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PREFÁCIO
Foi então que em uma época, durante um mês e três vezes por semana,
atravessava Miami à noite num percurso de uns 80 km em uma moto,
para assistir aulas com o mais premiado profissional do Estado da
Flórida.
Boa leitura!
Nestes anos que viveu em São Paulo, aproveitou o máximo uma de suas
paixões que é o mar. Na década de 70, quando então ainda não existia a
Rio-Santos, praticava o acampamento chamado de selvagem e
Quando mais tarde foi morar nos EUA, fez lá um Curso de Scuba Diving
e é um Certified Diver pelo PADI (Professional Association of Diving
Instructors)
Com sua grande paixão pelo Retrato, acumulou ao longo dos anos
muito conhecimento e experiência que agora compartilha com as novas
Assim, sugiro que leia mais de uma vez este livro e procure imprimir as
páginas que contenham os diagramas de Luz. O aprendizado se torna
ainda mais eficiente quando paramos o que estamos lendo, ouvindo ou
assistindo e praticamos os preceitos ali apresentados.
Além disso, quando decidi escrever este livro coloquei como missão de
vida, primeiro ajudar o máximo de pessoas de uma forma mais
abrangente possível, e segundo fazer com que o leitor estabelecesse
uma conexão comigo de tal maneira que o aprendizado não terminasse
na última página deste livro.
Por exemplo, um sistema de foco que até há pouco tempo era superior
ao da Canon, cores representadas de modo fiel e um belíssimo e suave
tom de pele muito desejável para quem fotografa pessoas.
Semiprofissional;
Profissional;
Eu mesmo trabalho com a Canon 60D e estou ciente de que não é uma
Câmera semiprofissional.
Bem, mas nem por isto, a Lumix FZ 1000 aí em cima pode ser
considerada de qualidade muito inferior.
O mercado está voltado cada vez para este tipo de Câmera, tanto que as
principais fabricantes já fizeram lançamentos de seus modelos sem
espelho.
Atualmente utilizo uma objetiva Lumix Leica 25mm f1.4 e uma Olympus
Zuiko 45mm f1.8, para os ensaios em externa e nos casamentos,
acrescento uma Rokinon 7.5mm f3.5 e uma Zuiko 14-54mm. Como o
Entende-se por Sensor APS-C, aquelas Câmeras que tem sensores com
“crop” ou cortados, cujos tamanhos giram em torno de 22.4mmX15mm
como é o caso da Canon 7D Mark II. O sensor menor amplia o tamanho
da imagem. Desta maneira, cada câmera tem o seu fator de corte ou
“crop factor”.
Via de regra, quanto maior a ampliação fotográfica almejada de uma imagem, maior deve ser a
resolução (número de pixels) do sensor da câmera digital. Contudo, a qualidade da imagem final
também está relacionada com a tecnologia empregada, como a do tamanho do sensor e a dimensão
de cada fotodiodo (“photosite”), que transforma a luz em sinais elétricos, que após processados,
resulta numa imagem formada por pixels.
Citamos como exemplo, as câmeras DSLR (“Digital Single-Lens Reflex”), Nikon D610 e D7100, cujos
corpos custam respectivamente 2100 e 1200 dólares, ambas com 24 megapixel (Mpx) de resolução,
tendo a primeira, sensor “full frame” FX (36 x 24 mm) de fabricação Sony e a segunda, com sensor
APS-C (conhecido como “cropado”) denominado pela Nikon de DX (24 x 16 mm) de fabricação
Toshiba, cujos corpos custam respectivamente U$ 2.100 e 1.200. DX (24 x 16 mm, dito “cropado”
pelo fator de corte, no caso da Nikon, de 1,5 vezes).
Por oportuno as câmeras profissionais “top” da Nikon, como a D3, apesar de ter uma resolução de
apenas 12 Mpx, possui fotodiodos de 8,4 µm e a D4 com 16 Mpx, tem fotodiodos de 7,3 µm e
resultam em excelentes imagens (e custam respectivamente 8 mil e 6 mil dólares), ambas com
sensores de fabricação da própria Nikon.
Já a D700 que utiliza o mesmo sensor da D3 (ambas de fabricação da própria Nikon), com outra
tecnologia construtiva, custava em torno de a 3 mil dólares, sendo a primeira, sucedida pelo modelo
D800. .
60 90 1,5 75,3
60 80 1,3 67,0
45 60 1,3 33,7
40 60 1,5 33,5
30 40 1,3 16,7
Concurso, exposição
25 38 1,5 13,3
25 30 1,2 10,5
20 25 1,3 7,0
9 12 1,3 1,5
Pouco utilizado
7 10 1,4 1,0
(a) Relação entre a Largura (L) e a Altura (H). Lembrando que no padrão 35 mm (introduzido em 1925 pela Leica -
pronuncia-se “laica”) o “frame”, ou seja, o fotograma, tem 24 x 36 mm, ou seja, a relação L/H (largura/altura) = 1.5. Os
sensores ditos “full frame” (quadro cheio de um “frame”) de 24 x 36 mm. No caso da Nikon se denominam FX. Já os
sensores menores, tipo APS (equivalente ao fotograma do filme Advanced Photo System lançado em 1996 que iria
substituir o tradicional 35 mm), sendo que o “frame” tipo APS-C corresponde a fotograma de 16 x 24 mm, ou seja,
relação L/H = 1,5. As câmeras da Nikon com sensores equivalentes a tal fotograma são denominadas DX. Há ainda o
sistema alternativo “Four Thirds” representando o sensor de formato 4/3 (= 1,3), lançado em 2003, numa parceria da
Olympus com a Kodak, cujo sensor é normalmente utilizado nas câmeras sem espelho (“mirrorless”) que tem algumas
vantagens em relação ao sistema convencional.
(b) É adotado como padrão fotográfico, uma resolução de 300 DPI – “Dots Per Inch” = Pontos Por Polegada.
Conclusão: Via de regra os sensores full frame são encontrados nas câmeras de categoria
superiores, denominadas profissionais e consequentemente de maior preço. Tais sensores oferecem
resolução de 16 a 36 megapixels (no caso da Nikon). Já a Canon surpreendeu o marcado com o
lançamento da câmera Canon 5Ds com uma resolução de 50 Mpx.
.
Tal artigo visa dar apenas uma visão geral do assunto, não tendo a pretensão de esgota-lo.
Apesar de haver uma relação direta entre a resolução e o tamanho máximo da ampliação de uma
imagem, nem sempre se obtém melhor qualidade dessas imagens (profundidade e qualidade das
cores), pois há dentre outros fatores a relação sinal-ruído, tamanho dos fotodiodos e tecnologia
empregada, que dia-a-dia, pode surpreender com novidades inauditas que mudam os cenários a
cada momento. .
Para atender altíssima qualidade de imagens, exigida, por exemplo, em publicidade são utilizados
programas de interpolação que permitem ampliações consideráveis, utilizadas em cartazes. busdoor,
outdoor, displays gigantes e projeções.
Para quem o preço não é problema, há o seleto nicho de câmeras de médio formato, que podem
receber o acoplamento na parte traseira de backs digitais, como os fabricados pela Dalsa de 54 x 40
mm com 60 e 80 Mpx. Como exemplo dessas câmeras, citamos a Hasselblad H5D-50c, a Leica S, a
Mamiya Leaf Credo, a Pentax 645Z e Phase One IQ180.
Estes dois modelos de Flash servem tanto para serem utilizados com sombrinhas ou
para iluminar o fundo.
O Flash equipado com Barn Doors (Bandeiras) é utilizado como Luz de Acentuação e
o Cone Concentrador de Luz ( Snoot ) para iluminação de cabelo.
O Beauty Dish é um Refletor com mais ou menos uns 60 a 70cm de diâmetro e que é
muito usado em fotografia de moda. Já os Rebatedores redondos servem para
preencher uma área de sombra e pode ser considerado como uma Fonte de Luz
Auxiliar e em alguns casos, também como Luz Principal.
Este mesmo princípio pode ser aplicado em Estudio, mas com o auxílio
de um Fotômetro Manual para medição de Luz de Flash você se poupará
destes complicados cálculos.
Cuidado deve ser tomado quando da leitura da luz, pois muito potente
pode “estourar” e “lavar” o topo da cabeça com a perda de detalhes.
Neste caso, aquela antiga regra de que menos é mais, pode ser muito
bem aplicado aqui.
PROPORÇÃO DE ILUMINAÇÃO
Lighting Ratio
ADVERTÊNCIA: para um
aprendizado mais eficaz
desta técnica e na rotina
de um Estudio, é
imprescindível que o
fotógrafo se utilize de um
Fotômetro Manual. Fotômetro Sekonic L-358
Se você olha para uma foto e imediatamente agrada aos seus olhos e
chama sua atenção é porque ela está dentro dos parâmetros desta
definição.
Esta não é uma foto produzida em Estudio e sim em locação no qual foi utilizado
Luz Natural de Janela como Luz Principal
Os 5 Padrões Universais
DEFINIÇÃO
Quando o fotógrafo vai para o Estudio “retratar” uma pessoa, ele tem na
mente que “idealizará” o modelo. E entre todas as ferramentas que
usará, entre elas pose, ângulo da câmera, iluminação e a pós-produção,
em tudo isto, o mais importante é a iluminação.
Esta relação de alta luz e sombra, fica bem evidente neste Retrato
masculino no qual foi usado como Luz Principal um Softbox
0,90X0,90cm a direita, um tecido branco preso a um painel no lado
Talvez esteja aqui a explicação de que nem mesmo nos mais conhecidos
cursos de fotografia do país e nos Workshops dos fotógrafos top do
mercado, não é ensinada a Iluminação Básica do Retrato.
A prova maior de que o correto é fotografar com sombra seja ela pesada
ou leve, está na banca de jornal. Passe agora em uma e observe as capas
das revistas mais famosas. Agora folheie uma delas e atente para as
Para o Padrão de Luz Curta, a Luz Principal, um refletor parabólico mais fechado e com bandeira,
está a 30 graus a direita em relação linha do nariz e numa altura acima da cabeça.
Para estrutura facial como esta, existe outro padrão de iluminação para
“afinar” o rosto, o qual veremos logo a frente com a Iluminação
Rembrandt ou a Luz Dividida.
Nas duas fotos a seguir, usei a Luz Curta e uma Luz de Acentuação na
mesma intensidade ou l/2 ponto mais fraca que a Luz Principal, para
ajudar na criação da ilusão de massa, profundidade e
tridimensionalidade do rosto.
Bronica ETRS – Objetiva 150mm toda aberta – Filme Fuji NPS 160
O nome Rembrandt vem do famoso pintor alemão que usava uma luz
suave de janela para pintar seus Retratos, e que influenciou de forma
definitiva os profissionais da fotografia.
É outro padrão de iluminação que junto com a Low Key (Chave Baixa) e
com o uso de uma Luz de Preenchimento fraca, produz belos e
impactantes resultados.
É necessário que se entenda que a Luz Ampla ou Broad Light, tem que
ter o mesmo triângulo da Luz Rembrandt, só que no lado oposto do
rosto, ou aquele que está mais longe da câmera.
Como é uma luz específica para “emagrecer” rostos, não tem sentido
empregar uma proporção de iluminação menor que 1:4.
Outros dois elementos novos no set são o rebatedor que está recebendo
luz das duas fontes e um painel protetor colocado à direita da câmera
que tem a função de proteger a objetiva da luz que poderá atingi-la
causando “flare” e eliminando o contraste da foto.
Agora estou prestes a fazer uma revelação, que para as pessoas mais
próximas e que acompanham meu trabalho não é nenhuma novidade:
minha paixão por este Padrão de Iluminação e a maravilhosa e
dramática luz que se utiliza para criá-lo.
Ficou claro que é a Luz que sou mais apaixonado. Não ficou?
Agora, mostro fotos de minha autoria. Não tão boas quanto às dos
grandes mestres, mas não podemos esquecer que como já disse antes,
apesar dos 35 anos de profissão me vejo ainda como um aprendiz.
“O que faz uma boa foto não é o equipamento, mas o que está a 10 cm atrás do
visor”
Luz Rembrandt, Canon 60D – Objetiva 100mm f 2.8 – Abertura f 5.6-8 – ISO 200
Estas duas fotos de meu neto, foram produzidas com apenas uma fonte
de luz: um Speedlight Yongnuo 565EX II no modo manual, disparado
fora da câmera com 2 Radio Flashs modelo Cactus V5, com o
Lightsphere e uma sombrinha de tamanho médio. Se você está
começando agora e não tem condições de montar um Estudio como
sugerido no início deste capítulo, e já tem um Flash de reportagem,
necessitará de um investimento em torno de R$ 570,00, distribuídos
assim:
Panasonic Lumix FZ200, Loop Light ou Luz Curta com luz natural, ângulo do rosto
de ¾
Assim em uma Full Frame cujo sensor mede 24X36mm teremos 43mm
como medida da diagonal do sensor que multiplicando por 2X, teremos
86mm.
No entanto, para quem não tem condições de pagar este valor, uma
outra opção mais em conta e também com uma excelente qualidade é a
Objetiva da Canon a 100mm f 2.8 Macro com IS (estabilizador de
imagem).
Outra objetiva que uso no meu dia a dia para fotografar um meio corpo
e eventualmente usar o corte chamado de busto, mas que é temerário
usá-la para fazer um close, é a 50mm f1.4 que em minha a 60D, vira
uma 78mm.
E foi assim que quando em 1979 saí para uma viagem de moto 125cc de
São Paulo a Manaus-AM, em minha bagagem estava o corpo de uma
Pentax Spotmatic, uma 50mm, uma 28mm e uma 135mm.
Por entender que poderá ser de grande valia para quem adquiriu este E-
book e está seriamente interessado em dominar as técnicas aqui
apresentadas, transcrevo traduzido a página 60 do livro da Kodak
PROFESSIONAL PORTRAIT TECHNIQUES intitulado CORRECTIVE
TECHNIQUES (Técnicas Corretivas).
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Use o recurso de zoom para aumentar o tamanho das fotos para melhor
avaliar o efeito da iluminação
Fotografando em externa,
quando se usa uma fonte de
luz contínua como a
Iluminação de Led nesta foto,
fica fácil controlar a altura e o
posicionamento correto da
luz, pois a visualização da
sombra é nítida e além do
mais ajudará na focagem.
A colocação correta do
objeto dentro do
quadro fotográfico em
um dos Quatro Pontos
Dourados, não traz
apenas harmonia ao
conjunto, mas
movimento e também
direciona o olhar para o
assunto. Como
estávamos próximo à
entrada de um galpão, a pose foi construída para que o rosto fosse
virado em direção de uma belíssima luz suave e difusa.
Espero e desejo sinceramente que este livro possa contribuir para que
você atinja esta realização plena.
Meus contatos:
alvaro_eloy@hotmail.com
Skype: alvaro.eloy
facebook.com/alvaroeloyfotografia