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Havia um menino diferente dos outros meninos: tinha o olho direito preto, o
esquerdo azul e a cabeça pelada. Os vizinhos mangavam dele e gritavam:
– Ô pelado!
Tanto gritaram que ele se acostumou, achou o apelido certo, deu para se assinar a
carvão nas paredes: Dr. Raimundo Pelado. Era de bom gênio e não se zangava; mas os
garotos dos arredores fugiam ao vê-lo, escondiam-se por detrás das árvores da rua,
mudavam a voz e perguntavam que fim tinham levado os cabelos dele.
Não tendo com quem entender-se, Raimundo Pelado falava só, e os outros
pensavam que ele estava malucando.
Graciliano Ramos. “Alexandre e outros heróis”. 14ed. Rio de Janeiro. São Paulo: Record. Martins.
1977.
Sobre o livro lido responda as questões abaixo:
Questão 5 – Na passagem “[…] deu para se assinar a carvão nas paredes: Dr. Raimundo
Pelado.”, os dois-pontos introduzem:
a) uma enumeração.
b) um comentário avaliativo.
c) um resumo da ideia anterior.
d) uma explicação.
Questão 8 – Ao desenhar as coisas maravilhosas sobre o país imaginário que ele inventou,
como o menino imaginava que eram as pessoas daquele lugar?
a) altas, magras e cabeludas.
b) educadas, gentis e ricas.
c) de vários tamanhos, raças, mas todos pelados e com um olho azul e outro castanho
como eram os olhos dele.
Questão 9 – A certa altura do texto, o personagem passa do mundo real para o mundo da
imaginação: talvez tenha pegado no sono. Qual o nome desse lugar?
a) Imaginolândia
b) Taperoá
c) Tatipirum
Questão 10 – Ao chegar no país imaginário, Raimundo encontra seres que lhe chamam a
atenção.
O que eram? Por que deixaram o menino tão impressionado?
a) Ele encontra um burro falante, gnomos e fadas.
b) Raimundo encontra seres extraterrestres e foge com muito medo.
c) Raimundo encontra um carro que fala e tem os faróis iguais aos olhos dele. Depois
encontra uma laranjeira falante e muito gentil que não tem espinhos.