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Barroco
O BA R R O C O E M P O RT U G AL T EV E INÍC IO
E M 1 5 8 0 , A N O D A M O RTE D E LU ÍS D E
C A M Õ E S, U M D O S MA I O RE S E SCR ITO RE S
C L Á SSI C O S D E LÍ N G U A P O RT UG UE SA
O BARROCO EM PORTUGAL
O
CONTEXTO ALÉM DISSO, O SURGIMENTO DA UNIÃO IBÉRICA,
DIVERSAS CONTENDAS COM A ESPANHA E A GUERRA DE
RESTAURAÇÃO, ENFRAQUECIAM AINDA MAIS O PAÍS,
DESPONTANDO UMA GRANDE CRISE ECONÔMICA,
POLÍTICA E SOCIAL.
HISTÓRICO
NO GERAL, A EUROPA ENFRENTAVA MOMENTOS DE CRISE
ENTRE O HUMANISMO RENASCENTISTA E O MEDIEVALISMO
RELIGIOSO.
CONTRASTES E CONFLITOS
TEOCENTRISMO VERSUS
ANTROPOCENTRISMO
CARACTERÍSTICA
S
CULTISMO E CONCEPTISMO
CULTISMO
INFLUENCIADO PELO POETA ESPANHOL GÔNGORA, É MARCADO PELA
LINGUAGEM REBUSCADA, ORNAMENTAL E CULTA, VALORIZANDO A
FORMA TEXTUAL
AS
CARACTE
RÍSTICAS
CONCEPTISMO
OU (QUEVEDISMO), O JOGO DE IDEIAS E CONCEITOS, BASEADO NA POESIA DO ESPANHOL QUEVEDO,
CARACTERIZA O RACIONALISMO E O PENSAMENTO LÓGICO QUE TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO
CONVENCER O LEITOR.
Correntes do Barroco:
TEOCENTRISM
O
RACIONAL X MÍSTICO
PESSIMISMO
O AMOR E O TEMPO
SERMÃO AOS PEIXES
O AMOR E O TEMPO
O PAÍS CONTRA ESPANHA NA GUERRA DA
RESTAURAÇÃO (1640-1668).
AS CARTAS PORTUGUESAS
As Cartas Portuguesas consistem em cinco curtas
cartas de amor. Nelas transparece um amor
incondicional e exacerbado da jovem Mariana, que diz
sofrer horrores com a distância do amado. Aos poucos
as cartas vão perdendo o tom de esperança numa
reunião, que já era mínimo, e vão se tornando pedidos
incessantes de notícias e correspondência
equivalente. A solidão de Mariana, seu sentimento de
repressão, e sua vontade de reter o amado ao seu lado
são constantes. Ao que parece o oficial, chamado Noël
Bouton de Chamilly, não correspondia igualmente:
Mariana pede respostas maiores, mais afetuosas. Este
amor total de Mariana Alcoforado é impregnado de
todos os sentimentos que a transformariam numa
autora romântica, mas sua pequena obra encontra-se,
geralmente, classificada entre os autores barrocos
meramente por esse ser o estilo da época em que
vivia.
As Cartas Portuguesas foi revisitada, em 1972, por três escritoras portuguesas, sob o título de Novas Cartas
Portuguesas (1972). A obra, que manifestava uma aberta oposição aos valores femininos tradicionais e ao
fascismo do regime salazarista, levou as suas três autoras - as denominadas 3 Marias: Maria Velho da
Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno - a severas sanções que seria interrompidas pela mudança
de regime a partir da Revolução de 25 de Abril de 1974
ESTE SERMÃO FOI PREGADO EM SÃO LUÍS, MARANHÃO, EM 13 DE JUNHO DE 1654, NO
ÂMBITO DAS LUTAS QUE DIVIDIAM OS JESUÍTAS E OS COLONOS EM RAZÃO DOS ÍNDIOS.
TRÊS DIAS DEPOIS, VIEIRA VIAJARIA SIGILOSAMENTE PARA PORTUGAL, BUSCANDO
NEGOCIAR COM A COROA UMA LEI QUE REGULAMENTASSE A LIBERDADE DO INDÍGENA
NA COLÔNIA.
O sermão parte de um conceito presente na Bíblia (em
Mateus, 5:13): “Vós sois o sal da terra”. Assim Vieira
interpreta a sentença:
“Vós” – os pregadores jesuítas;
“Sal” – a mensagem cristã;
“Terra” – o lugar e os moradores, no caso, a colônia.
ANCORADA NA REDE DE SIGNIFICAÇÕES DO IMAGINÁRIO, QUE LHE SERVE DE MATÉRIA-PRIMA, A
LITERATURA EXPRESSA ASPECTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS DE UM POVO. NESSA
ORDEM, É POSSÍVEL IDENTIFICAR NA LITERATURA PORTUGUESA MOMENTOS DA HISTÓRIA DO PAÍS EM SEUS
PROCESSOS FORMATIVOS E, POR CONSEGUINTE, ATORES QUE MATERIALIZAM LITERARIAMENTE TRAÇOS DE
SUA SOCIEDADE, O QUE EVIDENCIA AS NUANCES PERFORMATIVAS DA IDENTIDADE NACIONAL.
Neoclassicismo
Literatura
Clássica séc.
XVI
Vai a XVIII
para a Academia Real da Marinha aos 14 anos e
embarca em serviço para a Índia em 1786.
Vive dois anos em Goa, regressando a Lisboa com 25
anos de idade. Aí dedica-se a uma vida
desregrada entre os botequins e as tertúlias literárias.
Pertenceu à Nova Arcádia onde era conhecido pelo
Manuel Maria Barbosa pseudónimo de Elmano Sadino.
du Bocage
(1765-1805) O seu pendor satírico levou-o à prisão do Limoeiro,
Literatura
Clássica séc.
XVI a XVIII
Lusos heróis, cadáveres cediços,
Erguei-vos dentre o pó, sombras honradas,
Surgi, vinde exercer as mãos mirradas Nestes
vis, nestes cães, nestes mestiços.
Romantismo
Literatura Moderna
séc. XIX
Obras publicadas
Poesia – A Voz do Profeta (1836); A Harpa do
Crente (1838); Poesias (1850).
Teatro – O Fronteiro de África ou três noites
aziagas
Ficção: O Bobo (romance, 1843);Eurico, o
Presbítero (romance, 1844); O Monge de Cister
(2 vols., 1848); Lendas e narrativas (2
Alexandre Herculano vols., 1851)
(1810-1877)
Literatura Moderna
séc. XIX
A Voz
Se em alcantis marinhos,
Nas rochas assentado, O
Alexandre Herculano trovador medita
(1810-1877) Em sonhos enteado! (…)
Literatura Moderna
séc. XIX
Teatro – Catão (tragédia, Coimbra, 1822)
Um Auto de Gil Vicente (Lisboa, 1842);
Frei Luís de Sousa (drama, 1843); Falar Verdade a Mentir (comédia,
Lisboa 1846);
Ficção – O Arco de Santana (romance, 1845); Viagens na
Minha Terra (romance, 1846);
Poesia – Retrato de Vénus (Coimbra, 1821); Camões (Paris, 1825); Dona
Branca ou a Conquista do Algarve (Paris, 1826; pseudónimo de F. E.);
Adosinda (Londres, 1828); Lírica de João Mínimo (Londres, 1829); Flores
sem Fruto (1845); Folhas Caídas(1853).
Cancioneiros – Romanceiro e Cancioneiro Geral, vol. I. (Lisboa,
Almeida Garrett
1843); Romanceiro e Cancioneiro Geral, vols. II e III (Lisboa 1851).
(1799-1854)
Literatura Moderna
séc. XIX
Pescador da barca bela, Não se enrede a rede nela,
Onde vais pescar com ela, Que perdido é remo e vela
Que é tão bela, Só de vê-la,
Ó pescador? Ó pescador!
Não vês que a última estrela Pescador da barca bela,
No céu nublado se vela? Inda é tempo, foge dela,
Colhe a vela, Foge dela,
Ó pescador! Ó pescador!
Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela...
Mas cautela,
Almeida Garrett Ó pescador!
(1799-1854)
Literatura Moderna
séc. XIX
Realismo
Literatura Moderna
séc. XIX
Algumas obras
O Mistério da Estrada de Sintra (em colaboração com Ramalho Ortigão,
1870);
O Crime do Padre Amaro (romance, 1875);
A Tragédia da Rua das Flores (romance, 1877-78);
O Primo Basílio(romance, 1878);
O Mandarim (novela, 1880);
A Relíquia (romance, 1887);
Os Maias (romance, 1888);
Correspondência de Fradique Mendes (1900);
A Ilustre Casa de Ramires (romance, 1900);
Eça de Queirós A Cidade e as Serras (romance, 1901);
(1845-1900) Contos (1902);
Prosas Bárbaras (1903);
Literatura Moderna
séc. XIX
Algumas obras
Sonetos de Antero (1861);
Beatrice e Fiat Lux (1863);
Odes Modernas (1865; 2.ª ed. em 1875);
Bom Senso e Bom Gosto (opúsculos, Sonetos
1865);
A Filosofia (1886);
Completos da Natureza dos Naturistas (1886);
Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade
do
Antero de Quental Século XIX (1890);
(1842-1891) Raios de Extinta Luz (1892).
Literatura Moderna
séc. XIX
Sim! que é preciso caminhar avante!
Andar! passar por cima dos soluços!
Como quem numa mina vai de bruços
Olhar apenas uma luz distante!
Modernismo
(movimento
Orpheu)
Literatura Moderna
séc. XIX
Devido à sua capacidade de «outrar-se», cria vários
heterónimos (Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis,
Bernardo Soares, etc.), assinando as suas obras de acordo com a
personalidade de cada heterónimo.
É considerado um dos maiores poetas portugueses.
Fernando Pessoa
(1888-1935)
Literatura Moderna
séc. XIX
Tabacaria
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do
mundo.
(…)
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse
nada.
Fernando Pessoa A aprendizagem que me deram,
(1888-1935) Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Álvaro de campos
Literatura Moderna
séc. XIX
Modernismo
(movimento Presença)
Literatura Moderna
séc. XIX
Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha
Esteve de início literariamente próximo do grupo da
Presença, sediado em Coimbra
Começou a ser conhecido como poeta, tendo mais tarde
ganho notoriedade com os seus contos ruralistas e os seus
dezasseis volumes de Diário, estes publicados entre 1941- 1995.
Miguel Torga
(1907-1995)
Literatura Moderna
séc. XIX
REGRESSO
Regresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, na distância!
Cantava cada fonte à sua porta: O
poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso, E
Miguel Torga
eu deitei-me no colo dos penedos A
(1907-1995)
contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso.
Literatura Contemporânea
séc. XX e XXI
Literatura Contemporânea
séc. XX e XXI
ALMA A SANGRAR
Quem fez ao sapo o leito carmesim
De rosas desfolhadas à noitinha?
E quem vestiu de monja a andorinha, E
perfumou as sombras do jardim?