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MATERIAL COMPLEMENTAR - LIVE #01

THALES TRIGO

A jornada
do Fotógrafo
Autêntico
Os 3 fundamentos que você aprendeu errado

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2023 | THALES TRIGO - Todos os direitos reservados


Um pouco da minha história
Oi pessoal, boa noite,

Espero que vocês estejam todos passando muito bem. Sejam todos bem-vindos ao nosso primeiro
encontro do evento “A Jornada do Fotógrafo Autêntico.”

Se você está procurando um caminho para modificar a sua trajetória como fotógrafo, você está no lugar certo.
Eu preparei o conteúdo desse treinamento para te oferecer uma virada de chave, uma oportunidade de melhorar o seu
trabalho como fotógrafo. Serão três dias com conteúdos bem caprichados e selecionados para você. Então peço para que
fique atento às nossas conversas: as duas próximas aulas serão nos dias 28/06 e 29/06, sempre às 20:00.
Fiquei um tempão preparado isso aqui.
Tudo isso para você melhorar de forma integral a sua fotografia, posso dizer que é fruto de uma vida dedicada à fotografia, a
essa nossa arte. Foi graças a fotografia que eu transformei a minha vida. A minha vida mudou completamente por conta da
fotografia. Eu tive oportunidade de viajar bastante, conhecer muitos países fotografar lugares e pessoas interessantes, eu
tive a chance de estudar nos Estados Unidos, na Suíça e, de certa maneira, me tornar uma referência
no ensino da fotografia no Brasil.
Eu ensino fotografia há muito tempo e o mais legal é poder afirmar que essa dedicação ao ensino mudou a minha vida.
Mudou a minha vida e mudou a vida de muita gente que trabalhou comigo. Eu passei muito tempo dando aula. Passei muito
tempo trabalhando. Outro dia eu fiz uma conta que me deixou muito impressionado: eu já dei mais de 40 mil horas de aula.
Isso é: 1666 dias ou 4 anos e meio dando aula. Isso, claro, na sala de aula tradicional.
Agora, com o mundo digital, esse número de alunos pode aumentar. Eu tenho a oportunidade de ensinar muito mais gente.
E, claro, passar conteúdos com valor, diferente do pessoal do que eu vejo por aí na internet. Vejo muita gente inexperiente
falando “pataquadas”, bobagens, de forma irresponsável. Isso me deixa bem chateado por que tem muitos que escutam
essas besteiras e, coitados, acham que estão realmente aprendendo.
Eu quero te ajudar de verdade.
Se você tem uma boa câmera, já faz fotografias legais e recebe elogios do pessoal, mas sente que ainda não tem uma
identidade do seu trabalho, se vê confuso: aqui é o ambiente para você aprender a fotografar da maneira correta, perder
a insegurança.

Se toda vez que alguém fala em ISSO, tempo de exposição e abertura do diafragma te dá um certo pânico, este é o lugar
certo para você aprender direito. Por exemplo: quanto maior o número, menor é abertura. Isso vocês vão aprender
direitinho. Método é fundamental, o método é o que faz a humanidade progredir. Existe método para tudo e para aprender
fotografia não poderia ser diferente, não é mesmo?
Gostaria de compartilhar com vocês um pouco da minha história. O que fiz para chegar até aqui? Como é que eu fui levado à
fotografia? O meu pai era um fotógrafo amador muito bom, ele fotografava realmente bem. Quando eu era muito pequeno
ele tinha uma Rolleiflex, aquele “trambolhão”:
Depois ele comprou uma Contarex 35 mm, que já era uma máquina mais compacta:

E, de vez em quando, ele me deixava fotografar.


A minha primeira lição de fotografia, me lembro perfeitamente, foi com a Contarex e, claro, veio do meu pai:
Estávamos em Santos, passeando na praia. Ele me emprestou a câmera para que eu fizesse algumas fotos. Apontei para o
mar e ele disse “espere a onda quebrar, com a espuma fica mais bonito.”
O tempo passou e, anos depois, já sendo um jovem estudante de física da USP, passei a estudar e a fotografar com mais
determinação. Me formei, comecei a dar aula de física e percebi que ensinar é o que mais gostava de fazer. Fui me
aproximando cada vez mais da fotografia. Tornou-se uma paixão.

Eu comecei a perceber que eu tinha que estudar ainda mais para me desenvolver. A física foi um grande auxílio para
entender melhor a fotografia. Passei a fotografar com mais atenção, olhava mais a Luz e como ela interagia com os objetos.
Fui aprendendo a observar os ângulos e cenas com mais calma. Desde então, não parei mais. Resolvi investir em
equipamentos, ralei, queimei muitos filmes e, claro, fiz muita besteira no caminho.

Em 1983, consegui: fiz o meu primeiro trabalho como fotógrafo profissional. Dois anos depois eu abri o meu primeiro estúdio,
eu já tinha equipamento, já sabia um pouco sobre iluminação de estúdio. Já em 1988 terminei o meu Mestrado em
Astronomia e decidi entrar de cabeça no Ensino de fotografia. Me envolvi cada vez mais com fotografia.
Em 1991 fui convidado pelo SENAC de São Paulo para estruturar os antigos cursos de fotografia. Esse trabalho foi a semente
para que estudássemos a viabilidade da criação de um bacharelado em fotografia no Brasil. Foi então que o SENAC me
mandou para o Rochester Institute of Technology, a maior escola de fotografia do mundo, em Nova Iorque. Lá eu aprendi
muito, conheci gente de primeira, grandes professores de fotografia: Dr. Strobel Dr. Zachia, Dr. David Reis entre outros.
Na volta eu comecei a trabalhar no projeto do bacharelado com Marcos Lepíscopo e o professor Boris Kossoy. Nós três
montamos a estrutura. Quando ficou pronto eu fui o primeiro coordenador do curso. Foi o primeiro bacharelado em
fotografia da América Latina. Aprendi muito, trabalhei muito, fiz grandes amigos e tive alunos brilhantes. Foi um período
muito legal da minha vida.

Ainda na década de 90 eu percebi que o mundo estava mudando. Foi então que eu comprei a minha
primeira câmera digital profissional, uma Sinar DCB2, feita na Suíça, uma maravilha.
Muitos dos meus colegas acharam que eu estava doido. Eles falaram “isso vai funcionar, você tá jogando dinheiro fora...”
Mas você sabe o que aconteceu? Eu estudei tanto eu fui me interessando pelas tecnologias digitais que eu acabei indo para
POLI, a escola politécnica de engenharia da USP para fazer um doutorado e, nesse doutorado, desenvolvi um software bem
sofisticado para estudar a qualidade das imagens digitais, câmeras e objetivas. Eu fotografei milhares de fotos em ambiente
de laboratório, podia testar e medir a qualidade dos sistemas. Era muito interessante.
Hoje eu estou sempre acompanhando o que rola na internet. Infelizmente eu vejo muita gente dando aula, falando coisas
muito erradas, conceitos sem sentido, ideias completamente birutas sobre fotografia. É gente que não estuda e, o pior,
prometendo absurdas como, por exemplo, pagar todas as contas em 3 meses e viver lindamente da fotografia. Isso é
impossível, não existe. É enganação, é trambique.

Se você quer se desenvolver na fotografia, eu aviso: é perfeitamente possível, mas não tem fórmula mágica. Você tem que
dominar as ferramentas, aprender a técnica, a história da fotografia, aprender a compor, a expor corretamente uma imagem.
E assim você vai aprendendo até alcançar a excelência. De novo: é possível, mas não é uma coisa de poucas semanas.
A excelência do trabalho do Fotógrafo propicia o desenvolvimento de um trabalho autoral onde o fotógrafo adquire o estilo
próprio e seu trabalho passa a ser admirado, valorizado. É assim que as coisas acontecem. Olha, eu mais do que ninguém sei
que isso é possível. Pode ser alcançado, claro. Mas não é uma coisa trivial.
Você que é fotógrafo amador pode transformar essa paixão em excelência.
Para quem já possui mais experiência, o passo seguinte é criar uma identidade própria no seu trabalho.
Agora, se você já trabalha com fotografia, você pode melhorar seu nível, você pode chegar no nível de fotógrafos que
você realmente admira.

Muitos colegas já me falaram “Thales, você vai entrar mesmo no mundo do digital?"
Eu sempre fui muito claro: “Sim, eu vou me envolver no ensino da fotografia pela internet”.
Porque eu quero ajudar oferecendo conteúdo de qualidade, em português. Quero que o ensino da fotografia na internet
leve a fotografia para frente, não para trás. Não quero que as próximas gerações de fotógrafos tenham como referência os
“gurus” da fotografia. Eu quero formar gente em fotografia através do conhecimento correto.

Para que a fotografia não dê marcha ré. Sabe por que o nome do nosso treinamento é “A Jornada do Fotógrafo Autêntico?
Porque a fotografia autêntica não é feita apenas com uma câmera super tecnológica, de alta resolução. Isso até pode ajudar,
mas não é isso.
Hoje as câmeras de entrada e até mesmo celulares permitem que a gente faça fotografias de excelente qualidade.
O Fotógrafo autêntico é aquele que possui identidade, que domina os aspectos técnicos, que evolui dia após dia. Mas para
isso você tem que ter um método, é fundamental. Tem que conhecer as armadilhas do caminho.

Conteúdo:

Então hoje eu vou apresentar os três conceitos fundamentais que você, muito provavelmente, aprendeu errado. São
fundamentos obrigatórios para quem quer tirar fotografias de qualidade, com estilo, com autenticidade. Então vamos
começar agora o nosso conteúdo de fato.
Bem, pessoal, então agora nós vamos acompanhar aquelas ideias que são realmente importantes.
A primeira coisa que eu quero comentar com vocês, antes da gente entrar no conteúdo é o seguinte: a qualidade da
informação é fundamental em qualquer área do conhecimento. Imagine para um cirurgião que recebe informações
erradas a respeito de uma técnica ou a respeito de uma de uma molécula, de um remédio alguma coisa catastrófica
aconteceria, não é mesmo?
Na fotografia, felizmente a gente não chega tem prejuízos iguais aos de um médico cirurgião. Mas a qualidade da
informação é fundamental. Não embarque em canoa furada. Não escute o que qualquer carinha da internet fala. Essa
semana eu estava aqui navegando e eu vi um camarada falando que o “balanço” de branco é a temperatura de cor da
sua câmera. Isso não tem pé nem cabeça, é gente que não estuda.
Bom, vamos lá:

1 – Exposição

O que é a exposição na fotografia?


É ajustar sua câmera para que ela reproduza a cena fotografada em suas cores e tons de maneira correta.
Olha, exposição em fotografia é ajustar a nossa câmera para que a cena fotografada seja reproduzida de maneira correta.
Então, pense: Você vai fazer uma fotografia, tem uma cena que você quer capturar. Você vai ajustar sua câmera para fazer a
fotografia e, se a exposição é correta, o que é preto sai preto, o que é branco sai branco. Branco com detalhes, preto com
detalhes. E as outras cores que estão dentro do intervalo preto e branco também aparecem corretas.
Claro, na fotografia artística a gente tem mais liberdade, mas na fotografia de Publicidade, por exemplo, a exposição tem
que ser muito precisa, as cores dos produtos dos nossos clientes têm que estar corretas. Ou seja, a exposição é
fundamental.
Mas como é feita a exposição?
Na fotografia a exposição é controlada por três elementos:

(i) O ISO;
(ii) A abertura do diafragma;
(iii) O tempo de exposição, que muita gente chama de velocidade.
Quem é que nos auxilia a expor corretamente a imagem?
O fotômetro, claro. Pode ser o fotômetro da câmera, pode ser o fotômetro de mão, quem trabalho em estúdio muitas vezes
usa o fotômetro de mão. Portanto, a fotometria e a exposição nos permitem reproduzir a cena corretamente. O
fotômetro é o nosso guia.

Dá uma olhada:
Os indicadores dos fotômetros da Canon, do lado esquerdo e da Nikon, do lado direito:

Tanto nos equipamentos Canon quanto nos equipamentos Nikon, bem como Fuji, Sony, Leica, Samsung... todos os nossos
equipamentos fotográficos atuais têm fotômetros com indicadores: O zero, o lado positivo e o lado negativo.
Na Canon o lado direito é positivo, o esquerdo é negativo. Na Nikon é ao contrário, mas hoje em dia a Nikon nos permite
mudar a orientação dos sinais para o mais lógico, positivo à direita e negativo à esquerda.
O que que significa um esse sinais positivos e negativos?

Existe o zero do fotônico, o lado positivo e o lado negativo.


Se o ponteiro do fotômetro desloca-se para o lado positivo: luz demais, super exposição.
Se o ponteiro do fotômetro desloca-se para o lado negativo: luz de menos, subexposição.
É claro que surge a dúvida: “E quando é que eu devo trabalhar com o fotômetro zerado?”
Os americanos que inventaram isso, nos anos 30: A gente deve trabalhar com o fotômetro Zerado quando a gente aponta a
nossa máquina, medindo toda a região e com o fotômetro mais aberto possível, para uma cena média.

E o que é uma cena média?

Por exemplo, uma cena urbana, em que você tem o asfalto, paralelepípedo, árvores, pessoas, carros. Tem uma variedade
muito grande de tons. É o que a gente chama de cena média.
Quando você aponta a sua câmera para uma cena média, o fotômetro pode estar zerado, vai funcionar. Mas se você
apontar o seu fotômetro para o vestido branco de uma noiva e você zerar o seu fotômetro apontando para o vestido da
noiva, sinto muito: o vestido da noiva ficará cinza.

Por outro lado, se você apontar sua câmera para o terno preto do noivo e zerar o fotômetro, o terno do noivo fica
também cinza.

Ou seja, trabalhar com o fotômetro é muito mais sofisticado do que apenas deixá-lo no zero.
Muita gente que não sabe isso. E pior, tem muita gente que ensina isso: “Ah, vai mexendo até o ponteirinho ficar no zero”.
Isso aí é uma bobagem a gente deixa o fotômetro com ponteiro no zero quando a gente está fotometrando, medindo uma
cena média. Para muitos pode ser uma cena de natureza.
Dê uma olhada na imagem:

Então você deve aprender a avaliar o deslocamento do fotômetro.


Essa tabela que eu tô mostrando para vocês agora eu construí experimentalmente. Fiz fotometrando e medindo a luz.
São dicas ótimas. Se você quer fotografar um objeto branco, um vestido de noiva, e encontrar na sua fotografia o vestido
branco com detalhes, deve abrir dois pontos. Vejam:

Mais um exemplo: objeto preto, o terno do noivo: dois pontos a menos. Então você não vai deixar o fotômetro zerado, você
vai deixar o fotômetro para esquerda, para o lado negativo
Se você for gravar um objeto cinza médio uma, cena ampla, por exemplo zera o fotômetro.
Se quer fotografar a areia molhada: fotômetro zerado.

Vamos ver mais um exemplo, o vermelho da Coca-Cola. Sabe o vermelhão da Coca-Cola? Aquele vermelho Coca-Cola
não deve ser fotografado com o fotômetro no zero deve ser fotografado com o fotômetro no – 1.
Você pode estar me perguntando: “mas como é que você sabe isso?” Simples, eu fiz a experiência. Andava com a minha
câmera e com um fotômetro de mão, assim eu fui construindo a tabelinha.
Que não fale vale a pena então usar o fotômetro no zero é uma coisa que a gente aprendeu errado.
O fotom só deve ser Zerado quando a gente está fotografando uma cena com muita variação tonal fotografar uma
montanha Nevada um fotômetro no zero. Eu olhar para imagem e falou assim, poxa,
tá cinza É isso mesmo que vai acontecer.

Tudo bem. Então a primeira coisa que a gente aprende errado: zerar fotômetro.

Isso aí é voz corrente por aí, mas é um erro conceitual.

O segundo conceito para nossa conversa de hoje é:

2- O que é profundidade de Campo

É um fator de muita influência na linguagem do fotógrafo. Com a profundidade de Campo a gente


muda o nosso jeito de contar histórias.

Mas, então. O que é a profundidade de campo?

Profundidade de campo é uma região pode ter metros dezenas de metros aonde as nossas imagens parecem estarem
focadas. Então eu pego a minha câmera, aponto para os objetos que eu desejo fotografar e coloco o foco, por exemplo a 5
m então tudo que estiver a 5 metros vai estar perfeitamente focado. Mas dependendo de algumas circunstâncias objetos
estão mais próximos e objetos que estão mais afastados, além dos cinco metros podem gerar imagens nítidas na nossa
câmera. Isso é profundidade de campo.

Um parênteses: não confundir profundidade de Campo, que é uma coisa no mundo dos objetos, com profundidade de
foco, que é uma coisa que está dentro da câmera. O fotógrafo não tem acesso, a profundidade de foco é uma tolerância na
posição do filme ou do sensor, a gente não mexe.
Tem gente que fala de profundidade de Campo e profundidade de foco com suas a mesma coisa. não é.
Muito bom agora, o que é que influencia a profundidade de Campo?
A profundidade de Campo depende de quatro coisas:

1 - Abertura.
- diafragma mais fechado: maior profundidade de campo
- diafragma mais aberto: menor profundidade de campo.

2- Distância de focalização (metros).


- quanto mais longe a gente coloca o foco, maior é a distância de focalização e maior será a profundidade de campo.

3- Distância focal (mm).


- quanto menor a distância focal, mais aberta é a imagem e maior é a profundidade de campo
- uma ressalva as grandes angulares produzem imagens com maior profundidade de campo, que é verdade mas as
imagens São pequenininhas. Se você pegar uma imagem feita com uma grande angular e ampliar até que ela fique do
tamanho de uma imagem feita com teleobjetiva a profundidade de Campo fica igual. então é uma vantagem limitada.

4- Tamanho do sensor.
- tamanho do sensor da nossa câmeras com sensores de tamanhos diferentes tem profundidade de Campo diferentes
mantida a abertura, distância focal e a distância de focalização
- quanto menor o sensor maior é a profundidade de campo

E aqui eu tenho duas ilustrações muito boas, fáceis de serem entendidas.

Três fotógrafos fotografando três pessoas a uma mesma distância:

Vão perceber que quanto mais fechado é o diafragma, maior é a profundidade de campo é uma ilustração bem
interessante, boa de entender.

A outra ilustração mostra também três fotógrafos, cada um com a sua máquina no tripé, todos estão usando f/5,6, ,
mas o primeiro tá focalizando uma pessoa a 6 m, o segundo tá focalizando uma pessoa a 11 m e o terceiro tá focando uma
pessoa 25 m. Note na na ilustração que quanto mais longe eu estou focalizando maior é a profundidade de campo.
Muito bom então, agora você já adquiriu uma certa experiência com a profundidade de Campo.
A distância focal influencia o tamanho do sensor influência.
Vamos ver agora o último conceito, o conceito de perspectiva.

3 - Perspectiva
Perspectiva é uma técnica do desenho ou da pintura que foi inventada no final da idade média, começo do renascimento.
Na antiguidade, por exemplo, os egípcios não conheciam perspectiva. Então quando a gente olha uma pintura egípcia é
sempre uma coisa chapada, uma coisa plana. Só muito depois, no final da idade média, começo do renascimento, na
Itália, a perspectiva foi descoberta.

A perspectiva nos permite desenhar no papel ou pintar numa tela dando ao observador da imagem
a sensação de profundidade.

A máquina fotográfica é um aparelho de perspectiva. quando a gente fotografa a imagem é projetada através das lentes
no plano. Então a perspectiva é criada pela objetiva e pelo filme, pelo sensor.

O que é que influencia a perspectiva?

Na Perspectiva fotográfica. Olha que legal, não é objetiva. Se eu tô usando o grande angular, tele ou lente normal, não
influencia na Perspectiva. A única coisa que influencia a perspectiva é a posição da câmera. Se você fotografa com a
câmera no tripé e vai mudando as objetivas: grande angular, lente normal ou tele, você vai fotografando com
enquadramento diferentes, mas a perspectiva é a mesma
A perspectiva só depende da posição da câmera.

A objetiva não altera a perspectiva.

Se uma senhora, uma avó que fotografa os netos e quase sempre faz a mesma coisa: fotografa as crianças em pé, ou seja,
ela é uma adulta fotografando as crianças em pé, de cima para baixo. A criança de 8 anos vai aparecer com um cabeção e
um corpinho que vai diminuindo até e os pezinhos.

Se a vó quer fotografar a criança numa perspectiva mais natural, ela precisar abaixar, precisa dobrar os joelhos e ficar mais
ou menos na altura da criança. Então, volto a insistir: a perspectiva na fotografia não depende da objetiva, depende
apenas do lugar em que o objetivo está colocado.

Veja os exemplos que eu fiz. Em um domingo bonito eu fui ao minhocão em São Paulo, coloquei a minha câmera no tripé e
fiz algumas fotografias. A primeira eu fotografei com uma objetiva de 70 mm:
A segunda eu fiz com 100 mm, deixa tudo mais perto. Tudo cresceu, mas cresceu na mesma proporção.

Quando eu fotografo com a 135 mm, cresce ainda mais, porém, todos os objetos crescem na mesma proporção.
Então veja: quando eu vou aumentando a distância focal, o ângulo fotografado vai diminuindo, todas as imagens ficam
maiores proporcionalmente maiores.
A perspectiva é a mesma.

Mas como os alunos sempre tem dúvidas, aí eu fiz uma experiência para não deixar dúvidas nenhuma. Coloquei a câmera
no tripé e fiz essa foto com a objetiva de 85 mm.

Marquei a barrinha vermelha e a barrinha azul no Photoshop e, com a máquina no mesmo lugar, eu fiz a foto com objetiva
105 mm. As barras cresceram.

Muito bom, aí eu peguei as duas imagens, coloquei no computador, abri a régua do Photoshop e medi na lente 85 mm o
tamanho da barra vermelha o tamanho da barra Azul. Aí eu fiz a mesma coisa com a lente 105 mm, medi a barra vermelha
e a Barra Azul, fiz a mesma divisão e o resultado foi o seguinte:

Portanto, você percebe que as duas imagens crescem ou decrescem, mas a proporção entre
os tamanhos das imagens formadas se mantém constante.
Então assim a gente termina essa nossa primeira conversa, eu espero que vocês realmente tenham
aproveitado e que o conteúdo tenha sido importante para vocês.

Lembrando que quarta e quinta feira, dias 28 e 29 de junho tem mais.


Espero vocês lá.

Um abraço.

Thales Trigo.

A jornada
do Fotógrafo
Autêntico
Os 3 fundamentos que
você aprendeu errado
THALES TRIGO

A jornada
do Fotógrafo
Autêntico

2023 | Thales Trigo - Todos os direitos reservados

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