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RESUMOS

DE
LINGUAGENS
ENEM
TROVADORISMO

O trovadorismo é considerado o primeiro movimento literário da língua portuguesa.


Trova: poesias feitas para serem cantadas (citara, flauta, lira e harpa)

Cantiga de amigo trovadoresca

- Gênero textual caracterizado pela presença da voz lírica feminina, que busca ou lamenta
a perda do homem amado.
- Apesar da voz feminina, o texto era escrito por homens.
- O homem é retratado como mentiroso, traidor, mas muito bonito
- A mulher sente saudade do “amigo” que a abandonou ou viajou.

Cantiga de amor trovadoresca


- Eu lírico masculino: sofredor, aflito, coitado, enlouquecido: mulher idealizada,
inacessível.
- Objeto: a dama, a senhora.
- Ambiente de corte: origem provençal.

Cantiga de escárnio trovadoresca

- Realiza uma crítica indireta.


- Não identifica a pessoa satirizada: faz uma sátira genérica.
- Utiliza linguagem bem trabalhada.
- Apresenta muitas sutelizas, ironias trocadilhos e ambiguidades.

Cantiga de maldizer trovadoresca

- Realiza uma crítica direta.


- Geralmente revela o nome da pessoa com a intenção de difamá-la.
- Utiliza linguagem bem trabalhada.
- É comum a agressão verbal à pessoa alvejada (palavrões).
ESCOLAS LITERÁRIAS
ESCOLA CONTEXTO CARACTERÍSTICAS REPRESENTANTES
HISTÓRICO
 Inaugura a literatura brasileira
Literatura informativa: sobre a descoberta do novo mundo Pero Vaz de Caminha
 Crônicas de viagens e diários de navegação para levar ao Rei de Portugal Pe Anchieta
imagens do território percorrido e do povo encontrado. Pe Manuel da Nóbrega
Expansionismo  Linguagem extremamente detalhista e
QUINHENTISMO do século XVI descritiva Literatura jesuítica: processo de Outros artistas:
catequização dos índios Jean de Léry
 A transição do universo indígena para o cristão se deu pela linguagem: a astúcia Theodore de Bry
linguística e persuasória dos textos tinha eficácia catequética. Frans Post
 Anchieta, nos diálogos dos seus atos, fez com que convivessem Tupã e Anhangá Albert Eckhout
com Deus, a Virgem Maria e os santos católicos, acrescentando vocábulos do
português ao tupi: homologia para converter os nativos (Teatro de Anchieta)
 Arte da Contrarreforma para perpetuar os valores da Igreja a todos os cantos,
seja no Velho ou no Novo Mundo.
 Oposição dualista. Pe Antônio Vieira
Literatura de Antônio Vieira {Sermões} Gregório de Matos
 Promoção da fé católica por meio de uma linguagem cultista e conceptista.
 O cultismo é o exercício do culto à forma rebuscada, empregando sofisticação Outros artistas:
linguística para alcançar todo o contorcionismo estético que se deseja Caravaggio
(hipérbatos, aliterações, assonâncias, anáforas etc) Bernini
 O conceptismo explicação do conceito por meio de uma imagem concreta Rembrandt
BARROCO Contrarreforma (analogias, comparações, metáforas). Velázquez
do século XVII Literatura de Gregório de Matos (“Boca do Inferno”) Aleijadinho
 Sua obra pode ser dividida em três partes: a sacra, a amorosa e a satírica.
Contudo, em todas as vertentes, o que caracteriza a poesia de Gregório é seu
trabalho lúdico com as palavras manifestado em trocadilhos,
ambiguidades, metáforas, hipérboles, antíteses, bem ao estilo
cultista/conceptista do barroco.
 A poética sacra enfatiza o sentimento exacerbado de contrição, o desejo
intenso de purgação: cabe ao homem pecar e a Deus perdoar
 A poética amorosa é marcada pela concepção mundana, carnal e efêmera
davida e dos relacionamentos amorosos.
 A poética satírica denunciava as torpezas, os vícios e os enganos do Brasil: a
usura Igreja, a riqueza inescrupulosa dos governantes, a exploração da metrópole
portuguesa, a alienação dos mestiços brasileiros.
 Pintura barroca: claro/escura, alto/baixo, detalhista e realista.
 Buscou negar o teocentrismo ideológico e o cultismo estético do Barroco para
instaurar uma arte baseada no racionalismo, na exatidão, na geometrização, Durão: Caramuru
na linearidade e na regularidade métrica. Cláudio Manuel da
 Ligado à arte greco-romana. Costa
 Enaltecimento da vida simples, desdenhando da natureza e das grandes Tomás Antônio Gonzaga
ARCADISMO/ Iluminismo do ambições. Basílio da Gama
NEOCLASSIC. século XVIII  Linguagem simples, sem exageros expressivos, sem figuras de linguagens ou Luís de Camões
inversões sintáticas em excesso.
 Exaltação dos valores intelectuais sobre os morais e religiosos. Outros artistas:
 A arte deve prezar pela leveza, pelo equilíbrio, deve ser desprovida de excessos Jean-Baptiste Debrét
(“utile et dulce”: útil e dócil). Antoine Taunay
 Culto à natureza: apego aos valores do campo (simplicidade, humildade, Victor Meireles
sobriedade, honra) em oposição aos valores da cidade (ostentação, vaidade, Pedro Américo
arrogância, hipocrisia, comportamento teatral) Boccage
 Fugere urbem: desejo de fugir da cidade
 Locus amenus: culto à vida pastoril e à paisagem bucólica (em razão da alta
demografia nas regiões das minas)
 Inutilia truncat: condenação a quem exalta a pompa, as coisas inúteis
 Aurea mediocritas: valorização da simplicidade
 Carpe diem: a existência é fugaz, por isso, cabe ao homem aproveitá-la.
 A divisão do Romantismo brasileiro em três fases é aplicável apenas para a
poesia.
Primeira geração Primeira geração:
 Buscavam elaborar uma literatura de tom nacionalista e idealizado, aspectos Gonçalves Dias
adequados para legitimar a independência do Brasil. Joaquim Manoel de
Revolução  Retratavam a natureza e a origem do povo brasileiro: estética da cor local e do Macedo
Francesa indianismo. Camilo Castelo Branco
 Fuga à regularidade métrica e pluralidade temática José de Alencar
Independência  Sentimentalismo Visconde De Taunay
ROMANTISMO do Brasil  Caráter ufanista: exaltação da pátria brasileira. Manuel Antônio de
 Surgimento da prosa romântica: romance de folhetim. Visavam divertir a Almeida
Proclamação burguesia, sedenta de cenas amorosas e de enredos emocionantes Bernardo Guimarães
da República
 Personagens-tipo: expressam uma identidade coletiva de diversos lugares e Victor Hugo*
classes
Segunda geração: Ultrarromantismo ou Byronismo ou “Poesia do Mal do Século”
 Caráter noturno, mórbido, onírico e melancólico.

Romance romântico: José de Alencar


Romance gótico: Alvares de Azevedo
Romance libertário: Castro Alves

 Ambientação misteriosa e fúnebre que compactua com a obscuridade do


próprio caráter humano
 O termo “mal do século” se referia tanto às doenças físicas que acometiam a
humanidade (principalmente a tuberculose) quanto à dilaceração sentimental pela Segunda geração
qual passava o homem. Casemiro de Abreu
 Representação da angústia, do medo e da morte (tais sentimentos aparecem Junqueira Freire
personificados) Álvares de Azevedo
 Ausência de fronteiras entre a realidade e o sonho.
 Retratação de um amor impossível de ser realizado: a vida impede o eu
poético de se encontrar com a amada.
 A mulher é inatingível, intocável: oscila entre uma representação angelical,
etéria, e uma descrição mais erótica, carnal.
 Isolamento
Terceira geração: Condoreira (condor é símbolo da liberdade)
 Escrita mais voltada para o social, apontando para questões políticas e
ideológicas vigentes no final do século XIX.
 Caráter mais engajado dos autores: construção do nacionalismo republicano
e de uma sociedade sem “mácula” da escravidão. Terceira geração:
 Liberalismo político, social e artístico. Castro Alves
 “Branqueamento” do negro (“A escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães): toda Fagundes Varela
a beleza de Isaura é posta no seu não parecer negra.
 Em vez de se preocuparem com um mundo imaginário e com ambientes oníricos
e perpassados por seres fantásticos, como fizeram os românticos, os realistas
Revolução buscaram construir um retrato fidedigno da realidade: radiografar e Machado de Assis
REALISMO industrial – diagnosticar as mazelas do mundo industrial e da sociedade burguesa.
Século XIX  Arte próxima da realidade, de caráter científico, verossímil, dotada da maior
objetividade possível, sem qualquer traço de impressão pessoal ou emotiva.
 Obras eram voltadas para uma perspectiva social: influência de Darwin, Marx,
Durkheim dentre outros.
 Pretende acabar com o idealismo.
 Buscou se enveredar ainda mais pelas descobertas científicas sobre a origem
do homem e o seu lado animalesco. Aluísio Azevedo
Revolução  Conflito entre a potência natural e a domesticação pelas regras sociais. Raul Pompeia
NATURALISMO industrial e  Zoomorfização: homens e mulheres são tão explorados, miseráveis, que Eça de Queiroz
científica – parecem regressar a um estado de animalidade. Emile Zola
Século XIX  Desidealização da infância, marcada por desilusões, transgressões sexuais,
violência, etc (“O Ateneu”)
 O cortiço (Aluísio Azavedo)
 Procurou resgatar os conceitos clássicos da arte greco-romana.
 Formalismo técnico: a arte pela arte.
 Os poemas têm como temática a busca de uma poesia bela e perfeita como uma
escultura clássica, tão geômetra como um templo grego. Olavo Bilac
 Forte caráter metalinguístico: escreve-se sobre o próprio ato da escrita, sobre Raimundo Correia
PARNASIANISMO Final do século a poesia e o papel do poeta. Alberto de Oliveira
XIX  Os poetas parnasianos associavam-se à imagem de um escultor ou ourives,
que esculpe os versos e estrofes até atingir a forma plena.
 Retrata a poesia como um exercício árduo, que mescla a inspiração, a
genialidade, com o trabalho persistente que é o labor literário.
 Sacralização da poesia: “ofício” mais digno do que “qualquer outro”.
 O poeta deve se exilar da vida mundana para concretizar seu ofício poético.
 Tinham uma preocupação estética direcionada a uma escrita mais espiritualista,
transcendental, de influência oriental e de cunho místico.
Início da  Alguns autores contestaram o positivismo filosófico e o cientificismo tão Cruz e Sousa
SIMBOLISMO República promulgados pelo Realismo/Naturalismo. Alphonsus de Guimarães
 Explora intensamente a musicalidade: “antes de qualquer coisa, a música”. Charles Boudelaire
 Uso da sinestesia e da linguagem simbólica para construir cenários etéreos e
diáfanos (translúcido).
 Obsessão pela cor branca.

Renascimento – pintura realista


PRÉ-MODERNISMO
A esse período, marcado pelo sincretismo de tendências artísticas, costuma-se chamar Pré-Modernismo. Sem constituir um movimento
literário propriamente dito, o Pré-Modernismo consiste na fase de transição entre a produção literária do final do século XIX e o
movimento modernista.
CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-MODERNISMO
 RUPTURA COM O PASSADO, COM O ACADEMICISMO: apesar de algumas posturas que podem ser consideradas conservadoras,
há esse caráter inovador em determinadas obras. A linguagem de Augusto dos Anjos, por exemplo, ponteada de palavras “não-
poéticas” (como cuspe, vômito, escarro, vermes), era uma afronta à poesia parnasiana ainda em vigor.

 DENÚNCIA DA REALIDADE BRASILEIRA: nega-se o Brasil literário herdado do Romantismo e do Parnasianismo; o Brasil não-
oficial do sertão nordestino, dos cablocos interioranos, dos surbúbios, é o grande tema do Pré-Modernismo

 REGIONALISMO: monta-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior
paulista com Monteiro Lobato; o Espírito Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto.

 TIPOS HUMANOS MARGINALIZADOS: o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos.

 LIGAÇÃO COM FATOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS: diminui a distância entre a
realidade e a ficção. São exemplos: Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (retrata o governo de Floriano e a Revolta da
Armada) e Os sertões, de Euclides da Cunha (um relato da Guerra de Canudos). Como se observa, a “descoberta do Brasil” é o principal
legado desses autores para o movimento modernista, iniciado em 1922.

GRAÇA ARANHA LIMA BARRETO MONTEIRO LOBATO


Regionalismo (Espírito Santo) Estilo despojado, coloquial Precursor da literatura infantil
Obra: Canaã (obra que inaugura o pré- Temática de crítica social Linguagem simples: realidade x fantasia
modernismo Obra: O triste fim de Policarpo Quaresma Obra: O sítio do pica-pau amarelo
AUGUSTO DOS ANJOS EUCLIDES DE CUNHA SIMOES LOPES NETO
Características simbolistas e parnasianas Regionalismo (Nordeste) Regionalismo
Vocabulário científico Temática de retrato fiel da realidade Narrador-personagem
Egocentrismo Obra: Os sertões Obra: O vaqueiro Blau Nunes
MODERNISMO
 O modernismo brasileiro teve como marco histórico a Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922. O evento reuniu artistas de diversas áreas como a
literatura, a pintura e a música, em nome de um projeto estético que colocava o país em um contato direto com as vanguardas europeias, rompendo,
assim, não só com o academicismo, mas também com a arte retórica e de “bom tom” da Belle Époque.
 Apropriando-se dos manifestos e das criações artísticas feitos pelos futuristas, expressionistas, dadaístas, cubistas e surrealistas, os intelectuais brasileiros
passaram a elaborar uma arte baseada na inovação, na velocidade e na simultaneidade do mundo urbano

FASES CARACTERÍSTICAS REPRESENTANTES

 Negação de um passado retrógrado e convencional


 Assimilação do discurso dessacralizador e agressivo das vanguardas.
 Tinha-se consciência da necessidade da mudança, ainda que não se soubesse, necessariamente, para
que direção tal mudança caminharia: “o que não se quer é estar preso à tradição, aos parnasianos,
ao discurso academicista, prolixo e verborrágico que governava o gosto burguês no Brasil”.
 Retratação do cotidiano com uma linguagem simples e coloquial: romper com o português de Portugal
era assumir uma independência linguística e cultural.
 Preocupação em produzir uma arte que fosse a manifestação da identidade nacional.
Oswald de Andrade
 Negação em relação à arte e à linguagem eurocêntricas.
 Desde 1922, surgiram várias facções do modernismo, com destaque para o Movimento Pau-Brasil Mário de Andrade
(posteriormente desdobrado na Antropofagia), o Verde-Amarelo e a Anta: a postura extremamente Tarsila do Amaral
PRIMEIRA FASE – crítica e sarcástica do Pau-Brasil e da Antropofagia era oposta à do Verde-amarelo, grupo mais Manuel Bandeira
FASE HERÓICA conciliador e de um nacionalismo (patriótico e ufanista) mais idealizado como o dos românticos Alcântara Machado
(1922-1930)  O Movimento Pau-Brasil foi elaborado por Oswald de Andrade, em 1924, e, em 1928, o mesmo autor Anita Malfatti
lançou o Movimento da Antropofagia, que levou ao extremo o raciocínio sobre a relação dialógica Cassiano Ricardo
e dialética da cultura brasileira com a tradição estrangeira. Menotti del Picchia
 A partir daí, surgiu a ideia de construir um movimento estético de cunho nacional que devorasse a Guilherme de Almeida
cultura estrangeira e buscasse, de forma crítica, a construção da identidade brasileira.
 De forma sarcástica, Oswald de Andrade apresenta os integrantes da sociedade brasileira como
“canibais dos trópicos” que “comem” os europeus como uma forma de vingança diante da história
exploração. A expressão “comer” também foi usada como metáfora para o parricídio cultural e literário,
na qual o filho (vanguarda) devora o pai (tradição).
A década de 1930 foi marcada pela crise econômica mundial, pelo surgimento das ideologias PROSA
fascistas e pela Segunda Guerra.
Prosa Graciliano Ramos
 A segunda fase do modernismo privilegiou as questões universais em detrimento da questão Jorge Amado
nacionalista: a preocupação não era mais a construção de uma identidade nacional, mas a reflexão Rachel de Queiroz
sobre o ser humano cada vez mais desumanizado por uma sociedade desigual e mecanicista. José Lins do Rego
 Produção de uma arte de conscientização e de mobilização social, o que gerou uma produção José Américo de
engajada. Almeida
 As denúncias sociais e políticas foram feitas na poesia, na prosa, no teatro, no cinema e na pintura.
SEGUNDA FASE – FASE
 Retratou as questões sociais do Brasil: a realidade opressora dos centros urbanos e a injustiça
NEORREALISTA, FASE POESIA
do interior oriunda da concentração de renda e de terras em uma política marcada pelo
DA CONSOLIDAÇÃO,
coronelismo.
GERAÇÃO DE 30  Os romances dos autores nordestinos legitimaram uma literatura de caráter regionalista capaz Carlos Drummond de
(1930-1945) de demonstrar e denunciar o processo desumano marcado pelo flagelo da seca, pela injusta Andrade
distribuição de reanda e pela exploração da sociedade capitalista. Cecília Meireles
Neorrealismo Poesia Mário Quintana
 Na poesia, houve equilíbrio entre as inovações estéticas conquistadas pelos autores da primeira Murilo Mendes
fase e uma retomada da tradição: o soneto (Vinícius de Moraes) volta a ser escrito e cultuado, Jorge de Lima
bem como temáticas mais subjetivas, emotivas, religiosas e espiritualistas voltaram a aparecer. Vinícius de Moraes
 Versos longos, ânsia pelo sublime, imagens alegorizantes, idealização da figura feminina/amor
platônico (mas também amor materializado) e fundo místico, caráter existencialista, grande Outros artistas:
experimentalismo e abrangência temática.
Portinari
Di Cavalcanti
 Os autores prolongaram o tratamento das questões sociais e das reflexões psicológicas da
literatura da década anterior.
 As produções apresentam uma realidade nacional, mas com personagens que vivenciam situações João Guimarães Rosa
universais. João Cabral de Melo
 Inovações linguísticas e metalinguagem. Neto
TERCEIRA FASE  Prosa regionalista, urbana e intimista Clarice Lispector
(1945-1960)  Caráter lúdico, poético e criativo da linguagem: fusão da oralidade cotidiana e da erudição Lygia Fagundes Telles
estética (Guimarães Rosa)
Neoparnasianismo  Existência árida (João Cabral de Melo Neto)
na poesia  Intenso lirismo, introspectivismo, reflexão existencialista e caráter metafísico (C. Lispector)
 Personagens complexos, conflituosos, sufocados pela monotonia do cotidiano e pelas relações
humanas.
 Na poesia, destacam-se J. C. De Melo Neto e Ivo Ledo: neoparnasianos: resgatam um formalismo
técnico.
IMPRESSIONISMO
O impressionismo foi um movimento artístico (artes plásticas e música) que surgiu na França no final
do século XIX. Este movimento é considerado o marco inicial da arte moderna. O nome “impressionismo”
deriva de uma obra de Monet chamada Impressão, nascer do Sol
(1872).

Características do impressionismo nas artes plásticas:

- Ênfase nos temas da natureza, principalmente de paisagens;


- Uso de técnicas de pintura que valoriza a ação da luz natural;
- Valorização da decomposição das cores;
- Pinceladas soltas buscando os movimentos da cena retratada;
- Uso de efeitos de sombras coloridas e luminosas.

Características do impressionismo na música:

- Composições que buscam retratar imagens;


- Títulos de peças que remetem a paisagens naturais;
- Melodias sensuais e etéreas.

Principais artistas impressionistas e suas obras:

- Claude Monet: Estuário do Sena, Impressão, Nascer do Sol, Ponte sobre Hève na Vazante, Camille, O
vestido verde, A floresta em Fontainebleu, Mulheres no Jardim, Navio deixando o cais de Le Havre, O molhe
de Le Havre.
- Edgar Degas: Retrato da família Bellelli, Cavalos de Corrida numa Paisagem, Cavalos de Corrida, Retrato
de duas meninas, Paisagem, A banheira, A primeira bailarina.
- Pierre-Auguste Renoir: Mulher com sombrinha, O Camarote, Le Moulin de la Galette , Madame Georges
Charpentier e suas filhas, Remadores em Chatou, Elizabeth e Alice de Anvers, A dança em Bougival, Mulher
amamentando, As grandes banhistas, Menina com espigas, Menina jogando criquet, Ao piano, Odalisca,
Retrato de Claude Renoir, Banhista enxugando a perna direita.
- Édouard Manet: Os romanos, A decadência, O bebedor de absinto, Retrato do Sr. e Sra. Auguste Manet, O
homem morto, A música na Tulheiras, Rapaz em costume espanhol, Almoço na relva, Olympia, A ninfa
surpresa, A leitura, O tocador de pífano, A execução de Maximiliano, Retrato de Émile Zola, Berthe Morisot
de Chapéu Preto.
- Camille Pissarro: A vastidão congelada; Retrato de Cézanne; Os Cais de Rouen e A ponte nova.
- Alfred Sisley: Neve em Louveciennes, As margens do Oise e Neve em Véneux.

Principais músicos impressionistas e suas obras principais:

- Claude Debussy: Prelúdio à Tarde de um Fauno, Estampes, Trois Images, La Mer, Sonata para Piano e
Violino.
- Maurice Ravel: Jeux d'Eau, Bolero, Concerto para Piano em Sol Maior, Quarteto de Cordas em Fá Maior,
Rapsódia Espanhola.

Principais pintores impressionistas brasileiros e suas principais obras:

- Eliseu Visconti: Mamoeiro, Dia de Sol, Na Alameda Teresópolis e A visita.


- Almeida Júnior: O Violeiro, Moça com livro, Arredores do Louvre, Fuga para o Egito, O descanso do
modelo, Leitura e A Partida da Monção.
- Henrique Cavalleiro: A parisiense, Jardim de Luxemburgo e Nu.
- Vicente do Rego Monteiro: Vaso de Flores, Wilma, Dida, Mulher Sentada e Mulher com bola vermelha
PERÍODOS DA HISTÓRIA DA ARTE NA LINHA
DO TEMPO
A HISTÓRIA DA ARTE
A gênese da pintura vem dos homens das cavernas e se manifestou por meio dos movimentos artísticos ao longo
do tempo, com referências marcantes e diferenciadas. Por intermédio da luz, das cores e das formas e possível expressar a
concepção do mundo, afinal, a pintura nada mais é do que a manifestação artística mais conhecida de público.
Este segmento vive hoje um momento assinalado por grande liberdade estilística e cultural, chamado por muitos de
período pós-moderno, no qual e possível coexistirem diversas tendências do passado. Para retratar esse fenômeno, estão
relacionadas a seguir os principais movimentos artísticos, de forma concisa, complementadas por datas que assinalam as
épocas nas quais foram feitos seus primeiros registros na história.

ARTE RUPESTRE (20.000 a.C.)

Considerada a expressão artística mais antiga da humanidade, foi


realizada em cavernas, grutas ao ar livre. Para criar figuras foram usados
corantes naturais, foram usados corantes naturais, fabricados a partir da
terra, e a tonalidade preta era obtida do carvão vegetal. Acredita-se que
esses símbolos profunda importância para sociedade pré-histórica,
desempenhando talvez uma função mágica ou até mesmo ritualística.

ARTE EGÍPCIA (3.000 a.C.)


Os artistas estavam mais interessados na arquitetura e na escultura,
por isso muitas pinturas que ainda permanecem são decorações de tumbas
– motivo de conservação. As figuras são essencialmente simbólicas e
seguem rígidos padrões de representação, mostradas de ângulos que as
identificam facilmente em uma escala que se baseava na hierarquia

ARTE GREGA (Século 9 a.C.)


Poucos exemplares resistiram á ação do tempo, pois os gregos
pintavam diretamente sobre painéis de madeira. Para se ter uma ideia de
suas propriedades, e imprescindível estudar a pintura decorativa de vasos,
na qual a preocupação com a anatomia e o homem são as principais
temáticas.

ARTE ROMANA (Século 8 a.C.)


Com influência da arte grega, entre os gêneros populares estavam
o retrato, a paisagem e as pinturas triunfais e populares que expressavam a
realidade vivida. Os suportes eram a madeira, o tecido (linho) e o marfim
para painéis portáteis, e a pedra e o estuque para a pintura mural.
ARTE GÓTICA (Século 13)

A pintura durante esse movimento era praticada em quatro


principais ofícios: iluminura de manuscritos, afrescos, painéis e vitrais,
ganhando destaque nos últimos três séculos da Idade Média. Na verdade,
a arte era vista como um recurso didático para difundir o Cristianismo,
exposta como ícone, para intensificar a contemplação e a prece.

RENASCIMENTO (Século 14)


Período que marcou o final da Idade Média e começo da Idade
Moderna, no qual as telas conquistaram um espaço cênico, suportado por
princípios matemáticos e pelas perspectivas linear, rigorosa e científica
que permitiram um tratamento real do espaço e da luz.

BARROCO (Século 16)


Este estilo remete a uma pintura realista, concentrada nos retratos
no interior das casas, nas paisagens e na natureza morta. Composição
assimétrica, em diagonal, acentuado contraste de claro – escuro e escolha
de cenas no seu momento de maior intensidade dramática são as principais
características,

ROCOCÓ (Século 17)

Este estilo remete a uma pintura realista, concentrada nos retratos


no interior das casas, nas paisagens e na natureza morta. Composição
assimétrica, em diagonal, acentuado contraste de claro- escuro e escolha
de cenas no seu momento de maior intensidade dramática são principais
características. Estilo ornamental e decorativo - luxúria

NEOCLASSICISMO (Século 18)

Período caracterizado por pinturas de forte realismo, em que o


traço linear assume maior importância que a aplicação da cor. As figuras
assumiriam uma postura rígida, na qual a luz artificial direcionada ajudou
na criação de imagens solidas e monumentais. Forte influência do
Renascimento.

ROMANTISMO (Século 18)


Este não foi um estilo unificado em termos de técnica ou temática,
pois o principal objetivo deste movimento foram às ideias individuais de
cada pintor, que favoreceram o nascimento de liberdade de escolha, de
um senso de integridade e independência, e de um espírito avesso ás
convenções estilísticas de sistemas de valores genéricos e impessoais.
REALISMO (Século 19)

Datado em 1850, foi utilizado para designar formas de


representação objetiva da realidade. Como doutrina estética, o realismo
surgiu na França. O enfrentamento direto e imediato da realidade, com
o auxílio das técnicas pictóricas, descartou o ilusionismo por parte dos
artistas.

IMPRESSIONISMO (Século 19)

Corrente pictórica inaugural da arte moderna iniciada em 1860,


caracterizada pelo registro da experiência contemporânea: observação
da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais,
suspensão dos contornos dos claro–escuros pinceladas fragmentadas;
aproveitamento da luminosidade e uso de cores complementares,
favorecidos pela pintura ao ar livre. Belle Epoque

FAUVISMO (Século 20)


Corrente artística famosa em 1905 pela liberdade com que os
artistas usavam tons puros, nunca mesclados, manipulando – os
arbitrariamente, e que deram origem a superfícies planas. As pinceladas
nítidas construíram bases lisas, iluminadas por vermelhos, azuis e
alaranjados.

EXPRESSIONISMO (Século 20)

Movimento cultural de vanguarda surgido na Alemanha, focado


na interiorização da criação artística, projetando na obra uma reflexão
individual e subjetiva.

CUBISMO (Século 20)


Período que remonta ao ano de 1912, conhecido por tratar as
formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando
todas as partes de um objeto no mesmo plano. Para complementar,
elementos heterogêneos – como recortes de jornais, pedaços de madeira
e cartas de baralho -, foram agregados a superfície de telas, dando
origem ás famosas colagens.

FUTURISMO (Século 20)


Conhecido como concretização da pesquisa no espaço
bidimensional. Procurou-se neste estilo expressar o movimento real,
registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no
espaço.
DADAÍSMO (Século 20)
Sua proposta era de que a arte ficasse solta das amarras
racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico,
selecionado e combinado elementos por acaso. Sendo a negação total
da cultura, o movimento defendeu o absurdo, incoerência, e desordem
e o caos.

ABSTRACIONISMO (Século 20)


Esta arte suprimiu a relação entre a realidade e o quadro, entre
as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos
podem sugerir ao espírito. As formas e cores são organizadas da tal
maneira que a composição expressa uma concepção geométrica.

SURREALISMO (Século 20)


Corrente artística moderna de representação do irracional e do
subconsciente, que surge todas as vezes que a imaginação se manifesta
livremente. Por meio de qualquer forma de expressão em que a mente
não exercesse qualquer controle, pintores tentavam recriar as imagens
do subconsciente.

OP–ART (Século 20)


A expressão vem do inglês optical arte e significa “arte
óptica”, que defendia menos expressão e mais visualização. Apesar do
rigor com qual é construída, surgiu em 1950 e simboliza um mundo
precário e instável, que se modifica a cada instante, porém
excessivamente cerebral e sistemático mais próximo das ciências do
que das humanidades.

POP-ART (Século 20)


Movimento criado em 1954, representa os produtos da cultura
popular da civilização ocidental, sobretudo dos Estados Unidos, que
têm poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade século
20. Uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato. Sua
iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do
cinema e da publicidade.

HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL


A história da arte no Brasil surgiu da mistura de outros estilos e tem início desde o período da Pré-História, com
vários sítios arqueológicos espalhados pelo território. Também destaca-se a arte indígena, que é notada desde a época do
descobrimento do Brasil, com expressões artísticas muito características das tribos, como danças, rituais, objetos, etc.
A chegada dos portugueses e dos europeus também trouxeram com eles grandes transformações, como o estilo
barroco, ligado ao catolicismo.
A pintura acadêmica, também no século XIX, na arte brasileira, retrata a riqueza clássica, sendo que era refletido
um padrão de beleza ideal (padrões propostos pela Academia de Belas Artes).
Já no início do século XX, presenciamos o Modernismo Brasileiro, marcado inicialmente pela Semana de Arte
Moderna. E, antes disso, o Expressionismo já começa a chegar ao Brasil e fazer história com Lasar Segall (1891-1957) que
contribui para o Modernismo.
VANGUARDAS EUROPEIAS
(INÍCIO DO SÉCULO XX)
Características gerais
 Pioneirismo
 Ruptura com o passado (tradição)

 Influenciaram o movimento modernista


 Negação do academicismo 
 Defesa da interdependência das linguagens
CUBISMO FUTURISMO EXPRESSIONISMO DADAÍSMO SURREALISMO
 Geometrização  Linguagem agressiva  Valorização do mundo  Ilogismo  Valorização da criação
 Superposição  Apego excessivo ao interior do artista  Deboche espontânea
 Simultaneidade de futuro  Busca-se representar a  Irreverência  Rejeição ao
planos  Exaltação do subjetividade  Negação de tudo racionalismo
 Oferece perspectivas progresso, da  Arte como criação, não produzido até então  Inconsciente (Freud)
diferentes máquina e da como imitação.  Read-made (releitura)  Elementos oníricos
 Ruptura com a velocidade  Contrário à arte  Catarse Artistas:
linearidade  Desprezo pelas obras impressionista (exterior Artistas: Salvador Dalí
Artistas: clássicas para o interior: os Tristan Tzara René Magritte
Pablo Picasso  “Queimar museus” impressionistas tentavam Marcel Dechamps Frida Khalo
Paul Cezzàne Artistas: retratar a impressão que a
Felipe Marinetti luz do sol e a cores
Giácomo Bulla produziam no artista).
Artistas:
Edard Munch: “O grito”
Kandinsky
Anita Malfatti
VARIEDADE LINGUÍSTICA

 A língua é um sistema aberto, dinâmico e mutante.


 Não se deve falar em uso certo ou errado, mas em uso adequado ou inadequado.
 O preconceito linguístico surge da assunção de que existe um estilo correto.

TIPOS DE VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

 DIACRÔNICA OU HISTÓRICA: varia com o tempo.


- Ortografia: boca, cheyro
- Léxico: bilontra (velhaco), tunda (surra)

 DIASTRÁTICA OU SOCIOCULTURAL: tende a variar conforme o estrato social do falante


Exemplos: inresponsável, veve, varia, ingual

 DIATÓPICA OU GEOGRÁFICA: varia de lugar ou região


Exemplos: macaxeira e aipin; moleque e guri; jerimum e abóbora

 DIAFÁSICA: varia conforme a situação


Situação ------ Linguagem
Formal ----------- Norma-padrão
Informal --------- Coloquial

 DIAMÉSICA: variação entre a fala e a escrita. Exemplo: diferença no planejamento (audio do zap e a
mensagem escrita no zap)
CONTRACULTURA, CONCRETISMO E TROPICALISMO

CONTRACULTURA CONCRETISMO TROPICALISMO


(Surge nos EUA, anos 1960) (Anos 1960)
 Movimento de contestação de caráter  Poesia visual  Movimento cultural de vanguarda no Brasil, nos
social e cultural  Negação do verso tradicional anos 1967 e 1968, nas artes e, principalmente, na
 Valorização da natureza e da vida  Poema-produto música.
comunitária.  Valorização do espaço branco do papel  Movimento libertário influenciado pela
 Texto-som-imagem (verbi-voco-visual) contracultura.
 Luta pela paz (contra a Guerra do Vietnã)  Abolir o verso discursivo  Experiência estética aberta e sincrética.
e qualquer tipo de repressão.
 Palavra solta  Inspiração no movimento antropofágico.
 Vegetarianismo  Influenciado pelo Concretismo e pelo
 Discordância dos princípios capitalistas e Representantes: Movimento Hippie.
da economia de mercado. Irmãos Campos: Heraldo de Campos e Augusto de  Mistura de tonalidades.
 Anticonsumismo Campos  Buscava se afastar do intelectualismo da Bossa
Décio Pignatari Nova a fim de aproximar a música dos aspectos
 Respeito às minorias sociais e raciais.
da cultura popular, do samba, do POP, do Rock,
 Liberdade sexual e experiências com Na arquitetura: construção de Brasília da Psicodelia.
drogas.  “Geleia cultural”: espírito antropofágico.
 Crítica aos meios de comunicação
 Influenciado pelo Beatmiks, que serviu de Destaques:
base para o movimento hippie. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Tom Zé,
 Festival de Woodstock: Jane Joplin, Jimi Gal Costa, Os mutantes, Torquarto Neto (poesia),
Handrix, Jim Morrison. Rogério Duprat, Carpinan, Jorge Bem e Maria
Bethânia.
 No Brasil: Cinema Novo (Gláuber
Rocha): filmes que criticavam a pobreza e
as desigualdades sociais.

NEOCONCRETISMO: Visa à recuperação do sensível e a experiência singular do ser humano com o mundo, diferenciando-se do Concretismo, ao propor ainda
mais liberdade, incluindo a participação do leitor na obra. Exemplo: o ciberpoema “Chá”.
NOTÍCIAS E REPORTAGENS

NOTÍCIAS

 Informar a populaçao de fatos relevantes e recentes.


 Impessoal e imparcial: narra e descreve.
 Objetividade e conteúdo factual.
 Texto fluido e conciso.

REPORTAGENS

 Texto informativo mais detalhado.


 Texto mais extenso e mais aprofundado do que a notícia.
 Desdobra os fatos: depoimentos, dados estatísticos.
 Caráter mais pessoal.
 Descreve, narra e interpreta os fatos.
SINOPSE, RESUMO E RESENHA
SINOPSE
 Utilizada para instigar o interesse de leituras.
 Texto breve sobre uma obra: apresenta personagens, tema conflito e qual a expectativa do personagem diante desse
conflito.
 Versão mais curta de um texto original: não necessariamente um resumo.
 A sinopse, normalmente, é escrita pelo próprio autor.
 Não há limites de palavras, mas o importante é deixar o leitor interessado.
 Não deve ser apresentado o final da história.

RESUMO
 Narra de forma objetivo e sintética.
 Mostra a visão do autor original.
 Destaca informações essenciais sobre o conteúdo.
 Não contém a opinião da pessoa que o faz.
 Exemplo: resumo dos capítulos de novela.

RESENHA
 Análise pessoal da obra: detalhista em alguns pontos.
 Abordagem opinativa: da pessoa que está analisando o texto.
 Apresenta a ideia resumida sobre o assunto, além de apresentar um maior número de informações sobre o texto, dando
orientações ao leitor para que ele entenda o que está sendo proposto.
 Vai direto ao ponto.
 Apresenta a produção de forma crítica.
CHARGE, CARTUM E TIRINHA

CHARGE
 Intimamente ligada ao tempo em que foi publicada. {contextual}{datada}
 Aborda acontecimento contemporâneo, geralmente ligado à situação política e social com humor, ironia e sarcasmo.
 Busca fazer sua própria leitura da realidade segundo a ótica do artista.
 Por ser contextualizada, muitas vezes, não é compreendida fora desse contexto.

CARTUM

 Muito semelhante à charge, mas se difere por abordar temáticas mais amplas, ou seja, que não estão diretamente relacionados
a um acontecimento específico.
 Também se baseia no humor, na ironia e tem forte caráter crítico.
 Traz uma única cena.
 {universal}

TIRINHA
 Texto carregado de humor e de crítica. Ex.: Mafalda.
 O que difere da charge e do cartum é a presença de personagens fixas.
 Apresentam o mundo e a realidade por meio da perspectiva de suas personagens, cujas características são quase sempre
caricaturescas.
 Os temas abordados se relacionam, de alguma forma, com o caráter desses personagens.
 Exige do leitor a mobilização de conhecimentos externos.
 Há quebra de expectativas.
TIPOS DE NARRADOR OU FOCO NARRATIVO

NARRADOR PERSONAGEM
 Conta na primeira pessoa a história da qual participa como personagem (o narrador está dentro da história)
 Tem relação íntima com outros elementos da narrativa.
 Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas.
- Protoganista: personagem principal
- Testemunha: não é o principal.

NARRADOR OBSERVADOR

 Conta a história do lado de fora, na terceira pessoa, sem participar das ações.
 Narra com certa neutralidade.
 Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.

NARRADOR ONISCIENTE

 Conta a história em terceira pessoa e, às vezes, permite intromissões, narrada em primeira pessoa.
 Conhece as emoções e pensamentos dos personagens.
- Neutro: não influencia o leitor em observações ou opiniões.
- Seletivo: influencia o leitor a se posicionar contra ou a favor dele.
Referencial ou denotativa ou informativa [REFERENTE]
Essa função da linguagem tem como principal objetivo informar ou fazer referência de
algo. Caracteriza-se pelo aspecto impessoal da comunicação/escrita, que é feita na terceira pessoa
do singular ou plural.
Ex.: textos jornalísticos e científicos, material didático, textos informativos e conteúdos que
não envolvam aspectos emotivos ou subjetivos quanto à linguagem.

Emotiva ou expressiva [EMISSOR]


Ocorre quando a linguagem é utilizada com o intuito de transmitir emoções, sentimentos e
percepções subjetivas por meio da própria opinião e do julgamento do emissor. Dessa forma,
textos desse tipo são apresentados na primeira pessoa, sendo caracterizado também pelo caráter
pessoal.
Ex.: textos poéticos, cartas, diários etc.

Poética [MENSAGEM]
Observada nas obras literárias, sendo utilizado um sentido conotativo no emprego da
palavra. Nesse tipo de texto, a preocupação do emissor/autor é fazer com que a mensagem seja
transmitida a partir da escolha de palavras, figuras de linguagem, expressões etc. Essa forma de
comunicação também é muito utilizada na publicidade e até mesmo em expressões do dia a dia,
tais como músicas, provérbios, anedotas, metáforas, trocadilhos etc.
Exemplo na publicidade (anedota): “Nossos clientes nunca voltaram para reclamar”.
(Publicidade de uma agência funerária)

Fática [CANAL]
Tem como principal objetivo interromper, estabelecer ou prolongar a comunicação de
uma forma que a relação entre o emissor e o receptor da mensagem seja o mais importante.
Consiste na função usada nas saudações, expressões de cumprimento, conversas ao telefone,
diálogos etc.
Exemplo: – Alô! Como você está?

Conativa ou apelativa [RECEPTOR]

Tem como principal característica uma linguagem persuasiva que busca influenciar ou
convencer o leitor. Bastante usada na publicidade, propagandas, discursos políticos etc. Uso de
verbos no imperativo e do vocativo, sendo elaborado em segunda ou terceira pessoa.
Exemplos: “Não perca esta promoção!”

Metalinguística [CÓDIGO]
Consiste em uma função da linguagem que se refere a ela mesma, ou seja, o emissor explica
um código usando o próprio código. Essa linguagem é observada em dicionários, textos gramaticais,
na arte, na poesia etc.
Gêneros textuais
Gêneros textuais são textos que exercem uma função social específica, ou seja, ocorrem em
situações cotidianas de comunicação e apresentam uma intenção comunicativa bem definida. Os diferentes
gêneros textuais se adequam ao uso que se faz deles. Adequam-se, principalmente, ao objetivo do texto,
ao emissor e ao receptor da mensagem e ao contexto em que se realiza.
Embora os diferentes gêneros textuais apresentem estruturas específicas, com características próprias,
é importante que os concebamos como flexíveis e adaptáveis, ou seja, que não definamos a sua estrutura
como fixa.
Os gêneros textuais possuem transmutabilidade, ou seja, é possível que se criem novos gêneros a
partir dos gêneros já existentes para responder a novas necessidades de comunicação. São adaptáveis e
estão em constante evolução.

Tipos e gêneros textuais


Tipos e gêneros textuais são duas categorias diferentes de classificação textual. Os tipos textuais são
modelos abrangentes e fixos que definem e distinguem a estrutura e os aspectos linguísticos de uma narração,
descrição, dissertação e explicação.
Exemplos de tipos textuais:
 Texto narrativo;
 Texto descritivo;
 Texto dissertativo expositivo;
 Texto dissertativo argumentativo;
 Texto explicativo injuntivo;
 Texto explicativo prescritivo.
Gêneros textuais pertencentes aos textos narrativos:
 romances;
 contos;
 fábulas;
 novelas;
 crônicas;
Gêneros textuais pertencentes aos textos descritivos:
 diários;
 relatos de viagens;
 cardápios de restaurantes;
 classificados;
Gêneros textuais pertencentes aos textos expositivos:
 jornais;
 enciclopédias;
 resumos escolares;
 verbetes de dicionário;
Gêneros textuais pertencentes aos textos argumentativos:
 artigos de opinião;
 abaixo-assinados;
 manifestos;
 sermões;
Gêneros textuais pertencentes aos textos injuntivos:
 receitas culinárias;
 manuais de instruções;
 bula de remédio;
Gêneros textuais pertencentes aos textos prescritivos:
 leis;
 cláusulas contratuais;
 edital de concursos públicos;
Gêneros literários

Gêneros literários são divisões feitas em obras literárias de acordo com características formais comuns,
agrupando-as segundo critérios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros.
A divisão clássica remonta à Grécia antiga e define três gêneros literários:
 Gênero lírico;
 Gênero épico;
 Gênero dramático.
Esta classificação de gêneros literários sofreu algumas alterações ao longo dos anos e, presentemente, privilegia-
se a substituição do gênero épico pelo gênero narrativo, mais abrangente e atual, ficando, dessa forma, a seguinte divisão:
 Gênero lírico;
 Gênero narrativo;
 Gênero dramático.
Dentro de um determinado gênero literário há o predomínio de uma estrutura típica, que não corresponde
à estrutura de outro gênero literário, visto que cada um apresenta características próprias.

Gênero lírico

 É escrito em verso, na 1.ª pessoa do discurso - eu;


 Expressa sentimentos e emoções;
 Exterioriza um mundo interior;
 Apresenta um caráter subjetivo;
 Usa palavras no seu sentido conotativo;
 Recorre a muitas figuras de linguagem.
 Subgêneros do gênero lírico: ode, hino, elegia, idílio, écloga, epitalâmio, sátira.

Gênero narrativo

 É escrito maioritariamente em prosa;


 Apresenta um narrador que conta a ação;
 Narra uma sucessão de acontecimentos reais ou imaginários;
 Apresenta a estrutura básica de introdução, desenvolvimento e conclusão;
 Desenrola-se num tempo e num espaço;
 Utiliza discurso direto, indireto e/ou indireto livre.
 Subgêneros do gênero narrativo: romance, novela, conto, epopeia ou poesia épica, fábula, crônica, ensaio.

Gênero dramático

 É feito para que haja a sua encenação;


 Está dividido em atos e cenas;
 Conta a história através da fala das personagens;
 Apresenta indicações cênicas que auxiliam a representação.
 Subgêneros do gênero dramático: auto, comédia, tragédia, tragicomédia, farsa.

Gêneros literários: característica comum


Apesar da divisão em lírico, narrativo e dramático, há uma característica comum aos três gêneros: a literatura.
Sendo gêneros literários, apresentam aspectos comuns que definem a literatura como uma expressão artística que
possui funções recreativas, sociais e críticas. Assim, não só ocorre a manifestação de sentimentos e invenção de
histórias por parte do autor, como também ocorre a crítica à sociedade e há referências a momentos históricos.
O texto literário, quer ocorra em verso ou em prosa, transmite a noção artística do autor, que trabalha com a função
conotativa da linguagem, que utiliza uma linguagem mais poética e rebuscada, recorrendo ao uso de figuras de
linguagem e que respeita estruturas no estilo e forma, como a métrica e a rima. O autor debruça-se sobre a seleção
e combinação de palavras, para que transmitam o sentido pretendido, contribuindo para a concretização da intenção do
autor.
TIPOS DE DISCURSOS
O discurso consiste na forma de manifestação da VOZ (fala e pensamento) da personagem (gênero narrativo)
TIPOS DE
CARACTERÍSTICAS
DISCURSOS

- O narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do personagem.
- O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o narrador se
distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.
- Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um
estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.

Características do discurso direto


 Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo "dizer".
São chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar,
Discurso
exclamar, dentre outros.
direto  Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.
 Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.
Exemplos de discurso direto
1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza
e honestidade.".
2. O réu afirmou: "Sou inocente!"
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
O narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas palavras. Aqui não encontramos
as próprias palavras da personagem.
Características do Discurso indireto
 O discurso é narrado em terceira pessoa.
 Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar,
indagar, declarar, exclamar. Contudo não há utilização do travessão, pois geralmente as orações
são subordinadas, ou seja, dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da
conjunção “que” (verbo + que).
Exemplos de Discurso indireto
Discurso
indireto 1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e
honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do
outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a
pessoa queria falar.

- Há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há intervenções do narrador bem como
da fala dos personagens.
- Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do
narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas.

Características do Discurso Indireto Livre


 Liberdade sintática.
Discurso
 Aderência do narrador ao personagem.
indireto livre
Exemplos de Discurso Indireto Livre
1. Fez o que julgava necessário. Não estava arrependido, mas sentia um peso. Talvez não tenha
sido suficientemente justo com as crianças…
2. O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo!
3. Amanheceu chovendo. Bem, lá vou eu passar o dia assistindo televisão!
Nas orações destacadas os discursos são diretos, embora não tenha sido sinalizada a mudança da fala do
narrador para a do personagem.
FIGURAS DE LINGUAGENS
FIGURAS DE SOM OU SONORAS
As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para reproduzir os sons
presentes nos seres.

ALITERAÇÃO: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.


“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito”. (Guimarães
Rosa)
ASSONÂNCIA: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.
“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)
PARONOMÁSIA: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato Teixeira)
ONOMATOPEIA: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura imitar
os ruídos e não apenas sugeri-los.
Chega de blá-blá-blá-blá!

FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU SINTAXE


As figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na construção normal do período. Essas
figuras de linguagem ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos termos da oração.

ELIPSE: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.


Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)
ZEUGMA: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um termo que
antes fora mencionado.
Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)
PLEONASMO: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)
ASSÍNDETO: é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados
“Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles)
Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei.
POLISSÍNDETO: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)
ANACOLUTO: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma determinada
construção sintática e depois se opta por outra.
“Eu, que me chamava de amor e minha esperança de amor.”
“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo Branco)
HIPÉRBATO OU INVERSÃO: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período. Ou
seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.
São como cristais suas lágrimas.
Batia acelerado meu coração.
HIPÁLAGE: ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a outra da mesma frase:
Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)
ANÁFORA: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou versos.
“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)
SILEPSE: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e não com os
termos expressos. A silepse pode ser:
De gênero:
Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)
De número:
Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)
De pessoa
Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do plural “concorda”
com “somos”)

FIGURAS DE PALAVRAS OU SEMÂNTICAS


As figuras de palavras ou semânticas são figuras de linguagem que consistem no emprego de uma palavra num sentido
não convencional, ou seja, num sentido conotativo.

COMPARAÇÃO OU SÍMILE: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se
identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e etc. A principal
diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos comparativos.
“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)
METÁFORA: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de
similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)
CATACRESE: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por
empréstimo.
Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.
O pé da mesa estava quebrado.
METONÍMIA: é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A
metonímia ocorre quando se emprega:
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)
O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)
O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).
ANTONOMÁSIA: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.
A cidade eterna (em vez de Roma)
SINESTESIA: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos sensoriais.
Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)
ANTÍTESE: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.
Os jardins têm vida e morte.
EUFEMISMO: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.
Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)
GRADAÇÃO OU CLÍMAX: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.
Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.
HIPÉRBOLE: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede!
Não vejo você há séculos!
PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos
seres humanos.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
PARADOXO: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no contexto se
completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.
Estou cego, mas agora consigo ver.
PERÍFRASE: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.
O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)
APÓSTROFE: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.
“Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)
IRONIA: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.
Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.

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