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ESQUEMA AMPLIADO
BARROCO CLÁSSICO
Aproximadamente: 1600/1750 Aproximadamente: 1750/ 2ª década do século
XIX
●Teatralidade/Extravasamento ● Dualismo/Oposição
●Grotesco/Macabro ●Elegância/Refinamento
↓
● Efemeridade da Vida: medo e exaltação
da morte coexistindo com a exaltação da
vida.
Cores claras;
Composição assimétrica, em diagonal, que
Tons pastéis;
se revela em um estilo grandioso,
Representação da vida profana da
monumental, retorcido, substituindo a
unidade geométrica e o equilíbrio da arte aristocracia;
Representação de Alegorias;
renascentista.
Estilo decorativo.
Prevalecimento de curvas e espirais
levando à impressaõ de grande
movimentação cênica. ► Características da Pintura Neoclássica
Cores quentes
Estilo pictórico. ● Pintura descritiva de forte realismo;
Acentuado contraste de claro-escuro - um ● Traço linear assumindo maior importância
que a aplicação da cor;
recurso que visava a intensificar a sensação ● As cenas vivem da composição formal
de profundidade. harmoniosa;
Realista, abrangendo todas as camadas ● Os elementos possuem contornos bem
sociais. definidos;
Escolha de cenas no seu momento de maior ● Disposição das imagens em planos
intensidade dramática. ortogonais equilibrados;
A luz não aparece por um meio natural, ● As figuras assumem uma postura rígida;
mas sim projetada para guiar o olhar do ● Artificialismo da composição, distanciando
observador até o acontecimento principal o observador.
da obra.
O Balanço, Fragonard
(Rococó)
► Arquiteura Neoclassica
↓ PADRÕES DE ACOMPANHAMENTO
►Movimento melódico apresentando pouco ► Contrastes: entre temas; entre partes dos
contraste temático em termos de caráter: temas; entre várias partes de um movimento;
contrastes estabelecidos mais frequentemente entre entre movimentos
grupos instrumentais (solo: não temático; tutti:
temático). ► Âmbito melódico: maior do que no Barroco.
►Âmbito melódico pouco expandido. Uso de ► Melodia baseada nas notas do acorde:
intervalos de mediana extensão (maiores do que preenchidas em vários casos por “notas de
os usuais no renascimento). passagem”, “apogiaturas”, “bordaduras”.
► Melodia enfatizando notas repetidas
- Em Pergunta e Resposta
►Acentuado movimento harmônico no âmbito
das frases.
Notas de Passagem
Bordaduras
Apojatura
Apojatura longa
Antecipação
Grupeto
Realização do Grupeto
Mordente
Realização do Mordente
3.6. DINÂMICA:
3.6. DINÂMICA:
Busca por expressão humana e individual
No período barroco as possibilidades de
exploração de contrastes entre a intensidade dos ○ No período clássico, devido à evolução dos
sons eram menores, devido às limitações dos instrumentos, os compositores incluem já nas
instrumentos musicais da época. Utilizavam suas obras uma gama mais alargada de
freqüentemente a oposição entre forte e piano sem dinâmicas. Surge a possibilidade do fortíssimo e
fazer crescendos (aumento gradual da intensidade do pianíssimo. Aparece também o uso de
do som) e diminuendos (diminuição gradual da acentuações repentinas, ou seja, o sforzando.
intensidade do som).
○ Nos períodos anteriores não se indicava
objetivamente alguma mudança de nuances deste
parâmetro. Na última fase do Barroco, havia
somente indicações de contrastes entre trechos
musicais em "piano" e "forte". Já os clássicos
tiveram a idéia de utilizar o "crescendo" e o
"decrescendo", graduando a dinâmica e
inventando seus respectivos sinais. Esta técnica
foi muito desenvolvida pelos compositores de
Mannheim (Alemanha) e divulgada
posteriormente por Haydn e Mozart.
Lied, na Alemanha;
Song ou Art Song nos Estados Unidos e
Inglaterra;
►Fuga: peça contrapontística cujo padrão formal Canzone, na Itália;
é o seguinte: Canção em Portugal e no Brasil.
Episódio: o compositor imprime uma série de ● Idéia de contraste e conflito entre tema
mudanças ao tema: inverte os intervalos, faz principal e tema secundário.
movimentos retrógrados, aumenta ou diminui as ● Elaboração Temática: revolução na
durações, faz jogos entre as vozes; fragmenta o linguagem, “possibilitando que uma entidade
tema entre as vozes; modula; coloca um musical (motivo, tema etc., se transformasse,
acompanhamento em acorde; usa uma nota ou gradativamente, a ponto de engendrar uma
várias como pedal e outros. nova entidade – gerar um outro a partir de
seus próprios elementos.
Stretto ("estreito" em italiano): é a parte aonde o
tema vai gradualmente retornando a tonalidade
↓
principal. É um tipo de re-exposição do início da
música com entradas do tema de maneira Principal ferramenta de criação da
“estreitada”, ou seja, uma logo após a outra. linguagem musical.
↓
► Sonata Monotemática (a grande binária):
Allegro de Sonata
O termo sonata era usado para definir qualquer (1º Movimento do gênero Sonata)
gênero puramente instrumental, assim como
cantata era um gênero vocal. ○ A forma-sonata clássica descende diretamente
Usava-se um esquema monotemático divido em da Abertura da suíte barroca e da ópera italiana.
duas partes: Exposição, Ponte, Reexposição. Essa Foi desenvolvida principalmente pelos filhos de
estrutura era eventualmente modificada de acordo Bach, notadamente por Carl Phillip Emanuel, e
com o compositor, todavia, permaneceu como consolidada pelo uso por vários outros
principal esquema formal da sonata até meados do compositores, principalmente, Joseph Haydn.
século XX.
ESTRUTURA
CODA CODA:
Tonal
(repetição) Estrutural
► Rondó Clássico: ABACA/ABACABA
○ Compositores:
↓
A “facilidade” do Rococó, bem como seu
“charme decorativo”, foi combinada com a
qualidade expressiva do Estilo Burguês na
maioria das composições por volta da metade
do século XVIII, gerando:
↓
ESTILO CLÁSSICO.
3.8.2. GÊNEROS INSTRUMENTAIS 3.8.2. GÊNEROS INSTRUMENTAIS:
► Sonata Barroca:
a) ÓPERA: a) ÓPERA:
►Origem do termo: A palavra ópera é uma Na ópera, aconteceram inúmeras tentativas para
abreviatura da expressão italiana “opera in dar combate à superficialidade dos libretos, às
musica” - obra literária posta em música. frivolidades dos cantores e a um tipo de música
Outras denominações: favola in musica ("lenda exuberante, mas sem dramaticidade.
musicada") ou dramma per musica ("teatro
musicado").
↓
Christoph Willibald von Gluck (1714/1787),
► Precursores: Um grupo de intelectuais de depois de compor dezenas de óperas em estilo
Florença, os membros da Camerata Fiorentina, napolitano ou no estilo pomposo francês,
queria recriar, dentro do espírito renascentista procurou desenvolver um tipo de espetáculo
literário, as tragédias gregas. Só que ao traduzir diferente e, nos prefácios de suas óperas "Orfeu e
uma expressão grega que significava Eurídice" (1762) e "Alceste" (1767), defendeu os
"declamando", eles a traduziram por "cantando" seguintes pontos de vista:
(nas palavras italianas "per recitare cantando").
De um erro de tradução criaram um novo gênero
musical. · O enredo deve ser simples;
↓ · A abertura deve preparar a platéia;
· O recitativo e a ária não devem atrapalhar a
ação;
Novidade da época: melodia acompanhada, por
· A música deve servir ao texto, procurando a
entenderem que esta poderia expressar os
“verdade” cênica.
sentimentos humanos mais convenientemente do
que música polifônica. ↓
↓ Mozart herdou e ampliou as idéias de Gluck.
A primeira ópera, que poderia receber esta Buscando profundidade dramática e aproveitando
denominação, seria La Dafne de 1597, com sua grande versatilidade musical, hibridou
música de Jacopo Peri (1561/1633) e Jacopo elementos estilísticos barrocos, franceses,
Corsi (1561/1602) e libreto de Ottavio Rinuccini napolitanos, a ópera bufa, o singspiel e o pré-
(1562/1621), baseada na mitologia grega, romantismo, conseguiu caracterizar de modo
conforme o gosto renascentista. (Infelizmente a adequado personagens e situações.
música se perdeu). Compôs óperas com temas mitológicos,
históricos, políticos, cotidianos e até fantásticos,
↓ explorando o drama, o humor e o erotismo.
A primeira ópera completa que chegou aos dias de Outros importantes compositores de óperas do
hoje, com duas versões musicais, é Eurídice de classicismo:
Peri, versão de 1600, e Giulio Caccini
(1545/1618), de 1602, e baseadas num libreto de - Joseph Haydn (1732/1809)
Rinuccini. Cada versão foi concebida para duas - Giovanni Paisiello (1740/1816)
festas diferentes. - Domenico Cimarosa (1749/1801)
- Antonio Salieri (1750/1825)
Outra das mais antigas óperas La favola d"Orfeo, - Luigi Cherubini (1760/1842)
foi estreada em Mântua, no ano de 1607. A música
é de Claudio Monteverdi (1567/1643) e o libreto
é de Alessandro Striggio (c1540/1592).
↓
Esta ópera rompeu com o padrão anterior,
porque Monteverdi queria que a música
ajudasse na expressão do texto (stilo concitato,
"estilo excitado" em italiano) e não mera
acompanhadora da palavra, conforme
defendiam os florentinos (stilo recitativo ou
rapprasentativo). Além disto, as óperas de
Monteverdi apresentavam mais árias: começo
do bel-canto.
► Libreto ("livrinho" em italiano): texto no qual
o compositor se baseia para escrever a música.
Pode ser do próprio compositor ou pode
encomendar a outros. Na época a preferência
recaia sobre temas pastoris, lendas gregas e
contos bíblicos.
↓
► Estrutura da Ópera: As partes de uma ópera
variam conforme o estilo artístico vigente, mas o
padrão geral segue mais ou menos assim:
b) ORATÓRIO:
b) ORATÓRIO:
No Classicismo, o gênero foi explorado por Franz
○ A palavra significa "sala de reza". O oratório
Joseph Haydn, autor de “A Criação” e “As
nasceu da lauda spiritual ("louvação espiritual"
Estações”.
do latim; canto dialogado dos Evangelhos,
pontuada pelo coro dos fieis), que eram músicas
que narravam à vida e os milagres dos santos. Tais
laudi começaram a ser apresentadas na
Congregação do Oratório, hoje Confederação
do Oratório (Confoederatio Oratorii Sancti
Philippi Nerii), também conhecida como
Oratorianos ou Ordem de São Filipe Néri - uma
sociedade de vida comum fundada em 1565, em
Roma, por São Filipe Néri, para clérigos
seculares, sem votos de pobreza e obediência,
dedicando-se à educação cristã da juventude e do
povo e a obras de caridade.
↓
○ O Oratório surge em função da proibição da
Igreja referente às representações do drama
litúrgico – teatro religioso acompanhado de cantos
e danças. A encenação de espetáculos sacros só
podia se dar em forma de concerto, sem atuação,
figurino e cenografia, e somente em dias e
lugares religiosos, e cantados em latim.
↓
Sua estrutura pode apresentar a estrutura completa
da ópera (árias, coros, recitativos, trechos
orquestrais), ou partes dessa estrutura. Na verdade
recitativo e ária da capo aparecem como
elementos dominantes.
f) TE DEUM d) TE DEUM
Etc.
BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA
CANDÉ, Roland. História Universal da Música. Vol. CANDÉ, Roland. História Universal da Música.
1. São Paulo: Ática, 1994. Vol. 1. São Paulo: Ática, 1994.
GROUT, D. J. A History of Western Music. Lisboa: BENNETT, Roy. Uma Breve História da Música.
Gradiva, 1994. GROUT, D. J. A History of Western Music. Lisboa:
ORTOLAN, Edson. História da Música Ocidental. A Gradiva, 1994.
Música Barroca (do final do séc. XVI a meados do SALLES, Filipe. Formas Musicais. Encontrado em
séc. XVIII). www.mnemocine.com.br/filipe/forma.htm
SALLES, Filipe. Formas Musicais. Encontrado em SEINCMAN, Eduardo. O Classicismo e a Música. In
www.mnemocine.com.br/filipe/forma.htm O Classicismo. São Paulo: Editora Perspectiva, 1999.