicais de obras de grandes compositores; 24 e 25 do livro.
aos quatro insignes doutores que, com sua expertise e experiência, Ao amigo e parceiro profissional de tantos anos Antonio Cerdeira, por sua
atenderam generosamente ao pedido de revisão e comentários aqui publicados generosa oferta de revisão ortográfica, sintática e gramatical de todos os textos do
sob a forma de prefácio e apresentações. A eles agradeço de coração pelo carinho livro, em mais uma prova cabal de nossa fraterna amizade;
e tempo que investiram na revisão e avaliação desta obra: Por fim, e em especial, à Fundação Charitas Brasil, pela sua renovada
- Luis Paulo Sampaio, por sua acurada revisão do conteúdo dos textos, confiança e por todo o seu apoio e incentivo em algumas das mais importantes
sugestões de dados históricos e bibliográficos, além da composição de um prefácio obras que pude realizar nos últimos anos. A ela quero dedicar, de todo o
situando o trabalho na longa tradição analítica da obra de Beethoven; coração, esta que representa a contribuição musical de maior envergadura que já
produzi até aqui.
Sumário
Prefácio ............................................................ 7 Posfácio ........................................................ 122
Apresentação ................................................. 8 Bibliografia .................................................... 124
Introdução ....................................................... 9 Sobre o autor ............................................... 125
A Sinfonia ........................................................ 12
Conceituação ............................................... 17
Abreviaturas .................................................... 21
As Nove Sinfonias ........................................... 23
Breve painel das estruturas ......................... 24
8
Introdução
As Sinfonias de Beethoven como modelo para a
apresentação de um método de análise musical
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uma prancha gráfica, capaz de traduzir a estrutura da obra ou do movimento em de uma padronização internacional dos termos mais utilizados nesta área, levando
foco. Desse momento em diante, com o todo e suas principais partes configurados, a dúvidas e mesmo impasses de origem conceitual, por razões semânticas ou por
o trabalho passa a ser, então, o de exegese, do agrupamento dos elementos conflitos de perspectivas e pontos de vista de diferentes analistas sobre o mesmo
menores em seus detalhes, da precisão no registro dos compassos, etc. objeto de análise, seja este uma célula, um motivo, uma frase e assim por diante.
O método que apresentamos, portanto, visando o diagnóstico claro e O que nos cabe aqui como contribuição e queremos oferecer é apenas a
demonstrável da estrutura da obra analisada, consiste neste procedimento e apresentação de uma maneira específica de leitura de uma obra musical, com
processo de delimitação e reconhecimento da área de trabalho, com o objetivo de o intuito de somar uma nova ferramenta, uma nova lente às já existentes, para
representá-la plasticamente, nela inserindo as informações levantadas na exegese a análise de obras musicais através do mapeamento gráfico de suas principais
musical, as quais vão sendo organizadas dentro das figuras gráficas. Já o livro estruturas.
apresenta o resultado do método, o resultado do trabalho para cuja demonstração Portanto, não temos qualquer interesse no conflito entre termos e linguagens
elegemos toda a coleção das nove sinfonias de Beethoven, aqui analisadas à eventualmente estabelecidos entre teóricos, professores e alunos de música. Para
luz deste meio de compreensão musical, que se dá através do conhecimento da tanto, já na página seguinte, o leitor encontrará um pequeno manual explicativo
estrutura das obras. sobre a conceituação e o significado que demos aos termos que utilizamos em
Ao longo das quase três décadas em que foi elaborado e desenvolvido com nossa análise. É com eles e a partir deles que ele, o leitor, deverá instrumentalizar-
vagar, este procedimento de análise estrutural veio sendo aperfeiçoado, na prática, se para empreender a leitura da análise que quiser fazer.
através de seu uso direto em aulas e cursos ministrados tanto a profissionais como a
leigos. Neste caso, adaptamos as pranchas para os que não leem música, retirando Foco do trabalho
a numeração de compassos e usando-as com DVDs nas aulas ou em concertos Como nossa área de interesse é a da descrição do conteúdo de uma peça
didáticos, nos quais tivemos a oportunidade de executar exemplos tocados ao vivo musical organizada em seu arcabouço formal, concluímos por estabelecer nossos
pela orquestra, para o reconhecimento, pelo público, das principais ideias musicais próprios conceitos para a identificação dos eventos que seguem padrões idênticos
e suas conexões na sintaxe musical usada pelo compositor. ou similares de ocorrência sintática, inventariando-os numa bula introdutória, de
maneira que o leitor possa familiarizar-se com o que chamamos de seção, sub-
Evitando a polêmica conceitual seção, tema, contratema, entretemas, frase, motivo, bloco, coda, etc.
Sem desconsiderar aqui outras formas de análise e abordagens de um texto Através da numeração de compassos, estes eventos foram compartimentados
musical, mesmo as que partiram das representações subjetivas de seus autores, em estruturas gráficas, nas quais tentamos reproduzir plasticamente a envergadura
uma das propostas do nosso empreendimento foi a de buscar sempre a objetividade física das principais seções e subseções, sempre buscando a proporcionalidade
dos fatos demonstráveis nas partituras, ainda que a existência de uma “objetividade” aproximada ao seu número de compassos. Como resultado, obtivemos pranchas
numa obra musical possa ser considerada controversa. Toda obra de arte é, em si, que deram conta da tradução, digamos, visual da configuração da estrutura e da
um significante aberto a diversos significados. Por isso mesmo não descartamos forma do movimento analisado.
os diferentes olhares e as diferentes perspectivas que uma mesma obra, como Assim, a grande vantagem deste método reside na possibilidade de leitura e
puro significante, possa suscitar. Até porque aqui também esbarramos com uma compreensão rápidas do todo complexo de cada movimento, sem desconsideração
questão não menos difícil, que é o da ausência de uma unidade de conceitos que com a parte, que se apresenta tratada com precisão de referências e clareza de
seja consensual, no Brasil e no mundo. conceitos.
Este costuma ser um dos maiores problemas da análise musical: a ausência Aqui cabe uma importante observação: como em diferentes casos o volume
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de informações dentro de cada caixa, mesmo que sintéticas, exigiu-nos expandi-
las mais do que o que seria adequado para a representação das proporções
ideais, empreendemos um grande painel às páginas 24 e 25 com as proporções
bem mais próximas da realidade espacial de todas as seções e subseções dos 37
movimentos desta coleção. Referência estrutural mais fiel, ele nos serve também
para conhecermos melhor como Beethoven trabalhava os padrões sintáticos de
seu discurso musical.
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A Sinfonia
Sua gênese, movimentos e formas
O rigem
A origem do termo ‘sinfonia’ é antiquíssima e vem da terminologia grega Mais tarde, com Arcangelo Corelli (1653-1713), nasce a que passou a ser
syn+phonein, que significava consonância, conjunto de sons em harmonia. chamada de sonata da chiesa, por ser usada nos prelúdios, interlúdios e poslúdios
Entretanto, o foco de nosso interesse aqui encontra-se no processo iniciado no instrumentais dos cultos religiosos, disposta na seguinte forma, também cíclica:
século XVII, que fez com que este termo, então relacionado à música instrumental
executada em conjunto, viesse a se tornar um conceito formal. Sonata da chiesa
- Grave: homofônico ou polifônico
A sinfonia, como a conhecemos hoje em dia, teve sua origem na canzona - Allegro: polifônico
renascentista, iniciamente vocal e depois instrumental, com um número de - Andante: homofônico
movimentos limitado em cinco partes contrastantes entre si por Giovanno Battista - Allegro: homofônico ou polifônico
Vitali (1644-1692), que, no entanto, as ampliou, desenvolvendo o conceito de
movimento como parte integrante de uma forma cíclica instrumental:
A Suíte, que no século 17 era um conjunto ou sucessão de danças de origem
Canzona: popular ou cortesã, igualmente agrupadas de forma cíclica, desenvolveu-se
- Grave: lento e solene independentemente do processo que levou a canzona vocal renascentista à sonata
- Allegro: em estilo polifônico da chiesa instrumental barroca. Só que, devido ao processo de secularização da
- Grave: como o Grave inicial sociedade europeia iniciado na Renascença, a Suíte passa a influenciar cada
- Andante: homofônico, em andamento moderado vez mais a sonata da chiesa, impregnando-a do caráter profano e popular da
- Allegro: polifônico Renascença. É um dos momentos importantes da gênese da Sinfonia Clássica, a
partir da seguinte transformação:
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Da Sonata da chiesa à Suite Entre as inumeráveis formas de dança da Suíte, o Minueto acabou por
- Grave: homofônico ou polifônico Grave: dança associar-se à forma cíclica da Abertura Napolitana por seu despojamento, o que
- Allegro: polifônico Allegro: polifônico se adaptava melhor às tendências ditadas pela “volta à Natureza”, ou seja, contra
- Andante: homofônico Andante: dança as estilizações. Isto se deu em torno de 1740, quando o Minueto acabou por fixar-
- Allegro: homofônico ou polifônico Allegro: dança se ao conjunto de danças que dará origem, de maneira sublimada, à Sinfonia
Clássica. Compuseram este conjunto:
A tendência a limitar as partes da forma cíclica produziu novas formas, que
serviam de prelúdio instrumental para obras vocais, particularmente a ópera, Suíte
mas também oratórios e cantatas. Para tais introduções, até para se conseguir o • a Allemanda, correspondente ao primeiro movimento;
silêncio e a atenção de todos, a forma mais usada era a da canzona instrumental, a • a Sarabanda, correspondente ao segundo;
qual, entretanto, passou a utilizar três movimentos, assim distribuídos, cumprindo • o Scherzo e/ou o Minueto, que funcionavam como Intermédio das Suítes,
a função de introdução ou “abertura primitiva”: correspondentes ao terceiro movimento;
• Giga, equivalente ao quarto movimento.
Abertura Francesa
- Grave (solene e ornamentado)
- Allegro (polifônico com imitações) A estrutura formal dos quatro movimentos da
- Grave (com reminiscências do primeiro movimento) Sinfonia Clássica
a) Tonalidade dos movimentos:
Jean-Baptiste Lully (1632-1687) foi seu grande representante, a quem foi Dos quatro movimentos que compõem a Sinfonia Clássica, a tonalidade
atribuída a ‘Abertura Francesa’, assim disposta. principal da obra está sempre presente em pelo menos três: o primeiro, o terceiro e
Entretanto, enquanto Lully suprimiu o último movimento da canzona o quarto. Só o segundo costuma aparecer em tonalidades vizinhas: subdominante,
instrumental original, Alessandro Scarlatti (1659-1725) criou, suprimindo o primeiro dominante ou relativa maior ou menor;
movimento da sonata da chiesa, a sua ‘Abertura Napolitana’, a qual, partir de
1730, passou a influenciar todos os gêneros de música instrumental, solista ou de b) Estruturação bitemática
conjunto, impondo-se não só frente à sonata da chiesa, mas também à Abertura Enquanto a ‘sinfonia’ barroca, de caráter épico e narrativo, baseou-se
Francesa e até mesmo à Suíte, tornando-se a precursora da sinfonia clássica. na elaboração monotemática, as ideias individualistas do Iluminismo francês
Seus movimentos eram assim dispostos: provocaram a subjetividade na expressão musical a partir do exercício dos
contrastes, presentes igualmente nas transformações sociais da época. Em
Abertura Napolitana termos figurativos, podemos representar assim esta nova realidade: se, com a
- Allegro: homofônico Reforma Protestante, a Igreja e o Clero perdem o poder temporal do Estado,
- Andante: em ritmo de dança que passa às mãos de uma monarquia absolutista e, portanto, ‘monotemática’,
- Allegro: em ritmo de dança com o Iluminismo uma nova classe em ascensão, a burguesia, começa a lhe
impor oposição representada musicalmente por uma forma de contraste ao que
poderíamos chamar de “absolutismo monotemático”, introduzindo na forma sonata
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um segundo tema, contrastante ao primeiro, expediente que produz o nascimento “Desenvolvimento Terminal”, ou seja, uma seção que carrega, em si, um caráter
da Sonata bitemática. de finalização da obra. O termo é atribuído ao compositor francês Vincent d’Indy
Esta, até então peça de estrutura originalmente monotemática e escrita para (1851-1931).
instrumentos de cordas, à diferença da toccata – para instrumentos de teclado – e da
cantata – para conjunto vocal –, ganha um segundo tema, mais lírico, contrastante Modelo básico do primeiro movimento
com o primeiro e, em geral, mais enérgico, gerando uma forma ternária, cuja terceira ● Seção A, Exposição:
seção é basicamente a repetição da primeira. 1. Apresentação do tema a no tom da Tônica;
Tal estrutura, representada pela forma ABA, passa a ser chamada de Forma 2. Ponte ou ligação;
Sonata, fixando-se na sinfonia clássica não só, mas obrigatoriamente, em seu 3. Apresentação do tema b no tom da Dominante, para as tonalidades maiores,
primeiro movimento. Esta forma constitui-se como o coroamento de todas as ou na relativa maior para as menores;
formas musicais produzidas até hoje e Beethoven foi, seguramente, o maior de 4. Ponte ou ligação;
seus mestres, e o que mais desenvolveu suas possibilidades. 5. Coda (ou epílogo, com ou sem codeta), finalizando na tonalidade
do tema b (geralmente não termina no tom principal).
c) Movimentos da Sinfonia e suas formas
Primeiro movimento: em forma Sonata com o andamento Allegro: ● Seção B, Desenvolvimento:
ABA’ (lê-se “á-bê-á linha”) Seção normalmente modulante, de desenvolvimento, em diferentes partes, dos
temas apresentados na Exposição. Pode acontecer de o compositor desenvolver
● Esquema formal apenas o tema ou o motivo do tema principal (a), não citando o tema secundário
- (Introdução) (b). É o campo verdadeiramente composicional do compositor e onde Beethoven
- Exposição (A) melhor demonstrou a extensão e a envergadura de sua genialidade musical.
- Desenvolvimento (B)
- Reexposição (A’) ● Seção A’, Reexposição:
- (Coda ou DT – Desenvolvimento Terminal, em Beethoven) Seção em que a Exposição (A) é reapresentada de maneira variada no tom da
Tônica, sendo que o tema b aparece igualmente na Tônica:
A forma da Sonata bitemática acabou tornando-se o arcabouço do primeiro 1. Apresentação do tema a no tom da Tônica;
movimento do gênero sinfonia, caracterizando-a. Com uma introdução facultativa, 2. Ponte ou ligação;
sua estrutura é ternária (A B A’), finalizada com uma Coda do movimento (aqui 3. Apresentação do tema b no tom da Tônica;
não estamos falando da coda de seção, mas do movimento). Esta Coda, como a 4. Ponte ou ligação;
introdução, é igualmente facultativa. Da palavra italiana que quer dizer “cauda”, 5. Coda.
significando musicalmente finalização, cumpre dizer que, em Beethoven, esta
pequena seção com a mera função de dar encerramento ao movimento foi Segundo movimento: Lied (canção)
hipertrofiada, ganhando status de seção, com envergadura igual ou às vezes maior Normalmente é composto em forma Lied ternária (a b a’), podendo ser
que as demais seções. desenvolvido (a b a’ b’ a”) ou mesmo do tipo “Sonata”, com ou sem desenvolvimento.
A esta “super coda” ou mesmo nova seção B’, chamaremos de Seu andamento é lento: Adagio, Largo, Andante etc.
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Se na sinfonia a única forma autenticamente bitemática é a da forma sonata ● Esquema formal
do allegro inicial, a sua única forma monotemática, salvo exceções, é a forma A – Minueto B – Trio A – Minueto
Lied do segundo movimento. Apesar de possuir, em geral, uma estrutura ternária |: a :||: b | a :| |: a :||: b | a :| a | b | a
(aba), diferencia-se da forma sonata na medida em que seu tema único nos evoca ou ou
um caráter épico e narrativo, ao contrário do caráter dramático da primeira, com |: a :||: b | a’ :| |: c :||: d | c’ :|
seus temas contrastantes.
Obs.: Não consideramos aqui a forma do Minueto como um ABA’, o que
● Esquema formal estaria igualmente correto, na medida em que a volta ao A dá-se, em geral, por
Entre as principais configurações da forma Lied, podemos citar: uma indicação do compositor ao escrever apenas, ao final do B, “Menuetto da
1. Lied a três seções: a b a’ capo”. Acontece que a distinção do A para um A’ é gerada, aí, pelo simples fato de
2. Lied a cinco seções: a b a’ b’ a” ou a b a’ c a”, também chamado de a maioria dos regentes e intérpretes, seguindo uma tradição não escrita, fazer o
Grande Lied ‘da capo’ ao A sem os ritornelli. Sendo assim, como a repetição é simplesmente
3. Lied-sonata: A (com dois temas, ponte e coda) e A’ (reexposição da forma tácita e passada através de cultura oral, portanto não obrigatória, preferimos
sonata) relevar o formato original, deixado pelo compositor.
4. Tema com variações: Tema seguido de variações, como no caso da Nona Entretanto, cabe lembrar que tal estrutura, representada pela forma ABA’,
Sinfonia de Beethoven, o qual, também excepcionalmente, aparece no passou a ser chamada de Forma Sonata, fixando-se na sinfonia clássica não só,
terceiro movimento. mas obrigatoriamente, em seu primeiro movimento.
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A estrutura: a mesma a c a), surge uma nova forma assim expressa: a b a c a b a. Nesta fórmula, o episódio
Guardando apenas a estrutura formal do Minueto (a b a, sendo b um trio), c torna-se central entre duas seções idênticas (a b a), semelhantes à Exposição e
Beethoven amplia enormemente as dimensões das partes, destituindo-as de todo Reexposição da forma Sonata.
o caráter de música de dança, não só através da aceleração do andamento, como Se, ainda por cima, o primeiro episódio na primeira vez aparecer na tonalidade
também através da mudança do compasso ternário, tão típico do Minueto, que da dominante (ou relativa, se em tom menor) e, na segunda, no tom principal, este
aparece modificado para um binário simples ou composto, como no caso das episódio toma o papel do segundo tema da forma sonata. E se, para completar, o
Sinfonias Sexta (Pastoral), em 2/4, e na Nona (Coral), na qual, aliás, foi colocado segundo episódio c for elaborado em forma de desenvolvimento baseado no material
no segundo movimento. temático exposto pelo refrão a e pelo primeiro episódio b, a semelhança entre as
Assim, Beethoven muda profunda e radicalmente o Minueto sinfônico, formas Rondó e Sonata resulta praticamente completa.
convertendo-o em uma peça de expressão subjetiva e independente, a que chamou A diferença reside no fato de que, no Rondó, o ritornello aparece sempre no tom
de Scherzo. principal e as partes que integram a forma total são formas Lied, tripartitas na maior
parte dos casos.
As formas Sonata e Lied, que aqui examinamos, são formas simples. Ao |a b a || c ||a b a
lado destas temos, na sinfonia, formas compostas que nascem do acoplamento de |Tônica | Domin | Tônica | Modulação Livre | Tônica | Domin | Tônica |
várias formas Lied, as quais contrastam entre si a tal ponto que chegam a parecer
bi- ou até multitemáticas. Contudo, não se tratam de formas bitemáticas, mas tão SONATA:
Estas nascem do jogo típico de repetições (os ‘ritornelli’). Entre estas |a b a || c ||a b a
repetições surgem episódios de modo que a forma total adquire um esquema formal
já encontrado na literatura grega, conhecido como “refrão / estribilho (ritornello) x
episódio / estrofe”:
a b a c a d a etc. entendendo-se a por ritornello e b, c, d etc. por episódios.
Na sinfonia, isso aparece nas seguintes formas, conhecidas pelo nome
genérico rondó, a saber:
1) Rondó a seções: a b a / a b a c a
O a aparece sempre na tonalidade principal, enquanto cada um dos episódios
busca uma tonalidade vizinha, para destacar o contraste existente entre refrão e
estrofes.
2) Rondó-Sonata: a b a c a b a
Repetindo o primeiro episódio (b), cumprido o esquema formal de rondó (a b
16
Conceituação
e termos utilizados na análise estrutural
das formas e da sintaxe musical
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3) Caráter, cores ● Cadência: é uma pontuação musical, a qual pode cumprir efeito conclusivo
● Andamentos: caracterizam a velocidade em que a música, por indicação ou suspensivo, terminando um período, uma frase ou até mesmo um motivo. A
do compositor, deve ser executada. Do lento ao rápido podemos ter: Adagio, Lento, cadência sempre indica um repouso;
Andante, Allegro, Vivace, Presto, Prestissimo, etc. Em Beethoven, traduzem mais
o caráter do que sua indicação metronômica; ● Pedal: é um som ou um motivo rítmico sustentado e contínuo, sobre o qual
uma ideia musical é desenvolvida por um período que pode ser curto ou longo;
● Dinâmica: É o volume em que a música, segmento ou mesmo nota deve
ser executada. Do som pouco audível ao volume muito alto: pianíssimo, piano, ● Modulação: o momento de passagem de uma tonalidade para outra;
forte, fortíssimo, fortissíssimo;
● Modulante: em que há modulação;
4) Jogos de imitação e variação ● Anacruse: nota ou grupo de notas que antecedem o tempo forte de um
● Cânon: forma que se tornou difundida particularmente no século XVI, na compasso;
qual um tema é rigorosamente imitado por outra ou outras vozes à distância de
um, dois ou mais compassos, continuamente; ● Anacrústico: ritmo produzido pela anacruse;
● Processo canônico: quando uma ideia musical é imitada por outra voz, ● Hemíola: do grego hemiolos, que significa “um e meio” (1 ½). Trata-se
em estilo canônico, porém de forma variada, sem compromisso com o rigor da de um fenômeno rítmico muito comum na música barroca europeia, na qual,
imitação. Poderá também ser chamado de jogo imitativo ou de imitações; no interior de dois compassos ternários, surgem, por mudança na acentuação
métrica, três compassos binários, como no exemplo abaixo:
● Imitações: quando apenas motivos ou mesmo células de um tema ou de
uma ideia musical são repetidos alternadamente em diferentes vozes, de maneira Compasso ¾ regular:
variada; > --| >-- |> --|>--|>--
Com hemíola:
5) Harmonia e outros elementos musicais > --| >-- |>->|->-|>--
● Tônica: na escala tonal e diatônica de sete sons, a Tônica é o primeiro
grau, aquele que indica a tonalidade da escala e sobre a qual esta é construída. Exemplo em Beethoven:
Por exemplo: em dó maior, a Tônica é o dó, seu ponto de repouso e origem; Oitava Sinfonia, 1º. Movimento, compassos 70-71 e 80-81
● Dominante: na escala tonal e diatônica de sete sons, a Dominante é o ● Ritmo hemiolítico: mudança provisória de uma acentuação rítmica que
quinto grau, o grau mais importante depois da Tônica, por representar o ponto configure uma autêntica hemíola ou que a sugira, por semelhança de caráter e efeito.
máximo de tensão da escala. Por exemplo: em dó maior, a Dominante é o sol;
19
6) Sobre a numeração de compassos Exemplo:
Considerando que o objetivo desta análise é o da exegese voltada ao Tema a do fugato do segundo movimento da Nona Sinfonia de Beethoven:
delineamento da estrutura da obra em foco, nela a nossa numeração de compassos
propõe-se a identificar, em geral, os principais eventos musicais neles contidos. ● a quattro battute: compassos 9 (segundos Violinos), 13 (Violas),
Em alguns movimentos lentos onde a demarcação dos eventos exige 17 (Violoncelos), 21 (Violinos 1), 25 (Contrabaixos) etc.
identificação precisa, como o caso do segundo movimento da Sexta Sinfonia,
usamos a numeração de compassos acrescida da de tempos, como no exemplo: ● a tre battute: compassos 177 (Fagote 1), 180 (Oboé 1 e Clarineta 1),
183 (Fagote 1), 186 (Flauta 1 e Oboé 1), 189 ( Clarineta 1 e Fagote 1) etc.
. m2, Cl 1 ............. 72.4 - 77.1
(Motivo 2 do Tema a na Primeira Clarineta: do quarto tempo do compasso 72
ao primeiro tempo do compasso 77)
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Abreviaturas
Termos, tonalidades e instrumentos
21
As Nove Sinfonias
Breve painel das estruturas
e formas de todos os movimentos da coleção
1ª Forma: Sonata Forma: Ternária Forma: Ternária Simples (ABA) Forma: Sonata
2ª Forma: Sonata Forma: Sonata Forma: Ternária Simples (ABA) Forma: Sonata
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6ª Forma: Sonata Forma: Sonata Forma: Ternária
(Scherzo livre)
Forma: Sonata
9ª Forma: Sonata com um trio no lugar
do Desenvolvimento Terminal
Forma: Tema e Variações
(ou um grande Lied)
Forma: Tema e variações
114 -
119
25
Primeira Sinfonia
em dó maior, opus 21, 1799-1800
A
A A’
A’
Antecedente
a
B a Antecedente
Parte I
Entretemas Consequente
Parte II Transição
modulante Consequente
Desenvolvimento Desenvolvimento
Terminal Terminal
Parte III B
Parte I
b Episódio
Introdução Parte I Episódio
Parte IV b Parte II
Parte II
A
A’
A A a B
Desenvolvimento
Parte I Terminal
Antecedente Antecedente a
B
Entretemas Parte II
Consequente Consequente
Antecedente
Parte III
b
Antecedente Consequente Antecedente b
Parte IV
Introdução Coda
27
Primeira Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: C - Dó maior Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Adagio molto = 88 Termos Instrumentos
Allegro con brio = 112 dom: dominante Madeiras
Obs.: Observação Fl: Flautas
Ma: Motivo do Tema a Ob: Oboés
mod: modulante Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Dinâmica Metais
Notas
Cordas
A: Lá maior
Vl1-2: Violinos 1 e 2
Am: Lá menor
Vl1: Violinos 1
C: Dó maior
A tonalidade de lá maior anotada na lista ao lado cumpre a Vl2: Violinos 2
D: Ré maior
função de dominante de Ré maior. Vla: Violas
F: Fá maior
Vc: Violoncelos
*: Reexposição, tema b: Beethoven deve ter esquecido o Fm: Fá menor
dobramento da Cl1 com a Fl1 no compasso 208; comparar os Cb: Contrabaixo
G: Sol maior
compassos 206 e 208 com os 61 e 63 (Vl1-2) e 214 e 216 (Fl1-Vl1). Gm: Sol menor
Bb: Si bemol maior
Eb: Mi bemol maior
Cm: Dó menor
28
Primeira Sinfonia
1 º Movimento
A Exposição
A’
13 - 109
Reexposição
178 - 259
a-C 13 - 32
a - C em ff
B Desenvolvimento
Vl I, C, p 13 - 17
178 - 188
- Modulação 18
TaP em Dm 19 - 23 Tutti, C em ff
Modulação para dom. de C 24
110 - 173 - Modulação 183
Dominante de C 25 - 32 TaP em Dm
Obs.: Construído sobre Ma
12 97 64 4 81 40
29
Primeira Sinfonia
2º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: F - Fá maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Andante cantabile con moto = 120 Termos Instrumentos
dom: dominante Madeiras
TP: Tom Principal Fl: Flautas
Ob: Oboés
Dinâmica Cl: Clarinetas
p: piano Fg: Fagotes
f: forte Metais
Cor: Trompas
C: Dó maior Percussão
Notas
Dbm: Ré bemol menor Cordas
30
Primeira Sinfonia
2 º Movimento
A Exposição
1 - 64
A’ Reexposição
101 - 161
a-F 1 - 42.1
a-F 101 - 141
Antecedente, em F 1 - 26
• Exposição em fugato 1 - 19 Antecedente, em F 101 - 126
Vl2 1-6 • Exposição em fugato:
Vla-Vc 7 - 10 (variação com motivo novo
(Fg-Cb) 11 -12 como contra-sujeito)
(Fl)-Ob1-Vl1 Vl2 x Vc 101 - 106
13 - 19.1
• Afirmação dom. TP 19 - 26 Vla x Vl1-2 107 - 110
(Fg2-Vc-Cb) 111 - 112
(notar pedal em C nas Cor)
Ob1 (Fl) x Fg2-Vc-Cb
Consequente, em C 27 - 42.1 113 - 119.1
Com modulação passageira • Afirmação dom. TP
para Dm 27-28 (notar pedal em C sincopado
• Vl1 x Vc 27 - 34 nas Cl e Fg) 120 - 126
• Reprise variada 35 - 42.1
com primeiras Madeiras e Cb Consequente, em F 127 - 141 Desenvolvimento
B Desenvolvimento Terminal
Com modulação passageira
para Gm 127 - 128
• Vl1 x Vc 127 - 134 163 - 195
65 - 96 • Reprise variada 135 - 141
b-C 42 - 52
com Madeiras e Cb
64 32 4 61 1 33
31
Primeira Sinfonia
3º Movimento
Forma: Ternária simples (ABA) - Menuetto
Tonalidade: C - Dó Maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro molto vivace = 108 Termos Instrumentos
TP: Tom Principal Madeiras
Fl: Flautas
32
Primeira Sinfonia
3 º Movimento
A Menuetto
1 - 79 A Menuetto, da capo
25 - 33.1
Antecedente - C, tônica 80 - 103
• Afirmação de Db
- Fg1, Vla e Vc sobre pedal •C 80 - 87
da tônica de Fg2 e Cb • Modulação para Dm 88 - 95
Ponte modulante para TP • Modulação para G 96 - 103
- Dominante em tom principal
33
Antecedente - C 45 - 58
-
44
Antecedente - C
Consequente, dominante
• Tutti em C, f - ff 45 - 58 104 - 112.1
- Quarteto madeiras, Vl1 e Vl2 45 - 48
- Vl1 e Vl2 • Cl, Cor x Vl1
49 - 58
(Fl e Ob1 dobrando Vl1 e Vl2 112
a partir do 51) Antecedente*- tônica -
122 - 137 121
79 58 79
33
Primeira Sinfonia
4º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: C - Dó maior
Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Adagio = 63 Termos Instrumentos
Obs.: Observação Madeiras
Allegro molto e vivace = 88
TP: Tom Principal Fl: Flautas
Ob: Oboés
f: forte Metais
34
Primeira Sinfonia
4 º Movimento
A Exposição
7 - 95
a-C 7 - 30 A’ Reexposição
163 - 237
• Antecedente,
com motivo anacrústico
- Vl1 7 - 14
B Desenvolvimento 96 - 156
• Consequente em terças
- Vl1 e Vl2 15 - 22
a -C 163 - 189
• Tutti, ff em G uníssono 1
motivo anacrústico
- TaP, Vl2 (G como dom. C)
Cm, ff 144 - 147 Coda - G 226 - 237
Obs.: o último compasso (304)
b) Progressão sobre 148 - 155
é em branco, como no
86 - 93 • Motivo anacrústico TaP
arpejo de 7ª dominante TP, 238 - 242 1º movimento
• Vl1, p: preparação para 2-6 • Culminação 94 - 95 - Vl1 e Vl2
motivo anacrústico TaP
entrada do motivo do tema a - Casa 1, da capo 96 - 97 c) Afirmação dom. TP 160 - 162
156 - 159 (160.1)
6 89 64 3 75 5 62
35
Segunda Sinfonia
em ré maior, opus 36, 1802
Parte II
Desenvolvimento b
b Terminal
Introdução
b b
Parte I Parte III
Parte II
Parte II
CODA
Parte IV Coda
Coda
Coda Coda
Parte I
A
A’
A A a Parte II
B a
a a
Parte I Parte III
Entretemas
B Entretemas
b b Parte II
Parte IV
a
Parte III
a’
b a’ b b Parte V
Parte IV
Coda Coda
Parte V
a’ Coda Coda
Coda
37
Segunda Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: D - Ré maior Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Adagio molto = 84 Termos Instrumentos
Allegro con brio = 100 dom: dominante Madeiras
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
s/: sem Ob: Oboés
TP: Tom Principal Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Dinâmica Metais
p: piano Cor: Trompas
pp: pianíssimo Tpt: Trompetes
f: forte Percussão
ff: fortíssimo Tmp: Tímpanos
Notas
Cordas
F: Fá maior
F#m: Fá sustenido menor
G: Sol maior
Gm: Sol menor
Bb: Si bemol maior
Dm: Ré menor
38
Segunda Sinfonia
1 º Movimento
A Exposição
34 - 135
a-D
• Tema a
34 - 60
34 - 56
A’ Reexposição
216 - 303
- Vla-Vc-Cb 34 - 40
- Motivo a2 (Ma2): 41 - 46
Ob1-Fg1 a-D 216 - 232
• Expansão 47 - 60
• Tema a
- Parte 1 47 - 56 - Vla-Vc-Cb 216 - 222
B Desenvolvimento
modulante para Dm
- Ma2: Ob1-Fg1 223 - 228
- Parte 2: Dm-Bb 57 - 60
(napolitano de Am) - Reprise variado Ma2
138 - 211 229 - 232
(sem Expansão)
Entretemas 61 - 72
• Sobre dominante de Am Entretemas 233 - 244
- Vl1-Vl2 61 - 64
- Reprise Variado 65 - 68 Parte I, sobre Ma 138 - 181 • Sobre dominante de Am
- Afirmação E (dom) 69 - 72 • Ma em Dm 138 - 145 - Vl1-Vl2 233 - 236
- Reprise Variado 237 - 240
b-A 73 - 101
• Marcha harmônica
- Cânon mod. em 5as*
146 - 157 - Afirmação em A (dom)
241 - 244
23 10 102 2 74 4 88 6 51
39
Segunda Sinfonia
2º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: A - Lá maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Larghetto = 92 Termos Instrumentos
dom: dominante Madeiras
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
Mb: Motivo do Tema b Ob: Oboés
mov: Movimento Cl: Clarinetas
MP: Motivo Principal Fg: Fagotes
p/: para Metais
TP: Tom Principal Cor: Trompas
Tpt: Trompetes
Dinâmica Percussão
p: piano Tmp: Tímpanos
Notas
ff: fortíssimo Cordas
Vl1-2: Violinos 1 e 2
Am: Lá menor
Dm: Ré menor
Em: Mi menor
Fm: Fá menor
C: Dó maior
40
Segunda Sinfonia
2 º Movimento
A’ Reexposição
158 - 262
A Exposição
1 - 98 a-A 158 - 188
• Antecedente 158 - 173
- Vl1
a-A 1 - 32 - Ligação
158 - 165.1
165
• Antecedente 1 - 16 - Cl1, Fg1 166 - 173
- Vl1 1 - 8.1 • Consequente 174 - 189
- Vl1
B
- Ligação 8 174 - 181
- Cl1, Fg1 9 - 16.1 Desenvolvimento - Cl1, Fg1 182 - 189.1
• Consequente 17 - 32 100 - 157
- Vl1 17 - 24 Entretemas - A, E 189
- Cl1, Fg1 190 - 210
25 - 32.1
•A 190 - 193
Parte I 100 - 107 • Am 194 - 197
Entretemas - A 32
• Ma modulante - Jogo modulante de imitações
33 - 46
100 - 102
por mov. contrário 198 - 204.1
- Am 204 - 210
* Modulante para B (dominante de E) 103 •E
- Ligação
• Diálogo Cl1-Fg1 x Vl1 33 - 40
-A
- Am
33 - 36
37 - 40
-C
- Ligação
104 - 106
107 b-A 212 - 245
211
98 1 58 105 1 13
41
Segunda Sinfonia
3º Movimento
Forma: Ternária simples (ABA) - scherzo
Tonalidade: D - Ré maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro .= 100 Termos Instrumentos
(Trio: poco meno) Ma: Motivo do Tema a Madeiras
s/: sem Fl: Flautas
TP: Tom Principal Ob: Oboés
Cl: Clarinetas
p: piano Metais
42
Segunda Sinfonia
3 º Movimento
A Scherzo
1 - 84
A Scherzo da capo
a-D 1 - 16
• Tema a 1-8
• Reprise variada 9 - 16
a-D
• Ligação modulante, sobre Ma, Dm 17 - 20
b - Bb 21 - 38 B Trio
85 - 130
• Tema b 21 - 25
b - Bb
• Reprise variada 25 - 29
- Passagem modulante para TP 29 - 38
(pedal na dom. de TP: 33-38) a-D 85 - 92
• Ob1
a’ - D 39 - 58
• Ligação:
Coda 59 - 84
105 - 108
modulação súbita em A, Coda
* Construída sobre Ma (17-20) e como Dominante TP, ff
material da Passagem (Vc, 33-38)
• C - F/A - Dm (napolitano de A) - D
• Reprise variado
59 - 66
67 - 74
a’ - D 109 - 130
84 46 79
43
Segunda Sinfonia
4º Movimento
Forma: Sonata-Rondó
Tonalidade: D - Ré maior
Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro molto = 152 Termos Instrumentos
dom: dominante Madeiras
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
ME: Motivo do Entretemas Ob: Oboés
mod: modulante Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Tonalidades Metais
A: Lá maior Cor: Trompas
Am: Lá menor Tpt: Trompetes
B: Si maior Percussão
Bm: Si menor Tmp: Tímpanos
D: Ré maior Cordas
Dm: Ré menor Vl1-2: Violinos 1 e 2
Em: Mi menor Vl1: Violinos 1
C: Dó maior Vl2: Violinos 2
C#: Dó sustenido maior Vla: Violas
F: Fá maior Vc: Violoncelos
Fm: Fá menor Cb: Contrabaixo
F#m: Fá sustenido menor
G: Sol maior
Gm: Sol menor
44
Segunda Sinfonia
4 º Movimento
Desenvolvimento Terminal
290 - 442
Parte I
Sobre Ma, com função 290 - 293
A Exposição
1 - 107
de transição em G, pp
Parte II
A’
294 - 311
Reexposição 1) Tema a, D 294 - 299
185 - 289 2) Progressão modulante 300 - 311
a-D 1 - 25
Parte III 312 - 337
• Período 1 1 - 12
1) ME sobre pedal dom. 312 - 321
- Frase 1
- Frase 2, reprise
com sentido conclusivo
1-6
7 - 12 B Desenvolvimento
108 - 180
a-D
• Período 1
185 - 209
185 - 195
2) ME sobre pedal tônica 322 - 329
3) Culminação: cadência 330 - 337
na dom. TP para dominante do
• Período 2 (tônica) 12 - 19 - Frase 1 185 - 190 relativo menor (Bm)
• Período 3 (pedal dom.) 20 - 25 - Frase 2 191 - 195
• Período 2 (tônica) 196 - 203
Parte I Parte IV 338 - 365
Entretemas - D 26 - 43 Sobre tema a, com função de transição
• Período 3 (pedal dom.) 204 - 209
1) Bm modulante para D 338 - 345
Com motivo condutor em D (108-115) e Dm (116-118) 2) Variação período 346 - 357
contraponto imitativo Entretemas - D 210 - 227 anterior mod. para G; reprise
Parte II 119 - 130 baixos em pizz. dobrados
• D (cordas) 26 - 31 • D (cordas) 210 - 215 por Vlas
• Ma em Dm sobre pedal na Tônica • A (Cl1-Fg1 x Vc), Am 216 - 221
• A (Cl1-Fg1 x Vc) 32 - 37 3) Afirmação G, p > pp 358 - 365
• D (Ob1-Cor1 x Vla-Vc-Cb) • G (Ob1-2 em 8ªs.-Fg1 x Vla-Vc-Cb) por aumento duração
38 - 43 Parte III 131 - 138 222 - 227 (mínimas-semibreves)
Ponte: Pedal na dominante • Jogo de imitações em marcha Ponte: • Arpejo descedente 366 - 371
da dominante TP harmônica (Dm-Gm-Cm-Fm) Pedal na dominante do TP Vl1-2 sobre pedal tônica (G)
- Vla-Vc x Ob1-Fg1 228 - Ligação 7ª dim. mod. 372 - 373
44
b-A 52 - 83 51
-
Parte IV 139 - 150
b-D 236 - 267
-
235
4) D sobre pedal dom. TP 374 - 381
Parte II
a
a Desenvolvimento A a
Parte III Terminal
Parte I a
Parte IV A’
Parte V Intermédio
b
Intermédio a
Parte II
Parte VI a’ b
b
Parte VII b Parte III b’
b CODA
a’
Parte VIII Parte I
a’’
Coda
Parte IX Coda Parte II
Coda
Coda Coda
Coda
Parte X Codeta
Codeta
A A’ VII
Tema Principal
IV
a a
B
b b X
V VIII
a
Variações
I
a’ VI
b a’
IX Coda
a’ CODA II
Coda Coda
Coda
47
Terceira Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: Eb - Mi bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro con brio . = 152 Termos Bb: Si bemol maior
A: seção A (Exposição) Bbm: Si bemol menor
cponto: contraponto Cm: Dó menor
Ma: Motivo do Tema a Gm: Sol menor
Mb: Motivo do Tema b Dm: Ré menor
MI: Motivo do Intermédio Db: Ré bemol maior
mod: modulante
Instrumentos
modul: modulação
Madeiras
mov: Movimento
Fl: Flautas
TP: Tom Principal
Ob: Oboés
Trans: transição
Cl: Clarinetas
s/: sem
Fg: Fagotes
Dinâmica Metais
p: piano Cor: Trompas
pp: pianíssimo Tpt: Trompetes
mf: meio-forte Tbn: Trombones
f: forte Percussão
ff: fortíssimo Tmp: Tímpanos
Cordas
Tonalidades Vl1-2: Violinos 1 e 2
Am: Lá menor Vl1: Violinos 1
Fm: Fá menor Vl2: Violinos 2
Em: Mi menor Vla: Violas
Ebm: Mi bemol menor Vc: Violoncelos
Ab: Lá bemol maior Cb: Contrabaixo
Eb: Mi bemol maior
48
Terceira Sinfonia
1 º Movimento
B Desenvolvimento
166 - 365
2º Movimento
Forma: Lied (ABA)
Tonalidade: Cm - Dó menor Abreviaturas do Movimento
Andamento: Adagio assai = 80 - Marcha fúnebre Termos Instrumentos
comp: compassos Madeiras
Cons: Consequente Fl: Flautas
CS: Contra-sujeito Ob: Oboés
Desenv: Desenvolvimento Cl: Clarinetas
dom: Dominante Fg: Fagotes
Ma: Motivo do Tema a Metais
Mb: Motivo do Tema b Cor: Trompas
Tpt: Trompetes
50
Terceira Sinfonia
2 º Movimento
B 69 - 172
A 1 - 67
• b em F como variante
de a: Vl1 e 2 80 - 83
Transição modulante 84 - 89
• a’, em C: 90 - 97
Ob, Cor x Ob, Fg1
a - Cm 1 - 16 - Culminação sobre tônica 98 - 100
A’
Ligação modulante 101 - 104
• Vl1 1-8
• Reprise - Ob1 9 - 16
transição 173 - 212
motivo a
b - Eb 17 - 26 b - Fugato de A
105 - 113
114 - 153
• Antecedente - Vl1 17 - 22
• Exposição Fm, f 114 - 134
a - Cm 173 - 180
• Consequente - Vc, Vl1 22 - 26
- Vl2 114 - 116 • Ob1-Cl1, p
27 - Vl1 dom. (Ob1 e Fg1) 117 - 120 - sem reprise e sobre dom.
-
a’ - Fm 31 - 36 30
CS: Vl2
- Vla, Vc (tônica) 121 - 125
• Vl1 CS: Vl1
- Vc-Cb (dominante) 126 - 129
b - Eb 181 - 190
67 1 104 40 10 25
51
Terceira Sinfonia
3º Movimento
Forma: Ternária composta ABA - Scherzo
Tonalidade: Eb - Mi bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Allegro vivace . = 116 Termos D: Ré maior
Alla breve = 116 Ant: Antecedente G: Sol maior
Cons: Consequente C: Dó maior
cponto: contraponto
dom: dominante Instrumentos
harm: Harmônica Madeiras
Introd: Introdução Fl: Flautas
Mad: Madeiras Ob: Oboés
mod: modulante Cl: Clarinetas
TP: Tom Principal Fg: Fagotes
s/: sem Metais
Notas
Cor: Trompas
Dinâmica Tpt: Trompetes
p: piano Tbn: Trombones
Forma ABA’ em reexposição quase literal de A, à exceção da pp: pianíssimo Percussão
introdução, do alla breve e do final da Coda. Tmp: Tímpanos
f: forte
ff: fortíssimo Cordas
Vl1-2: Violinos 1 e 2
52
Terceira Sinfonia
3 º Movimento
a - Eb, p
• Introdução: Eb
1 - 48
a - Eb, p 259 - 306
1-6
• Introdução: Eb 259 - 264
• Tema a, Bb: Ob1-Vl1 7 - 14
• Reprise da Introdução e • Tema a, Bb: Ob1-Vl1 265 - 272
• Reprise da Introdução 273 - 286
Tema a, variados em Bb 15 - 28
B
e tema a, variados em Bb
- Ligação mod. para F 29 - 40 Trio - Ligação mod. para F 287 - 298
• Tema a, F: Fl1 e Vl1 41 - 48
(forma a-b-a’) 167 - 254 • Tema a, F: Fl1 e Vl1 299 - 306
166 88 4 164 20
53
Terceira Sinfonia
4º Movimento
Forma: Tema com variações
Tonalidade: Eb - Mi bemol maior
Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Allegro molto . = 76 Termos Instrumentos
comp: compasso Madeiras
Poco andante = 108
dom: dominante Fl: Flautas
Presto = 116
mod: modulante Ob: Oboés
pizz: pizzicato Cl: Clarinetas
TaP: Tema Principal Fg: Fagotes
Metais
Dinâmica Cor: Trompas
p: piano Tpt: Trompetes
ff: fortíssimo Tbn: Trombones
Percussão
54
Terceira Sinfonia
4 º Movimento
55
Quarta Sinfonia
em si bemol maior, opus 60, 1806
S chumann considerou-a como “uma franzina donzela grega entre dois gigantes
nórdicos”. Esta sinfonia representa um momento importante de contração entre dois
A Quarta possui momentos de transcendência e profundidade, como é o caso
do Adagio do segundo movimento, sobre o qual Berlioz e outros escreveram suas
de grande expansão, como o foram a Eroica e a Quinta, e, mais tarde, a Oitava, impressões. Mas tais interpretações não cumprem outro papel que o de reduzir
entre a Sétima e a Nona. Cumpre dizer que, antes mesmo de começar a compô- obras de arte a especulações de fundo subjetivo e, por isso mesmo, sem qualquer
la, Beethoven já havia concluído os dois primeiros movimentos da Quinta. A razão valor exegético e objetivo. Assim, citamos Schumann, Sir Grove e Berlioz por mera
desta súbita parada deve-se à encomenda de uma nova sinfonia feita pelo Conde ilustração histórica.
Franz von Oppersdorf, um refinado músico amador que mantinha uma orquestra
privada e que, em homenagem a Beethoven, promoveu uma récita da sua Segunda Período de criação: 1806
Sinfonia com seu conjunto. Porém, existem especulações sobre a inspiração da
obra, que encontraria possíveis explicações na igualmente nova fase sentimental Orquestração: esta sinfonia possui a menor orquestração entre as nove
que o compositor inaugurava em sua vida. de Beethoven, formada por um conjunto básico haydn-mozartiano, com a diferença
Segundo Sir George Grove, o famoso autor de Beethoven e suas nove de contar com apenas uma flauta – 1 flauta, 2 oboés, 2 clarinetas, 2 fagotes, 2
sinfonias, a inspiração que lhe dá nascimento foi muito provavelmente oriunda do trompas, 2 trompetes, tímpanos, orquestra de cordas.
noivado contraído em maio de 1806 com a Condessa Thérèse von Brunswick:
“Em maio do ano em que Beethoven estava ocupado com esta sinfonia Primeira audição: 7 de março de 1807, no palácio do Príncipe Lobkowitz,
(1806), ele ficou noivo da Condessa Thérèse, irmã do seu íntimo amigo Franz von em Viena, sob a regência de Beethoven. Mais tarde foi dedicada ao Conde Franz
Brunswick; e as três famosas e incoerentes cartas de amor que foram encontradas von Oppersdorff, um de seus grandes admiradores.
em sua secretária, após sua morte, e que se supõe terem sido dirigidas à
Condessa Giulietta Guicciardi, foram realmente escritas àquela dama (Thérèse Demais obras trabalhadas nesse período: Sonata Appassionata
von Brunswick). O fato é que a música era a linguagem natural de Beethoven; e para Piano, Concerto para Piano e Orquestra n. 4, em sol maior (opus 58,
conquanto gaguejasse ao falar, em suas mais ardentes notas (musicais) não há começado em 1805), Concerto para Violino e Orquestra em ré maior (opus 61), os
nenhuma incoerência. Embora fossem frequentes os seus casos de amor, nenhum três Quartetos de Cordas dedicados ao Príncipe Rasumowski (opus 59), revisão
deles jamais foi duradouro, nunca chegando ao noivado. Ao compor a sinfonia, seu da segunda versão da ópera Leonore, Abertura Leonore III, as 32 Variações para
coração deveria estar palpitando com esta nova felicidade.” Piano em dó menor, etc.
56
Representação estrutural dos movimentos
a B A’
Introdução A
Parte I
Introdução
a A’
Parte II Introdução
Intermédio
a
Intermédio
a
Parte III
Entretemas Entretemas
b Parte IV b B
Desenvolvimento
Introdução Terminal Parte I
Parte I b b
Parte V
Parte II Parte II
Divertimento Divertimento CODA
Parte III
Coda Coda
Parte VI Parte III
Parte IV
Coda Coda
Parte III
Parte II
Parte IV
TaP na Dominante
Desenvolvimento
A’ b
Parte V
Parte III b
TaP na Tônica
Reexposição
Final Coda
Coda Parte IV
Coda Coda
Coda
57
Quarta Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: Bb - Si bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Adagio = 66 Termos Gm: Sol menor
Allegro Vivace = 80 culm: culminação
dom: dominante Instrumentos
Ma: Motivo do Tema a Madeiras
Ma²: Segunda célula do Ma Fl: Flauta
Mi TaP: Motivo da Introdução do Ob: Oboés
Tema Principal Cl: Clarinetas
MS: Motivo Sincopado Fg: Fagotes
progr: progressão Metais
t Cor: Trompas
Tpt: Trompetes
Dinâmica
Notas
Percussão
p: piano Tmp: Tímpanos
pp: pianíssimo Cordas
* A# (Lá sustenido maior): Enarmônico do Tom Principal, Bb. f: forte Vl1-2: Violinos 1 e 2
Vl1: Violinos 1
Obs: Interessante notar que, mesmo sendo Si bemol maior o
Tonalidades Vl2: Violinos 2
Tom Principal deste movimento e da obra, as três primeiras
frases da Introdução foram construídos sobre Si bemol menor, Bm: Si menor Vla: Violas
com surpreendente modulação para Si menor na quarta frase Bb: Si bemol maior Vc: Violoncelos
(compassos 18 a 24). Bbm: Si bemol menor Cb: Contrabaixo
C: Dó maior
Dm: Ré menor
F: Fá maior
D: Ré maior
Fm: Fá menor A#: Lá sustenido maior*
(ver Notas)
58
Quarta Sinfonia
1 º Movimento
A Exposição
36 - 184
Introdução: dom. Bb
A’ Reexposição
333 - 460
B Desenvolvimento
36 - 42
a - Bb 43 - 64
187 - 312 Introdução em Ma
• Vl1, Ob, Cl, Fg 43 - 50
Tutti em Ma, Bb, ff 333 - 336
• Reprise em tutti
- Introdução 51 - 52
Parte I: em F 187- 202 a - Bb 337 - 350
- Tema 53 - 60
• Ma nos Vl1, Cordas • Vl1-2 (Fl)-Cl-Fg, ff 337 - 340
- Ma²: Mad. (menos Fg2) e Vl1 57 - 59 • Ob1 (Fg1), p 341 - 345.1
Cadência como Ligação
61 • Ma² 345 - 350
2º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: Eb - Mi bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Adagio = 84 Termos Instrumentos
dom: dominante Madeiras
Fl: Flauta Fl: Flauta
Ma: Motivo do Tema a Ob: Oboés
MI: Motivo rítmico da Introdução Cl: Clarinetas
mod: modulante Fg: Fagotes
TP: Tom Principal Metais
Cor: Trompas
Dinâmica Tpt: Trompetes
p: piano Percussão
ff: fortíssimo Tmp: Tímpanos
Cordas
60
Quarta Sinfonia
2 º Movimento
A Exposição
1 - 40
Introdução, em p
motivo rítmico nos Vl2
1
A’ Reexposição
64 - 95
a - Eb 2 - 16
Entretemas 17 - 25
Entretemas 72 - 80
• Introdução e motivo (Vl1)
B
17 - 18 • Introdução e motivo (Vl1)
• Variante 1 19 - 20 Desenvolvimento • Variante 1: Vl1
72 - 73
74 - 75
- Fl - Vl1 modulante para Cm 41 - 58 • Variante 2: Ob1 - Cl1 76 - 78
• Variante 2 21 - 23
• Culminação como ligação
- Fl - Ob1 mod. para Bb 79 - 80
• Culminação como ligação
24 - 25 Parte I CODA
• Introdução 41 b - Eb 81 - 88
96 - 104
b - Bb 26 - 33
• Tema a, Eb, variado
- Antecedente 42 - 45.2 • Cl1, Acompanhamento Cordas
• Cl1, Acompanhamento Cordas - Consequente 45.3 - 48 - Antecedente 81 - 83 Citações
- Antecedente 26 - 28 - Consequente 83.3 - 88
- Consequente Ligação 49 1) Ma, Fl - Cl1 96 - 97
28.3 - 33
(reprise do comp. 9) - Cadência dominante-tônica
Coda 89 - 95 como passagem
Coda 34 - 40 Parte II 50 - 53
- Arpejo ascendente 98 - 100.2
• Frase 1, Fg 34 - 35 • Seção em tutti com blocos de • Frase 1, Cor 89 - 90
no TP na cabeça dos tempos
• Frase 2: reprise variado acordes em sforzandi • Frase 2 91 - 92
- Ebm, ff - Cadência dominante-tônica
Fl, Ob, Cl 36 - 37 - Reprise variada nas Madeiras 100.2 - 101
• Tensão / Clímax / Distensão • Afirmação de TP 93 - 95
Parte III 54 - 58 - Arpejo descendente na
sobre MI • Divertimento em p 2) Codeta: MI, Tímpanos 102
- Bb como dom. de Eb 38 - 40 MI + Ma cabeça das oitinas
- Vl1-2 em Gb 59 - 63 - Cadência perfeita 103 - 104
40 18 5 32 9
61
Quarta Sinfonia
3º Movimento
Forma: Scherzo ABABA’
Tonalidade: Bb - Si bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Scherzo: Menuetto - Allegro Vivace . = 100 Termos Instrumentos
Trio: Un poco meno allegro . = 88 dom: dominante Madeiras
Fl: Flauta Fl: Flauta
TaP: Tema Principal Ob: Oboés
TP: Tom Principal Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Tonalidades Metais
Bb: Si bemol maior Cor: Trompas
F: Fá maior Tpt: Trompetes
Db: Ré bemol maior Percussão
Eb: Mi bemol maior Tmp: Tímpanos
Notas
Cordas
Vl1-2: Violinos 1 e 2
Vl1: Violinos 1
*: Repetição integral de A e B. Vl2: Violinos 2
Vla: Violas
P: Ponte tanto para o retorno quanto para o final.
Vc: Violoncelos
Cb: Contrabaixo
62
Quarta Sinfonia
3 º Movimento
A Scherzo
1 - 90 B Trio
91 - 179
A’
35(34.2) - 52
de Ebm para F (dom. TP) Ponte Scherzo
- Ligação: 51-52 130 184 - 224
-
TaP - Tônica 141 - 162 140
90 89 * 4 41
63
Quarta Sinfonia
4º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: Bb - Si bemol menor
Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro ma non troppo .= 80 Termos E: Mi maior
comp: compassos Ebm: Mi bemol menor
dom: dominante
Fl: Flauta Instrumentos
Mad: Madeiras Madeiras
sf: sforzatto Fl: Flauta
TaP: Tema Principal Ob: Oboés
TP: Tom Principal Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Dinâmica Metais
f: forte Percussão
64
Quarta Sinfonia
4 º Movimento
A Exposição
1 - 99
A’ Reexposição
189 - 277
a (a¹ + a²) - Bb 1 - 24 Desenvolvimento
• a¹ - caráter de introdução 1-4 Terminal
278 - 355
B Desenvolvimento a - Bb
Passagem pp: Cordas 5 - 11
189 - 192
• a²
Frase 1: Vl1 12 - 14
104 - 180
• a¹: Vl1-2 e Vlas
Frase 2 (variação Frase 1) 15 - 18
obs: passagem e a² não aparecem
Parte I 278 - 289
nas madeiras, sem Ob • Variação da Codeta de A, com Ma¹
- Ligação 19 - 20 nos Vl1 em período modulante
Passagem em tutti 21 - 24 Parte I 104 - 119 - Bb - Cm - Db - Ebm, p crescendo
• Variação da Codeta de A, com Ma¹ Entretemas 193 - 214
nos Vl1 em período modulante Parte II 290 -293
Entretemas 25 - 36 - (Ab - Bb - Cm - Dm e • Apresentação em jogo de imitações
Vl1 (193-196), • Variante do Consequente de b
B como dominante E)
• Vl1-2 25 - 28 Vl2 - Vla (197-200) (ver compassos 66-69 e 74-77)
- Final: si uníssono 118 - 119
• Reprise variada 29 - 32 Vl1 (201-204) - Ligação 294 - 297
• Cadência modulante 33 - 36 • Transição modulante
p/ dominante (F) Parte II 120 - 130 Parte III 298 - 301
- Eb, em pp 205 - 208
• Ma² variado • Bb, citação de a¹ em pp
- F (7ª dom. Bb), em f-ff 209
- Frase 1: Vc-Cb x Vl1 120 - 123
Parte IV
b -F 37 - 88
em cânon
- Frase 2: Fl-Cl1-Fg1 124 - 126
b -F
205
-
215 - 265 214 • Bb, reprise variado da citação
• Tema b - Ligação 127 - 130 de a¹ em tutti 302 - 305
- Antecedente: Ob 37 - 40 • Tema b - 3 blocos de 2 comp. em ostinato
215 - 218
- Consequente: Fl 41 - 44 Parte III 131 - 148 - Antecedente: Cl1 305 - 310
C (dom.) • Progressão simétrica em 3 blocos - Consequente: Ob1 219 - 222 - Ligação 311
de 6 comp. sendo 2 em f e 4 em p F (dominante) Parte V
• Reprise variada 312 - 318
• Reprise variada
- Antecedente: Vc - Cb 45 - 48 - Gm,f - Cm,sf + Quadratura 131 - 136 - Antecedente: 223 - 226 • Culminação com clímax do Desenv.
- Consequente: Vl1-2 49 - 52.1 - Bb, f - Eb, sf + Quadratura 137 - 142 Vc - Cb, Bb Terminal, sobre a dom. (9ª)
• Expansão - Dm, f - Gm, sf + Quadratura 143 - 148 - Consequente: 227 - 230.1 em suspensão harmônica
- Parte 1 52 - 63 Vl1 e 2, F
jogo de Madeiras / Cordas Parte IV 149 - 160 • Expansão Coda 319 - 355
- Parte 2.1: tutti Fm, ff 64 - 69 - Parte 1 Bb 230 - 241
• Divertimento modulante
jogo de Madeiras - Cordas 1) Ma² 319 - 326
- Parte 2.2: Vl1, p 70 - 73 como variação da Parte I • Frase 1 320 - 323
(C7 dominante F) - Parte 2.1: tutti Bb, ff 242 - 247
- Parte 2.2: Vl1, p 248 - 251 • Frase 2: variação da 1 324 - 326
• Reprise variada de 2.1 e 2.2 • Culminação como clímax do 2) Motivo novo nas Cl e Fg,
(F7 dominante)
74 - 88.1 Desenvolvimento com pedal na dom. • Reprise variada de 2.1 e 2.2 reprisado na Fl e Ob c/ Cl 327 - 334
- Introdução 161 - 164 252 - 265 3) Progressão e clímax modulante
Coda 88 - 99
- Dupla Quadratura 165 - 172
1ª) 7ª diminuta (Vl1-2 + Vla) 165 - 168
para dom. de F (335-342) e
resolução em F (343-344)
• Cânon nas Cordas 88 - 95 sobre dom. sincopada (Vc - Cb)
2ª) Afirmação da dominante 169 - 172
Coda 266 - 277
- Vl1 x Vl2-Vla-Vc 4) 345 - 355
• Cânon 266 - 273
• Codeta 96 - 99 • Citação do início de a¹ aumentado
• Reprise da dupla Quadratura 173 - 180 - Vl1 x Vl2 - Vla (sem Vc)
• Casa 1 e pontuado por fermatas 345 - 349
- 4 comp. modulantes para TP • Codeta 274 - 277 • Final de a¹, com cadência
Casa 2 181 - 188
dominante-tônica no TP 350 - 355
100 - 103
99 4 77 8 89 78
65
Quinta Sinfonia
em dó menor, opus 67 (1804)1806-1808
66
Representação estrutural dos movimentos
Desenvolvimento
Terminal
A A’
B ig1
A’’
Parte I Parte I
3a variação
Ig1
a a
Parte II Parte II
Reapresentação
Parte III
Parte III A A’ integral
Parte IV
b
b Parte IV
Ig1 Ig1
CODA
4a variação
Parte V
Coda Ig2
Coda Coda Ig2 Ig2
Parte I Parte I
A A A’
Parte II
a
Parte III a
Parte II
Parte IV
A’
B Entretemas
Parte V
Entretemas
Exposição
Coda
Exposição Parte III
Exposição
b Digressão
b
Desenvolvimento
Coda
Coda Coda Ponte Final
Final
Coda
67
Quinta Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: Cm - Dó menor Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro con brio = 108 Termos Instrumentos
decresc.: decrescendo Madeiras
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
MP: Motivo Principal Ob: Oboés
TaP: Tema Principal Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Dinâmica Metais
p: piano Cor: Trompas
f: forte Tpt: Trompetes
ff: fortíssimo Percussão
Tmp: Tímpanos
Tonalidades Cordas
68
Quinta Sinfonia
1 º Movimento
Desenvolvimento
Terminal
A Exposição A’ Reexposição
248 - 373
374 - 502
1 - 124 B Desenvolvimento
125 - 239
a - Cm 248 - 302
Parte I 374 - 397
Introdução 125 - 128 • Introdução 248 - 252 • Progressão em acordes
a - Cm 1 - 58 - sobre MP nas Cl, Cor e Cordas - MP em tutti, ff (sobre célula rítmica do MP)
• Tema a, p 253 - 302
• Introdução: com motivo 1-5 Parte I 129 - 157 - Períodos
principal (MP) em 4 notas • Ma Modulante 1) Vl1-2, em p 253 - 268.1
- Cl e cordas em ff • Fm: 129; Cm: 146; Gm: 154 - Ligação: cadência em
• Tema a, p 6 - 58 adagio no Ob1 em p Parte II 398 - 422
268
- Períodos • Citação variada da Introdução
2) Crescendo orquestral
1) Vl1 e 2 e Vla, em p 6 - 21 Parte II 158 - 167 269 - 288.1 ao Tema b
- Ligação: sobre MP em ff • Jogo de imitações rítmicas
22 - 24 3) Culminação 288 - 302
sobre MP (ver 34-37)
2) Crescendo orquestral 25 - 43 - Cor x Cb * os compassos 253 e 269 têm
3) Culminação f - ff 44 - 58 - Vl1 e 2 x Fl1-Cl1-Fg1 sentido anacrústico ao período
*os compassos 6 e 25 têm
Parte III 423 - 439
• Marcha afirmando TP (Cm)
sentido anacrústico ao período
Parte III 168 - 179.1
• Modulação para dominante de G b-C 303 - 361
b - Eb 59 - 109
Parte IV
• Introdução: 303 - 306
179 - 195.1 sobre MP nas Cordas Parte IV, Cm 440 - 477
• Introdução: 59 - 62 • Citação da introdução ao Tema b • Tema b 307 - 345 • Diálogo sopros x cordas
sobre MP nas Cor (ver 59-62) - Períodos sobre MP Vc-Cb 440 - 469.1
• Tema b 63 - 109 -G 179 - 187.1 1) Frase 1: Vl1-Fl1 307 - 322 - Ligação 469 - 477
- Períodos: -C 187 - 195.1 Frase 2: idem 323 - 330
sobre MP em 4 notas 2) Crescendo orquestral
331 - 345
1) Frase 1: Vl1, Cl1, Fl1 63 - 74
Frase 2: Vl1 75 - 82 Parte V 195 - 239 3) Culminação em ff 346 - 361
2) Crescendo orquestral 83 - 93 • Transição sobre motivo da
3) Culminação em ff 94 - 109 Introdução ao Tema b
Debate Sopros x Cordas,
decrescendo e reduzindo a 1 comp.
Coda 478 - 502
1) Para dominante G 195 - 227 Coda - C 362 - 373
• Introdução
Coda - Eb 110 - 124
Sobre MP
478 - 482
• Coda sobre MP 110 - 118 - Ligação (como 59-62) 228 - 232 • Coda 362 - 370 • Conclusão (TaP) 483 - 502
• Codeta 119 - 124 • Codeta 371 - 373
2) Para dominante C 233 - 239
240 - 248.1
2º Movimento
Forma: Tema e Variações
Tonalidade: Ab - Lá bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Andante con moto = 92 Termos Instrumentos
Ig: Ideia Geminada Madeiras
Fl: Flautas
Dinâmica Ob: Oboés
p: piano Cl: Clarinetas
pp: pianíssimo Fg: Fagotes
ff: fortíssimo Metais
Cor: Trompas
C: Dó maior Percussão
70
Quinta Sinfonia
2 º Movimento
ig1 Variações
167 - 228
A’’ 2ª Variação
99 - 157
3ª Variação, Abm
167 - 175
Ig1 - Ab 99 - 123
• Fl1/Cl1/Fg1 166.3 - 176.1
• Antecedente staccato em p
- Vla-Vc (98.3) 99 - 105
- Vl1 106 (105.1) - 113 (114.1)
176
- Vc-Cb 114 - 123 Reapresentação -
integral, Abm 185 - 204 184
Frases
124 1) Antecedente 185 - 195.1
A Exposição Variação
• Tutti em canôn:
- Vl1 e 2 x Fl-Cl-Fg
das ideias geminadas (ig) 1 e 2
1 - 38
A’ do Antecedente
50 - 87
- Introdução: Cordas em pp
(124-127)
T
r 2) Consequente
• Madeiras
194.3 - 199.1
a
- Cl e Fg sobre motivo Ig1 n
3) Variante do Consequente
(127.3-131) s
• Cordas 199.2 - 204
Ig1 - Ab 1 - 22 Ig1 - Ab 50 - 71 i
ç
- Madeiras sem Fg
Frases Frases
(131.3-147) ã
1) Antecedente 1 - 10 1) Antecedente 50 (49.3) - 59.1 o
- Vla-Vc - Vla, Vc 4ª Variação, Ab 205 - 228
2) Consequente
- Madeiras
10.3 - 15.1 - Eco nas Madeiras
2) Consequente
59 - 60
60.3 - 64.1 Frases
Coda Ab
3) Variante do Consequente - Madeiras 1) Antecedente 205 (204.3) - 217 229 - 247
- Cordas 15.2 - 22.2 3) Variante do Consequente 157 • Più moto = 116, com
- Cordas 64.2 - 71 material da transição (ver 128)
Ig2 - C 148 - 157 • Ig1 229 - 233
Ig2 - Ab 23 - 38 Ig2 - Ab 72 - 87
2) Consequente
• Madeiras
218 - 223.1 Célula motívica do Antecedente
Cl1 e Fg1 sobre acordes nas
Frases Frases • Tutti em C Cordas
1) Cl1-Fg1, p 23 (22.3) - 31 1) Cl1-Fg1, p 72 (71.3) - 80 148(147.3) - 157 (158.1) 3) Variante do 223.2 - 228 • Divertimento 233(232.3) - 242
2) Reprise em C, ff 32 (31.3) - 38 2) Reprise em C, ff 81(80.3) - 87 Consequente nas cordas • Final: 242.3 - 247
39 - 49 88 - 98 158 - 166 sobre motivo Ig1
(87.3-98.1) (157.3)
38 11 38 11 59 9 62 19
71
Quinta Sinfonia
3º Movimento
Forma: Ternária simples (ABA)
Tonalidade: Cm - Dó menor Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro .= 96 Termos Instrumentos
(ABABA’ com repetição) dom: dominante Madeiras
Mb: Motivo do Tema b Fl: Flautas
pizz: pizzicato Ob: Oboés
s/: sem Cl: Clarinetas
TaP: Tema Principal Fg: Fagotes
Metais
f: forte Percussão
72
Quinta Sinfonia
3 º Movimento
A Sherzo, Cm
1 - 140
Exposição 1 - 96
A’ Sherzo, Cm
236 - 373
• Tema a, Cm, Vc-Cb, pp 1 - 18
- Frase 1: cordas
- Frase 2: idem, apoio Madeiras s/ Ob
1-8
9 - 18
B Trio, C
141 - 223 Exposição 236 - 280
• Tema b, Cor, ff (4 notas!) 19 - 44
- Frase 1, Cm, Cor 19 - 26 • Reprise dos temas a e b
- Frase 2, Eb, Madeiras, Vls1 e 2, Vla (em pp), citados uma só vez cada e
apresentando uma única modulação
27 - 44 Exposição, f (Fm, 264)
Reprise Variado de a e b tônica para dominante 141 - 160
* 50
140 83 12 88
* Repetição ad libitum
73
Quinta Sinfonia
4º Movimento
Forma: Sonata (com seção extra construída com Tema b do Scherzo)
Tonalidade: C - Dó maior
Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Allegro = 84 Termos Instrumentos
dom: dominante Madeiras
Tempo I (Scherzo) . = 96
Mb: Motivo do Tema b Picc: Piccolo
Presto = 112
MCF: Motivo com caráter Fl: Flautas
finalizante Ob: Oboés
MMP: Motivo modulante Cl: Clarinetas
progressivo Fg: Fagotes
mod: modulante Cfg: Contrafagote
MP: Motivo Principal Metais
TP: Tom Principal Cor: Trompas
Tpt: Trompetes
Notas
Dinâmica Tbn: Trombones
p: piano Percussão
Tmp: Tímpanos
MCF: Este motivo, como os motivos dos temas a e b do Cordas
Primeiro Movimento, do tema b do Terceiro Movimento e
Tonalidades
Vl1-2: Violinos 1 e 2
do MMP deste Quarto Movimento, é construído igualmente C: Dó maior
Vl1: Violinos 1
sobre quatro notas. G: Sol maior
Vl2: Violinos 2
D: Ré maior
*: Seção caracterizada pelo incessante contraponto do motivo do Vla: Violas
A: Lá maior
Tema b com novo motivo, modulante e progressivo, que Vc: Violoncelos
Am: Lá menor
abreviamos como MMP. Cb: Contrabaixo
Bb: Si bemol maior
Bbm: Si bemol menor
Eb: Mi bemol maior
F: Fá maior
Dbm: Ré bemol menor
74
Quinta Sinfonia
4 º Movimento
B Desenvolvimento*
90 - 152
Desenvolvimento
Terminal
294 - 444
Parte I, 90 - 98
Movimentação de Mb contra MMP
• Vla-Vc, A (92-93) e Am (94-95) Parte I 294 - 317
A
• Mb em contraponto com MMP
Exposição Vl1 e 2-Vla, F (96-98)
sobre pedal em G 294 - 302
1 - 84 Parte II 99 - 106
• Divertimento sobre Mb
84 54 82 5 151
75
Sexta Sinfonia
em fá maior, opus 68, Pastoral (1803)1807-1808
P oucos dias antes da sua estreia, o título que apareceu no jornal foi:
“Lembrança da vida no campo”, enquanto o nome “Pastoral” surgiu, inicialmente,
tornar-me discípulo dessa escola e oferecer a Deus meu coração. Ansioso de conhecimentos,
eu correria em busca dessa sabedoria, cuja existência nenhuma desilusão é capaz de pôr
numa parte de violino usada nessa estreia, hoje guardada pela Gesellschaft der em dúvida; eu obteria um conhecimento de Deus e, por meio desse conhecimento, um
Musikfreunde Wien. gozo antecipado de felicidade celestial.”
No período de sua composição, tendo aceitado a sua surdez progressiva como Com a Pastoral, Beethoven ofereceu um tributo à Natureza, à paz e à alegria.
um fato, Beethoven anotou em seu caderno de rascunho as seguintes palavras: “O Para isso, a orquestração de porte camerístico foi decisiva, à exceção do quarto
que eu ouço com os olhos, vocês verão com os ouvidos”. Com isto, deixava claro movimento, quando a erupção da tempestade impõe o uso de um tutti reforçado
que o seu intuito era o de recriar, musicalmente, as impressões de seu próprio por piccolo, trompetes, trombones e tímpanos. Mas, passada a mesma, estes se
contato com a Natureza que tanto amava e da qual dependia. No entanto, à época retiram: antes os trompetes haviam tocado poucas notas no terceiro movimento e,
em que estava negociando sua publicação com os editores da Breitkopf & Härtel, depois, só os trombones voltam no final do quinto movimento, tocando por apenas
temeroso de reduzirem a obra a quadros descritivos e programáticos, anotou o três compassos.
seguinte esboço para título e subtítulo da mesma:
“Sinfonia Pastoral, na qual são expressas não pinturas musicais, mas sentimentos Período de criação: 1807 a 1808 (os primeiros esboços em 1803)
despertados pela alegria que se sente no campo; nesta obra são retratadas algumas
impressões da vida no campo”. Orquestração: Seguindo o enriquecimento orquestral promovido
Todavia, esta sua única sinfonia em cinco movimentos acabou sendo entendida na Quinta Sinfonia, a Pastoral baseia-se no conjunto haydn-mozartiano,
como música de programa, pelos subtítulos que Beethoven deu aos movimentos: complementado por flautim e trombones – 1 flautim (piccolo), 2 flautas, 2 oboés,
“Despertar de alegres sentimentos na chegada ao campo”;
2 clarinetas, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 2 trombones, tímpanos, orquestra
“Cena no riacho”;
de cordas.
“Alegre reunião de camponeses”;
“Trovoada, tempestade”;
“Canto dos pastores. Sentimentos de alegria e gratidão depois da tempestade”.
Primeira audição: Viena, 22 de dezembro de 1808, Theater an der
Wien, sob a regência de Ignaz Xaver Seyfried (Viena, 1776-1841), aluno e amigo
Para melhor ilustrar a relação de Beethoven com a Natureza, citamos a cópia
de Mozart e Beethoven, de quem fez a première de Fidelio em Viena, em 1805.
que ele fez de uma passagem de seu querido livro Lehr und Erbauungs Buch, de
Sturm:
“Poder-se-ia, com muita propriedade, denominar a Natureza de escola do coração; Demais obras trabalhadas nesse período: ver comentários
ela claramente nos mostra nossos deveres para com Deus e o próximo. Por isso, desejo sobre a Quinta Sinfonia.
76
1º Movimento Forma: Sonata
A B A’
dos movimentos
a a Parte I
Parte II
Parte II
Parte II Parte I
b
b Parte III
CODA Parte II
Parte II
Parte IV
Breve Breve
Divertimento Divertimento Codeta
Coda Coda
Parte VII a B a
Parte I
Parte IV Parte I
Intermédio
Intermédio
Parte II
Coda
b b
Parte II Parte V Coda Parte III
Coda Coda
77
Sexta Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: F - Fá maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro ma non troppo = 66 Termos Instrumentos
Ma: Motivo do Tema a Madeiras
Fl: Flautas
Dinâmica Ob: Oboés
f: forte Cl: Clarinetas
p: piano Fg: Fagotes
Metais
F: Fá maior Cordas
Notas
D: Ré maior Vl2: Violinos 2
78
Sexta Sinfonia
1 º Movimento
“Despertar de alegres sentimentos na chegada ao campo”
A Exposição
1 - 138
B Desenvolvimento*
139 - 274
A’ Reexposição
279 - 417
a-F 1 - 52
* Construído sobre Ma
a-F 279 - 327
Parte I 139 - 150
• Antecedente, Vl1 1-4 • Ma Modulante para Bb: Vl1 (139) e • Antecedente, Vl2-Vla 279 - 282
Cl1(147, sobre pedal dom. na Cor) - Trinado:
- Ligação 5-8
Variação da fermata original
• Consequente, Vl1 9 - 15
• Pedal na dominante (cordas
Parte II
3 blocos de 3 quadraturas cada
151 - 186
• Consequente
- Ligação 283 - 288
289 - 299
Desenvolvimento
e trompas) contra material
temático, Vl1 16 - 24
sobre 2ª célula rítmica Ma - Vla-Vc (em movimento Terminal
- Ligação 25 - 28
• Bloco 1, pedal em Bb 151 - 162 contrário) 289 - 292 418 - 512
- Vl1 (151-154), - Cl1-Fg1 293 - 296
• Reprise Antecedente 29 - 52
- Fl1 e Vl2 (155-158), Vl1 (159-162) - Vl2-Vla 297 - 299
- Madeiras: 29 - 37.1
• Bloco 2, pedal em D 163 - 174 • Pedal na dominante 300 - 311
Ob1, Cl-Fg
- Ob1-Vl2 (163-166) - Vla 300 - 307
Parte I 418 - 427
-Tutti 37 - 52
- Vl1 (167-170), Fl-Vl2 (171-174) - Cor 308 - 311
Ponte modulante para dominante
• Bloco 3, pedal em D 175 - 186 • Reprise Antecedente 312 - 327 • Caráter de ponte Ma
com material temático variado (Vl1)
- Clímax e distensão - Tutti em ff, sobre pedal da tônica sobre dominante Bb
contra tercinas (Cl-Fg-Cor)
- Vc-Cb (175-178), - Cl1 em p 418 - 421
53
cordas alternadas (179-182)
Ponte com material temático - Vl1 em f 422 - 427
b-C 67 - 92
-
66 - Vl1 e 2 (183-186)
variado (Vl1) contra tercinas
(Cl, Fg, Cor, Vla)
Parte II 428 - 467
Ponte 187 - 196
• Contraponto em tercinas
• Tema (Vc) e contratema (Vl1) - Jogo Fg1 x Vl1 187 - 190 328
Cordas x Sopros
em contraponto imitativo - Antecedente Ma, em G 191 - 196
b-F 346 - 371
-
345 1) Pedal em Bb, cordas x 428 - 435
motivos melódicos (Cl-Fg)
- Vc x Vl1, Vl2 (71) 67 - 74 Parte III, variação da Parte II 197 - 242 • Tema (Vc) e contratema (Vl1) - Ligação modulante 436 - 439
- Vl1 x Vc, Fl1 x Cb (79) 75 - 82 • Bloco 1, pedal em G: em contraponto imitativo 2) Pedal em F, Cor-Vc-Cb
- Vc x Cb x Cl,Fg,Fl-Cor1, Ob (87) - Vl1 (197-200) 197 - 208 - Vc x Vl1, Vl2 (350) 346 - 353 x motivos melódicos 440 - 447
83 - 92 - Ob1-Vl2 (201-204), Vl1 (205-208) - Vl1 x Vc 354 - 361 3) Em F, Divertimento 448 - 467
• Bloco 2, pedal em E 209 - 220 - Cor1 x Cb 358 - 361 com clímax e distensão (458-467)
- Ob1-Vl2 (209-212), Vl1(213-216), - Vc-Cb x Ob1-Fg1 e 362 - 371
Vl2 (217-220) 1as Madeiras com Fg2 (366) Parte III 468 - 475
• Bloco 3, pedal em E 221 - 232 • Blocos em jogo f x p
Fechamento - C 93 - 138 - Clímax e distensão sobre 2ª célula rítmica Ma
- Vc-Cb (221-224), em 2 blocos de 4 compassos
• Diálogo com Cordas 93 - 115.1
em f (Antecedente) e Madeiras cordas alternadas (225-228) Fechamento - F
372 - 414.1
em p e tutti em crescendo - Vl1-2 (229-232) Parte IV, F 476 - 491
(Consequente) Ponte 233 - 242 • Diálogo com Cordas 372 - 389 • Epílogo com solo da Cl1
- Jogo Fg1 x Vl1 233 - 236 em f (Antecedente) e Madeiras acompanhado de Fg1
• Afirmação: - Antecedente Ma 237 - 242 em p, tutti crescendo (Consequente)
115 - 134
pedal na tônica • Afirmação: 390 - 401
- Fórmulas fixas 123 - 134 Parte IV, Consequente Ma 243 - 274 pedal na tônica (394-409)
Coda 492 - 512
em C com diminuendo • A: Fl-Fg (243-246), 243 - 254 - Fórmulas fixas 402 - 413
• TaP em F, Vl1 492 - 497
por redução orquestral Vla-Vc (247-254) em F com diminuendo - reminiscências Ma 498 - 505
• D: Vl1 (255-258), 255 - 260 por redução orquestral - Fl1 (498), Cl1-Fg1 (503)
• Codeta como ligação 135 - 138 Vl1 e 2 (259-260) • Codeta como ligação 414 - 417 • Tutti em coral 506 - 512
• G: (dominante C) 261 - 262
• C - F: tutti, ff 263 - 274 275 - 279.1
2º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: Bb - Si bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Andante molto mosso . = 50 Termos Instrumentos
m1, m2 e m3: motivos 1, 2 e 3 Madeiras
Obs.: Esta indicação de mosso não existe nem no autógrafo nem na primeira do Tema a Fl: Flautas
edição, onde se lê ‘molto moto’. A mudança provavelmente se deu pela
mod: modulante Ob: Oboés
correção, em alguma edição posterior, do latim ‘moto’ para o italiano ‘mosso’.
Cl: Clarinetas
Tonalidades Fg: Fagotes
Bb: Si bemol menor Metais
F: Fá maior Cor: Trompas
G: Sol maior Cordas
Eb: Mi bemol maior Vl1-2: Violinos 1 e 2
Gb: Sol bemol maior Vl1: Violinos 1
Notas
B: Si maior Vl2: Violinos 2
Vla: Violas
Vc: Violoncelos
* Subtítulo original: “Szene am Bach”. Cb: Contrabaixo
80
Sexta Sinfonia
2 º Movimento “Cena no riacho”
Exposição
A 1 - 53
a - Bb 1 - 26 A’ Reexposição
91 - 128
• Tema a com 3 motivos
- m1 (1.4-2.1), m2 (4.4-5.4) e
1-6
B Desenvolvimento
m3 (6-7.1) nos Vl1 sobre base
melódica Vl2 e Vc (2 soli)
54 - 90 a - Bb 91 - 96
53 37 38 11
81
Sexta Sinfonia
3º Movimento
Forma: Ternária (Scherzo Livre)
Tonalidade: F - Fá maior Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Allegro . = 108 Termos Instrumentos
In tempo d’Allegro = 132 dom: Dominante Madeiras
tôn: Tônica Fl: Flautas
TaS: Tema Secundário Ob: Oboés
TP: Tom Principal Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Dinâmica Metais
ff: fortíssimo Cor: Trompas
fp: forte-piano Tpt: Trompetes
Cordas
Notas
F: Fá maior Vl1: Violinos 1
82
Sexta Sinfonia
3 º Movimento
“Alegre encontro dos camponeses”
A Scherzo
1 - 164
• Exposição em 2 Frases 1 - 16
- Frase 1, F, staccato, Vl1-2 - Vla 1-8
- Frase 2, D, legato, Fl1, Vl1-2 - Vla
• Reprise, frases 1 e 2
• Passagem modulante,
9 - 16
17 - 32
33 - 52
A’ Scherzo
205 - 264
D-G-C sobre material temático
- Frase 1, D-G, staccato 33 - 40
- Frase 2, C, legato,
modulante para F
• Afirmação do TP (F), ff
41 - 52
53 - 74
B (ocupa o lugar do Trio)
165 - 204 • Exposição em 2 Frases 205 - 222
- Tutti sem Tpt
• Codeta 75 - 86 - Frase 1, F, staccato, Vl1-2 - Vla 205 - 212
- Frase 2, D, legato, Vl1-2 - Vla, (Cl1, Fg1)
Parte I, Antecedente - F 165 - 180
213 - 222
• Tema em 4 quadraturas
Parte II, Tema Secundário 87 - 164
- Antecedente, Vl1-2 165 - 168 • Cadência f-p 219 - 222
Reprise 169 - 172 (compassos 220 e 222 funcionam
*Estrutura e caráter de Trio, acrescido - Variação 173 - 176 como respirações)
do Fg2 com motivo tôn/dom/tôn arpejado Reprise 177 - 180
164 40 60
83
Sexta Sinfonia
4º Movimento
Forma: Poema Sinfônico
Tonalidade: Fm - Fá menor
Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro = 80 Termos Instrumentos
cresc.: crescendo Madeiras
dom: dominante Picc: Piccolo
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
Mb: Motivo do Tema b Ob: Oboés
mod: modulante Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Dinâmica Metais
pp: pianíssimo Cor: Trompas
ff: fortíssimo Tpt: Trompetes
Tbn: Trombones
Notas
Tonalidades Tb: Tuba
F: Fá maior Percussão
84
Sexta Sinfonia
4 º Movimento “Trovoada, tempestade”
Introdução, primeiros pingos de chuva Parte III, Desenvolvimento Central Parte VI, clímax
1 - 20 106 - 118
56 - 77
78 - 94
• Tutti em ff • Seção de 2 quadraturas e um tre batutte, 119 - 129
Vc- Cb de F (tônica) a C (dom.) 21 - 35 cada grupo em uma tonalidade:
• Seção de 3 quadraturas em ff, 78 - 89.1 F (119), G (123), Ab (127)
• Motivo do Relâmpago, F (33) 21 - 35.1 cada uma em um tom: - Desenho descendente Vc-Cb contra
Vl1, Tmp, Sopros - G (dom. C 78-81), Ab (82-85), Bb (86-89) ascendente das modulações (vide 78-88)
O desenho descendente nos baixos contrasta com o - Drástica redução orquestral
• Motivo da Catarata, como ligação (35.3-37.1) ascendente destas modulações (1ª entrada do piccolo: 82) com constante diminuendo
- Uníssono descendente em 3 blocos 35.3 - 41.1
• Ligação, motivo Catarata: 89.3 - 94 • Modulação para C 130 - 136
de 2 compassos cada (Fg e Cordas) uníssono descendente em 3 blocos • Pequenas erupções 137 - 143
Modulação C para Db (37.3-41.1) de 2 compassos cada (Cordas), Db com o motivo do “Relâmpago” (Vl1: 140)
20
17 25
Parte II, relâmpagos
41 - 55 Parte V, contração Coda
95 - 106 144 - 155
• Base de semicolcheias nos Vl2 e Vla (até 77) 41
- Db, Cordas (motivo “Relâmpago”: 43) 41 - 44 • Motivo cromático descendente 95 - 98
- Dominante de Cm (motivo “Relâmpago”: 47) 45 - 48 • C como dominante de F 144 - 146.2
sem definição tonal, Vl-Vc
- Sequência mod. do motivo “Relâmpago” (tonalidade da Sinfonia e do 5º movimento)
49 - 55 • Reprise 99 - 102
- 1 motivo por compasso (51-54) - Introdução em pp, atividade nos Cb
• Movimento contrário modulante 103 - 106.3
- 2 motivos por compasso (55) • Coral (solo Ob1: 146.3-155) 146.3 - 150.2
em crescendo orquestral
- Sequência de quartas • Reprise variada 150.3 - 154.1
52 - 55.1 - vozes agudas, desenho ascendente - Ligação: Fl1 154 - 155
F-Bb (52-53), G-C (54-55.1) - vozes graves, desenho descendente
15 12 12
85
Sexta Sinfonia
5º Movimento
Forma: Rondó-sonata
Tonalidade: F - Fá maior
Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegretto .= 60 Termos Instrumentos
Ma: Motivo do Tema a Madeiras
MIm: Motivo do Intermédio Fl: Flautas
Notas
Ob: Oboés
Dinâmica Cl: Clarinetas
p: piano Fg: Fagotes
Subtítulo original: “Hirtengesang – Frohe, dankbare Gefühle nach dem Sturm”. f: forte Metais
ff: fortíssimo Cor: Trompas
* Rondó-sonata: se para Igor Markevitch a forma deste movimento é a de uma “sonata com caráter
de balada, variações, para Vincent D’Indy e para Donald Tovey trata-se basicamente de um rondó. Sem Tpt: Trompetes
excluir a possibilidade de agrupamentos estruturais diversos, advindos de visões diferentes sobre um
Tonalidades Tbn: Trombones
mesmo objeto de análise, para nós trata-se de um rondó-sonata, considerando que:
C: Dó maior Tb: Tuba
1) para ouvi-lo como uma forma rondó, precisaremos entender a Introdução e a exposição do tema a F: Fá maior Cordas
como o refrão (a), assim como o Intermédio (na tônica) como uma primeira estrofe (b), cuja finalização Vl1-2: Violinos 1 e 2
Bb: Si bemol maior
seria o tema b na forma sonata, uma vez que este, malgrado aparecer na dominante, não tem a necessária
pregnância e personalidade para ser considerado um tema. A Coda da Exposição, ligada à Parte I do Dm: Ré menor Vl1: Violinos 1
Desenvolvimento, representaria a volta ao refrão ainda que sem a Introdução (portanto um a1) e a sua G: Sol maior Vl2: Violinos 2
Parte II, com o tema c, a apresentação de uma segunda estrofe (c). Entretanto, a partir daqui este desenho
Vla: Violas
já começaria a tornar-se bastante irregular, pois que teríamos uma Parte III representando um a2, a
Introdução e a reexposição do tema a como o refrão (a’1) e o Intermédio (na tônica) como um b1, seguido Vc: Violoncelos
por um a3 (Coda da reexposição) e mais dois refrães (variações a4 e a5), representados pelas Partes I e II Cb: Contrabaixo
do Desenvolvimento Terminal;
2) para ouvi-lo como uma forma sonata, teremos que admitir que o motivo finalizante do Intermédio,
exposto na dominante, aqui entendido como tema b, é de fato um tema. Da mesma maneira a seção B, com
um novo tema (c) e emoldurado por duas variações do tema a, deverá corresponder ao Desenvolvimento.
Porém, a favor da forma sonata, temos as seções de Exposição e Reexposição estruturadas de maneira
robusta, obedecendo ao modelo clássico do tema b apresentado na dominante na exposição e na tônica na
reexposição.
Assim, concluímos que a presença estrutural de elementos e eventos de ambas as formas nos oferece um
resultado híbrido, em cuja fusão, entretanto, predomina não a forma, mas o caráter de um rondó, razão
pela qual entendemos este movimento como um Rondó-sonata.
86
Sexta Sinfonia
5 º Movimento
“Canto dos Pastores – Sentimentos de alegria e gratidão após a tempestade”
Desenvolvimento
Terminal
A’ Reexposição
109 - 176
177 - 264
A Exposição
1 - 63
Introdução 109 - 116
Parte I 177 - 205
• Fl e Ob, em C 109 - 112 • Tema a em F (tônica)
• Cl1 e Cor1 113 - 116
Introdução 1-8
(superposição C-F)
modulante para C (dominante)
- Fg-Vc 177 - 182
• Cl1, em C 1-4 - Vl2 (183-186), 183 - 189
• Cor1 (superposição C-F) 5-8
a-F 117 - 139 Vl1 (187-189)
- Célula rítmica c Vc-Cb 190 - 195
a-F 9 - 31
• Exposição, Vl1,
variação (arco) x Vl2, - a, Vl1
• Exposição, Vl1, p 9 - 16 contratema (pizz.), p 117 - 124 crescendo orquestral 196 - 205
- Antecedente 9 - 12 - Antecedente 117 - 120 e finalização
- Consequente 13 - 16 - Consequente 121 - 124 • G (198-199) como dom. de C (200)
• Reprise variada, Vl2 17 - 24 • Reprise variada, Vl2 125 - 132 • C como dom. F (202-205)
em crescendo (arco) x Vl1 (staccato) em cânon
• Cl-Cor-Vla-Vc em tutti ff 25 - 31 com Vla-Vc em pizz., crescendo
Intermédio - F 32 - 49 B Desenvolvimento
64 - 108
• Vla-Vc (arco) x Cor
staccato), em tutti ff
133 - 139
Parte II
• Tema a em F,
206 - 236
63 45 68 88
87
Sétima Sinfonia
em lá maior, opus 92, 1811-1812
C omo foi típico no Romantismo, muitos foram os que, ao ouvir esta sinfonia,
ficaram estimulados a, nela, projetarem seu próprio universo subjetivo de
sinfônico, capaz de atrair o público vienense. Caberia ao compositor escrever
uma obra que sugerisse a batalha de Hanan, para cujos sobreviventes o concerto
representações e símbolos. É conhecida a declaração de Wagner, que a chamou de seria beneficente. Enfim, ao passo que esta desapareceu após o sucesso inicial, a
“A apoteose da dança”; para Schumann, o Allegretto representava “um casamento Sétima firmou-se lenta e gradualmente no repertório das grandes orquestras, até
de noivos da aldeia”; para Berlioz, o Vivace era uma “dança campestre”; Romain hoje. Seus principais temas encontram força e vida própria numa rítmica vigorosa,
Rolland escreveu que a obra teria sido escrita por um embriagado, porém “um aparentemente inesgotável. Já no primeiro movimento, o segundo tema nada mais
embriagado de poesia e gênio; alguém que disse a si próprio: Sou o Baco que é do que uma extensão do tema principal, de modo a não permitir que o fluxo
esmaga o delicioso néctar para a humanidade. Sou eu quem dá o divino frenesi”(!). musical seja interrompido. No Finale, esta incrível energia é liberada em toda a sua
Mas houve muitos outros escritores, músicos e comentaristas que nela encontraram pujança, promovendo quase que o transe do ouvinte.
“procissões nas catacumbas”, revoluções, lutas e coragem mourisca, etc.
Naturalmente, se a música de Beethoven não se deixa reduzir à impressões Período de criação: inverno de 1811 a maio de 1812
subjetivas e por vezes delirantes, muito menos esta sinfonia, a qual o compositor
declarou ser uma de suas melhores obras, poderia sê-lo. É que importava ao espírito Orquestração: Conjunto haydn-mozartiano – 2 flautas, 2 oboés, 2
romântico a personalidade do objeto, ao contrário do impressionista, que surgiria clarinetas, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, orquestra de cordas.
mais tarde sob o impacto da experiência da velocidade em meio à Revolução
Industrial, mais preocupado com a incidência da luz sobre o objeto – e não com a Primeira audição: Viena, na Grande Sala da Universidade, sob a
eventual personalidade deste. regência de Beethoven, em 8 de dezembro de 1813, em programa junto com a
Não por acaso, esta sinfonia acabou por se tornar uma das mais populares do “Vitória de Wellington” e ainda peças de Dussek e Pleyel. O concerto foi beneficente
compositor e, já na sua estreia, teve seu segundo movimento bisado a pedido do para soldados austríacos feridos e sobreviventes bávaros da batalha de Hanan.
público, ainda que uma outra obra do programa, a “Vitória de Wellington”, tenha tido
um sucesso maior, logo correndo os salões europeus. Demais obras trabalhadas nesse período: Trio para Piano em
Esta obra teve sua origem numa iniciativa de Johann Neponuk Mälzel, o si maior, opus 97; música para cena de Die Ruin von Athen opus 113 e König
inventor do metrônomo, que propôs ao seu amigo Beethoven um grande concerto Stephan, opus 117, Oitava Sinfonia.
88
Representação estrutural dos movimentos
Coda Coda
Desenvolvimento
A A’ Terminal
A’ Introdução Introdução
Introdução
A A’’
a
B a Parte I
Introdução
Parte II
B B’ Entretemas Parte I
Entretemas
Parte II
Parte III
CODA
b Parte III
b
Parte IV
Parte IV
Coda Coda
89
Sétima Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: A - Lá maior
Andamentos: Poco sostenuto = 69
Vivace . = 104
Abreviaturas do Movimento
Termos Dinâmica Instrumentos
Ant: Antecedente p: piano Madeiras
c/: com pp: pianíssimo Fl: Flautas
comp: compassos fp: forte-piano Ob: Oboés
Cons: Consequente mf: meio-forte Cl: Clarinetas
cresc: crescendo f: forte Fg: Fagotes
90
Sétima Sinfonia
1 º Movimento
A Exposição
63 - 176 A’ Reexposição
274 - 388
B Desenvolvimento
Fl - Ob - Frase complementar Vl1
- Ligação 84 - 88 292 - 295
- Ligação 296 - 300
• Tema em ff, tutti 181 - 267
- Frase 1: Vl 1 89 - 96 • Tema em p sobre pedal MRG
Introdução - Frase 2: Cl, Fg, Vl1 97 - 100 como divertimento mod.
1 - 62 Introdução 181 - 184 - Frase 1: Ob1, Mad. 301 - 308
em forma Lied: abab coda Intermédio 101 - 118 MRG, C, na cordas – Fg - Frase 2: Ob1, Fl1, Cl1
309 - 314
• Desenho melódico ascendente
nos Vl1 com imitação 101 - 104
Parte I 185 - 194 Intermédio 315 - 330
Fl1, Ob1, Fg1
a-A 1 - 21 b-C 23 - 33 - Reprise variado 105 - 108 • Jogo imitações MRG
a due battute, em 5 blocos
• Desenho melódico
ascendente em imitações:
Desenvolvimento
• Sopros fp 1-9
- Clímax e contração 109 - 111
- Intensificação 195 - 200 Fg, Cl, Ob, Fl 315 - 318 Terminal
Ob1, Cl, Cor, Fg sobre pedal em C - reprise variado 319 - 322
• Ob1, p 23-28 • Pedal na dominante de C#m
- Imitações MRG em 3 quadraturas - clímax e contração 323 - 325
391 - 450
modulando para E (tema b)
1ª) Afirmação em C 201 - 204
- Ligação 10-14 112 - 118
Vl1 - Vla x Vc - Cb • Pedal na dominante de Am
• Vl1,
pp 29-33
- Ligação: dom C 205 - 206 modulando para A (tema b) Introdução 391 - 400
• Cordas ff 15-21
Vl 2 e 1 c/ escalas
Sobre pedal em G
Ob - Fg (Fl) b*- secundário,119
E
- 129
2ª) Afirmação dom. C 207 - 210
- Ligação: dom TP 211 - 212
326 - 330 • MRG modulante
Ab - C - F - A
em contraponto
22 • Tema na Fl1 e Vl1 119 - 123
3ª) Afirmação de E 213 - 216 b*- secundário, A
• Afirmação E 124 - 127 - Passagem Modulante 217 - 219 331 - 341 Parte I 401 - 422
• Tema na Fl1 e Vl1 • Grande pedal em E nos
a’ - E 34 - 40 b’ - F 42 - 52 com pedal na dominante
• Finalização 128 - 129
- Ligação 220 - 221
• Afirmação E
331 - 335
336 - 339 Sopros (Tpt-Tmp: 409) e
Parte II 222 - 233 com pedal na dominante motívico nos Vla-Vc-Cb
• Cordas ff • Fl 1, p 42-47 130 - 141 • Ritmo di tre battute • Finalização 340 - 341 (11 blocos de 2 comp.)
- Ponte
Apresentação 4 blocos de 3 compassos - cresc. orquestral a partir de 113
p/ - Fm, Fl1-Ob1 222 - Ponte 342 - 353
em ordem inversa
de a: Vl1-2,
• Vl 1, pp 48-52 Coda 142 - 176 C
- Cm, Cl1 225 p/ Parte II 423 - 431
com escalas sobre pedal em C • a nos Vl1: 142 - 151 - Gm, Fl1 228 Coda 354 - 388 F
• Clímax MRG em tutti ff
Fl1 - Ob1 - Fg1 retorno à E, p - crescendo - Dm, Ob1 231 • a nos Vl1:
em contraponto 354 - 363
- Ligação 234 - 235 retorno a A, p - crescendo
crescendo
• Tutti ff, dom. A 152 - 155 Parte III 432 - 441
- Ligação
41 - ligação, pp cresc. 156 - 157
Parte III 236 - 249
364 - 367 • MRG: Jogo de imitações
• MRG em cânon • Tutti ff, tônica A
- Sopros x Cordas
- reprise 158 - 163 em 7 blocos a due battute: - Ligação 368 - 369
Coda - E 53 - 62 Vla - Vc - Cb x Vl1-2 • Reprise 370 - 375 Coda 442 - 450
• Codeta: a em cânon 164 - 170 - Passagem Modulante 250 - 253 • Codeta: a em cânon 376 - 382 • Afirmações:
• E (dominante de A) madeiras Vl1 x Vc - Cb (variante do 217-219) 268-273 madeiras Vl1 x Vc - Cb - Tônica (A), MRG e a
mi como nota central - Clímax 254 - 267 • Finalização 383 - 388 (compasso 449:
• Finalização 171 - 176
177-180 (pedal dom. 264-267) 389-390 dominante em uníssono)
62 114 4 87 6 115 2 60
91
Sétima Sinfonia
2º Movimento
Forma: Lied
Tonalidade: Am - Lá menor Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegretto = 76 Termos Instrumentos
CS: Contra-sujeito Madeiras
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
pizz: pizzicato Ob: Oboés
S: Sujeito Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Dinâmica Metais
f: forte Percussão
Notas
Cordas
Vl1-2: Violinos 1 e 2
Tonalidades
Vl1: Violinos 1
Am: Lá menor
*Tema: em tenuto e staccato, a due battute. Vl2: Violinos 2
A: Lá maior
Vla: Violas
Contratema: legato. C: Dó maior
Vc: Violoncelos
Cb: Contrabaixo
S: Sujeito da Fuga.
92
Sétima Sinfonia
2 º Movimento
a Am
1 - 98
Introdução
acorde Am
1 - 3.1
a1 Am
150 - 221
Variações
• Exposição Instrumental*
1ª) Vc e Cb, tema em p 150 - 173
Fl1, Ob, Fg1, contratema
Frase 1 150 - 157
1) Violas, tema em p 3 - 26
Frase 2 158 - 165
Frase 1 3 - 10
Confirmação 166 - 173
Frase 2 11 - 18
Codeta: sobre pedal em A 174 - 182
Confirmação em pp 19 - 26
2ª) Fugato com exposição em 4 quadraturas
a2
Vla e Vc: contratema
Frase 1 27 - 34
1) Sujeito (S): Vl1, pp 183 - 186 Coda
Contra-sujeito (CS): Vl2 243 - 278
Frase 2 35 - 42
2) Inversão Instrumental 187 - 190
Confirmação em pp 43 - 50 • Período 1, Antecedente 101.2 - 116 S: Vl2
- Frase 1: Cl1 - Fg1 101.2 - 110.1 Introdução 243 - 246
CS: Vl1
- Frase 2: Fl - Ob 110.2 - 116
3) S: Vc e Cb 191 - 194
3) Violinos 1, tema 51 - 74 • Blocos modulantes
CS: Violas
Violinos 2: contratema • Período 2, Consequente 117 - 138 sobre Ma em contraste f e p
CS 2: Vl 2 (desenho em síncopes)
Frase 1: crescendo 51 - 58 - Frase 1: Cl1 117 - 122 4) Inversão Instrumental 195 - 198
Frase 2 59 - 66 Imitação: Cor 2 119 - 122.1 1) C - Am 247 - 250
S: Vlas
67 - 74 - Frase 2: 123 - 130
b1
Confirmação em f
Ob1, Cl1 e Cor CS: Vc - Cb
A Reprise 251 - 254
CS 2: Vl 1
- Ligação 199 - 201 224.2 - 242 2) Citação Ma em jogo
4) Clímax: tutti em ff 75 - 98 Confirmação: 131 - 138 • Stretto, crescendo em due battute, 202 - 213 sopros x cordas
Madeiras e Trompas, tema reprise variada com jogo de imitações no S, CS e CS 2 • Antecedente: em pizz, a due battute
Vl 1: contratema modulante para C
- Frase 1: Cl1 - Fg1 Am - C - Am 255 - 270
Frase 1 75 - 82 • Clímax frase 1: 214 - 221 224.2 - 233.1
Frase 2 83 - 90 tutti em ff com S e CS da 2ª variação • Afirmação Am
• Codeta 139 - 143 - Frase 2: 233.2 - 239 271 - 275
Confirmação em diminuendo 91 - 98 Fl - Ob - S: citação Ma como ostinato em E nos Fl - Ob Sopros, Cordas
sem Consequente
Imitação Fg1 - Cor 1 Metais, Tímpanos, Cordas
144-149 - CS: Madeiras • Moldura final: súbito f, c/ 276 - 278
- Finalização como ligação 222 - • Finalização 240 - 242
99 - 102.1 - Finalização como ligação o mesmo acorde da introdução: Am
225.1
98 3 42 6 72 3 18 36
93
Sétima Sinfonia
3º Movimento
Forma: ABAB Coda
Tonalidade: F - Fá maior Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Presto . = 132 Dinâmica Instrumentos
Assai meno presto . = 84 (Trio) p: piano Madeiras
pp: pianíssimo Fl: Flautas
f: forte Ob: Oboés
ff: fortíssimo Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Tonalidades Metais
F: Fá maior Cor: Trompas
A: Lá maior Tpt: Trompetes
D: Ré maior Percussão
Dm: Ré menor Tmp: Tímpanos
Notas
Cordas
Vl1-2: Violinos 1 e 2
Vl1: Violinos 1
*: Construído sobre pedal em A, dominante de D. Vl2: Violinos 2
Vla: Violas
Vc: Violoncelos
Cb: Contrabaixo
94
Sétima Sinfonia
3 º Movimento
A’ 237 - 404
(com reprise da Exposição e o
Desenvolvimento em p e pp)
B Trio, D*
B’ Trio, D
due e quattro battute - bloco 1 289 - 304
- bloco 1: 29 - 44
2 x due 29 - 32 149 - 222 - bloco 2 305 - 320 409 - 482
3 x quattro 33 - 44
- bloco 2: 45 - 60 - bloco 3 321 - 341
2 x due 45 - 48 • Antecedente 149 - 180 com compasso solto (325) • Antecedente 409 - 440 • Reprise integral de A
Cl, Fg, Cor sobre pedal da Frases 1 e 2 sobre pedal
3 x quattro
- bloco 3:
49 - 60
61 - 81 dominante nos Vl1-2
e 4 quadraturas crescendo
da dominante nos Vl1-2 sem as repetições
nas duas últimas
2 x due 61 - 64 - Frase 1 tônica 149 - 156 e sem a casa 1
1 compasso solto 65 - Frase 2: 157 - 164
4 x quattro 66 - 81 Reprise variada - Ligação 342 - 348 Coda
com eco nas Fl 165 - 180
• Reexposição, tutti, F, ff
641 - 653
- Ligação 82 - 88 349 - 376
• Consequente 181 - 198 - Antecedente, frases 1 e 2 • Consequente 441 - 458
• Reexposição, tutti, F, ff 89 - 136 Madeiras e Cor sobre Frases 1 e 2 sobre o • Pedal A 641 - 644
Antecedente 89 - 116 o mesmo pedal nos Vl1-2 mesmo pedal nos Vl1-2 uníssono
Frase 1: F, variada 89 - 106 - Frase 1 181 - 188 - Consequente, variado 377 - 396 (dominante D)
Frase 2: modulante 107 - 116 - Frase 2 189 - 198
4º Movimento
Forma: Sonata com caráter de rondó
Tonalidade: A - Lá maior
Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro con brio . = 72 Termos Instrumentos
dom: dominante Madeiras
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
ME: Motivo do Entretemas Ob: Oboés
MI: Motivo da Introdução Cl: Clarinetas
Mpb: Motivo preparatório do Tema Fg: Fagotes
b Metais
MPo: Motivo Pontuado Cor: Trompas
TaP: Tema Pincipal Tpt: Trompetes
Percussão
Notas
p: piano Cordas
96
Sétima Sinfonia
4 º Movimento
Desenvolvimento
A Exposição
1 - 125
Terminal
341 - 465
B
F, Am, D
Desenvolvimento
Consequente, Vl1
13 - 20 (casa 1) (121) 126 - 219 Antecedente, Vl1
sobre pedal da dominante
Cor-Tpt-Tmp-Vc-Cb
Parte I 349 - 404
Passagem
Passagem
Parte IV b b
Parte IV CODA
Coda
Coda Coda
Codeta Codeta
A A Parte II
A’
Introdução B Introdução
A
B a Parte III
b a
a a Parte I
Intermédio Intermédio
Parte IV
b’ Parte II
a’ a’
b b
Basso Ostinato Coda
Parte III
99
Oitava Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: F - Fá maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro vivace e con brio . = 69 Termos Instrumentos
dom: dominante Madeiras
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
Ob: Oboés
100
Oitava Sinfonia
1 º Movimento
A Exposição
1 - 103 A’ Reexposição
198 - 300
a-F
B a-F
1 - 11
modulante para Bb
• Vl1 e Vla, em Bb 235 - 242
Parte II 311 - 322
• Fl, Ob, Fg, em C 46 - 51 - Bloco 3, 128 - 139 • Divertimento modulante
modulante para Dm por imitação das Cordas,
• Ob1, Fg (Cl), em F 243 - 248
em deslocamento ascendente
- Ligação: dom. de Dm 140 - 143
Passagem sobre célula Ma
52 - 89
- 6 blocos a “due battute”
1) Arpejos nas Cordas 52 - 59 Parte II 144 - 167 Passagem 249 - 286
(Vc-Cb x Vla-Vl1-2) formando, com • Ma em procedimento canônico mod. 1) Arpejos nas Cordas 249 - 256
Parte III 323 - 332
Sopros, acorde VII dom. de C (G) - Vc-Cb: exposição em Dm 144 - 151 (menos Vla) e Fl, • Tema a em ff nos Vl1,
2) Progressão 60 - 69 - Cl-Vl2 x Fl-Ob-Fg em Gm 152 - 159 formando, com os demais em contraponto de Cl-Fg
em acordes diminutos (60-64) - Fl-Ob-Vl1 x Vx-Cb em Fm 160 - 167 Sopros, a 7ª. da diminuta de C e pedal rítmico nos Vc e Cb, em F
e perfeitos (em inversões), em 2) Progressão 257 - 266
cadência à dom. TP (65-69) Parte III 168 - 189 3) Clímax em ritmo hemiolítico, ff
3) Clímax em ritmo hemiolítico, ff • Progressão mod. em quadraturas: com reação em p Parte IV
267 - 276 333 - 350
com reação em p 70 - 79 - Db 168 - 171 4) Reprise clímax e reação
4) Reprise clímax e reação 80 - 89 • Divertimento sobre Ma variado
- Bbm 172 - 175 277 - 286
com progressão dinâmica:
- Sétima diminuta de C 176 - 183 do p ao fff
Coda 90 - 103
- C como dominante 184 - 187
188 - 189
Coda 287 - 300
• C (dom, F) 90 - 95 - Ligação
• Pedal dominante, tutti em ff • F, tônica 287 - 292
Coda 351 - 373
96 - 99 • Tutti em F,
Parte IV • Pedal tônica em tutti 293 - 296
• Codeta, 100 - 103
190 - 197 sobre Ma variado 351 - 361
• Codeta, 297 - 300
• Clímax com a em F - Codeta: 362 - 373
motivo rítmico em oitavas motivo rítmico em oitavas
como introdução à A’ Ma nas Cordas em uníssono, pp
- Fg, Vc e Cb 372 - 373
103 94 103 73
101
Oitava Sinfonia
2º Movimento
Forma: Binária bi-temática A A’ Coda
Tonalidade: Bb - Si bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegretto scherzando = 88 Termos Instrumentos
(paródia com o metrônomo) Ma: Motivo do Tema a Madeiras
Fl: Flautas
102
Oitava Sinfonia
2 º Movimento
A Exposição
1 - 39
a - Bb 1 - 19 A’ Reexposição
40 - 72
• Exposição, Vl1
* Ob, Cl, Fg e Cor em pedal rítmico
parodiando o metrônomo
- Bb
- Gm
1-4
4-7 a - Bb 40 - 49
- Eb 8-9 • Exposição em 3 períodos
• Divertimento com imitações, Bb 10 - 17 - Bb, Vl1 40 - 43
- Ligação modulante - Variação 44 - 45
- Modulante para F 46 - 49
18
-
b-F 20 - 33
19
b - F - Bb 50 - 66
39 33 9
103
Oitava Sinfonia
3º Movimento
Forma: Minueto (ABA simples, com um Trio em forma ternária composta)
Tonalidade: F - Fá maior Abreviaturas do Movimento
Andamento: Tempo di Menuetto = 126 Dinâmica Instrumentos
p: piano Madeiras
pp: pianíssimo Fl: Flautas
Ob: Oboés
Tonalidades Cl: Clarinetas
F: Fá maior Fg: Fagotes
Bb: Si bemol maior Metais
Cm: Dó menor Cor: Trompas
C: Dó maior Tpt: Trompetes
Ab: Lá bemol maior Percussão
Tmp: Tímpanos
Cordas
Vl1-2: Violinos 1 e 2
Vl1: Violinos 1
Vl2: Violinos 2
Vla: Violas
Vc: Violoncelos
Cb: Contrabaixo
104
Oitava Sinfonia
3 º Movimento
A Menuetto
1 - 44 A Menuetto, da capo al fine
1 - 44
Introdução 1-2
B Trio
45 - 78 Introdução
a-F 3 - 22
b-F 45 - 52 a-F
• Tônica (Antecedente) 3 - 10
- Vl1 3-6 • Antecedente: Cor1 45 - 48
- Variação por ampliação orquestral, • Consequente: 49 - 52
Vl 1-2, Fl 7 - 10 Cl1 modulando para C com
acompanhamento de Cb
• Dominante (Consequente)
Imitações: Vl1-2, Vla, Vc-Cb 11 - 14
• Progressão modulante para F, Vl1 15 - 18
• F, dominante Bb (hemíola: 20-21) 19 - 22 b’ - C modulante 53 - 66
• Antecedente
- Ligação - Vl1 e Vla, C 53 - 54
- Reprise em Cm, Vl1-2, Vla 55 - 56
23 - Ab subitamente 57 - 59
a’ - Bb -
25 - 36 24 - Modulação para TP 60
a’ - Bb
• Frase 1, Fg1 (Vl1-2: 27-28) 25 - 28 • Consequente, F 61 - 64.1
• Frase 2, 29 - 31
variante em F: Fg1, Vl1 e 2
• Frase 3, progressão modulante 32 - 35
para tônica por dominantes C-F-Bb
Basso Ostinato 64 - 74
• Tônica, F 36 • Pedal rítmico de Fg e Cb, com Vc em
tercinas, como suporte para o diálogo
melódico entre Cl e Cor 1-2
- Tônica 64 - 66
- Dominante
Codeta 37 - 44
- Reprise variado
67
68 - 71
Codeta
• Motivo nas Cor e Tpt 37 - 39 - Tônica-dominante-tônica 72 - 74
F, p pp
44 34 44
105
Oitava Sinfonia
4º Movimento
Forma: Sonata-rondó
Tonalidade: F - Fá maior
Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro vivace = 84 Termos Instrumentos
Ant: Antecedente Madeiras
Cons: Consequente Fl: Flautas
Notas
Ma: Motivo do Tema a Ob: Oboés
Mad: Madeiras Cl: Clarinetas
TP: Tom Principal Fg: Fagotes
Como não só o motivo do Tema Principal, mas também outros neste movimento são Metais
anacrústicos, como os do Consequente do TaP e o do Intermédio, resolvemos, para simplificar, Dinâmica Cor: Trompas
considerar a cabeça do compasso tético para efeito de numeração apenas no caso do Tpt: Trompetes
pp: pianíssimo
Antecedente do Tema a, uma vez que o próprio compasso 1, pelo editor, já desconsidera as duas
f: forte Percussão
tercinas na contagem, por serem anacrústicas;
ff: fortíssimo Tmp: Tímpanos
Cordas
* Sobre a Parte II do B: Este é um dos momentos mais geniais da sinfonia, quando
Beethoven cria uma trama e a vai comprimindo por aceleração do ritmo harmônico. São duas
Tonalidades Vl1-2: Violinos 1 e 2
106
Oitava Sinfonia
4 º Movimento
Desenvolvimento
Terminal
274 - 502
A’ Reexposição
162 (161.2) - 266 Parte I 274 - 281
• a em pp
A Exposição - Frase 1 em Bb
1 - 90 Parte II 282 - 345
90 7 58 6 105 7 229
107
Nona Sinfonia
em ré menor, opus 125, Coral, 1822-1824
N o final de sua vida, como que condenado ao autismo provocado por sua
surdez, Beethoven produziu algumas de suas mais brilhantes e monumentais
ela foi escrita para Royal Philharmonic Society, porém dedicada ao Rei da Prússia.
Mistérios à parte, a Nona Sinfonia é a coroa da produção musical de Beethoven
obras, como as abaixo descritas e outras que escreveu, em especial os últimos e obra capital da história da música. Ao confessar que esta sinfonia determinou
Quartetos de Cordas, as Sonatas para Piano e a Nona Sinfonia, a sua criação mais a escolha de sua própria carreira de músico, Richard Wagner citou-a como “o
extraordinária. Sua primeira audição deu-se dez anos após a estreia da Oitava evangelho humano da arte do futuro”, completando que seu criador “deveria ser
Sinfonia, igualmente em Viena, apenas três anos antes de sua morte. homenageado para sempre”.
Sobre esta estreia, permanece um mistério até hoje o fato de a primeira A história de sua criação remonta aos esboços escritos por Beethoven
audição ter sido realizada em Viena, já que a obra havia sido encomendada pela em seus cadernos aos 16 anos de idade, assim como seu interesse no tema
Royal Philharmonic Society em contrato detalhado, o qual previa sua entrega da “Ode à Alegria”, poema de Friedrich Schiller, o qual ele pretendia musicar
para março de 1823, com direito exclusivo sobre sua execução por 18 meses, desde 1792. Daí até 1822 foram diversos os projetos para uma grande obra
condições que foram aceitas por Beethoven em carta datada de 20 de dezembro coral-sinfônica, projetos que acabaram convergindo para a realização da Nona
de 1822. No entanto, o manuscrito, que só chegou às mãos dos diretores da Royal Sinfonia. Talvez resida aí a impressionante unidade formal que a obra apresenta,
Philharmonic Society no início de 1825, intitulado e assinado “Grande Sinfonia inclusive com seus principais temas orbitando entre ré menor e si bemol maior.
escrita para a Sociedade Filarmônica em Londres (Grosse Sinfonie geschrieben für
die Philharmonische Gesellschaft in London). Von Ludwig van Beethoven”, era a
cópia do que, no ano anterior, já havia sido entregue à Editora Schott para a estreia A sinfonia foi estruturada em quatro movimentos, a saber:
em Viena e dedicada ao Rei da Prússia. A estreia em Londres ocorreu somente 1) Allegro ma non troppo, un poco maestoso
em 21 de março de 1825, sob a regência de Georges Smart, com o texto da Ode
cantado em italiano. 2) Scherzo: Molto vivace - Presto
Curiosamente, nunca se falou muito sobre este assunto e a atitude tomada
por Beethoven, aparentemente inescrupulosa, poderia ser defendida através da 3) Adagio molto e cantabile - Andante Moderato
diferença entre os verbos escrever, significando compor para, e dedicar, ou seja, Tempo I - Andante moderato - Adagio - Lo stesso tempo
108
responsável pela confirmação e exposição majestosa do tema da Ode, assim
4) Movimento coral com solistas em três grandes seções, sendo uma como pela exposição de um segundo tema, em procedimento canônico entre
Introdução, uma Exposição Temática e seis Variações do tema principal o coro masculino e o feminino (“Seid umschlungen, Millionen”). Este segundo
com um segundo tema, colocado no centro das mesmas: tema irá, então, dialogar com o tema da Ode, em especial na Dupla Fuga com
que é construída a Quarta Variação, quando Sopranos apresentam o tema da
INTRODUÇÃO Ode simultaneamente ao tema secundário (“Seid umschlungen, Millionen”) pelos
• Presto, recitativo instrumental e recapitulação dos temas Contraltos, seguidos logo depois por Tenores e Baixos, numa trama genial de
dos três movimentos anteriores: superposição temática.
- Allegro ma non troppo, Vivace, Adagio cantabile O texto cantado foi retirado do poema “Ode à Alegria”, de Friedrich Schiller,
• Finalização: Allegro moderato, primeiro anúncio do Tema da Ode em 1785 e revisado em 1803, contendo algumas adições feitas por Beethoven.
109
A seguir, o texto original, em alemão, com sua respectiva tradução em português, realizada
pelo autor deste livro, em consulta e comparação com outras existentes.
B A
a A’
Desenvolvimento Introdução
Parte I Terminal A’ TRIO
a Parte I a a
Entretemas
Entretemas
Parte II Parte II
Entretemas B Entretemas
Parte I
b b Parte III
Parte III
b b
114 -
119 Parte IV
CODA
Parte II
Episódio Episódio
Parte IV Parte V Coda
Coda
Codeta Codeta
I
VARIAÇÃO I
II
a
III
EXPOSIÇÃO
EXPOSIÇÃO b
Seção Central
Introdução CODA I
INTERLÚDIO
Introdução
INTRODUÇÃO IV
a
Parte I
I
VARIAÇÃO II Parte II
II V
b Parte III II
VI
111
Nona Sinfonia
1º Movimento
Forma: Sonata
Tonalidade: Dm - Ré menor Abreviaturas do Movimento
Andamento: Allegro, ma non troppo, un poco maestoso = 88 Termos Instrumentos
CS: Contra-sujeito da fuga Madeiras
Et: Entretemas Fl: Flautas
Ma: Motivo do tema a Ob: Oboés
mod: modulante Cl: Clarinetas
mov: Movimento Fg: Fagotes
mot: Motivo Metais
S: Sujeito da fuga Cor: Trompas
Tpt: Trompetes
Dinâmica Percussão
p: piano Tmp: Tímpanos
Notas
ff: fortíssimo Cordas
Vl1-2: Violinos 1 e 2
112
Nona Sinfonia
1 º Movimento
A Exposição
1 - 159
a* - Dm 01 - 62
• Introdução em pp: motivo fusas 1 - 16
B Desenvolvimento
A’
• a tutti uníssono em ff Reexposição
- Antecedente: Tônica 17 - 26 160 - 286
Motivos Ma¹, Ma², Ma³, nos Vl1 301 - 426
- Consequente: Dominante
Motivos Ma4, Ma5, Ma6
27 - 35 Desenvolvimento
• Reprise Introdução, mod. para Bb 36 - 50
Parte I a - Dm Terminal
• a tutti ff em Bb, mod. para Dm 51 - 55 160 - 197 301 - 338
427 - 547
- Passagem modulante 56 - 62 • Motivo das fusas:
• Introdução em ff: motivo fusas 301 - 314
- Uso da célula motívica dos 160 - 169 (com menos 2 compassos)
intervalos de 4as e 5as desc.
• a tutti com cânon em ff 315 - 338
Entretemas, Dm - Bb 63 - 79 da Introdução
nas Cordas e Sopros Parte I 427 - 452
• Cordas, D, dom. de Gm 170 - 179
• Parte 1: motivo por mov. contrário - Antecedente: Ma¹, Ma², Ma³ • Dm, Ma¹ e Ma² sobre sextinas
• Sopros, Gm 180 - 187
- Vl1 x Vc - Cb: 63 - 66 (ligação: 67) - sem Consequente da Introdução em crescendo
- Divertimento como passagem com
Reprise variada: 68 - 73 Ma4 (188-191) concluído com
Fl - Ob - Cl x Fg - Vla imitações do Ma² (192-195) Entretemas, 2ª Parte 339 - 344 Parte II 453 - 462
• Parte 2: 74 - 79 - Ligação 196 - 197 • sem Parte 1 • Variante da Frase 2 do tema b (Ma³)
Mot. com jogo de imitações nos Sopros
• Parte 2: Imitações Sopros
Parte III 463 - 468
b - Bb 80 - 113 Parte
1
II 198 - 217
b-D • Tutti sobre Ma4
• Ma em Gm 198 - 205 345 - 380
• Frase 1 80 - 91 - Reprise Divertimento da Parte I 206 - 213
- Antecedente: Madeiras 80 - 87
com Ma4 (206-209) e
• Frase 1 Parte IV 469 - 494
Reprise variada 84 - 87
Ma² modulante para Cm (210-213) - Antecedente: Madeiras 345 - 348 • Divertimento com Ma²
- Consequente: Fl1 (variante Ma4) 88 - 91 - Reprise variada 349 - 354 sobre pedal da dominante
214 - 217
• Frase 2 92 - 101 - Ligação - Consequente: Ob1/Fl1 - Cl1 355 - 358 - Ma² Cor1 x Madeiras sem Cl, 469 - 476
Variante Ma³, Vl 1-2 92 - 95 • Frase 2 variante de Ma³, Vl1-2 359 - 362 pedal Cordas (mot. do fugato do desenv.)
- Reprise variada: Madeiras 96-101 - Reprise variada 363 - 368 - Ma² Cordas, pedal em Cor1, Tpt, 477 - 494
• Conclusão modulante B 102 - 109 Parte III 218 - 274 • Conclusão mod. com 2 motivos:369 - 376 Tímpanos seguido de marcha harmônica
2 motivos: Ma4 e Frase 2 do Entretemas • Fugato sobre Ma² Ma4 e Frase 2 do Entretemas (ver 102)
- Afirmação B 110 - 113 - Entradas (S) - Afirmação Eb 377 - 380
- Transição Modulante - Transição Modulante Parte V 495 - 504
1ª: Cm; Fg e Vc-Cb x Vl2 (CS) 218-223 • Reprise Variada da Frase 2
114 2ª: Gm; Fl e Vl1 x Vla (CS) 224-231 381 do tema b em 3 entradas
- 3ª: Bb; Vl2 x Fl-Cl (CS) 232-235 - - Fl-Cl-Fg (495) / Vla-Vc-Cb (499)
Episódio 120 - 149 119 4ª: Bb; Fl-Cl-Fg-Vl1 x Vc-Cb (CS) 236-239 Episódio 387 - 414 386
- Fl-Ob-Vl1 (501)
• Desenvolvimento Central
1) Diálogo 120 - 131 - Modulante para Am 240 - 252
1) Diálogo 387 - 400 - Ligação com uso de Ma² 505 - 512
- Fg1-Vl1 x Cl1-Vl2 - Cl1-Vl1 x Ob-Fg-Vl2 Ob-Cl / Vla-Vc-Cb
- Distensão em Am 253 - 258
- sobre Ma4 como pedal rítmico nos Tpt
- sobre Ma4 como pedal rítmico nos Tmp - Pedal na dominante - Cor1 259 - 266
2) Motivo sincopado 2) Motivo sincopado 401 - 406
132 - 137 - Ligação com uso de Ma² 267 - 274 Parte VI 513 - 547
- Fl-Fg - Vc-Cb - Ob-Cl-Fg-Vc-Cb
3) Distensão 407 - 414 Coda - Marcha Fúnebre
3) Distensão 138 - 145
Parte IV 275 - 286 – Ligação 415 - 418 • Variante de Ma¹ nas 513 - 530
- Ligação 146 - 149
• Tema b Cor, TpT e Tímpanos sobre desenho
- Am: Ob1, Cl1, Fl1 275 - 278 cromático descendente Fg-Cordas
Codeta - Bb 150 - 159 - Fm: Vc - Cb 279 - 282 Codeta - Dm 419 - 426 - Fusas - crescendo orquestral
Variante Vl1 e 2 283 - 286 • Culminação c/ pedal rítmico em D 531 - 538
• Ma em arpejos • Final: afirmação do tema a (Ma1 e Ma²)
4
• Ma em arpejos
4
- Ponte com uso de a² 287 - 300
com ênfase no uníssono 539 - 547
2º Movimento
Forma: Sonata com um trio no lugar do desenvolvimento terminal
Tonalidade: Rm - Ré menor Abreviaturas do Movimento
Andamento: Molto vivace . = 116 Termos Instrumentos
dom: Dominante Madeiras
Ma: Motivo do Tema a Fl: Flautas
Mb: Motivo do Tema b Ob: Oboés
MRG: Motivo Rítmico Gerador, Cl: Clarinetas
com o qual é construído o tema a Fg: Fagotes
e todo o movimento Metais
Cor: Trompas
Notas
mf: meio-forte Tmp: Tímpanos
f: forte Cordas
114
Nona Sinfonia
2 º Movimento
A Exposição
1 - 158
Trio, D
Introdução: MRG
a - Dm, Fugato
1-8
9 - 66
A’ Reexposição
272 - 387 414 - 530
B
77 - 92
Consequente 422 - 437
como transição • Linha melódica em coral
• Linha melódica em coral nas Desenvolvimento nas Madeiras sobre cabeças
- Cordas (e Cl) 422 - 429
- Reprise variada 430 - 437
Madeiras sobre cabeças do 177 - 271 do MRG 296 - 305
MRG nas Cordas, Em 77 - 84 - Modulante para D e Dm
• Reprise variada, modulando • Pedal Cor1-2 na dom. (A)
para G (dom. C) 85 - 92 306 - 329
• Antecedente, variações 438 - 474
Parte I
b -C 93 - 126
a em ritmo di tre battute 177 - 233 b - D, Dm 330 - 363
1) Cor 1 sobre pedal em D 438 - 453
na Cor 2 – 4x
• Madeiras • Madeiras em ff sobre MRG em - Contratema em stacc: nos Vl1
• Madeiras em ff sobre MRG em - 3 entradas em Em: 177 - 185 ostinato na Tônica (D) 330 - 337
ostinato na Tônica (C) 93-100 Fg1, Ob1-Cl1, Fg1 - Reprise variada 338 - 345 2) Fg 1 sobre pedal em A no Fg 2
- Reprise variada 101-108 - 3 entradas em Am: 186 - 194 454 - 474
• Transição: 346 - 353
• Transição: 109 - 116 Fl1-Ob1, Cl1, Fl1-Ob1 - Jogo Sopros x Cordas - Idem Contratema no Ob1
Jogo Sopros x Cordas • Tímpanos: 5 entradas, 195 - 209 sobre Ma - Desenvolvimento em acordes
sobre Ma 4 em f, 1 em p deslocada • Reação: 354 - 359 CODA
• Reação: 117 - 122 • Cordas x Sopros 210 - 233
b por aumentação nos Vl1 531 - 559
b por aumentação nos Vl1 sobre 2ª célula Ma - Eco Madeiras 360 - 363 • Reprise variada
- Eco Madeiras 123 - 126 - 8 blocos de 3 compassos das variações 1 e 2 475 - 490
1) Fl1, Vls 1 e 2 1) Reprise da Casa 2 531 - 548
Coda 364 - 387 sobre pedal em A nos Ob e Cor
Coda 127 - 150 - Contratema: Fg, Vla, Vc e Cb
da Transição A’ - Trio com
Parte II 234 - 247 • Jogo Sopros x Cordas364 - 375 stringendo al Presto
• Jogo Sopros x Cordas 127 - 138 a em ritmo di tre battute • Reação em legato 376 - 379
Casa 2
(Introdução: due battute, 234-239) - sequência 2) Cl, Tbn, Vla, Vc 491 - 530 2) Reprise do Antecedente
• Reação em legato 139 - 142 por movimento contrário em pp
• Pedal sobre 7ª dom. de Eb 248 - 259 até fermata sobre pedal em D: do Trio na Fl1, Ob1 e Cl1
por movimento contrário • Codeta 380 - 387
- 3 quadraturas e Cor, Vl 1-2, Cb sobre pedal em D nos
Cordas - Sopros em pp
• Dm súbito, com pedal 260 - 267 388 - 395 - Desenvolvimento em Ob2-Cl2 e Cordas, com
• Codeta 143 - 150
em A (dominante) • Transição 388 - 413 -a acordes em Coral contratema nos Fg 549 - 556
2) MRG • MRG na Tônica 268 - 271 - Casa 1 388 - 398 stringendo
• Transição para B 151 - 176 al presto || * Grande da capo al segno
1) Reprise Codeta 151 - 158 pp < ff 3) Final: Reprise do Presto
159 - 176 396 - 413 557 - 559
3º Movimento
Forma: Tema e variações (ou um grande Lied)
Tonalidade: Bb - Si bemol maior Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Adagio molto e cantabile = 60 Termos Instrumentos
Andante moderato = 63 mod.: modulante Madeiras
Fl: Flautas
Dinâmica Ob: Oboés
f: forte Cl: Clarinetas
Fg: Fagotes
Tonalidades Metais
Notas
Db: Ré bemol maior Cordas
116
Nona Sinfonia
3 º Movimento
Variação I, ornamental
43 - 80
a, Bb - Adagio molto 43 - 64
• 3 frases no Vl1, sempre seguidas
de “ecos” nas Cl, Fg e Cor (anacrústicos)
- Frase1 (eco: 46.4) 43 - 46
- Frase 2 (eco: 52) 47 - 51
Reprise variada (eco: 55) 52 - 54
- Frase 3 (eco: 60) 55 - 60
Reprise variada na Cl1 mod. para G
61 - 62
• Transição modulante
63
b, G - Andante -
65 - 80 64 Coda
Exposição • Fl1-Ob1-Fg1 65 - 72 121 - 157
1 - 40
• Reprise variada 73 - 80
Fl1 - Ob1 e Fg1 e 2 em terças
Introdução
• Transição modulante Episódio de caráter épico, tutti súbito em f
Introdução 1-2
121 - 122
38 Obs.: ver Nota 2
- Ligação: sobre célula motívica a 123 - 124
a, Bb - Adagio molto 3 - 24 Interlúdio, Eb, Adagio 81
-
em cânon: Vl 1 x Fg 1 x Fl 1
83 - 98
• 3 frases nos Vl1, sempre seguidas 82 Parte I 125 - 130
de “ecos” nas Cl, Fg e Cor • Variação sobre a em jogo de imitações
de começo anacrústico - Vl1 x Sopros
- Frase1 (eco: 7) • Sobre a - Cl 1
3-7
- Frase 2 (eco: 12) - Contrapontos:
8 - 12
Reprise só da 1ª metade (eco: 15) 13 - 15 • Cl2 e Fg1 Parte II 131 - 132
- Frase 3 (eco: 19-20.3) • Cor 4 • Tutti súbito f reprise do Episódio como
15 - 20
Reprise variada na Cl1 20 - 22 na Introdução, tutti súbito em f
Obs.: Fl1, 91-94 - ver Nota 1 - Transição Db - Dbm
• Transição modulante 133 - 136
16
23
Variação II*, Bb, decorativa Parte III 137 - 151.2
- • Bb Variação sobre a
b, D - Andante moderato 24 99 - 120 - Frase1: Fl1 e Vl1 137 - 138
25 - 40 Imitação Vl1 x Madeiras 139 - 140
• Exposição: Vl2-Vla 25 - 32 * Dupla variação sobre tema a com exposição 141 - 144
- Frase2: Vl1
- Participações: Ob1 - Fg1 (30-32) simultânea, sendo a 1ª Fl1, Ob1, Fg1, com
Passagem 145 - 148
“ecos”, sobre uma 2ª, decorativa, nos Vl1
• Reprise variada 33 - 40 - Frase conclusiva: Vl1 149 - 151.2
- Vl2-Vla-Ob1 - Frase1 (eco: 103) 99 - 103
- Frase 2 (eco: 107.3-108.3) 104 - 108.3
• Transição modulante 41 - 42 Reprise variada (eco: 111-112) 108.4 - 111.3
- Frase 3 (eco: 114.3-116.3) 111.4 - 116.3
Codeta 152.3 - 157
• Conclusão em Bb
Reprise variada 116.4 - 120
40 2 22 37
117
Nona Sinfonia
4º Movimento
Forma: Tema com variações
Tonalidade: Dm - Ré menor
Abreviaturas do Movimento
Andamentos: Termos Instrumentos
mod.: modulante Madeiras
Introdução e Exposição:
mot.: motivo Picc: Piccolo
Presto = 96
Fl: Flautas
Allegro assai = 80 (Tema da Ode)
Dinâmica Ob: Oboés
Variações: Cl: Clarinetas
pp: pianíssimo
Discriminados ao lado de cada variação Fg: Fagotes
f: forte
ff: fortíssimo Cfg: Contrafagote
Metais
Cor: Trompas
Tonalidades
Tpt: Trompetes
Dm: Ré menor
Notas
Tbn: Trombones
Am: Lá menor
Percussão
F: Fá maior
Tmp: Tímpanos
D: Ré maior
Excepcionalmente neste movimento a nossa numeração não seguiu a Tgl: Triângulo
A: Lá maior
da Editora Breitkopf com que trabalhamos neste livro, a qual agrupou Cx: Caixa
a Introdução junto com a Exposição Instrumental do tema da Ode (1- Gm: Sol menor
Cordas
207), seguindo a partir daí com uma nova numeração a cada seção, o Bb: Si bemol maior
Vl1-2: Violinos 1 e 2
que misturou a Exposição Vocal com as Variações e estas com a Seção Bbm: Si bemol menor
Central. Optamos pela numeração corrida do início ao fim (1-940), Vl1: Violinos 1
G: Sol maior
de maneira a preservar o movimento como um todo, dividido em três Vl2: Violinos 2
Gb: Sol bemol maior
grandes seções: Introdução, Exposição Temática e Variações, com uma Vla: Violas
F#: Fá sustenido maior
Seção Central. Vc: Violoncelos
(enarmônico de Gb)
Cb: Contrabaixo
*: Madeiras / Trompas e Vl1 Eb: Mi bemol maior
Cm: Dó menor
118
Nona Sinfonia
4 º Movimento
Variações e Seção Central com tema b 331 - 940
I - Rítmica, com sopros e percussão, tenor solo e coro masculino - Bb 331 - 430
II - Orquestral, em fugato instrumental - Bb mod.: F, G, Cm, Eb, Bbm, Gb (F#) 431 - 524
I - Instrumental 92 - 207 • Entradas: 3) Ob, Vla 441 - 448 6) Fg, Vla, Vc - Cb 469 - 476
1) Cl, Cor1-2, Vl2 431 - 434 4) Fl, Ob, Vl1 449 - 454 • Desenvolvimento central 477 - 516
• Fugato com contrapontos livres 2) Cl, Fg, Vc - Cb 435 - 440 5) Vl1 (Ob) 455 - 468 - Conclusão 517 - 524
Tema Transição
Antecedente (2 Frases) 92 - 99 III - Coro-orquestral, D, tutti em f 543 - 594 mod.
p/ D
Consequente (1 Frase) 100 - 103 525
• Antecedente 543 - 558 Consequente 559 - 566 -
Reprises 104 - 115 542
Antecedente e • Antecedente 556.2 - 574 Consequente 575 - 582
• Antecedente 582.2 - 590 Conclusão 591 - 594
Consequente livres
Entradas (dos graves aos agudos)
e contrapontos
Seção Central, “organística” - aparição de um tema b 595 - 654
1) Vc - Cb 92 - 115
2) Vla - Vc x Fg1 - Cb 116 - 139 • PARTE 1: Exposição do tema b - Andante maestoso, G ( = 72)
- Frase 1: coro masculino, Tbn baixo, Vc - Cb 595 - 602
Introdução 3) Vl1 (Fg1) x Vla - Vc 140 - 163 Reprise variado no coro feminino 603 - 610
1 - 91 4) Sopros: sobre base rítmica - Frase 2: coro masculino, Tbn2 e 3, Vc - Cb 611 - 618
164 - 187.3 Reprise variado no coro feminino 619 - 626
• Codeta* 187.4 - 200 • PARTE 2: Adagio ma non troppo, ma divoto , Gm ( = 60)
• Passagem em Am (dom. Dm) - Frase 1: Instrumental: Fl-Cl-Fg-Vla-Vc 627 - 630
I -Presto 1 - 29
201 - 207
Reprise com coro 631 - 634
- Frase 2: em progressão para acorde em ff “Über Sternen muss er wohnen” 635 - 646
• Diálogo de sopros (fanfarra) e • Conclusão: reprise variada em pp e imitação nos coros feminino e masculino 647 - 654
Baixos em recitativo (arauto) em Dm II - Vocal (solista e
- Fanfarra 1-7 coro-orquestral do texto) 208 - 330 IV - Dupla fuga coral com temas a (Ode) e b - em D, A 655 - 762
- Arauto 8 - 16
- Sequência em diálogo 17 - 29 • Introdução: Presto, Dm 208 - 236 Allegro energico, sempre ben marcato ( = 84)
Reprise em tutti da Fanfarra e • Dois sujeitos superpostos:Sopranos a, e Contraltos, b 655 - 662
diálogo com arauto (barítono) Tenores b e Baixos a 662 - 670 Inversão: Baixos b e Tenores a 671 - 678
II - Citação dos movimentos 1, Sopranos b e Contraltos a 678 - 692 Inversão: Contraltos b e Sopranos a 692 - 700
• Desenvolvimento com imitações a e b 700 - 717
2 e 3 e anúncio do tema da Ode • Exposição 237 - 268 • Clímax: “Diesen Kuss der ganzen Welt“ 720 - 729
30 - 91 - Citação do tema da Ode como 237 - 240 com pedal em A nos Sopranos (718), a nos Contraltos e b nos Baixos (719) e Tenores (721)
no final da Parte II da Introdução (77-80) • Diálogo modulante para Gm 730 - 748
• 1º movimento: • Final: citação variada da Frase 2, parte 2 da seção central 749 - 762
- Tema: 241 - 256
- Motivo das fusas 30 - 37
barítono Antecedente e Consequente
- Recitativo 38 - 47
- Coro: Consequente 257 - 264
V - Solistas em diálogo com orquestra e coro - em D 763 - 842
- Codeta: final Parte I
• 2º movimento: tema a 48 - 55 265 - 268 Allegro ma non tanto ( = 120) Introdução 763 - 766
- Recitativo 56 - 62 • Jogo de imitações: T-B (767) X S-C (769); reprise invertido 777 - 782.1
• Variante 1 • Entradas em cânon 782.2 - 794
- Solistas e Coro: 269 - 292 • Junção do coro em uníssono com os solistas (795), progressão solo de f a ff (801-809) e
• 3º movimento: tema a anticlímax (Poco adagio: 810-813) 795 - 813
Antecedente e Consequente • Reprise variado - Tempo primo (solistas no Poco adagio: 832-842) 814 - 842
- 1ª metade da Frase1 63 - 65.1
- Codeta 293 - 296 Transição
- Recitativo instrumental 65 - 76
VI - Final: mot. temas b e a em tutti (coro, orquestra e solistas) em D 851 - 940 843
-
• Variante 2 - Solistas e Coro 297 - 320.3 850
• 4º movimento:
- Idem • Motivo do tema b em Prestissimo ( = 132)
- Variante do tema da Ode 77 - 80
- Introdução com b nas Madeiras: 851-854; segue b no coro e nas cordas 855 - 879
- Final: recitativo instrumental 81 - 91 - Citação em blocos ff: “Diesen Kuss der ganzen Welt” (Variação IV) 880 - 903
• Codeta modulante para F 320.4 - 330
- Citação do início do poema da Ode: “Freude, schöner Götterfunken” 904 - 915
- Maestoso ( = 60) Opção com solistas: 915.2-917 e tutti com coro 918 - 919
• Coda: motivo do tema a em Prestissimo 920 - 940
91 239
610
119
Posfácio
122
Com o surgimento de dúvidas e impasses, passei a ler e pesquisar tudo o
que podia sobre as Nove Sinfonias, como livros de análise e história deste conjunto,
enciclopédias, ensaios, entrevistas com maestros, capas de antigos LPs, CDs e,
mais tarde, DVDs e artigos da internet.
Li muitas resenhas, análises e ensaios interessantes, bem como trabalhos
que, para mim, tinham pouca relevância, na medida em que, neles, percebia mais
uma expressão do universo subjetivo das representações de seus autores, do que o
universo objetivo dos padrões puramente musicais que eu buscava na organização
no texto e na estrutura das obras que os continham. Com isto, mostravam-se em
franca oposição ao perfil do trabalho que eu tinha começado a empreender, voltado
para uma exegese pragmática dos padrões reconhecíveis e pouco questionáveis
do texto.
São desta época algumas leituras que me serviram como obras de consulta
ou, pelo menos, de curiosidade, como os livros de Renate Ulm, Kurt Overhoff, Michael
Gielen e Herbert Schneider (ver bibliografia), além de outros. Digo curiosidade,
porque neles pouco encontrava da abordagem que procurava.
Finalmente descobri uma obra, com edição esgotada e sem reimpressão, que
se tornaria, para mim, uma importante e decisiva referência, servindo-me, não apenas
de comparação com o trabalho que eu vinha desenvolvendo, mas principalmente
de fonte de inspiração pela autoridade e lastro de suas argumentações, algumas
das quais exigiam de mim enérgica refutação, quando delas discordava, enquanto
outras me convenciam e provocavam a mais profunda reverência por sua precisão
e acerto. Seu autor é o compositor e maestro ucraniano Igor Markevitch, nascido
em Kiev a 9 de agosto de 1912, e falecido em Antibes a 7 de março de 1983.
A ele, registro aqui o meu mais sincero agradecimento e a minha mais sincera
admiração.
123
Bibliografia
CARPEAUX, Otto Maria. Uma Nova História da Música. Editor MARKEVITCH, Igor. Die Sinfonien von Ludwig van Beethoven
Tecnoprint Ltda., sem data, Rio de Janeiro. Historische, analytische und praktische Studien. Edition Peters
Leipzig, Alemanha, 1983.
125
como os da Faculdade de São Bento e do Conservatório Brasileiro de Música, ou
em cursos livres de extensão, como no Espaço FINEP – Financiadora de Estudos
e Projetos –, no CCJF – Centro Cultural Justiça Federal, BKC – Baukurs Cultural,
MUSICATIVA (direção de Marcel Gottlieb), séries como Vídeo-Concerto (direção
de Nelson de Franco), Desafios Musicais (direção de Saulo Chermont), Espaço Rio
Música (direção de Ivan Neves Werneck) e outras. Complementa suas atividades
como ensaísta e professor de Regência em classes privadas e em Festivais,
nos quais acumulou a direção da área sinfônica, como nos cursos Internacionais
CIVEBRA, de Brasília, e FEMÚSICA, de Campos dos Goytacazes, em diversas
edições em ambas.
Em 2010, a Rádio MEC apresentou quatro programas sobre sua vida e
obra. Em 2011, criou uma Escola de Regência de Ópera, em adição às classes
individuais de Regência de Concertos Sinfônicos, da qual nasceu, em 2013, a
Primeira Oficina de Regência de Ópera do Rio de Janeiro, como uma master class
anual aberta a regentes e cantores de todo o país. Nesta mesma época, participou
como cofundador do INTEMPO – Instituto Novo Tempo, formado por amigos
remanescentes do Grupos de Trabalho do Fórum Nacional de Música criado em
2003, junto à grandes estrelas da Música Popular Brasileira, voltado para a inclusão
social e desenvolvimento das cidadania através da Educação Musical no Brasil.
É autor do livro Regência, uma arte complexa (Ibis Libris, 2004), presente
na ementa de importantes escolas de música e universidades do país, e está
trabalhando em seu terceiro livro, que trata das profundas ligações entre a música
e a religiosidade.
www.maestroricardorocha.com.br e www.bachiana.com.br
126
Acabou-se de imprimir
As nove sinfonias de Beethoven,
em 30 de julho de 2013,
nas oficinas da Gráfica Colorset
especialmente para Fundação Charitas Brasil.