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Converted by convertEPub
Copyright do texto © 2022 by Jenny Han
Publicado mediante acordo com Folio Literary Management, LLC e Agência
Riff.

título original
Conrad’s Letters to Belly

arte de capa
Cortesia de Amazon Content Services LLC e Wiip Productions, LLC

design de capa
Lázaro Mendes a partir do design de capa de Thunderwing (© 2022)

geração de e-book
Victor Huguet | Intrínseca

e-isbn
978-65-5560-604-1

Edição digital: 2023

1ª edição

Todos os direitos desta edição reservados à


editora intrínseca ltda.
Av. das Américas, 500, bloco 12, sala 303
22640-904 – Barra da Tijuca
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Sumário
[Avançar para o início do texto]

Capa
Folha de rosto
Créditos
Mídias sociais

Cartas de Conrad para Belly

Sobre a autora
Até hoje, depois de tantos anos, ainda leio as cartas que Conrad escreveu
para mim na época em que eu estava estudando na Espanha. De vez em
quando as pego e leio uma a uma. Sei todas de cor, mas ainda me
emocionam, fazem com que eu sinta tudo aquilo de novo… E pensar que um
dia já fomos tão jovens e estivemos tão distantes, mas que, mesmo assim,
demos um jeito de voltar um para o outro.

Querida Belly,

Em primeiro lugar, nem sei se deveria estar


escrevendo para você ou se isso é permitido. Espero
que seja. Torço para que você não jogue essa caixa
fora sem nem abrir, porque, se fizer isso, vai perder
algo bem importante. Tá, quer dizer, algo que um dia
já foi bem importante pra você.

Fui até a sua casa consertar o computador da sua


mãe. Entrei no seu quarto para usar a impressora e vi
Junior Mint, incrivelmente patético, sentado na estante
de livros. Lembra dele? O urso-polar de óculos, com
um cachecol todo estiloso, que eu ganhei para você
na barraca das argolas? Lembra que você ia até a
barraca e ficava de olho nos ursos-polares, porque
queria muito ganhar um? Devo ter gastado uns trinta
ou quarenta dólares tentando ganhar aquele urso
idiota para você.

Parece que ele está sentindo sua falta, mesmo depois


de você tê-lo deixado para trás. E que se sente
perdido sem você. É sério, foi o que ele me disse.
Patético, né?
Então, aí está ele. Seja legal com o Junior Mint, viu?

Conrad
***

Querida Belly,

É esquisito escrever para você dessa forma. Acho que


uma das últimas cartas de verdade que escrevi foi um
cartão para minha avó, agradecendo pelo dinheiro da
formatura. Minha mãe era uma grande entusiasta dos
cartões de agradecimento. Ah, aliás, de nada pelo
Junior Mint. Laurel me disse que você pediu para
agradecer. Eu estava esperando um cartão de
agradecimento, sabe? Mas acho que nem todo mundo
é tão educado quanto eu, né? Haha.

Eu deveria estar estudando bioquímica, mas prefiro


falar com você. Laurel disse que seu espanhol está
melhorando. Ela me contou que outro dia você se
perdeu tentando arrumar um pacote daquelas jujubas
meio azedas. Jujuba azeda? Sério? Você acha que está
crescida demais para cuidar do Junior Mint, mas não
para comer jujubas azedas?

Aqui vai o maior saco de jujubas que consegui achar. É


do tipo tamanho família. Da próxima vez que eu
encontrar com você, tenho certeza de que não vai ter
sobrado um dente sequer. Mas pelo menos você vai
estar feliz. Espero mesmo que esteja feliz.

Conrad
***

Querida Belly,

Já escrevi duas cartas para você e até agora você me


escreveu… deixa eu ver… nenhuma. Mas tudo bem.
Fique à vontade para não me responder. Sério mesmo,
não se sinta obrigada a fazer nada que não queira. Por
mais que eu tenha te mandado duas cartas escritas à
mão e dois presentes… Mas, de verdade, sem
problemas. Não precisa me responder. Estou falando
sério. É melhor assim. Eu até que curto só receber
notícias suas pela Laurel, por outras pessoas…

E, falando em notícias suas, ela me contou que você


conheceu um espanhol chamado Benito, e também
que ele anda por aí de lambreta. Sério, Belly? Um cara
chamado Benito com uma lambreta? Aposto que ele
usa calça de couro e tem um rabo de cavalo comprido
todo desgrenhado. Sendo sincero, prefiro nem saber.
Não me conte. É bem provável que ele pareça um
modelo, pese cinquenta quilos e escreva poemas em
espanhol para você. Não sei o que você viu em um
cara desse tipo, mas também não sei o que você via
em mim, então acho que gosto não se discute, né?

Não se esqueça: não precisa me responder.

Conrad
***

Querida Belly,
Você não me respondeu. Eu tinha certeza de que você
escreveria de volta, já que sempre foi péssima em
seguir instruções. Mas quem te viu, quem te vê…
Brincadeira. Na verdade, não estou brincando. Lembra
aquela vez que você tentou fazer batata gratinada e
se esqueceu de colocar o queijo?

E, por falar em batata gratinada, foi o que sua mãe fez


no Dia de Ação de Graças. Laurel convidou a gente
para jantar: meu pai, Jere e eu. Eu não tinha certeza
se Jere iria, mas ele apareceu. E, no fim das contas, foi
constrangedor pra caramba. Mas aí Steven ligou no
futebol americano e todo mundo se sentou para
assistir, então deu uma melhorada no clima. Durante
o intervalo, Jere perguntou se eu tinha notícias suas e
eu falei que não. Ele disse que vocês andavam se
falando na internet. Me contou que você deixou o
cabelo mais curto, e que o corte fez você parecer mais
velha, mais madura. Então Laurel nos mostrou fotos
de quando foi visitar você. Um dia quero ir aí. Fiquei
sabendo que você não está mais saindo com aquele
tal de Benito. Eu bem que avisei…

Aliás, ficou bonito. Seu cabelo. Mas não acho que


tenha te deixado com cara de mais velha. Pelo
contrário, parece ainda mais jovem.

Não tenho motivo algum para deixar de ser sincero,


porque nem sei se você está lendo isso… Talvez você
tenha jogado esta carta fora sem nem abrir, o que é
direito seu. Mas vou confessar de uma vez: me doeu
um pouco saber que Jere viu você, falou com você.
Mas acho que ele não me odeia mais, e é isso que
importa.

Inclusive, caso eu não tenha deixado claro… Penso


muito em você. Você é basicamente a única coisa em
que eu penso. Só para não restar dúvidas.

Conrad
***

Querida Belly,

É Natal por aqui. Acho que por aí também. Passei uns


dias na casa de praia. Eu não parava de pensar que a
qualquer momento ia me virar e dar de cara com
você, se empanturrando de pretzel de chocolate ou
zanzando pela sala do andar de baixo com aquela
calça de pijama horrenda com estampa de pinheiro.
Aposto que foi minha mãe que comprou para você. Ela
sempre comprava suéteres de Natal combinando para
mim e para o Jere. Tem um retrato de família horrível
em que todos nós estamos usando camisa de botão
vermelha e gravatinha-borboleta de rena. É uma
catástrofe. Certa noite, escondi a foto no sótão, e
desde então ninguém nunca mais a viu. Se você tiver
se comportado direitinho este ano, talvez eu a mostre
quando você voltar. Meu presente para você.

Sabe o que você poderia me dar? Uma carta.


Caramba, aceito até mesmo um cartão-postal. Ou um
e-mail. Qualquer coisa. Eu só quero ter notícias suas.
Quero saber como você está. Quando esta carta
chegar aí, o Natal já vai ter passado. Então espero que
tenha sido legal.

Feliz Natal, Belly. Lembra do ano passado? Eu e você


na casa de praia? Foi o melhor Natal da minha vida.

Com amor,

Conrad
***

Querido Conrad,

Quando eu voltar para casa na próxima primavera,


acho bom você me mostrar esse retrato de família.
Nem se atreva a tentar fugir do assunto. Ah, e vou
ficar com a foto, já que é meu presente e tal.

E, sim… Eu lembro. É claro que eu lembro. Também foi


o melhor Natal da minha vida.

Espero sua resposta em breve,

Belly

Minha carta passou anos na carteira dele, dobrada em um milhão de


pedacinhos. Conrad me contou que aquilo o ajudava a seguir em frente. A
manter a esperança. Ele disse que queria carregá-la para onde quer que
fosse, mas eu expliquei que deveríamos guardar todas as cartas juntas, no
lugar delas. E ele me mostrou mesmo aquele retrato de família. Está
pendurado na nossa sala de estar.
Sobre a autora

©Janelle Bendycki

JENNY HAN nasceu na Virgínia, Estados Unidos, e cursou mestrado em escrita


criativa pela New School. Sabe fazer um brownie perfeito, é ótima em
inventar apelidos e tem paixão por livros de receitas. Sua série de TV
preferida é Buffy – a caça-vampiros. Mora no Brooklyn, em Nova York.
Também pela Intrínseca, Jenny Han publicou a série Para todos os garotos
que já amei, que foi adaptada pela Netflix e se tornou sucesso de público.

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