Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE
LINGUAGENS
ENEM
TROVADORISMO
- Gênero textual caracterizado pela presença da voz lírica feminina, que busca ou lamenta
a perda do homem amado.
- Apesar da voz feminina, o texto era escrito por homens.
- O homem é retratado como mentiroso, traidor, mas muito bonito
- A mulher sente saudade do “amigo” que a abandonou ou viajou.
DENÚNCIA DA REALIDADE BRASILEIRA: nega-se o Brasil literário herdado do Romantismo e do Parnasianismo; o Brasil não-
oficial do sertão nordestino, dos cablocos interioranos, dos surbúbios, é o grande tema do Pré-Modernismo
REGIONALISMO: monta-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior
paulista com Monteiro Lobato; o Espírito Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto.
LIGAÇÃO COM FATOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS: diminui a distância entre a
realidade e a ficção. São exemplos: Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (retrata o governo de Floriano e a Revolta da
Armada) e Os sertões, de Euclides da Cunha (um relato da Guerra de Canudos). Como se observa, a “descoberta do Brasil” é o principal
legado desses autores para o movimento modernista, iniciado em 1922.
- Claude Monet: Estuário do Sena, Impressão, Nascer do Sol, Ponte sobre Hève na Vazante, Camille, O
vestido verde, A floresta em Fontainebleu, Mulheres no Jardim, Navio deixando o cais de Le Havre, O molhe
de Le Havre.
- Edgar Degas: Retrato da família Bellelli, Cavalos de Corrida numa Paisagem, Cavalos de Corrida, Retrato
de duas meninas, Paisagem, A banheira, A primeira bailarina.
- Pierre-Auguste Renoir: Mulher com sombrinha, O Camarote, Le Moulin de la Galette , Madame Georges
Charpentier e suas filhas, Remadores em Chatou, Elizabeth e Alice de Anvers, A dança em Bougival, Mulher
amamentando, As grandes banhistas, Menina com espigas, Menina jogando criquet, Ao piano, Odalisca,
Retrato de Claude Renoir, Banhista enxugando a perna direita.
- Édouard Manet: Os romanos, A decadência, O bebedor de absinto, Retrato do Sr. e Sra. Auguste Manet, O
homem morto, A música na Tulheiras, Rapaz em costume espanhol, Almoço na relva, Olympia, A ninfa
surpresa, A leitura, O tocador de pífano, A execução de Maximiliano, Retrato de Émile Zola, Berthe Morisot
de Chapéu Preto.
- Camille Pissarro: A vastidão congelada; Retrato de Cézanne; Os Cais de Rouen e A ponte nova.
- Alfred Sisley: Neve em Louveciennes, As margens do Oise e Neve em Véneux.
- Claude Debussy: Prelúdio à Tarde de um Fauno, Estampes, Trois Images, La Mer, Sonata para Piano e
Violino.
- Maurice Ravel: Jeux d'Eau, Bolero, Concerto para Piano em Sol Maior, Quarteto de Cordas em Fá Maior,
Rapsódia Espanhola.
DIAMÉSICA: variação entre a fala e a escrita. Exemplo: diferença no planejamento (audio do zap e a
mensagem escrita no zap)
CONTRACULTURA, CONCRETISMO E TROPICALISMO
NEOCONCRETISMO: Visa à recuperação do sensível e a experiência singular do ser humano com o mundo, diferenciando-se do Concretismo, ao propor ainda
mais liberdade, incluindo a participação do leitor na obra. Exemplo: o ciberpoema “Chá”.
NOTÍCIAS E REPORTAGENS
NOTÍCIAS
REPORTAGENS
RESUMO
Narra de forma objetivo e sintética.
Mostra a visão do autor original.
Destaca informações essenciais sobre o conteúdo.
Não contém a opinião da pessoa que o faz.
Exemplo: resumo dos capítulos de novela.
RESENHA
Análise pessoal da obra: detalhista em alguns pontos.
Abordagem opinativa: da pessoa que está analisando o texto.
Apresenta a ideia resumida sobre o assunto, além de apresentar um maior número de informações sobre o texto, dando
orientações ao leitor para que ele entenda o que está sendo proposto.
Vai direto ao ponto.
Apresenta a produção de forma crítica.
CHARGE, CARTUM E TIRINHA
CHARGE
Intimamente ligada ao tempo em que foi publicada. {contextual}{datada}
Aborda acontecimento contemporâneo, geralmente ligado à situação política e social com humor, ironia e sarcasmo.
Busca fazer sua própria leitura da realidade segundo a ótica do artista.
Por ser contextualizada, muitas vezes, não é compreendida fora desse contexto.
CARTUM
Muito semelhante à charge, mas se difere por abordar temáticas mais amplas, ou seja, que não estão diretamente relacionados
a um acontecimento específico.
Também se baseia no humor, na ironia e tem forte caráter crítico.
Traz uma única cena.
{universal}
TIRINHA
Texto carregado de humor e de crítica. Ex.: Mafalda.
O que difere da charge e do cartum é a presença de personagens fixas.
Apresentam o mundo e a realidade por meio da perspectiva de suas personagens, cujas características são quase sempre
caricaturescas.
Os temas abordados se relacionam, de alguma forma, com o caráter desses personagens.
Exige do leitor a mobilização de conhecimentos externos.
Há quebra de expectativas.
TIPOS DE NARRADOR OU FOCO NARRATIVO
NARRADOR PERSONAGEM
Conta na primeira pessoa a história da qual participa como personagem (o narrador está dentro da história)
Tem relação íntima com outros elementos da narrativa.
Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas.
- Protoganista: personagem principal
- Testemunha: não é o principal.
NARRADOR OBSERVADOR
Conta a história do lado de fora, na terceira pessoa, sem participar das ações.
Narra com certa neutralidade.
Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.
NARRADOR ONISCIENTE
Conta a história em terceira pessoa e, às vezes, permite intromissões, narrada em primeira pessoa.
Conhece as emoções e pensamentos dos personagens.
- Neutro: não influencia o leitor em observações ou opiniões.
- Seletivo: influencia o leitor a se posicionar contra ou a favor dele.
Referencial ou denotativa ou informativa [REFERENTE]
Essa função da linguagem tem como principal objetivo informar ou fazer referência de
algo. Caracteriza-se pelo aspecto impessoal da comunicação/escrita, que é feita na terceira pessoa
do singular ou plural.
Ex.: textos jornalísticos e científicos, material didático, textos informativos e conteúdos que
não envolvam aspectos emotivos ou subjetivos quanto à linguagem.
Poética [MENSAGEM]
Observada nas obras literárias, sendo utilizado um sentido conotativo no emprego da
palavra. Nesse tipo de texto, a preocupação do emissor/autor é fazer com que a mensagem seja
transmitida a partir da escolha de palavras, figuras de linguagem, expressões etc. Essa forma de
comunicação também é muito utilizada na publicidade e até mesmo em expressões do dia a dia,
tais como músicas, provérbios, anedotas, metáforas, trocadilhos etc.
Exemplo na publicidade (anedota): “Nossos clientes nunca voltaram para reclamar”.
(Publicidade de uma agência funerária)
Fática [CANAL]
Tem como principal objetivo interromper, estabelecer ou prolongar a comunicação de
uma forma que a relação entre o emissor e o receptor da mensagem seja o mais importante.
Consiste na função usada nas saudações, expressões de cumprimento, conversas ao telefone,
diálogos etc.
Exemplo: – Alô! Como você está?
Tem como principal característica uma linguagem persuasiva que busca influenciar ou
convencer o leitor. Bastante usada na publicidade, propagandas, discursos políticos etc. Uso de
verbos no imperativo e do vocativo, sendo elaborado em segunda ou terceira pessoa.
Exemplos: “Não perca esta promoção!”
Metalinguística [CÓDIGO]
Consiste em uma função da linguagem que se refere a ela mesma, ou seja, o emissor explica
um código usando o próprio código. Essa linguagem é observada em dicionários, textos gramaticais,
na arte, na poesia etc.
Gêneros textuais
Gêneros textuais são textos que exercem uma função social específica, ou seja, ocorrem em
situações cotidianas de comunicação e apresentam uma intenção comunicativa bem definida. Os diferentes
gêneros textuais se adequam ao uso que se faz deles. Adequam-se, principalmente, ao objetivo do texto,
ao emissor e ao receptor da mensagem e ao contexto em que se realiza.
Embora os diferentes gêneros textuais apresentem estruturas específicas, com características próprias,
é importante que os concebamos como flexíveis e adaptáveis, ou seja, que não definamos a sua estrutura
como fixa.
Os gêneros textuais possuem transmutabilidade, ou seja, é possível que se criem novos gêneros a
partir dos gêneros já existentes para responder a novas necessidades de comunicação. São adaptáveis e
estão em constante evolução.
Gêneros literários são divisões feitas em obras literárias de acordo com características formais comuns,
agrupando-as segundo critérios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros.
A divisão clássica remonta à Grécia antiga e define três gêneros literários:
Gênero lírico;
Gênero épico;
Gênero dramático.
Esta classificação de gêneros literários sofreu algumas alterações ao longo dos anos e, presentemente, privilegia-
se a substituição do gênero épico pelo gênero narrativo, mais abrangente e atual, ficando, dessa forma, a seguinte divisão:
Gênero lírico;
Gênero narrativo;
Gênero dramático.
Dentro de um determinado gênero literário há o predomínio de uma estrutura típica, que não corresponde
à estrutura de outro gênero literário, visto que cada um apresenta características próprias.
Gênero lírico
Gênero narrativo
Gênero dramático
- O narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do personagem.
- O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o narrador se
distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.
- Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um
estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.
- Há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há intervenções do narrador bem como
da fala dos personagens.
- Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do
narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas.
COMPARAÇÃO OU SÍMILE: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se
identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e etc. A principal
diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos comparativos.
“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)
METÁFORA: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de
similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)
CATACRESE: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por
empréstimo.
Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.
O pé da mesa estava quebrado.
METONÍMIA: é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A
metonímia ocorre quando se emprega:
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)
O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)
O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).
ANTONOMÁSIA: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.
A cidade eterna (em vez de Roma)
SINESTESIA: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos sensoriais.
Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)
ANTÍTESE: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.
Os jardins têm vida e morte.
EUFEMISMO: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.
Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)
GRADAÇÃO OU CLÍMAX: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.
Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.
HIPÉRBOLE: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede!
Não vejo você há séculos!
PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos
seres humanos.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
PARADOXO: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no contexto se
completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.
Estou cego, mas agora consigo ver.
PERÍFRASE: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.
O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)
APÓSTROFE: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.
“Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)
IRONIA: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.
Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.